Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
TRATAMENTO DE EFLUENTES DE
LATICÍNIOS E DERIVADOS
LEIDE DAIANA
JOSÉ JÚNIOR
MONYCA PRISCILA
ROSINERE BATISTA
PATRICIA TENÓRIO
São Luís - MA
2009
MEC/SETEC
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA - IFMA
CAMPUS – SÃO LUÍS / MARACANÃ
São Luís - MA
2009
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................5
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................24
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................25
INTRODUÇÃO
4
As indústrias de laticínios geram efluentes industriais com grande concentração de
matéria orgânica. Assim, a matéria orgânica constitui-se o principal poluente das águas
residuárias de um laticínio. Segundo os órgãos de controle ambiental, é preciso tratar
esse efluente gerado, de modo que, ao ser lançado em um corpo d’água, não
desequilibre as características deste. O emprego das lagoas de estabilização tem se
consagrado no tratamento deste tipo de efluente, pois além do baixo custo de
implantação e manutenção, mostra-se muito eficaz na remoção da matéria orgânica.
Pode-se avaliar a eficiência do emprego das lagoas de estabilização no tratamento de
efluentes, através da eficiência de remoção da matéria orgânica. Esta pode ser
caracterizada pelos parâmetros como DBO, DQO, sólidos totais e sólidos
sedimentáveis, O sistema de tratamento de efluente consta de um pré-tratamento
composto por grades (para remoção de sólidos grosseiros) e separador de gordura,
seguido pelo tratamento propriamente dito através das lagoas de estabilização.
1.1 O LEITE
8
O glóbulo de gordura é rodeado por uma membrana protéica da qual se isolam
duas frações: uma solúvel e outra insolúvel em solução aquosa. A matéria gorda é
constituída por cerca de 99,5% de compostos lipídicos e 0,5% de compostos
lipossolúveis. Os primeiros, subdividem-se em lipídeos simples, complexos e ácidos
graxos livres. A fração insolúvel são constituídos por colesterol, vários hidrocarbonetos,
o grupo das vitaminas lipossolúveis e alguns álcoois. A gordura do leite tem valor
comercial, uma vez que é o principal constituinte da manteiga, alguns queijos e
confecção de sobremesas geladas. Já os sais encontram-se em dissolução (moléculas e
íons) ou no estado coloidal e apresentam-se através dos fosfatos de cálcio, de sódio, de
magnésio e de ferro, cloreto de sódio e de potássio, carbonatos, lactados e caseinatos de
sódio, sulfato e silicato de potássio e fluoreto de cálcio. O cálcio e o fósforo são dois
elementos fundamentais da estrutura da micela das caseínas, condicionam a estabilidade
da fase coloidal. Também o magnésio é um elemento muito importante que intervêm
igualmente como o cálcio na estabilidade da micela. A quantidade de nutrientes varia de
acordo com a origem do leite, como vaca, cabra, bufada ou ovelha.
Existem alguns oligoelementos, componentes necessários no organismo, mas em
pequenas quantidades, presentes em quantidades mínimas ou simples vestígios, cujos
teores podem variar muito, segundo condições de produção de leite. Os principais
oligoelementos são: zinco, iodo, ferro, molibdênio, flúor, selênio, cobalto e magnésio.
Encontram-se também no leite microrganismos como bactérias, vírus, fungos e
leveduras. Quando submetidos a processos de pasteurização ou UHT (Ultra Hight
Temperature) os microorganismos são eliminados e repostos (fermentos) quando o leite
é utilizado para produção de produtos fermentados como queijos e iogurtes. Nestes
casos, os microrganismos ajudam a melhorar aroma, sabor e na conservação destes
produtos.
A utilização de água pela indústria pode ocorrer de diversas formas, tais como:
incorporação ao produto; lavagens de máquinas, tubulações e pisos; águas de sistemas
de resfriamento e geradores de vapor; águas utilizadas diretamente nas etapas do
processo industrial ou incorporadas aos produtos; esgotos sanitários dos funcionários.
Exceto pelos volumes de águas incorporados aos produtos e pelas perdas por
evaporação, as águas tornam-se contaminadas por resíduos do processo industrial ou
pelas perdas de energia térmica, originando assim os efluentes líquidos. Os efluentes
líquidos ao serem despejados com os seus poluentes característicos causam a alteração
de qualidade nos corpos receptores e conseqüentemente a sua poluição (degradação).
9
Historicamente o desenvolvimento urbano e industrial ocorreu ao longo dos rios
devido à disponibilidade de água para abastecimento e a possibilidade de utilizar o rio
como corpo receptor dos dejetos. A poluição hídrica pode ser definida como qualquer
alteração física, química ou biológica da qualidade de um corpo hídrico, capaz de
ultrapassar os padrões estabelecidos para a classe, conforme o seu uso preponderante.
Considera-se a ação dos agentes: físicos materiais (sólidos em suspensão) ou formas de
energia (calorífica e radiações); químicos (substâncias dissolvidas ou com potencial
solubilização); biológicos (microorganismos).
É fundamental o aproveitamento do soro do leite, que não deve ser descartado para
o efluente.
11
A Figura ilustra o processo integrado para a redução da carga poluidora nos efluentes de laticínios.
15
No total, o tratamento dos resíduos industriais é dividido em 5 etapas: pré-
tratamento, tratamento químico, tratamento físico, tratamento anaeróbio e desidratação
do resíduo gerado na ETE, ou tratamento do lodo.
16
No Tratamento químico, o tanque de equalização garante que a mistura dos
efluentes provenientes do processo industrial seja homogênea quanto às características
físico-químicas. O efluente equalizado contém partículas pequenas de baixo peso e
partículas coloidais. Para que possam ser removidas no processo físico, elas devem
aglomerar-se e os flocos tornarem-se espessos.
17
O efluente tratado verte para uma canaleta, de onde parte para a rede de esgotos, com as
características exigidas pelo Artigo 19A.
Tipo de tratamento – Reator anaeróbico de fluxo ascendente, unitank (conjunto de tanques de aeração e clarificação) com polimento final;
18
recolhida em caçambas e encaminhada ao aterro industrial. De acordo com o químico, o
tratamento do efluente faz com que 97% dos poluentes sejam eliminados antes que o
despejo industrial chegue à rede pública, onde será tratado mais uma vez para, então, ser
jogado no Rio Tietê. Ou seja, as 4,5 toneladas de resíduos tratados diariamente resultam
em 144 quilos de resíduos que são dispostos no aterro industrial . Esse resíduo pertence
à classe 2, de acordo com a classificação da NBR 10.004, ou seja, resíduo não inerte e
não perigoso. Os investimentos na Estação de Tratamento de Efluentes, em suas duas
fases, alcançaram a cifra dos US$ 3,5 milhões, dos quais US$ 2 milhões provenientes de
recursos próprios e US$ 1,5 milhão financiados pelo Banco Mundial, por intermédio do
Banespa. Parte desta verba foi utilizada na construção dos oito tanques da estação, os
quais foram construídos em concreto armado e revestidos com fibras e aplicações
químicas de impermeabilizantes e materiais resistentes a ácido e soda.
21
seu posterior reuso nos processos industriais. A aplicação de qualquer corrente com
contaminação proveniente dos processos de filtração ou armazenamento, mesmo após a
pasteurização, teria conseqüências desastrosas após o consumo humano dos produtos
subseqüentes. Assim, os parâmetros microbiológicos, que são conhecidos através da
literatura e da legislação, devem ser respeitados através de procedimentos adequados de
manipulação e de operações com as correntes obtidas para que o retorno destas ao
processo industrial seja possível. Além dos parâmetros microbiológicos, é de
indispensável conhecimento a caracterização dos componentes destas duas correntes
para a adequação no processamento. Segundo dados, é possível reintroduzir a corrente
do permeado como água de processo com fins não compatíveis ao consumo humano, ou
seja, para lavagens de piso, caminhões, ou como água de caldeira ou resfriamento. Já a
corrente do rejeito, apresenta características que concedem sua reintrodução no processo
para fins de consumo humano. Analisando os dados apresentados, referentes à água
resultante, de acordo com as características físico-químicas, esta não necessitaria passar
pela estação de tratamento de efluentes, sendo inclusive passível de utilização direta na
indústria: lavagem de caminhões, pisos e sanitários.
22
de água contendo sólidos solúveis orgânicos no meio ambiente, quanto pela retirada
deste volume dos mananciais e lençóis d'água, que poderiam ser preservados.
23
Considerações finais
24
BIBLIOGRAFIA
http://www.enasaengenharia.com.br/tratamento-efluentes-industria-
laticinios.php
http://www.pracomprar.com/userfiles/pracomprar_165_photo_19a770260d9
390bc449cdd41b4d5feb2.jpg
http://www.latscala.com.br/site/node/12
http://www.feq.unicamp.br/~cobeqic/tEa02.pdf
http://www.ufmt.br/esa/Modulo_II_Efluentes_Industriais/Apost_EI_2004_1ABE
S_Mato_Grosso_UFMT2.pdf
http://www.pb.utfpr.edu.br/eventocientifico/revista/artigos/0603006.pdf
http://www.advancesincleanerproduction.net/second/files/sessoes/4a/5/L.
%20F.%20W.%20Brum%20-%20Resumo%20Exp.pdf
25