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Boletim da Corrente Proletária Dos Eletrecitários do Partido Opererário Revolucionário- Nº 03 - Agosto de 2009

A crise mundial não acabou


Governos e economistas dizem que o pior da crise já alcançou a taxa média de 9,2%. Desde 1999, os europeus
passou. Nos Estados Unidos da América (EUA), a reces- não enfrentavam situação tão adversa.
são inverteu sua marcha; na China, a queda do cresci- Ocorre que a Europa representa cerca de 30% da eco-
mento foi amaciada; no Japão, a tendência é melhorar e, nomia mundial. Ocupa um lugar de primeira magnitude
no Brasil, a retração não abalou os alicerces macroeconô- na decomposição do capitalismo.
micos. O problema reside na Europa, cuja queda do Pro- Os números sobre a economia japonesa não são melho-
duto Interno Bruto no continente teve mais impacto do res, abatida pela brutal queda nas exportações e submetida
que nos EUA, que foi o epicentro da crise mundial. à camisa de força do mercado interno estreitado.
Ocorre que as tendências recessivas foram amorteci- Países atrasados como China e Índia passaram a ter
das com uma intervenção conjunta das potências, não um peso excessivo no continente asiático e na economia
vista sequer na bancarrota de 1929/33. Uma ajuda multi- mundial. Os governos, de acordo com os interesses das
trilionária garantiu a existência dos gigantescos bancos potências, aumentam artificialmente as forças produti-
quase falidos, evitou que as Bolsas despencassem muito vas. Potencializando uma crise interna. Não há como de-
mais, protegeu os monopólios industriais como a AES e senvolver uma economia nacional à margem da
resgatou gigantes da indústria automotiva. decomposição do capitalismo mundial.
Mas ninguém tem certeza de que a crise atingiu o ponto Na América Latina, o ataque dos capitalistas aos em-
máximo de profundidade e de extensão. pregos e salários, desde a explosão da crise, tem sido
Os economistas da burguesia ocultam as leis econômicas brutal e não há previsão de quando cessará. Dos 239 mi-
do capitalismo, o caráter estrutural da crise desta época mo- lhões de desempregados no mundo, segundo a OIT, 25
nopolista com sua crise de superprodução (capacidade de milhões estarão em nosso continente, sendo que em
produzir muito maior que o consumo). 2007 se contabilizavam 19 milhões, índice da avançada
De um lado, tudo indica que os excedentes de produção barbárie social.
e de capacidade produtiva atingiram um patamar extraor- As âncoras nos denominados países emergentes, não
dinário. De outro, que o potencial do mercado mundial foi suportarão a força da recessão e acabarão por arrebentar
alcançado na última década. Inúmeras crises ocorreram a as amarras. Verifica-se, assim, que a crise está em desen-
partir dos anos 60. Nenhuma se mostrou tão avassaladora volvimento.
como a atual, como é de conhecimento geral. O nível de destruição de forças produtivas (trabalha-
A reativação das Bolsas, a retomada do movimento de ca- dores e máquinas) necessária para compatibilizá-las com a
pitais, a limitação das demissões em massa e a indicação de grande propriedade dos meios de produção e com o mer-
leve elevação do consumo em algumas partes do mundo, no cado está longe de ser alcançado. As medidas estatais em
entanto, apenas indicam que a crise não despenca a economia cada país e as ações coordenadas do imperialismo frearam
em queda livre para o precipício. O fato é que a economia em certa medida o ímpeto da crise. Evitou-se a quebra em
mundial permanece em recessão e esta pode ser longa. cadeia mega bancos, multinacionais e países. No entanto,
Ainda não houve destruição em grande escala das forças as medidas protecionistas não resolvem a situação.
produtivas para se retomar o crescimento, permanecendo O endividamento quase que generalizado dos tesou-
ainda os fatores da crise de superprodução. ros nacionais, junto com as tendências recessivas e seus
A explosão da crise em setembro, que desmoronou como efeitos trabalhistas, trazem novos elementos de crise.
um castelo de cartas o sistema financeiro norte-americano, Por enquanto, os EUA arrastam o G20 para a diplomacia
foi conseqüência da recessão que despontou desde dezem- da cooperação e do enfrentamento comum à quebra do
bro de 2007. Desta data até o presente, a burguesia não fez capitalismo mundial. Uma nova etapa de agravamento
senão destruir postos de trabalho. Contabilizam-se 6 mi- da crise poderá modificar essa relação e opor aberta-
lhões de vagas fechadas. Evidentemente, o ponto mais alto mente umas nações contra outras.
desse fenômeno se deu no espaço de setembro de 2008 até o As tendências bélicas ganham maior dimensão no
momento. Como se vê, trata-se de fechamento massivo de âmbito da crise mundial. O curso dos acontecimen-
vagas. Obama, em seu discurso de resgate da GM, acenou tos dependerá decisivamente da classe operária
com a possibilidade do desemprego continuar crescendo, mundial reagir e abrir uma nova etapa de reconstru-
em vários setores. Juntamente com a destruição de postos de ção de sua direção revolucionária, com seus métodos
trabalho vêm os cortes nos salários. de ação direta (não esperar por parlamentares cor-
As potências européias, como Alemanha, França e Ingla- ruptos e suas leis que não beneficiam os trabalhado-
terra puxaram o trem da recessão, no velho continente as de- res), e as bandeiras essenciais de defesa do emprego e
missões têm sido um horror para as massas. O desemprego do salário.
Cadê a Avança o desemprego
campanha
salarial! em 2009
A categoria eletricitária esta in-
dignada com a burocracia pelega,
que dirige a campanha salarial com Aumenta o número de Aumenta a precarização do
data base em maio. desempregados trabalho
Todos os anos é a mesma ladai-
nha, a diretoria do sindicato mano- O número de desemprega- É próprio do capitalismo o au-
bra de todas as formas para afastar dos cresceu de dezembro de mento do desemprego ser acom-
os trabalhadores das suas lutas por 2008 para abril de 2009, inin- panhado da precarização das
melhores salários e condições de terruptamente: de 2.545.000 condições de trabalho, já que o
trabalho, sabemos que as perdas da para 3.079.000. Ou seja, em crescimento do exército de reser-
categoria são enormes e que o arro- apenas quatro meses, mais va dá ao patrão condições para a
cho imposto pela AES Eletropaulo é 534.000 trabalhadores perde- retirada de direitos. Esse aspecto
brutal,.portanto uma campanha sa- ram o emprego. se manifesta no país, no período
larial pra valer tem que partir de Esses dados são do Dieese, de dezembro de 2008 a abril de
uma preparação ampla com todos controlado pela burocracia 2009, aumentou o número de tra-
os trabalhadores,para enfrentarmos sindical. Não estão disponí- balhadores sem carteira assinada.
a patronal. veis os dados de maio. Po- Os dados mostram mesmo é
É necessário saber quais são as rém, são esses os números que diminuiu o número de assa-
perdas ao longo dos anos, que com usados pela CUT e outras lariados, que de 11.817.000 passa-
certeza já são mais 30%. Porque será centrais para dizer que a situ- ram a ser de 11.442.000
que a pelegada do sindicato não di- ação “melhorou” em termos (diminuição de 375.000). Teriam
vulga as perdas dos eletricitários? de oferta de trabalho, isto é, eles tornado-se autônomos? Não,
Será que estão com medo dos tra- que a crise não atingiu total- houve também neste caso uma re-
balhadores irem à luta contra a mente o país, pois ele possui dução: de 3.108.000, em dezem-
patronal? Já que AES divulgou um “bases sólidas”, criadas pelo bro, para 3.007.000, em abril.
lucro de mais de bilhão e meio de re- governo Lula. Só a escala móvel pode
A situação é gravíssima,
ais no ano passado. responder ao desemprego
São dez anos de lucros sucessi- pois o número de trabalhado-
res empregados, de acordo O desemprego crescente (e,
vos, no entanto temos perdidos va- portanto, variável) coloca a neces-
rias conquistas ao longo desses anos com este levantamento, de de-
zembro de 2008 para abril de sidade de uma resposta à altura.
de privatização da Eletropaulo. A resposta é a ESCALA MÓVEL
Só para lembrar temos um piso 2009, caiu de 17.557.000 para
17.016.000. Os burocratas DAS HORAS DE TRABALHO.
salarial que é menos de dois salários Trata-se da divisão das horas de
mínimos. Isso é uma miséria! Sem acham que esse número é bom,
pois é maior do que o de março trabalho disponíveis pelo núme-
contar o nosso vale alimentação que ro de trabalhadores aptos ao tra-
corresponde só a noventa reais, se- (16.964.000), indicando uma
“recuperação”. O problema é balho, o que, necessariamente,
gundo o Dieese (departamento in- levaria a uma redução da jornada
tersindical de estudos que o “crescimento” do núme-
ro de trabalhadores com em- de trabalho sem redução de salá-
socioeconômicos). A cesta básica é rio. Pode variar a jornada confor-
de duzentos e vinte e oito reais! Por prego, de março para abril
(52.000), não superou as perdas me a entrada ou saída de pessoas
isso precisamos de uma campanha do mercado de trabalho, mas to-
salarial pra valer que coloque os rea- dos meses anteriores. Foram fe-
chados, no período citado, dos teriam emprego.
is interesses dos eletricitários. Na prática, as medidas que
594.000 postos de trabalho.
* Um salário que atenda as ne- Descontando a geração de pretendem acabar com o desem-
cessidades de nossas famílias 52.000 novos empregos, o saldo prego, medidas de redução de
(segundo a lei o salário mínimo é negativo, pois 542.000 postos jornada, que não consideram a es-
para uma família de 4 pessoas continuam fechados. cala móvel, só podem amenizar o
deveria ser de R$ 3.500,00) problema, mas não solucioná-lo.
Houve queda em todos os
* Estabilidade a todos! setores econômicos e as re- Atendem uma parte dos desem-
cuperações foram insufici- pregados, mas não todos. Está co-
* Implantação da escala móvel locada a defesa de que TODOS
entes para a retomada do
das horas de trabalho! OS TRABALHADORES têm de
patamar anterior (dezem-
* Reestatização da Eletropaulo, bro) e, logo, para zerar o sal- TER EMPREGO, por meio da
sem indenização e sob o contro- do de desempregados. ESCALA MÓVEL DAS HORAS
le dos trabalhadores DE TRABALHO.

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