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O advogado Rodrigo Dantas & Advogados Associados move ação de cobrança contra o Colégio Salesiano São José após rescisão abrupta e unilateral do contrato de prestação de serviços. Alega que cumpriu o objeto do contrato representando os interesses do réu no judiciário da melhor forma e pede condenação ao pagamento dos valores devidos.
Descrizione originale:
Titolo originale
Aoc Rodrigo Dantas Advogados x Colégio Salesiano São José
O advogado Rodrigo Dantas & Advogados Associados move ação de cobrança contra o Colégio Salesiano São José após rescisão abrupta e unilateral do contrato de prestação de serviços. Alega que cumpriu o objeto do contrato representando os interesses do réu no judiciário da melhor forma e pede condenação ao pagamento dos valores devidos.
O advogado Rodrigo Dantas & Advogados Associados move ação de cobrança contra o Colégio Salesiano São José após rescisão abrupta e unilateral do contrato de prestação de serviços. Alega que cumpriu o objeto do contrato representando os interesses do réu no judiciário da melhor forma e pede condenação ao pagamento dos valores devidos.
EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO DE UMA DAS VARAS CIVEIS DA COMARCA DE NATAL A QUEM ESTA COUBER POR DISTRIBUIO LEGAL
RODRIGO DANTAS & ADVOGADOS ASSOCIADOS, pessoa jurdica de direito privado, inscrito no CNPJ/MF sob o n 07.855.477/0001-06 e no cadastro municipal sob o n 155.476-0, com endereo na Rua Paulo Lyra, 3430, Candelria, Natal/RN, vem, respeitosamente, por meio de seus advogados e procuradores que ao final subscrevem, ajuizar a presente:
AO DE COBRANA em desfavor do COLGIO SALESIANO SO JOS, pessoa jurdica de direito privado, CNPJ n 08.320.384/0001-31, com sede no Largo Dom Bosco, n 355, Ribeira, Natal/RN, consubstanciado nas razes de fato e de direito a seguir aduzidas:
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-I- DA CAUSA DE PEDIR O Autor firmou contrato de prestao de servios com o ru em 01 de setembro de 2010, para prestao de servios de consultoria e advocacia conforme registrado no contrato de prestao de servios (doc. 02), onde foi adicionado um Termo Aditivo I (doc. 03) ao contrato na data de 08 de dezembro do mesmo ano. Todavia, o contrato foi rescindido abruptamente e unilateralmente pela parte demandada (doc. 04) atravs de uma notificao extra judicial, recebida em julho do corrente ano, sob a alegao de descumprimento contratual uma vez que os causdicos somente foram autorizados a impetrar mandado de segurana contra o municpio de Natal, contudo, ajuizaram Ao Ordinria. Porm, cumpre esclarecer que, o j aludido contrato pactuado entre as partes, em sua Clusula Segunda, reza o seguinte: O Contratado prestar seus servios da melhor forma da legislao vigente, pelo que em qualquer instncia ou tribunal, dever, com fidelidade, representar o Contratante, zelando, sobretudo, pelos seus interesses(...) No obstante, o primeiro Termo Aditivo I ao mencionado contrato de Prestao de Servios, dispe em sua Clusula I: (...) o Contratado se responsabilizar pela elaborao e o acompanhamento de consultas administrativas e judiciais, defesas, recursos e demais atos administrativos e judiciais cabveis e necessrios fundamentao da no aplicao da lei municipal 6044/2010 de 12 de janeiro(...) Desta forma, considerando que compete ao advogado constitudo pela parte utilizar dos instrumentos jurdicos da melhor maneira que entende cabvel, obedecendo legislao vigente, a fim de satisfazer o interesse jurdico da parte a que representa, no h o que se falar em resciso motivada por ajuizamento de medida judicial diversa a disposta no Contrato. O objetivo do contrato, qual seja a no aplicao da lei municipal 6044/2010 a ora r, est sendo devidamente pleiteado, atravs da ao que
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entende a parte autora ser o meio hbil para tanto, a Ao Ordinria (n 0800623- 50.2010.8.20.0001 em trmite na 2 Vara da Fazenda Pblica de Natal/RN). Vide sentena procedente da demanda em anexo. Ora Excelncia, se o objeto o qual ensejou a elaborao do contrato entre as partes, esta sendo devidamente cumprido como podemos vislumbrar no j relacionado acima, no h motivo para a resciso contratual unilateral. Em face dessa conduta e esvaindo-se todos os meios amigveis, no restando alternativas autora, seno a propositura da presente ao de cobrana, objetivando compelir a r a voltar a cumprir com o pactuado anteriormente entre eles.
-II- DO DIREITO
O Estatuto de tica e Disciplina da OAB em seu artigo 4, fala sobre a independncia do advogado, sendo livre para escolher a maneira mais vivel e eficaz, zelando sempre em defender o interesse de seu cliente, seno vejamos: Art. 4 O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relao empregatcia ou por contrato de prestao permanente de servios, integrante de departamento jurdico, ou rgo de assessoria jurdica, pblico ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independncia.
Sobre a matria, os doutores Alan Vargas Martins, Fernando Bruning, Joo Paulo Bucker Brando, Lucas Mattos de Medeiros e Rodrigo Apolinrio Colle na obra Resenha da obra Comentrios ao Estatuto da Advocacia e da OAB definiram com excelncia a independncia do advogado, in verbis:
A Independncia: o advogado deve ser independente at de seu cliente, utilizando-se da tica da parcialidade, porquanto esta uma luta antiga da classe, uma vez que a forma de conduta do advogado conduz formao do senso que envolve toda a classe.
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Alm disto, resta provada a boa-f do autor, onde o mesmo continua pleiteando perante o judicirio, como anteriormente referido, o interesse de seu cliente, usando o meio que julgou mais eficaz e condizente com a pretenso almejada.
O Cdigo de Processo Civil, na sabena do seu art. 14, II, diz o seguinte:
So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: ... II proceder com lealdade e boa-f
Em sentido amplo, a boa f o conceito essencialmente tico definido pela conscincia de no prejudicar outrem em seus direitos, j em sentido estrito, a mesma conscincia de no lesar outrem com base no erro ou ignorncia, nessa esteira, podemos melhor constatar a boa-f do autor.
de bom alvitre ressaltar, que h uma relao de confiana entre advogado e cliente, quando da contratao daquele por este, para fins de represent-lo em juzo, para o exerccio do jus postulandi, o direito de postular que, em regra, atribudo ao advogado.
O contratante no pode liberar unilateralmente do vnculo obrigacional, exceto se houver clusula em que o contratante se reservar o poder de isentar-se do liame por sua exclusiva vontade, ou que esse efeito liberatrio resulte da prpria natureza do contrato.
Porem, no caso em tela, no h nenhuma clausula contratual que se refira resciso unilateral, havendo, portanto, penalidades impostas pelo Cdigo Civil como podemos ver em seu art. 603:
Art. 603. Se o prestador de servio for despedido sem justa causa, a outra parte ser obrigada a pagar-lhe por inteiro a retribuio vencida, e por metade a que lhe tocaria de ento ao termo legal do contrato
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Conforme demonstrado, o autor realmente executou os servios autorizados pelo ru, pois no h como alegar ao contrario, o requerido no pode ignorar quanto ao fato, de que seu interesse esta sendo bem guarnecido de forma prudente e eficaz.
Dispe o artigo 389 do Cdigo Civil:
No cumprida obrigao responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualizao monetria segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, e honorrios de advogado.
Conforme lio de SILVIO RODRIGUES:
A conseqncia do inadimplemento da obrigao , assim, o dever de reparar o prejuzo. De modo que, se a prestao no foi cumprida, nem puder s-lo, proveitosamente, para o credor, apura-se qual o dano que este experimentou, impondo-se ao inadimplente o mister de indeniz-lo.
Restando infrutfera toda e qualquer pretenso de soluo amigvel pleiteada pela parte autora, no restando nenhuma opo, seno vim presena de Vossa Excelncia com o intuito de ter seu direito garantido.
-IV- DO REQUERIMENTO
Isto posto, requer a Vossa Excelncia que: a) seja recebida a presente ao, pelos motivos expostos, determinando-se a citao da requerida, pelo correio, no endereo indicado preambularmente, para, querendo, contestar, sob pena de revelia e confisso quanto matria de fato e comparecer audincia a ser designada, se lhe aprouver; b) que a parte demandada, seja condenada a pagar os valores vencidos e vincendos;
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c) a produo de prova por todos os meios em direito permitidos, para o aqui alegado, em especial o depoimento pessoal da requerida, sob pena de confisso, oitiva das testemunhas arroladas, percia, e juntada novos documentos que surgirem no decorrer do trmite processual; d) ao final seja julgada procedente a presente ao, com a condenao da requerida ao pagamento das prestaes em atraso, tudo devidamente corrigido, acrescido de custas processuais, honorrios advocatcios no valor de 20% sobre o valor atualizado do total da condenao.
Protestando por todas as provas em Direito admitidas, o Autor requer a procedncia dos pedidos acima formulados, por ser medida de JUSTIA.
D-se causa o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), para valores meramente fiscais.