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Anhanguera
Taubaté- 06/01/2009
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SUMÁRIO
1- Introdução p. 3
2 - Metodos p. 4
3- Desenvolvimento do Sabão p. 5
5- Conclusão p. 8
6- Bibliografia p. 13
7- Anexos p. 14
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1-INTRODUÇÃO
Métodos
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Visando a implantação de uma política de gerenciamento de resíduos no Município de Cachoeiro
de Itapemirim – ES, aliado a aplicação de conhecimentos científicos e o envolvimento de alunos
dos diversos níveis do conhecimento, o Centro Universitário São Camilo por intermédio dos Cursos
de Licenciatura em Química e Física vem desenvolvendo o projeto de reutilização do óleo
comestível residual para a fabricação de sabão e seus derivados.
O projeto está baseado em quatro etapas, sendo a primeira de coleta de dados em comunidades
próximas ao centro universitário, para levantamento de dados a respeito do uso e descarte do óleo
no cotidiano dos moradores. A segunda contempla a elaboração de receitas para a fabricação de
sabão com alta qualidade e que atenda a demanda e as exigências da população que
possivelmente irá utilizar o produto. A terceira etapa visa a elaboração de materiais didáticos em
parceria com os cursos de Pedagogia, Letras, Comunicação, e Nutrição. Essas ferramentas
didáticas serão construídas para as diversas series do ensino fundamental e médio utilizando
linguagem científica referente a cada segmento de ensino. A última fase privilegia a capacitação
dos educadores que irão utilizar o material junto aos alunos na construção do conhecimento.
Em grande parte dos municípios brasileiros o lixo residencial, no momento de seu descarte, segue
o caminho dos mananciais aquáticos ou aterros. O óleo como constituinte desse tipo de lixo segue
o mesmo caminho.
Quando jogado em aterros ele impermeabiliza o solo, por se tratar de uma substância que possui
baixa interação com água impedindo que essa, execute seu
ciclo no solo, afetando a renovação dos lençóis freáticos e manancia is aquáticos que dependem
desse fenômeno. Além da impermeabilização do solo, quando jogado a céu aberto, por se tratar de
um composto orgânico, sofre decomposição por microorganismos, tendo como resultado a emissão
de metano na atmosfera, sendo esse um dos compostos causadores do efeito estufa, devido a sua
geometria molecular, retém vinte vezes mais energia que o dióxido de carbono.
Muitas residências e estabelecimentos comerciais jogam o óleo com estável usado na rede de
esgoto. Além de gerar graves problemas de higiene e mau cheiro, a presença de óleo e gordura na
rede de esgoto causa o entupimento da mesma, dificultando seu funcionamento. Para retirar o óleo
são empregados produtos químicos, o que acaba comprometendo a qualidade da água mesmo
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após ter sido feito um tratamento de esgoto. Tendo que um litro de óleo pode contaminar um milhão
de litros de água, exigindo recursos financeiros consideráveis no momento de separá-los.
Outro fator observado é que ao entrar em contato com mananciais aquáticos gera graves
problemas. “O óleo mais leve que a água, fica na superfície, criando uma barreira que dificulta a
entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo assim, a base da cadeia alimentar
aquática, os fitoplânctons .” (PONTES & ALBERCINI, 2004)
Para amenizar este problema pode - se sugerir várias atividades que apontam soluções. Uma delas
seria apontar locais de coleta para o óleo comestível usado, o que não é muito atraente, pois
segundo dados obtidos de planilhas de empresas que compram óleos residuais “o preço pago pelo
óleo de cozinha usado pelas industrias de reciclagem (não mais que R$ 0,04 o quilo) não é
atraente e a armazenagem do líquido significa um trabalho a mais para o empresário e para a dona
de casa” (PONTES & ALBERCINI, 2004)
Desenvolvimento do Sabão
O início se deu com a convocação de acadêmicos dos Cursos de Química e Física para coleta de
dados na micro bacia do amarelo, comunidade próxima ao centro universitário São Camilo – ES. As
informações coletadas são referentes ao consumo e forma de descarte do óleo residual nas
residências. Os dados obtidos
mostraram uma realidade alarmante, um alto consumo desse produto por morador
nos lares pesquisados, e descarte de forma inadequada causando os impactos já
mostrados anteriormente.
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Atualmente o projeto já executou duas das quatro etapas propostas. A terceira etapa encontra -se
em fase de elaboração, visto que para seu desenvolvimento era necessário ter um padrã o sobre o
produto e suas respectivas propriedades. Estudos já realizados mostram que é possível o emprego
do sabão como material didático em diversas disciplinas, tais como Química, Física e Biologia e
outras.
O sabão é um produto aplicado amplamente em nosso cotidiano, sendo ele na forma de barra,
líquido, pó ou pasta. Sua fabricação é de fácil execução, mas erra o indivíduo ao afirmar que esse
produto é pobre no emprego do ensino e divulgação dos conhecimentos científicos.
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características do sabão líquido para observação desses nos raios luminosos, caracterizando a
mudança da posição aparente de um objeto em relação à viscosidade dos líquidos.
Durante a reação de saponificação ocorre a liberação de energia em forma de calor, por ser essa
exotérmica. Juntamente com os princípios da termoquímica empregados nesse processo, podem-
se aplicar os conceitos da termologia, suas leis e construção de outras escalas de temperatura,
usadas em outros países.
Os óleos e gorduras que utilizamos em nossa alimentação diária fazem parte de um grupo de
substâncias existentes na natureza (em metabolismos vegetais e animais), os quais denominamos
derivados de um ácido graxo e um álcool.
Como no caso foi utilizado um triálcool (três grupos de OH), foi caracterizada a produção de um
triéster. Os ácidos que ao reagirem com o glicerol formam óleos e gorduras são chamados de
ácidos graxos, que são ácidos carboxílicos de cadeia longa, o que possibilita a ocorrência de uma
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cadeia com grande parte hidrofóbica, o que os torna imiscíveis à água, que caracteriza parte de
nossos problemas.
Uma vez que os óleos e gordura são ésteres eles sofrem reação de hidrólise, já a hidrólise básica
produzirá o glicerol e os sais de ácidos graxos, esses sais são o que chamamos de sabão, e esta
reação é chamada de reação de saponificação.
Ao contrário do que se pensa o sabão por si só não limpa coisa alguma, aparente contradição
entendida quando se sabe que o sabão é um agente umectante que diminui a tensão superficial da
água (solvente), permitindo maior contato dos corpos com o líquido, que realmente limpa, assim o
sabão pode se misturar com óleo, gordura e água ao mesmo tempo. Isso ajuda a limpar a sujeira. A
extremidade carboxílica (-COO-) de um ânion sabão (polar) proporciona sua solubilidade em água
(também polar), sendo chamada parte hidrofílica. A cadeia longa, hidrocarbônica (apolar), do íon
proporciona sua absorção e mistura em óleo e é chamada hidrofóbica. Esta estrutura possibilita
que os sabões dispersem glóbulos de óleo em água. Quando uma gota de óleo é atingida pelo
sabão, a cadeia hidrocarbônica do sabão penetre nos globos oleosos, e as extremidades polares
ficam na água, o que arrasta a gota de gordura envolta por s abão e água em forma de micela.
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Fig 04: Interação do sabão, gordura e água formando a micela
Resultados e Conclusões
Os resultados que serão apresentados a seguir referem-se aos dados obtidos na pesquisa
realizada em residências vizinhas ao centro universitário São Camilo – ES, e a respeito do produto
final, o sabão, contemplados na primeira e segunda fase do projeto, respectivamente. As
informações obtidas estimularam a tentativa de desenvolver uma política de gerenciamento do óleo
comestível e uma política de educação científica.
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Manejo do óleo
As informações apresentadas a seguir demonstram como o óleo é manejado. Nas residências ele é
comparado em função do número de moradores.
Existe alto consumo de lipídeos nas famílias, em média uma lata de óleo por morador/mês. As
informações coletadas mostram o manejo dessa substância em apenas uma localidade da cidade,
a micro-bacia do córrego amarelo, contudo é possível que essa situação se repita em todo o
município.
O óleo de cozinha é um produto com tempo determinado de uso, com isso é eliminado para o meio
ambiente de diferentes formas. O quadro abaixo mostra como essa substância é descartada nas
residências e estabelecimentos da área pesquisada.
Os resultados obtidos nos permitem constatar que uma grande porcentagem dos lares descarta o
óleo de maneira incorreta, despejando-o em ralos que irão seguir para mananciais aquáticos, ou
jogados em aterros nos quais irá contaminar o solo e a atmosfera. Percebe-se que uma pequena
porcentagem doa para instituições que tratam o material.
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Quadro 01: Gráficos que demonstram a avaliação da população pesquisada referente a remoção de gordura
e sujeira dos materiais.
Pode-se observar que o sabão produzido obteve alta aceitação, constando assim a viabilidade da
aplicação desse programa para geração de renda, além das possíveis aplicabilidades citadas em
todo o artigo, já que grande parte dos entrevistados o classificou como Bom e Excelente,
garantindo assim mercado consumidor para esse produto.
Referência
SALVADOR, Edgard; USBERCO, João. Química volume único. 7. ed. Saraiva: São Paulo, 2006.
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TITO, Miragaia Peruzzo; CANTO, Eduardo Leite do. Química Na Abordagem Do Cotidiano. 1.ed.
Moderna: São Paulo, 2006.
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Sra. Filomena (Dona do restaurante O Garfo).
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