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ÌDÁJÓ TI OLÓRUN - O JULGAMENTO DIVINO

Há um lugar definido, fora desta terra, para onde os falecidos vão. O


nome utilizado para este lugar é Òrun que, num sentido geral,
significa Céu, o lugar onde Olódùmarè, os orísà e os espíritos diversos
habitam. A denominação de todos esses habitantes do Òrun é ara
òrun, cuja principal diferença entre eles e os araàiyé, habitantes da
terra, é a de que aqueles não necessitam do èmí, a respiração, para
sobreviver, no dizer de J. E dos Santos “o òrun é todo espaço abstrato
paralelo ao aiyé; outros alegam que o òrun é muito longe, sendo pôr
isso que o recém – morto tem que adquirir energia, consumido a
comida e a bebida oferecidas durante a s cerimônias fúnebres, antes
da ida para a longa viagem.
Para uma conclusão lógica da localização do òrun, devemos nos fixar
no seguinte: se Olódùmarè é a origem desta alma que continua a
viver depois da morte, ela forçosamente irá regressar à sua origem.
O òrun é dividido em outros tantos espaços para acomodar todos os
tipos de espíritos. São em número de nove, segundo as tradições,
embora tenhamos conseguido relacionar apenas oito, com
denominações diversas e condizentes com suas finalidades:

Òrun Rere, o bom lugar, para aqueles que foram bons durante a vida:
Òrun Àlàáfíà, o local de paz e tranquilidade; Òrun funfun, òrun do
branco e da pureza; Òrun Bàbá Eni, o òrun do pai das pessoas; Òrun
Aféfé, o espaço da aragem, local de correção, onde os espíritos
permanecem e tudo é corrigido, e lá ficarão até serem reencarnados;
Òrun Ìsàlú ou Àsàlú, local onde são realizados os julgamentos; Òrun
Àpàádi o òrun dos “cacos”, do lixo celestial, das coisas quebradas,
impossíveis de reparar e de serem restituídas à vida terrestre através
da reencarnação; Òrun Burúkú, o mau espaço, quente como pimenta
e destinado às pessoas más.

Alguns dos òrun relacionados se equivalem pela finalidade que


possuem, os mortos são encaminhados a um desses espaços após o
fator decisivo do julgamento divino, pois, na realidade, o julgamento
ocorre durante todo o tempo de vida da pessoa na terra. As
divindades contrárias ao mal acompanham as pessoas em sua vida
diária e dão a sua punição; o juízo final fica a cargo de Olòdùmarè,
decidindo quais são os bons e quais são os maus, e os encaminham
para os respectivos òrun. O julgamento é baseado nos atos praticados
na terra e devidamente registrados no orí inú, que retorna para
Olódùmarè. A maneira como é feito julgamento pode ser entendida
através do seguinte provérbio:

Todas as coisas que fazemos na terra


Damos conta, de joelhos no céu

Somente quando se é absolvido pôr Olódùmarè é que se tem a


oportunidade de reunir – se com seus ancestrais, podendo – se
reencarnar e renascer dentro da mesma família.
Se alguém porém é condenado vai para o Òrun Àpáàdi, onde irá
sofrer com maus.
Quando finalmente for libertado, não terá oportunidade de viver uma
vida normal e será condenado a errar, pôr lugares solitários, comendo
alimentos intragáveis. Isto é lembrado em trechos de palavras de
despedida a uma pessoa que morreu:

Não coma centopéias


Não coma vermes
Coma as coisas boas que ele comem no céu
Coma com ele

Bibliografia
Livro: Òrun Áiyé
Autor: José Beniste
Editora Bertrand Brasil.
01/08/2002

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