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O documento descreve a importância dos Ogãs, que são os responsáveis pelos toques de atabaque e cantos sagrados na Umbanda. Os Ogãs ajudam a marcar as diferentes partes do ritual, induzem o transe mediúnico e ativam os chacras para facilitar a incorporação. Suas músicas também ajudam a criar uma atmosfera propícia para o trabalho espiritual, removendo energias negativas. Além disso, existem espíritos no plano espiritual que auxiliam os Ogãs, inspirando cant
O documento descreve a importância dos Ogãs, que são os responsáveis pelos toques de atabaque e cantos sagrados na Umbanda. Os Ogãs ajudam a marcar as diferentes partes do ritual, induzem o transe mediúnico e ativam os chacras para facilitar a incorporação. Suas músicas também ajudam a criar uma atmosfera propícia para o trabalho espiritual, removendo energias negativas. Além disso, existem espíritos no plano espiritual que auxiliam os Ogãs, inspirando cant
O documento descreve a importância dos Ogãs, que são os responsáveis pelos toques de atabaque e cantos sagrados na Umbanda. Os Ogãs ajudam a marcar as diferentes partes do ritual, induzem o transe mediúnico e ativam os chacras para facilitar a incorporação. Suas músicas também ajudam a criar uma atmosfera propícia para o trabalho espiritual, removendo energias negativas. Além disso, existem espíritos no plano espiritual que auxiliam os Ogãs, inspirando cant
Ponto de Autor Desconhecido "Ah, como lindo o batuque do Tambor Ah, como lindo o batuque do Tambor Na Umbanda linda de Nosso Senhor Na Umbanda linda de Nosso Senhor
a mensagem que enaltece os Orixs a orao que elevo ao senhor a vibrao que nos faz incorporar Sem batuque na umbanda No se pode trabalhar
Eu no sabia, mas agora aprendi Que o canto faz a gira de Umbanda Quem canta, encanta a vida dos Orixs uma beno, divina que emana muita paz" Curimba o nome que damos para o grupo responsvel pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. So eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percusso), assim como conhecem cantos para as muitas partes de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, so de suma importncia no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos ns.
Muitas so as funes que os pontos cantados tm. Primeiramente uma funo ritualstica, onde os pontos marcam todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumao, abertura das giras, bater cabea, etc.
Temos tambm a funo de ajudar na concentrao dos mdiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do mdium, no a deixando desviar se do propsito do trabalho espiritual. Alm disso, a batida do atabaque induz o crebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padro comum, facilitando o transe medinico.
Esse processo tambm muito utilizado nas culturas xamnicas do mundo afora.
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de corao, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardaco, larngeo e frontal, ativando os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores (bsico, esplnico e umbilical), criando condies ideais para a prtica da mediunidade de incorporao.
As ondas energticas sonoras emitidas pela curimba, vo tomando todo o centro de Umbanda e vo dissolvendo formas pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psquica com condies ideais para a realizao das prticas espirituais. A curimba tranforma se em um verdadeiro plo irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibraes dos Orixs.
Os pontos transformam se em oraes cantadas, ou melhor, verdadeiras determinaes de magia, com um altssimo poder de realizao, pois um fundamento sagrado e divino. Poderamos chamar tudo isso de magia do som dentro da Umbanda.
A Curimba tambm de suma importncia para a manuteno da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de chamada das linhas, subida, firmeza, saudao, etc. Entendam bem, os guias no so chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos j encontram se no espao fsico - espiritual do terreiro antes mesmo do comeo dos trabalhos. Portanto a curimba no funciona como um telefone, mas sim como uma sustentadora da manifestao dos guias. O que realmente invoca os guias e os Orixs so os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direes. Muitas vezes ao cantar expressamos esse sentimentos, mas o amor aos Orixs a verdadeira invocao de Umbanda. Falando agora da funo de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da funo de og como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importncia deles serem bem preparados para exercerem tal funo. Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o og qualquer um que no incorpore persiste. Mas afirmamos, o og como pea fundamental dentro do ritual tambm um mdium intuitivo que tem como funo comandar todo o setor da curimba. Por isso faz - se necessrio que seja escolhido uma pessoa sria, e no uma pessoa que s queira cargo e se envaideser ou buscar ficar mandando ou bajulado deve ser uma pessoa estudada, conhecedora dos fundamentos da religio.
Alm disso, o ideal que o nefito que busca ser um novo og procure uma escola de curimba, onde aprender os fundamentos, os toques de nao e como, o qu e quando cantar.
Mulheres tambm podem ser atabaqueiras e curimbeiras, SIM! O "cargo" de og vem do candombl e apenas dado a pessoas do sexo masculino. A mulher no Candombl no toca atabaque, por alguns dogmas da religio, principalmente em relao menstruao. Na Umbanda no importamos dogmas e conceitos do candombl, mas sim seguimos os nossos, passados diretamente pelos nossos guias e mentores. Nuca vimos um caboclo ou preto velho proibindo mulher de tocar atabaque, por isso afirmamos, na Umbanda mulher toca e canta sim, e, diga se de passagem, muitas vezes melhor do que os prprios homens.
Por fim, queremos fazer alguns comentrios a cerca da espiritualidade que guia os trabalhos da curimba. Muitas linhas de Umbanda existem no astral e trabalham ativamente nele, apesar de no incorporarem. Existem muitas linhas de caboclos, exus, pomba giras, etc, que por motivos prprios trabalham nos bastidores, sem incorporarem ou tomarem a linha de frente dos trabalhos espirituais. Tambm existe uma corrente de espritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba. So mestres na msica de Umbanda, verdadeiros guardies dos mistrios do som. Normalmente apresentam se com a aparncia de homens e mulheres negras, com forte complexo fsica para os homens, e bela mas igualmente forte para as mulheres. Seus trajes variam muito, indo desde a roupagem mais simples como um escravo da poca colonial, como at mesmo o terno e o vestido branco.
So espritos bondosos, muito alegres e divertidos, que com o cantar encantam a muitos no astral. Alguns fazem se presente auxiliando o toque, outros o canto e outros ainda auxiliam a manuteno da energia e sua dissipao dentro do terreiro. Muitas vezes chega a acontecer uma espcie de incorporao desses guias com os ogs, os inspirando a determinados toques e cantos. Qualquer pessoa com experincia em curimba pode relatar casos aonde um ponto vem na hora que ele necessrio e depois voc simplesmente o esquece. Isso acontece sobre inspirao desses mentores.
Algumas vezes tambm, em festas de Umbanda e dos Orixs, onde muitos se renem, percebemos que diversos espritos chegam portando seus tambores astrais, percutindo os a partir do astral, ajudando na sustentao e na energia das festividades, potencializando ainda mais os toques dos atabaques e as energias movimentadas. Isso muito comum, por exemplo, nas festividades de Iemanj, no fim do ano.
Quando os guias, incorporados fazem sua saudao frente dos atabaques, esto saudando as pessoas que tocam, esto pedindo para que as foras movimentadas pela curimba sejam benficas a todos, mas esto tambm, saudando e agradecendo a toda essa corrente de trabalhadores annimos do astral. Esto percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma simples e humilde gira de Umbanda?
Sabemos que esse universo da curimba muitas vezes pouco explicado, e muitos chegam a defender a abolio dos atabaques dos centros de Umbanda. A isso, os prprios guias e mentores de Umbanda respondem, tanto incentivando os toques e trazendo mentores nesse campo , como tambm, abrindo turmas de estudo de Umbanda e desenvolvimento medinico, onde percebemos claramente que o "animismo" acontece por despreparo do mdium, falta de estudo ou orientao e no pelo uso de atabaques. Colocar a culpa nos atabaques como tampar o sol com a peneira. Afinal, como explicado pargrafos acima, o atabaque quando bem utilizado tima ferramenta para o desenvolvimento medinico.