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Instituto de Química – IQ
QF952A – 2s/2009
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1- Introdução
Após misturado, encontramos um volume V da solução que não é, em geral, igual ao somatório
volume ideal parcial; V V*. Por exemplo, a adição de 50 cm3 de água à 50 cm3 de Etanol à 20°C e
1atm dá a solução um volume final de 96,5 cm3. A diferença entre V da solução e V* é resultado de:
a) Diferenças entre as interações de forças na solução em relação aos componentes puros.
b) Diferenças no empacotamento das moléculas na solução em relação ao empacotamento das
moléculas no reagente puro.1
Podemos encontrar uma expressão para o volume V de uma solução. V depende da temperatura,
pressão e número de mols. Se fixarmos T, P, e a fração molar da solução xi , o volume, qual é uma
propriedade extensiva, é diretamente proporcional ao número total de mols n na solução. (Se dobrarmos
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todos os números de mols a T e P constantes, teremos um valor de V dobrado).
Temos então para a variação de volume ideal para o real a seguinte equação 2 e 3:
(2) V =
(3) ΔVmis= V-V* = cosnt. T,P
Para encontrarmos a fração molar de um determinado componente em uma mistura, basta traçar a
tangente em um determinado ponto, como é o caso do Gráfico 1 do
sistema água/etanol.
(4) H =
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2- Objetivo
Analisar o volume parcial molar de sistemas constituídos por água/etanol (como complemento
estudar comparativamente com dados de outras equipes (Metanol, Propanol).
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3- Materiais e Métodos
3.1- Materiais
3.2- Reagentes
Água
Álcool Etílico Absoluto
3.3- Procedimento
A - Calibração do Picnômetro
1. Pesou-se em balança analítica cada um dos balões volumétricos vazios juntamente com sua
respectiva tampa.
2. Com o auxílio de uma bureta adicionou-se aos balões volumétricos volumes calculados de água e
etanol para se obter soluções nas seguintes frações molares em volume aproximado de 50 ml (0,15;
0,30; 0,45; 0,60; 0,75; 0,90)
3. Adicionou-se o volume calculado de água em cada balão, onde posteriormente foram pesados
novamente.
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4. Adicionou-se o volume calculado de etanol, onde posteriormente foram pesados novamente.
5. Os balões foram levados então ao banho termostatizado à 25°C por cerca de 20 minutos.
1. O picnômetro calibrado na parte A foi lavado com a respectiva solução parte B, então preenchido
com a mesma e elevado à balança analítica. O procedimento foi repetido para todas as soluções
preparadas e também para água e etanol puros.
2. Com as massas das soluções no picnômetro, foram calculadas suas respectivas densidades.
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4- Resultados e Discussão
Podemos observar que existe uma diferença significativa entre o valor indicado e o valor real do
volume do picnômetro. Para se calcular o volume real do picnômetro utilizou-se a relação entre massa,
densidade e volume, equação 6:
(6) d= onde d = densidade da água a 25°C, m = massa de água adicionada, vpic = volume do picnômetro.
Vpic= 27,0529 ml
A partir do volume do picnômetro foram calculados os volumes molares padrão de água e etanol
com as equações:
Como ponto de partida obtivemos a partir de cálculos, a massa necessária de cada um dos
componentes à ser pesada para que o sistema água/etanol chegasse o mais próximo das frações indicadas.
As massas e frações encontras estão na Tabela 1. Podemos observar que houve uma diferença entre as
Tabela 1 - Etanol/Água - Frações molares e mássicas
mEt (g) mH2O (g) nEt (mol) nH2O (mol) XEt (fr.molar) XH2O (fr.molar) XEt (fr.massica) XH2O (fr.massica)
4,6738 43,6903 0,1014 2,4245 0,0402 0,9598 0,0966 0,9034
9,3894 37,8137 0,2038 2,0984 0,0885 0,9115 0,1989 0,8011
13,8681 31,8050 0,3010 1,7650 0,1457 0,8543 0,3036 0,6964
18,6149 25,8950 0,4041 1,4370 0,2195 0,7805 0,4182 0,5818
23,2301 19,8489 0,5042 1,1015 0,3140 0,6860 0,5392 0,4608
27,9240 13,8524 0,6061 0,7687 0,4409 0,5591 0,6684 0,3316
frações molares indicadas para o relatório e as encontradas experimentalmente (frações experimentais: +/-
0,04;0,09;0,15;0,22;0,31;0,44). No entanto está diferença não interfere nos resultados, apenas os pontos
estão mais deslocados para a esquerda do Gráfico 3, sem afetar sua tendência. Para se chegar as massas
pesadas de etanol utilizou-se a equação:
De 9 e 10 temos:
V final desejado = Met net +MH2OH2O
Apartir dos dados da Tabela 2, juntamente com os dados fornecidos por outros grupos foi montado o
Gráfico 3.
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Tabela 2 - Densidade e Volume ideal das soluções preparadas
n = nEt+nH2O
Identificação XEt d (g/cm³) mEt (g) nEt(mol) mH2O (g) nH2O (mol) Vid final (mL)
(mol)
Água 0,0000 0,9999 0,0000 0,0000 27,0498 1,5011 1,5011 27,0529
1 0,0402 0,9807 2,5640 0,0557 23,9677 1,3301 1,3857 27,2306
2 0,0885 0,9656 5,1960 0,1128 20,9255 1,1612 1,2740 27,5347
3 0,1457 0,9489 7,7943 0,1692 17,8755 0,9920 1,1612 27,7881
4 0,2195 0,9207 10,4168 0,2261 14,4907 0,8041 1,0303 27,7374
5 0,3140 0,8961 13,0731 0,2838 11,1703 0,6199 0,9036 27,7942
6 0,4409 0,8615 15,5784 0,3381 7,7281 0,4289 0,7670 27,5371
Etanol 1,0000 0,7865 21,2762 0,4618 0,0000 0,0000 0,4618 27,0529
Tabela 3 - Dados gráfico Etanol Tabela 4 - Dados gráfico Metanol Tabela 5 - Dados gráfico Propanol
Amostra (Vid-Vpic)/net Xet Amostra (Vid-Vpic)/nmet Xmet Amostra (Vid-Vpic)/nprop Xprop
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 -0,1282 0,0402 1 -0,5227 0,1496 1 -0,1657 0,1511
2 -0,3781 0,0885 2 -0,2458 0,2999
2 -0,8764 0,2976
3 -0,2918 0,4481
3 -0,6331 0,1457 3 -1,0083 0,4455
4 -0,3132 0,6039
4 -0,6644 0,2195 4 -0,9660 0,5950 5 -0,0351 0,7061
5 -0,8203 0,3140 5 -0,7721 0,7462 6 0,1294 0,9005
6 -0,6313 0,4409 6 -0,3991 0,8986
7 0,0000 1,0000 7 0,0000 1,0000 7 0,0000 1,0000
0
0 0,5 1 1,5
-0,2
-(Vid-Vpic)/net
-0,4 Polinômio
(Etanol)
-0,6 Polinômio
3
(Metanol)
Polinômio
-0,8 (Propanol)
-1
-1,2
Fração Molar Etanol
D2- Baseados no Gráfico 3 podemos avaliar que existem diferentes interações entre a água e os
diferentes alcoóis. Podemos observar que a maior contração de volume foi referente ao Metanol, pois o
mesmo é o que apresenta menor polarizabilidade devido a sua curta cadeia, seguido pelo Etanol e
posteriormente pelo Propanol. Observa-se então que neste sistema, quanto maior a cadeia linear do álcool
menor será sua contração volumétrica, pois a carga fica distribuída por toda molécula. Em moléculas
menores, a carga é “concentrada”, o que aumenta a interação de Ligações de Hidrogênio e Dipolo com a
Água.
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A1- Na comparação das densidades da literatura e experimental temos uma leve diferença devido as
condições experimentais não serem extremamente controladas w o número de repetições pequeno.
Det literatura = 0,7851 g/cm3
Det experimental = 0,7865 g/cm3
0,8
0,6
0,4
0,2
D3- Se tivermos uma fração mássica de Etanol =0,3 teremos então uma fração molar de etanol 0,15 com
0
13,86g e volume de 17,62ml. Temos então 0,75 de fração molar de água, o que corresponde a 31,80g de
água e a um volume de 31,80ml, como mostra a Tabela 1.
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
XL - Fração molar no líq
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D4- Com o uso do picnômetro podemos calcular o volume de um metal, basta para isso utilizar um
picnômetro calibrado e adicionar o metal dentro, completando-o com água. Após pesagem, saberíamos o
volume de água adicionado e descontaríamos do volume do picnômetro, o qual resultaria no volume do
metal. Com a massa do metal, poderíamos então calcular sua densidade.
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5- Conclusão
Neste trabalho foram determinados experimentalmente dados do sistema água/etanol no que se refere a
sua fração molar em relação ao volume de contração. Foram usados dados do etanol, metanol e propanol.
Conclui-se portanto que a técnica aplica é eficiente para se prever o comportamento de contração ou
expansão de volume devido as interações intermoleculares. Poderiam ser aplicados ao experimento fatores
termodinâmicos como a entalpia e energia de Gibbs para se estudar o mesmo comportamento com medições
diferentes. É possível ainda prever o diagrama de fases apenas com dados obtidos, o que é de grande valia
para se obter um resultado experimenta muito mais rápido do que pelo sistema de coleta de fase líquida e
vapor em laboratório aplicando-se apenas a Lei de Raoult.
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6- Bibliografia
1- Levine, I. N. Physical Chemistry, 4th Ed, New York, Mc Graw-Hill, 1995 Cap.9
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