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CLAUDIO MAX AMORIM MOREIRA

(SARASHA CAEVAMA – UM APRENDIZ DE UMBANDA)

PALESTRA SOBRE EXÚS


14 DE AGOSTO DE 2007

EXÚ GUARDIÃO: EXECUTOR DA LEI


KÁRMICA, SENHOR DOS CAMINHOS
VIBRATÓRIOS E MANIPULADOR DAS
ENERGIAS ETÉRICAS.

AGOSTO DE 2007
INTRODUÇÃO:

O umbandista pratica uma doutrina que nada cobra, pois ela espera que
seus filhos sejam suficientemente inteligentes para saber que quem cobra é
DEUS e mais ninguém. Se DEUS deu liberdade de escolha a seus filhos,
nenhum homem pode ter a presunção de reprimi-la com regras sobre o que
é certo ou errado, ou sobre virtudes e pecados.

É comum ouvir-se que o indivíduo religioso deve ser temente a DEUS. Eu


pergunto: Por que temer a DEUS? Eu não temo; eu o amo e respeito. Se eu
tiver de temer alguém, será a mim mesmo e a meus atos, pois serão eles, que
segundo JESUS, poderá produzir tudo de bom ou de mal no meu destino.

Esta é a correta definição do livre arbítrio, que normalmente é tão mal


compreendido pela maioria das pessoas. Muitas costumam identificar o livre
arbítrio com a liberdade de fazer qualquer coisa, o bem ou o mal, sem sofrer
conseqüências; mas não é bem assim. Ele é à força de inteligência que DEUS
nos deu para fugir das armadilhas que nos foram armadas, ou seja, ninguém
nasce marginal, viciado etc.

Talvez a melhor tradução para livre arbítrio seja aquela que diz que quem o
usa com sabedoria, melhora seu destino. (Do livro Conselhos de Preto Velho)

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
SURGIMENTO DO EXÚ GUARDIÃO EM NOSSO PLANETA:

Professa a sagrada Doutrina Astral de Umbanda que na casa do "Pai"


existem de maneira sintética duas grandes moradias, uma conhecida como
reino virginal o qual não nos ateremos por fugir ao objetivo deste estudo e a
outra conhecida como reino natural que é o mundo da energia-massa ao
qual está vinculado nosso planeta Terra. Ensinam os mentores espirituais da
Umbanda que, os seres espirituais que hoje se encontram no reino natural,
viviam em processo evolutivo no reino virginal (o reino da antimatéria). Em tal
reino viviam integrados em processo evolutivo experimentando-se masculino
e feminino, se assim podemos definir como um ser uno. Porém, em
determinado instante desta cadeia evolutiva, milhões de seres espirituais
passaram então a sentir fortíssima necessidade de experimentarem-se em
suas individualidades. Ante a impossibilidade de tal processo ocorrer no reino
virginal e tendo em vista que esse desarranjo vibratório impossibilitava a
permanência destes seres em tal local, a Misericórdia Divina entendeu por
bem plasmar o que chamamos de reino natural (ou matéria) para então
servir de local onde iria abrigar esses milhões de seres espirituais em seu novo
processo evolutivo. E assim, surgiu o que nós conhecemos como universo
natural ou reino da matéria com seus planetas, suas galáxias, etc. Após a
Divindade Suprema plasmar essa nova casa planetária nomeou seus
emissários divinos, seres de indescritíveis sabedoria e luz, para que
arquitetassem toda a construção deste novo reino e assim foi feito. Porém
além de arquitetar todo esse novo reino espiritual, existia a necessidade de
manipular essas energias para execução e concretização da vontade
divina. Daí veio a surgir à necessidade da presença de seres espirituais de
grande poder e força energética. Esses seres originais executores dos
arquitetos divinos é o que temos hoje como sendo conhecidos por EXÚs
Cósmicos ou Indiferenciados. São cósmicos porque sua atividade cinge-se a
execução dos rearranjos estruturais das energias que deram forma ao reino

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
natural. São indiferenciados, posto que sempre viveram em nosso reino sem
passarem pela divisão da matéria, vivendo assim na própria essência divina
da qual são "constituídos". Mas a tarefa era gigante, exigindo a força e a
presença de considerável quantidade de seres espirituais para por em
prática a realização da vontade divina que era a formação e estruturação
do reino natural. Esses EXÚs tidos como indiferenciados subordinaram-se
diretamente aos seus comandantes, ou seja, os Orixás Ancestrais. Estes
últimos são os Sete Espíritos de Deus responsáveis diretamente pelo reino
natural.

Muito diferentemente do que se doutrina a respeito da entidade espiritual


conhecida como EXÚ Guardião ou simplesmente EXÚ, são seres dotados de
inúmeras e seríssimas tarefas em nosso mundo planetário. Portanto, EXÚ
nunca foi não é e nunca será o diabo, nem muito menos um ser espiritual
das trevas. Entendendo-se trevas como sendo sinônimo de maldade e de
atraso espiritual. De fato, falar sobre o EXÚ Guardião não é tarefa simples,
mas é certamente deveras gratificante. Não é simples, posto que os
conceitos que consubstanciam a verdade sobre a entidade espiritual EXÚ
muito longe se encontram da doutrina corriqueira e da difamação
ignominiosa que se estende sobre esse ser espiritual. Quando falamos ser
gratificante é porque na verdade estamos fazendo valer nada mais nada
menos que a própria justiça divina ao colocar o verdadeiro EXÚ Guardião
dentro dos seus verdadeiros princípios, fundamentos e atributos reais.

É o EXÚ, um profundo conhecedor dos planos das sombras e das trevas,


onde realiza trabalhos importantíssimos. Tem atuado nessa zona onde se
agitam almas insubmissas, enlouquecidas, revoltadas e temporariamente
jungidas ao mal.

Em seu meio, em seu plano afim (Plano de Atuação dos EXÚS) atua como
profundo mago da psicologia humana, onda dirime pesados dramas.

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fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
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No plano físico, quando incorporado em seus vários intermediários ou
médiuns, sempre tem uma atitude particular e específica, na dependência
do grau de consciência do grupo – terreiro que o invoca, sendo sempre
respeitado e tido como grande amigo de todos.

É necessário demonstrar a todos os Umbandistas ou não, que a Umbanda


não é maniqueísta, isto, ambígua, não crê no mal como Princípio, mas sim
como distúrbio passageiro, pois nosso único Princípio é o BEM, que é eterno.
Muitos acreditam na luz, na força e no poder dos conceitos teóricos e
práticos da Umbanda, mas ficam perplexos, amedrontados quando
observam uns e outros fazendo verdadeiros absurdos em nome de EXÚS.

Dizem-lhes que EXÚ é a encarnação do princípio do mal, agente do mal,


agente da magia negra, perversos, cruéis e desalmados espíritos, onde sua
única função é de ser interesseiro, sensual, briguento, mercenário, e que se
refestela com iguarias várias, inclusive do holocausto de animais vários, e
segundo alguns, completamente dementados, até pede o sacrifício de
humanas criaturas, como sendo o grande ebó, o supra-sumo para conseguir-
se o que se deseja. É óbvio que isto é doença psico-espiritual, e nada tem a
ver com os EXÚS, e muito menos com a Umbanda.

Essa é uma onda de discórdia e do descrédito, oriundos do submundo astral,


que querem de todas as formas, denegrir a tarefa restauradora e saneadora
do Movimento Umbandista.

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
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EXÚ NA PALAVRA DE EXÚ:

Num simples encontro de amigos de dois planos, separados apenas pelas


diferenças de densidade da matéria, eis que me sinto à vontade para falar
um pouco sobre EXÚ.

Na verdade, os conceitos reais, simples e honestos sobre EXÚ ainda estão um


pouco distante das melhores e mais bem intencionadas criaturas humanas,
pois, estas querem simplesmente traduzir em palavras, atos e ações aquilo
que seus egos ainda exteriorizam de forma impulsiva, as coisas que acham
ser de ordem astral e espiritual.

Traduzem fagulhas da verdade, que estão sob a ótica de seus graus de


consciência. Para as humanas criaturas, EXÚ é um agente do baixo astral, é
um agente de Satã e como tal é um agente do mal, como se a DIVINDADE
SUPREMA pudesse ter criado de si mesma agentes benévolos e agentes
malévolos, num contra-senso que fere a mais pura lógica humana.

Como DEUS pode criar o Bem o Mal?

Existem sim, no mundo das formas, criaturas que ainda se encontram presas
aos grilhões das células, que se encontram presas nas sensações grosseiras
da vida. Mas, devemos respeitar a tudo e a todos, pois, se há aqueles que já
colheram, não compete a eles atrapalhar aos que ainda estão semeando.

EXÚ é em seu próprio vocábulo, em seu próprio termo ESSURIÁ, que é o lado
oposto, é o que está em oposição, esta não ostensiva, mas uma oposição
em equilíbrio, que é necessária pela condição que o Ser Espiritual gerou
sobre si mesmo através da desobediência, através da insubmissão, da
insurreição aos PRINCÍPIOS DIVINOS, aos PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS mais dignos e
mais coerentes com a lógica espirítica de cada um.

Na verdade ESSU, ESSURIÁ ou EXÚ é o AGENTE cósmico necessário e


equilibrador entre as coisas passivas e ativas, entre as coisas tangíveis e

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intangíveis, entre as coisas criadas e incriadas, entre as coisas que são e que
serão.

As entidades espirituais de Umbanda adaptam sua linguagem dentre os


níveis abaixo, visando serem entendidas por todos os graus de consciência:

- objetivo, simbólico, sincrético, bem mais próximo do homem comum, ou


seja, a linguagem do próprio homem, cujo conceito é denominado de
positivo ou andrógeno (1° nível);

- visando alcançar e atingir outros consciencionais, já existentes no


Movimento de Umbanda da atualidade, o Astral procura ministrar um
ensinamento mais profundo, fundamentado nas causas e não nos efeitos,
sendo um ensinamento mais universalista, mais cósmico, sendo denominado
de relativo ou cosmogônico (2° nível);

- O próximo nível se reflete na forma de pensar, sentir, ser e agir, ensinamento


este, abordado pelo aspecto superlativo ou teogônico. Seu caráter é
essencialmente iniciático, hierático, sacerdotal e abrange a metafísica e a
teurgia, ensinamento que dá noção de síntese.

Segundo a palavra do EXÚ..., Incorporado em seu médium:

“Nas noites das noites quando tudo era escuro, quando tudo era betume, eis
que, do Reino do Nada, vai surgir o Senhor da Encruzilhada”.

Se é do Nada que Ele veio, e não existia o que era de cima e o que era de
baixo, mas no momento em que EXÚ chega, há limites, há o que é de CIMA,
há o que é de BAIXO... Da Luz Imaterial surgiu a Luz Material ou a Luz Astral
que foi coordenada pelos Orixás Virginais, que estenderam seu Ago a
determinados espíritos que se comprometeram a preparar outros, para que
fossem os primeiros, os primogênitos, os Senhores Coordenadores dessa Luz
astral, que até então não existia, e se existia não era manifesta, era
‘coagulada’.

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Os Orixás então, permitiram que do Reino Virginal, Reino do Nada ou Reino
Espiritual, onde só havia o espírito, ocorresse a tão propalada descida, a
reação causada pela insubmissão e revolta. E para que essa descida fosse
coordenada, a hierarquia de cima começou a projetar a hierarquia de
baixo.

Aqueles que abalaram os pares vibracionais, que abalaram o Cosmo


Espiritual, ao descerem, por interferência direta das Hierarquias Superiores,
foram preparados pelos subalternos imediatos destas Hierarquias Superiores,
ou seja, por aqueles que estavam imediatamente abaixo.

Estes foram os Coordenadores, não intelectivos, mas enviados, a executarem


o aspecto da Transformação, sendo considerados Senhores da Gênese do
Universo-Astral e, por conseguinte, de todos os espíritos que utilizariam
veículos de expressão e manifestação.

Surge então EXÚ CÓSMICO ou SENHOR DA ENERGIA que obedece


diretamente a Sete Orixás, pois são sete as Vibrações Virginais. Então, na
hierarquia dos Orixás Refletores foi selecionado um par vibracional de cada
Vibração Virginal e, esses pares foram selecionados nos graus intermediários
dessa Hierarquia e tornaram-se os Executores dos Orixás Refletores, ficando
como responsáveis pela concretização das vibrações dos Orixás Refletores
no Universo Astral.

É por isso que EXÚ é dito ELEGBARA, por isso EXÚ é o 3° Elemento, já que
havia um Passivo e um Ativo e EXÚ é ativo e passivo enquanto par. Ele é
ELEGBARA, significando SENHOR DA FORÇA, SENHOR DA ENERGIA. “Foi a
partir desse instante que EXÚ se tornou o GRANDE AGENTE CÓSMICO
UNIVERSAL, o AGENTE DA MAGIA UNIVERSAL, dando origem a todo processo
evolutivo GALÁTICO, SOLAR e PLANETÁRIO”.

A origem da palavra EXÚ vem da raça vermelha, cuja língua era o


Abanheenga, e fonetizavam Essuiá, que significava guardião ou guardião

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do lado oposto. Alguns sacerdotes africanos que chegaram ao Brasil durante
o período escravagista, tiveram seus antepassados iniciados por altos
sacerdotes do antigo Egito, onde aprenderam à tradição da raça vermelha,
de onde conheceram a expressão Essuiá, que por questões de adaptação
fonética, alterou-se para EXÚRIÁ, sendo mais tarde pronunciado EXÚ.

Como dizíamos, é importante que se entenda que o bem o mal não podem
coexistir, pois só o bem é eterno e o mal é relativo, passageiro. O mal é
sinônimo de ignorância, e esta existe assim como existe a treva, até que se
não encontre a luz. A treva acaba quando se acende uma luz e, se estamos
no escuro e alguém nos acende uma luz, não existe mais a treva. Assim é a
consciência de cada um, às vezes vive nas trevas até que... As trevas não
são, pois, eternas, elas fazem parte de um “sincretismo que as Hierarquias
Superiores utilizam para não cegar aqueles que voluntariamente, aqueles
que por livre e espontânea vontade, se comprazem em não enxergar a luz.
O mal é passageiro, um dia ele há de se cansar, e vai à busca da luz, porque
aquele que está nas trevas, por mais que diga ao contrário, vai ao encontro
da luz.

Se existe a luz total, também existe a treva total, portanto, fez-se necessário
haver um coordenador lá por baixo. Da luz total para a treva total há uma
infinidade de seres, desde os mais iluminados até aqueles que se
cristalizaram na treva interior e exterior, no mal. Então o mal precisava ter
alguém que o coordenasse, e não que o comandasse. O mal nunca
combate o bem porque não tem um coordenador, têm vários e, onde
existem vários, todos querem mandar. O bem e o mal são uma única força,
só que em sentidos opostos. Permitiu-se que dadas criaturas cristalizadas no
mal fossem ao fundo do poço para ver se era isso mesmo que queriam.
Quando estavam bastante “enlameados”, viram que estavam no charco,
estavam bem na lama. Só restava baixar a cabeça e pedir a quem é de

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cima para ir buscá-los, porque tudo que poderiam ter feito de mal, já fora
feito.

Não existe consciência dúbia no Astral Superior, quem é bom o é, porque


atingiu este patamar. Se Ele é bom, traz consigo toda sua hierarquia que o
acompanha, mesmo seus cavalos. Vez por outra pode haver vontade de
dar uma “sapecada” em alguém. Vem EXÚ e diz que concorda com esse
fato e irá atender esse pedido. Mas ela recai sobre o cavalo (burro!), mas
recai porque ele é burro. Qual a Entidade que daria aval para esse ato fora
da Lei? Pensem!

Não devemos esquecer, entretanto, que existem as cobranças. Mais aí, EXÚ
não é BOM nem MAU, é JUSTO. Os EXÚS são os senhores das forças de atrito
e contundência e, essas forças geram os processos de ação e reação e
mesmo uma reação pode gerar outra ação. O que então os EXÚS vão fazer
na Encruzilhada senão quebrar demandas? São as demandas interiores e
mesmo as dos outros. Não são as demandas dos EXÚS e sim dos Kiumbas.
Mesmos esses Kiumbas não são atingidos por forças contundentes maléficas
sobre eles. Eles são atingidos como se fossem frenados, com alguns deles
ficando em estado de hibernação.

O conceito de EXÚ não deve ser afeto a figura do diabo, do demônio ou


outra aberração qualquer que, quando baixa, se mune de capa preta,
tridente e outros apetrechos para fazer o mal, usando álcool, galo preto e
baixos pensamentos, fazendo uso de palavreado não condizente com os
mais simples princípios de caridade. Para os verdadeiros Umbandistas, EXÚ é,
foi e sempre será o AGENTE DA MAGIA UNIVERSAL, o EXECUTOR DA JUSTIÇA
KÁRMICA, o ORIXÁ TELÚRICO.

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A DUPLA “CABEÇA” (PERSONALIDADE) DE EXÚ: O “BEM” E O “MAL”:

O hexagrama (estrela de seis pontas) é o exemplo vivo de equilíbrio. Um


triângulo com vértice apontado para cima e outro triângulo semelhante
com o vértice apontado para baixo.

O hexagrama reflete, pois, Equilíbrio, Justiça, Lei. Sendo a Lei justa, esta
demonstrando a imparcialidade de sua aplicação (equilíbrio).

Em qualquer posição que se coloca o hexagrama, o mesmo não se altera, é


o equilíbrio dinâmico, pois são vários os caminhos da Justiça Divina, mas que
independente do momento, se expressam, se manifestam. Conclui-se então
que, “O QUE ESTÁ EM CIMA É SEMELHANTE AO QUE ESTÁ EM BAIXO”.

Se há o plano superior, o mais alto, mais luminoso e seres espirituais de


máxima elevação, há o que lhes correspondem no plano inferior, mais baixo,
trevoso. Portanto, todos podem evoluir, ninguém está condenado às trevas
ou planos inferiores. Infinito só o bem, só a Luz, pois quando esta chega num
ambiente trevoso, o mesmo deixa de sê-lo, reinando assim a luz. Ao
contrário, em um ambiente luminoso, inunde-o com sombra ou treva, e verás
que a mesma pode demorar, mas dissipa-se, transforma-se, o que demonstra
que a luz é divina, portanto eterna, tal qual o bem que é expressão da Luz
Espiritual, que é o entendimento, o amor e a sabedoria.

Após estes aspectos, vemos de forma transparente que EXÚ não possui dupla
personalidade, não é o agente do mal, ao contrário, fiscaliza, frena e, às
vezes, combate e julga aos espíritos temporariamente envolvidos nas trevas
do egoísmo, vaidade e orgulho, que os faz permanecer em oposição
ostensiva às hostes da Luz e do Bem.

O EXÚ frena e combate os seres espirituais revoltados e insubmissos visando


equilibrá-los perante a Lei Kármica. Não nos esqueçamos de que também
somos seres espirituais, muito embora encarnados. Essa é uma das atividades
de EXÚ, a de ser agente da justiça kármica em seus aspectos passivos,

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aspectos estes que vem pelas cobranças, choque de retorno etc (onde se
faz o ajuste, o equilíbrio, a conversão de sentido). É nesse aspecto que o
triângulo com o vértice para baixo, é a paralela passiva, é a KIMBANDA. O
contrário, a paralela ativa, o triângulo com vértice para cima é a UMBANDA.

Aqueles que subirão das trevas para as sombras e, dessas para a luz,
percorrerão um único caminho, uma via única onde, quem o fará subir, se
eximindo do peso do fardo do passado é EXÚ, que através das queimas
kármicas, das cobranças oriundas do choque de retorno, estarão dirimindo o
pesado fardo adquirido, onde a ação dos EXÚS se prende a equilibrá-los
perante a Lei, onde um dia caíram.

Tudo faz parte da Umbanda, inclusive a Kimbanda, onde atuam os EXÚS.

Todo espírito que recebe a denominação de EXÚ atua na Kimbanda,


portanto são EXÚS de Umbanda, EXÚS de Lei (EXÚ de Lei é redundância, pois
não há EXÚ que não obedeça e execute a Lei).

Quanto à forma de ação, a paralela ativa (Umbanda) atua através do bem,


da luz, da evolução, conseguida pelo ser espiritual promovendo a
neutralização ou o equilíbrio das causas e efeitos, dos choques de retorno,
nas ações positivas, previamente conquistadas ou promovendo condições
para conquistas futuras.

A paralela passiva (Kimbanda) promove o choque de retorno devido à


constituição de ações negativas, visando reequilibrar o indivíduo para
consigo mesmo e para com o seu semelhante. Assim, EXÚ está afeto ao pólo
passivo, paralela passiva ou a cobrança, o ajuste, o equilíbrio das ações e
reações que podem precipitar-se no choque de retorno.

O MAL É SINÔNIMO DE OBSCURECIMENTO TEMPORÁRIO DO SENTIMENTO E DA


RAZÃO.

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Nos terreiros de Umbanda e mesmo em outros templos religiosos, também os
EXÚs não atuam apenas neutralizando a ação nefanda dos Kiumbas, mas
sim, equilibrando perante a Lei, todos que se situem karmicamente afim ao
grupo filo-religioso. Quando acontece alguma ação deletéria sobre os “filhos
de terreiro”, automaticamente, a Lei aciona os EXÚS para o
equacionamento, para execução da mesma e, este para que fique claro,
possui certa autonomia, principalmente nos casos terra-a-terra.

As execuções de maior vulto são coordenadas pelos Orixás Menores, Guias e


Protetores, os quais arrolam os EXÚS através da paralela passiva da Lei. Os
EXÚS são seres espirituais comuns, podendo apresentar-se com “roupagens
fluídicas”, de seres de raça vermelha, amarela, negra ou branca.

Afirmativamente, EXÚ é além de tudo um policial ostensivo e também um


juiz. Quando da apreensão de determinados Kiumbas, os mesmos são
levados aos tribunais sumaríssimos, inferiores, onde são julgados pelos EXÚS,
julgamento este, que obedece a planejamento de “instância superior”,
onde há uma certa jurisprudência, mas a sua autonomia é plena...

A Umbanda é o circulo cruzado e a Kimbanda é o oposto, isto é a cruz


circulada (a própria encruzilhada). A nomenclatura Encruzilhada, como sítio
de reajustamento de EXÚ, surgiu da associação com cruz circulada. Estas
são as várias forças que se cruzam e entrecruzam e que fazem cobranças no
seu círculo, pois o mal é um círculo que se fecha sob si mesmo e está, queira
ou não na própria Lei.

Na Umbanda as sete linhas se expressam do OOOXYYY ou no ternário OXY, já


a Kimbanda se expressa do YYYXOOO ou no ternário YXO (ISHO ou EXÚ).

Os EXÚS possuem uma hierarquia que vai descendo da luz para as sombras e
das sombras para as trevas, dividindo-se assim em três ciclos e sete graus
hierárquicos, são eles: EXÚS do Terceiro Ciclo ou EXÚS dos Orixás ocupam o
sétimo, sexto e quinto graus, ou seja, chefe de legião, chefe de falange e

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chefe de subfalange. Os EXÚS de quinto grau ou chefes de subfalange são
49 e compõem assim o que podemos chamar de Coroa da Encruzilhada
(entrecruzamentos vibratórios das forças energéticas em nossa casa
planetária), são eles:

Sete Encruzilhadas - serventia do Orixá Orixalá

Tranca-Ruas - serventia do Orixá Ogum

Marabô - serventia do Orixá Oxossi

Gira-Mundo - serventia do Orixá Xangô

Pinga-Fogo - serventia do Orixá Yorimá

Tiriri - serventia do Orixá Yori

Pomba-Gira serventia do Orixá Yemanjá

EXÚS do segundo Ciclo, EXÚS Cruzados ou das Almas. São os EXÚS que
compõem o quarto grau e servem as entidades tidas no grau de guia da
Corrente Astral de Umbanda, também chamados de EXÚS das Almas, uma
vez que entre as suas tarefas e atividades estão o controle do encarne e
desencarne dos seres espirituais afetos à roda kármica de nossa casa
planetária.

EXÚS do primeiro Ciclo ou Espadados. São os EXÚS das entidades no grau de


protetores da Corrente Astral de Umbanda (chefe de coluna, subcoluna e
integrante de coluna).

Os EXÚS Coroados atuam nos planos dominantes da luz. Os EXÚS Cruzados


trabalham como intermediários da luz para as sombras e os EXÚS Espadados,
como intermediários das sombras para as trevas.

Abaixo dos EXÚS do primeiro ciclo (EXÚS Espadados), encontram-se as


entidades que são arrebanhadas do reino do caatimbó e da feitiçaria. Seres
esses que são conhecidos como “EXÚS pagãos”, rabos ou caudas de legião

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Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
ou ainda, rabo-de-encruza. São seres que arrependidos das suas práticas
foram arrebanhados pelos Exús Espadados.

Estes não são EXÚS e ainda têm uma personalidade frágil, mas não obstante,
podem ajudá-los nessa sinistra região das trevas. Por outro lado, eles podem
também ajudar em ações maléficas aos “gênios da magia negra”, portanto
são mercenários ou subornáveis. Quando isso ocorre e são pegos em
flagrante, são levados para tratamentos mais profundos em hospitais que se
encontram instalados em plena zona do submundo astral, onde passarão
longos anos desintoxicando-se, para só então retornarem às mesmas
atividades onde reiniciaram sua recuperação espiritual.

A estes, muitos filhos de terreiro estão ligados, onde pensam ser os


verdadeiros EXÚS. Nesta triste situação associam-se com seres da revolta, do
ódio, da insubmissão e passam a serem usados e manipulados por esses
seres. Assim, o que esses pobres médiuns expressam é o desequilíbrio do ser
astralizado com o qual se associaram. É dispensável dizer que esses médiuns
só acarretaram para si e sua família, dores, humilhações de dissabores de
ordem espiritual e mesmo material. Infelizmente, em vista do pouco
esclarecimento espiritual existente, essas entidades se denominam como
sendo os verdadeiros EXÚS, causando assim uma série de embaraços e
confusões quanto a real personalidade do EXÚ Guardião.

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AS ATIVIDADES DOS EXÚS NO TEMPLO:

O EXÚ Guardião é a entidade espiritual que nos Templos de Umbanda é


encarregado da guarda vibratória e da proteção espiritual. Cuidam os EXÚS
de efetuarem a defesa espiritual contra os ataques das hostes do submundo
astral que a todo o momento buscam invadir os santuários da Umbanda
com o objetivo de destruírem ou mesmo perturbarem as diversas atividades
desempenhadas. Cuidam ainda, de atuarem nos inúmeros trabalhos de
desmanche de magia-negra e feitiçarias que são levadas pelos consulentes
que lá acorrem. Para a defesa vibratória do Templo, os EXÚS manipulam uma
variedade enorme de energias, assim como de entidades espirituais tidas
como elementares, que são seres ainda em sua fase inicial de evolução em
nosso Planeta, sendo constituídos de puras e poderosas energias.
Juntamente com os elementares do fogo esses guardiões destroem as larvas,
miasmas, bactérias astrais, etc., que são trazidos por seres espirituais
encarnados e desencarnados aos templos para tratamentos diversos. Os
EXÚS Guardiões atuam em seus médiuns, na região conhecida como
subconsciente. Local onde são armazenados a vivencia de vidas passadas e
onde também se encontram nossas animalidades vividas nos reinos da
natureza por onde estagiamos. O fato é que, os distúrbios da personalidade,
as fobias, taras e neuroses de maneira geral têm como causa-origem
situações mal vividas em nosso ontem e que, em nosso hoje, manifestam-se
de maneira contínua ou esporádica. Nos médiuns essa manifestação dá-se
por intermédio de flashes esporádicos, tendo em conta que a grande
maioria deles cumpre missão probatória de resgates de erros passados. Ao
agir nesta região o EXÚ Guardião vai expurgando todas as animalidades e
traumas em um verdadeiro processo de desintoxicação, visando
proporcionar ao médium a evolução e a consciência de si mesmo.

A bem da verdade é bom que se diga que às vezes, por ingenuidade,


alguns médiuns acreditam que fazendo caretas e pantomimas irão fazer

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
acreditar que o "seu" EXÚ é o mais forte e poderoso, provocando assim o
respeito, o temor e a admiração. Pura ingenuidade! Infelizmente, em alguns
locais que dizem professar a Umbanda, esquecem que a mesma é Amor e
Sabedoria. E assim, irresponsavelmente enveredam por caminhos escusos
que longe estão de refletirem a luz da Umbanda.

Por fim diremos que os EXÚS Guardiões, manipulam as energias etéricas no


campo vibracional dos entrecruzamentos energéticos (encruzilhadas).
Infelizmente, as encruzilhadas de ruas são confundidas por alguns como
sendo a verdadeira encruzilhada dos EXÚS Guardiões. Na verdade, essas
encruzilhadas de rua são portais vibracionais de acesso ao submundo astral.
Por ai já se percebe o quanto é perigoso à manipulação de energias em tais
locais. A verdadeira encruzilhada dos EXÚS guardiões são os
entrecruzamentos vibratórios das linhas de força ou Tatwas, que são as
energias que vêem do plano astral e entrecruzam-se em nossa casa
planetária. É nesse campo de força, de luta e de trabalho, que o EXÚ
manipula o Axé (energia), concretizando todo processo de imantação e
desagregação dessas forças em benefício do Planeta e de seus habitantes.

De maneira simples e bastante sucinta, como não poderia deixar de ser, eis
algumas das verdades pouco conhecidas sobre os Exús Guardiões, valorosas
entidades da Kimbanda que trabalham em obediência a hierarquia dos
mentores da Sagrada Corrente Astral de Umbanda.

Saravá os Sete EXÚS Cósmicos!

Saravá a Coroa da Encruzilhada!

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A RAIZ AFRICANA...

IMOLE ESU:

"ESU (EXÚ), aqui está minha Oferenda! Por favor, diga a OLORUN (DEUS) que
aceite esta Oferenda e alivie meu sofrimento!"

(Fórmula ritual com que os fiéis devem oferecer o EBÓ destinado ao IMOLE
ESU).

PARA COMPREENDER QUEM É ESU:

Uma das divindades ancestrais iorubanas que mais escandalizou, confundiu


e exasperou aos primeiros catequistas árabes e europeus na África foi o
IMOLE ESU, sobretudo porque eles, reagindo aos estímulos de seus próprios
subconscientes e aos tabus sócio-religioso-culturais da época,
superestimaram um dos atributos deste IMOLE, qual seja, o de estimulador e
regulador da natural atividade sexual, sem a qual não há procriação animal
ou humana.

À época, esses primeiros catequistas não se deram conta que estavam


imergindo em uma civilização africana autóctone, guerreira, agrícola e
pastoril, onde a atividade sexual regulamentada pela sociedade não era um
pecado e sim uma benção sempre solicitada às Divindades porque
significava a segurança de uma grande descendência.

Sim, o mesmo conceito bíblico do "crescei e multiplicai-vos"!

Mas, na sua feroz repressão a este atributo e à sua representação fálica,


esses catequistas esqueceram-se das outras atividades primordiais desse
IMOLE!

E esse esquecimento influenciou duradouramente até aos iorubanos


escravizados e catequizados no Brasil, fazendo com que eles pouco
repassassem aos seus futuros descendentes e/ou dependentes religiosos

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fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
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outros atributos mais importantes que haviam por detrás daquela
representação fálica agora repudiada.

DO MITO DA CRIAÇÃO UNIVERSAL, SEGUNDO OS IORUBÁS:

Em respeito ao conceito ancestral que os Iorubanos tinham de suas


Divindades que enumeraremos aqui os principais 16 (dezesseis) títulos
descritivos dos atributos que o IMOLE ESU tinha antes do advento de sua
conversão forçada em "diabo", em nome de uma pretensa superioridade
racial e cultural de conquistadores que levaram à África mais de trezentos
anos de guerras, sangue, suor e lágrimas.

Também só nos referiremos aqui a ESU por seu título ancestral


iorubano de IMOLE ou "Ser Sobrenatural de Categoria Divina", para bem
diferenciá-lo do conceito de Satã, Caipora ou EXÚ de Tronqueira que a
perda de valores religiosos africanos, causada, sobretudo pela escravidão e
o sincretismo forçado com o Catolicismo e o Islamismo, permitiu insinuar-se
até na mente de muitos que se dizem "Pai de Santo", quanto mais na mente
de seus mais simples seguidores atuais.

Assim, com o devido respeito começamos por saudar ao IMOLE ESU:

Mo ju iba, ESU Oba Baba awon ESU! Iba se, o!

(Saudações, ESU Senhor e Pai de todos os ESUS! Que esta homenagem se


cumpra! E pedimos-lhe AGO ou "licença" para citar o seu ORISIRISI ou
"Contos Imemoriais" onde se fala de seus dezesseis maiores atributos,
sobretudo ligados ao Culto de Ifá, e que são tão negligenciados hoje em dia
até pelos seus El'ESU ou "Sacerdote de ESU"!).

Eis aqui seus dezesseis títulos e suas correspondentes "qualidades",


os quais sempre foram ligados aos 16 ODU ou "Fundamentos de Tradição"
dos Itan Ifa ou "Contos de Ifá" de Ile Ife ou "Cidade Santa de Ifé":

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01- ESU YANGI - o Senhor da Laterita Vermelha

02- ESU AGBA - o Senhor Ancestral

03- ESU IGBA KETA - o Senhor da Terceira Cabaça

04- ESU OKOTO - o Senhor do Caracol

05- ESU OBA BABA ESU - o Rei e Pai de todos os ESUS

06- ESU ODARA - o Senhor da Felicidade

07- ESU OSIJE - o Mensageiro Divino

08- ESU ELERU - o Senhor da Obrigação Ritual

09- ESU ENU GBARIJO - o Senhor da Boca Coletiva

10- ESU ELEGBARA - o Senhor do Poder Mágico

11- ESU BARA - o Senhor do Corpo

12- ESU L'ONAN - o Senhor dos Caminhos

13- ESU OL'OBE - o Senhor da Faca

14- ESU EL'EBO - o Senhor das Oferendas

15- ESU ALAFIA - o Senhor da Satisfação Pessoal

16- ESU ODUSO - o Vigia dos ODUs

Pouca semelhança entre estes nomes e aqueles que, hoje em dia, se lhe
atribuem? Paciência! Somem a estes nomes 350 anos de guerras,
escravidão, aculturação por sobrevivência e catequese forçada "goela
abaixo" dos vencidos e chegaremos facilmente, com o devido respeito, às
Tronqueiras e à troca de nomes do Senhor da Laterita por Exú do Lodo, o
Senhor dos Caminhos por Exú Tranca-Ruas e o Senhor do Corpo por Exú
Caveira, como veremos a seguir. Assim, tendo visto as denominações,
vejamos agora as qualificações.

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ESU YANGI é a sua primeira forma mais importante e a que lhe confere
a qualidade de IMOLE ou "Divindade", pois nos Ritos da Criação, segundo o
Credo Iorubá:

- "O ar e as águas moveram-se conjuntamente e uma parte deles mesmos


transformou-se em lama. Dessa lama originou-se uma bolha ou montículo, a
primeira matéria dotada de forma, um rochedo avermelhado e lamacento.
OLORUN admirou esta forma e soprou sobre o montículo, insuflando-lhe Seu
Hálito e lhe deu vida. Esta forma, a primeira dotada de existência individual,
um rochedo de Laterita, era ESU YANGI."

Assim, fica claro que IMOLE ESU foi criado diretamente por OLORUN, mas não
da própria e primordial matéria divina, da qual Ele já havia feito OBATALÁ e
ODUDUWA, o Casal Divino, mas sim daquela matéria que iria formar toda
existência genérica subseqüente, ou seja, a EERUPE ou "Lama", da qual seria
criada também toda a Humanidade que um dia EBORA IKU ou a "Morte"
devolverá a essa mesma lama (do pó ao pó).

Então, IMOLE ESU é o primeiro Ser criado da Existência Genérica e o


símbolo por excelência do Elemento Criado. Por isso ele é chamado
também de ESU AGBA ou "Eshu Ancestral". Assim, os seus assentamentos ou
sacrários mais antigos e tradicionais eram um simples pedaço de Laterita
vermelha enfiada no solo, ou seja, na Orita Meta ou "Encruzilhada de Três
Caminhos". Algumas vezes, a Laterita vermelha estaria cercada por 7, 14 ou
21 hastes de ferro, mas deste metal bem enferrujado que é o "esqueleto" do
metal novo.

Como os mitos da Criação, segundo os Iorubás, demonstram que IMOLE


ESU foi criado logo após Obatala e ODUDUWA por OLORUN, ele é, portanto,
o Igba Keta ou a "Terceira Cabaça" ou o "Terceiro Criado", sendo símbolo da
Existência Diferenciada e, em conseqüência, o elemento dinâmico que leva
à propulsão, à mobilização, à transformação e ao crescimento. Nesta

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variante múltipla, ele é o princípio dinâmico que participa forçosamente de
tudo o
que virá a existir.

E assim foi-se processando a Criação, segundo o Credo Iorubá.

Os ORISIRISI ESU continuam contando como IMOLE ESU logo descontrolou-se


e começou a devorar toda a existência, sendo obrigado por ORUNMILÁ,
após uma longa perseguição, a vomitar tudo de volta; entretanto, tudo em
maior quantidade, muito melhor e mais perfeito do que quando o ingerira.

E, tendo sido picado em milhares de pedaços pela espada de ORUNMILÁ,


transformou-se no "Mais Um" ou o "Um multiplicado pelo Infinito", no ESU
OKOTO ou "ESU do Caracol", cuja estrutura óssea espiralada parte de um
ponto único abrindo-se para o Infinito e no qual os Iorubanos conceituavam
o crescimento e a multiplicação.

Desta forma, ESU YANGI também multiplicou-se infinitamente e, tendo se


tornado no símbolo da restituição e da recomposição, tornou-se ele próprio
no Oba Baba ESU ou "Rei" e o "Pai" de todos os outros IMOLE ESU que dele
seriam e foram cortados e que para sempre acompanhariam os IMOLE e
todos os mortais.

Os ESE ITAN IFÁ ou "Versos dos Contos de Ifá", contam-nos a razão da


denominação das outras variantes múltiplas de IMOLE ESU. Numa
explanação livre dos versos desses Contos, no que se refere ao
IMOLE OSETUWA, podemos ler que quando os IMOLE vieram à Terra para
coadjuvar Obatala e ODUduwa a reger a Criação, OLORUN ensinou-lhes
tudo quanto precisavam saber para que a vida na Terra fosse ODARA ou
"Feliz".

Mas, apesar de os IMOLE fazerem tudo quanto lhes tinha sido prescrito por
OLORUN, sobrevieram na Terra todos os tipos de desgraças, sobretudo uma
terrível e prolongada seca.

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Os IMOLE reuniram-se e chegaram à conclusão de que os fatos desastrosos
estavam além da sua compreensão e que deveriam mandar alguém, sábio
e instruído, à presença de OLORUN para que Este lhes mandasse a solução
dos problemas que afligiam a Terra, agora sob o risco de total
desaparecimento.

ORUNMILÁ, o Orixá da Divinação Sagrada, partiu nessa missão e data


daí o fato de que ele passou a ser um dos três IMOLE que podem apresentar-
se perante OLORUN e suportar-Lhe o esplendor. Ao lhe ser permitido facear
OLORUN, ORUNMILÁ ouviu Dele que a razão para todas as desgraças que
assolavam a Terra estava no fato de que eles, os IMOLE, não haviam
convidado para morar no ODE AIYE, ou seja, a "moradia dos IMOLE na Terra",
ao Ser que se constituía no décimo sétimo dentre eles. Quando assim o
fizessem, tudo voltaria a frutificar!

E foi assim que ORUNMILÁ tornou-se o "Arauto de OLORUN" para a ligação


dos dois mundos, o Orun ou "Além" e o Aiye ou "Terra". Retornando ao ODE
AIYE, ORUNMILÁ começou a procurar pelo "décimo sétimo", o qual deveria
ser convidado a morar com eles. Depois de muitas tentativas infrutíferas,
decidiram que uma poderosa AJE ou "Senhora do Feitiço" - a EBORA OSUM -
deveria conceber um filho de OSO ou "Senhor do Poder Mágico", filho esse
que receberia, ainda no ventre materno, o ASE ou "Força Mágica" de todos
os IMOLE por imposição conjunta de suas mãos, para que se transformasse
assim no Mensageiro por excelência das Oferendas dos IMOLE e se
acabassem as desgraças que assolavam a Terra. Assim foi gerado um filho
do "Feitiço com o Poder Mágico", o qual recebeu o nome de OSETUWA e
este novo Orixá Gerado passou a tentar cumprir o seu dever de mensageiro,
mas sem obter absolutamente nenhum sucesso!

Até que um dia, em aflição, lembrou-se de procurar o quase desconhecido


IMOLE ESU ODARA ou "ESU da Felicidade", para pedir-lhe conselhos e ajuda.

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E OSETUWA dirigiu-se a ESU ODARA e pediu-lhe a ajuda para levar as
Oferendas dos IMOLE a OLORUN. E ESU ODARA respondeu a OSETUWA:
"Como??? Jamais pensei que você viesse me avisar antes de partir!
Por este seu gesto, hoje o ORUN lhe abrirá as portas."

E, então, OSETUWA e ESU ODARA puseram-se a caminho e partiram em


direção aos portões do ORUN. Quando lá chegaram, as portas já se
encontravam abertas! OSETUWA, então, pôde entregar as Oferendas dos
IMOLE a OLORUN e Este, aceitando-as por virem através de IMOLE ESU, deu a
OSETUWA ..."todas as coisas necessárias à sobrevivência do Mundo".

OSETUWA voltou ao AIYE ou "Mundo Material" e tudo frutificou novamente!


Tão gratos lhe ficaram os IMOLE que o cobriram de presentes e o celebraram
como o único dentre eles que conseguira levar as Oferendas ao Orun. Mas
OSETUWA, com humildade, levou todos os presentes que recebera e deu
todos a ESU ODARA.

Quando os deu a ESU, o mesmo disse:

"Como??? Há tanto tempo eu entrego os sacrifícios e nunca houve ninguém


para retribuir-me a gentileza!" "Você, OSETUWA, todos os sacrifícios que eles
fizerem sobre a Terra, se não os entregarem primeiro a você para que você
os possa trazer a mim, farei com que as Oferendas não sejam aceitas!”

E foi assim que OSETUWA tornou-se um poderoso Akin Oso ou "Manipulador


do Poder", duplamente por seu nascimento e pela confirmação de IMOLE
ESU ODARA, por ter mostrado a todos os IMOLE que ESU era realmente o
OSIJE ou "Mensageiro Divino" e que também tinha o poder de aceitar ou
recusar os sacrifícios rituais porque era o verdadeiro Eleru ou "Senhor da
Obrigação Ritual".

A partir de então, os seiscentos IMOLE decidiram dar ao IMOLE ESU um


"pedaço de suas próprias bocas" para que ele pudesse falar por todos,
quando fosse perante OLORUN, pois era patente que ele era o outro IMOLE,

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além de ORUNMILÁ, que podia apresentar-se perante OLORUN. IMOLE ESU,
muito sabiamente, "uniu todos esses pedaços em sua própria boca" e assim
tornou-se o ENU GBARIJO ou "Boca Coletiva" de todos os IMOLE.

Desde então, como retribuição de ESU aos outros IMOLE, cada um


destes possui ao seu lado o seu ESU OKOTO ou "ESU do Caracol", o "Mais Um",
a quem ambos delegam os seus poderes. Desta forma, por delegação
espontânea de todos os IMOLE, ESU tornou-se também o ELEGBARA ou
"Senhor do Poder Mágico". E como toda a Criação é também regida pelos
IMOLE, todo o Ser vivente no AIYE ou "Mundo", assim como possui o seu
OLORI, ou seja, o seu ORISA ou sua EBORA, que são o "Senhor" ou a "Senhora"
de sua ORI ou Cabeça, também tem que ter o seu ESU BARA ou "ESU do
Corpo", pois BARA vem de OBA = Senhor + ARA = Corpo.

Isto explica muitas coisas que são atribuídas nos cultos afro-brasileiros a EXÚ,
pois que ele é responsável pela natural atividade sexual, que é um atributo
do corpo, pois sem ela não há procriação, que é multiplicação e
abundância, quer seja vegetal, animal ou humana. E, para isso, IMOLE ESU,
sendo o ELEGBARA e o BARA, recebeu de OLORUN os instrumentos-símbolo
desta sua ação dinamizadora e frutificadora:

- o ADO IRAN, a Cabaça arredondada de longo pescoço, o recipiente de


poder mágico que contém inesgotável ASE ou Força Mágica, bastando ser
apontada a um objetivo para emanar e propagar esse poder mágico;

- o Gorro ou Penteado tradicional em coque de ponta alongada e caída,


terminada na forma da glande peniana humana, símbolo da ReprODUção.
Daí ser o pênis humano, em ereção, uma de suas mais populares e
ancestrais representações, feitas em pedra, como as da localidade africana
de Tondediru, ou, mais simplesmente, modeladas em barro à beira dos
caminhos. E este foi, como já dissemos no início, um dos aspectos de IMOLE

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ESU que mais escandalizou os missionários de outras religiões, que então
dispararam contra ele todas as suas "armas".

Nunca atentaram para o fato de que em nenhum dos milhares de Versos de


Contos de Ifá, IMOLE ESU jamais, repitamos, jamais assume a função de
procriador e mais: suas diversas formas multiplicativas têm por origem a
divisão de o seu próprio Ser em "milhares" de partes pela espada de
ORUNMILÁ.

Mas IMOLE ESU tinha uma outra função capital que despertou o interesse dos
catequistas das novas religiões, que nela viram a oportunidade otimizada
para a destruição de sua importância entre os Iorubás: a sua função de
Executor Divino.

Como IMOLE ESU é o Mensageiro Divino e o Senhor do Carrego Ritual


prescrito por ORUNMILÁ-IFÁ, ele é também o L'ONAN ou "Senhor dos
Caminhos", tanto dos benéficos (ONA RERE), quanto dos maléficos (ONA
BURUKU), que ele abre ou fecha aos mortais conforme verifique se os
sacrifícios prescritos aos fiéis foram ou não cumpridos, ajudando aqueles que
os cumprem e punindo os que, devidamente avisados, não o fazem. Por isso,
ele é também o OL'OBE ou "Senhor da Faca", significando ser o Executor dos
Sacrifícios, mas também, no sentido ritualístico, "Aquele que tem o poder de
vida e morte". À OBE ou "Faca", IMOLE ESU junta ainda a sua OPA ou "Bolsa",
na qual carrega os seus objetos ritualísticos mágicos, entre eles os
"fragmentos de cabaças", símbolo do Ser destruído, mas por sua vez,
destruidor, talvez um dos seus emblemas mais temidos e somente
manipulados por seus EL'ESU, ou seja, pelos Sacerdotes do IMOLE ESU.

Por tudo isso, IMOLE ESU está sempre do lado de fora, nos caminhos, onde
tem seu lugar predileto, a ORITA META ou "Encruzilhada de Três Caminhos",
onde ele aceita, carrega, transporta e premia, mas, também, de onde vigia,
adverte, recusa e pune.

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Foi então que os primeiros catequistas de outras religiões passaram
a pregar que todas as desgraças acontecidas aos fiéis dos ORISAS YORUBA,
merecidas ou não, derivavam da ação nefasta e indiscriminada de IMOLE
ESU, o qual apenas faria o Mal pelo Mal.

Por sua vez, o povo Yoruba escravizado viu nesta interpretação equivocada
de Executor por Malfeitor, uma nova arma para se defenderem e passaram
a ameaçar abertamente os seus inimigos com as artes punitivas do IMOLE
ESU, que assim começou a transformar-se em "EXÚ" e a sincretizar-se, nas
mentes mais fracas, com a figura do "diabo" medieval católico.

Daí a ele começar a ser representado e apresentado como um Ser


tenebroso e mau foi apenas a mesma "descida de ladeira" por onde
escorregaram os sincréticos cultos afro-brasileiros, notadamente a Umbanda
Popular, até estarem lançadas as bases do "sincretismo dentro do
sincretismo" e aparecer a Kimbanda que, na verdade, nada mais é que o
ponto mais alto da curva do desespero a que foram lançados os povos
escravizados no Brasil.

Mas, na realidade, no Credo Iorubá, IMOLE ESU é o símbolo, não da


subtração, mas sim da restituição que os humanos devem fazer, através de
Oferendas, daquelas coisas que eram necessárias à sobrevivência do
Mundo e que OLORUN deu aos IMOLE OSETUWA e ESU para salvá-la e não
para destruí-la.

E é na execução das Oferendas com esta intenção, que só ESU ELEBO ou


Senhor das Ofendas é capaz de tornar aceitável a OLORUN, que está a
chave que permite ao fiel alcançar o seu objetivo. E se conseguir alcançar o
seu objetivo, naturalmente obterá também a satisfação (ALAFIA) dos seus
anseios maiores; assim, deve agradecer também a ESU ALAFIA ou Senhor da
Satisfação Pessoal.

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
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É, sobretudo sob as múltiplas variantes de Bara, Enu Gbarijo, Elebo e ALAFIA
que o ORISA ORUNMILÁ se utiliza do IMOLE ESU para poder atuar como o
Arauto dos Awon ORISA sobre os destinos humanos na Divinação Sagrada
de Ifá, quer através do OPON ou Tabuleiro e do OPELE ou CORRENTE DE IFÁ,
quer através dos BÚZIOS.

Por isso mesmo, os ODU ou Fundamentos de Tradição sempre aconselham a


Pa ESU, ou seja, a apaziguar ao IMOLE ESU e não a tentar suborná-lo para ter
um malfeitor às ordens.

IMOLE ESU é, pois, o Princípio Restaurador do Equilíbrio no Credo Iorubá. Daí


as suas representações pouco conhecidas, à fora sua representação fálica,
ora fumando cachimbo, simbolizando a absorção e a ingestão, ora tocando
flauta, simbolizando a doação e a restituição.

E assim, os ORISIRISI ESU contam corno ele distribui generosamente


crescimento e honras, "vomitando-os" após ter ingerido todo tipo de
alimentos e bebidas rituais das Oferendas e como há um determinado
elemento, o AASAA ou Fumo de rolo picado que infalivelmente provoca essa
inusitada transformação, multiplicação e restituição.

Tudo isso ele assim faz em troca de somente três coisas: a coragem do fiel
em tentar cumprir seu próprio destino; respeito do fiel aos Fundamentos de
Tradição dos Orixás e a oferta de seu EBO ou Oferenda específica que lhe é
destinada no seu ritual próprio, o IPADE, cujo literal significado é justamente
ato de reunião de apaziguamento e não para pedidos de destruições e
vinganças aleatórias, como pensam aqueles que, na verdade, não
conhecem a essência do Senhor IMOLE ESU, porque se esqueceram ou não
conhecem mais as suas raízes espirituais ancestrais, ou, pior ainda, as
renegam!

A oferenda EBO é constituída de elementos materiais muito simples, mas de


profundo significado, ao contrário do que se vê "despachado" pelas

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esquinas de nossas cidades e que quase não guardam relação alguma com
o seu significado original:

- OMI (a Água), a Oferenda por excelência, que fertiliza, apazigua e vitaliza


tanto o Além quanto a Terra, especialmente se for a OMI ATO (água de
chuva), a ÁGUA-SÊMEN DO CÉU!

- EPO (o Azeite de Dendê): símbolo da dinâmica da realização, da


descendência, relacionada com o EJE PUPO ou "sangue vermelho" ou
essência do Vermelho dos elementos gerados;

- OTIN (bebida destilada branca): vinho de palmeira em áfrica e cachaça


no Brasil, relacionada com o EJE FUNFUN ou "sangue branco" ou essência do
Branco dos elementos geradores;

- IYEFUN (a farinha): qualquer farinha, a qual é símbolo do EJE DUDU ou


sangue preto ou essência do Preto dos elementos gestantes e fecundos,
como o AKASA, bolinho de pasta branca de milho deixado de molho, ralado
e cozido, envolto na folha africana EWE EKO, no Brasil, substituída pela folha
de bananeira.

Eis porque tão poderosa divindade sempre foi e ainda é cultuada e servida
antes até que servidos e cultuados sejam os ORIXÁS, em qualquer situação e
lugar.

Remarquemos a mais que, especificamente no EBO de seu IPADE, IMOLE ESU


não recebe sangue animal e sim seu sucedâneo transmudado - o EPO ou
Azeite de Dendê.

Assim, sem ferirmos a Tradição Ancestral, podemos afirmar que é um direito


da CORRENTE ASTRAL DO AUMBHANDAN - A UMBANDA ESOTÉRICA DO BRASIL
- não se utilizar de sacrifícios de sangue, nem mesmo parar preceituar tão
poderosa divindade.

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Usos e costumes ancestrais de outros povos, legítimos e fundamentados à
sua época, podem ser transmudados em novos tempos, como já acontecia
mesmo na África, onde os BABALAWOS tinham, a seu critério, o poder de
substituir os animais preceituados para oferenda por suas penas, escamas e
couros, devendo o valor de mercado do animal a ofertar ser distribuído, em
esmolas, entre os carentes de sua comunidade.

Por outro lado, a atuação do IMOLE ESU como Mensageiro dos Orixás para a
entrega de oferendas a OLORUN, dificilmente é compatível ou coerente
com a sua posterior identificação com o Satã pelos cristãos e muçulmanos.

Tal tentativa de analogia, só se explica por não se encontrar no Credo


Iorubá a idéia de diabo ou inferno, como se os entendem em outras religiões
não-africanas.

De fato, mesmo face à situação irregular dos suicidas, no pensamento


Ioruba, seres carentes de coragem em enfrentar seu próprio destino, os
Iorubanos jamais criaram a idéia grosseira de uma eterna punição; para eles,
prêmio ou castigo eram provações a serem experimentadas aqui mesmo
nesta Terra ou pela falta de retorno à ela.

Assim, a idéia de um EXÚ essencialmente trevoso e mau é uma


contrafação sincrética com o diabo medieval católico, forçada e imposta
pela escravidão e conseqüente perda de valores iniciáticos das religiões
africanas no Brasil, mas que nunca existiu em África em tempo algum.

E, muito embora nas lendas populares, IMOLE ESU passasse a ser conhecido
como manhoso, trapaceiro e, notoriamente, encrenqueiro, mormente se
não for apaziguado por seu EBO, a sua suposta imagem de malignidade
decorre, na verdade, de ele ter o importante papel de Executor Divino,
punindo aqueles que descuram as oferendas prescritas para eles, mas
recompensando aqueles que as cumprem.

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
Entretanto, ele nada faz por conta própria, servindo fielmente a OLORUN e
ao ORISA ORUNMILÁ-IFÁ. Também, os ORISA e as EBORA podem convocá-lo
para utilizar-se da variedade de punições postas sob o seu comando. E isto
porque, com imensa sabedoria, o Credo Iorubano ancestral prega que
ORISA algum pune diretamente seus "Filhos", mesmo os transviados, os
transgressores e os ofensores: isto é função do IMOLE ESU.

Os Versos dos Contos de IFÁ dizem que IMOLE ESU é também encarregado
por OLORUN para vigiar as ações de outras Divindades no AIYE ou "Terra". E
isto só pode se dar, dizem os fiéis, porque ele é notável e notoriamente
equânime no seu papel de Executor Divino.

É por tudo isso que todos os devotos de todas os ORISA e EBORA se voltam
para ORUNMILÁ-IFÁ em tempos de dificuldades, buscando essa
equanimidade e, a conselho dos Babalawo, oferendam a IMOLE ESU e, por
seu intermédio, a OLORUN.

Para que os BABALAWOS não se excedam nas prescrições dessas oferendas,


IMOLE ESU está sempre presente na Divinação Sagrada de Ifá, como o
décimo sétimo IKIN ou Coquinho de Dendê, o OLORI IKIN ou Senhor da
Cabeça dos Coquinhos de Dendê Consagrados, o qual leva a sua efígie
gravada.

Por essa razão, este décimo sétimo IKIN é também chamado de ODUSO ou
Vigia dos ODU, do verbo Iorubá SO ou Vigiar, ou seja, colocado no Tabuleiro
de IFÁ em uma posição tão privilegiada quanto a do BABALAWO, ele
representa Seu ODUSO que é o Vigia dos ODU ou Signos-Resposta do Sistema
IFÁ e, conseqüentemente de suas verdadeiras interpretações pelos
BABALAWOS, pois todo o bom cumprimento do IWA ou "Destino" do
Consulente depende de se bem compreender a Mensagem que ORISA
ORUNMILÁ quer transmitir ao Consulente.

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fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
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Daí se compreender que a ligação do IMOLE ESU com o Jogo de IFÁ é
inquestionável.

Assim, como vemos, IMOLE ESU não é nem mau nem tenebroso, antes, pelo
contrário, freqüenta o ORUN ou "Além", reporta-se diretamente a OLORUN e
dialoga com os IMOLE ou Divindades e com os ONILE ou Antepassados. Ele
também não é indiscriminadamente vingativo, mas é o Transformador Divino
que trata com equanimidade Divindades, Ancestrais, Babalaôs e Humanos
por ordens de OLORUN.

E nada executa por sua própria vontade, mas cumprindo fielmente as


ordens de OLORUN e os ditames do IWA ou "Destino" livremente escolhido
por cada Ori Orun ou Individualidade no Além de cada fiel e, através de
ORUNMILÁ-IFÁ, cumpre também as ordens das Divindades.

E se ele é considerado trapaceiro e encrenqueiro, o é pelos culpados,


porque ele é o fiscal de OLORUN junto aos ORISA e, ainda, o Vigia dos
BABALAWOS e do bom cumprimento das obrigações rituais e sacrificiais por
cada Fiel.

E se ele pode até matar, conforme se lê em diversos ESE DOS ITAN IFÁ, é
também ele que representa a Vida e a sua dinamização ou continuação,
através do legítimo e natural prazer sexual que leva os humanos a procriar.

A IMOLE ESU só é devida a coragem de cada fiel em tentar realizar o seu


Destino livremente escolhido antes de nascer, a sua Oferenda específica - o
EBO - do seu ritual Ipade e a nossa saudação, não de medo ou horror, mas
de respeito, como a ele fez OSETUWA:

- AGBA ESU, MO JU IBA ! IBA SE O!

- ESU Ancestral presto-lhe minha homenagem! Oh! Que esta homenagem se


cumpra!

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Assim sendo, terminaremos esta explanação com a tradução livre, mas
coerente, de parte de um dos Versos dos Contos de Ifá, o do ODU OBARA
MEJI:

OBARA NI,KI NDOJUBOLE KI N'BA BURU,

KI ELEGBARA O JEKI NGO LO

NJE IKUDERIN MOFORIBALE L'ELEGBARA.

OBARA MEJI pediu que eu me prostrasse em reverência, cobrindo minha


cabeça. Que eu deveria me prostrar e me cobrir em respeito, para que
ELEGBARA me permitisse prosseguir em meu caminho de felicidade e
riqueza. Assim, minha morte transformar-se-á em longa vida de alegria.
Portanto, curvo-me ante ELEGBARA!

Então, assim, também eu o faço e assim também eu peço:

IMOLE ESU, aqui está minha oferenda!

Por favor, peça a OLORUN que aceite esta oferenda e alivie meu sofrimento!

TÓ! (Assim seja!) ADUPÊ, Ó! (Oh, Obrigado!)

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TRABALHOS ENCOMENDADOS E PROMESSAS DE SOLUÇÕES

O que pensar de anúncios em jornais ou panfletos que prometem a solução


para todos os problemas amorosos, financeiros e de saúde?

Será que funcionam?

Trazem a solução tão desejada?

Neste caso, temos dois aspectos a analisar:

- Qual o desespero da pessoa que necessita ou deseja uma solução para


seus problemas?

- E o que a UMBANDA tem haver com isso?

O primeiro aspecto pode ser dividido em duas coisas distintas e paralelas:

- A pessoa que procura por estes “trabalhos”, não compreende ou não quer
compreender que seu problema seja por sua culpa ou merecimento e busca
no externo a solução do mesmo. Muitas vezes não tem noção de
espiritualidade, de merecimento, alem de nem estar preocupada com as
conseqüências de suas ações.

Acredita também, que seu problema é conseqüência de ações de terceiros


e se diz não merecedora do que está passando.

- Outro fato refere-se especificamente ao sentimento desta pessoa, pedindo


que a pessoa “amada” volte, ou seja, tenta prende-la de qualquer forma,
pede que outro perca o emprego em seu favor e, o que é mais grave, pede
pelo desencarne de outrem, alguém que é seu desafeto ou que imagina ser.

Analisando-se este primeiro aspecto, aqui subdividido em dois, será que estes
“trabalhos” funcionam?

A resposta é SIM, considerando que é imprescindível que haja absoluta


harmonia entre o solicitante, o executante, a suposta “vítima” e o astral

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inferior. Portanto, o resultado é alcançado desde que haja esta perfeita
sintonia.

Então, quem executa esses “trabalhos” a nível astral?

Temos algumas respostas:

- Espíritos que trabalham com forças trevosas, de baixo padrão vibratório e


alta densidade perispiritual;

- Espíritos altamente ligados à matéria e ao mundo encarnado;

- Espíritos nada desprovidos de inteligência, mas desprovidos de LUZ, pois são


espíritos ardilosos, verdadeiros “magos negros” ou conhecedores profundos
das magias trevosas e, que chegam a se passar por Caboclos, Pretos –
Velhos e mesmos EXÚS, para se agregarem a médiuns invigilantes que
acabam por ceder lentamente às suas aspirações. Para isso, reúnem-se em
torno de encarnados, médiuns ou não, por similitude vibratória.

- São espíritos que ao se passar por EXÚS, dão aos médiuns a impressão de
estar sendo assistidos pelo próprio, envolvem-nos de tal maneira, permitindo
a estes médiuns a sensação de poderes e outras sensações prazerosas em
nível material e, este médium empolgado que está, desvia-se de seu
caminho e passa a procurar por lugares onde haja o mesmo tipo de
afinidade vibratória.

- Esses obsessores sugestionam esses médiuns a solicitar elementos que irão


satisfazer as suas necessidades e, os próprios médiuns passam a não ver mal
algum em cobrar pelo “favor” que está fazendo por quem os procura.

O segundo aspecto, implica no envolvimento do sagrado nome da


UMBANDA nestes “trabalhos”, e de onde afirmamos com extrema convicção
que, nossa doutrina jamais se prestou, se presta e jamais se prestará a este
tipo de coisa suja e baixa.

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A UMBANDA trabalha justamente para combater as ações do astral inferior e
não compactua com obsessores, mas ao contrário, os orienta e doutrina.
Nossa UMBANDA é a prática da caridade pela caridade e sempre busca a
evolução espiritual de seus filhos.

Neste embate contra o astral inferior a primeira linha que é utilizada pela
UMBANDA é a linha da QUIMBANDA (EXÚS e POMBAS – GIRAS), já que são
entidades determinadas pelo astral superior para esse trabalho em função
de suas características vibracionais, sua enorme capacidade de
manipulação energética e seu profundo conhecimento das armadilhas do
submundo astral.

EXÚS trabalha sob as ordens de espíritos superiores que são os enviados dos
ORIXÁS, portanto, como afirmar que EXÚS tanto faz o mal como o bem?

EXÚS trabalha segundo a LEI e não é bobo e muito menos, violenta o livre
arbítrio de ninguém. Ele não bate, não exige oferenda especial, mas utiliza os
elementos oferendados, única e exclusivamente para manipular as energias
volatilizadas para a consecução dos objetivos propostos pelo astral superior.

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QUIMBANDA

Devemos começar afirmando que os EXÚS não são e nunca foram nada do
que se parece com o demo e qualquer associação a eles dessa forma é
incidência em erro.

Infelizmente, essa errônea concepção ainda existe em muitos terreiros,


resultado do sincretismo.

Os EXÚS não são espíritos irresponsáveis, maus ou trevosos, como


vulgarmente se pensa. Os EXÚS arrebanham, controlam e ajudam a evoluir
justamente tais espíritos maus, trevosos ou irresponsáveis. Porém, os EXÚS
nunca fazem nada por conta própria. São mandados intervir e operar em
certos reajustes kármicos, dentro das Leis da Justiça Divina.

As classes de EXÚS que assim operam são os EXÚS Intermediários, ou EXÚS


Batizados (ou ainda EXÚS de Lei).

Os EXÚS se dividem em quatro classes: os ligados ao FOGO, ao AR, a TERRA


e à ÁGUA, pois operam por afinidade astral dentro das variações
eletromagnéticas destes elementos, criando também seus “elementais” (não
confundi-los com os espíritos da natureza – aqui tais elementais seriam
melhores caracterizados como as formas-pensamento). São os EXÚS que
manipulam os aspectos mais inferiores destes elementos, criando formas
diversas, conhecidas como “larvas astrais” ou “clichês astrais”.

Os EXÚS são arregimentados pelos Orixás e são obedientes as entidades


superiores, formando seus escudos de força. Ao verem um escudo fluídico ser
riscado (ponto riscado) dentro das evocações correspondentes, por uma
Entidade, distinguem imediatamente a classe que está sendo chamada a
operar e qual é o Cabeça de Legião chamado.

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Principais Cabeças de Legião, que operam nos quatro elementos:

1) EXÚ Sete Encruzilhadas – para a linha de Oxalá - opera na faixa dos


elementos Fogo e Água;

2) EXÚ Pomba-Gira – para a linha de Yemanjá - opera na faixa do elemento


água;

3) EXÚ Tiriri – para a linha de Yori - opera na faixa dos elementos Terra e Ar;

4) EXÚ Gira-Mundo – para a linha de Xangô - opera na faixa dos Elementos


Fogo e Água;

5) EXÚ Tranca-Ruas – para a linha de Ogum - opera na faixa dos Elementos


Água e Fogo;

6) EXÚ Marabô – para a linha de Oxossi - opera na faixa dos elementos Terra
e Ar;

7) EXÚ Pinga-Fogo – para a linha de Yorimá - opera na faixa dos elementos


Terra e Ar

O termo EXÚ é sinônimo de Guardião e, como tais, temos os mais superiores


(Cósmicos) que fizeram descer a Terra 7 EXÚS Planetários, chamados “EXÚS
Coroados” por integrarem a “Coroa da Encruzilhada”. Os EXÚS Planetários
são Guardiões dos Orixás, no sentido de assessores diretos na execução
“para baixo”. Por aí, vemos que nenhum orixá teria um “diabo” como seu
assessor direto. Os EXÚS Planetários jamais encarnaram na Terra e
seguramente não encarnarão, pois não estão afetos ao sistema cármico-
evolutivo do planeta. Ao fim de sua missão, cada EXÚ Planetário retorna à
sua Pátria Sideral Original.

A função da falange de EXÚS é ser agente da justiça cármica e agente de


magia e, quando libertarem-se dela, daqui há milênios, serão Guardiões
Superiores de planetas mais evoluídos que o nosso.

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Cada EXÚ Planetário dirige Sete Falanges chefiadas por um EXÚ de Lei. Os
EXÚS de Lei são seres que estão em fase de libertação dessa função, para
assumir a função de Guardião em locais mais evoluídos, até que um dia,
fiquem livres de tal função. Eles não se tornam caboclos por evolução.
Hierarquicamente, são 49 EXÚS de Lei que estão subordinados aos Chefes de
Falange (Orixás Menores) das Sete Linhas de UMBANDA.

Os EXÚS de Lei fiscalizam a QUIMBANDA (UMBANDA significa o conjunto de


Leis Divinas e QUIMBANDA significa o “oposto da Lei”). A QUIMBANDA faz o
equilíbrio da UMBANDA com a KIUMBANDA (reino dos Kiumbas, desequilíbrio
ostensivo da Lei).

É importante lembrar que o sincretismo entre EXÚ e o Diabo existe,


salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas
pessoas pensam que a QUIMBANDA é um culto satanista, tendo aquele
sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma
luta eterna confundindo a figura do Diabo com tudo de ruim sem lembrar
que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é Quem determina o
espectro e a liberdade de Suas ações desde o princípio dos tempos. O
conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no plano
material, aonde não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa,
principalmente tratando-se de energia pura.

É como disse o sábio preto velho Pai Maneco, falando da importância dos
EXÚS, apontou uma lâmpada e disse: “Aquela é resultado do perfeito
encontro entre o positivo e o negativo”.

Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que


até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para
apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica
da QUIMBANDA mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e
cultos diabólicos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas

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hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. Considerando que este livro já
existia muito antes do descobrimento do Brasil e que a QUIMBANDA como
conhecemos é uma religião brasileira, afirmamos que é errado basear-se
neste organograma como base para estudarmos este assunto, porém não
devemos esquecê-lo, pois os EXÚS, como nós, tiveram já várias encarnações.

A UMBANDA não vive sem a QUIMBANDA, como a árvore não vive sem a
copa ou sem a raiz, então com base em estudos e prática na QUIMBANDA
podemos afirmar que o culto como o conhecemos é o mesmo praticado na
maior parte dos Terreiros de UMBANDA do Brasil que para obterem equilíbrio
em seus trabalhos cultuam as Sete Linhas da UMBANDA e as Sete Linhas da
QUIMBANDA, desta forma podemos discorrer aqui sobre o assunto de uma
forma mais ampla e que leve a implementar os atuais conhecimentos sobre
os EXÚS. QUIMBANDA não é sinônimo de satanismo e de jeito nenhum pode
ser ligada à obscuridade é apenas um termo usado no Espiritismo é uma
forma de estar na vanguarda do Espiritismo e da magia trabalhando a
espiritualidade como um todo, sendo uma ferramenta destinada à evolução
espiritual através do poder e dos conselhos destes nossos guias protetores, os
EXÚS, que tanto nos auxiliam nas horas de aflição. Embora não devamos
julgar sabemos sim, que lamentavelmente existem pessoas inescrupulosas e
de má índole que usam a magia da QUIMBANDA para a prática do mal,
mas isto é culpa do homem e das entidades "Kiumbas" (espíritos que não
estão em desenvolvimento) espíritos de mortos que vagueiam sem rumo,
muito atrasados e primitivos. Nunca podemos esquecer da imutável Lei do
Karma: “Tudo o que você fizer volta para você”.

A formação da QUIMBANDA teve uma forte influência dos escravos e índios


que sincretizaram EXÚ com o Diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por
não aceitarem os Santos Católicos, identificando-se assim mais uma vez com
o Diabo. Com o advento da UMBANDA começou o trabalho de
QUIMBANDA em Terreiros de UMBANDA o que deu sustentação firme aos

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trabalhos com os EXÚS e assim formatou-se o atual culto da QUIMBANDA. Na
verdade pode-se dizer que a QUIMBANDA como a conhecemos atualmente
nasceu juntamente com a UMBANDA em 15 de novembro de 1908, pois uma
Linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino
cheio de luz.

É importante lembrar que quando o EXÚ, qualquer um Deles, estiver


incorporado no médium dirigente dos trabalhos, Ele esta trabalhando com a
Coroa e por este motivo é o Chefe dos trabalhos da Gira de QUIMBANDA
tendo liberdade de movimento entre os Reinos através do contato com os
outros EXÚS presentes no trabalho. Trabalhar com os, "compadres", EXÚS
requer muito respeito e consideração por parte dos dirigentes, médiuns e
consulentes, pois são Entidades muito poderosas, de muito Axé.

A QUIMBANDA combate o mal representado pela KIUMBANDA, com seus


planos e subplanos, também atuando na cobrança do Karma, precipitando
o choque do retorno. Os verdadeiros EXÚS estão executando uma tarefa,
acima dos conceitos de Bem ou de Mal, mas ligados a conceitos como de
Justiça e sua execução. Portanto, são Executores da Lei, estando mais
relacionados às vibrações telúricas.

É EXÚS quem faz cumprir esse processo para o equilíbrio de tudo que existe.

É a devolução que permite a multiplicação e o crescimento; é como se um


processo vital equilibrado, impulsionado e controlado por EXÚS, fosse
baseado na absorção e na restituição constantes de matéria.

Nesse princípio de restituir que EXÚS está ligado com o destino individual,
tendo o poder sobre ÒNA BURÚKÚ (caminhos condutores de elementos
negativos) e ÒNA RERE (condutores das boas coisas, tanto no ÒRUN como
no ÀIYÉ).

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EXÚ fica à esquerda do caminho e daí controla a entrada e a saída de todo
o tráfego, mas é a encruzilhada de três caminhos (orita), donde os caminhos
se encontram e repartem seu local preferido.

Essa imposição de EXÚ controlar tudo nos caminhos, de fechar e abrir os


caminhos, não está ligado ao fato de que façam o gosto de EXÚS como
muitos pensam, e sim pelo fato que EXÚ cobra para permitir salvaguardar e
desenvolver a existência individualizada, a de cada ser a quem EXÚ
acompanha e representa.

Como EXÚ é a interação de todos os elementos, suas cores representativas


deixam isso bem claro: o preto, o vermelho e o branco.

EXÚ serve como intermediário entre os Orixás e nós, homens. É a força da


criação, é o princípio de tudo, o nascimento, o equilíbrio negativo do
Universo, o que não quer dizer coisa ruim. EXÚ é a célula da criação da vida,
aquele que gera o infinito, infinitas vezes. É o primeiro passo em tudo. Está
presente, mais que em tudo e todos, na concepção global da existência. É a
capacidade dinâmica de tudo que tem vida. Principalmente dos seres
humanos, que carregam em seu plexo este elemento dinâmico denominado
EXÚ.

Seu símbolo não é o tridente associado ao diabo, mas sete ferros voltados
para cima representando os sete caminhos do homem, os sete chacras
(pontos de captação, distribuição e armazenamento de energia), as sete
cores, as sete auras.

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EXÚS E POMBA - GIRAS (0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos
Templos de UMBANDA).

Temos que começar a mudar nossos conceitos de EXÚS e Pomba Gira.


Vamos a partir de agora ver o EXÚ e a POMBA GIRA como aquela polícia
que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de
comando, que é o EXÚ chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da
Casa. Podemos também ver os EXÚS como aqueles lixeiros alegres que
passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e
algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade,
que, diga-se de passagem, é muito pouco reconhecido. E as POMBAS GIRAS
seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de
nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e
determinação.

Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso dos EXÚS, devemos
também dedicar mais respeito aos trabalhos das POMBAS GIRAS, deixando
de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar
casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa
absurda e vulgar... O trabalho da POMBA GIRA é sério. É também um
trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura
dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

O que é esse lixo? Nossos pensamentos negativos. Nossa sociedade desigual,


perversa e preconceituosa. Nossas ações. Nossas emoções negativas se
sobrepondo à nossa capacidade de amar.

Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos EXÚS, levando-os a


sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.

Sabendo que a religião de UMBANDA, segundo o CABOCLO DAS SETE


ENCRUZILHADAS é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”,

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
qual a principal função desempenhada pelos EXÚS nos nossos Templos,
Terreiros, Casas ou Centros?

Na UMBANDA o EXÚ é uma Entidade que cuida da Segurança da casa e de


seus médiuns.

Todas as religiões têm entidades que cumprem esse papel. A reunião de


EXÚS ou Gira de EXÚ tem como finalidade descarregar os médiuns e os
consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e
orientar mais facilmente almas que ainda não encontraram um caminho.
Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsedando-os e
até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados
loucos.

Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa


energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as
entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva e, nós
precisamos ter bons pensamentos e sentimos verdadeiros de amor e
harmonia para que desta maneira as “desarmemos” e não as deixemos
tomar conta da situação e quem sabe, até as persuadir a mudarem de
caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada. Nossa
energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o
desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas e assim, eles
transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em
muito, na sua recuperação.

Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos


Terreiros de UMBANDA, pois os EXÚS da Tronqueira ficam encarregados de
fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles
percebem já estarem prontas para o socorro, ou seja, prontas para seguirem
um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada.

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
EXÚS TRONQUEIRA

Não confundir o trabalho do EXÚ guardião com o trabalho do EXÚ


TRONQUEIRA. O EXÚ TRONQUEIRA é aquele que guarda o Terreiro e passa por
uma triagem às pessoas que entram no Terreiro. Por isso a sua casa é
colocada junto à porta de entrada e é a primeira a ser saudada. Todos
devem ter o máximo de respeito do EXÚ TRONQUEIRA, pois se uma Gira corre
bem e firme devemos agradecer principalmente a ele.

Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade
e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo,
melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo.
Os EXÚS são entidades que riem, mas não brincam em serviço, por este
motivo, os médiuns devem ter por eles o maior respeito e consideração, pois
são eles os nossos guardiões e da Gira, responsabilizando-se pela limpeza dos
fluidos ou energias mais pesadas.

Cada pessoa que entra em uma casa de UMBANDA traz consigo seu saco
de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os
EXÚS os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para
descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuir o nosso
lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estes
trabalhadores um passo no caminho do desenvolvimento.

Os EXÚS precisam das nossas energias positivas para que possam


desempenhar melhor o seu trabalho, cada médium que passa pela
”obrigação” de colaborar com eles, deve acrescentar energia e equilíbrio
ao trabalho que eles executam. É por este motivo que tantas vezes é falado
que devemos ter cuidado com nossos pensamentos e pedidos, pois eles são
energias.

Nota: Os médiuns que vão fazer a obrigação de EXÚS devem permanecer


em estado de seriedade, afastando-se de bebidas, festas, que neste caso

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
exercem uma atração para as almas desorientadas. A função da obrigação
de EXÚ é basicamente para fazer com que o EXÚ assuma no campo à
função principal de guardião do médium, desde que este se comporte a
altura de sua amizade e respeito.

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fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
MÉDIUM E EXÚ

Todo médium que vai incorporar o “seu” EXÚ, já tem um predestinado; E


como é que o EXÚ é predestinado a um médium?

Por encarnações passadas. O EXÚ pode ser bem evoluído e pouco evoluído,
em luz, força, sabedoria, onde o EXÚ pode ensinar o médium e aprender
também.

A sabedoria não depende só do EXÚ e sim do médium também, ou seja, não


adianta o médium “ter” um EXÚ evoluído e forte e, ele ser leigo; o médium
também tem que estudar saber trabalhar, aí o médium também evolui!

Deve tratar os EXÚS, fazer obrigações, assentamentos, tem que saber tratar,
por isso deve estudar.

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
A SAUDAÇÃO AOS EXÚS

A saudação ao EXÚS é LARÓYÈ = SALVE que também quer dizer SALVE


COMPADRE, BOA NOITE “MOÇA”.

EXÚ é MOJUBÁ - MOJU (VIVER A NOITE) BÁ (ARMAR EMBOSCADAS), ou seja,


“armar emboscada vivendo a noite”. Mas, na UMBANDA o trabalho dos EXÚS
é o de guardião. Assim ao cumprimentá-lo estamos dizendo:

“Salve Aquele que vive a noite, que nos livra das emboscadas”.

Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos


pedindo sua ajuda e proteção.

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ALGUNS SIGNIFICADOS DOS NOMES DE ALGUNS EXÚS GUARDIÕES:

- SETE ENCRUZILHADAS: Representa os diversos caminhos abertos em nossas


vidas; representa ainda o livre arbítrio professado na religião de UMBANDA e
conseqüentemente nossa liberdade na escolha de nosso próprio caminho.

- MARABÔ: MA: Verdadeiramente RA: Envolver ABÔ: Proteção - Aquele que


envolveu perfeitamente com sua proteção ou Salve aquele cuja força
protege.

- CAVEIRA: Representa nossa mais profunda transformação, aquela onde


nossa parte material já se encontra em profunda degradação e, no entanto,
nossa alma permanece em evolução.

- SETE CAPAS: Representa o momento de transição final; é o EXÚS da hora da


passagem; responsável pelo corte do cordão fluídico no momento final dos
filhos de UMBANDA.

- TIRIRI: TI: com grande força RIRI: valor e mérito Aquele que protege com
grande força aos que tem valor e mérito.

- VELUDO: Representa a doçura, a delicadeza, mas também a força, a


resistência. Representa ainda a riqueza material e espiritual trazidas pela
Linha à qual serve.

- TRANCA-RUAS: Representa um grande poder de defesa para aqueles que a


ele se dirigem; defesa contra aqueles que nos desejam o mal, contra nós
mesmos e contra aqueles pensamentos e ações que tendem a impedir
nossa evolução.

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
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O USO DO FUMO E A MAGIA DO MARAFO NOS TERREIROS DE UMBANDA

A UMBANDA trabalha com os elementos e forças da natureza e os manipula,


ou seja, trabalha com magia. A magia de UMBANDA se dá através dos
elementos ar/fogo/terra/ar. Dependendo da linha, cada entidade utilizará
um tipo de "alamê".

Assim, as velas, por exemplo, são utilizadas para manipulação dos elementos
fogo/ar. As defumações de ervas são manipulações dos elementos
terra/fogo/ar etc.

De igual forma, a queima do fumo (elementos fogo/terra/ar) e as bebidas


(elemento fogo/água).

Os tipos de fumo utilizados nas sessões de UMBANDA são os fumos de rolo


(cachimbo), o charuto, o cigarro de palha. Não sei se vocês sabem, mas
não se traga nenhum deles. Todos sem exceção são utilizados para "fazer
fumaça".

São utilizados somente quando a entidade está fazendo algum trabalho,


como por exemplo, dando consulta.

Somente nas giras de EXÚ (Ki-banda), que estão mais na nossa faixa
vibratória, utilizam-se as cigarrilhas e os cigarros comuns.

As bebidas na UMBANDA são água mineral, sucos, cerveja branca, cerveja


preta, guaraná, café, chá e vinho. Essas bebidas são usadas apenas quando
a entidade está fazendo algum trabalho. Não é, como muitos pensam que
basta a entidade se manifestar e logo terá que beber algo.

Já na Kimbanda, que é elemento fogo em essência, utiliza-se a cachaça, a


sidra, o anis, o uísque e vinho quinado. São bebidas mais fortes, mais de
acordo com a faixa vibratória próxima à nossa.

Há casos, também, em que a utilização de bebida e fumo não vem por parte
da entidade e sim por falta de educação mediúnica.

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fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
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A verdadeira oferenda é uma restituição de energias, o que equilibra o
indivíduo e lhe ativa várias funções.

As oferendas não são para os Espíritos COMEREM, mas para que absorvam
teores energéticos de suas emanações.

O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada


na UMBANDA. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco
picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas,
conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e
o aroma.

Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve,


arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente,
absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol,
polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio,
luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo,
potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e
astral que, ao ser liberada pela queima, emanam energias que atuam
positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à
contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.

O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades


filiadas ao trabalho de OXALÁ são tão somente defumadores individuais.
Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, os espíritos vão
atuando em benefício daqueles que os procuram com fé.

Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados


com negócios financeiros.

Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos EXÚS,


enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por
Caboclos. Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais
usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e

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outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os
elementos com a sua própria força espiritual, transformando o tradicional
"pito" em um eficiente desagregador de energias negativas.

Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são


instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas
executados pelas entidades. A queima do tabaco funciona como um
defumador individual, próprio, dirigido ao objetivo do Guia, que não traz
nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um
meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras dos
consulentes. Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, "na fumaça está
o segredo dos trabalhos da UMBANDA".

EXÚS gostam muito de bebidas voláteis e a aguardente está entre elas ao


qual dão o nome de malafo ou marafo, além do conhaque, cerveja e outras
bebidas fortes. As POMBAS GIRAS gostam de anis e champanhe. Não há
necessidade de o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num
copo e o EXÚ ou POMBA GIRA trabalhar com a sua energia utilizando o
conteúdo astral da bebida.

A cachaça tem dupla função. Serve para amortecer o médium permitindo


ao espírito melhor domínio de seu mental, além de ser manipulado no plano
espiritual para fins que fogem completamente à nossa compreensão. Espírito
não vem no terreiro para beber. O grande EXÚ Tranca Ruas das Almas,
inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu:

- Se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem
os alcoólatras e lá arranjaria um “copo – vivo” (termo usado para aqueles
que são dominados por espíritos viciados em bebida).

Aqui vale um ensinamento: No mundo espiritual existe o principio da lei dos


semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante.

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Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito
semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a
bebida, ele aspira, para sua satisfação, o cheiro do álcool, razão pela qual o
bêbado (copo - vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte
para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o
seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber
água. As oferendas para estes EXÚS não incluem sangue ou carne, nem
nunca devem ser feitas em encruzilhadas de rua, e sim em campos, matas
ou capoeiras. Quem despacha nas encruzilhadas de rua não sabe o que
está alimentando. Quem “come” ou sente fortíssimos desejos de “alimentar-
se” com emanações do sangue, do álcool, do dendê, farofa, carne, pipoca
etc não são os EXÚS conhecidos na UMBANDA, como “batizados”, e sim os
espíritos dos agrupamentos e sub-agrupamentos que compõem as legiões,
chamados Kiumbas, e que são os marginais do astral, além de mistificam
caboclos, pretos-velhos e até os próprios EXÚS.

São espíritos viciados e não se desgrudam facilmente daqueles que


costumam “alimentá-los”. Não largam suas presas facilmente, pois não
querem perder a fonte de seus prazeres.

Quem baixa nos terreiros dando gargalhadas histéricas, fazendo contorções,


jogando o médium de joelhos, falando palavrões etc são estes Kiumbas.

Cercam centros de UMBANDA e Espíritas prontos para invadi-los à primeira


fresta que acharem na corrente ou na “segurança”. Por isso, em UMBANDA,
costuma-se designar um EXÚ (vulgarmente conhecido como EXÚ da Porteira)
para tomar conta destes Kiumbas, mantendo-os fora do ambiente de
trabalho.

EXÚS e POMBAS GIRAS prestam obediência ao Chefe da Casa.

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DEFINIÇÕES IMPORTANTES:

Defumação - Ato de purificar o ser, o objeto e o ambiente, através da


fumaça. É o ato de expulsar o negativo, através de aromas, ou seja, das
essências (ervas: alecrim, benjoim, incenso e outras), de acordo com a
necessidade da utilização.

A defumação tem sempre caráter expulsatório (exorcístico) de espíritos.

Entre todas as tribos da raça Tupi, o Tabaco é considerado como planta


sagrada. O segredo e a utilização desses elementos por parte de nossas
entidades, do uso do cachimbo, do charuto e do cigarro nos trabalhos,
defumando e não como vício.

Como soprar a fumaça, são variados, dependendo do caso em questão.


Atuação do Defumador:

- A essência do defumador, desfazendo-se no ambiente, isto é, misturando-


se com o éter atmosférico, vai ser sentido pelos espíritos;

- Seu aroma desperta alguns centros nervosos dos médiuns, fazendo esses
centros vibrarem de acordo com as irradiações fluídas da Entidade.

Fogo - Utilizado para acender defumadores, charuto, cachimbo, cigarro e


pólvora.

Associado nos ritos de magia e religião como afastador de espíritos ruins e


dos males.

O fogo da pólvora (tuia) produz o estouro e a fumaça para que expulse a


negatividade, rompendo o campo magnético.

Velas - Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.

Iluminadas, são pontos de convergência para que o umbandista fixe sua


atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou
Orixá a quem dedicou.

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Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa
forma, o corpo ao espírito.

Água - Sua utilidade é variada. Serve para os banhos de amacis, para lavar
as guias, para descarregar os maus fluídos, para o batismo. Dependendo de
sua procedência (mares, rios, chuvas, cachoeiras, lagos e poços), terá um
emprego diferente nas obrigações.

A água poderá concentrar uma vibração positiva ou negativa,


dependendo do seu emprego.

Ponto Riscado - Se não houvesse o segredo, para que então o ponto riscado
? Cada ponto, seja de Caboclo, do Preto Velho ou do Exu, tem uma
interpretação, podendo identificar aquele que o risca, podendo caracterizar
a natureza do trabalho.

Concentração - É ter a mente fixada sobre um objeto.

Meditação - É uma corrente contínua de pensamentos a respeito desses


objetos.

Bater Cabeça - O médium da Casa, em respeito às firmezas dos Orixás,


deita-se de barriga pra baixo em frente a ele (Gongá) a fim de pedir
proteção.

Gongá - Altar dos Orixás, onde ficam os símbolos, otás, imagens, etc...

Otá - Pedra ou pedaço de metal, axé do Orixá (onde se fixa a força mágica
do Orixá). O Otá tem vida; somente assim é um Otá. Sua forma,
dependendo do Orixá, poderá ser redonda, arredondada (ovalada) ou
comprida.

Preceito - Normas, proibições e recomendações relativas ao culto.

Bebidas - Na Umbanda, bebem os médiuns irmanados com seus Guias


espirituais, na certeza de que confraternizam brindando com seus coetés

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Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
(cuias), invocando os poderes do Deus Onipotente na sua Corte Celestial
com os Ministros (Orixás).

Penacho e Cocares - Os guias não precisam deles para demonstrar sua


condição de representantes do Orixá.

Charutos, Cachimbos e Cigarros - O segredo e a utilização, desses elementos


por parte de nossas entidades, o modo como a fumaça é dirigida (magia)
tem o seu eró (segredo) e não é como muitos utilizam, para alimentar a
vaidade, o vício e a ignorância.

Pemba - A força esotérica da Escrita Astral, na Umbanda é feita pela Pemba


(giz oval - forma cônica), que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de
magia, e de purificar, quando em forma de pó é lançada ao ar no ambiente
em que se utiliza.

Prece - É uma evocação por meio da qual colocamos nossos pensamentos


em relação ao ente e Entidade a que nos dirigimos. Pode ser pensada ou
mentalizada, falada ou cantada.

Obrigação - É um dever, um compromisso com as Entidades. Implica na


presença do Sacerdote, que com sua força espiritual, com o conhecimento
do ritual e do material a ser aplicado na obrigação, estabelece o elo, o
canal entre o filho e as forças espirituais.

Oferenda - É um ato livre que qualquer pessoa pode fazer, desde que tenha
conhecimento do que poderá oferecer à Entidade.

Corimbas - São cânticos invocando as Entidades, marcando o início de sua


incorporação ou desincorporação, para criar formas mágicas para
determinados trabalhos, para abrir e fechar sessões no Terreiro, parar pedir
forças espirituais, para afastar espíritos maus, para pedir maleme (perdão) e
outras diversas finalidades.

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Paó (3 palmas lentas) - Utilizado para pedir permissão para entrar, saudar e
licença.

Bater com as pontas dos dedos, no chão - Da mão esquerda: Saudando os


caminhos de Exu; da mão direita: Saudando, homenageando e pedindo
licença ao local.

Vestimenta :

- Roupa Branca: É a vestimenta para a qual devemos dispensar muito


carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias.
As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as
guias, não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas
roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha,
estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser
despachada no mar, juntamente com uma pequena imantação (oferenda)
para o Orixá ou Entidade a que pertencer. Fica claro que é obrigatório seu
despacho, pois se trata de um instrumento de trabalho do médium.

Trabalho descalço: O médium deve trabalhar descalço por uma questão de


humildade e para facilitar a incorporação, bem como para haver melhor
descarga dos fluídos nocivos, diretamente para a terra. Estando o médium
calçado, estará isolado da terra, o que dificultará a eliminação dos fluídos
nocivos (negativos).

Banhos de Descarga - São coisas sérias, requerendo atenção de quem os


toma, bem como de quem os administra. É um banho de flores, ervas ou
essências. Cada um deles traz o seu magnetismo e a pessoa vai absorvê-lo
de modo que ao tomá-lo, elimina toda a influência negativa agregada a
sua vibratória humana (corpo etéreo). As ervas, de preferência, devem ser
colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições exigidas,
entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas),
desde que quem vá usá-las, as conheça. Poderão ser também preparados

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banhos de descarga, com rosas brancas (banho neutro) e de efeito muito
positivo, podendo ser tomado por qualquer pessoa sem afetar sua faixa
vibratória. As essências também devem ser utilizadas com cuidado, pois
contêm muita vibração, somente administradas por pessoas capacitadas.

- Preparo: O melhor modo pelo qual obtemos uma maior imantação, seja ele
com flores, ervas ou essências, é através do calor, da evaporação, isto no
ritual da Umbanda. Colocamos numa panela a água e a deixamos ferver.
Quando estiver fervendo, apagamos o fogo. Então, colocamos as pétalas
das flores, ervas ou essências, abafando e deixando em infusão para o
devido cozimento por evaporação. No caso das flores e ervas, após o
cozimento, coamos o mesmo num pano branco e guardamos os resíduos
para serem despachados oportunamente.

- Uso: O chacra mediúnico (frontal) e glândula (nuca) são os dois pontos que
fecham a faixa vibratória mediúnica. Com elas, para o cérebro convergem
as vibrações captadas, sendo razão indispensável para que o banho seja
derramado sobre a cabeça, pois daí parte todo comando do corpo, o que
por outro lado acarretará prejuízo, quando mal aplicado (no caso das ervas
e essências), caso este em que o magnetismo do banho não estiver em
harmonia com a vibratória mediúnica da pessoa.

Entidades Espirituais - São espíritos de alta, média e baixa faixa vibratória, em


ascensão evolutiva, ou não, no Plano Espiritual.

Guia (Entidade) - É o espírito de luz que procura guiar os homens, afastando-


os do mau caminho, representando o Orixá de coroa de médium. Poderá ser
um Caboclo ou um Preto Velho.

Protetor (Entidade) - É um espírito que passou pela vida terrena e deseja


obter mais luz, fazendo o bem e promovendo a paz entre os homens que
vivem ainda no plano material.

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Macaia - Lugar de retiro, em plena mata, onde os médiuns vão descansar,
refazendo suas forças psíquicas, no contato direto com a natureza e local
nativo do "habitat" de Orixás.

Pontos de Segurança - São os pontos que se riscam e cantam no início da


Sessão. Têm por finalidade, como o próprio nome já diz, trazer segurança
para os trabalhos daquela Sessão. Tais pontos impedem a intromissão de
espíritos maléficos. Sem tais pontos, os trabalhos realizados naquela Sessão
ficariam nulos ou perderiam quase todo o efeito.

Sessão - Reunião dos adeptos da Umbanda para promoverem os seus


desenvolvimentos espirituais, homenagem ou procura de curas de males
materiais e espirituais.

Batismo - É realizado através da água, do fogo (vela), do sal, das ervas, da


pemba e óleos sacramentais.

Amaci - São ervas frescas maceradas na água limpa (de cachoeiras,


nascentes etc) que tem por finalidade a lavagem de cabeça em especial,
para tranqüilizar a mente e intelecto de seus adeptos.

Gira - É a cerimônia onde são invocados os espíritos.

Cambono - Tem por obrigação atender as entidades quando incorporadas


e interpretar sua fala para os consulentes. É um médium, designado para tal
função.

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Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
COMENTÁRIOS:

Sabemos que há EXÚS que trabalham nos ambientes pesados do Astral


desmanchando as porcarias que os encarnados encomendam aos seus
asseclas desencarnados que patrocinam certos processos de magia trevosa.

Eles operam em climas pesadíssimos e são craques em dissolver as energias


pesadas emanadas pelo ódio. São espíritos que não costumam aparecer
ostensivamente e não são dados a floreios espirituais. Costumam ser bem
diretos e falam na cara o que for preciso, sem qualquer dose de concessão
ao ego de quem os escuta. Dentro de sua maneira direta de agirem, eles
não suportam pessoas hipócritas e nem espiritualistas que complicam o
serviço com os seus problemas corriqueiros. Também não gostam de pessoas
que trabalham sem honra no caminho e apenas voltadas para a resolução
de suas problemáticas infantis.

Apesar de aparentarem um jeitão meio agressivo (quem os critica não


trabalha com as energias pesadas que eles têm que aturar a toda hora e
nem tem metade da raça desses amigos que operam no Umbral e que
tanto ajudam a humanidade sem receberem o mínimo reconhecimento),
respeitam muito a quem trabalha verdadeiramente voltado para a
Espiritualidade Superior.

Alguns desses grupos extrafísicos trabalham ligados a diversos mestres


espirituais que ajudam invisivelmente a humanidade. Servem nos planos
densos sob o comando secreto dos mentores que patrocinam o
esclarecimento espiritual planetário. São eles que seguram as barras pesadas
nos ambientes crosta-a-crosta e nos planos extrafísicos densos (umbralinos).
São eles os amparadores que descem as furnas malignas para enfrentar o
mal que se esconde do olhar dos homens sem fé e sem coragem.

Sim, são eles que se revestem de coragem e partem para os combates com
os agentes extrafísicos patrocinadores e exploradores das trevas humanas

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
que se escondem aos olhos dos homens, mas que são observadas por esses
EXÚS-amparadores. São eles que ajudam muito a proteção de diversos
grupos espiritualistas e nunca são reconhecidos pelos mesmos (muitos grupos
estão mais preocupados com a pureza doutrinária do que com a verdade
que se apresenta e precisa ser evidenciada de forma universalista).

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
ALGUNS TÓPICOS PARA FACILITAR:

1. "Muitas pessoas que correm para os lugares espiritualistas em busca de


ajuda não merecem ser ajudadas. Não fazem nada para melhorar, só
querem que alguém tire o peso de seus cangotes.”.

2. "O ser humano é muito falso mesmo. Vai pedir ajuda espiritual como se
fosse um perseguido e injustiçado, mas nem conta dos desejos
cruéis que carrega e que são a causa de sua desdita.”.

3. "Os obsessores são tinhosos mesmo e perturbam muito, principalmente se a


pessoa lhes dá fartura de pensamentos ruins na cachola e lhes dá a guarida
de suas energias.”.

4. "Algumas pancadas espirituais que as pessoas levam são bem merecidas.


Quem manda mexer com o que não deve? Quem enfia a mão no vespeiro
quer ser ferroado. Depois não adianta reclamar!”.

5. "As pessoas olham muito para os defeitos dos outros. Por isso não
tem tempo de enxergarem suas próprias mazelas. Mas os obsessores
adoram vê-las, ao vivo e a cores, direto dentro delas mesmas, de
preferência acoplados juntos e fazendo a festa.”.

6. "Quem trabalha direito e segue seu caminho com honra não precisa
de proteção espiritual. A luz de seus propósitos já lhe protege e inspira.
Porém, em alguma necessidade a mais, pode contar com a gente mesmo.
Nem precisa pedir. Quem é raçudo no rala-rala da vida e ainda pensa no
bem dos outros merece ser tratado com o devido respeito."

7. "Tem muita gente fazendo coisa braba para os outros. Problema delas!
Vão se ferrar, mais cedo ou mais tarde. Tudo o que elas mandarem na
intenção de alguém irá voltar para elas mesmas lá na frente.”.

8. "Quanto maior for à má intenção de alguém, maior será a chusma de


espíritos perversos agarrados em suas energias."

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
9. "Tem muita gente rezando para acabar com alguém ou para conquistar a
força o que não merece. Ah, eles vão se ferrar!”.

10. "A maioria das pessoas não tem vergonha na cara. Rezam pouco,
pensam mal dos outros, estão cheias de medo e ainda deixam à guarda
aberta por causa de seus rolos emocionais. Depois ainda ficam se
perguntando, o porquê de tantas coisas ruins estourando em suas vidas
pequenas e apagadas."

11. "A grana que o pessoal paga em algum lugar, para fazer coisa braba
para os outros poderia ser usada para ajudar os pobres. Quem faz isso
merece as porradas espirituais que leva e os obsessores que arrasta em sua
companhia."

12. "O dinheiro não é capaz de comprar uma noite de sono com a
consciência tranqüila. E é durante o sono que muita gente se ferra
no Astral. Tem espírito brabo doido para fungar em seus cangotes e
sugar suas energias. E tem gente que ainda acha que é pesadelo."

13. "Quem é justo tem a proteção que merece. Pode sair do corpo sem
susto. Está em casa e não tem o que temer. Pode voar por aí e
aproveitar as horas de recreio espiritual. Os guias espirituais os orientarão e os
protegerão de qualquer coisa, desde que sejam justos."

14. "Muitos já nos chamaram de polícia do baixo astral ou de


lixeiros do Astral inferior. Pela parte que nos toca, muito obrigado. Mas nós
somos mesmo é ajudante de serviços gerais no Astral. Fazemos o que é
preciso e justo, sem passar dos limites que os Maiorais da Espiritualidade nos
determinaram. Nenhum de nós é traíra! Somos o que somos. Somos honrados
e ninguém nos compra. E ai de quem tentar nos enrolar com promessas
falsas ou intenções ruins."

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Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
CONSELHOS DE UM EXÚ - AMIGO

Enquanto as Trevas em meu coração não fizerem morada, pelo meu


Criador, Nelas eu trabalharei.

Humanidade sofrida, que se arrasta em seu próprio lixo, não percebe que
vós sois os culpados por toda a maldade e tristeza do mundo? Por que
culpam os demônios, se em vós eles se encontram?

Por que escondem - se de si mesmos e não enfrentam esse "lobo", que vive
travestido com o hábito sagrado?

Dizem que EXÚ é uma entidade perversa, uma entidade que deve ser
temida. Ora, eu já assumi o meu "lobo" há muito tempo, se não sou santo,
também não sou mais um hipócrita que se auto - engana, fechando os
próprios olhos e virando as costas para as Trevas, que também fazem parte
de mim.

Deus é o TODO e em TUDO está.

Abram os olhos e enfrentem hoje as Trevas que vivem em vós, para amanhã
não perderem - se nelas.

Um verdadeiro guerreiro da luz e amor do Criador pode "entrar e sair" do


mais profundo inferno, pois nele, as trevas já foram combatidas e vencidas.

Honra e caráter todos nós, EXÚS trazemos, pois um dia já enfrentamos as


nossas “trevas pessoais”, cara a cara. E vós, até quando serão falsos
cordeiros mansos e serenos?

A oportunidade da encarnação lhes foi dada. Aproveitem. Nunca houve


tanta abertura de conhecimento, dessa vez não tem como errar. Tudo que
fizerem será pouco pelo o que o Criador está lhes dando. Tudo que errarem,
será muito...

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
Aqueles que ouvirem o chamado da evolução, em nós terão aliados.
Enquanto aqueles que preferem negar e esconder as Trevas em si, nada
faremos afinal um dia ela há de possuí-los.

Levanta - te e enfrenta a si mesmo!

Um EXÚ, por honra e amor ao Criador!

(esse texto é a descrição das palavras de um EXÚ Amigo e trazem


informações importantes e complementares a respeito de luz e trevas)

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quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
A KIUMBANDA, NA VISÃO DE ANDRÉ LUIZ (LIVRO: LIBERTAÇÃO):

1) A rigor, portanto, não temos círculos infernais, de acordo com os figurinos


da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos de
todas as épocas e, sim, esferas obscuras em que se agregam consciências
embotadas na ignorância, cristalizadas no ócio reprovável ou confundidas
no eclipse temporário da razão. Desesperadas e insubmissas criam zonas de
tormentos reparadores. Semelhantes criaturas, no entanto, não se
regeneram a força de palavras. Necessitam de amparo eficiente que lhes
modifique o tom vibratório, e os elevando no modo de sentir e pensar.

2) Incapacitados de prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não


souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias
de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra.
Conservam, igualmente, quanto ocorre a nós mesmos, vastos e valiosos
patrimônios intelectuais e, anjos decaídos da Ciência, buscam acima de
tudo, a perversão dos processos divinos que orientam a evolução planetária.

3) São conservados e respeitados na obra evolutiva do mundo, pelas


qualidades apreciáveis e dignas que já conquistaram, embora as paixões
violentas que lhes assinalam a vida íntima, e são utilizados então por gênios
superiores, no serviço do aprimoramento planetário, em que vigiam e
reajustam os mais fracos, sendo vigiados e reajustados pelos mais fortes... Em
tal posição, auxiliam e são auxiliados, dão e recebem, impulsionam o
progresso e progridem a seu turno.

Obs.: Tais gênios superiores seriam os Guardiões Planetários, sob comando


das falanges superiores.

4) E estejamos convencidos de que se o diamante é lapidado pelo


diamante, o mal só pode ser corrigido pelo mal. Funciona a Justiça, através
da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que condenaram
as longas e dolorosas sentenças diante da Boa Lei.

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fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
5) Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e
aniquilar.

6) Pelo endurecimento do coração, conquistou a confiança de gênios


cruéis, desempenhando a detestável função de grande sacerdote em
mistérios escuros. Chefia condenável falange de centenas de outros espíritos
desditosos, cristalizados no mal, e que lhe obedecem com deplorável
cegueira e quase absoluta fidelidade.

Obs.: O que vulgarmente se chama de magia negra.

Apostila desenvolvida para desenvolvimento de palestras acerca dos Exús. Os dados aqui relatados
fazem parte de uma pesquisa de instruções de vários autores e são relatadas conforme a visão de
quem a desenvolveu. Assim fica claro que todo estudo obedece ao ponto de vista de quem o fez.
Claudio Max Amorim Moreira – Sarasha Caevama.
BIBLIOGRAFIA:

- UMBANDA: Mitos e Realidade (Prelo) – Mãe Iassan Ayporê Pery;

- Lições de UMBANDA e QUIMBANDA na palavra de um Preto-Velho – W. W.


da Matta e Silva;

- Lições Básicas de UMBANDA - F. Rivas Neto;

- A voz do silêncio Por Vovó Benta - Leni W. Saviscki;

- WAGNER BORGES - São Paulo, 16 de julho de 2002, às 18h.

- IFÁ – O ORIXÁ DO DESTINO - Mestre Itaoman

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