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Há 300 anos, a humanidade não usava aditivos doces em sua dieta. Foi somente nos últimos dois séculos que o
açúcar começou a ser produzido e consumido de forma cada vez mais intensa. Hoje é muito difícil resistir a ele,
mas além de ser um fantasma para a boa forma, o açúcar é um vilão para quem deseja ter uma boa saúde
Segundo a nutricionista Dra. Denise Madi Carreiro, “o açúcar é um produto refinado químico, por isso não podemos
dizer que é um alimento natural”.
Na verdade, o açúcar é apenas um alimento calórico, de baixa qualidade nutricional, que não oferece benefícios
para o organismo. “Ele rouba nutrientes, podendo alterar o meio digestivo no estômago, prejudicar a absorção de
vitaminas e minerais, interferir na digestão e na absorção intestinal, além de facilitar o aumento da excreção de
alguns nutrientes dentro do organismo. Além disso, o açúcar é alimento de cândidas, fungos e más bactérias.
Quando há um aumento desses elementos, você acaba mantendo um pH ácido no intestino, o que prejudica a
absorção de nutrientes essenciais para o bom funcionamento orgânico”, frisa a nutricionista.
A Dra. Carreiro afirma que o excesso de consumo do açúcar não é o causador da obesidade, mas pode facilitar o
aumento da gordura abdominal. “Quando você come o açúcar, ele já está pronto para ser absorvido, não
necessitando de um processo de digestão. Ao comer algo com açúcar, ocorre rapidamente um pico de glicose no
sangue. O pico de glicose, acompanhado pelo pico de insulina e, muitas vezes, por alguns processos inflamatórios
que podem acontecer no organismo por má alimentação, pode provocar um aumento da resistência à insulina,
gerando assim a síndrome metabólica”. E essa montanha-russa não faz nada bem ao organismo.
Além disso, o açúcar rouba energia do cérebro, facilita a síndrome metabólica que é geradora de problemas
cardiovasculares e da gordura abdominal, hipoglicemia reativa - que pode causar enxaqueca - distúrbios de
concentração, fadiga crônica, e ainda destrói alguns nutrientes essenciais para o seu próprio metabolismo, como,
por exemplo, o cromo.
Além disso, o açúcar aumenta a excreção de determinados nutrientes pelo organismo, entre eles os responsáveis
pela ação da modulação do sistema imunológico. Ou seja, o açúcar prejudica as defesas do organismo, fazendo
com que as pessoas fiquem mais propensas a gripes, candidíases, herpes, amigdalites, entre outras doenças.
Uma alternativa pode ser o revezamento do consumo de alimentos doces. O açúcar mascavo tem mais nutrientes
que o açúcar branco, mas não deixa de ser sacarose e também deve ser consumido com moderação. Em alguns
casos, o uso de adoçantes, da frutose e do mel também são uma boa opção. No caso do mel, é importante
considerar as inúmeras vitaminas e minerais que ele possui, o que o torna um alimento mais saudável.
Dicas importantes:
Como o açúcar é agressor da parede gastrintestinal, as pessoas têm que ter o cuidado de:
• Não consumir o açúcar com o estômago vazio.
• Não consumir o açúcar em excesso.
• Evitar o consumo do açúcar à noite, pois ele pode ajudar na diminuição da liberação do hormônio do crescimento
(GH). Esse hormônio é importante porque atua no crescimento, para quem está crescendo, e na renovação celular,
para quem já passou dessa fase.
Açúcar envelhece
Nosso organismo é composto por, no mínimo, 100 trilhões de células. Diariamente, renovamos cerca de 50 milhões
de células. Para realizar essa renovação celular utilizamos uma série de nutrientes.
Como a ingestão de excesso de açúcar impede a absorção de nutrientes e ajuda na excreção dos já presentes no
organismo, não há energia e matéria-prima suficientes para que as células se renovem.
Além disso, o alto consumo de açúcar aumenta a formação de radicais livres, que, em excesso, podem causar
efeitos deletérios no organismo, gerando o estresse oxidativo, ou seja, os radicais livres alteram o funcionamento
das nossas células favorecendo o envelhecimento celular.
Dra. Denis Madi Carreiro é nutricionista clínica funcional formada pela Universidade de São Paulo. É autora do CD
Multimídia “Entendendo a importância do processo alimentar” e coautora do livro “Mitos e realidades sobre a
obesidade e cirurgia bariátrica”.
Fonte: transcrito da revista Viver Nutrilite (Ano 2, Número 8, Junho de 2006, páginas 10 e 11).