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Dessa forma, não vão satisfazer necessidades de gerenciamento de desempenho mais abrangentes.
Essa evolução exige a adição de novas capacidades e uma ampla mudança cultural a partir da
qual a área financeira possa ampliar seu foco.
Considerações básicas
- Nos próximos cinco anos, apenas algumas poucas empresas vão implementar CPM tanto para
finanças quanto para a organização como um todo.
- A maioria das empresas tem uma abordagem fragmentária do CPM. O gerenciamento estratégico
não está associado com atividades operacionais, o planejamento financeiro não está associado
com outros processos de planejamento e o fechamento financeiro e os processos de registro são
independentes dos processos de registro de gerenciamento.
- A extensão do controle que aplicações de CPM normalmente oferecem inclui mais facilmente as
necessidades financeiras e estratégicas da companhia do que aquelas de nível operacional.
Recomendações
- Amplie investimentos de CPM atuais ou futuros para incorporar uma abordagem conjunta dos
processos de gerenciamento fundamentais. Foque em aprimorar primeiro os processos de registro
e planejamento mais bem estabelecidos, porém expanda os investimentos de forma a englobar
outros aspectos do CPM, como gerenciamento estratégico.
O CFO é o executivo mais apropriado para se responsabilizar pelo CPM porque a função
financeira detém e controla a maior parte dos dados e processos que constituem a base do CPM.
Contudo, empresas que focam suas iniciativas de CPM em processos financeiros e métricas
perdem a oportunidade de chegar a uma visão real do CPM – uma análise da companhia como um
todo para gerenciamento de desempenho. Os CFOs devem expandir sua visão para além das
necessidades de curto e médio prazo da área financeira quando considerarem a implementação do
CPM, e devem trabalhar em conjunto com outros executivos (como CMOs e COOs) para assegurar
que suas respectivas métricas operacionais e iniciativas de gerenciamento de desempenho
formam parte do mapa de CPM. CIOs são importantes para que o CFO possa elaborar uma visão do
sistema de planejamento corporativo e deveriam garantir que os analistas de negócio estão
acostumados a levar uma visão corporativa a qualquer iniciativa de CPM. Isso não apenas
aumentará as chances de sucesso da iniciativa de CPM, mas também vai assegurar o alinhamento
com sistemas de TI básicos.
Até 2012, mais de 70% das empresas ainda não terão implementado o CPM em áreas que não sejam
finanças, perdendo a oportunidade de melhorar a execução da estratégia e reduzindo o
potencial de corte de custos.
ANÁLISE
Métricas financeiras ainda dominam a forma de medida do desempenho: apesar de muitas empresas
usarem uma mescla de métricas financeiras e não financeiras para gerenciar o desempenho de
unidade de negócio ou departamento, as métricas financeiras dominam o registro consolidado e
a apresentação externa para acionistas e reguladores. Isso está começando a mudar, conforme
apresentações financeiras e estruturas regulatórias também começam a introduzir mais métricas
não financeiras, como sustentabilidade corporativa e responsabilidade social, no relatório
financeiro. Além do mais, a tradicional função das novas tecnologias, como eXtensible
Business Reporting Language (XBRL), e as extensões de texonomias de registro, vão aos poucos
orientando a demanda para um registro não financeiro. Dados financeiros dominam as métricas
sobre como a companhia está evoluindo. Um dos motivos para o domínio dos dados financeiros é
que eles possuem um significado consistente para diferentes áreas do negócio.
O CFO e a função financeira são os responsáveis tradicionais por muitos dos processos de
gerenciamento mais bem estabelecidos e tem sido tanto apoiadores como usuários diretos de
quase todas as implantações de CPM. Poucas implantações foram desenvolvidas junto com outras
áreas da companhia e, portanto, a maioria focou na melhoria dos principais processos de
gerenciamento financeiro para consolidação financeira e registro financeiro/regulatório, além
de atividades como orçamento, planejamento e projeções.
O CFO e a função financeira são essenciais para qualquer iniciativa de CPM, especialmente nos
estágios iniciais. Contudo, é primordial que a iniciativa de CPM não foque apenas em
processos e métricas financeiros. Elaborar uma perspectiva global da companhia é importante
porque uma visão integrada dos principais indicadores de desempenho operacional e financeiro
(KPIs) vai identificar os condutores do negócio em resultados financeiros, e isso ajudará a
alinhar atividades operacionais e metas estratégicas. Associar processos de planejamento
operacional com orçamentos financeiros fortalecerá esse alinhamento porque restrutura a
relação entre atividades planejadas e os números de orçamento agregados. Isso também
estimulará uma cultura de valores compartilhados, já que investimentos financeiros estarão
diretamente relacionados com desempenho de funcionários em atividades operacionais.
Aplicações de CPM podem solucionar todos esses desafios, oferecendo um ambiente que gerencie
todos os processos de uma maneira consistente e integrada, ao mesmo tempo em que oferece
funcionalidades sofisticadas para apoiar todos os aspectos da execução da estratégia. Devido
a esses fatores, o departamento financeiro deve se dar conta de que seu papel precisa deixar
de ser dominar as necessidades de CPM e passar a ser coordenar a abordagem corporativa. Até
2010, mais de 70% das empresas ainda não terão conseguido implantar o CPM fora da área de
finanças, perdendo a oportunidade de aprimorar a execução de estratégia e reduzir custos. Em
vez disso, elas continuarão dominadas pelo foco em números no curto prazo, sem compreender o
que está realmente influenciando seu desempenho. Criar uma correlação entre financeiro e não
financeiro leva a um melhor entendimento daquilo que conduz o desempenho da companhia.
Muitos profissionais de finanças entendem que a iniciativa de CPM corporativo oferece ótimos
benefícios. Mesmo assim, pressões de curto prazo para lidar com questões políticas ou
problemas pontuais em processos orçamentários significam que os projetos podem ser fácilmente
restringidos por uma perspectiva dominda pelas finanças. Para garantir que os projetos de CPM
não cairão nesta armadilha, o Gartner recomenda que a equipe de finanças leve sempre em
consideração esses conceitos: “Métricas financeiras são apenas parte do quebra-cabeça” e “
Planejamento corporativo, não orçamento financeiro.”
Planejamento corporativo, não orçamento financeiro: essa simples frase funciona como um
lembrete para profissionais de finanças a respeito da abordagem que eles devem adotar quando
tentarem melhorar seus processos de orçamento como parte de uma iniciativa de CPM. CFOs e
profissionais de finanças devem entender como seus processos de orçamento e registro estão
relacionados com atividades de planejamento operacional, e devem assegurar que implementam
os processos e sistemas para dar suporte a esses vínculos. Aplicações de BP&F podem ajudar,
porque atualmente muitas delas suportam a criação de modelos corporativos amplos baseados em
uma rede de condutores de negócio operacionais que permitem aos usuários modelar os
resultados financeiros dependendo dos possíveis condutores do negócio.
Conclusão
O alcance do CPM sempre foi maior do que o departamento financeiro, e cada vez mais deve ser
visto como um portfolio de funções em forma de T (amplo mas focado, focado mas detalhista com
a função financeira) para dar suporte a uma abordagem mais ampla do gerenciamento do
desempenho da companhia. Devido à falta de visão e a um foco no curto prazo, a principal
adoção do CPM tem sido com o objetivo de melhorar os processos de gerenciamento financeiro
essenciais para registro e consolidação financeira e de BP&F; entretanto, mesmo com esses
módulos, existe a necessidade de trabalhar junto com outras áreas funcionais. O BP&F em
soluções de CPM apoia o planejamento estratégico e financeiro. O processo de planejamento é
baseado em fazer escolhas e entender quais condutores do crescimento são mais fáceis de serem
alterados dentro de uma organização, e qual tem consequência a curto e a longo prazo. Muitas
vezes, durante o processo de planejamento, pensamos sobre os resultados do negócio que
gostaríamos de obter sem nos ater a quais resultados tem atributos mais condizentes com os
objetivos gerais de desempenho.
Essa falta de foco nos elementos mais essenciais do planejamento estratégico é, portanto,
frequentemente uma perda de oportunidade de crescer ou transformar o negócio.
Semelhantemente, o registro (e, consequentemente, o gerenciamento) financeiro conta com
inúmeros stakeholders, tanto internos quanto externos. Orientados por políticas internas e
regulamentações externas, até mesmo essas funções financeiras básicas envolvem outras áreas
do negócio. As suites de CPM são um “sistema de registro” para os números financeiros e
oferecem muitos dados de análises e KPIs. Além do mais, uma das partes mais negligenciadas do
mercado de suites de CPM (gerenciamento de estratégia) ajuda a traduzir estratégia e alinhar
o negócio com iniciativas e metas fundamentais. Por isso, o gerenciamento de estratégia é
uma “cola” ideal, porque usa a estrutura de métricas da companhia para reunir informação
financeira e não financeira de todas as funções do negócio em diferentes camadas (dos cargos
de liderança ao gerente de LOB), relacionando múltiplas perspectivas e fornecendo uma visão
holística que obtém dados de variadas fontes e pode formar um ponto de integração para uma
abordagem mais ampla do gerenciamento de desempenho.