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Módulo XII

Textos dos Media

O Processo Comunicacional CONTEXTO Contexto


situacional:
(aquilo a que a mensagem se conjunto das
refere) relações entre
emissor e receptor e
ainda as
circunstâncias de
lugar e tempo em
CANAL que o acto verbal se
desenrola.
(meio físico que põe em
contacto o Emissor com o Contexto
Receptor) referencial:
conjunto de objectos
ex.: vibração do ar; papel; a que a mensagem
ondas hertzianas, cabos se refere.
eléctricos; etc.

EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR


(tem uma ideia a transmitir (interpreta a mensagem;
aquele que envia a (informação transmitida) aquele que recebe a
mensagem) mensagem)

Codificação Descodificação
CÓDIGO
( conjunto de signos que
funcionam segundo
determinadas regras, que
permitem ao emissor o envio da
mensagem e ao receptor
compreendê-la; ex.: língua
portuguesa)

MENSAGEM DE
RETORNO
(feedback)

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As Funções da Linguagem

Os actos comunicativos têm sempre uma determinada intencionalidade, que pode ser mais ou menos
consciente. São essas diferentes intenções que temos em mente, quando falamos em funções da linguagem.

Função informativa (ou referencial)

O objectivo primeiro do acto de fala (a intenção do emissor) é transmitir informação sobre algum
aspecto da realidade, exterior ou interior. É, de certo modo, a função primária da linguagem, aquela em que
pensamos imediatamente, quando falamos em comunicação. O acto comunicativo centra-se
predominantemente sobre o contexto. Utiliza frases de tipo declarativo.

Exemplo
Blair ultrapassa primeiro teste à sua sobrevivência política

O primeiro-ministro britânico passou esta noite o primeiro teste à sua


capacidade de sobrevivência política, com a aprovação na Câmara dos
Comuns da proposta de lei de aumento das propinas universitárias, contestada por grande
parte do Partido Trabalhista.
Segundo os resultados anunciados minutos depois da votação, o diploma que aumenta a propina
máxima para três mil libras (4365 euros) foi aprovada com os votos de 316 deputados, apenas
mais cinco do que os que se opuseram à proposta. A votação espelha a profunda divisão no seio
do Partido Trabalhista, detentor de uma confortável maioria na Câmara dos Comuns. Várias
dezenas de deputados trabalhistas garantiam ainda na semana passada que votariam contra o
diploma, mas os apelos lançados nos últimos dias por vários ministros — para quem esta
dissensão seria o primeiro passo para o regresso do Partido Conservador ao poder — convenceram
muitos dos "rebeldes" a apoiar o impopular diploma.

Função expressiva (ou emotiva)

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O acto de fala é utilizado para exprimir o estado de espírito, as emoções, as opiniões do emissor. Ao
contrário do que acontece na função informativa (marcadamente objectiva), encontramos aqui uma clara
subjectividade. A comunicação centra-se no emissor. Recorre a frases de tipo exclamativo.

Exemplo

Como pude suportar a vida? Sonhando, sonhando sempre… Tinha duas filhas, uma vi-a morrer tísica. A
minha filha!... Não, nunca bebi, não bebo senão água por causa do fígado… Mas vê-la morrer!
Raul Brandão- O Rei Imaginário

Função apelativa

A linguagem é utilizada para agir sobre o receptor, para tentar modificar a sua atitude ou
comportamento. Assume geralmente a forma de ordens, pedidos ou conselhos. Centra-se no receptor e
implica o recurso a formas verbais do imperativo (ou conjuntivo com valor imperativo), ao vocativo e a
frases de tipo imperativo.

Exemplo

Função metalinguística

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A linguagem é utilizada para precisar algum aspecto do código utilizado, geralmente uma língua
natural. Exemplo clássico de discursos onde predomina a função metalinguística são as definições dos
dicionários e as explicações gramaticais. A comunicação está centrada no código.

Exemplo

baloiço, s.m. movimento de quem se baloiça; assento suspenso onde as crianças se baloiçam; o m.q.
balouço. (Do lat. bal(l)occiu-,«id»?) .

Função fática

Neste caso a linguagem é utilizada para testar o funcionamento do canal e manter o contacto entre o
emissor e o receptor. Esta função é mais evidente nas conversas telefónicas e naturalmente preocupa-se
sobretudo com o canal.

Exemplo

- Está lá?

- Estou! És tu, Ana?


- Sou. Olha sabes o que me disse a Joana?
- Não. Diz…
- Que ontem não saiu de casa…
- Sim…
-… porque chovia imenso e não tinha transporte… estás a ouvir?

Função poética
Por vezes a linguagem é utilizada fundamentalmente para produzir prazer estético. Os recursos

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linguísticos são dispostos de forma a construir um objecto artístico, capaz de, pela sua configuração, gerar,
quer no emissor, quer no receptor, uma sensação de prazer semelhante ao que se obtém com a música ou a
pintura. É mais evidente na poesia, mas está também presente na prosa literária e até no discurso oral.

Exemplo
As armas e os barões assinalados

Que da Ocidental praia lusitana,


Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino que tanto sublimaram;
Luís de Camões, Os Lusíadas

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