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1) O documento descreve os princípios de funcionamento de turbinas a vapor e a gás, incluindo como a energia do vapor ou gás é transformada em energia cinética e depois em trabalho mecânico.
2) As turbinas a vapor e a gás são amplamente usadas na geração de energia elétrica no Brasil, especialmente na indústria canavieira.
3) O texto fornece detalhes técnicos sobre como cada tipo de turbina funciona e sobre suas aplicações na geração de energia.
1) O documento descreve os princípios de funcionamento de turbinas a vapor e a gás, incluindo como a energia do vapor ou gás é transformada em energia cinética e depois em trabalho mecânico.
2) As turbinas a vapor e a gás são amplamente usadas na geração de energia elétrica no Brasil, especialmente na indústria canavieira.
3) O texto fornece detalhes técnicos sobre como cada tipo de turbina funciona e sobre suas aplicações na geração de energia.
1) O documento descreve os princípios de funcionamento de turbinas a vapor e a gás, incluindo como a energia do vapor ou gás é transformada em energia cinética e depois em trabalho mecânico.
2) As turbinas a vapor e a gás são amplamente usadas na geração de energia elétrica no Brasil, especialmente na indústria canavieira.
3) O texto fornece detalhes técnicos sobre como cada tipo de turbina funciona e sobre suas aplicações na geração de energia.
INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS PALMAS ELETROTCNICA IV
Palmas 2014
Hugo Napoleo de Sousa Neto
Gerao de Energia eltrica
Hugo Napoleo de Sousa Neto
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Turbinas a vapor e Turbinas a gs
Trabalho desenvolvido durante a disciplina de Gerao de energia eltrica referente ao 1 bimestre.
Palmas 2014
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Turbinas a vapor Principio de funcionamento Em uma turbina a vapor a transformao de energia do vapor em trabalho feita em duas etapas: inicialmente, a energia do vapor transformada em energia cintica. Para isso o vapor obrigado a escoar atravs de pequenos orifcios, de formato especial, denominados expansores, onde, devido pequena rea de passagem, adquire alta velocidade, aumentando sua energia cintica, mas diminuindo, em conseqncia, sua entalpia (energia). Em um expansor, alm do aumento de velocidade e da diminuio da entalpia, ocorre tambm queda na presso, queda na temperatura e aumento no volume especfico do vapor. Na segunda etapa da transformao, a energia cintica obtida no expansor transformada em trabalho mecnico. Esta transformao de energia pode ser obtida de duas maneiras diferentes: segundo os princpios da Ao eu Reao. Assim sendo os princpios da Ao e Reao so as duas formas bsicas como podemos obter trabalho mecnico atravs da energia cintica inicialmente obtida.
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Figura 2 - (A e B) Turbinas de Reao e Ao; (C e D) Princpios da Reao e Ao C Se o expansor for fixo e o jato de vapor dirigido contra um anteparo mvel, a fora de ao do jato de vapor ir deslocar o anteparo, na direo do jato, levantando o peso W. Se, entretanto o expansor puder mover-se, a fora de reao, que atua sobre ele, far com que se desloque, em direo oposta do jato de vapor, levantando o peso W. Em ambos os casos a energia do vapor foi transformada em energia cintica no expansor e esta energia cintica, ento, convertida em trabalho. Newton afirmou que necessrio exercer uma fora para mudar a velocidade (tanto em mdulo como em direo) de um corpo em movimento. Este princpio est ilustrado na caixa D da figura 2. O jato de vapor (um corpo em movimento) tem sua velocidade modificada pelo anteparo circular, colocado em seu caminho. A fora resultante move o anteparo, na direo do jato, e levanta o peso W. Este o Princpio da Ao. Newton estabeleceu que a cada ao correspondesse uma reao igual (de mesma intensidade) e contrria. Esta lei a base terica que explica o funcionamento tanto de um foguete espacial ou de um avio a jato puro. Imagine que a caixa D da figura 2 no tenha abertura alguma e esteja cheia de vapor sob presso. A presso agindo em qualquer parede equilibra exatamente a presso agindo na parede oposta e, havendo balanceamento de foras, a caixa permanecer em repouso. Entretanto, se fizermos um furo em um dos lados da caixa e colocarmos neste furo um expansor, haver, atravs do expansor, um jato de vapor e a presso no expansor ser menor do que a presso no ponto correspondente da parede oposta. O desbalanceamento de foras, ento produzido, far a caixa mover-se na direo oposta a do jato de vapor. Este o Princpio da Reao. Aplicaes A aplicao do vapor como fora motriz s se tornou realidade a partir dos trabalhos de Thomas Savery em 1698. Estes trabalhos resultaram no motor alternativo a vapor que originou a revoluo industrial.
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O desenvolvimento da turbina a vapor demorou mas, uma vez iniciado, foi rpido. Entre o final do sculo XVIII e o sculo XIX, diversos pesquisadores trabalharam em paralelo e mais de 100 patentes foram registradas entre 1880 e 1883. As primeiras turbinas a vapor foram construdas por Carl Gustav de Laval, do tipo impulso, e Charles Parsons, do tipo reao. Atualmente, a gerao de energia eltrica a partir do vapor baseia-se, conforme mostra a abaixo, nos seguintes equipamentos: Queimador; Caldeira; Turbina; Gerador Condensador; Trocador de Calor Bomba. Desenho
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Aplicaes no Brasil Atualmente, no Brasil e em todo o mundo, somente sistemas a vapor so encontrados nas usinas de cana-de-acar. Esta uma tecnologia amplamente conhecida pelo setor e, no Brasil, so utilizados majoritariamente equipamentos de fabricao nacional. Diversos fabricantes de caldeiras turbinas a vapor e geradores eltricos so encontrados na indstria nacional, sendo que muitos tambm atendem o mercado externo. Os sistemas de cogerao mais eficientes em operao no setor de cana-de-acar nacional so ciclos a vapor que trabalham com vapor vivo a 65 bar de presso (variando entre 60 e 65 bar na maioria dos casos) e 480C de temperatura. A tendncia verificada junto aos fabricantes o emprego de parmetros mais elevados na gerao de vapor, propiciando maior eficincia na gerao eltrica. Existem diversas consultas de usinas para viabilizar sistemas que operem a mais de 80 bar de presso, embora as vendas ainda se concentrem em sistemas de 42 e 65 bar. Foi verificado que um projeto, atualmente em construo, conta com um sistema de 90 bar de presso. Turbina a gs Principio de funcionamento A Turbina a gs uma mquina trmica que utiliza o ar como fluido motriz para prover energia. Para conseguir isto o ar que passa atravs da turbina deve ser acelerado; isto significa que a velocidade ou energia cintica do ar aumentada. Para obter esse aumento, primeiramente aumenta-se a presso e, em seguida, adiciona-se calor. Finalmente a energia gerada (aumento de entalpia) transformada em potncia no eixo da turbina Uma turbina a gs produz energia a partir do resultado das seguintes etapas contnuas do ciclo BRAYTON: 1. Compresso O ar admitido e comprimido em um compressor onde as energias de presso e temperatura do fluido (ar) aumentam. 2. Combusto O ar comprimido flui para as cmaras de combusto, onde o combustvel, a alta presso, injetado e queimado a uma presso aproximadamente constante. A ignio da mistura ar/combustvel ocorre durante a partida, atravs ignitores. Posteriormente a combusto se autosustenta. 3. Expanso Gases em alta temperatura e presso expandida a uma alta velocidade atravs dos estgios da turbina geradora de gs, que converte parte da
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energia dos gases em potncia no eixo para acionar o compressor de ar (aproximadamente 2/3 da energia gerada com a queima). 4. Exausto Em um avio a jato, os gases remanescentes da expanso na turbina passam atravs de um bocal para aumentar sua velocidade e, consequentemente, o impulso (propulso). Na aplicao industrial, os gases so direcionados para uma turbina de reao ou potncia onde a energia residual (aproximadamente1/3) da energia gerada, dos gases convertida em potncia no eixo para acionar um componente como um compressor de gs, gerador eltrico ou uma bomba. Finalmente os gases fluem para o duto de exausto, onde sua energia remanescente pode ainda ser aproveitada em um sistema de recuperao de calor (aquecimento de gua, gerao de vapor, aquecimento do ar de combusto, etc.). Aplicaes Turbinas a gs dedicadas gerao de energia eltrica so divididas em duas principais categorias, no que se refere concepo. So elas as pesadas (Heavy- duty), desenvolvidas especificamente para a gerao de energia eltrica ou propulso naval e as aero derivativas, desenvolvidas a partir de projetos anteriores dedicados a aplicaes aeronuticas. Com a exceo das micro-turbinas (dedicadas gerao descentralizada de energia eltrica) o compressor utilizado geralmente trabalha com fluxo axial, tipicamente com 17 ou 18 estgios de compresso. Cada estgio do compressor formado por uma fileira de palhetas rotativas que impem movimento ao fluxo de ar (energia cintica) e uma fileira de palhetas estticas, que utiliza a energia cintica para compresso. O ar sai do compressor a uma temperatura que pode variar entre 300C e 450C. Cerca de metade da potncia produzida pela turbina de potncia utilizada no acionamento do compressor e o restante a potncia lquida gerada que movimenta um gerador eltrico. Saindo da cmara de combusto, os gases tm temperatura de at 1250C. Aps passar pela turbina, os gases so liberados ainda com significante disponibilidade energtica, tipicamente a temperaturas entre 500 e 650 Celsius. Considerando isso, as termeltrica mais eficientes e de maior porte aproveitam este potencial atravs de um segundo ciclo termodinmico, a vapor (ou Ciclo Rankine). Estes ciclos juntos formam um ciclo combinado, de eficincia trmica frequentemente superiores a 60%, ciclos simples a gs tm tipicamente 35%. Turbinas projetadas para operar em ciclo simples, tendo em vista a eficincia trmica do ciclo, tm temperatura de sada de gases reduzida ao mximo e tm otimizada taxa de compresso. A taxa de compresso a relao entre a presso
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do ar entrada e sada do compressor. Por exemplo, se o ar entra a 1 atm, e deixa o compressor a 15 atm, a taxa de compresso de 1:15. Turbinas a gs especficas para operar em ciclo combinado, so desenvolvidas de modo a maximizar a eficincia trmica do ciclo como um todo. Desta forma, a reduo da temperatura dos gases de escape no necessariamente o ponto mais crtico, em termos de eficincia, uma vez que os gases de sada da turbina ainda so utilizados para gerar potncia. Desenho
Aplicaes no Brasil Protocolo de intenes para execuo do Programa de Desenvolvimento de Turbinas a Gs foi assinado, em Uberaba (MG), entre governo federal, governo de Minas Gerais e prefeitura do municpio, com participao do ministro de Cincia, Tecnologia e Inovao, Marco Antnio Raupp. O acordo de cooperao tcnica prev para o incio a criao de um grupo de trabalho, composto ainda por representantes da Universidade Federal do Tringulo Mineiro (UFTM).