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Este documento descreve várias figuras de dicção utilizadas na poesia portuguesa, incluindo elisão, sinalefa, sinérese, elisão e sinalefa simultâneas, dialefa, diérese e translação. Exemplos de cada figura são fornecidos de obras de poetas portugueses como Álvares de Azevedo, Camões e Augusto dos Anjos.
Este documento descreve várias figuras de dicção utilizadas na poesia portuguesa, incluindo elisão, sinalefa, sinérese, elisão e sinalefa simultâneas, dialefa, diérese e translação. Exemplos de cada figura são fornecidos de obras de poetas portugueses como Álvares de Azevedo, Camões e Augusto dos Anjos.
Este documento descreve várias figuras de dicção utilizadas na poesia portuguesa, incluindo elisão, sinalefa, sinérese, elisão e sinalefa simultâneas, dialefa, diérese e translação. Exemplos de cada figura são fornecidos de obras de poetas portugueses como Álvares de Azevedo, Camões e Augusto dos Anjos.
Departamento de Estudos Lingusticos e Literrios DELL
rea de Teoria e Literatura
Vitria da Conquista, 15 de maio de 2013
Figuras de Dico
1. Eliso: Consiste a eliso na supresso de fonema ou fonemas em qualquer ponto do corpo silbico, visando-se a reduzir o nmero de slabas ao esquema desejado:
1.1 Eliso da primeira fraca de duas vogais em contato pertencentes a palavras distintas: A restinga dareia onde rebenta (lvares de Azevedo);
1.2 Eliso da ressonncia nasal da primeira de duas vogais em contato pertencentes a palavras distintas: A supresso da ressonncia nasal torna possvel a unio das duas vogais numa s slaba; caso contrrio, manter-se- iam ambas separadas. Em alguns casos ocorre a eliso da ressonncia nasal e tambm da vogal:
Tu cum sorriso as frias lhe assossegas (Garret);
Coa face na mo eu te vejo ao luar (lvares de Azevedo);
Co movimento das canes governa (Laurindo Rabelo);
2. Sinalefa: A sinalefa consiste na acomodao, numa s slaba mtrica, de duas ou trs vogais em contato de palavras diferentes (ditongao, tritongao, crase):
E mais se afrouxa a agreste sinfonia (Gonalves Crespo); Sacode-a e diz: acorda, eu vim matar-te (Tobias Barreto);
3. Sinrese: crase ou ditongao de duas vogais em contato no interior de um vocbulo. Na pronncia cuidada essas vogais constituem hiato. A possibilidade de reverso aproveitada funcionalmente no verso: Rebentou pelo Saara de minhalma (Fagundes Varela); Era a elegia pantesta do Universo (Augusto dos Anjos);
4. Eliso e Sinalefa: H casos comuns de simultaneidade eliso-sinalefa, quando o encontro interverbal de trs ou quatro vogais: a primeira se elide, sobrevindo a sinalefa entre as restantes:
O tempo, e o sol, que vai passando, olh-la (Lus Delfino);
5. Pelo processo de Dialefa e pelo de Direse so separadas em slabas distintas, por necessidade de expanso do corpo silbico do verso, as vogais de um grupo que, se as circunstncias fossem inversas, tambm poderiam estar unidas numa s slaba, por sinalefa ou sinrese, respectivamente. A dialefa opera separao intervocabular. A direse, uma separao intravocabular:
5.1 Direse: Que pode dar saudade sa/udade (Cames);
Nos elsios de amor ende/usada (Bocage);
5.2 Dialefa:
Pela entrada feliz do novo/ano (Tobias Barreto);
6. Translao: translao da intensidade forte vocabular para a slaba imediatamente anterior ou para a imediatamente posterior posio normal:
Era a elegia pantesta do Universo (Augusto dos Anjos);
Chupar os ossos das alimrias (Augusto dos Anjos).
1. As armas e os bares assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda alm da Taprobana, Em perigos e guerras esforados, Mais do que prometia a fora humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
2. E tambm as memrias gloriosas Daqueles Reis, que foram dilatando A F, o Imprio, e as terras viciosas De frica e de sia andaram devastando; E aqueles, que por obras valerosas Se vo da lei da morte libertando; Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3. Cessem do sbio Grego e do Troiano As navegaes grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitrias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram: Cesse tudo o que a Musa antgua canta, Que outro valor mais alto se alevanta.