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O documento descreve as características gerais do gênero Staphylococcus, com foco em Staphylococcus aureus. Detalha fatores de virulência de S. aureus como enzimas (coagulase, catalase), toxinas (hemolisinas, toxina da síndrome do choque tóxico) e estruturas de superfície (proteína A, cápsula). Também aborda infecções causadas por S. aureus e métodos de isolamento em laboratório.
O documento descreve as características gerais do gênero Staphylococcus, com foco em Staphylococcus aureus. Detalha fatores de virulência de S. aureus como enzimas (coagulase, catalase), toxinas (hemolisinas, toxina da síndrome do choque tóxico) e estruturas de superfície (proteína A, cápsula). Também aborda infecções causadas por S. aureus e métodos de isolamento em laboratório.
O documento descreve as características gerais do gênero Staphylococcus, com foco em Staphylococcus aureus. Detalha fatores de virulência de S. aureus como enzimas (coagulase, catalase), toxinas (hemolisinas, toxina da síndrome do choque tóxico) e estruturas de superfície (proteína A, cápsula). Também aborda infecções causadas por S. aureus e métodos de isolamento em laboratório.
O nome Staphylococcus provm do grego staphyl, que significa cacho de uvas. Isto se refere ao fato de que as clulas destes cocos Gram- positivos crescem em grumos, seguindo um padro que se assemelha a um cacho de uvas. Os estafilococos pertencem Famlia Staphylococcaceae, possuem metabolismo anaerbio facultativo, so imveis e catalase-positivos. So mesfilos, podendo crescer em temperaturas entre 18 a 40C (timo: 35 40C). Esses microrganismos encontram-se amplamente distribudos, podendo ser encontrados nas superfcies corporais do homem e de outros animais, assim como no solo, na gua, em plantas e objetos. Atualmente, o gnero compreende 32 espcies, das quais 16 so encontradas em seres humanos. A tabela 1 apresenta os estafilococos de maior significado clnico.
Staphylococcus aureus o principal patognico do gnero, que pode fazer parte da microbiota normal dos indivduos, colonizando especialmente a pele, regies com plos, tratos respiratrio e urogenital. Eventualmente causam doena:
A)INFECES AGUDAS invaso direta e destruio tecidual. Podem ser:
Primrias desenvolvimento na porta de entrada do microrganismo Ex.: celulite, infeces ps cirrgicas, piodermites, abscessos
Secundrias por disseminao hematognica ou linftica Ex.: enterocolite, meningite, endocardite, septicemia, osteomielite
B) TOXEMIAS manifestaes clnicas so decorrentes da ao de toxinas Ex.: Sndrome da pele escaldada Sndrome do choque txico Intoxicao alimentar estafiloccica
FATORES DE VIRULNCIA
S.aureus produz uma srie de fatores de virulncia, que esto aqui descritos em 3 categorias: enzimas, toxinas e estruturas de superfcie (Tabela 2).
Enzimas Toxinas Estruturas de superfcie Coagulase Citotoxinas: Hemolisinas (,,,) Leucocidina
Cpsula Catalase Toxina esfoliativa Protena A Hialuronidase Tox. Sndrome do choque txico Adesinas (c. teicico) Nucleases Enterotoxinas Penicilinase Lipase
3 EXOENZIMAS
Coagulase Enzima que coagula o plasma humano ou de coelho, formando uma malha protetora ao redor do microrganismo.
COAGULASE
TROMBINA PROTROMBINA
FIBRINOGNIO FIBRINA
Catalase - Transforma o perxido de hidrognio (H 2 O 2 ) em gua e oxignio. O H 2 O 2 pode acumular-se durante o metabolismo bacteriano e aps a fagocitose.
Hialuronidase - hidrolisa cidos hialurnicos presentes na matriz acelular do tecido conectivo, facilitando a disseminao do S.aureus nos tecidos.
Nucleases Enzimas que hidrolizam ligaes internucleotdicas de cidos nucleicos, despolimerizando-os e diminuindo a viscosidade do meio onde eles se encontram. Isto tambm facilitaria a disseminao da bactria nos tecidos.
- lactamase (penicilinase) Enzima que quebra o anel -lactmico, inativando a droga, produzida por 90% das cepas hospitalares e 50% das domiciliares de S.aureus. uma enzima extracelular indutvel, cuja disseminao foi garantida pela sua presena em plasmdeos transmissveis.
Lipases - estas enzimas hidrolisam lipdeos, uma funo essencial para garantir a sobrevida dos estafilococos nas reas sebceas do corpo, podendo ser importante para a invaso dos tecidos cutneos e subcutneos, assim como para o desenvolvimento de infeces cutneas superficiais (ex.: furnculos, carbnculos).
4 TOXINAS:
Hemolisinas: ao necrotizante e citoltica principalmente para hemcias, leuccitos e plaquetas. Prejudica a resposta quimiottica dos leuccitos.
Leucocidina: ao ltica sobre leuccitos e macrfagos, levando a formao de poros e aumento da permeabilidade a ctions. Implica em maior resistncia fagocitose.
TOXINAS RELACIONADAS A SNDROMES CLNICAS:
Toxina epidermoltica (esfoliatina, esfoliativa)
A Sndrome da pele escaldada (Doena de Ritter) representada por uma dermatite esfoliativa, mediada pela toxina esfoliativa. Foram identificadas duas formas distintas (tipos sorolgicos) desta toxina: ETA (cromossomial) e ETB (plasmidial), ambas capazes de produzir a doena, que observada principalmente em crianas pequenas. Este fato pode estar rel acionado falta de anticorpos protetores.
PATOGNESE:
Colonizao liberao da toxina ligao protena do citoesqueleto das cls. do estrato granuloso da epiderme vesculas e rupturas descamao (localizada / extensa )
Os primeiros registros da Sndrome do Choque Txico em mulheres menstruadas foram publicados em 1980 (Julho de 1980: > 120 casos/ ms no CDC, nos Estados Unidos), relacionados multiplicao rpidas de estirpes produtoras da toxina em tampes absorventes. Atualmente, cerca de 40-50% dos casos esto relacionados infeces cutneas e ps-cirrgicas, partos, abortos, osteomelite e abcesso pulmonar.
5 - Sintomas: febre alta ( 38,9C), dor de cabea, hipotenso rash escalatiniforme (eritroderma macular difuso) envolvimento de vrios sistemas orgnicos: * gastrintestinal: vmitos ou diarria aquosa * muscular: mialgia severa * mucosas: hiperemia conjuntival, orofaringeana ou vaginal * SNC: confuso mental, alterao de conscincia descamao de toda a pele
Tratamento : sintomtico antimicrobianos adequados drenagem do foco infeccioso remoo de corpos estranhos Taxa de mortalidade : 5 10 %, at 65%
Enterotoxinas
A Intoxicao alimentar estafiloccica, uma das doenas alimentares mais comuns, uma intoxicao causda pela ingesto do alimento contaminado pelas enterotoxinas, que so protenas extracelulares (tipos sorolgicos A - H) relativamente resistentes ao calor (100C/ 30 min) e ao das enzimas digestivas (pepsina, tripsina). Condies que favorecem a ocorrncia de intoxicao: alimentos : cozidos manipulados laticneos, carnes e derivados tortas, saladas S. aureus enterotoxignicos manipuladores animais equipamentos multiplicao e liberao da toxina: 10 6 10 7 bact/g, em alimentos que permanecem por longos perodos (~4 horas) sem refrigerao adequada.
Sintomas aparecem rapidamente (1- 6 horas):
Nuseas Diarria, dor de cabea Clicas abdominais Cibra muscular vmitos Prostrao Hipotenso, morte
As enterotoxinas, assim como a toxina esfoliativa e a TSST-1, so fortes indutores da liberao de citocinas, como a interleucina-1, o que explicaria os efeitos sistmicos superantgenos. Alm disso, estimulam o peristaltismo intestinal e possuem um efeito sobre o sistema nervoso central, manifestado pela ocorrncia de nusea e vmitos intensos nos pacientes.
6 Diagnstico: Podemos associar a sintomatologia gastrointestinal confirmao laboratorial. sintomatologia : Perodo de incubao curto (mdia 2 4 horas) Sndrome gastrintestinal vmitos confirmao laboratorial: isolamento de > 10 5 S. aureus/g alimento isolamento de estafilococos enterotoxignicos no alimento deteco de enterotoxinas no alimento suspeito
ESTRUTURAS DE SUPERFCIE
Protena A Protena que reveste uniformemente a superfcie da maioria das estirpes de S.aureus. Possui afinidade para ligao ao receptor Fc das IgG (exceto IgG3), tendo portanto efeitos anti-complementar e anti-fagocitrio. Podem induzir a ocorrncia de reaes anafilticas (locais/sistmicas): liberao de histamina.
Cpsula A cpsula polissacardica produzida por algumas estirpes: inibe a opsonizao e fagocitose por leuccitos polimorfonucleares e inibem a proliferao de clulas mononucleares aps exposio a mitgenos.
Adesinas Compostas por c. Teicico, medeiam a fixao dos estafilococos superfcies mucosas atravs de sua ligao especfica fibronectina (glicoprotena de superfcie de membrana citoplasmtica).
ISOLAMENTO E IDENTIFICAO LABORATORIAL DE S.aureus
A) Material
Swab da base de abcessos Sangue Secreo nasofarngea Swab vaginal Amostras de alimentos
B) Meios de Cultura
Agar-sangue Agar Manitol Salgado Agar Baird-Parker 7
C) Identificao
Colorao de GRAM; catalase Coagulase, DNase, Manitol (anaerobiose)
TRATAMENTO, PREVENO E CONTROLE
Os estafilococos so microrganismo ubquos, encontrados na pele e nas mucosas, e sua introduo atravs de soluo de continuidade na pele freqentemente inevitvel. Entretanto, a dose infecciosa alta, a no ser que haja algum corpo estranho na ferida (ex.: estilhaos, fios, suj eira). A limpeza apropriada da ferida e a ateno quanto a anti-sepsia das leses (ex.: sabo germicida, soluo de iodo), alm dos cuidados com material de curativo, podem evitar a maioria das infeces em pessoas sadias. Uma observao se faz quanto ao caso das feridas cirrgicas, que podem ser causadas por uma dose infectante baixa, devido presena de corpos estranhos e tecido desvitalizado. A esterilizao correta do material cirrgico, a lavagem das mos e a cobertura das superfcies cutneas expost as podem minimizar o risco de contaminao durante o procedimento cirrgico.
S.aureus infeces agudas:
INFECES CUTNEAS
IMPETIGO: mcula-vescula-pstula-crosta FOLICULITE: sicose (terol) FURUNCULOSE: extenso dolorosa e necrtica da foliculite ANTRAZ: coalescncia de furnculos INFECES DE FERIDAS CIRRGICAS ou TRAUMTICAS
BACTEREMIA E ENDOCARDITE
ORIGEM: geralmente a partir de um foco infeccioso 50% dos casos: infeco hospitalar (cateterismo)
ENDOCARDITE: taxa de mortalidade elevada
8 PNEUMONIA E EMPIEMA
PNEUMONIA: ocorrncia aps aspirao de secrees orais (crianas, idosos, fibrose cstica, gripe, doenas obstrutivas) ou disseminao hematognica (endocardite, cateterismo)
EMPIEMA: difcil drenagem (reas isoladas)
OSTEOMIELITE E ARTRITE SPTICA
OSTEOMIELITE: infeco hematognica ou ps-traumtica Crianas: infeco metafisria de ossos longos (reas altamente vascularizadas) com dor local e febre alta. Adultos: regio vertebral (dor intensa, febre)
ARTRITE: acomete crianas pequenas e adultos com problemas articulares. Causa inflamao e dor nas articulaes, principalmente do ombro, joelho, quadril e cotovelo.
9 Estafilococos coagulase-negativos (ECN)
Fazem parte da microbiota normal da pele e mucosas, porm podem causar infeces oportunistas: penetrao por leses cutneas originadas por traumas ou procedimentos mdicos invasivos. J so considerados como os principais agentes de bacteremia de origem hospitalar e infeces pela presena de corpos estranhos. Os indivduos mais susceptveis so os imunocomprometidos, doentes crnicos, idosos e prematuros. Estes microrganismos produzem vrios fatores de virulncia, j tendo sido descritos enterotoxinas, -lactamase e resistncia meticilina.
S. epidermidis Possui uma caracterstica interessante do ponto de vista clnico, que a capacidade de aderncia material plstico, como cateter (intravascular, dilise intraperitoneal) e prteses (cardacas, articulares).
Fases da Aderncia:
1) Adeso: polissacardeo capsular (PS/A) Protenas de superfcie 2) Formao de muco ou biofilme: c. teicico O biofilme constitui uma barreira contra antimicrobianos e interfere com a opsonofagocitose.
S. saprophyticus Tem tendncia a causar infeces das vias urinrias, e atualmente considerado o 2 maior agente de infeco urinria em mulheres jovens sexualmente ativas. Em geral, as mulheres infectadas apresentam disria (dor ao urinar), piria (pus na urina) e eliminam numerosos microrganismos na urina. A resposta aos antimicrobianos normalmente rpida.
Fases de aderncia:
1) Adesinas especficas para glicoprotenas do epitlio uretral
2) Biofilme : mucoprotenas carboidratos cristais de stuvita e apatita (ocorrem na presena de uria).
10 ESTAFILOCOCCIAS DE INTERESSE VETERINRIO
ESTAFILOCOCOS podem fazer parte da microbiota normal da pele, plos, boca, narinas, intestino grosso e glndulas mamrias de vrios animais.
PRINCIPAIS PATOGNICOS: S.aureus, S.intermedius, S.hyicus
S.aureus: leses supurativas e septicemia Piodermite (principalmente em ces e cavalos) Infeces urinrias Enterocolite (ps-antibioticoterapia) Impetigo (ps-mordedura) Mastite
MASTITE BOVINOS, ovinos, sunos Clnica ou sub-clnica LEITE: presena de leuccitos, pus, cogulos IMPORTNCIA ECONMICA: queda na produo fibrose, mortes custo do tratamento risco ao consumidor
Associao de diferentes espcies de estafilococos com processos patolgicos em animais: Espcie Principal condio patolgica S.aureus Mastite em bovinos, sunos, ovinos Septicemia em sunos e aves (raro) Dermatite em aves, coelhos e sunos Dermatite e celulite em cavalos
S.intermedius Piodermite e mastite em ces Septicemia em aves (raro) Dermatite e celulite em cavalos
S.hyicus Dermatite e celulite em cavalos Dermatite exudativa em sunos Mastite (subclnica) em bovinos 11
IDENTIFICAO
ESPCIME secrees, tecidos, leite isolamento identificao e provas bioqumicas como para isolados de humanos.
TRATAMENTO antimicrobianos adequados; drenagem cirrgica e antibiograma, quando necessrios
DIETA DASH PARA INICIANTES: Obtenha uma vida saudável perdendo peso de forma rápida, saudável e equilibrada. Reduzir a pressão arterial, inchaço abdominal e inflamação corporal