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1) O documento discute a implementação de arquiteturas de Qualidade de Serviço (QoS) em redes MPLS.
2) As arquiteturas Intserv e Diffserv podem ser implementadas em redes MPLS sem grandes ganhos ou perdas para a qualidade de serviço, embora não requeiram muitos recursos adicionais.
3) QoS não é uma razão suficiente para justificar sozinha a implementação de MPLS em uma rede.
1) O documento discute a implementação de arquiteturas de Qualidade de Serviço (QoS) em redes MPLS.
2) As arquiteturas Intserv e Diffserv podem ser implementadas em redes MPLS sem grandes ganhos ou perdas para a qualidade de serviço, embora não requeiram muitos recursos adicionais.
3) QoS não é uma razão suficiente para justificar sozinha a implementação de MPLS em uma rede.
1) O documento discute a implementação de arquiteturas de Qualidade de Serviço (QoS) em redes MPLS.
2) As arquiteturas Intserv e Diffserv podem ser implementadas em redes MPLS sem grandes ganhos ou perdas para a qualidade de serviço, embora não requeiram muitos recursos adicionais.
3) QoS não é uma razão suficiente para justificar sozinha a implementação de MPLS em uma rede.
1 , M A R Dantas 2 1 Departamento de Engenharia Eltrica - Laboratrio de Engenharia de Redes (UnB/ENE/LabRedes) - Universidade de Braslia Av.L3 Norte FT ENE LabRedes Sala B1-01 Asa Norte CEP:70910-900 - Braslia-DF Brasil 2 Departamento de Informtica e Estatstica (INE) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Caixa Postal 476 - Trindade - Florianpolis - SC - 88040-900 - Brasil alcantara@brturbo.com.br, mario@inf.ufsc.br Abstract. In this paper we present a theoretical study of QoS (Quality of Service) architectures implementation over MPLS (Multi-protocol Label Switching) technology-based networks. The possibility of intserv and diffserv architectures implementation in the based-MPLS networks is analyzed, and is verified whether there is advantages or disadvantages related to the QoS implementation in IP network with conventional routing. Our conclusions indicate that is possible to implement the QoS architectures on MPLS-based networks, without presenting great profits or damages for the quality of services, although also are not required great resources you add. It means that, QoS is not only very strong reason to justify the implementation of MPLS in a network. Resumo. Neste artigo apresentamos um estudo terico da implementao das arquiteturas de QoS (Qualidade de Servio) nas redes baseadas na tecnologia MPLS (Multiprotocol Label Switching). A possibilidade de implementao das arquiteturas QoS Intserv e Diffserv nas redes MPLS analisada, e verficado se h vantagens (ou desvantagens) em relao implementao de QoS em redes IP com roteamento convencional. Nossas concluses indicam que possvel implementar as arquiteturas nas redes MPLS, sem apresentar grandes ganhos (ou prejuzos) para a qualidade de servios, embora tambm no se requeira grandes recursos adicionais. Em outras palavras, QoS no uma razo suficientemente forte para sozinho justificar a implementao de MPLS em uma rede.
1 Introduo O crescimento do uso da Internet tem ganhado propores que surpreendem at as mais otimistas estatsticas. Alm do nmero de usurios cada vez maior, e geograficamente mais distribudos, novas aplicaes surgem a cada dia, com o objetivo de melhorar a comunicao entre usurios, sejam no campo da pesquisa, dos negcios, da educao e at do lazer. Se por um lado o aumento do nmero de usurios aumenta o requerimento por mais banda, por outro lado as novas aplicaes, exigem alm de mais banda, requisitos de qualidade que so inerentes s aplicaes emergentes. Exemplos de aplicaes so aquelas que envolvem mdia contnua, como udio e vdeo, e em especial quando se trata de aplicaes em tempo real, tais como voz sobre IP e videoconferncia. Todavia, o TCP/IP, modelo de tecnologia mais largamente utilizado para suportar o trfego Internet, no consegue prover soluo aos problemas advindos da exploso de crescimentos, mas notadamente aqueles ligados qualidade de servios. Deste fato, surgem ento os congestionamentos na rede, trazendo como conseqncia os problemas que so sentidos pelo usurio final. Problemas tais como a inacessibilidade, o tempo de resposta incompatvel com a aplicao, a queda de comunicao, dentre outros. Para o tratamento da questo, at um passado recente eram discutidas as alternativas (a) de investimento na expanso da rede para o provimento de mais banda e circuitos. (b) implementao de QoS (Quality of Service) na rede. Durante alguns anos a opo mais comum era a expanso da rede. Esta alternativa era motivada principalmente pelo grande crescimento da Internet. Em adio, existia um pensamento generalizado, de que o custo de banda poderia ser menor do que os investimentos que deveriam ser realizados para o desenvolvimento de QoS. Com o amadurecimento da indstria da Internet, que refletiu diretamente no custo dos recursos de rede, e a queda na economia do setor voltada para os provedores de acesso ao servio Internet, aliado ao constante crescimento e demanda por banda, o investimento em desenvolvimento de QoS acabou tornando-se uma alternativa atrativa. Assim, algumas alternativas de arquitetura de QoS surgiram, como resultado de pesquisas no campo acadmico e na indstria. Os principais padres considerados pelos rgos competentes so ao Intserv (Integrated Service) e o Diffserv (Differentiated Service). Por outro lado, grupos de trabalhos especficos desenvolveram a tecnologia MPLS (MultiProtocol Label Switching), que alm de promover uma melhor taxa no encaminhamento de trfego por utilizar comutao baseada em rtulo, propicia tambm a implementao de engenharia de trfego na rede. Esta abordagem garante uma melhor utilizao dos recursos de rede e ameniza os congestionamentos motivados pelos constantes aumentos de trfego de dados para as mais variadas aplicaes. Desta forma, neste artigo nosso objetivo foi investigar teoricamente a possibilidade das implementaes das arquiteturas de QoS, Intserv e Diffserv nas redes baseadas na tecnologia MPLS, bem como a anlise da possibilidade de ganhos (ou perdas) destas implementaes. Com este fim, na seo 2 apresentamos QoS em Redes IP. A evoluo das arquiteturas de QoS nas redes IP so discutidas na seo 3. Por outro lado, QoS nas redes MPLS apresentado na seo 4 que seguida por nossas concluses. 2 QoS em redes IP As redes de telecomunicaes at um passado recente, eram construdas para transportar separadamente os trfegos de voz, vdeo, misso crtica e misso no crtica. Este comportamento se justificava, em funo da grande diferena da natureza das aplicaes, da demanda por servios isolados e da falta de uma soluo de rede para o encaminhamento dos diferentes trfegos, de uma forma integrada. Todavia, com a forte tendncia de convergncia de todos os trfegos, surgiu a necessidade de uma soluo que possibilitasse o transporte integrado para todos os tipos, mesmo com as mais variadas exigncias de parmetros, porm, com nveis de qualidade aceitveis pelo usurio. Houve ento a necessidade de se identificar os parmetros que mais afetam as aplicaes e por conseguinte refletir na qualidade de servio sentida pelo usurio final. Inmeros estudos cientficos indicaram que os mais relevantes so a largura de banda, atraso de pacote, jitter e perda de pacotes. A tabela 1 ilustra o nvel de sensibilidade de cada aplicao, em funo dos parmetros acima definidos: Tabela 1 - Sensibilidade das principais aplicaes, em funo dos parmetros Aplicao Parmetro Voz e Vdeo FTP ERP e Misso Crtica Largura de banda Baixa a moderada Moderada a alta Baixa Atraso de pacote Alta Baixa Baixa a moderada Jitter de pacote Alta Baixa Moderada Perda de pacote Baixa Alta Moderada a alta Qualidade de Servio (Quality of Service - QoS) foi ento definida sob o ponto de vista de rede, como o conjunto de tcnicas, utilizado para gerenciar os parmetros de largura de banda, atraso, jitter e perda de pacote, de modo que a rede possa servir eficientemente as aplicaes sem afetar as suas funes ou performance[3].
3 Arquiteturas de QoS nas Redes IP A arquitetura Diffserv, usa como filosofia de implementao, a diviso do trfego em classes de servios, baseado nos seus requerimentos, sendo que a rede prioriza a entrega do trfego baseada nessas classes[9]. Esta priorizao no d garantia de entrega do trfego. Por esta razo, o servio conhecido como Soft QoS e o esquema de entrega conhecido como CoS (Class of Service). Podemos dizer que a arquitetura Diffserv no garante QoS, mas realiza uma grade em classes de servio [17].
O Intserv uma arquitetura que se prope fazer QoS fim-a-fim, que melhor se encaixa nas aplicaes emergentes, tais como voz sobre IP e videoconferncia. A abordagem preserva a semntica fim-a-fim de IP para QoS e usa como chave em pontos finais, os remetentes e os receptores. Nesta arquitetura, definido o conceito de micro- fluxo, que entendido como conjunto de pacotes que utilizam as mesmas informaes de Endereo de Origem, Endereo de Destino, Protocolo de Transporte, Porta de Origem e Porta de Destino[8]. A arquitetura se prope a gerenciar cada fluxo individualmente. 4 QoS nas Redes MPLS A tecnologia MPLS possui em sua arquitetura um mdulo de QoS, que o responsvel por construir a tabela de FEC, usando protocolos IGP, tais como OSPF e IS-IS. A implementao de Diffserv e Intserv nas redes MPLS tem procedimentos diferentes.
4.1 Intserv nas Redes MPLS A implementao de Intserv nas redes MPLS feita atravs da associao de rtulos com os fluxos que contm as reservas feitas pelo RSVP, e sinalizada pelas mensagens de controle do RSVP. Essa implementao pode ocorrer de dois modos, porm ambas toma como base a incluso do objeto label request na mensagem path e do objeto label na mensagem Resv (Reservation.). Em um dos modos o protocolo de roteamento escolhe o caminho a ser estabelecido, como no roteamento convencional. No outro modo o caminho determinado atravs do objeto ERO ( Explicit Routing Object), que includo na mensagem PATH. Para as duas formas de implementao, os LSRs associam ao nmero do rtulo as reservas de recursos que so transportadas nas mensagens path e Resv. 4.2 Diffserv nas redes MPLS A implementao da arquitetura Diffserv nas redes MPLS se d atravs do mapeamento do DSCP, diretamente no campo Exp bits do Shim (Calo) do pacote MPLS que o contenha, ou nos campos VPI/VCI das clulas ATM, ou campo DLCI das redes Frame Relay. So utilizados dois mtodos para a realizao desse mapeamento, os quais esto sucintamente descritos a seguir [1][7]: Mtodo E-LSP: Esse mtodo consiste no mapeamento dos 3 bits mais significantes do campo DSCP dos pacotes IP em Diffserv, diretamente nos 3 Exp bits do Shim. Como conseqncia, somente possvel o mapeamento de 8 classes de servio. E-LSP somente pode ser implementado em enlaces que utilizam protocolos que existe o Shim para funcionamento do MPLS, e portanto no pode ser utilizado nas redes ATM e Frame Relay. interessante salientar, que nesse mtodo nenhum mecanismo de sinalizao adicional necessrio e o mecanismo de distribuio de rtulos feito por protocolos utilizados normalmente pelo MPLS, tais LDP e BGP[1][7]. em um nico LSP, pode-se ter at 8 diferentes classes de servio, que so multiplexadas do campo Exp bits[1]. Mtodo L-LSP: Nesse mtodo, o tratamento de QoS dado pelos LSRs aos pacotes MPLS, inferido do rtulo e do Exp bits para os pacotes com Shim, e do rtulo e bit CLP para MPLS no mdulo clula[1][7]. Portanto, a fila onde colocada o pacote, inferida pelo LSR, exclusivamente do rtulo, enquanto o descarte do pacote inferido do campo Exp bits, ou bit CLP[2]. Como o IP Precedence tem 3 bits, eles so mapeados diretamente no campo Exp bits para os pacotes contendo o Shim, no havendo portanto prejuzo no tratamento de descarte para esses pacotes. Isto no se verifica para os pacotes no modo MPLS clulas, onde a classificao feita pelo bit CLP, limitando o descarte em dois nveis. Nesse mtodo, cada LSP transporta apenas uma classe de trafego, ou PSC (PHB Scheduling Class), que definido como um grupo de PHB que requer que pacotes com diferentes PHBs no grupo, no sejam desordenados, e devem utilizar o mesmo LSP. interessante ressaltar que uma rede que suporta o mtodo E-LSP tambm suporta o mtodo L-LSP. Por outro lado, a rede que suporta o mtodo L-LSP, pode ou no suportar o mtodo E-LSP, estando includas nesse ltimo caso, as redes ATM e Frame Relay. Os dois mtodos podem, tambm, conviver em uma nica rede. A responsabilidade por estar definindo qual dos mtodos dever ser utilizado do LSR no ingresso da rede, de acordo com a configurao que recebe do operador. 5 Concluses A implementao da arquitetura Intserv nas redes MPLS tecnicamente possvel. Esta se difere do mtodo convencional, atravs da adio do objeto LABEL REQUEST na mensagem path, e do objeto label na mensagem Resv, durante o processo de estabelecimento da conexo, porm, sem prejuzo para o controle de admisso de chamada. As aplicaes de QoS para os pacotes com reservas, tomam como base para a pesquisa dos parmetros a implementar, o nmero do rtulo do pacote, refletindo em ganho de tempo para o processo de envio do pacote e a gerencia dos recursos reservados para a sesso. Outro ganho que se verifica em relao ao roteamento convencional, que possvel associar inmeros micro-fluxos em um mesmo LSP, dando aos pacotes pertencentes a eles, o mesmo tratamento de QoS, diferentemente do roteamento convencional, onde o tratamento de QoS dado a cada micro-fluxo individualmente[1]. A implementao de Diffserv nas redes MPLS, a exemplo do que ocorre com o Diffserv no roteamento convencional, no admite controle de admisso de chamada. O nmero de classes de servio Diffserv implementado em redes MPLS com shim, pelo mtodo E-LSP reduz de 64 para 8. No modo L-LSP que pode ser utilizado em qualquer tipo de enlace, possvel a implementao das 64 classes de servio do DSCP, porm, nas redes MPLS modo clula, o nvel de descarte de pacotes fica limitado a dois. Conclumos ento, que QoS tanto na arquitetura Intserv quanto na arquitetura Diffserv, pode ser implementado nas redes MPLS, sem a necessidade de agregar grandes recursos. O ganho mais expressivo da implementao, a melhoria do parmetro atraso de pacote, pois a comutao de rotulo, seguramente mais rpida do que o roteamento convencional. A despeito da melhoria desse parmetro, podemos afirmar que QoS no uma razo suficientemente forte para s justificar a implementao de MPLS em uma rede, pois no traz ganhos significativos nos demais parmetros de qualidade.
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