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RESUMO:
INTRODUÇÃO
Por outro lado, do ponto de vista da educação para a saúde, o estudo sobre os
microorganismos é importante na manutenção de uma vida sã com hábitos de higiene
adequados. A educação para a saúde nas escolas é vista como um eixo transversal que se
ensina com o objetivo de promover o bem estar social e individual das pessoas (Hernández
y Martínez, 1998), assim como uma tentativa de ensino de métodos preventivos ou de
auxílio em casos em que um simples ato pode mudar o panorama de uma situação. Um
exemplo é lavar as pequenas feridas com água e sabão para evitar infecções maiores.
Objetivos:
inapropriados que podem ter como conseqüência doenças provocadas pela falta de higiene,
além de dar-lhes respostas científicas á necessidade de se lavar as mãos antes de comer e
depois de ir ao banheiro, por exemplo.
DESENVOLVIMENTO
Esta investigação foi realizada em duas escolas públicas, Escola A (EA) e Escola B
(EB) de Cerdanyola del Vallès – Barcelona, Espanha. Os dois centros são
caracteristicamente similares no que diz respeito ao nível conceitual do alunado referente
ao tema trabalhado. Porém na Escola A, a professora apresentou previamente de maneira
explícita o tema central aos alunos – os microorganismos. Já na Escola B não foi dada
nenhuma informação prévia aos alunos.
A quantidade de alunos por sala em cada escola foi de 22 (EA) e de 19 (EB), dando
um total de 41 alunos de seis anos participantes desta investigação.
Para a coleta de dados, elaboramos uma unidade didática (UD) que foi dirigida e
aplicada pela primeira investigadora/ autora deste trabalho. Esta UD estava composta por
três sessões e tinha como finalidade promover a evolução do conceito microorganismo de
modo que pudéssemos visualizar e analisar essa evolução através das representações
gráficas e textuais dos alunos/as, como se pode ver resumidamente na Tabela 1.
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XIII Encontro Nacional de Educação em Ciências – Castelo Branco, Portugal setembro 2009
Na sessão 2 realizamos um experimento a partir das mãos sujas e limpas dos alunos
que tocavam uma placa de cultivo feita com Agar-agar. Os cultivos eram feitos por dupla
ou grupo de quatro alunos. Após a contaminação dos cultivos o alunado tinha que desenhar
respondendo à seguinte questão: “Como eu imagino que seja um micróbio?”. Nesta sessão
o objetivo era trabalhar o ponto de vista MICRO das idéias sobre a relação sujeira –
microorganismo, porém sem explicações científicas.
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As respostas dos alunos em forma de desenho e/ou texto, são as produções que
analisamos. Neste trabalho vamos dar uma visão geral dos resultados obtidos e analisados.
Analise dos dados: As redes sistêmicas se baseiam nas respostas dos alunos na
(Bliss, 1983). As categorias básicas fazem referencia aos elementos (Ogborn et al., 2002) e
aos processos de interação que aparecem nos desenhos e nos textos elaborados pelos
alunos. O questionário aplicado na sessão 1 foi analisado segundo métodos quantitativos.
RESULTADOS:
a) Sobre o questionário:
De acordo com os resultados obtidos e de uma maneira geral os alunos das duas
escolas apresentaram hábitos de higiene semelhantes. A maioria deles respondeu que tem o
costume de lavarem as mãos até três vezes ao dia. Se cruzarmos as respostas das demais
perguntas observamos que este costume está diretamente relacionado com o horário das
refeições. Por outro lado, apenas 16% dos alunos da EA e 18% da EB contestaram que
lavam as mãos depois de ir ao banheiro.
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Em função dos resultados obtidos, observamos que existe uma grande diferença na
maneira de representar a sujeira entre as escolas A e B. Enquanto na EA as representações
da sujeira apareceram como formas amorfas e animaladas (algumas inclusive com caráter
definidos como “maus” e “bons”); na EB surgiram formas mais abstratas como bolinhas e
traços escuros, sem mostrar qualquer semelhança com um ser vivo. Comparando os
resultados das duas escolas, observamos que os alunos da EB fizeram uso de mais
elementos nas suas representações que os alunos da EA (já que estes tiveram a informação
prévia sobre o tema estudado), sugerindo-nos que ao não saber o que buscamos, os alunos
tendem a ampliar sua visão do tema.
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Uma vez mais observamos uma grande diferença nos resultados apresentados nas
duas escolas. Deve ser notado o fato da professora da EA explicitar o tema central do
estudo previamente à realização da UD. Por este motivo observamos que nesta escola os
alunos enunciaram diversas vezes a palavra micróbio, inclusive tentando especificar-los
dando-lhes nomes como “glóbulo branco” e “varicela”. Por outro lado, na EB isso não
acontece em nenhum momento e os alunos especificam a sujeira usando elementos como
“areia” ou “pó”. Os processos enunciados seguem o mesmo padrão que os representados,
na EA são inexistentes, mas na EB até podemos etiquetá-los em duas categorias que se
diferenciam em Tipo de processo como “lavar-se” e em Momentos em que se acontece a
interação como “depois de fazer xixi”.
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Sessão 3: Por que você acha que temos que lavar as frutas e verduras antes de
comer?
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Notamos que alguns dos alunos representam alguma interação entre a sujeira
(micróbio) e os elementos da historia contada, como é o caso dos “micróbios (descendo)
por um cano (da pia)”. Um dado interessante é a presença da interação entre as frutas e
verduras com a água na maioria dos desenhos da EB. A história contada aos alunos mudou
o enfoque do que foi trabalhado até então, ampliando o espectro de lugares onde
encontramos micróbios, como é o caso das frutas e verduras, o que gerou comentários
como:
“Os micróbios estão por todas as partes. Por aqui, por aqui, por aqui...”
(mostrando com a mão várias partes da sala de aula).
Antônio – Escola B
CONCLUSÕES
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(*) Na EA alguns alunos desenharam a nível micro, mas utilizando formas fantasiosas
(**) Na EB não se considera as larvas representadas como forma fantasiosa por estar
contextualizada nas frutas.
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REFERÊNCIAS:
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As autoras agradecem ao Ministerio de Educación y Ciencia (SEJE006-15589-CO2-02) e à
Generalitat de Catalunya (2008ARIE00063) pelo financiamento econômico recibido.
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