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O DOGMA DO CASAMENTO E SUA INFLUÊNCIA

NA VIDA DO HOMEM MODERNO

Ao longo da história humana, muito conhecimento tem sido produzido e disseminado entre

os povos, com destaque para os pensadores gregos, cuja influência é vista até os dias atuais. O

que homens como Platão, Sócrates, Aristóteles, Hipócrates, Descartes, Voltaire, Nitcher,

Maquiavel, Hegel, Kant, Agostinho, Tomás de Aquino, Galileu, entre outros, escreveram, têm

impactado a mente dos homens e trazido conseqüências, algumas boas e outras ruins.

Entrementes, nada ao longo de mais de cinco mil anos da história do homem, tem influenciado e

ditado o modus viventi dos seres humanos como as religiões. Os homens agem em última

instância de acordo com aquilo que acreditam ser a verdade sobre: Quem sou, de onde vim? Para

onde vou? Suas convicções mais profundas sobre o ser de Deus, seu próprio ser e a realidade que

os cercam terão o maior peso em suas decisões e atitudes frente às dificuldades e desafios da

vida.

O Cristianismo, em especial, tem tido forte influência nas artes, cultura, literatura, etc; e

seus dogmas têm sido observados por nada menos que 31,3% da população mundial (dados até o

ano 2000 ).

Entretanto, alguns de seus dogmas têm oscilado ao longo dos anos em seu poder de

influência na vida do homem moderno, chegando ao ponto da não observância por parte de

alguns adeptos e da sociedade como um todo, havendo poucas exceções. Queremos trabalhar aqui

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o dogma do casamento, o qual é observado por cristãos católicos romanos, protestantes, e,

dissidentes destes dois grupos.

Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, matrimônio é: “união legal de homem

com mulher, casamento; um dos sete sacramentos da Igreja Católica...”. Uma definição de um

prisma religioso seria: “instituição divina pela qual um homem e uma mulher se unem por amor

numa comunhão social e legal com o propósito de estabelecerem uma família...”. À luz das

Escrituras Sagradas, o matrimônio é algo normal e não há palavra que indique “solteiro” no A. T.

Segundo Gn 2.18-24, temos a relação única de marido com sua mulher, relação que ilustra

aquela que existe entre Deus e seu povo e Jesus Cristo e Sua Igreja ( Jr 3; Ez 16; Os 1-3; Ef 4.

22-33).

Uma vez que o Criador fez apenas uma mulher – Eva, para Adão, fica implícito a

monogamia, e embora a Bíblia não proíba a poligamia, ela mostra que tal prática traz tribulação e

leva ao pecado, como nos casos de Abraão ( Gn 21 ), Gideão ( Jz 8. 29-9.57 ), Davi ( 2 Sm

11,13 ) e Salomão ( 1 Rs 11. 1-8 ). Naquela época, caso uma mulher casada fosse estéril, poderia

conceder ao marido ter filho de sua escrava, o que era praticado legalmente na Mesopotâmia

civilizada ( por exemplo, o Código de Hamurabi, 144-147), e foi o que ocorreu com Sara e

Abraão (Gn 16). Em Lv 18; 20.17-21 e Dt 27.20-23, temos a relação de uniões proibidas devido o

grau de parentesco próximo, o que hoje sabemos que a razão para tal instrução tem sua base na

genética humana , com grandes chances de ocorrerem anomalias congênitas no filhos que

nasceriam. Fato este comprovado pela ciência.

O divórcio, embora ocorresse em menor escala no início, já era parte da vida comum.

Quando Moisés permitiu o divórcio no A.T., devido a dureza do coração do povo (Mt 19.8), não

o fez como mandamento, antes, regulou uma prática já presente entre o povo da época. O

divórcio era proibido: caso o homem acusasse falsamente sua esposa de ser infiel ( Dt 22. 13-19),
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e quando um homem tivesse relação sexual com uma virgem e o pai da jovem o compelisse a

casar com ela ( Dt 22.28,29; Ex 22. 16,17 ).

À luz da Bíblia, o casamento é uma aliança. Aliança é o termo bíblico que descreve a

relação homem e Deus no processo de salvação. Nas Escrituras, uma aliança é um pacto solene

que envolve um soberano e um vassalo. A aliança é imposta ao segundo pelo primeiro e acarreta

benção quando cumprida e maldição quando quebrada. Quando alguém entra numa aliança,

assume um inescapável compromisso. A Bíblia fala que Deus fez uma aliança conosco. E essa

aliança é um vínculo inquebrável com Deus. Deus não quebra a aliança e não nos permite quebrá-

la também. Quando alguém que está em aliança com Deus, desobedece e não aceita as condições

estipuladas por esta aliança, a conseqüência é a maldição, mas Deus não quebra a Sua aliança.

O casamento, portanto, é nada menos que uma aliança estipulada por Deus. Malaquias 2. 14

se refere ao casamento como uma aliança “E perguntais: Por que? Porque o Senhor foi

testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo

ela a tua companheira e a mulher da tua aliança” e é por isso que Ele odeia o divórcio. No livro

de Provérbios ( 2.17 ), Deus adverte contra a adúltera que lisonjeia com palavras, que “deixa o

amigo da sua mocidade e se esquece da aliança com Deus”. Note bem, ao deixar com quem ela

se casou, é acusada de quebrar sua aliança. O casamento é uma aliança, e por isso não podemos

tratá-lo a nosso próprio gosto.

- O MATRIMÔNIO HOJE -

De modo geral, o dogma do matrimônio ainda é observado por milhões de pessoas em todo

mundo, porém, os dados estatísticos mostram que tal prática vem sendo deixada de lado ao longo

dos anos; havendo juntamente um aumento no número de divórcios e união de duas pessoas sem
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legalidade ou cerimônia religiosa. Jovens que se casam na igreja são minoria e surpreendem a

todos quando anunciam tal intenção.

“O casamento está muito valorizado hoje. De um lado, temos uma corrente que pensa muito

para casar e, do outro, certos jovens que se casam precocemente justamente por isso, como se o

casamento desse um sentido para a vida. No fundo, a motivação dos dois grupos é a

mesma”.Elisabete Dória Bilac, pesquisadora do NEPO – Núcleo de Estudos da População, da

Unicamp, que trabalha com o tema da família.

Apesar de serem minoria, os jovens que casam cedo na igreja querem abençoar a relação

por meio do ritual. Quando anunciam o casamento aos amigos, a reação quase unânime é:

“Nossa, você é louca (o)”. São vistos como seres de outro planeta, devido a visão contemporânea

e a perda de valores atual.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal, mostrou que as

dissoluções do matrimônio por divórcio aumentaram 46,8% em 2002, colocando Portugal, em

termos de taxa de divorcialidade, nos primeiros lugares da União Européia. Em 2002, por cada

100 casamentos, ocorreram 49 divórcios decretados. Os divórcios por mútuo consentimento são

maioria ( 90,9% ), seguido pelo litigioso ( 9% ) e a conversão de separação em divórcio ( 0,1%).

A pesquisa reconhece que as alterações recentes para o requerimento e tramitação processual do

divórcio, pode ter corroborado para o aumento desse quadro. Nos últimos dez anos, entre 1993 e

2002, a taxa de divorcialidade em Portugal, passou de 1,2 para 2,7 divórcios por mil habitantes,

correspondendo a 128% de acréscimo. Em comparação com outros países da União Européia,

fica clara a posição atual dos portugueses: Na Irlanda – 0,7 por mil habitantes; Na Grécia – 0,9%;

Em Luxemburgo e Países Baixos – 2,3%; Suécia – 2,4% e Finlândia – 2,5%. Os maiores valores

ficaram com a Dinamarca – 2,7% e a Bélgica – 2,9%. Tais dados, não demonstram aumento ou

diminuição do casamento, porém deixam claro que o aumento do divórcio é um fenômeno quase
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global. Nos Estados Unidos, por exemplo, para cada dois casamentos, ocorre um divórcio. Mas, e

no Brasil, como são os casamentos de nossos jovens? Segundo o Projeto Juventude e o IBGE,

está da seguinte maneira:

De 15 a 24 anos:

- Solteiros – 78%;

- Moram juntos – 13%;

- Casados no papel – 7%; e

- Separados – 1%.

Jovens casados no papel por religião:

- Ateus – 15%;

- Evangélicos pentecostais – 13%;

- Católicos – 6%;

- Kardecistas – 6%;

- Acreditam em Deus, mas não têm religião – 5%; e

- Evangélicos não pentecostais – 4%.

Casamentos oficiais – Em 1991, a idade média das mulheres que se casavam era de 23,7

anos, e a dos homens, 27 anos. Em 2002, passou para 26,7 (mulheres) e 30,3 (homens).

Uniões Consensuais – O número de jovens que vão morar juntos praticamente dobrou na

última década.

Idade Em 1991 Em 2000

15 -19 670.000 1,2 milhão

20-24 1,7 milhão 3,27 milhão

25-29 1,9 milhão 3,65 milhão

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Para que qualquer contrato tenha validade é preciso haver testemunhas. Para o casamento

civil, é obrigatório a presença delas. No casamento religioso, aparece na imaginação dos noivos

mais uma testemunha importante: deus. Abençoar a relação foi o motivo mais citado pelos jovens

entrevistados para justificar a opção em casar no religioso – de qualquer religião.

“Alguns acreditam que o casamento na igreja vai durar mais, vai ser mais consistente.O

ritual do casamento mostra um compromisso com a sociedade. Se duas pessoas vão morar juntas,

ninguém fica sabendo. Quando casam em público, elas se sentem mais

comprometidas”.Magdalena Ramos – Psicóloga e coordenadora do Núcleo de Casal e Família da

PUC-SP. Ainda, segundo a psicóloga, isto é apenas ilusão, pois muitos jovens estão casando com

toda pompa e, cinco meses após, estão separados. Dentre outros fatores que levam os jovens a

casar na igreja estão:

1- Muitas meninas não querem renunciar ao romantismo, ao vestido branco com véu e grinalda.

2- Querem fazer o oposto que suas mães, pois muitas fizeram a revolução sexual nos anos 60. É

uma contestação ao contrário.

Para alguns jovens há uma valorização do ritual, pois sentem falta de um que marque a passagem

para a vida adulta. É um rito de passagem.

Em nosso País, ainda de acordo com o IBGE, a média de duração de casamentos é de 10,5

anos, sendo que temos por ano 760.000 casamentos e 180.000 separações, fazendo uma média de

01 divórcio para cada 4,2 casamentos.

Num estudo sobre a relação do casamento com a saúde, feito nos Estados Unidos e

divulgado em dezembro último, foram entrevistados 127.545 adultos acima de 18 anos e chegou-

se a conclusão que o casamento mantém as pessoas saudáveis embora deixe os homens mais

gordos. Foi comprovado que os casados têm menos propensão a fumar, abusar da bebida ou ser

sedentários. Ainda, têm menos propensão a ficar em más condições de saúde que solteiros,
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divorciados ou viúvos, e têm menor chance de sofrer de dores de cabeça ou problemas

psicológicos graves. O estudo mostrou, no entanto, que os casados são mais propensos a ficarem

obesos.

A pesquisa indica ainda que:

* 58,2% - são adultos casados;

* 10,4% - são separados ou divorciados;

* 6,6% - são viúvos;

* 19% - nunca se casaram;

* 5,7% - moram com um companheiro.

E mais, são casados:

# 61% - dos brancos;

# 58% - dos hispânicos; e

# 38% - dos negros.

Segundo o estudo, pessoas que vivem juntas mas não são casadas têm mais probabilidade

de ter problemas de saúde que os casados no papel. Logo, os casados legalmente têm mais saúde.

Para os pesquisadores, duas teorias explicam esse fato:

1ª - A Teoria da Proteção do Casamento – Aquela que diz que as pessoas casadas têm mais

vantagens em termos de recursos econômicos, apoio psicológico e social e apoio a estilos de vida

saudáveis: e,

2ª - A Seleção Marital – Que diz que as pessoas saudáveis se casam e permanecem casadas,

enquanto as pessoas menos saudáveis tendem a não se casar ou são mais propensas a se separar,

divorciar ou ficar viúvas.

“Minha impressão pessoal é que o casamento provavelmente oferece um nível de

estabilidade”.
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- CONCLUSÃO -

Frente aos dados e argumentos aqui expostos, percebemos que o casamento é algo bom,

agradável a Deus e necessário ante o caos social que nos encontramos. Mesmo que a união legal

não seja exigência divina, mas humana, tal prática trará benefícios e não o contrário.

Infelizmente para muitos casar no papel ou no religioso com efeito civil, é estar se amarrando, o

que na verdade é estar se abençoando. Legalizar o aborto por qualquer motivo, legalizar o

casamento entre parceiros do mesmo sexo, liberação da maconha, etc: são pensamentos típicos

da sociedade pós-moderna, onde não há certo nem errado, e inexistem valores absolutos ou lei

moral. O homem precisa de limites e sem os mesmos, com certeza seu destino é a destruição. E é

para a destruição eterna que os homens estão caminhando – matando, enganando, traindo,

abortando, cheios de inveja, egoísmo, orgulho, cobiça, amando os prazeres, arrogantes, etc

( 2Tm 3. 1-9 ).

A diminuição do número daqueles que querem se casar na igreja e no papel, é somente mais

um dos sintomas da doença chamada pecado, e que Jesus avisou que se multiplicaria (Mt 24.12).

Infelizmente, para o ser humano, a influência do dogma do matrimônio está se esvaindo com o

passar do tempo. Essa é a conclusão que nosso breve estudo nos pôde levar.

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