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O documento discute os processos de pasteurização do leite, incluindo a descoberta da pasteurização por Louis Pasteur em 1860 e os três principais tipos de pasteurização - lenta, rápida e muito rápida - variando a temperatura e tempo de aquecimento para destruir microrganismos prejudiciais. Também descreve equipamentos como trocadores de calor de placas e tubulares usados na pasteurização.
O documento discute os processos de pasteurização do leite, incluindo a descoberta da pasteurização por Louis Pasteur em 1860 e os três principais tipos de pasteurização - lenta, rápida e muito rápida - variando a temperatura e tempo de aquecimento para destruir microrganismos prejudiciais. Também descreve equipamentos como trocadores de calor de placas e tubulares usados na pasteurização.
O documento discute os processos de pasteurização do leite, incluindo a descoberta da pasteurização por Louis Pasteur em 1860 e os três principais tipos de pasteurização - lenta, rápida e muito rápida - variando a temperatura e tempo de aquecimento para destruir microrganismos prejudiciais. Também descreve equipamentos como trocadores de calor de placas e tubulares usados na pasteurização.
Entende-se por pasteurizao o emprego conveniente do calor, com o
fim de destruir totalmente a flora microbiana patognica sem alterao sensvel da constituio fsica e do equilbrio do leite, sem prejuzos dos seus elementos bioqumicos, assim como de suas propriedades organolpticas normais (Art. 517 do RIISPOA/MAPA, 1952). O mdico francs Lus Pasteur foi o primeiro cientista a compreender o papel dos microrganismos nos alimentos. Em 1860, ele demonstrou que o azedamento do leite era provocado por microrganismos e empregou o calor para destruir microrganismos indesejveis nos alimentos. Esse processo, muito utilizado atualmente, denomina-se pasteurizao (ROQUE et al., 2003). A pasteurizao age como um fator higienizante, que aumenta a conservao. um recurso, usado para retardar a deteriorao do leite. Este processo permite destruir a totalidade das bactrias nocivas sade e reduzir muito aquelas que no fazem mal, que apenas azedam. O leite pasteurizado, portanto, dura mais e no oferece riscos para o consumo.
TIPOS DE PASTEURIZAO
Lenta: Baixa temperatura, longo tempo 62 a 65 C por 30 minutos Artesanal. Rpida: Alta temperatura, curto tempo 72 a 75 C por 15 a 20 segundos Industrial.
Muito rpida: Temperatura muito alta, UHT (Ultra High Temperature), curto tempo 130 a 150 por 2 a 4 segundos Industrial. A combinao de tempo e temperatura utilizada depender do produto e da forma como ser pasteurizado (se embalado ou a granel). A pasteurizao pode ter duas finalidades distintas: A destruio de todos os microrganismos causadores de doenas (por exemplo, a pasteurizao do leite) ou reduo do nmero de microrganismos deteriorantes (por exemplo, na pasteurizao do vinagre e de sucos). Alimentos que normalmente so pasteurizados: Leite; Creme de leite; Manteiga; Sucos de frutas; Sorvetes; Cervejas; Ovos lquidos.
PASTEURIZAO LENTA
um processo lento que consiste em aquecer o leite a 62 - 65C por 30 minutos, seguido de resfriamento. Durante o tempo de aquecimento, o leite moderadamente agitado para evitar aderncias s paredes do recipiente, promover aquecimento uniforme de todas as suas partculas e, ao mesmo tempo, evitar formao de espuma (PRATA, 2001; LEITE et al., 2006). Na pasteurizao lenta, mesmo com aquecimento brando, consegue-se uma eficincia superior a 98%, contudo, apresenta a desvantagem de ser um processo demorado e com operao manual. utilizado apenas em pequenas indstrias, nas quais o volume de produo no justifica a aquisio de um pasteurizador de placas (LEITE et al., 2006).
PASTEURIZAO RPIDA
Consiste em aquecer o leite a 72 - 75C por 15 a 20 segundos em um equipamento com trocadores de calor de placas, seguido de choque trmico atravs do resfriamento imediato at temperatura igual ou inferior a 5C. Esse sistema mais usado em indstrias de mdio e grande porte, apresentando como desvantagens o alto custo de aquisio e manuteno do equipamento, mas tem as vantagens de ser um processo de controle mais eficaz, de maior rapidez, menor rea para instalao, menos perdas por evaporao, maior eliminao de microrganismos e economia de mo-de-obra (LEITE et al., 2006).
PASTEURIZAO MUITO RPIDA
O leite UHT (Ultra High Temperature), tambm conhecido como longa vida submetido a uma elevada temperatura (130C a 150C) durante cerca de 2 a 4 segundos, num processo trmico de fluxo contnuo. Aps o tempo definido, imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a 32C e envasado em embalagens hermeticamente fechadas e esterilizadas (BRASIL, 1996). Atravs desse tratamento trmico possvel diminuir significativamente o nmero de microrganismos para que o leite seja armazenado e comercializado sem se estragar. Muitas das propriedades nutritivas do leite tambm so conservadas. As embalagens estreis (asspticas) so apropriadas para impedir o desenvolvimento de micro-organismos e conservar o valor nutricional do produto. O prazo de validade do leite UHT numa embalagem fechada de 180 dias.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA A PASTEURIZAO
TROCADOR DE CALOR EM PLACAS
um equipamento de troca de calor indireta, que consiste basicamente de um pacote de finas placas metlicas. Entre cada par, o lquido quente passa por um lado da placa fornecendo calor, que por conduo transferido para o fluido a ser aquecido. indicado para alimentos lquidos. As maiores vantagens dos trocadores a placas so a flexibilidade, versatilidade, economia de espao, grande facilidade de limpeza e manuteno. A Figura 1 mostra um modelo de trocador de calor a placas (GAVA, 2007).
Figura 1: Trocador de calor de placas.
Na Figura 2 podem-se ver algumas das possibilidades de tamanhos e desenhos para as placas metlicas utilizadas no trocador de calor de placas.
Figura 2: Variedade de tamanhos e desenhos das placas metlicas.
TROCADOR DE CALOR TUBULAR
indicado para alimentos mais viscosos como Ketchup e alimentos para bebs. Esse trocador consiste de vrias serpentinas de ao inoxidvel, feitas com tubos de paredes duplas ou triplas. O alimento passa atravs do tubo e a gua de aquecimento ou de resfriamento recirculada pelas paredes do tubo. A Figura 3 mostra um trocador de calor tubular simples (GAVA, 2007).
Figura 3: Tocador de calor tubular simples.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:
BRASIL. Presidncia da Repblica. Decreto n. 30.691 de 29 de maro de 1952. Regulamenta a Lei 1.283 de 18 de dezembro de 1950, que institui o Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 7 julho 1952.
GAVA. Tecnologia de Alimentos. Princpios e Aplicaes. So Paulo: Nobel, 2007.
LEITE, Z. T. C.; VAITSMAN, D. S.; DUTRA, P. B.; GUEDES, A. Leite e alguns de seus derivados da antiguidade atualidade. Qumica Nova, So Paulo, v. 29, n. 4, p. 876-880, 2006.
MINISTRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO MAPA. Regulamento da Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Aprovado pelo Decreto n. 30.691 de 29 de maro de 1952 e alterado pelos Decretos n. 1.255 de 25.06.1962; 236 de 02.09.1994; 1812 de 08.02.1996; 2.244 de 04.06.1997.
PRATA, L. F. Fundamentos de cincia do leite. So Paulo: Unesp, 2001. 287p.
ROQUE, R. A.; SCHUMACHER, S. S. P.; PAVIA, P. C. Quantificao de microrganismos psicrotrficos em leites pasteurizados tipos B e C, comercializados na cidade de So Paulo, SP. Higiene Alimentar, So Paulo, v. 17, n. 112, p. 59-68, 2003.