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FICHA GERAL
Ocupação mista, com trechos com maior padrão construtivo e infra-estrutura ao longo das vias e
moradias mais precárias, com lançamento de águas servidas na encosta, principalmente a montante da
Rua Benedito Calixto. Todas as edificações são de alvenaria.
Caracterização Geológica:
Granitóide embrechítico
Caracterização Geomorfológica:
Grau de
Setor nº Nº de moradias ameaçadas Alternativa de intervenção
probabilidade
Monitoramento sistemático/ faxina
sistemática de blocos rochosos
individualizados e instáveis –
S1 Cerca de 35
R2 (médio) intervenções localizadas de contenção
e drenagem – muro de espera e
drenagem no cercamento do Parque
Estadual
BOCAINA
CURSOS & ESTUDOS AMBIENTAIS-URBANOS
FICHA DE CAMPO
Encosta
Margem de Córrego
Trata-se de um setor de encosta com a porção superior muito vegetada e íngreme ( decretada parte do
Parque Estadual Xixová-Japuí no ano de 1993) e sopé da encosta e trechos de depósitos de tálus e/ou
rampas de colúvios com ocupação medianamente adensada. Durante os anos 1980/90, sofreu processo
mais intenso de ocupação irregular e desordenada e, como resultado de cortes em taludes, retirada de
vegetação, ausência ou obstrução de drenagens e outros fatores característicos de tal momento,
ocorreram vários acidentes graves associados a escorregamentos (ver na FA 9.1 local onde ocorreu
acidente com óbitos em 1996). Observa-se, atualmente, em quase todas as edificações vistoriadas,
algum tipo de equipamento de proteção, como canaletas de drenagem (mas que não constituem um
sistema de drenagem integrado), muros de arrimo, moitas de bambus que servem como barreiras
vegetais. Foram detectadas, durante a detalhada vistoria realizada nesta área, algumas situações com
processos localizados de instabilidade ou algumas moradias em posição que solicita estruturas de
proteção:
- No edifício multifamiliar LE 24 da Rua Saturnino de Brito, construído muito próximo a paredão rochoso,
pode-se constatar a existência de alguns blocos do granitóide em avançado estágio de desplacamento
e/ou individualização (ver foto FC A9.S1.1) . Na altura do terceiro andar, há uma canaleta de drenagem
ampla e uma mureta baixa, recoberta, pelo lado externo que fica aos fundos do restaurante de LE 7 por
uma larga faixa de depósito de tálus recoberto por “Marias-sem-vergonha” (Impatiens sultani) , com
cerca de 20-25m de extensão até o paredão rochoso subvertical (ver foto FC A9.S1.2). Aos fundos e na
lateral oposta a esta, a laje, igualmente protegida por uma mureta baixa e drenagem (ver foto FC
A9.S1.3)., está bem próxima de exposições rochosas, residuais provavelmente de antiga área de
empréstimo, onde observam-se esfoliações, descontinuidades e outras feições que poderão produzir
lascas ou blocos (ver fotos FC A9.S1.4 a FC A9.S1.7).Há evidência de desplacamento rochoso ocorrido
próximo ao prédio (ver fotos FC A9.S1.7 e FC A9.S1.8 )
- As moradias de LEs 26 a 58 foram assentadas mediante corte ou sobre um corpo de tálus bastante
extenso. Embora todas elas, pelo observado na vistoria a cada uma, apresentem edificações bastante
sólidas e dotadas de reforços estruturais e arrimos (ver fotos FC A9.S1.9 a FC A9.S1.13), foi sugerida a
construção de um muro de espera ao morador da casa de LE 30 (Luis) para maior segurança.
- O edifício a jusante do local onde ocorreu acidente associado a escorregamento com vítimas em 1996
dispõe de um adequado muro de espera com drenagem (ver foto FC A9.S1.14) ao fundo.
- Um grupo de moradias mais precárias e deterioradas, a montante das LEs 394 e 444 da Rua Saturnino
de Brito, vistoriadas (ver fotos FC A9.S1.15 e FC A9.S1.16) , apresentam muros de arrimo
razoavelmente adequados e conservados em taludes de corte a montante (Ver fotos FC A9.S1.17 a FC
A9.S1.19) Todas estas moradias assentadas a meia encosta a montante da Rua Saturnino de Brito ou
da Rua Benedito Calixto apresentam potencialidade de sofrerem processos futuros de instabilização
provocados pelo escoamento da água pluvial e lançamento das águas servidas e por deficiência de
drenagens (ver foto FC A9.S1.20 )
BOCAINA
CURSOS & ESTUDOS AMBIENTAIS-URBANOS
- As moradias 659, 656 e 672 encontram-se muito próximas ao limite do trecho superior da encosta
pertencente ao Parque Estadual(ver fotos FC A9.S1.21 e FC A9.S1.22)., onde a vegetação densa,
ainda que seja também uma barreira, impede a observação de eventuais lascas ou blocos rochosos
instáveis da vertente íngreme. Alguns blocos centimétricos rolados podem ser observados a montante
(ver fotos FC A9.S1.23)
- As moradias 672 altos A e B estão assentadas em patamares onde se observa grande quantidade de
blocos rochosos métricos.