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Autor: Bàbálósányín Rafael Simas


PRESERVAÇÃO BOTÂNICA

Pulmão do mundo, a Amazônia é vista por muitos brasileiros e estrangeiros,


apesar de sabermos que são os planctons os responsáveis pela maior parte do
oxigênio liberado para a nossa atmosfera, mas poderíamos considerar este vasto
tapete verde como o maior laboratório biológico do mundo, pois lá encontramos
centenas e por que não milhares de espécies de plantas, ervas e raízes diferentes
as quais nunca foram estudadas por completo e que podem possuir em suas
composições a cura para muitas doenças que nos afetam.
Não podemos perder este espaço para qualquer outra Nação, pois
estaríamos cometendo um grande erro, em função de lá existirem
vários Orixás, dentre os principais esta o dono de todas as folhas.

Òsányín/Catendê
Qualquer que seja a denominação/nome dado a este Orixá por cada
Nação a energia primordial é proveniente de um única energia da
natureza, o próprio Orixá. Quem nunca ouviu dos mais velhos a
frase:

"Sem folhas não há Orixá".

Essa frase simboliza um pedido de preservação das nossas matas, do nosso


verde e não podemos deixar que tudo isso acabe. Pois se acabar, o que restará
para os nossos descendentes?
Acredito que todos nós percebemos essa dificuldade quando
vamos colher as folhas ewé/inssabas, afim do cumprimento dos
nossos ritos, temos que nos distanciar cada vez mais do ultimo local
que colhemos anteriormente e em alguns casos nem conseguimos as
folhas que precisamos naquele momento.

Mas o que nos causa este problema?

Um dos grandes fatores causadores desta destruição, é a ocupação


desordenada das cidades em conjunto com a falta de uma política de
ordenação e ocupação planejada das áreas urbanas causando a
destruição das poucas áreas verdes que nos restam, sem contar com
as grandes empresas de exploração de minerais que causam grandes
desastres por todo o globo, em nível de fauna e flora, apesar de
serem obrigadas por lei a praticarem projetos e medidas de
preservação de impactos ambientais, não o fazem, e quando efetivam
o re-plantio das áreas não mais plantam as árvores nativas e sim,
outras espécies.
Se verificarmos as espécies comuns que estão ao redor das áreas
petroquímicas, verificaremos a predominância do Eucalipto e do
Pinheiro, mas onde estão os pés de: Pau-Pombo, São Gonçalinho,
Aroeira e Muricí que alí se encontravam. Fato que observo no Pólo
Petroquímico de Camaçari - Ba, local onde trabalho.
Precisamos de uma política Nacional de preservação do restantes
das áreas que ainda nos restam, através da implantação de parques
nacionais e projetos de leis, assim a destruição não avançará e
preservaremos o pouco que nos resta.
Tenho a plena certeza que nós, Candomblecistas ou adeptos ao
Culto aos Orixás fazemos a nossa parte, preservando as folhas que
tanto nos serve:

Colhendo os brotos mais velhos;


Colhendo o necessário evitando-se o desperdício;
Deixando os brotos menores e mais novos, ganham em porte;
Evitando queimadas, tarefas simples, mas que preservará nossas
tradições.

Continuemos fortes para com os nossos ideais e objetivos,


cultuando e preservando o uso das Folhas Sagradas, trazidas pelos
escravos e acrescentados aos conhecimento indígenas.

Rafael Simas
Babalósányín do Ilé Àse Logunde Alakey Koysam
Salvador

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