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Este documento estabelece diretrizes para o reuso direto de água não potável proveniente de estações de tratamento de esgoto para fins urbanos no estado de São Paulo. Define modalidades de uso como irrigação, lavagem e construção civil. Também determina procedimentos como solicitar outorga, apresentar estudo de viabilidade e atualizar identificação de usuários.
Descrizione originale:
Titolo originale
Deliberacao Crh 156 de 2013 Reuso de Água Não Potável
Este documento estabelece diretrizes para o reuso direto de água não potável proveniente de estações de tratamento de esgoto para fins urbanos no estado de São Paulo. Define modalidades de uso como irrigação, lavagem e construção civil. Também determina procedimentos como solicitar outorga, apresentar estudo de viabilidade e atualizar identificação de usuários.
Este documento estabelece diretrizes para o reuso direto de água não potável proveniente de estações de tratamento de esgoto para fins urbanos no estado de São Paulo. Define modalidades de uso como irrigação, lavagem e construção civil. Também determina procedimentos como solicitar outorga, apresentar estudo de viabilidade e atualizar identificação de usuários.
CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS Rua Bela Cintra, 847, 11 andar - So Paulo/SP - CEP 01415-903 Tel.: (11) 3218-5544/5528 e-mail: secretariaexecutiva.crh@gmail.com
DELIBERAO CRH N 156, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2013
Estabelece diretrizes para o reuso direto de gua no potvel, proveniente de Estaes de Tratamento de Esgoto (ETEs) de sistemas pblicos para fins urbanos e d outras providncias, no mbito do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos SIGRH
O Conselho Estadual de Recursos Hdricos CRH, no uso de suas atribuies legais, conferidas pelo artigo 25, da Lei n 7.663, de 30 de dezembro de 1991, considerando que:
A Constituio do Estado de So Paulo prev que o sistema integrado de gerenciamento dos recursos hdricos, deve fixar, dentre seus objetivos, a utilizao racional e o aproveitamento mltiplo das guas (incisos I e II, do artigo 205);
A Lei Estadual n 7.663, de 30 de dezembro de 1991, dispe acerca da Poltica Estadual de Recursos Hdricos, bem como o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos SIGRH;
A Lei Estadual n 7.663, de 1991, tem por objetivo assegurar que a gua possa ser controlada e utilizada, em padres de qualidade satisfatrios, por seus usurios e pelas geraes futuras, em todo territrio do Estado de So Paulo (artigo 2);
A Poltica Estadual de Recursos Hdricos estabelece em suas diretrizes, a utilizao racional e a maximizao dos benefcios econmicos e sociais resultantes do aproveitamento mltiplo dos recursos hdricos (incisos I e II, do artigo 4);
A Lei Estadual n 7.663, de 1991, prev que a implantao de qualquer empreendimento que demande a utilizao de recursos hdricos, que alterem seu regime, qualidade ou quantidade, depender de previa manifestao dos rgos e entidades competentes (artigo 9);
A Lei Estadual n 9.034, de 27 de dezembro de 1994 prev gerenciamento especial nas bacias hidrogrficas ou parte destas, declaradas crticas quanto disponibilidade hdrica (artigo 14);
A Lei Estadual n 997, de 31 de maio de 1976, regulamentada pelo Decreto Estadual n 8.468, de 8 de setembro de 1976, e suas alteraes, estabelece que os sistemas pblicos ou privados que produzem gua de reuso, esto sujeitos ao licenciamento ambiental, quando couber (artigo 57, alnea b, inciso IV);
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A Lei Federal n 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, define como um de seus objetivos a utilizao racional e integrada destes recursos (inciso II do artigo 2);
A Deliberao CRH n 145, de 26 de junho de 2012, atribui Cmara Tcnica de Gesto de Usos Mltiplos de Recursos Hdricos CTUM, a proposio de regulamentao para o reuso de gua no potvel;
A Resoluo CNRH n 54, de 28 de novembro de 2005, estimula a prtica de reuso e a implantao de programas de racionalizao da gua fazendo-se necessrio que os rgos integrantes do SIGRH observem as modalidades, diretrizes e os critrios gerais previstos;
A Resoluo CNRH n 129, de 29 de junho de 2011, que estabelece diretrizes para a definio de vazes mnimas remanescentes, em cursos de gua;
A prtica do reuso de gua uma forma de uso racional, caracterizada pela adequao da sua qualidade ao uso a que se destina, contribuindo tal prtica para regular a oferta e demanda de recursos hdricos para usos mais nobres.
Delibera:
Artigo 1. Ficam estabelecidas as diretrizes, as modalidades e os procedimentos a serem observados na prtica do reuso direto de gua no potvel para fins de usos urbanos, proveniente de Estaes de Tratamento de Esgoto Sanitrio (ETEs) de sistemas pblicos.
Artigo 2. Para efeito desta Deliberao, so adotadas as seguintes definies:
I - gua de reuso: produto originado de efluente lquido de ETEs de sistemas pblicos, cujo tratamento atenda aos padres de qualidade estabelecidos em legislao pertinente para as modalidades definidas no artigo 3, desta Deliberao;
II - Reuso direto: uso planejado de gua de reuso, conduzida ao local da utilizao, sem lanamento ou diluio prvia em corpos de gua, superficial ou subterrneo;
III - Usurio de gua de reuso: a pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, que utilize gua de reuso proveniente de ETEs de sistemas pblicos, para as modalidades de uso definidas nesta Deliberao;
IV - Produtor de gua de reuso: a pessoa jurdica de direito pblico ou privado, que produz gua de reuso proveniente de ETEs de sistemas pblicos, para as modalidades de usos definidas nesta Deliberao;
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Artigo 3. A gua de reuso, para efeito desta Deliberao, abrange as seguintes modalidades de uso:
I - Irrigao paisagstica, de carter espordico, ou sazonal, de parques, jardins, campos de esporte e de lazer urbanos, ou reas verdes de qualquer espcie, inclusive nos quais o pblico tenha ou possa a vir ter contato direto;
II - Lavagem de logradouros e outros espaos, pblicos e privados;
III - Construo civil, incorporada ao concreto no estrutural, cura de concreto em obras, umectao para compactao em terraplenagens, lamas de perfurao em mtodos no destrutivos para escavao de tneis e instalao de dutos, resfriamento de rolos compressores em pavimentao e controle de poeira em obras e aterros;
IV - Desobstruo de galerias de gua pluvial e de rede de esgotos;
V - Lavagem de veculos especiais, a saber, caminhes de resduos slidos domsticos, coleta seletiva, construo civil, trens e avies;
VI - Usos em processos, atividades e operaes industriais.
Artigo 4. Para implantao de qualquer das modalidades de reuso, abrangidas por esta Deliberao, o produtor de gua de reuso dever atender aos seguintes procedimentos:
I - Solicitar ao rgo outorgante Departamento de guas e Energia Eltrica DAEE a correspondente Outorga de Autorizao de Implantao de Empreendimento nos termos da legislao em vigor;
II - Apresentar o estudo de Viabilidade de Implantao EVI, que dever contemplar o balano hdrico para a avaliao dos efeitos da retirada parcial ou total do lanamento de efluentes da ETE no corpo hdrico, em especial quanto alterao na disponibilidade hdrica, quando couber.
Pargrafo 1. A emisso, da Outorga de Direito de Uso a ser apreciada pelo DAEE dever ser solicitada aps a obteno da Licena Ambiental de Instalao, emitida pela Companhia Ambiental do Estado de So Paulo CETESB, conforme previsto na legislao pertinente.
Pargrafo 2. O Departamento de guas e Energia Eltrica - DAEE - dever emitir norma especfica detalhando os procedimentos previstos neste artigo.
Artigo 5. Para emisso da Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hdricos devem ser atendidas s exigncias da Portaria DAEE n 717, de 12 de dezembro de 1996, das Instrues Tcnicas do DAEE ou outras que venham substitu-las. Alm do contedo nelas estabelecidos, devero ser apresentadas as seguintes informaes:
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I - Identificao do produtor e potenciais usurios; II - Localizao geogrfica da origem e destinaes da gua de reuso; III - Especificao da finalidade da produo e do reuso de gua; IV - Identificao do corpo hdrico, Vazo e volume dirio de gua de reuso que ser produzida, distribuda ou utilizada; V - Identificao de possveis alteraes quantitativas no lanamento de efluentes e nos corpos dgua.
Pargrafo 1. O produtor de gua de reuso deve na forma e prazos estabelecidos pelo DAEE, atualizar a identificao de todos os usurios para os quais forneceu gua de reuso, considerando-se as vazes, os volumes fornecidos, o perodo e outras especificaes que se fizerem, necessrias para o clculo do balano hdrico dos empreendimentos.
Pargrafo 2. A previso especificada no presente artigo se aplica aos produtores de gua de reuso que obtiveram a outorga de autorizao de implantao de empreendimentos novos ou existentes.
Pargrafo 3: O produtor de gua de reuso j instalado ter o prazo de at 365 dias a partir da publicao desta deliberao para obter a outorga de direito de uso.
Artigo 6. Os Planos de Bacias Hidrogrficas devero contemplar, quando necessrio:
I - A definio de programas de racionalizao do uso, incluindo metas de reduo de perdas e desperdcios;
II - A definio de metas de implantao de prticas de reuso, entre os programas de racionalizao, considerando os impactos qualitativos e quantitativos nos corpos dgua.
Pargrafo nico. Nas bacias hidrogrficas ou parte destas, nos corpos dgua ou seus trechos, considerados crticos, o Plano de Bacia Hidrogrfica deve recomendar gerenciamento especial, adotando-se as regras estabelecidas no artigo 14, da Lei Estadual n 9.034, de 27 de dezembro de 1994.
Artigo 7. Para os usurios e produtores de gua de reuso que apresentem programas de racionalizao de uso dos recursos hdricos e definio de metas de implantao de prticas de reuso, os Comits de Bacias Hidrogrficas CBHs podero propor critrios e valores da cobrana pelo uso da gua que estimulem a prtica de reuso:
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Pargrafo nico. Os CBHs podero propor mecanismos e critrios de acesso preferencial aos recursos do Fundo Estadual de Recursos Hdricos FEHIDRO - aos produtores de gua de reuso.
Artigo 8. Os rgos e entidades participantes do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos SIGRH devero, quando couber:
I - Fomentar disponibilizar informaes e incentivar trabalhos e estudos, sobre a prtica de reuso;
II - Articular-se com os rgos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos quando da anlise de projetos para implantao de prticas de reuso, em corpos de gua de domnio da Unio, localizados no Estado de So Paulo;
III - Promover a integrao entre o Plano Estadual de Recursos Hdricos e os Planos Municipais de Saneamento, no que se refere s prticas de reuso e uso racional da gua;
IV - Considerar nas revises dos Planos de Bacia Hidrogrfica a partir de 2015, as informaes referentes s prticas de reuso em atividade;
Artigo 9. As demais prticas e modalidades de reuso, no regulamentadas por esta Deliberao, devero ser objeto de manifestao do DAEE e da CETESB, no mbito de suas competncias legais.
Pargrafo nico. O disposto nesta Deliberao no exime o produtor da gua de reuso, do cadastro no Sistema Estadual de Vigilncia Sanitria.
Artigo 10. Esta Deliberao entrar em vigor na data de sua publicao.
Edson Giriboni Secretrio de Saneamento e Recursos Hdricos Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hdricos