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Apresentação ........................................................3
Confirmado o prognóstico das Conferências do Partido
Operário Revolucionário
Brasil na crise mundial.........................................7
Tese do descolamento .................................................10
Agravamento da crise mundial ...................................14
Explosão da crise ........................................................19
A caminho da recessão ...............................................21
Para onde vai o Brasil .................................................27
Teses conclusivas sobre a crise capitalista.................35
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Explode a Crise Mundial do Capitalismo: Para Onde vai o Brasil?
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Apresentação
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A Arma do Proletariado: O Programa de Transição da IV Internacional
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3 de outubro de 2008
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Brasil na crise mundial
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Tese do descolamento
As primeiras reações do governo brasileiro frente à crise
financeira nos Estados Unidos foram de otimismo, susten-
tado pelo argumento de que o Brasil, diferente do passado,
está alicerçado em sólidos fundamentos macroeconômi-
cos. Mesmo recentemente, quando a bancarrota do merca-
do imobiliário se mostrou profunda e poderosos bancos
chegaram perto da quebra, bem como a desaceleração eco-
nômica expôs a tendência recessiva mundial, economistas
influentes de dentro e fora do governo afirmavam que a cri-
se estava piorando, mas o Brasil se saía bem e era capaz de
resistir aos impactos negativos.
Em síntese, eis alguns dos fundamentos: 1. Superávit
primário elevado, abundante reserva cambial e superávit
comercial; 2. Controle da dívida pública; 3. Crescimento
econômico em torno de 5% ao ano; 4. Crescente taxa de
emprego; 5. Robusta arrecadação tributária. Começava a
se manifestar déficit em conta corrente, mas nada que pre-
ocupasse a curto prazo, uma vez que o país continuava
atrativo para os investidores internacionais e não faltariam
recursos para o governo cumprir suas obrigações com os
credores internos e externos.
Críticos do governo Lula alertavam que havia chegado o
momento de novas reformas para não se comprometer os
fundamentos que dão solidez ao Brasil no mar revolto da
economia mundial. Referiam-se, principalmente, à conten-
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Explosão da crise
15 de setembro de 2008 marcou-se como o ápice da cri-
se financeira nos Estados Unidos e momento de irradiação
para todo o mundo. Nos dias anteriores, ficou confirmada a
quebra do quarto banco dos EUA- Lehman Brothers. Na
segunda-feira, do dia 15, as bolsas somaram perdas de
US$ 1, 361 trilhões, correspondentes às ações de empresas
de capital aberto. Tornou-se inevitável uma ação coordena-
da dos Bancos Centrais e ajuda governamental em países
de economia atrasada e de pobreza extrema das massas,
como a Índia.
O El Pais, da Espanha, descreve assim o momento cruci-
al: “As Bolsas européias caíram em torno de 3%. E América
Latina também sucumbiu: a principal praça, São Paulo,
caiu 7,59%, a pior queda do ano. A quebra do banco de in-
vestimento Lehman Brothers, a maior da história, com um
passivo de 430 bilhões de euros, se viu agravada pelo plano
de ajuste da AIG, a gigante seguradora obrigada a solicitar
fundos de emergência ao banco central estadounidenense.”
Jornal O Globo:” Wall Street foi ontem o epicentro de um
abalo global com o colapso do banco de investimento Leh-
man Brothers, depois de três dias de discussões entre repre-
sentantes do governo e banqueiros, e a compra do Merril
Lynch pelo Bank of America (BofA), por US$ 50 bilhões.”
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A caminho da recessão
Em setembro, os indicadores europeus mostraram que
a economia de seus principais componentes – Alemanha,
Inglaterra, França, Espanha – entrou em descenso. Tem-se
em conta que a retomada do crescimento da União Euro-
péia, depois de atravessar um período de estagnação, foi
abortada pela crise dos Estados Unidos. A desvalorização
do dólar e sobrevalorização do euro, a persistência da alta
inflacionária e a queda das exportações têm prejudicado o
continente e, particularmente, as potências exportadoras.
A probabilidade é que a taxa de crescimento de 2008
seja nula. O correspondente de Paris, Andrei Netto, relata
que Jean-Luc Schneider, diretor-adjunto o Departamento
de Economia da OCDE, estima entre -0,5% a 0,5% a taxa
de crescimento anualizado.
É sintomática a surpresa de autoridades desse porte às
inesperadas estimativas. Eis o desabafo de Schneider:
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Descolamento e os mercados)
Quem diria que a economia mundial um dia chegaria a
depender de países atrasados, de passado colonial e de
presente semicolonial? Mas se trata de uma farsa montada
para embasar a explicação de que a crise será branda e
contornada.
A volatilidade dos mercados de capital, graças ao gigan-
tesco parasitismo, não se move nas nuvens, está calcada e
entrelaçada com a produção e o comércio. A chamada eco-
nomia real refletirá toda carga explosiva do desmorona-
mento no mercado de capitais.
O mais importante: o esgotamento da especulação no
ramo imobiliário tem como ponto de partida a economia
real. Industriais, comerciantes e banqueiros agiram em
conjunto, com apoio do Estado que subsidiou juros etc.,
para promover um crescimento forçado da economia.
Como não bastaram os empréstimos para quem poderia
pagar, foi necessário endividar ampla camada da popula-
ção que recebe baixos salários. Os EUA viraram canteiro de
obras. O mercado imobiliário exibiu grandes excedentes,
para em seguida estatelar. Milhares de famílias não pude-
ram garantir as hipotecas de risco (subprime), evidenci-
ou-se a superprodução, os preços dos imóveis caíram, as
famílias, as que ainda conseguem pagar, arcam com a de-
fasagem, vem a quebra de agências financiadoras, re-
duz-se drasticamente a liquidez para empréstimos, os
capitalistas precisam se livrar do monumental prejuízo,
descarregam sobre os assalariados e assim toda a econo-
mia está envolta pela crise.
O socorro trilhonário do Tesouro e do Banco Central não
fará com que a produção e o comércio nos Estados Unidos
saiam ilesos. Rapidamente sobe a taxa do desemprego,
chegando a 6,1%, com demissões concentradas na indús-
tria e construção civil. Já não há crédito farto. Cai o consu-
mo. Empresas reduzem seus ritmos de produção. A
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econômica do Brasil.
Cornélio Pimentel, que cuida do Departamento de Moni-
toramento do Banco Central, prenuncia perigos: “Não faz
sentido financiar um veículo em 84 meses. Esse problema
está começando a tomar relevância. O prazo médio para um
carro é de 24 meses. Faz em 80 meses quem não tem renda.”
Ou seja, a camada pobre da classe média e a mais remedia-
da da classe operária estão mergulhadas em dívidas.
Eis o que diz Francisco Pessoa, da LCA Consultores: “Não
é de hoje que os bancos não têm a menor prudência ao con-
ceder crédito, vide o cheque especial e o crédito pessoal.
Basta abrir uma conta para já ter aquele limite de crédito
disponível – e com juros altíssimos, como são os do cheque
especial. As taxas são mais altas e os bancos não têm ne-
nhuma garantia.” (Folha de São Paulo, 23/06/2008).
As taxas de inadimplência ainda são suportáveis, se-
gundo os analistas, mas têm crescido, alcançando o pico
de 7,3%, em maio. Esse é um fator que poderá incentivar a
crise interna.
Com a restrição de capital, elevação do dólar e prognós-
tico de desaceleração do crescimento no ano que vem, as
montadoras estão modificando sua ofensiva de venda. Já
não podem bancar a euforia dos longos financiamentos.
Boa parte do dinheiro usado para financiar carros vinha de
fora, a juros baixos. Haverá uma retração neste carro chefe
da economia.
Os bancos estão sólidos e ganhando muito com a espe-
culação, mas os fundamentos dos empréstimos não dizem
o mesmo. Uma queda do crescimento econômico e a volta
do desemprego em grande escala abrirão um rombo no cas-
co dos bancos e financeiras. Esse é um dos grandes peri-
gos. Uma retração na liquidez do mercado financeiro, por
outro lado, será fatal para o tal do crescimento sustentável.
O BNDES prevê, até 2010, empréstimos de R$ 210,4 bi-
lhões à indústria, com juros subsidiados. Sem alcançar a
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