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Mercado de fatores
Famílias Empresas
Mercado de produtos
Fluxo monetário Fluxo de bens e serviços
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Tabela 4– Cálculo do valor adicionado
Atividades Vendas Custos intermediários matérias-primas p/origem Valor
produtivas Primária Secundária Terciária adicionado bruto
Primárias 60 40 5 1 12 2
Secundárias 110 55 17 2 23 13
Terciárias 130 70 13 17 25 5
b) Formação de capital
• Poupança - parcela da renda nacional que não é consumida no período.
As famílias não gastam toda sua renda em bens de consumo (poupam)
Poupança= Investimento
(Sem governo e sem comércio internacional)
Primárias 50 40 10
Secundárias 85 60 25
Terciárias 165 150 15
Figura 21
Do produto ao dispêndio nacional (sem governo)
Depreciações
Acumulação
Poupança
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12.4 A economia com Governo
a) Fontes das receitas do Governo
• Tributos Diretos – tributos sobre os ativos e as rendas das famílias e
das empresas;
• Tributos Indiretos – tributos sobre as transações intermediárias e
finais, isto é durante o processo de produção;
• Outras Receitas Correntes – tudo aquilo que não é tributo
(dividendos, emolumentos, tarifas, empréstimos compulsórios e
contribuições sociais, etc).
Tabela 8
Produto a custo dos fatores e a preços de mercado
Composição do Atividades
valor adicionado Primárias Secundárias Terciárias Total
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c) Renda Pessoal Disponível – é a renda nacional a custo dos fatores
menos os tributos diretos sobre ela e mais as transferências do governo.
Primárias 70 39 6 45 9 1 10
Secundárias 135 58 17 75 18 12 30
Terciárias 145 148 22 170 3 17 20
Figura 22
Do produto ao Dispêndio Nacional (com governo)
Depreciações
Tributos Acumulação
indiretos
líquidos Tributos
diretos
líquidos
Produto Produto
Produto Nacional Nacional Renda Pessoal Dispêndio
Renda
Nacional Bruto= Líquido Líquido Disponível Nacional
= = Nacional = (Consumo)
(a preços de (a custo dos
mercado) fatores)
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12.5 A economia com transações externas
a) Em termos contábeis, as transações com o exterior envolve 4 categorias
de fluxo:
• Exportações de Mercadorias e Serviços - venda de mercadorias para
exterior, receitas cambiais c/serviços prestados a estrangeiros
decorrentes de viagens, transportes, seguros e outras e dispêndios das
rep. diplomáticas instaladas no país;
• Importações de Mercadorias e Serviços – compras de mercadorias
estrangeiras, despesas cambiais c/serviços adquiridos de estrangeiros e
dispêndios das rep. diplomáticas da nação no exterior;
• resultado líquido dos pagamentos/recebimentos pelo emprego dos
fatores de produção – remunerações do tipo salários, juros
arrendamentos e aluguéis, patentes, lucros e outros remetidos ou
recebidos do exterior, como contrapartida pela utilização interna de
recursos pertencentes a estrangeiros.
• saldo do balanço de pagamentos das transações correntes –
resultado dos fluxos anteriores Sendo positivo= desacumulação e no
caso de negativo= acumulação.
Tabela 11
Saldo do balanço de transações correntes
Fluxos agregados Valores
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12.6 Resumo dos conceitos convencionais
Conceito Adição/subtração Conceito
PIB (-) renda líquida enviada para o exterior PNB
PNB (-) depreciação do capital fixo PNL
PNL (-) tributos indiretos (+) subsídios RN
RN (-) tributos diretos (+) transferências RPD
Figura 23
Do Produto Interno Bruto à Renda Pessoal Disponível
Rendas líquidas
enviadas p/exterior (5) Depreciação
capital fixo (20)
Tributos indiretos menos
subsídios (50)
Tributos diretos menos
transferências (25)
Produto
Produto Produto Nacional Renda
Interno Bruto Nacional Renda Pessoal
Líquido Nacional
Bruto (a preços de Disponível
mercado)
a) Oferta agregada
Fluxos agregados Valor
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b) Procura agregada
Fluxos agregados Valor
a) consumo 290
• unidades familiares 245
• governo 45
d) formação bruta de capital 65
• unidades familiares (30+5)= 35
• governo 30
f) exportações de mercadorias e serviços 15
Procura agregada 370
a) Principais componentes
• insumos – produtos de outras etapas;
• valor adicionado – produto da etapa atual;
• valor bruto da produção – insumo + valor adicionado
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Tabela 12
Matriz de relações intersetoriais
Origem Destino dos produtos
dos insumos Transações intermediárias Procura final Valor da
Produção Indústria Prod. de Sub Consumo Acumu- Expor- Sub produção
primária serviços total lação tações total
2. Setor externo 3 12 5 20
Importações 3 12 5 20
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13 - SETOR PÚBLICO E A ECONOMIA
13.1 Caracterização
a) entidade componente do Estado Nacional;
b) garante os interesses privados (segurança e defesa, direitos de
propriedade, organização das atividades segundo seus objetivos) através
da base jurídico-institucional visando o desenvolvimento global;
c) realiza atividades de cunho econômico e social, cujos objetivos são de:
justiça, segurança, afirmação nacional, desenvolvimento econômico,
bem-estar social;
d) espaço de manifestação de conflitos de interesses sociais;
e) organizador e controlador de interesses contraditórios;
f) poder estabelecido em três níveis no Brasil (federal, estadual,
municipal) e conservador em termos de estrutura sócio-política e
econômica;
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b) distributivas – ligada à redistribuição de rendas através dos serviços de
saúde, educação, saneamento, previdência e seguro social. Gera
empregos diretos, realiza investimentos e demanda materiais de
consumo. Grande variação entre países e depende da orientação política
do governo e combatividade dos sindicatos e entidades da sociedade
organizada;
c) Estabilizadora (banco central) – relacionada ao monitoramento dos
níveis de preço e emprego. Emite dinheiro, controla a quantidade de
dinheiro em circulação, inclusive a capacidade dos bancos de criarem
moeda escritural, tabela preços, realiza política fiscal;
d) Crescimento econômico – voltada para o aumento na geração de renda
emprego através de:
- política econômica – conjunto de medidas para induzir o
comportamento dos agentes privados através de impostos, normas e
regulamentações, racionamento e outros meios redireciona
investimentos, privilegia setores – políticas fiscal, rendas, monetária,
cambial, comercial, agrícola, industrial.
- agente econômico – empreendimentos econômicos (produção de
insumos para o setor privado, atua em áreas menos rentáveis ou de mais
longo prazo e para redução de custos privados – pesquisa e tecnologia).
Diferente do setor privado já que seu objetivo principal não é o lucro.
a) realiza arrecadação
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b) realiza gastos (contratando serviços ou pagando funcionalismo)
•principais efeitos:
- aumenta número de empregos permitindo que maior número de
pessoas passem a ter renda e, conseqüentemente, aumento da demanda
por bens;
- cria economias externas para o capital privado o que aumenta os
investimentos privados e por sua vez aumento da demanda de matéria-
prima.
b) Privatização (desestatização)
• A partir de 1979 governo inglês resolve liquidar participações de
governo em companhias mistas (governo conservador de Thatcher);
• Governos francês e alemão fazem o mesmo em 1986 e 1990,
respectivamente;
• Na América latina isto ocorre no Chile no período de 1974-81, Costa
Rica e Honduras -1985, Argentina, Colômbia e México – 1989,
Panamá, Uruguai e Venezuela – 1990, Brasil e Nicarágua – 1991,
Peru – 1992 e Equador, Guatemala e Paraguai – 1994.
• Privatizações brasileiras – Usiminas (1991), Aços Piratini,
Siderúrgica do Nordeste, Petroquímica do Sul e Siderúrgica de
Tubarão (1992), CSN, Cosipa e Açominas (1993), Embraer (1994).
Telebrás e RFFSA (1998)
- 50
14 - MOEDA, CRÉDITO E SISTEMA MONETÁRIO
14.3 Moeda
a) Evolução histórica
•época inicial (trocas de produtos com produtos);
•com aumento da produção, aparecimento das comunidades,
crescimento das trocas comerciais e divisão social do trabalho, surge as
necessidades de se realizar trocas mais importantes através de bens que
tinham aceitação geral (sal, gado, bambu, metais, etc);
•destaque para os metais preciosos visto que tinham:
- aceitação geral (valor em si); durável; raro; divisível e fácil transporte;
- limitações: necessidade de pesagem (balança sensível) e especialistas.
•desenvolvimento da cunhagem (moeda c/figura p/mostrar seu valor) e
recunhagem o que acarretou o surgimento da inflação;
•processo de cunhagem feito por cunhadores particulares (ourives) que
tinham cofres seguros p/guardar o ouro p/cunhagem e surgimento dos
recibos negociáveis (papel-moeda). Moeda c/equivalência em metal.
Aparece então mais recibos do que quantidade de metal sob depósito;
•processo de cunhagem passa para o governo (emissão de papel-moeda)
e a moeda-papel passa por períodos de lastros parciais em padrão-ouro
(fracionalmente lastreada) até o abandono deste tipo de padrão;
- 51
•atualmente o papel-moeda tem garantia apenas legal e fiduciária (em
confiança). Não existe qualquer lastro em ouro, sendo estágio mais
avançado.
b) Estágios da moeda (resumo)
• estágio do escambo – período de poucas trocas, atividade produtiva
não está voltada para o mercado. Trocas de produto com produto;
• estágio moeda-mercadoria– caracterizado pelo uso de uma
mercadoria-padrão p/trocas (sal, gado, metais, etc). Limitações:
perecíveis, pouco raras, reprodutíveis, indivisíveis, dificuldades de
pesar e avaliar por exemplo o metal;
• estágio da moeda simbólica – uso do metal p/fazer moedas cunhadas,
as quais eram garantidas pelo soberano, facilita as trocas;
• estágio da moeda-escritural – fase do depósito em instituições
especializadas (recibos de depósitos, notas bancárias, cheques);
• estágio da moeda eletrônica – fase onde a moeda refere-se à vários
tipos de registros eletrônicos representando uma diversidade de ativos.
d) Funções da moeda
• meio ou instrumento de troca – possibilidade de tudo adquirir;
• reserva de valor – existência de um valor intrínseco;
• unidade de conta – permite somar várias mercadorias;
• padrão para pagamentos diferidos – medida p/pagamentos futuros.
a) Ativos monetários
É a própria moeda. Não proporciona rendimentos a seus detentores, pois
não estão aplicados, são ativos prontos, disponíveis. São os meios de
pagamentos dos agentes econômicos, é a liquidez por excelência (M1).
b) Ativos não-monetários
Proporciona rendimentos aos seus detentores. São os títulos de renda
fixa ou variável de emissão do governo ou do sistema financeiro.
- 52
Quando os mesmos são de alta liquidez, ou praticamente quase-líquidos
são chamados de quase-monetários.
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•a moeda escritural ganha a preferência do público por: ser de fácil
transporte e manejo, mais seguro por ser nominal, dispensa troco, serve
como recibo (contabilização e comprovação) e é utilizada para se obter
novos créditos.
14.5 Sistema monetário
a) Intermediários financeiros - são os agentes superavitários
• bancários: captam e operam c/depósitos à vista (criam moeda)
– banco comerciais e caixas econômicas;
• não-bancários: operam com ativos não-monetários (quase-moeda).
– bancos de desenvolvimento (BNDES) – financiamento de empresas
em setores básicos, apoio à regiões carentes e pontos de
estrangulamentos da economia e invest. públicos de interesse social;
– bancos de investimento – financiamento de capital das empresas
c/recursos da venda de certificados de depósitos a prazo fixo e
quotas-participação em fundos de investimento;
– sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras) –
financiamento da compra de bens de consumo duráveis c/recursos
da venda de letras de câmbio e empréstimos;
– sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e
empréstimo – financiamento de habitações, projetos de interesse
social, (saúde, saneamento, educação, cultura, urbanização
c/recursos da caderneta de poupança e venda de letras hipotecárias);
– soc. de arrendamento mercantil (leasing) – financiamento de locação
de bens móveis e imóveis c/recursos de debêntures e empréstimos;
– soc. corretoras e distribuidoras de títulos e valores imobiliários –
operam com venda de títulos e valores mobiliários (ações)
• bancárias mistas: realizam dep. e outras oper. de captação recursos
- bancos múltiplos
b) Funções
• bancos – intermediação financeira: transfere recursos de agentes
superavitários para agentes deficitários;
transmutação de ativos: transforma certos ativos em outros;
câmara de compensação: intermédia trocas de moeda ou a
liquidez da economia.
•Banco Central
- banco dos bancos: recebe dep. compulsórios dos bancos comerciais;
fornece empréstimos de liquidez e redesconto (tx. de redesconto) e
coordena funcionamento câmaras de compensação;
- superintendente sist. financeiro nacional: baixa normas, fiscaliza,
controla, autoriza e decreta intervenção e liquidação de bancos;
- 54
- executor política monetária: regula a expansão dos meios de
pagamento e controla a liquidez da economia como um todo;
- banco emissor – detém o monopólio de emissão de moeda;
- banco de governo – financia o tesouro nacional, administra a dívida
pública interna e externa e as reservas internacionais do país.
14.6 Oferta e demanda de moeda
a) Oferta de moeda
• Medição da oferta
- a oferta monetária ocorre pela expansão dos agregados M1 (em
sentido restrito), M2, M3 e M4 (em sentido amplo);
- a oferta monetária é medida pela soma dos estoques de cada
agregado no final de períodos definidos.
• Aumento da oferta
- através das emissões de moeda feitas pelo Banco Central;
- através dos depósitos à vista realizados junto aos bancos.
• Multiplicação da moeda (expansão da moeda-escritural)
- moeda-escritural – representa o direito que o depositante possui
sobre uma quantia que foi depositada à vista nos bancos comerciais.
Não é dinheiro emitido e só existe do ponto de vista contábil;
- destino dos depósitos – quando os depósitos à vista são realizados,
uma parte é destinada ao encaixe voluntário do próprio banco, outra
parte refere-se ao recolhimento compulsório determinado pelo
Banco Central e uma terceira retorna aos agentes econômicos sob a
forma de empréstimos.
- efeito-multiplicador – corresponde a possibilidade de criação de
moeda-escritural e decorre da capacidade dos bancos comerciais
emprestarem parte do dinheiro depositado. E, este efeito ocorre em
função do seguinte processo:
1. a oferta monetária (M) é dado por: moeda em poder do público
mais depósitos a vista nos bancos comerciais
M= PMPP + DVSB
2. um aumento desta oferta poderá acontecer através da compra
feita pelo Banco Central de títulos da dívida pública que estão em
poder do público, então:
∆ M= ∆ PMPP + ∆ DVSB
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3. portanto em decorrência do aumento do DVSB, crescerão
também os encaixes voluntários dos bancos (EV), recolhimentos
compulsórios (RC) e empréstimos (E)
∆ DVSB = ∆ EV + ∆ RC + ∆ E
4. Estes novos empréstimos acabarão por gerar novos depósitos que
por sua vez proporcionarão novos empréstimos, e, assim,
sucessivamente.
5. em resumo, esta propagação multiplicativa produzirá sucessivas
adições ao estoque da moeda escritural (aumento dos meios de
pagamento)
K= 1
R
Então supondo-se R= 0,25, o valor e K= 4
7. Exemplo do efeito-multiplicador com depósito inicial de 10.000
e taxa global de encaixe igual à 0,25
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• Instrumentos de controle da oferta monetária
- fixação da taxa de recolhimentos compulsórios – exigência do BC;
- operações redesconto de títulos – empréstimos através de
redesconto de títulos;
- operações de mercado aberto – operações de compra e vende de
títulos;
- controle seletivo de crédito – seleção de setores, regiões, categorias
de agentes econômicos preferenciais para operações financeiras.
b) Demanda por moeda
As empresas/famílias necessitam moeda (liquidez) que são retidas em:
i) mãos; ii) cofres das empresas; iii) dep. à vista nos bancos comerciais.
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15. NOÇÕES SOBRE INFLAÇÃO
15.1 Definições
Fenômeno monetário constituído por um aumento contínuo e generalizado
dos preços de todos os bens e serviços produzidos na economia em
determinado período de tempo.
15.2 Efeitos do processo inflacionário
a) Distribuição da renda – redução do poder aquisitivo dos segmentos
que têm rendimentos fixos e menores (assalariados, rendas de aluguel);
b) Balanço de pagamentos – aumento do preço do produto nacional e
estímulo às importações e desestímulo às exportações provocando
diminuição do saldo do balanço comercial (combate através das
desvalorizações cambiais e isto provoca aumento dos preços dos
insumos básicos importados);
c) Mercado de capitais – redução das aplicações nos mercados de capitais
e expansão da aplicação em terras, imóveis (busca de proteção);
d) Nível de investimentos – redução das iniciativas empresarias em
função das incertezas qto. ao futuro e de maior segurança na aplicação
de títulos reajustados de acordo c/inflação (desestímulo à produção).
15.3 Causas da inflação (tipos)
a) Inflação de demanda - excesso de demanda agregada em relação à
produção disponível de bens e serviços – dinheiro demais à procura de
poucos bens.
• meios de combate – políticas que reduzam demanda agregada de bens:
- políticas de redução dos gastos do governo (maior comprador);
- políticas de restrição da quantidade de moeda e de crédito;
- políticas de aumento da carga tributária.
b) Inflação de custos – aumento dos insumos (custos de produção) ou
lucros excessivos gerando aumento dos preços do produtos. Exemplos:
aumentos de energia e expansões salariais acima dos aumentos de
produtividade da mão-de-obra (sindicatos com alto poder de barganha);
elevação de lucros acima dos aumentos de custo de produção (empresas
c/elevado poder de monopólio ou oligopólio).
• meios de combate – políticas de controle geral dos preços:
- políticas salariais mais rígidas;
- políticas fiscais sobre os lucros auferidos pelos oligopólios;
- políticas de controle de preços dos produtos.
c) Inflação inercial – consiste na prática generalizada da indexação
gerando uma autopropagação da inflação. Correção dos custos de fatores
e dos preços dos produtos por índices de inflação passada.
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15.4 Medição da inflação
Inflação é medida através de diferentes números-índices de preços
c) Tipos de números-índices
•INPC – índice nacional de preços ao consumidor (restrito) - IBGE
abrange 10 regiões metropolitanas e Brasília e famílias com rendimento
de trabalho assalariado entre 1 a 8 pisos salariais. Aplicação geral,
periodicidade mensal (consumo varejista);
•IPCA – índice nacional de preços ao consumidor (amplo) - IBGE
Mesma abrangência geográfica e periodicidade que INPC mas
envolvendo famílias com renda entre 1 a 40 pisos salariais s/distinguir
fonte de renda. Aplicação financeira (consumo varejista);
•IPC-FIPE – índice e preços ao consumidor da FIPE (USP)
Abrangência voltada para cidade de São Paulo e famílias com renda
familiar entre 1 a 20 SM. Periodicidade semanal/mensal;
•IGP – índice geral de preços (FGV)
É composto da soma de três outros índices: IPA – índice de preços por
atacado; IPC-BR – índice de preços ao consumidor-Brasil; INCC-
índice nacional da construção civil;
•IGP-M – índice geral de preços de mercado (FGV)
Metodologia de cálculo semelhante ao IGP. Aplicação financeira;
• Índice da DIEESE – refere-se à cesta básica.
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16. MERCADO DE TRABALHO, EMPREGO E DESEMPREGO
16.1 Conceitos
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16.2 Indicadores do mercado de trabalho
D D= Número de desempregados
td= PEA= Pop. Economicamente Ativa
PEA
e) Outros
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IX - COMÉRCIO INTERNACIONAL E GLOBALIZAÇÃO
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b) Teoria das vantagens comparativas (clássica)
Intensificação das trocas visando benefícios recíprocos
•A. Smith
Se um país possui vocações naturais ou adquiridas qto à habilidades e
recursos abundantes p/produção de um determinado produto, a custos
mais baixos que outros, ele deve se especializar nesta produção, tro-
cando-o pelos produtos cujas suas vantagens absolutas são inferiores.
- elementos básicos da teoria:
. tempo de trabalho como medida de valor;
. trocas permite consumir com menor custo;
. divisão internacional do trabalho (especialização) aumenta a
produtividade e reduz custo.
- conclusões da teoria:
. 2 nações têm relações comerciais qdo apresentam custos diferentes;
. cada nação exportará o produto cujo custo relativo for menor;
. o comércio internacional é vantajoso para ambas as nações.
Tabela 19 – Exemplo de trocas vantajosas entre dois países
Produtos EUA (produção) Brasil (produção)
Automóvel 8 6
Café 2 3
Obs. a troca de automóvel p/café permite que ambos os países consumam os
dois produtos pelo menor custo e que a especialização leve cada país à
reduzir ainda mais o custo do produto que fabrica.
c) David Ricardo e J. Stuart Mill (desenvolveram mais esta teoria)
Pode haver vantagem nas trocas internacionais mesmo quando se
importa produtos que tenham custos internos inferiores. Depende apenas
que em termos comparativos, as vantagens sejam relativamente
diferentes (ou seja custos comparativos diferentes).
•primeiro exemplo
Exp. Produtos Países/Produção
I BR EUA
Automóvel (mil/mês) 6 8
Café (mil sacas/mês) 3 2 Total
Os 2 países produzindo os 2 produtos, 6 meses um, 6 meses outro
II Automóvel 36 48 84
Café 18 12 30
Brasil produzindo só café e EUA só automóveis Ganho
III Automóvel 0 96 96 12
Café 36 0 36 6
Custos
IV Do automóvel em relação ao café 1/2 1/4
Do café em relação ao automóvel 2 4
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•segundo exemplo
Produção
Produtos EUA Brasil
Milho 6 4
Soja 3 1
Tabela 16
Custos comparativos dos produtos
Produtos EUA (produção) Brasil (produção)
•conclusões da teoria:
- custos de produção p/milho é menor no Brasil e p/soja é menor nos
EUA;
- vale a pena EUA trocar sua soja por milho brasileiro e o Brasil trocar seu milho
por soja americana – ambos os países ganham, pois produzem aqueles produtos
que têm custos relativos menores.
•críticas à teoria
- não considera que o tempo altera os padrões de produção;
- os mercados não são de concorrência perfeita;
- economias de escala e economia externas reduzem custos.
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17.5 Globalização
a) Conceito
Fenômeno conhecido como processo de internacionalização do
comércio, das finanças, da produção. Embora seja fenômeno antigo o
termo foi usado pela 1ª vez na crise de 1929, comumente utilizado a
partir dos anos 80.
b) Síntese histórica
•Período romano
Intercâmbio entre as regiões: norte da África, Europa e Oriente
próximo impondo aos povos dominados a Pax Romana;
•Período mercantilista
Intercâmbio entre a Europa e as colônias consistindo uma europeização
do mundo sob a forma de domínio caracterizado de Pax Européia
(maior parte do tempo Pax Britânica).
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•Fatores impulsionadores
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Tabela 21 – Multipolarização econômica
Blocos econômicos Objetivos Países
NAFTA– Tratado de Livre Comércio da América do Zona de livre comércio Canadá, USA e México
Norte (1989)
MCCA – Mercado Comum Centro Americano (1961) União alfandegária Costa Rica El Salvador, Guatemala, Honduras,
Nicarágua e Panamá
PA – Pacto, Comunidade ou Grupo Andino (1969) Mercado comum Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela
Coord. de políticas industriais
MERCOSUL –Mercado Comum do Sul (1987) Mercado comum Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai
Atuação p/ o desenvolvimento
EU – União Européia (1957) Zona de livre comércio Alemanha, Áustria, Finlândia, Suécia, Bélgica,
Harmonização políticas públicas Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Holanda,
União monetária Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Reino
Unido
EFTA – Associação Européia de Livre Comércio Área de Livre Comércio Aústria, Finlândia, Islândia, Liechtenstein,
Noruega, Suécia e Suiça
CEI – Comunidade de Estados Independentes (1991) Acordos multilaterias e econômicos Rússia, Bielorússia, Ucrânia, Moldávia,
Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão,
Uzbequistão, Tajiquistão, Turcomênia, e
Quirquízia
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Blocos econômicos Objetivos Países
Fórum econômico da Ásia e do Pacífico (1989) Liberalização do comércio Japão, Coréia do Sul, China, Tailândia,
Cingapura, Malásia, Indonésia, Taiwan,
Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, USA,
Canadá e outros países
ASEAN – Associação das Nações do Sudeste Asiático Área de Livre Comércio Brunei Darussalam, Cingapura, Filipinas,
(1997) Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã
APEC – Associação de Cooperação Econômica da Área expandida de livre comércio Proposta de Reunir NAFTA, ASEAN e outros
Ásia e do Pacífico (1989) países do Pacífico
ALCA – Área de Livre Comércio das Américas (1994) União aduaneira Proposta americana de reunir todos os blocos
da América
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VIII - DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
18. CRESCIMENTO/DESENVOLVIMENTO/SUBDESENVOLVIMENTO
18.1 Antecedentes
18.2 Definições
a) Crescimento
Aumento do PIB e produto per capita ao longo do tempo decorrente de:
•acumulação do capital – aumento do indústrias, obras, máquinas, etc;
•crescimento da população – aumento da força de trabalho/demanda;
•progresso tecnológico – neutro ou poupador de capital/trabalho.
b) Desenvolvimento
Aumento da produção seguido de modificações nas estruturas produtivas em
termos de melhor alocação dos recursos pelos setores, visando:
aumento do bem estar econômico (expansão do produto per capita);
redução dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade;
melhoria das condições de saúde, nutrição, educação, moradia,
transporte, entre outros.
• alguns indicadores – mortalidade infantil, esperança de vida ao nascer,
nível de alfabetização e de instrução, cond. Sanitárias, distribuição de
renda, nível de cultura e outros.
•índice de desenvolvimento humano
conceito apresentado pela ONU que se relaciona com:
a) nível de renda que assegure um padrão de vida digno;
b) nível educacional compatível com o processo de desenvolvimento;
c) padrão de vida/saúde que garanta uma vida longa e saudável;
d) acesso às diversas formas de lazer, cujos benefícios se reverterão
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para os níveis de saúde e educação.
• Desenvolvimentismo – ideologia que considera o desenvolvimento
apenas por dois dos seus indicadores.
a) índice de industrialização (urbanização);
b) crescimento (aumento da renda per capita).
c) Subdesenvolvimento
Situação inferior do sistema socioeconômico de um país em relação aos
padrões das nações desenvolvidas (detentoras de altos índices).
•indicadores – os mesmos de desenvolvimento, apenas constata-se uma
situação contrária;
•outras características – exportação apenas de produtos primários,
importador de quase todos os produtos industrializados, importador de
tecnologia, baixa tecnologia, má distribuição de renda, pouca poupança
interna, pequeno mercado interno, situação de subconsumo acentuado.
d) Outros conceitos
•modernização – reforma administrativa, novos métodos tec/adm.;
•crescimento – aumento do PIB maior que o aumento da população;
•progresso tecnológico – uso de novas tecnologias;
•industrialização – apenas um indicador.
Todos são condição necessária, mas não são suficientes para o
desenvolvimento. Podem ocorrer mas não significa desenvolvimento.
a) Autônomo
•independência = indicador de autonomia;
•pouca ou praticamente nenhuma dependência externa de poupança,
capital, recursos humanos e tecnologia;
•no início, utiliza-se de algumas atividades básicas.
b) Dependente
•forte dependência econômica e política com outra nação;
•poucos parceiros internacionais;
•geralmente exportador de produtos primários;
•carente de divisas gerando uma incapacidade de importar;
•exportações pouco diversificada.
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18.4 Obstáculos ao desenvolvimento
a) Regionalização/desigualdades – dificuldade de integrar toda população à
economia nacional;
b) Excessiva concentração de recursos produtivos (poupança, terra);
c) Baixo nível educacional, falta de qualificação dos recursos humanos;
d) Isolamento (social, cultural, político, religioso);
e) Dificuldade de aplicação dos recursos em setores prioritários;
f) Desperdícios de recursos representados por exportação de capitais,
consumo supérfluo, gastos militares excessivos, especulação financeira.
18.5 Distribuição setorial do desenvolvimento
O desenvolvimento é sempre considerado no plano nacional, entretanto, na
prática, é muito difícil ser harmônico, equânime devido:
a) Existência de diferentes capacidades de gerar emprego e renda no país;
b) Existência de diferentes capacidades de distribuir o produto no país;
c) Existência de diferentes papéis exercidos por cada setor no processo.
18.6 Contribuições dos setores econômicos no processo de desenvolvimento
a) Agricultura
Fundamental no primeiro estágio através do aumento da produtividade.
•libera mão de obra para indústria;
•acumula capital para investimento;
•obtém divisas garantindo capacidade de importar maq. e equipamentos;
•cria mercado interno para a indústria nascente;
•fornece alimentos e matérias-primas a preços constantes ou declinantes.
b) Indústria
Substitui importações e supera modelo primário-exportador.
•agrega valor à produção agrícola;
•aumenta o número de empregos (com efeito multiplicador);
•fornece insumos que aumentam a produtividade agrícola;
•adquire parte da produção agrícola;
•absorve excedente da mão-de-obra no campo.
c) Comércio e serviços
Adiciona valor aos produtos oriundos dos setores primário e secundário
através de:
•articulação da agricultura-indústria-serviços-consumidor;
•financiamento da agricultura-indústria-serviços-consumidor;
•desenvolvimento administrativo e tecnológico;
•aumento do número de empregos (com efeito multiplicador).
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19. DESENVOLVIMENTO REGIONAL
a) Questão principal
Os desníveis regionais tendem a desaparecer ou a se agravar?
c) Tendências atuais
• primeira – não está acontecendo e os exemplos são raros;
• segunda – é o que está acontecendo;
• terceira – afirmação utilizada para justificar atual situação.
a) Constatação
•existe sérias desigualdades regionais no processo de desenvolvimento
brasileiro
•aumento das desigualdades foi paralelo à política de substituição de
importações;
•situação mais grave era entre as regiões Sul-Sudeste/Nordeste.
c) Resultados
Ligeira tendência de desconcentração econômica do Sul-Sudeste para
outras regiões. Entretanto os desequilíbrios regionais no Brasil ainda
continuam sendo um grave problema nacional
d) Conclusões
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•apesar da preocupação com a questão regional, o Governo Federal
continuou implementando políticas conflitantes com o desenvolvimento
regional, já que as mesmas não são neutras no tempo e no espaço:
- Política cambial;
- Política de contenção de crédito;
- Política de estímulo à exportação
- Política de controle à importação
- Política neo-liberal leva o investidor a optar por regiões mais
desenvolvidas.
a) Questão fundamental
•Porque as regiões se desenvolvem de modo diferenciado?
•efeitos acumulativos
Relacionados com fatos históricos que favoreceram o aparecimento de
atividades industriais, estes se acumularam permitindo o crescimento;
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20 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
a) Globalização da economia;
b) Desconcentração das atividades econômicas;
c) Desconcentração do Estado;
d) Democratização dos instrumentos de ação do Estado;
e) Redução do papel do Estado (privatização dos serv. públicos)
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20.3 Definição da sustentabilidade (adjetivo)
a) Dimensão geo-ambiental;
b) Dimensão econômico-social;
c) Dimensão histórico-cultural;
d) Dimensão científico-tecnológico;
e) Dimensão político-institucional
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20.8 Pré-condições do planejamento do desenvolvimento sustentável
a) Sub-espacialização;
b) Participação efetiva dos atores sociais e institucionais;
c) Abrangência das ações (saneamento, habitação, emprego, alimentação,
saúde, índio, mulheres e outros);
d) Desenvolvimento local através processo de associativismo e
participação comunitária;
e) Conselhos multi-institucionais de desenvolvimento;
f) Micro e pequenos empreendedores;
g) Outros atores sociais e institucionais relevantes.
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