0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
625 visualizzazioni10 pagine
1) O documento discute a origem, evolução e classificação das bacias sedimentares brasileiras, explicando os processos de subsidência mecânica e térmica que formam estas bacias.
2) As bacias podem ser classificadas como distensionais, compressionais ou intracratônicas dependendo de sua posição em relação às placas tectônicas. Bacias distensionais incluem marginais, de rift e transtensionais.
3) A análise da história de soterramento de uma bacia usando dados bioest
1) O documento discute a origem, evolução e classificação das bacias sedimentares brasileiras, explicando os processos de subsidência mecânica e térmica que formam estas bacias.
2) As bacias podem ser classificadas como distensionais, compressionais ou intracratônicas dependendo de sua posição em relação às placas tectônicas. Bacias distensionais incluem marginais, de rift e transtensionais.
3) A análise da história de soterramento de uma bacia usando dados bioest
1) O documento discute a origem, evolução e classificação das bacias sedimentares brasileiras, explicando os processos de subsidência mecânica e térmica que formam estas bacias.
2) As bacias podem ser classificadas como distensionais, compressionais ou intracratônicas dependendo de sua posição em relação às placas tectônicas. Bacias distensionais incluem marginais, de rift e transtensionais.
3) A análise da história de soterramento de uma bacia usando dados bioest
Origem, evoluo e classificao das bacias sedimentares. Wagner Souza-Lima * & Gilvan io !amsi "unior # * Fundao Paleontolgica Phoenix, Aracaju, Sergipe, Brasil (e-mail !agnerl"hotmail#com$ % P&'()B(AS-*+S&A,-A'&--,., Aracaju, Sergipe, Brasil (e-mail ghamsi"petro/ras#com#/r$ A organi0ao e classi1icao so caracter2sticas do ser humano# 3o ponto de 4ista cient21ico, so a5es 1undamentais para 1acilitar o entendimento e permitir uma simpli1icao terica dos complexos processos naturais# ) estudo da origem e e4oluo das /acias sedimentares 6 um exemplo de tal complexidade, para o 7ual as primeiras tentati4as de organi0ao remontam a mais de um s6culo 8 # )rgani0ar as centenas de /acias sedimentares existentes no mundo 6 1undamental para 7ue seja poss24el entender os processos termomec9nicos e estilos estruturais en4ol4idos em suas g:neses e a in1lu:ncia destes na distri/uio dos recursos naturais# *ma /acia sedimentar 6 o resultado do processo de su/sid:ncia de uma placa tect;nica, 7ue permite o ac<mulo e a preser4ao dos sedimentos cessando a su/sid:ncia, cessa a sua histria deposicional# A su/sid:ncia pode ser de car=ter local, 7uando causada pela distenso e ruptura da litos1era, ou regional, 7uando causada por mecanismos de manuteno do e7uil2/rio isost=tico > # *ma placa litos16rica praticamente /ia so/re o su/strato mais d<ctil do manto, a astenos1era# ?uando, por algum moti4o, uma carga 6 acrescida @ super12cie da placa, ela so1re su/sid:ncia por 1lexura para read7uirir o e7uil2/rio atra46s da isostasia# Por outro lado, a isostasia pode causar soerguimento regional 7uando uma carga 6 retirada ou pode causar soerguimento nas /ordas das =reas a1undadas 1lexuralmente, como um e1eito secund=rio (om/reiras 1lexurais$# A su/sid:ncia pode ser classi1icada como mec9nica, 7uando 6 resultante da de1ormao ou ruptura crustal, ou t6rmica, 7uando 6 resultado da alterao do estado t6rmico da litos1era (Figura 8$# Figura 8 - (epresentao es7uem=tica dos processos de su/sid:ncia mec9nica e t6rmica# +o caso de su/sid:ncia mec9nica local (A$, apenas o /loco su/metido @ carga su/side, ao passo 7ue na regional (B$ uma grande =rea so1re 1lexura# +os e4entos termais apenas (A$, a 7uantidade de su/sid:ncia 7ue ocorre por res1riamento 6 igual @ 7uantidade de soerguimento relacionada ao a7uecimento da crosta# Para 7ue uma /acia seja criada por processos termais 6 necess=rio ento 7ue outros processos (3$ atuem em conjunto (p# ex#, eroso, a1inamento da crosta, etc#$ > # A su/sid:ncia mec9nica pode ser local ou regional (neste caso por 1lexura$# A su/sid:ncia mec9nica local 6 t2pica dos est=gios iniciais de /acias marginais (1ase rift$, resultante da ruptura crustal# A su/sid:ncia mec9nica regional 1lexural ocorre principalmente em /acias de antepa2s (foreland$, mas corresponde tam/6m ao componente da prpria carga sedimentar 7ue ampli1ica os demais processos de su/sid:ncia# A su/sid:ncia t6rmica resulta tam/6m do processo de compensao isost=tica# A distenso de uma placa litos16rica le4a ao seu a1inamento, 7ue se d= pela ascenso do topo da astenos1era# ) topo da astenos1era 6 de1inido pelo limite t6rmico a/aixo do 7ual ocorre a 1uso parcial das rochas do manto# A ascenso da astenos1era tam/6m pode ser causada pela atuao de uma pluma mant6lica (hotspot$# &stas plumas so anomalias t6rmicas oriundas pro4a4elmente do contato entre o manto e o n<cleo 7ue, ao atingirem a placa, en1ra7uecem a litos1era circundante e causam 4ulcanismo na super12cie# Aps a ruptura de uma placa litos16rica, ela tende a se res1riar e retornar @ situao original# Bsso se d= pelo re/aixamento do topo da astenos1era @s custas do es1riamento e adensamento das rochas do manto# 'al adensamento corresponde a uma carga 7ue indu0 @ su/sid:ncia 1lexural da placa, por isostasia# &ste processo geralmente tem car=ter regional, sendo t2pico da 1ase de deri4a continental# )s processos de su/sid:ncia originam uma s6rie de 1ei5es estruturais importantes na histria e4oluti4a de uma /acia sedimentar, destacando-se as 0onas de charneira e as om/reiras# A 0ona de charneira 6 uma regio 7ue registra a 4ariao a/rupta no registro sedimentar, correspondente @s =reas de intenso a1inamento crustal, normalmente marcadas por 1alhas de ele4ado rejeito (Figura >$# As om/reiras so resultantes dos soerguimentos 7ue ocorrem nas /ordas de /acias por compensao isost=tica regional, tendo como conse7C:ncia a eroso das por5es soerguidas e a gerao de discord9ncias, muitas delas regionais# Figura > - Seo es7uem=tica da margem continental /rasileira na altura da /acia de Sergipe-Alagoas exi/indo a regio da 0ona de charneira e sua relao com as 0onas de a1inamento crustal D # A ruptura da litos1era em geral acompanha as 0onas de 1ra7ue0a e anisotropias do em/asamento# +o caso das /acias da margem leste e e7uatorial /rasileira, p# ex#, a e4oluo deste processo culminou com a 1ormao do )ceano Atl9ntico# Al6m das anisotropias do em/asamento, auxiliaram nessa ruptura continental a atuao de hotspots, como os de 'risto da Aunha e Ascenso, 7ue causaram o en1ra7uecimento dos n<cleos crat;nicos mais resistentes# E poss24el, com /ase em t6cnicas estratigr=1icas 7uantitati4as, compreender-se a histria do preenchimento sedimentar de uma /acia F # A utili0ao dos 1sseis na o/teno de dados /ioestratigr=1icos e paleo/atim6tricos auxilia na construo de diagramas de histria de soterramento 7ue so <teis @ interpretao exploratria das /acias (Figura D$# A construo desses diagramas en4ol4e a aplicao da t6cnica de back stripping @ sucesso estratigr=1ica de um poo, onde cada unidade estratigr=1ica 6 sucessi4amente su/tra2da, calculando-se o e7uil2/rio isost=tico da coluna restante# &sta an=lise permite o/ter uma representao gr=1ica dos mo4imentos 4erticais de um hori0onte estratigr=1ico desde o momento de sua deposio at6 um ponto temporal escolhido, predi0endo, p# ex#, o alcance de condi5es para a gerao de hidrocar/onetos# Figura D - 3iagrama generali0ado da histria de soterramento da /acia de Sergipe-Alagoas destacando o comportamento da seo marinha cret=cea# 3esde o emprego do conceito dos geossinclinais 8, G , a classi1icao das /acias sedimentares tem e4olu2do de 1orma /astante din9mica# As di4ersas classi1ica5es sugeridas, em sua maioria, /asearam-se no posicionamento da /acia em relao @s placas tect;nicas G, H, I # *ma das propostas mais aceitas 1oi a7uela 7ue procurou associar os elementos tect;nicos e termo-mec9nicos @ ocorr:ncia de hidrocar/onetos I (Figura F$, de ampla utili0ao na ind<stria de petrleo# &ssa classi1icao, dita Jde KlemmeJ, distingue oito tipos /=sicos de /acias, sendo tr:s deles associados a =reas intracontinentais, ou seja, /acias 1ormadas no interior de uma placa litos16rica, e cinco tipos marginais ou extracontinentais, correspondendo @s /acias originadas nas /ordas das placas, sujeitas a es1oros tracionais, compressi4os ou transcorrentes (de rasgamento$# 3urante a e4oluo de uma /acia, um tipo pode e4oluir para outro# +esta classi1icao, nota-se 7ue a origem e e4oluo das /acias sedimentares pode ser entendida 1undamentalmente com /ase no contexto geotect;nico atuante nas placas litos16ricas onde elas se inserem# 3istinguem-se, assim, as /acias distensionais, compressionais e as intracrat;nicas# Figura F - Alassi1icao das /acias sedimentares segundo sua posio em relao @s placas tect;nicas I # As /acias distensionais podem ser di4ididas em marginais (tipos L e LBBB I $, rifts interiores (BBB$ e transtensionais (L$# )s rifts interiores so as /acias originadas por ruptura crustal, acompanhado ou no por ascenso con4ecti4a do manto# Aaso e4oluam para uma 1ase de deri4a continental, constituiro as /acias marginais (Figura G$# +essas <ltimas, durante a 1ase de deri4a, predominam os processos de su/sid:ncia t6rmica, ao contr=rio da su/sid:ncia mec9nica, 7ue caracteri0a o rift# As /acias transtensionais esto associadas @ mo4imentao de 1alhas cisalhantes 7ue geram /acias em pull-apart (Figura H$, normalmente com ele4adas taxas de su/sid:ncia# +as /acias compressionais, 1ormadas em margens con4ergentes, distinguem-se as de foreland, ou de antepa2s, em =reas continentais (tipos BB, BL$ e os sistemas arco-1ossa, em =reas oce9nicas (tipo LB $# +estas /acias predomina a su/sid:ncia mec9nica regional, de car=ter 1lexural, causada pela carga de cintur5es do/rados adjacentes M # As /acias transpressionais so tam/6m um outro tipo de /acia compressional (LBB$, originadas na =rea de juno de 1alhas cisalhantes do tipo transcorrente# Figura G - &4oluo es7uem=tica de /acias ri1t para margens passi4as N, > # )s e4entos mostrados ilustram, p# ex#, os mecanismos 7ue originaram as /acias da margem leste /rasileira# As /acias 1ormadas no interior dos continentes (ou intracrat;nicas, tipo B$, como as /acias do Paran=, do Parna2/a, Ama0onas e Solim5es, apresentam e4oluo /astante complexa, com altern9ncia de 1ases de su/sid:ncia e de soerguimento# Apesar de geralmente e4olu2das a partir de rifts a/ortados, os mecanismos 7ue explicariam as di4ersas 1ases de su/sid:ncia e de soerguimento ainda so contro4ersos 8O, 88 # Figura H - Bacia pull-apart ideal 8># A origem destas /acias est= associada a 1alhas transcorrentes (striPe slip$, por6m normalmente no e4oluem a ponto de ocorrer a gerao de crosta oce9nica# As /acias de margens transcorrentes (tipo L$ esto associadas a grandes 1alhas de rejeito hori0ontal, podendo ser distensionais ou compressionais# As /acias transtrati4as, ou pull- apart (Figura H$, so 1ormadas nas reentr9ncias das 1alhas sujeitas @ distenso, en7uanto 7ue as /acias transpressionais so originadas nas =reas sujeitas @ compresso# A primeira possui mecanismo de su/sid:ncia an=logo a um rift, en7uanto 7ue a segunda 6 an=loga a uma /acia de antepa2s, onde a su/sid:ncia 1lexural 6 pro4ocada pela carga tect;nica# +ormalmente, as /acias transpressi4as e transtrati4as apresentam ele4adas taxas de su/sid:ncia 7ue, associada @s /aixas taxas de sedimentao, geram condi5es deposicionais pro1undas# *ma outra classi1icao, muito simpli1icada, 6 a temporal, separando as /acias em protero0icas, paleo0icas, meso0icas e ceno0icas ('a/ela 8$# *m outro sistema de classi1icao, relati4amente mais complexo, 1oi proposto de modo a agrupar as /acias atra46s de cdigos 7ue pudessem representar, de 1orma mais 1idedigna, toda sua e4oluo tectono-sedimentar 8D, 8F # &m/ora tenha sido lou4=4el, esta codi1icao aca/ou sendo pouco usada, pois se tornou por demais complexa, a1astando- se da simpli1icao terica necess=ria ao 1=cil entendimento da e4oluo das /acias sedimentares# A1inal, 7uem se lem/raria 7ue a /acia de Sergipe-Alagoas tem como classi1icao BS8>QDRBS8DRBF8>,D,c(,,S$RBS8>QR(QS8>QRQS8>QRQS>QD$,/S 8G 'a/ela 8 T Alassi1icao temporal e tect;nica das principais /acias sedimentares /rasileiras# $efer%ncias 8 !all, ". 8MGN# 3escriptions and 1igures o1 the organic remains 1or the ,o!er Uilder/erg .roup and the )risPanV Sandstone# Geologic Survey of Albany, Paleontology, &, GFF pp# > 'ngevine, (. L.) !eller, . L. & aola, (. 8NNO# ?uantitati4e SedimentarV Basin Qodeling# The American Association of Petroleum Geologists, Course Note Series, &*, 8DD pp# D (+ang, !. ,.) ,o-smann, $. O. & .igueiredo, '. /. .. 8NMM# +e! concepts o1 the de4elopment o1 &ast Bra0ilian marginal /asins# pisodes, 00 8NF->O># F 1an !inte, ". 2. 8NIM# .eohistorV analVsis T application o1 micropaleontologV in exploration geologV# The American Association of Petroleum Geologists !ulletin, 3* >O8- >>># G Stille, !. 8NFO-8NF8# inf"hrung in den !au Nordamerikas# Borntraeger, Berlin, I8I pp# H 4e-e5, ". .. & Bird, ". /. 8NIO# Plate tectonics and geosVnclines# Tectonophysics, 06 (G- H$ H>G-HDM# I ,lemme, !. 4. 8NMO# Petroleum /asins - classi1ication and characteristics# #ournal of Petroleum Geology, & (>$ 8MI->OI# M Beaumont, (. 8NM8# Foreland /asins# Geophysical #ournal of the $oyal Astronomical Society, 37 >N8-D>N# N Salveson, ". O. 8NIM# Lariations in the geologV o1 ri1t /asins - a tectonic model# %n Bnternational SVmposium on the (io .rande (i1t, 8NIM, ,os Alamos Scienti1ic ,a/oratorV, Proceedings, L'-89:8-( 8NO->OF# 8O /iddleton, /. .. 8NMO# A model o1 intracratonic /asin 1ormation, entailing deep crustal metamorphism# Geophysical #ournal of the $oyal Astronomical Society, 3* 8-8F# 88 ;uinlan, G. 8NMI# Qodels o1 su/sidence mechanism in intracratonic /asins, and their applica/ilitV to +orth American examples# %n Beaumont, A# W 'anPard, A# X# (eds#$, Sedimentary basins and basin forming mechanisms# Canadian Society of Petroleum Geologists, &emoir, 0* FHD-FM8# 8> (ro-ell, ". (. 8NIF# )rigin o1 ,ate Aeno0oic /asins in southern Aali1ornia# %n 3icPinson, Y# (# (ed#$, Tectonics and Sedimentation# Society of conomic Paleontologists and &ineralogists, Special Publication, ** 8NO->OF# 8D ,ingston, 4. $.) 4is+roon, (. . & Williams, . '. 8NMDa# .lo/al /asin classi1ication sVstem# The American Association of Petroleum Geologists !ulletin, 38 (8>$ >8IG->8ND# 8F ,ingston, 4. $.) 4is+roon, (. . & Williams, . '. 8NMD/# UVdrocar/on plaVs and glo/al /asin classi1ication# The American Association of Petroleum Geologists !ulletin, 38(8>$ >8NF->8NM# 8G .igueiredo, '. /. .. de & $a<a Gabaglia, G. . 8NMH# Sistema classi1icatrio aplicado @s /acias sedimentares /rasileiras# $evista !rasileira de Geoci'ncias, 03 (F$ DGO-DHN# 8H Szatmari, . & orto, $. 8NMH# Alassi1icao tect;nica das /acias sedimentares terrestres do Brasil# %n Figueiredo, A# Q# F# de W (aja .a/aglia, .# P#, Sistema classificat(rio aplicado )s bacias sedimentares /rasileiras# $evista !rasileira de Geoci'ncias, 03 (F$, p# DGI# 8I $a<a Gabaglia, G. . & .igueiredo, '. /. .. de 8NN8# &4oluo dos conceitos acerca das classi1ica5es de /acias sedimentares# %n (aja .a/aglia, .# P# W Qilani, &# X# (eds#$, *rigem e evolu+,o das bacias sedimentares# P&'()B(AS, (io de Xaneiro, pp# D8-FG#