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O documento discute a pedofilia, crimes virtuais relacionados e a proteção legal de crianças. A pedofilia é classificada como um transtorno mental e também é praticada em redes criminosas na internet que lucram com pornografia infantil. A legislação brasileira protege crianças através do Estatuto da Criança e do Adolescente e pune crimes como exploração e abuso sexual de crianças.
O documento discute a pedofilia, crimes virtuais relacionados e a proteção legal de crianças. A pedofilia é classificada como um transtorno mental e também é praticada em redes criminosas na internet que lucram com pornografia infantil. A legislação brasileira protege crianças através do Estatuto da Criança e do Adolescente e pune crimes como exploração e abuso sexual de crianças.
O documento discute a pedofilia, crimes virtuais relacionados e a proteção legal de crianças. A pedofilia é classificada como um transtorno mental e também é praticada em redes criminosas na internet que lucram com pornografia infantil. A legislação brasileira protege crianças através do Estatuto da Criança e do Adolescente e pune crimes como exploração e abuso sexual de crianças.
A pedofilia classificada no Manual de Diagnstico dos Transtornos Mentais
DSM IV (1995). Dentro dos transtornos sexuais como parafilia. De acordo com os critrios diagnsticos, para podermos dizer que um indivduo pedfilo, o mesmo precisa se envolver em atividade sexual com uma criana pr-pbere, geralmente com treze anos ou menos podendo ter carter homossexual ou heterossexual. Para a Organizao Mundial de Sade a pedofilia classificada como transtorno de preferncia sexual (CID 10, 1993). O pedfilo deve ter dezesseis anos ou mais e deve ser cinco anos mais velho que a criana ou o pr-adolescente. A pedofilia no se restringe a um ato individual, ela tambm praticada por diversas redes pedfilas organizadas que fazem dela um comrcio na internet. Essas organizaes criminosas alm de serem constitudas por pedfilos objetivam em sua essncia, lucros econmicos atravs da produo do material pornogrfico envolvendo crianas em cenas de abuso sexual. O crime ciberntico praticado atravs de mensageiros instantneos, chats, e-mails, redes de relacionamento e sites dedicados pornografia infantil. Atravs de e-mails, os pedfilos enviam e recebem fotos e vdeos contendo pornografia infantil e cenas de abuso sexual contra crianas. Embora no sendo a pedofilia tipificada como crime, aqueles diagnosticados pedfilos, que praticam determinadas condutas para satisfazer seus desejos sexuais, cometem crimes previstos no Cdigo Penal (CP) e no Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). No h na legislao brasileira tipo especfico que utilize o termo pedofilia, sendo que o contato sexual entre adultos e crianas, pr-pberes ou no, encaixa-se juridicamente em tipos penais como o estupro de vulnervel e outros tipos descritos no ECA, de contedos variados (BRUTTI, 2008). A Constituio da Repblica Brasileira j traz em seu escopo, especificamente em seu art. 227[1], a preocupao com a proteo vida da criana e do adolescente e o dever do Estado e da famlia de assegurar que estaro a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. Em complemento ao texto constitucional, o CP e o ECA consagram normas de preveno e de represso s prticas de abusos contra crianas e adolescentes. 2- Crimes virtuais O Direito se modifica conforme progride a sociedade a qual est ligado. A sociedade atual evolui com rapidez espantosa devido crescente onda de descobertas nos diversos ramos da cincia, podendo-se colocar a informtica no centro dos novos avanos. , pois, inegvel que a internet trouxe muitos benefcios para o mundo, mas juntamente com essa revoluo informacional vieram os chamados crimes virtuais. Aqui, entende-se por crimes virtuais tanto aqueles delitos j existentes e potencializados pelo uso da Internet como aqueles prprios da Internet, isto , cometidos nica e exclusivamente por intermdio dela. 3- Pedofilia na internet No que se refere aos crimes relacionados pedofilia, a internet, e seu uso como mdia de massa, transformou o mercado da pornografia infantil, aumentando seu pblico e, consequentemente, transformando tambm o seu significado. (LANDINI, 2007, p. 171-172). Os mecanismos gerados pela informtica so amplamente utilizados para difundir registros que contenham cenas de sexo explcito ou pornogrficas envolvendo crianas e adolescentes, favorecendo a prtica de crimes dessa natureza. O Estatuto da Criana e do Adolescente, em redaes anteriores, j dispunha sobre os delitos relacionados explorao sexual de crianas e adolescentes por diversos meios. Entretanto, inmeras lacunas eram apontadas, sendo alvo de crticas. O surgimento das mdias digitais e a popularizao da Internet forou a adequao dos dispositivos legais contidos no ECA. Em 2008, a Lei n 11.829 alterou a redao dada a alguns dispositivos do ECA, incluindo novos tipos penais e ampliando a abrangncia do Estatuto, com o objetivo principal de acompanhar o desenvolvimento da modernidade e da tecnologia. oportuno destacar a ementa da referida Lei, visto que apresenta de forma concisa seu objeto. 4- Mecanismos de represso e obstculos probatrios Conforme exposto, a Internet envolve inmeros recursos que propiciam a divulgao de imagens e vdeo contendo cenas de sexo explcito e pornografia infantil. Existem inmeros programas de compartilhamento de arquivos em rede mundial gratuitos, alm dos chamados sites de relacionamento e salas de bate-papo. A dificuldade consiste especialmente na agilidade de se divulgar e compartilhar arquivos entre computadores, bastando estar conectado Internet. Os chamados estratagemas so uns dos grandes responsveis pela problemtica. Independente de sua vontade possvel que uma pessoa que esteja navegando pela Internet seja direcionada a um site de pornografia infantil, isto , as pessoas podem capturar fotos e vdeos acidentalmente (LANDINI, 2007), que jamais desejariam encontrar. Dessa forma, o receptor inocente acreditar estar baixando para seu computador um vdeo lcito, mas, na verdade, tratar-se- de uma filmagem doentia envolvendo o estupro ou o atentado violento de uma criana de tenra idade. (BRUTTI, 2008, p. 24). Essa estratgia de utilizar arquivos e sites com nomenclatura simulada complica demasiadamente a responsabilizao criminal. 5- PROTEO LEGAL No Brasil os crimes de violncia sexual contra crianas e adolescente est amparado no Estatuto da Criana e do Adolescente e pela Constituio Federal de 1988 A Constituio Federal de 1988 em seu artigo 227 determina que assegurar criana e ao adolescente, com prioridade absoluta, direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, diginidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de resguard-lo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso dever da famlia, da sociedade e do Estado. O artigo 5 do ECA repete a segunda parte do artigo 227 da CF/88 e prev ainda que ser punido na forma da lei qualquer atentado por ao ou omisso aos direitos fundamentais. A artigo 18 tambm do ECA dispe que dever de todos velar pela dignidade e pr a salvo crianas e adolescentes de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatrio ou constrangedor. Na mesma lei no artigo 82 h a preocupao de que criana ou adolescente se hospede em hotel, motel, penso ou estabelecimento congnere desacompanhados dos pais ou responsvel, sendo permitido sua estadia somente se autorizado ou acompanhado pelos pais. O artigo 250 prev multa de dez a cinquenta salrios de referncia para quem desrespeitar o artigo 82 e em caso de reincidncia a autoridade judiciria poder determinar o fechamento do estabelecimento por at quinze dias. O artigo 240 do ECA prev recluso de dois seis anos e multa quem produz ou dirige qualquer tipo de representao (teatral, cinematogrfica), atividade fotogrfica ou outro meio visual utilizando-se de criana e adolescente em cena pornogrfica, de sexo explcito ou vexatria. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar por qualquer meio de comunicao, inclusive pela internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explcito envolvendo criana ou adolescente incorre em recluso de dois seis anos e multa. A mesma pena vlida para quem agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedeia a participao de criana ou adolescente em produo dessa natureza; queles que armazenam ou asseguram os meios desse armazenamento de fotografias, cenas ou imagens, e ainda aos que asseguram por qualquer meio o acesso na rede mundial de computadores esse tipo de material. 6- CONCLUSAO Na sociedade moderna muito difcil impedir a propagao dos crimes sexuais contra a criana, principalmente quando esses crimes so cometidos na rede mundial de computadores e por terem um carter eminentemente econmico. Entretanto, constata- se atravs desse estudo que h uma busca contnua em prevenir a incidncia do crime de pedofilia na internet, sendo evidente a necessidade de se criar uma maneira mais acessvel de rastrear os criminosos. No se trata propriamente de uma ruptura da liberdade de expresso ou do direito de privacidade na internet, mas de uma busca em assegurar a melhor proteo da criana e do adolescente.
7- Referencias LANDINI, Tatiana Savoia. A pornografia infantil na internet: uma perspectiva sociolgica. In: LIBRIO, Renata Maria Coimbra; SOUSA, Snia M. Gomes de (Org.). A explorao sexual de crianas e adolescentes no Brasil: reflexes tericas, relatos de pesquisas e intervenes psicossociais. 2. ed. So Paulo: Caso do Psiclogo Livraria e Editora Ltda., 2007, Parte. I, p. 165-182. Disponvel em: http://books.google.com.br/books?id=gye8NrnqwewC&pg=PA166&dq=o+que+%C3% A9+pedofilia&hl=ptBR&ei=TY6GTcXQLseJ0QHg0ozhCA&sa=X&oi=book_result&c t=result&resnum=3&ved=0CDwQ6AEwAg#v=onepage&q=o%20que%20%C3%A9% 20pedofilia&f=false>. BRUTTI, Roger Spode. Tpicos Cruciais sobre Pedofilia. Revista IOB de Direito Penal e Processo Penal, Porto Alegre, v. 8, n. 47, p. 18-25, dez/jan. 2008.