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Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Instituto de Química – IQ
QF952A – 2s/2009

Polímeros
Tensão x Deformação
Grupo10

Rodrigo Steter Rocco RA017300


Flávia da Silva Nascimento RA032861
Flávio Araújo de Freitas RA032880
07/11/2009

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1- Introdução

Polímeros são substâncias formadas de macromoléculas (moléculas gigantes) que apresentam unidades
estruturais que se repetem sucessivamente, denominadas
monômeros. Macromoléculas são moléculas relativamente grandes, com pesos moleculares da ordem de
103 a 106.

Figura 1. Macromolécula

O processo de formação dos polímeros denomina-se polimerização.

Vários critérios podem ser adotados para a classificação dos polímeros:


Quanto à origem
1. Naturais
2. Sintéticos

Quanto à aplicação

1. Elásticos – apresentam moléculas grandes e flexíveis, que tendem a se enrolar de maneira


caótica. Quando submetidos a uma tensão, as moléculas desses polímeros se desenrolam e deslizam umas
sobre as outras. Quando a tensão cessa, suas moléculas voltam à estrutura inicial. Apresentam cadeia
linear com algumas ligações primarias cruzadas .
2. Plásticos – quando submetidos a aquecimento e pressão, amolecem e podem ser moldados.
Quando essas condições são retiradas, o plástico endurece e conserva a forma do molde. São subdivididos
em dois grupos:
a- termoplásticos – podem ser amolecidos e remoldados repetidamente.
b- termofixos ou termorrígidos – não podem ser amolecidos pelo calor após terem sido
produzidos. Normalmente sua produção e moldagem devem ser feitas numa única etapa.

Quanto à morfologia no estado sólido

1. Amorfos – as moléculas são orientadas aleatoriamente e estão entrelaçadas – lembram um prato


de spaghetti cozido. Os polímeros amorfos são, geralmente transparentes.
2. Semicristalinos – as moléculas exibem um empacotamento regular, ordenado, em determinadas
regiões. Como pode ser previsto, este comportamento é mais comum em polímeros lineares, devido a
sua estrutura regular. Devido às fortes interações intermoleculares, os polímeros semicristalinos são mais
duros e resistentes; como as regiões cristalinas espalham a luz, estes polímeros são mais

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opacos. O surgimento de regiões cristalinas pode, ainda, ser induzido por um “esticamento” das fibras, no
sentido de alinhar as moléculas.

TAMANHO DA E FORMA DA CADEIA DO POLÍMERO X PROPRIEDADE:


O peso molecular dos polímeros depende das condições de polimerização, para cada monômero.
Para uma mesma estrutura macromolecular, as propriedades dos polímeros variam progressivamente com o
peso molecular; essa variação torna-se pouco expressiva quando esses pesos atingem ou excedem ordem
de grandeza de 105. Paralelamente a esse aumento, podem ser esperados aumentos na viscosidade
(fluidez) de suas soluções, na capacidade de formação de filmes, no ponto do amolecimento e temperatura
de transição vítrea, na resistência à tração, na resistência ao impacto, etc., bem como diminuição de
solubilidade (resistência química).

CRISTALINIDADE DO POLÍMERO X PROPRIEDADES.


O grau de cristalização de um termoplástico afeta(aumenta) grandemente as seguintes propriedades:
resistência à tração, modulo de elasticidade, densidade, temperatura de transição vítrea, resistência química
e resistência ao choque.
Fatores que influem na cristalização:
A presença de radicais de volume dificultam a cristalização, bem como a presença de ramificação na
cadeia polimérica.

Polipropileno (PP)
É obtido pela adição sucessiva do propeno
(propileno).

Figura 2 –Reação de formação do Polipropileno

Esse polímero é incolor e inodoro, material termoplástico, tem baixa densidade, ótima dureza superficial, tem
alta cristalinidade (60- 70%), como polímero apolar, é excelente material para resistir às radiações
eletromagnéticas na região de microondas, tem boa resistência química e boa resistência térmica.
Propriedades mecânicas moderadas.

Nylon 6.6
É obtido pela reação do Ácido Adipico e a Diamina Hexamethyl. O nome “6.6” vem do número de átomos de
carbono de cada um dos monômeros.

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Propriedades: Pode ser aquecido á relativa alta temperatura, estrutura molecular compacta, boa
resistência ao sol e ao tempo, alto ponto de fusão (256°C) e boa resistência a abrasão.

Amorfo X Cristalino
Os polímeros exibem 2 tipos de morfologia no estado sólido: amorfo e semicristalino. Em um
polímero amorfo, as moléculas estão orientadas aleatóriamente e estão entrelaçadas - lembram um prato de
spaghetti cozido. Os polímeros amorfos são, geralmente, transparentes. Nos polímeros semicristalinos, as
moléculas exibem um empacotamento regular, ordenado, em determinadas regiões. Como pode ser
esperado, este comportamento é mais comum em polímeros lineares, devido a sua estrutura regular. Devido
às fortes interações intermoleculares, os polímeros semicristalinos são mais duros e resistentes; como as
regiões cristalinas espalham a luz, estes polímeros são mais opacos. O surgimento de regiões cristalinas
pode, ainda, ser induzido por um "esticamento" das fibras, no sentido de alinhar as moléculas.

Figura 3- Diagrama de Volume vs. Temperatura para dois polímeros: um amorfo e um semicristalino.

Em baixas temperaturas, as moléculas de ambos os polímeros vibram com baixa energia; eles estão
"congelados" em uma situação do estado sólido conhecida como "estado vítreo". Na medida em que o
polímero é aquecido, entretanto, as moléculas vibram com mais energia e uma transição ocorre: do estado
vítreo para o estado rubbery. Neste estado, o polímero possui um maior volume e uma maior dilatação
térmica e maior elasticidade. O ponto onde esta transição ocorre é conhecido como temperatura de transição
vítrea,e está denotado no gráfico como T g.
Quando aquecidos, os polímeros podem vir a derreter. A temperatura de fusão dos polímeros é indicada, no
diagrama, como Tm. No estado líquido, os polímeros podem ser moldados ou divididos em micro-fibras, por
exemplo. Somente alguns polímeros podem ser derretidos, e são chamados de termoplásticos.

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2- Objetivo

Avaliar as propriedades mecânicas de tensão e deformação dos polímeros: Polipropileno (PP) e


Poliamida 6,6 (PA66 – Nylon) em diferentes condições de umidade.

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3- Materiais e Métodos

3.1- Materiais

Corpos de Prova de PP e PA66

3.2- Equipamentos

Máquina Universal de ensaios mecânicos

3.3- Procedimento

Polipropileno

1. Com o auxílio de um paquímetro mediu-se todos os corpos de prova para se obter a área de secção.
2. Realizou-se o ensaio com tempos de subida diferentes: (50mm/min – 250mm/min – 30mm/min)
3. Com os dados, montou-se os gráficos (Tensão x Deformação e Força x Deslocamento) para posterior
avaliação.

Poliamida 6.6 (Nylon 6.6)

1. Pesou-se os corpos de prova e comparou-se as massas em diferentes condições de umidade (PA66


armazenada no dissecados, PA66 mantida por 5 dias a 50% de umidade relativa, PA66 imersa em
água por 30 dias.
2. Com os dados, montou-se os gráficos requeridos e avaliou-se a interferência da água.

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4- Resultados e Discussão

As propriedades mecânicas compreendem a resposta dos materiais às influências mecânicas externas,


manifestadas pela capacidade de desenvolverem deformações reversíveis e irreversíveis, e resistirem à
fratura. Essas características dos são geralmente avaliadas por meio de ensaios, que indicam dependências
tensão-deformação, que todavia são insuficientes para descrever os materiais poliméricos, também a nível
molecular. Assim, as características dos polímeros, que se refletem nas suas propriedades mecânicas,
podem ser quantificadas através de métodos cujo empirismo é contrabalançando pelo rigor das condições,
estabelecidas nas normas técnicas. As propriedades mecânicas mais importantes decorrem de processos
onde há grandes relaxações moleculares, como relaxação sob tensão, escoamento sob peso constante e
histerese. Essas relaxações dependem muito da temperatura, da capacidade de desenvolver deformações
reversíveis pronunciadas, que são maiores em elastômeros, bem como da íntima correlação entre processos
mecânicos e químicos, os quais se influenciam mutuamente de modo substancial.

As propriedades elásticas são características importantes da resistência dos materiais. O corpo de


prova é estendido a uma velocidade padrão constante até a sua ruptura (ASTM D 412). A resistência à
tração, ou resistência à tração é avaliada pela carga aplicada por unidade de área no momento da ruptura.
O alongamento representa aumento percentual do comprimento da peça sob tração, no momento da ruptura.
O módulo de elasticidade ou módulo de Young é medido pela razão entre a tensão e a deformação, dentro
do limite elástico, em que a deformação é totalmente reversível e proporcional à tensão. Os módulos a 100%,
200% e 300% utilizados para caracterizar os elastômeros, e descrevem não o módulo real, mas a tensão
necessária para produzir deformações de 100%, 200% e 300%.

A resistência à tração e o alongamento na ruptura podem ser correlacionados quantitativamente com


a estrutura do polímero. Materiais com grande teor de ligações cruzadas, como os utilizados nas espumas
rígidas, são fortes e duros, porém quebradiços, e os elastômeros e as espumas flexíveis tem alongamento na
ruptura muito maior. A parte inicial em linha reta da curva de tensão / deformação, onde o material exibe
perfeita elasticidade, representa o desenovelamento e alinhamento das cadeias macromoleculares longas e
flexíveis. Extensão posterior do polímero acarreta deslizamento das macromoléculas com o rompimento de
ligações secundárias entre cadeias adjacentes, podendo resultar em deformações permanentes.. O teste de
determinação da resistência à tração em espumas flexíveis é descrito na Norma NBR 8515.

Polipropileno (PP)

Dos gráficos 1,2,3 é possível calcular a Resistência à Tração (RT), Módulo de Young (MY) a Tensão
na Ruptura (TR).

Para o PP temos:

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mm/min RT (MPa/) MY(MPa/m ) TR (MPa)
30 30,49 2,73 18,66
50 31,37 2,82 17,60
250 33,80 3,02 N/A

Podemos verificar que há um aumento na RT pois como a velocidade de subida diminui ocorre
uma melhor relaxação do material, ou seja, as moléculas no material possuem um tempo maior para se
rearranjarem. Em relação ao MY podemos verificar que há um pequeno aumento, porém pouco relevante, o
que nos mostra que o MY é uma medida inerente de cada material. No caso do TR podemos verificar que

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com a diminuição da velocidade de subida há também a diminuição da TR, pois com o aumento do tempo de
relaxação, o material se comporta mais com um fluido do que como um sólido, sendo assim quando a RT for
relativamente maior que o tempo de relaxação não haverá TR.

Gráfico 1 – PP 30mm/min

Gráfico 2 – PP 50mm/min

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Gráfico 3 – PP 250mm/min

Poliamida 6.6 (PA6.6)

Dos gráficos 4,5,6 é possível calcular a Resistência à Tração (RT), Módulo de Young (MY) a Tensão na
Ruptura (TR).

Para o PA66 50mm/min temos:

Condição RT (MPa/) MY(MPa/m2) TR (MPa)


Seco 83,12 12,45 52,80
50% umidade rel. 71,08 5,66 50,77
Imerso(6,3% água) 41,66 9,38 40,84

A presença de água nas Poliamidas funciona como plastificante, separando as cadeias moleculares
e diminuindo a cristalinidade. A Poliamida 6.6 atinge uma ótima tenacidade somente após estabilizadas com
1% a 2% de umidade. Podemos verificar baseados na Tabela 1 e nas outras umidades absorvidas, que com
o aumento da umidade na PA6.6 temos uma diminuição da RT, isto é devido ao fato que as moléculas de
água que agora fazem parte do material estão fixas por ligações de hidrogênio, que apesar de ser uma
ligação relativamente forte ainda sim é mais fraca que as covalentes. Isto nos mostra que durante o processo
de tensão a RT seja menor pois a água presente “enfraquece na média” as forças coesivas no material . No
caso da TR vemos que há uma diminuição devido ao mesmo motivo do enfraquecimento relativo das
ligações devido a presença de água. Com relação ao MY, é nítido que há uma grande diferença entre as

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condições, isto deve-se ao fato que a presença de água descaracteriza o material, e a cada nova
concentração de água é necessário reavaliar o MY, pois é como se fosse “outro material”.

Tabela 1- Massa de água na PA66 após 5 dias á 50% de umidade realtiva


Amostra Massa Inicial (g) Massa Final (g) % de Umidade
1 8,6428 8,6795 0,42
2 8,9009 8,9380 0,42
3 8,5681 8,6042 0,42
4 8,9124 8,9496 0,42
5 8,5732 8,6065 0,39
6 8,6425 8,6789 0,42
7 8,6412 8,6770 0,41
média 8,6973 8,7334 0,41

Gráfico 4 – PA 50mm/min

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Gráfico 5 – PA 50mm/min – 5 dias á 50% de umidade relativa.

Gráfico 6 – PA 50mm/min – Imerso em água por 30 dias.

Polipropileno x Poliamida

Em relação ao módulo de Young (MY) vê-se que o Polipropileno possui um módulo bem menor que o da
Poliamida, independentemente da concentração de água na PA. Baseados na estrutura primária vemos que

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a PA além de ter as ligações covalente possui um outro fatos de estabilidade, que são as ligações de
hidrogênio inter-cadeias devido aos Oxigênios e Nitrogênios presentes, isto é visto na maior RT e TR da PA
do que no PP. Este efeito não é observado no PP devido a sua cadeia hidrofóbica.

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5- Conclusão

Neste trabalho foram determinados experimentalmente os valores do Módulo de Young, Resistência á


Tração e Tensão de Ruptura para os polímeros PA66 e PP. Pode-se concluir que o MY é um bom parâmetro
de caracterização do material, pois é inerente a cada um. No que se refere a velocidade de relaxação
podemos concluir que é necessário se estabelecer um tempo de experimento adequado para que se possa
padronizar os ensaios, pois diferentes de velocidades de subida modificam a TR, e por isso faz-se necessário
o uso de metodologia ASTM. Com referência as interações intermoleculares e estruturas primárias vemos
que é de grande importância o seu entendimento, pois desta maneira pode-se avaliar melhor os resultados
obtidos e prever certos comportamentos mecânicos.

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6- Bibliografia
1- Nair, John A.“Material Science & Engineering – Polymer Characterizations (2003)
2- Canevarolo Jr., S.V. Ciência dos polímeros: Um texto básico para tecnólogos e
engenheiros. São Paulo; Editora Artliber – 2002
3- Mano, E. B. Introdução a polímeros. 2ª Edição – São Paulo; Ed.Blüchner – 1999

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