0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
495 visualizzazioni6 pagine
O documento descreve a experiência da aluna Isabella Nóbrega em uma disciplina de Prática Real III em Direito do Trabalho na Universidade Católica de Pernambuco. A aluna participou de aulas e audiências onde observou diferenças entre a Justiça Comum e a Justiça do Trabalho, especialmente no que se refere à celeridade e uso da tecnologia.
O documento descreve a experiência da aluna Isabella Nóbrega em uma disciplina de Prática Real III em Direito do Trabalho na Universidade Católica de Pernambuco. A aluna participou de aulas e audiências onde observou diferenças entre a Justiça Comum e a Justiça do Trabalho, especialmente no que se refere à celeridade e uso da tecnologia.
O documento descreve a experiência da aluna Isabella Nóbrega em uma disciplina de Prática Real III em Direito do Trabalho na Universidade Católica de Pernambuco. A aluna participou de aulas e audiências onde observou diferenças entre a Justiça Comum e a Justiça do Trabalho, especialmente no que se refere à celeridade e uso da tecnologia.
Participei das aulas da turma 3EF, do Professor Marcos Calheiros. Logo no primeiro dia, ficou claro que a Prtica Trabalhista, tinha um rito e totalmente diferente das outras prticas estudadas na Universidade. Em sala de aula foram abordados diversos temas e tivemos a oportunidade de responder diversas questes voltadas para o direito do trabalho. Alguns assuntos me chamaram ateno, principalmente pela sempre necessidade que existe na prtica trabalhista, de buscar beneficiar o empregado. Vimos, por exemplo, questes relacionadas a jornada de trabalho do empregado e seus direitos. Segundo o artigo. 7 inciso XIII, da Constituio Federal, a jornada de trabalho ter a durao de no mximo 08 horas dirias, com o limite de 44 horas semanais, esclarecendo que jornadas menores podem ser fixadas pela Lei, convenes coletivas ou regulamento de empresas. Ainda abordamos o art. 62 da CLT, onde ficam excludos desta regra os empregados que no possuem controle de jornada ou seja impossvel realizar o mesmo, como ocorre nos cargos de confiana e nas atividades realizadas em ambiente externo, sem fiscalizao. Talvez o mais importante de observarmos, foi a real necessidade de que a jornada de trabalho seja coerente ao empregado e ao empregador, no podendo exceder o limite interposto pela lei, pois, seria abuso do prprio homem. Em outra aula, foi observado, como, no mundo atual, a maneira de se trabalhar tem mudado. Hoje em dia muito mais comum o trabalho de home Office, onde o empregado tem a comodidade de trabalhar dentro de casa. Porm, isso torna-se muito perigoso para o funcionrio e para aquele que o emprega. Pois, existem sujeies como o relapso com o trabalho, a falta de concentrao e ainda, e talvez o mais importante, a falta de convivncia com colegas e com o prprio chefe, que pode gerar desentendimentos. Foi observado, contudo, dentro da sala de aula, que este tipo de servio, permite ao empregado um trabalho com menos presso e mais criatividade. Talvez, seja um dos temas mais polmicos da atualidade, pois no existe, de fato, regras e legislaes para dar suporte, assim como ficou claro em sala de aula, existem o lado positivo e negativo e ambos esto muito interligados. Em todas as aulas foi utilizado, no s a CF/88, mas tambm a CLT e, com mesma importncia as emendas e leis complementares. Fica claro que o direito trabalhista, seja talvez, o direito com mais emendas e leis que o complementem, pois, sofre o emprego, o empregado e o empregador, so afetados pela poca em que a sociedade vive. Como foi colocado o exemplo em sala de aula, da utilizao do ponto eletrnico e de toda a tecnologia para monitoramente, por exemplo, do empregado. Tornando o trabalho mais rgido e permitindo a execuo mais correta das prprias recises contratuais quando existem. Tivemos a oportunidade de assistir audincias na SUDENE. Na diviso, ca na 22 Vara Trabalhista, que tem o Exmo. Dr. Edmilson Alves da Silva como Juiz. A primeira coisa que se observa a modernidade e celeridade que h nas audincias. incrvel como ocorrem de maneira rpida, o que j demonstra uma grande diferena da Justia Comum. Toda essa celeridade nos faz pensar que, a Justia especializada conta com uma melhor qualificao profissional. Existe tambm uma multiplicidade de formas de direo do processo pelos Juzes do Trabalho. H, com certeza, uma grande diferena entre a Justia comum e a trabalhista, no que tange contingente de servidores dentro das varas e aparelhagem eficiente para eficcia do trabalho. Existiam cerca de 6 pessoas trabalhando dentro da vara, entre tcnicos, estagirios, entre outros. Dentro da sala de audincia, completamente notvel a diferena no que diz respeito aos equipamentos utilizados. O juiz conta com dois computadores de ltima gerao, a assistente de audincia, conta com um, e as partes com cerca de 2 4 computadores. H tambm o uso de microfone para chamar as partes, evitando que os servidores saiam da sala e deixem a sala sozinha, os processos. Todos os processos so virtuais e suas peties e atas so colocadas no computador, para evitar que seja usado o material fsico. Com toda essa modernidade, fica clara a celeridade e diferena visvel entre a Justia Comum e a Trabalhista. O papel da assistente de audincia o mais importante dentro da sala. Ela responsvel por chamar as partes, assessorar o juiz, digitar a ata de audincia e todas as demais partes funcionais do processo, j que, dentro da sala apenas ela, o juiz, as partes e os ouvintes interessados, em sua grande maioria estudantes.
AUDINCIA - Nmero do processo: 0000670-28.2013.5.06.0022
No dia 01/04/2014, s 11:15h, compareci a 22 Vara Trabalhista. A audincia em tela era entre um Sr. Chamado Rogrio Jos da Silva, ora reclamante, contra o grupo LISERVE Servios auxiliares LTDA e J MACEDO S/A O reclamante compareceu acompanhado de seu advogado, as reclamadas compareceram atravs de 2 prepostos e 2 advogadas, sendo um de cada. O processo gira em torno do salrio aps a demisso do funcionrio, os adicionais de horas extras, periculosidade, diferena salarial e vale transporte. O que pode ser observado que, o reclamante queria um reajuste no que foi recebido aps sua demisso, por no ter, aparentemente, sido pago de maneira devida. Esta foi nica audincia onde houve a possibilidade de se ouvir testemunhas do fato. Foram ouvidas testemunhas do reclamante e da primeira reclamada, Liserve. A testemunha do reclamante esclareceu que trabalhou com ele, porm em funo diversa. Explicou que as refeies eram feitas rapidamente em refeitrios, que a empresa era rigorosa com atrasos e uniformes. Falou ainda que o emprego de ambos era noturno. Algumas vezes foi incontroverso em seu depoimento, respondendo o que no lhe foi perguntando ou dando respostas incompreensveis. O juiz mostrou seu pulso e solicitou que a testemunha respondesse o que foi perguntando, sem desviar das perguntas. Ainda constou na ata de audincia todas as vezes que a testemunha tangenciou uma resposta. J a testemunha da reclamada LISERVE, informou que trabalha na empresa, deu seu depoimento e disse que no lembrava se, de fato, o reclamante havia trabalhado l nas datas referidas. O juiz encerrou a audincia sem perguntar mais nada, a proposta de acordo restou infrutfera, endo o juiz demarcado a data do julgamento. Foi notria a celeridade com que ocorre a ouvida das testemunhas e todo o resto do procedimento. A facilidade da integrao da tecnologia, com as ltimas peties e documentao do processo aparecendo na tela para advogados, partes, prepostos e testemunhas, facilita o desenvolver da audincia. Claramente observado tambm, que o caso em tela, trata-se de uma ratificao de valor recebido aps o Reclamado se desligar da empresa. discute, principalmente, o valor do auxilio transporte e alimentao recebido e ainda o adicional de periculosidade pelo horrio e local de trabalho, pois a empresa era em SUAPE. Acompanhando o processo, visto que o mesmo aguarda deciso do MM. Juiz.
AUDINCIA - Nmero do processo: 0000734-38.2013.5.06.0022
A segunda audincia era entre o Sr. Edimilson Ferreira da Silva e RIBEIRO & SOARES SERVICOS TERCEIRIZADOS. Nesta audincia houve uma grande confuso a preposta e a advogada que compareceram para, teoricamente, representar o Sr. Edimilson, ora reclamente, informaram no conhecer a parte. O Sr. Edimilson no compareceu a audincia, no atendendo ao feito. O juiz deu ento por encerrada a sesso. Fui conversar com o juiz depois da audincia e o mesmo informou que este caso tratava-se de Verbas Rescisrias e que, se a parte no comparecesse para explicar o porqu de sua ausncia, o juiz iria mandar arquivar o processo.
As outras audincias foram os processos foram os de nmero 0000296- 75.2014.5.06.0022 e o 0000299.30.2014.5.06.0022. Ambos no rito sumarssimo. Audincias tambm para reajuste de salrios. As partes no entraram em acordo, tendo o juiz remarcado a audincia.
PESQUISA MEDIAO, ARBITRAGEM E CONCILIAO
Diante da normatizao do trabalho, h regulamentao das formas de soluo de conflitos judiciais e extrajudiciais, esta ltima visando, entre outras coisas, descongestionar o Poder Judicirio. Assim, abre-se o leque para formas de soluo extrajudiciais de conflitos, inclusive no mbito trabalhista. No obstante, muitas destas formas de soluo apresentam consigo a resistncia, seja por conta dos princpios do direito do trabalho, seja por motivos culturais de nossa sociedade. Dentre as maneiras de solucionar problemas extrajudicialmente, encontramos: arbitragem, mediao e a comisso de conciliao prvia. Arbitragem o tipo de soluo de conflitos onde a deciso lanada em laudo arbitral efetiva-se por um terceiro denominado rbitro, estranho a relao entre os sujeitos em controvrsia e, em geral, por eles escolhido. So tipos de arbitragem: nacional e internacional, obrigatria e voluntria/facultativa, legal e convencional, de direito e de equidade. Na arbitragem nacional no participa poderes estrangeiros, j na internacional envolve sujeitos de distintos Estados e sociedades e, o laudo arbitral abrange diferentes territrios e normalmente um terceiro Estado/pas serve como rbitro. A arbitragem obrigatria a que se impe s partes legalmente ou a que as partes convencionam em contrato, tornando-se "clusula compromissria". A arbitragem facultativa ou voluntria escolhida pelas partes no surgimento do conflito, nesse caso a eleio da arbitragem como frmula de resolver o conflito denomina-se "compromisso arbitral". Registre-se que no Brasil no comum arbitragem imperativa por fora de lei, uma vez que arbitragem tende a ser uma escolha das partes. A arbitragem legal ocorre quando h previso normativa, todavia a previso de norma no obrigatria. Pode ser como na lei do porturio e tambm pode ser facultativa, conforme interesse das partes (a lei prev mas a parte escolhe se quer ou no a arbitragem) como por exemplo a arbitragem do direito coletivo. A arbitragem convencional resulta do acordo de vontade das partes e pode ocorrer previamente a existencia do conflito, tornando-se obrigatrio o seguimento da via arbitral (clausula compromissria) e tambm pode ocorrer no momento em que o conflito se manifesta, elegendo a arbitragem como soluo (compromisso arbitral). A arbitragem de direito quando h conflito interpretativo de regra, princpios jurdicos ou de clusula contratual, sendo que, pela arbitragem escolhe-se o que aplicvel s partes e se assemelha ao dissdio coletivo de natureza jurdica. A arbitragem de equidade quando h conflito de interesses materiais, econmicos, envolvendo pedidos patrimoniais disputados pelas partes, assemelha-se ao dissdio coletivo de natureza economica. No direito coletivo do trabalho no h dvidas acerca da soluo de conflitos coletivos trabalhistas por meio da arbitragem, at porque a prpria Constituio Federal no artigo 114 pargrafo 1 faz referncia arbitragem facultativa. A grande dvida encontra-se no direito individual do trabalho, uma vez que este trata de direitos indisponveis e, portanto no seriam passveis do instituto, sendo certo que a discusso se alonga, a respeito do que realmente so direitos disponveis ou indisponveis no mbito do contrato de trabalho. Outra forma de soluo de conflitos extrajudiciais a mediao, que refere-se a conduta pela qual determinado terceiro imparcial, em face dos interesses divergentes das partes em conflito, busca auxili-los na composio cujo teor ser decidido pelas prprias partes. O mediador insiste na resoluo pacfica da controvrisa, no assume poderes decisrios e, a soluo final fica por conta das partes. Alguns doutrinadores entendem que a mediao e a conciliao no so formas de soluo de conflito, mas meios autocompositivos, pois no entregam a terceiro o poder de decidir o litgio, ainda que sendo inegvel sua participao na dinmica compositiva. Em que pese esse entendimento, a prtica nos ensina que mediao e conciliao so frmulas de soluo extrajudicial de conflitos, haja vista, o termo de ajuste de conduta e a comisso de conciliao prvia, respectivamente. A lei tambm autoriza a instituio de comisses de conciliao prvia nas empresas ou grupos de empresas, em sindicatos ou grupos de sindicatos. A configurao da comisso de conciliao prvia inicia-se com a formulao por escrito da demanda ou sua reduo a termo pelo membro de tais entidades, sendo entregue cpia datada e assinada ao interessado. As entidades tem 10 (dez) dias para conciliar, a partir da provocao do interessado. Tal provocao suspende o curso da prescrio trabalhista que recomea a fluir pelo que resta partir da negociao frustrada ou esgotamento do prazo. As empresas e os sindicatos podem instituir Comisses de Conciliao Prvia, de composio paritria, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuio de tentar conciliar os conflitos do trabalho, todavia, aps muita discusso, a corrente majoritria entende que no podem ser obrigatrias. Importante citar que o termo de conciliao registrado nas respectivas entidades ter carter de ttulo executivo extrajudicial, sendo exequvel na Justia do Trabalho pelo juiz que seria competente para o processo de conhecimento relativo matria. Em suma, as formas de soluo de conflito extrajudical de trabalho, quando bem estruturadas, de eficcia e pertinncia total, uma vez que atribui o poder de regularizar as pendncias trabalhistas de maneira pacfica. Os efeitos pedaggicos sobre a sociedade, motivados por estes instrumentos, devem ser positivos, principalmente no que tange cultura do entendimento. estatisticamente comprovado, que fora do mbito judicial, as pessoas tendem a ficar mais tranquilas ao discutirem conflitos ocorridos durante o contrato de trabalho. Por inmeras vezes, percebemos nas audincias que reclamante e reclamado pretendem desabafar sobre acontecimentos experimentados na vigncia do contrato e aps tal conduta o acordo flui livremente, j que a mgoa est resolvida, todavia, no so todos os magistrados que permitem o desabafo. As formas de soluo de conflitos extrajudiciais do trabalho uma alternativa que deve ser avaliada pelos operadores do direito como medida coerente a ser adotada e devem ser utilizadas de maneira a valorizar o dinamismo humano, estabelecendo-se bases sociais mnimas para convvio e determinao de garantias, principalmente, inerentes dignidade da pessoa humana.