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PITZER, Milton J. de O. ( 1 )
(2)
CUZZIOL, Rubens
(3)
FREITAS, Marcelo J.
(4)
MARAIA, João Paulo
(5)
SILVA, Anderson B.
Resumo
Introdução
(1)
PITZER, Milton J. de O., Sócio da ABRAMAN, Pós-graduação em Gestão de Engenharia de
Manutenção, Engenheiro da Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA e Analista de
Manutenção da Gerência de Suporte Técnico da Redução.
(2)
CUZZIOL, Rubens, Pós-graduação em Gestão de Engenharia de Manutenção, Engenheiro
da Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA e Analista de Manutenção da Gerência de
Suporte Técnico da Redução.
(3)
FREITAS, Marcelo J., Técnico da Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA e Supervisor
de Manutenção da Gerência de Carvão, Coque e PCI.
(4)
MARAIA, João P., Pós-graduação em Gestão de Engenharia de Manutenção, Engenheiro
da Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA e Analista de Manutenção da Gerência de
Suporte Técnico da Redução.
(5)
SILVA, Anderson B., Técnico da Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA e Supervisor de
Manutenção da Gerência de Manutenção Central.
1
Entre outros, a produção integrada de aço laminado envolve os
processos de 6 :
Redução dos óxidos de ferro presentes nos minérios em ferro, pelo carbono do
coque, em reação endotérmica realizada num reator termo químico chamado
de alto-forno que produz um metal líquido, o gusa, à temperatura de até
1530 °C.
6
Uma descrição mais detalhada dos processos de produção integrada de aço laminado
extrapola a necessidade deste Trabalho, mas pode ser encontrada em MOURÃO, M. B.,
SIDERURGIA PARA NÃO SIDERURGISTAS. São Paulo: ABM, 2004.
7
Uma descrição minuciosa do aço, de suas características e propriedades excede o escopo
deste Trabalho, mas pode ser encontrada em SCHEER, Leopold, O QUE É AÇO ? São
Paulo: EPU, 1977.
8
Os valores citados são valores médios de mercado. Os valores exatos são considerados
estratégicos e têm classificação confidencial na COSIPA, que não permite a sua divulgação
externa.
2
dosada de carvões minerais não coqueificáveis, moída até a condição de pó de
grãos menores do que 75 µm e simultaneamente seca até a condição de
umidade menor do que um por cento, injetado diretamente na zona de
combustão dos altos-fornos através das ventaneiras.
3
processo em suposto novo ponto de funcionamento ou se poderiam ser
provenientes da condição do equipamento que já operava por cinco anos
ininterruptos sem que tivesse ocorrido uma intervenção de manutenção com
uma maior atenção e um escopo de maior envergadura.
4
fornecer em conjunto entre 46,5 t/h a 93 t/h de produto pulverizado, ou seja, em
forma de pó fino, seco e quente [A1] 12 .
12
O fabricante dos moinhos LÖESCHE WÄLZMÜHLEN utiliza as características de 26 dm de
diâmetro de mesa, três rolos de moagem, nenhum rolo auxiliar e classificador dinâmico de
partículas, para definir o tipo do equipamento como LM 26.30 D.
13
Uma curiosidade deve ser registrada a respeito do número 80 % < 74 µm: a especificação
desta mesma granulometria em unidades inglesas é 80 % < 200 mesh. O termo 200 mesh
significa malha com 200 orifícios por polegada quadrada e a abertura de cada orifício quadrado
mede 74 µm de lado. Os autores optaram por manter ipsis litteris a especificação 80 % < 74 µm
de [A1] mesmo sabendo que, pelo fato do Brasil e da Alemanha usar o Sistema Internacional
de unidades de medida, as malhas são confeccionadas, na verdade, com orifícios retangulares
de 75 µm. Esta diferença de 1 µm não é significativa na prática, em se tratando de material
nesta faixa de granulometria.
A terminologia utilizada pela norma americana ASTM D 197-02 ( op.cit. ) é 80 % < 75 µm ou
80 % passante em malha de 75 µm.
A terminologia utilizada pela norma alemã DIN 4388, similar à ASTM, é 20 % retido em malha
de 75 µm ou 20 % R 75 µm, ou ainda 20 % maior que 75 µm ( 20 % > 75 µm ).
Todas as terminologias citadas referem-se à mesma medida e significam a mesma coisa.
5
densidade aparente entre ( 0,8 a 1,0 ) t/m3, de granulometria 100% < 50 mm,
de umidade menor que 15 %, à temperatura ambiente de até 40 °C e com
HGI > 40 % [A4] 14 15 .
14
A densidade aparente de um sólido granulado é definida pela divisão do valor da medida de
massa, e.g. em toneladas, pelo valor da medida de volume, e.g. em metros cúbicos,
preenchido por esta massa nas mesmas condições em que se encontra ou em que ocorre, i.e.,
sem nenhuma compactação mecânica induzida.
15
A especificação em [A4] prevê uma faixa entre ( 12 ≤ umidade ≤ 15 )%, que foi corrigida em
[A1] para ( 5 ≤ umidade ≤ 15 )%. Como o carvão é estocado ao ar livre e nunca se verifica na
prática umidade menor que 5%, os autores optaram por simplificar a grafia das especificações
originais (op. cit.) para “umidade menor que 15%” o que não as adultera.
6
FIGURA 1 – Ilustração do funcionamento e das partes componentes do
moinho de carvão pulverizado Löesche LM 26.30 D.
Crédito de: PITZER, Anna Letícia Y., Santos SP, 2005.
7
A porção à direita da Figura 1 ilustra este trabalho de arraste do fluxo de
gás quente ( J ) e o retorno por rejeição ( K ) das partículas maiores do que o
tamanho especificado conforme o ajuste da rotação do classificador.
8
2 – Caracterização da limitação da produção com qualidade do carvão
pulverizado e determinação da causa fundamental
16
Uma Análise, segundo OGATA, Katsuhito, ( op. cit. ) “é a investigação, sob condições
específicas de desempenho, de um sistema cujo modelo é conhecido” e “Projetar um sistema,
significa determiná-lo de modo que desempenhe uma dada tarefa ou cumpra uma dada
função”.
17
Variáveis de estado de um sistema dinâmico, “é o menor conjunto de variáveis capaz de
determinar o comportamento deste sistema dinâmico”. OGATA, Katsuhiko ( op. cit. )
18
A vibração dos moinhos, por ser um importante parâmetro indicador de estabilidade do
processo de moagem, é monitorada on line e registrada na memória dos computadores de
processo que controlam as plantas.
A unidade milímetros por segundo ( mm/s ) expressa a velocidade de vibração de uma
massa, ou seja, o deslocamento dela em milímetros dividido pelo tempo em segundos.
Uma vibração harmônica senoidal é medida por um aparelho denominado vibrômetro.
19
Rejeito é todo granulado grosso, indevidamente expulso da região de moagem, que cai por
gravidade e passa pelos orifícios do anel de sopro, contra o fluxo de gás. A caixa de rejeitos
está localizada sob a mesa de moagem, na base dos moinhos e recolhe este material.
9
A especificação da qualidade do produto carvão pulverizado para a injeção nas
ventaneiras dos altos-fornos precisou então ser redefinida para “90 % de acerto
na faixa de granulometria compreendida entre 56,5 % a 66,5 % menor do que
75 µm”. Isto significa que passou a ser exigido que 90 % das amostras
analisadas segundo o padrão ASTM D 197-02 ( op. cit. ) apresentassem um
resultado de granulometria compreendido entre 56,5 % ( limite mínimo ) a
66,5 % ( limite máximo ) menor que 75 µm, ou seja, ( 56,5 a 66,5 ) % < 75 µm.
10
Granulometria conforme ensaio ASTM D197-02 do carvão
pulverizado pelo Moinho 1 entre 20/04 a 01/05/2005
80
75
70
% < 75 µm
65
60
55
50
45
40
19/04/05
20/04/05
21/04/05
22/04/05
23/04/05
24/04/05
25/04/05
26/04/05
27/04/05
28/04/05
29/04/05
30/04/05
01/05/05
02/05/05
DATA
65
60
55
50
45
40
18/2/2005
19/2/2005
20/2/2005
21/2/2005
22/2/2005
23/2/2005
24/2/2005
25/2/2005
26/2/2005
27/2/2005
28/2/2005
1/3/2005
2/3/2005
3/3/2005
DATA
11
Ao se aumentar a quantidade de carvão bruto alimentado no moinho, a
resistência à passagem do gás tende a aumentar. Para manter estável a
pressão diferencial do moinho, se aumentado o carvão, então é preciso
aumentar a vazão de gás quente, que irá secá-lo e retirá-lo, e aumentar a
pressão nos rolos para moê-lo. Por isso, existe uma relação de
proporcionalidade determinada, de razão direta, entre as variáveis taxa de
alimentação de carvão bruto, pressão diferencial no moinho, vazão de gás
quente e pressão hidráulica nos rolos, que é a mostrada no Gráfico 3.
Pressão Hidráulica
nos Rolos ( kPa )
Quente ( kNm³/h )
no Moinho ( Pa )
9000 90
Vazão de Gás
8000 80
7000 70
6000 60
5000 50
4000 40
3000 30
2000 20
1000 10
0 0
25 30 35 40 45 50 55 60
Taxa de Alimentação de Carvão Bruto ( t / h )
12
Comportamento da Variáveis de Estado do Moinho 1
de Carvão Pulverizado entre 20/04 a 01/05/2005
130 13000
120 12000
110 11000
Taxa de Alimentação de
100 10000
Carvão Bruto (t/h)
90 9000
80 8000
( Pa )
(kPa)
70 7000
60 6000
50 5000
40 4000
30 3000
20 2000
10 1000
0 0
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
/0 5
05
20 4 /0
21 4 /0
22 4 /0
22 4 /0
23 4 /0
24 4 /0
24 4 /0
25 4 /0
25 4 /0
26 4 /0
27 4 /0
27 4 /0
28 4 /0
29 4 /0
29 4 /0
30 4 /0
01 5 /0
01 4 /0
5/
/0
20
DATA
Taxa de Alimentação de Carvão Bruto ( t/ h ) Vazão de Gás Quente ( kNm³/h )
Pressão Diferencial do Moinho ( Pa ) Pressão Hidráulica nos Rolos ( kPa )
120 12000
Pressão Diferencial do Moinho
110 11000
Carvão Bruto (t/ h)
100 10000
90 9000
80 8000
70 7000
(kPa)
(Pa)
60 6000
50 5000
40 4000
30 3000
20 2000
10 1000
0 0
5
05
05
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
20
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
3/
3/
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
1/
2/
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
DATA
Taxa de Alimentação de Carvão Bruto ( t / h ) Vazão de Gás Quente ( kNm³/h )
Pressão Diferencial do Moinho ( Pa ) Pressão Hidráulica nos Rolos ( kPa )
13
O que se pretende demonstrar é, que os valores apresentados nos
Gráficos 4 e 5 e referentes respectivamente à operação dos Moinhos 1 e 2,
pelas seguintes variáveis operacionais:
20
A COSIPA solicitou e recebeu assistência técnica especializada da LÖESCHE, fabricante
dos moinhos, em três ocasiões: no ano de 2002, em 2003 e em 2004.
21
A vibração do moinho entre ( 2 ± 1 ) mm/s é um indício de estabilidade do processo de
moagem porque significa que formou-se um leito contínuo e estável de carvão a moer entre os
rolos e a mesa. A operação com vibração alta é indevida e perigosa porque deteriora as
condições de todos os componentes mecânicos de fixação nos moinhos, submetendo-os a
altos e indevidos esforços mecânicos de tração, de compressão, de fadiga e de cisalhamento.
22
Esta quantidade de rejeitos é indevida porque se espera que toda a matéria prima
alimentada seja pulverizada e saia pelo topo do moinho sob a forma de pó.
14
SP: XX Seminário Interno da Redução, COSIPA, 2005 e a causa fundamental
da limitação de produção determinada por PITZER, Milton & Alii conforme a
metodologia descrita no Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-graduação
em Gestão de Engenharia de Manutenção DETERMINAÇÃO DA CAUSA
FUNDAMENTAL DA LIMITAÇÃO DE PRODUÇÃO DOS MOINHOS DE
CARVÃO PULVERIZADO DA COMPANHIA SIDERÚRGICA PAULISTA –
COSIPA. UNIP, Santos SP: 2006.
23
A perda de massa de uma peça é a evidência que caracteriza o seu desgaste.
15
FOTO 4 – Aspecto do desgaste de rolo após 0,3 M.t moídas.
Crédito de: PITZER, Milton J. O., Cubatão, 2005.
16
proporcional à pressão dos rolos, mas inversamente, pela aceleração
polinomial da perda de massa por abrasão, que limitará progressivamente a
própria capacidade de moagem”.
17
Conclusão
65
60
55
50
45
40
23/2/2005
24/2/2005
25/2/2005
26/2/2005
27/2/2005
28/2/2005
1/3/2005
2/3/2005
3/3/2005
4/3/2005
5/3/2005
6/3/2005
7/3/2005
8/3/2005
9/3/2005
10/3/2005
11/3/2005
12/3/2005
DATA
18
Em 2006, o Moinho 1 já recebeu novos revestimentos nos três rolos e o
Moinho 2 já o recebeu na mesa de moagem instalada em maio de 2005. Assim,
a técnica de revestimento de rolos e mesa por soldagem já está sistematizada
como alternativa viável de manutenção in situ nestes conjuntos de moagem.
Considerações Finais
19
Por outro lado, em todos os segmentos econômicos de alta densidade e
competência tecnológica, a atividade da Manutenção em equipamentos, é
reconhecida como um investimento para a proteção do patrimônio e uma
atividade inerente ao esforço de maximização dos lucros, ou seja, é uma
atividade com alto potencial de adicionar valor com a maior garantia da
estabilidade dos processos, colaborando assim na permanente luta para a
sobrevivência perene no mercado e para a busca do crescimento sustentável
das empresas.
Bibliografia
[A3] STANDART TEST METHOD FOR TOTAL MOISTURE IN COAL. The 2005 Annual
Book of ASTM Standarts, Volume 05.06, Standart D 3302-02, Pages 360 to 366,
Conshohocken PA, 2005.
[ B ] – AUTORES:
20