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NOVENA DA IMACULADA. 30 DE NOVEMBRO.

PRIMEIRO DIA DA NOVENA

44. ESTRELA DA MANHÃ


– Maria, prefigurada e anunciada no Antigo Testamento.

– Nossa Senhora, luz que ilumina e orienta.

– “Estrela do mar”.

O povo cristão, por inspiração do Espírito Santo, sempre soube aproximar-se de Deus
através da sua Mãe. Pelas provas constantes das suas graças e favores, chamou-a
Omnipotência suplicante, e soube encontrar n’Ela o atalho que abrevia o caminho para Deus.
O amor “inventou” numerosas formas de tratá-la e honrá-la. Hoje começamos esta Novena, em
que procuraremos oferecer todos os dias algo de especial a Nossa Senhora, para preparar a
Solenidade da sua Imaculada Conceição.

I. APARECEU UMA ESTRELA no meio da escuridão e anunciou ao mundo


em trevas que a Luz estava para chegar. O nascimento da Virgem foi o
primeiro sinal de que a Redenção estava próxima. “A aparição de Nossa
Senhora no mundo é como a chegada da aurora que precede a luz da
salvação, Cristo Jesus; é como o desabrochar sobre a terra da mais bela flor
que alguma vez brotou no jardim da humanidade: o nascimento da criatura
mais pura, mais inocente, mais perfeita, mais digna da definição que o próprio
Deus deu do homem, ao criá-lo: imagem de Deus, semelhança de Deus. Maria
restitui-nos a figura da humanidade perfeita”1. Nunca os anjos tinham
contemplado uma criatura tão bela, nunca a humanidade terá nada de
parecido.

A Virgem Santa Maria tinha sido anunciada ao longo do Antigo Testamento.


Já nos começos da Revelação se fala d’Ela. No anúncio da Redenção, depois
da queda dos nossos primeiros pais2, Deus dirige-se à serpente e diz-lhe:
Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a dela. Ela te
pisará a cabeça, e tu armarás ciladas ao seu calcanhar. A mulher é em
primeiro lugar Eva, que foi tentada e sucumbiu; e, num nível mais profundo, a
mulher é Maria, a nova Eva, de quem nascerá Cristo, absoluto vencedor do
demónio simbolizado na serpente. Perante o seu poder, o demónio não poderá
fazer nada de eficaz. N’Ela se dará a maior inimizade que se pode conceber na
terra entre a graça e o pecado. O profeta Isaías anuncia Maria como a Mãe
virginal do Messias3. São Mateus assinala expressamente o cumprimento
desta profecia4.

A Igreja também aplica a Maria o elogio que o povo de Israel dirigiu a Judite,
sua salvadora: Tu és a glória de Jerusalém, tu a alegria de Israel, tu a honra do
nosso povo; porque procedeste varonilmente e o teu coração esteve cheio de
coragem5. Palavras que se cumprem em Maria de modo perfeito. Porventura
não colaborou Maria para nos livrar de um inimigo maior que Holofernes, a
quem Judite cortou a cabeça? Não cooperou para nos livrar do cativeiro
definitivo?6

A Igreja aplica ainda a Maria outros textos que, embora se refiram em


primeiro lugar à Sabedoria de Deus, sugerem, no entanto, que, no plano divino
da salvação, estabelecido desde a eternidade, está contida a imagem de
Nossa Senhora. Ainda não havia os abismos, e eu já estava concebida; ainda
as fontes das águas não tinham brotado7. E como se a Escritura se
antecipasse, evocando o amor puríssimo que reinaria no seu Coração
dulcíssimo, lemos: Eu sou a mãe do amor formoso, do temor, da ciência e da
santa esperança. Vinde a mim, todos os que me desejais, e enchei-vos dos
meus frutos; porque o meu espírito é mais doce que o mel [...]. Aquele que me
ouve não será confundido; e os que se guiam por mim não pecarão8. E,
vislumbrando a sua Conceição Imaculada, o Cântico dos cânticos anuncia: És
toda formosa, amiga minha, e não há mancha em ti9. E o Eclesiástico anuncia
de uma maneira profética: Em mim se encontra toda a graça de doutrina e de
verdade, toda a esperança de vida e de virtude 10. “Com quanta sabedoria a
Igreja colocou essas palavras na boca da nossa Mãe, para que nós, os
cristãos, não as esqueçamos! Ela é a segurança, o Amor que nunca abandona,
o refúgio constantemente aberto, a mão que acaricia e consola sempre”11.
Procuremos a sua ajuda e consolo nestes dias, enquanto nos preparamos para
celebrar a grande solenidade da sua Imaculada Conceição.

II. DO MESMO MODO que Maria se encontra no alvorecer da Redenção,


nos próprios começos da revelação, encontra-se também na origem da nossa
conversão a Cristo, na nossa santidade e na nossa salvação. Por Ela chegou-
nos Cristo, e por Ela chegaram-nos e continuarão a chegar-nos todas as
graças que nos sejam necessárias.

A Santíssima Virgem facilitou-nos o caminho para recomeçarmos tantas


vezes e livrou-nos de inumeráveis perigos, que por nós mesmos não teríamos
podido vencer. Ela oferece-nos todas as coisas que conservava no seu
coração12 e que dizem respeito directamente a Jesus: “leva-nos pela mão ao
encontro do Senhor”13. A humanidade encontrou em Maria o primeiro sinal de
esperança, e todos os homens e mulheres encontram n’Ela a luz que ilumina e
orienta. “Ela não tem brilho próprio, brilho que brote d’Ela mesma, mas reflecte
o seu e nosso Redentor, e dá-lhe glória constantemente. Quando surge no
meio das trevas, sabemos que Ele está perto, ao alcance da nossa mão”14.

Diz-se que os navegantes recorriam à estrela mais brilhante do firmamento


quando se sentiam desorientados no meio do oceano ou quando desejavam
verificar ou rectificar o rumo. Nós recorremos a Maria quando nos sentimos
perdidos, quando queremos rectificar a direcção da nossa vida e orientá-la em
linha recta para Deus: Ela é “a estrela do mar da nossa vida” 15. A Liturgia
chama-a “esperança segura de salvação”, que brilha “no meio das dificuldades
da vida”16, dessas tempestades que aparecem sem sabermos como, ou em
que nos metemos por não estarmos perto de Deus. E é São Bernardo que nos
aconselha: “Não afastes os olhos do resplendor dessa Estrela, se não queres
ser destruído pelas borrascas”17.

De Maria dimana uma luz especial que ilumina o caminho que devemos
seguir nas diferentes tarefas e assuntos da nossa vida. De modo especial,
Maria ilumina o esplêndido caminho da vocação a que cada um foi chamado.
Quando recorremos a Ela com pureza de intenção, sempre acertamos no
cumprimento da vontade de Deus.

A claridade especial que encontramos em Maria provém da plenitude de


graça que cumulou a sua alma desde o primeiro instante em que foi concebida,
bem como da sua missão corredentora. São Tomás assinala que essa graça se
derrama sobre todos os homens. “Já é grande para um santo – afirma – ter
tanta graça que seja suficiente para a salvação de muitos, e o máximo seria tê-
la em medida suficiente para salvar todos os homens do mundo; isto verifica-se
em Cristo, bem como na Santíssima Virgem”18, pela sua íntima união
corredentora com o seu Filho.

Os teólogos distinguem a plenitude absoluta de graça, que é própria de


Cristo; a plenitude de suficiência, comum a todos os anjos; e a plenitude de
sobreabundância, que é privilégio de Maria, e que se derrama a mãos cheias
sobre os seus filhos. A Virgem “é de tal maneira cheia de graça que ultrapassa
na sua plenitude os anjos; por isso, com razão, é chamada Maria, que quer
dizer iluminada [...], e significa, além disso, iluminadora de outros, por
referência ao mundo inteiro”19, diz São Tomás de Aquino.

Hoje, neste primeiro dia da Novena da Imaculada, fazemos o propósito de


pedir-lhe ajuda sempre que nos encontremos às escuras, sempre que
tenhamos de rectificar o rumo da nossa vida ou tomar uma decisão importante.
E, como sempre estamos recomeçando, recorreremos a Ela para que nos
mostre o caminho que devemos seguir, aquele que nos confirma na nossa
vocação, e pedir-lhe ajuda para que possamos percorrê-lo com garbo humano
e sentido sobrenatural.

III. A VIRGEM é bendita entre as mulheres porque esteve isenta do pecado


e das marcas que o mal deixa na alma: “Apenas Ela conjurou a maldição,
trouxe a bênção e abriu a porta do Paraíso. É por isso que lhe convém o nome
de Maria, que significa Estrela do mar; assim como a estrela do mar orienta os
navegantes até o porto, Maria dirige os cristãos para a glória” 20. A Liturgia da
Igreja honra-a assim: Ave, maris stella!... Salve, estrela do mar!, Mãe excelsa
de Deus...21

Neste primeiro dia da Novena, fazemos o firme propósito – tão grato à


Virgem! – de recorrer à sua intercessão em qualquer necessidade em que nos
encontremos, seguindo o conselho de um Padre da Igreja: “Se se levantarem
os ventos das tentações, se tropeçares com os escolhos da tentação, olha para
a Estrela, chama por Maria. Se te agitarem as ondas da soberba, da ambição
ou da inveja, olha para a estrela, chama por Maria. Se a ira, a avareza ou a
impureza impelirem violentamente a nave da tua alma, olha para Maria. Se,
perturbado com a lembrança dos teus pecados, confuso ante a fealdade da tua
consciência, temeroso ante a ideia do juízo, começares a afundar-te no poço
sem fundo da tristeza ou no abismo do desespero, pensa em Maria. Nos
perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Não se
afaste Maria dos teus lábios, não se afaste do teu coração; e, para conseguires
a sua ajuda intercessora, não te afastes tu dos exemplos da sua virtude. Não te
extraviarás se a segues, não desesperarás se a chamas, não te perderás se
n’Ela pensas. Se Ela segurar as tuas mãos, não cairás; se te proteger, não
terás nada que temer; não te cansarás, se Ela for o teu guia; chegarás
felizmente ao porto, se Ela te amparar”22. Pomos todos os dias da nossa vida
sob o seu amparo. Ela nos levará por um caminho seguro. Cor Mariae
dulcissimum iter para tutum, Coração dulcíssimo de Maria, preparai-nos um
caminho seguro.

(1) Paulo VI, Homilia, 8-IX-1964; (2) Gen 3, 15; (3) Is 7, 14; (4) Mt 1, 22-23; (5) Jud 15, 9-10; (6)
cfr. C. Pozo, María en la Escritura y en la fe de la Iglesia, págs. 32 e segs.; (7) Prov 8, 24; (8)
Eclo 24, 24-30; (9) Cânt 4, 7; (10) Eclo 24, 25; (11) S. Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n.
279; (12) Lc 2, 51; (13) cfr. João Paulo II, Homilia, 20-X-1979; (14) Card. J. H. Newman, Rosa
mística, Palabra, Madrid, 1982, pág. 137; (15) João Paulo II, Homilia, 4-VI-1979; (16) cfr.
Liturgia das Horas, Hino de laudes no dia 15 de agosto; (17) São Bernardo, Homilias sobre a
Virgem Mãe, 2; (18) São Tomás, Sobre a Ave-Maria; (19) ib.; (20) ib.; (21) Hino Ave, maris
stella; (22) São Bernardo, op. cit.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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