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Actualidade

500 técnicos trabalham no governo


e ganham por Instituições Solidárias
o executivo açoriano tem ao seu serviço 500 técnicos, 300 dos quais em São Miguel,
contratados por Instituições Particulares de Solidariedade Social a trabalhar em pro-
gramas governamentais ao lado de técnicos superiores com estatuto de funcionário
público que, nos primeiros três anos, ganham mais 300 euros por mês do que eles e,
ao fim de 20 anos, estarão a.ganhar mais mil euros. São "mão-de-obra barata" que não
conta para as estatísticas do funcionalismo público no arquipélago.

João Paz
cretária da Habitação, Trabalho e Solida-
riedade Social, está sensível a esla "injusti-
o Governo dos Açores contratou cerca ça" e irá empenhar-se junto do governo na
de 500 funcionários através das Instituições sua regularização.
Particulares de Solidariedade Social para
trabalharem no Instituto de Acção Social, "Prioridade absoluta"
predominantemente no acompanhamento
da aplicação do Rendimento de inserção O Sindicato dos Trabalhadores da Fun-
Social (antigo Rendimento Mínimo Ga- ção Pública pretende também que o go-
rantido) criando-se uma injustiça salarial verno açoriano dé "prioridade absoluta"
denunciada pelo SINTAP - Sindicato dos à transferência das verbas para as Institui-
Trabalhadores da Administração Pública. ções Particulares de Solidariedade Social
Na realidade, grande parte dos técnicos destinadas a assegurar o pagamento de
superiores das !PSS assina contratos de tra- promoções e diutumidades em atraso.
balho na instituição e acabam por não tra- Orlando Esteves explica que o Institu-
balhar lá, "mas sim no Instituto de Acção to de Acção Social deixou de actualizar.
Social, acompanhando o Subsídio Social há quase dois anos, os protocolos que tem
de Reinserção", explica Orlando Esteves, com as Instituições Particulares de Solida-
dirigente do SINTAP. riedade Social em situações que decorrem
Explica que esta "foi uma forma que o da lei como as promoções e diutumidades.
governo encontrou de arranjar mão-de-obra São promoções e diuturnidades au-
mais barata. Admitem os trabalhadores nas i.•••.~ tomáticas. De cinco em cinco anos ven-
!PSS que, depois, vão trabalhar no edifi- SINT AP (Esteves à direita) empenhado em repor a justiça nas IPSS ce uma diuturnidade. E uma promoção é
cio do Instituto de Acção Social e nas suas também automática ao fim de três ou cinco
delegações em cada uma das ilhas. Muitos de preconizar uma solução igual á que foi anos. O Instituto de Acção Social rectifica-
adoptada para os educadores de infância
"São colocados, de ime-
deles nem sequer passam pela instituição va os acordos que tinha com as instituições
onde são contratados". especificou. das Instituições Particulares de' Solidarie- diato, ao serviço do Ins- para abranger estas situaçào E, deixou de
O Sindicato dos Trabalhadores da Ad- dade Social. fazé-Io de um momento para o outro sem
tituto de Acção Social.
ministração Pública levou esta situação a "Estamos cientes de que a equiparação qualquer explicação, refere Orlando Este-
uma reunião recente com a secretária re- salarial não se pode fazer de um momento Cumprem o horário e ves.
gional da Habitação, Trabalho e Solida- para o outro. Tal como aconteceu com os recebem ordens da es- O que sucede é que as Instituições
riedade Social, Ana Paula Marques, que educadores de infância, ela pode-se fazer Particulares de Solidariedade Social que
em dois a trés anos", afirmou.
trutura do Instituto. que tém fundo de maneio podem adiantar e
- segundo a estrutura sindical - mostrou
abertura para analisar, discutir e "procurar A situação tal como está "é que não se rege pelo contracto de pagar as promoções e diuturnidades do
uma solução". pode continuar e fomos manifestar o nosso trabalho da administração trabalhador. Já as outras IPSS que não têm
desagrado ã senhora secretária por esta ir- outra fonte de rendimento, que não seja o
"Repor a justiça" regularidade. Uma instituição privada con- pública e são das IPSS" duodécimo mensal do Instituto de Acção
·trata um trabalhador que nem sequer está Social, não têm dinheiro para pagar a nova
Orlando Esteves não tem dúvidas de lá, vai é para um trabalho na administração contrato com a IPSS. diuturnidade e promoção ao trabalhador.
que o governo açoriano tem de, rapida- pública. Isto é ilegal", disse. Nestes termos, além de o governo aço- "E ai entrámos numa bola de neve. Não·
mente, "repor a justiça" nas IPSS. Como O que acontece é que. assinando o riano ter· ao seu serviço funcionários que paga num mês, não paga em dois e isso
adianta, a estrutura sindical "não abdica, contracto com a IPSS, o técnico superior não estão contabilizados como efectivos está a tomar-se gigantesco a nivel Açores",
não abre mão" da luta pela equiparação sa- fica sujeito á tabela salarial da instituição da administração pública, consegue mão- sublinha Esteves.
larial dos cerca de 500 técnicos superiores . que, nos primeiros três anos, é 300 euros de-obra mais barata através dos contratos Além disso, O sindicalista mostrou-se
(cerca de 300 em São Miguel) até porque inferior à da administração pública. Contu- destes trabalhadores pelas IPSS. Funcio- convencido de que, "num espírito aberto
"há uma injustiça muito grande para com do, são colocados, "de imediato, ao serviço nários que vão trabalhar em programas e de diálogo" com o governo açoriano, o
esta classe". do Instituto de Acção Social. Cumprem o governamentais e estão no terreno ao lado SINTAP "vai tentar melhorar o contracto
Nas palavras do dirigente sindical, o horário e recebem ordens da estrutura do de técnicos superiores como eles que se colectivo de trabalho das IPSS".
meio milhar de técnicos Hsente~se engana- Instituto que se rege pelo contracto de tra- regem pela legislação da função pública, Refere, a propósito, que há matérias
do. Todos eles estão desmotivados porque balho da administração pública. com regalias e salários muito superiores. que "estão um pouco desactualizadas e o
trabalham, diariamente, com O colega da Ao quarto ano a diferença salarial sobe Orlando Esteves considera como um que pretendemos é tentar dar uma nova
administração pública que ganha quase o para 400 euros e, assim, sucessivamente. "precedente" a equiparação dos educa- vida ao Contracto Colectivo de Trabalho,
dobro do que ele ganha e fazem precisa- De tal forma que um técnico superior com dores de infância dos IPSS aos da função mas passando pela equiparação dos téc-
mente 3 mesma coisa". 20 anos de carreira na função pública ga- pública, o que aconteceu após "uma luta niCos superiores que é uma matéria muito
"Há aqui uma injustiça muito grande", nha mil euros a mais do que o técnico su- sindical persistente". importante para nós", concluiu.
voltou a sublinhar Orlando Esteves antes perior que progrediu a seu lado mas com O sindicalista acredita que a nóvel se-

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