FEVEREIRO 2008

Número 5
ANO: XI

Tiragem:
300 Exemplares

Escola Secundária C/ 3º Ciclo do Fundão

No mês que integra a semana
dos Media, eis mais uma edição do
PRÉMIO EUROSCOLA 2007
Olho Vivo. O atraso premeditado da
sua publicação justifica-se pelo
enquadramento nas actividades
comemorativas dos dez anos de
produção jornalística na Escola.
Além de exposições, o leitor poderá
também assistir a algumas palestras.
Fiel à sua lógica editorial, este
número divulga projectos, visitas de
estudo, concursos, prémios e outros
acontecimentos. É neste sentido que
se destaca o prémio Euroescola, o
projecto nacional “Educação para o
Empreendedorismo”, o clube de
Física e Química, a Semana Nacional
da Leitura e a feira do livro, para
além de outros contributos de Prémio atribuído à Escola representada por Diana Nunes e
enriquecimento cultural. Manuel Saraiva, no ano passado: a participação de 25 alunos
Estas simples referências numa sessão Euroscola no Parlamento Europeu em Estrasburgo.
denotam a capacidade criativa de
uma Escola cada vez mais centrada
na realidade envolvente e projectada SEMANA NACIONAL DA LEITURA 2008 p. 3
numa linha dinâmica de sucesso e
produtividade. CLUBE DE FÍSICA E QUÍMICA p. 6
Deolinda Gil
Em funcionamento desde 1986
FICHA TÉCNICA
PNEE – EMPREENDEDORISMO P. 7
DIRECÇÃO, 20 novos projectos em curso
REDACÇÃO E CONCEPÇÃO
GRÁFICA ÁREA DE PROJECTO 12º ANO
Resumo de algumas iniciativas p. 8_11
Escola Secundaria c/3º Ciclo do
Fundão
CRIATURAS p. 23
Rua António José Saraiva Ap.34 - workshop de Teatro encantou alunos do 8º ano
6230-000 Fundão
TIRAGEM O Jornal do Fundão associou-se às nossas comemorações
300 exemplares com a publicação de um suplemento que sairá no dia 13
de Março. Os textos que não foram publicados neste
http://www.prof2000.pt/users/olho_vivo/
número nem no Jornal do Fundão transitam para a
ou
http://escola-sec-fundao.ccbi.com.pt/
próxima edição do Olho Vivo.
 _________________________________________
OS CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS

Por Fernando José Abreu Dinis Vieira

1 – INTRODUÇÃO 2.2 – UM NOVO PAÍS

Mais um número do
nosso “Olho Vivo” está
nas vossas mãos, para ser
lido avidamente.
Espero que tenham
aproveitado o período de
Carnaval, para mudar de
actividades, e, por isso,
tenham utilizado as mais disfarçadas máscaras
possíveis. A mim, ninguém me conheceu cá no Nasceu (?) mais um país, neste planeta, já
Fundão… sobrecarregado com tantos outros, (se calhar alguns
Bom, vamos a mais um encontro, localizado “desnecessários”). Esse país de “sonho” para uns,
neste simpático “local”, o “Olho Vivo”. ou será de “pesadelo”?, lança mais um conjunto de
discórdia, entre povos. (Mas isso é mais natural, que
2 – ALGUNS ACONTECIMENTOS o contrário, não é ?) . Chama-se “Kosovo”, e os
seus habitantes, “kosovares”. Mas o pior é que
2.1 – A MANIFESTAÇÃO aqueles “terrestres” parecem ter esquecido a guerra,
que por lá lavrou, ainda não há muitos anos. E
No seguimento da “nova” política do governo
esquecem fundamentalmente, que são apenas uns
para a educação, vários professores manifestaram-se
poucos senhores que provocam essas guerras, mas
à porta da sede do partido socialista, em Lisboa. Ao
são sempre os outros (a grande maioria) que
entrar no edifício, o nosso primeiro ministro ouviu
morrem e ficam estropiados…
algumas vaias dos manifestantes, mas não
desarmou, como vem sendo hábito: as posições
contrárias às de S. Ex.ª não são “democráticas”,
Pois S. Ex.ª tem o privilégio de “ser o
proprietário da verdadeira democracia”.
Iluminados… e nós “às escuras” !

3 – UMA HISTÓRIA FANTÁSTICA: “A MORTE DE UM TERRORISTA”

Protagonistas:
- George Habash – famoso terrorista palestiniano, médico pediatra, cristão, e dissidente da “Al – Fatah”,
de Yasser Arafat, e responsável por inúmeros desvios de aviões comerciais, e pelo assassinato de muitos
inocentes. Vivia exilado no Líbano, onde morreu nos primeiros dias do ano de 2008.
- Yasser Arafat – até à sua morte, presidente da Autoridade Palestiniana, de fé muçulmana, chefe da “Al –
Fatah”, e principal opositor do Estado de Israel, e também responsável por numerosos atentados, antes da
criação da Autoridade Palestiniana.
- Boris Yeltsin – antigo presidente da Rússia (tinha sido “dissolvida” há pouco tempo a ex- U.R.S.S.) .
Morreu em 2004.
- Ronald Reagan – antigo presidente dos Estados Unidos (“States”), e ex- actor (??!!) Também falecido em
2005 .
- Marilyn Monroe – antiga estrela de cinema de Hollywood, considerada a “sex – symbol” dos anos da
década de cinquenta. Morreu de um “overdose de comprimidos” (esta a posição oficial) em 1962. - S.
Pedro – o porteiro do Céu.

História: página 12.

2 .......................................................OLHO VIVO .................................................
 _________________________________________
Desafios na Biblioteca
Por José Pina, coordenador da BECRE
3 a 7 de Março: Semana Nacional da Leitura 2008
Esta semana destinada a criar na
escola um ambiente propício à
leitura não podia deixar de
merecer por parte da BECRE a
melhor das atenções e o maior
dos interesses.
No entanto, não sendo
particularmente receptivos à ideia de assinalar
uma efeméride e depois esperar por um novo
ano para voltar a comemorar, decidimos
associar-nos à realização de uma feira do livro
promovida pelo Departamento de Línguas
Românicas e ao conjunto de actividades pensadas
à sua volta e ir ainda um pouco mais além:
Idealizámos, e já está a dar os primeiros passos, o
projecto SACOLA DE LIVROS.
O projecto foi pensado para avançar ao longo do
tempo de forma consistente. Assim, dirigimo-lo
neste primeiro momento para o 7º ano de
escolaridade e surgirá mais tarde a oportunidade
de o alargar a outros anos de escolaridade. A sua
grande finalidade é melhorar a competência de
leitura dos jovens, valorizando o esforço aos
olhos de crianças e adultos, em particular dos
pais.
Reconhecemos que qualquer projecto para poder
consolidar-se necessita de parcerias fortes e a
Biblioteca Escolar/Centro de Recursos
Educativos [BECRE] reconhece, de forma
inequívoca, que os pais podem ajudar, e muito,
neste desafio. Eles são, neste como noutros
casos, a pedra angular capaz de suportar com
eficácia os desafios que uma escola actual
determina. É com este sentir que a BECRE
convoca todos os Pais a participar num projecto
que queremos marcante para a nossa escola.
O amor
Afinal o que é o amor? Um conjunto de sentimentos contraditórios. Aquele sentimento que ninguém consegue
explicar mas, que por outro lado toda a gente consegue sentir…
Há pessoas que amam sem querer, outras amam sem saber, …
Habituei-me à ideia que o amor era amá-lo e que não existiam porquês! Não era bem assim!
Quando te vi, o meu coração ganhou asas, voou e sonhou…
Sonhos impossíveis!
.......................................................OLHO VIVO .................................................
Cada sacola com livros tem no seu interior um
conjunto de livros diversificados e alguns
desafios na forma de jogos que os alunos
poderão levar para casa durante, pelo menos,
quinze dias. Em anexo seguirá um
calendário/inquérito onde serão anotados os dias
em que pais e filhos conseguiram ler e ou jogar
em conjunto.
Naturalmente também está reservado um espaço
destinado a colocar as observações consideradas
pertinentes, as críticas ao processo, sugestões de
aquisição de livros, jogos…
Contamos com a colaboração activa dos pais
para que os jovens leiam com mais frequência e
compreendam o que lêem. Acreditamos que este
projecto serve o propósito de consolidar as
relações entre a escola, os professores e as
famílias o que, sem dúvida, favorecerá o
desenvolvimento académico e educacional dos
alunos.
Tudo isto porque acreditamos que os livros
desenvolvem a imaginação e o conhecimento que
possuímos do mundo, estimulam a curiosidade
pelo que nos rodeia e aproximam-nos de mundos
longínquos. Convidam a pesquisar, a comparar, a
compreender.
E também temos como certo que para criar e
desenvolver hábitos e competências de leitura
esta não deve impor-se, mas facilitar-se. Implica
esforço, mas pode ser divertida.
E consequentes com o que afirmámos no início
deste nosso desafio anunciamos, desde já, que a
BECRE está a preparar a Candidatura de Mérito
2008, programa da Rede Nacional de Bibliotecas
Escolas, com um projecto que se situará na área
do desenvolvimento das literacias e no domínio
da realização de planos de promoção da leitura.
Boas leituras
Joana Carvalho. 8º C
3
 CONTOS

Sarilhos em África (continuação)

Esperançados, os homens começaram a
andar até à modesta casa. ...
Mal abriram a porta saíram algumas
cobras, fazendo com que Lilian desse um berro
de medo. Entraram na casa, tinha uma grande
lareira, alguns móveis e uma misteriosa
porta…estava tudo coberto de teias de aranha.
Um dos móveis tinha várias caixas de remédios
para dores de costas, de cabeça, de joelhos… O
marido de Lilian pensou logo que o ultimo
residente da casa abandonada teria sido um
idoso.
Um dos homens da tripulação, decidiu
abastecer-se e levar alguns medicamentos, caso
fossem precisos. Outro tripulante entrou para a
divisão da porta misteriosa e lá dentro
encontrou um corpo sem cabeça, cheio de larvas
e que parecia estar em decomposição em cima
de uma cama velha; decidiu enterrá-lo ao pé da
casa. Só se ouviam as criaturas da noite…
Decidiram acender a lareira com
bocados de madeira da cama para aquecer e
iluminar a casa sombria e fria. Decidiram deitar
Lilian na cama para descansar melhor, tendo em
conta o estado dela.
No dia seguinte, Lilian parecia ter
recuperado e todos saíram bem cedo de casa
para verem se encontravam alguém que os
ajudasse. Andaram durante algumas horas e
quando ficaram exaustos, sentaram-se para
descansar. Dois tripulantes, que não estavam tão
cansados como os outros, foram procurar
comida, não se afastando muito dos
companheiros… Passados alguns minutos
voltaram com alguma comida deixando todos
satisfeitos, visto que já não comiam há muito
tempo…
Depois de comerem e de descansarem
voltaram ao caminho. De repente encontraram
uma pequena aldeia onde foram ajudados, e
onde lhes deram tendas e mantimentos. Tendo
tudo o que necessitavam, voltaram ao caminho
continuando as suas pesquisas sobre os
animais…
Procuraram camaleões mesmo sabendo
que eram muito raros em África, mas eles não
queriam só procurar camaleões, também
queriam encontrar outras espécies de animais
para as suas pesquisas. Enquanto procuravam,
depararam-se com um tigre, ficando todos
assustados sem saber o que fazer, mas o marido
de Lilian deu-lhe um tiro com uma das
caçadeiras que o povo da aldeia lhes tinha dado,
deixando-o morto.
Estava a escurecer. Os exploradores
montaram as tendas enquanto Lilian preparava
o jantar com os mantimentos, e depois de
comerem foram-se deitar, pois já era tarde e eles
já estavam cansados.
Por volta das cinco da manhã, naquela
noite clara, Lilian, que era sonâmbula, levantou-
se e saiu da tenda onde se encontrava a dormir
com mais duas colegas.
Sem saber o que estava a fazer Lilian
começou a caminhar e foi andando pela floresta,
afastando-se do acampamento. Acabou por ficar
perdida no meio daquele emaranhado de árvores
quente, húmido e perigoso.
Criaturas misteriosas que jamais alguém
havia visto rondavam Lilian…
8º A (2006/2007)

SONDAGEM DO OLHO VIVO

Na opinião da maioria dos inquiridos, os três dias

de interrupção do Carnaval não chegaram para
descansar e retemperar forças para a continuação do2º
período lectivo. Apenas 18% parecem estar satisfeitos.
Felizmente, a pausa da Páscoa está à porta…

4 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................


Um roupeiro misterioso (continuação)
Decidiram optar pelo túnel que estava à
frente deles. Andaram durante um bocado e
depararam-se com uma mochila, essa mochila
continha, um mapa que indicava a saída daquela
gruta e continha também duas velas e uma caixa de
fósforos onde apenas havia um fósforo. O mapa já
era velho, e uma parte dele estava bolorenta, de
tantos anos que tinha. Antes de mais nada,
acenderam as velas e tentaram localizar-se no
mapa, viram que estavam bem longe da saída e o
caminho que eles haviam escolhido tinha sido o
caminho que dava para o outro lado da gruta. E
agora eles estavam outra vez numa encruzilhada,
por qual dos túneis eles tinham saído? O que
haveriam eles de fazer agora? O que aconteceria se
as velas se apagassem?
Ficaram preocupados. De repente as velas
apagaram-se e eles ficaram ainda mais preocupados
do que já estavam.
Lembraram-se que dentro da mochila
encontrada tinham um fósforo e ficaram muito
contentes pois assim podiam continuar a sua
viagem até à saída.
Mas surgia outro problema: qual dos túneis
escolher? Optaram pelo que fazia mais eco e lhes
pareceu mais simpático.
Continuaram a sua viagem. À frente ouviram
novamente a voz da Fada e desta vez dizia:
«Continuai o vosso caminho em paz, pois eu vos
protegerei do mal!». Eles ficaram muito felizes e
continuaram o seu caminho.
Após muito caminharem, decidiram parar
para descansar. Aproveitaram o lume da vela para
acenderem uma fogueira que lhes permitisse
aquecerem-se.
Quando acordaram, continuaram a sua
viagem, mas tinham a “barriga a dar horas”, pois
desde a noite anterior não tinham comido ainda
nada.
Dentro da mochila que haviam encontrado,
apareceram misteriosamente duas sandes e
pacotinhos de leite com chocolate, o que lhes
pareceu muito bom e apetitoso.
Nesse mesmo instante a Rita perguntou:
- Será que a sorte está do nosso lado ou é
tudo obra do acaso?
............................................................. OLHO VIVO ................................................................
CONTOS
André respondeu:
- Não sei, mas vamos ver o que vai dar esta
“boa” sorte.
Como já não tinham mais fósforos, não
sabiam o que iriam fazer se as velas se apagassem.
Mas tiveram sorte porque rapidamente
avistaram uma saída. Após saírem do túnel,
chegaram a uma aldeia onde as pessoas eram
simpáticas. Depois de conversarem um pouco com
os habitantes da aldeia, descobriram que estes
apresentavam muitas queixas de um coelho velho
que vivia lá alto na colina. Rita perguntou onde era
a tal colina onde o velho coelho morava, eles
disseram que era atrás da rocha grande onde viviam
coiotes e raposas.
Eles foram ter com o coelho, mas quando o
viram ficaram espantados. As pessoas da aldeia
tinham dito que ele irritava muito, mas quando
olharam para ele viram um coelhinho já velhinho,
amoroso e com pêlo fofinho. Ele era muito
querido e estava sempre a tentar ajudar as pessoas,
mas ao mesmo tempo tornava-se maçador porque
estava sempre a dizer: “O que é que posso fazer
para ajudar?”. As pessoas já estavam fartas daquela
frase, pois pensavam que ele estava a ser
intrometido, quando ele só queria ajudar as
pessoas.
Eles disseram ao coelho para não perguntar
nada às pessoas, porque elas próprias iriam pedir-
lhe pedir ajuda sempre que necessitassem. Em
forma de recompensa pelo conselho, o coelho deu-
lhes uma chave duma porta que estava no quarto
dele que servia para passar para o túnel da
felicidade. Eles despediram-se do coelho e
agradeceram-lhe pela chave.
Com a chave que o coelho lhes dera,
dirigiram-se ao túnel que o coelho lhes havia
indicado.
De repente lembraram-se do pai e dos
momentos de brincadeira que tinham com ele.
Queriam que o pai não tivesse partido, queriam
voltar a passar por aqueles momentos, queriam
voltar a sentir o conforto que sentiam com o pai.
Naquele momento, só desejavam poder estar com
o pai. Subitamente, o desejo deles concretizou-se:
apareceu-lhes o pai.
8º B (2006/2007)
5
 ÁREA DE PROJECTO 12º ANO
SOCIOLOGIA / ECONOMIA
Com o objectivo de dar a conhecer os projectos que os alunos estão a desenvolver na Área de projecto
de Sociologia/Economia do 12º CSE, CSH1 e CSH2, apresentamos um pequeno resumo elaborado por
cada grupo de trabalho.

Cuidados a ter nos laboratórios em relação às matérias perigosas e respectivo armazenamento

Sandra Rebordão e Sara Matias (CSH2)

Pretende-se sobretudo alertar para os perigos, para os cuidados e para as

normas de segurança a ter com os materiais que podem ser perigosos, com
o seu armazenamento e seu manuseamento.
Procurar-se-á apresentar esta realidade na nossa escola, na zona dos
laboratórios e possivelmente em zonas de prestação de cuidados de saúde.
No final do projecto serão apresentadas algumas soluções para os
problemas encontrados, nomeadamente nos laboratórios da Escola.
Procuraremos também divulgar as normas para assim evitar os perigos e
diminuir os riscos na utilização de produtos nocivos.

Tráfico Humano

Duarte Rodrigo e Mariana Oliveira (CSH2)

Este projecto tem como objectivo dar a conhecer e

sensibilizar a comunidade escolar para um problema social
actual.
Para tal será apresentada informação actualizada
acerca do tema à comunidade escolar, será mostrado um filme
que alerta sobre este problema, realizar-se-á uma exposição
com informação variada no átrio da escola, de modo a divulgar o
problema e, por fim, tentaremos trazer um teatro alusivo ao
tema.

Rotas da Natureza
Miguel, Francisco (CSE) e Márcio (CSH1)

Este projecto consiste em dar a conhecer a natureza que nos rodeia, e tudo
o que nela se engloba. Com esta iniciativa, queremos promover eventos para
melhorar o olhar das pessoas sobre o ambiente. Estes eventos são uma forma
de os participantes conhecerem a região, de uma forma mais completa.
Impulsionar a conservação e valorização do património natural na Serra da
Gardunha, em conformidade com uma estratégia de conservação da natureza e
da biodiversidade.
Promover a utilização sustentada dos recursos naturais.
Através da participação dos alunos e restante comunidade esperamos
desenvolver o projecto e contribuir para a melhoria do meio ambiente.
Com as rotas da natureza, a Gardunha fica uma beleza.

6 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

 ÁREA DE PROJECTO 12º ANO
SOCIOLOGIA / ECONOMIA
Recluso na Sociedade
Ana Filipa, Ana Patrícia, Ana Sofia, Cláudia Almeida, (CSH2) e Raquel Guedes (CSE)

Este projecto visa detectar problemas e apresentar

possíveis soluções para o sistema prisional Português.
Pretendemos aprofundar o conhecimento sobre
temas como os motivos que levam uma pessoa a cometer
um crime, o modo de vida dentro de uma prisão e suas
condições e por fim a reinserção do recluso na sociedade.
Contamos conseguir estabelecer contacto com a vida
na prisão, através de uma visita a um estabelecimento
prisional para conhecermos melhor as condições de vida na
prisão. Compreender o papel do ex-recluso na sociedade
em que se encere é outro dos nossos objectivos.
Através da análise da história dos estabelecimentos
prisionais, pretendemos compreender melhor o actual desenvolvimento das prisões.
No final deste projecto, pretendemos equacionar algumas soluções para os problemas encontrados.

Gestão Bancária
Joana Lamego e Patrícia Salvado (CSE)

O projecto “gestão bancária” consiste em aprofundarmos conhecimentos nesta

área. Numa primeira parte, realizámos um trabalho de pesquisa introdutória,
a História geral do aparecimento dos bancos e do sistema financeiro Português, as
principais funções... Numa outra parte, estamos a realizar um inquérito por
questionário de forma a perceber o quanto a comunidade está informada.
Uma vez tratados os inquéritos por questionário, pretendemos esclarecer a
população acerca de questões como: O que é o Spread, a Euribor, a T.A.E.G.,
entre outras.. O que mais nos despertou para este tema foi a ideia de que a
população, na maioria das vezes, não está informada, nem desperta para estes
assuntos, mas que na verdade utilizam constantemente no dia-a-dia. Para contribuir para o esclarecimento
das pessoas, pretendemos dar a conhecer o nosso trabalho junto da população e fazer uma sessão de
esclarecimento na escola com técnicos do ramo

Influência dos Media

Daniela Monteiro, Mariana Batista e André Marques (CSH2)

A influência dos média é um tema que nos atinge directa e

indirectamente. Com este trabalho, pretendemos estudar a maneira
como eles nos influenciam e se na realidade o fazem.
A televisão vai também merecer uma certa atenção da nossa
parte e ajudar-nos a perceber como é que esta de um meio informativo
passou para um meio de “ilusão”.
Que tipo de informação consideramos credível? Que tipo de
influências existem e o que escondem? Que variedade de público e em
que circunstâncias surgem? Porque é que muitas vezes interiorizamos
factos sem sequer os questionarmos?
É este tipo de perguntas que queremos ver respondidas no final do nosso trabalho.
............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 7
 ÁREA DE PROJECTO 12º ANO
SOCIOLOGIA / ECONOMIA
“Quais são os prós e contras da energia eólica?”
Carina Rodrigues e Teresa Soares (CSH1)

Com este projecto, pretendemos conhecer e dar a conhecer a

energia eólica, saber quais os benefícios e malefícios que esta energia
pode causar, quer a nível ambiental quer a nível económico e social.
Depois de conhecidos estes aspectos, tencionamos transmitir essas
informações, de forma a sensibilizar a região do Fundão, nomeadamente
todas as freguesias envolvidas com este tipo de energia renovável, uma
vez que encontramos ainda grandes debilidades relativamente ao
conhecimento, por parte da população, sobre a importância e o
funcionamento desta energia limpa.
Esta energia surgiu na década de 70, como solução para diminuir a
dependência dos combustíveis fósseis e como forma de diminuir a
emissão de gases causadores do efeito de estufa. Em Portugal, o
primeiro parque eólico foi instalado nos Açores entre 1989 e 1996, seguindo-se o de Sines em 1992.
Verifica-se, nos nossos dias, um crescente aumento da instalação de parques eólicos por todo o território
nacional e a nossa região (Fundão) não é excepção. Por estes motivos, o projecto em causa vai debruçar-se
mais especificamente sobre empreendimentos da nossa região, “Parque eólico da Gardunha”, considerado
hoje o maior parque eólico da Europa. Este projecto visa também conhecer esta energia de perto, como
forma de melhor conhecer o local onde vivemos, sermos activos e assegurar o nosso património histórico e
cultural.

“Fundão Criativo”

Célia Lambelho, Joana Afonso e Vânia Tomás (CSE)

Este projecto foi nos dado a conhecer pelo

professor Armando Anacleto. Trata-se de concurso
lançado pela Universidade de Aveiro cujo objectivo visa
a reflexão do futuro das cidades portuguesas.
Assim, o nosso principal objectivo é identificar
problemas e encontrar soluções para desenvolver,
dinamizar e promover a cidade do Fundão. Este
projecto é também uma forma de conhecermos melhor
a nossa cidade e partilha-la com os outros (fundanenses
e restante país). Pretendemos também mostrar o nosso
ponto de vista sobre a cidade e conhecer a opinião dos
alunos da nossa escola.
Também decidimos concorrer ao Projecto de
Educação para o Empreendedorismo na nossa escola porque consideramos que é uma iniciativa
empreendedora e que futuramente poderá trazer benefícios à nossa cidade; achamos também que a
Educação para o Empreendedorismo poderá ser uma mais valia para o possível desenvolvimento das
nossas ideias.
Para a concretização deste projecto, a U.A. solicita-nos a elaboração de um blog ao longo de todo o
projecto. No caso de quererem matar o bichinho da curiosidade visitem-nos:
12cse_fundao_cc.blogs.sapo.pt

8 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

 ÁREA DE PROJECTO 12º ANO
SOCIOLOGIA / ECONOMIA
União Global e Domínio Global
Alberto Clemente CSH2

O projecto é uma reflexão acerca destes dois conceitos

incompletos da história e dos rios, de tinta e de sangue, que fizeram
e fazem correr. Neste projecto trata-se da história destes conceitos,
no entanto o projecto é inclinado para o assunto da União Global e a
sua temática. O que é ao certo, o que implica, o que é necessário para
que se torne realidade são questões a que se procura encontrar
resposta. Serão tratados também dentro deste tema, a importância
dos direitos humanos, a reforma da ONU, a Democracia, o
Multiculturalismo, questões intimamente relacionadas com o
projecto.
Assim foram eleitos dois objectivos. A construção de uma reflexão sobre estes dois temas (sendo o
1º) e num plano mais abrangente informar a comunidade escolar, quem sabe a sociedade civil, sobre este
tema que se vai tornando cada vez mais actual.
Querendo trabalhar temas que inspiraram outras gerações, decidi-me por este tema. Acho que o tema
deve ser abordado tendo em conta o actual processo da Globalização e de internacionalismo e porque é
necessário informar a sociedade civil dos passos em relação a um governo global, das suas possíveis
vantagens e limitações assim como o papel do cidadão numa Democracia Mundial.

**********************************************************************

ÁREA DE PROJECTO 12º ANO

MÚSICA DOS ANOS 70
Na disciplina de Área de Projecto,
começamos por desenvolver um projecto sobre
música dos anos setenta, tendo em vista chamar a
atenção da comunidade escolar para essa época.
Um dos objectivos será publicar
periodicamente um artigo neste jornal que visa ser
uma introdução para o resultado final.
Os anos setenta foram marcados por uma
revolução social, política e económica que se
revela através de todos os movimentos artísticos
principalmente a nível musical.
Nestes termos, o final da década dos anos
60, em Portugal, foi extremamente rico e
entusiasmante, graças às movimentações de grupos
como o Quarteto 1111, Psico, Pop Five Music
Incorporated e Objectivo. Na música desses grupos,
encontravam-se algumas das mais significativas
sementes que marcariam boa parte da produção
de 70, uma década com um cariz revolucionário
que não se limitou ao plano político.
Também é importante compreender que,
durante algum tempo, se tentou atribuir ao
chamado "boom do rock português" um peso
idêntico ao do Big Bang na história do universo: a
década de 70 representava o vazio, mas os
alvores dos anos 80 testemunharam a incrível
explosão de talento e electricidade que rendem
inclusive um pai para o rock português.
As raízes criativas dessa geração, no
entanto estão firmemente enterradas na década
em que o rumo de Portugal se alterou graças a uma
revolução política e a muitos decibéis eléctricos.
Como complemento destes artigos,
sugerimos que oiçam nas quartas-feiras, às 7 da
tarde a Rádio Cova da Beira, onde iremos
apresentar algumas músicas desta época.

Inês, Sofia e Vanessa 12°CAV

............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 9

 OS CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS (CONT)
Por Fernando José Abreu Dinis Vieira

A MORTE DE UM TERRORISTA
George Habash, o famoso médico pediatra
e chefe de uma das facções terroristas, dissidente
da Al-Fatah (Habash era cristão e Arafat
muçulmano), culpado de inúmeros desvios de
aviões comerciais e do assassinato de muitos
inocentes, morreu finalmente. Então, ao chegar
junto de S. Pedro, ouviu este a sentenciar lhe:
- “Como te afirmavas cristão, vou oferecer-
te três hipóteses de castigo, para penares durante
a vida eterna. Só tens de escolher!”
Responde Habash:
- “E quais são eles, ó S. Pedro?”
- “Tem calma! Cada um por sua vez! Vamos
começar pelo primeiro.”
Dito isto, S. Pedro abre uma porta, e,
dentro duma sala, vê-se Boris Yeltsin, o antigo
presidente russo, a penar, mergulhado num
caldeirão com água a ferver.
- “Piedade, S. Pedro, tem piedade, este não
será o castigo mais adequado, pois queima-me as
entranhas.” – Grita desesperado Habash.
S. Pedro fecha, então a porta e diz:
- “ Pronto, tem calma. Vamos ver o
segundo castigo!”
E abre uma segunda porta, que dá para
outra sala, onde está o ex presidente dos E.U.A.,
Ronald Reagan, a arder numa grande fogueira ,
enquanto geme de dores eternas.
- “Ah. meu S. Pedro, este também não, por
amor de Deus!” – berra Habash, cada vez mais
desesperado.
-“Seja! Em atenção ao facto de teres
invocado o nome do nosso bom Deus, vou-te dar
uma última oportunidade! Vamos ao terceiro
castigo.”
E abre uma terceira porta, onde numa sala
iluminada, se observa Yasser Arafat a fazer amor
com a Marilyn Monroe. Então, eufórico e aos
saltos, Habash grita para S. Pedro:
- “ É este, é este, ó S. Pedro, o castigo do
Arafat, que eu quero para a minha vida eterna!”
Ao que S. Pedro responde, imperturbável:
- “Ó Habash, mas este é o castigo da
Marilyn Monroe, e não do Arafat.”
Gostaram ? Qualquer dia há mais…

4 – CONCLUSÃO
E chegámos enfim, ao final do nosso encontro, deste número do “Olho Vivo”!
Esperamos que o tenham usufruído com prazer, e … até ao próximo, “folks”.

*********************************************************

LEITURA DE IMAGEM
Mulher de medo,
Mulher de incerteza,
Mulher visível com susto presente cheio de receio no rosto puro e
perfeito.
Impressionada pelo mundo político que é cheio de maldade e rancor.
Pobreza estampada nestes rostos insólitos presentes nesta rua cheia de
frescura provocada pelas cores estampado nesta parede.
Rapaz com olhar de receio de entrar para este mundo cheio de
cobardias e maldades.
Os jovens a observar o mundo estampado na parede desta rua de
Berlim, mostram a tristeza daqueles tempos longínquos e os que se avizinham.
(Berlim-Rua do Bairro de Kreuzberg in Plural, 10 ano. p. 70, Lisboa Editora)
Davide Mateus, 10ºCAV

10 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

 _________________________________________
(In)decisão 2008
Democratas ou republicanos? Barack Obama ou Hillary
Clinton? John Mccain ou Mike Huckabee? Estas
questões têm atormentado os americanos nos últimos
meses.
A grande dificuldade de escolha reside no facto de
praticamente todos os candidatos terem um “chamariz”
que os destaca de anteriores como Al Gore, por
exemplo. Barack Obama é afro-americano, Hillary
Clinton é mulher e esposa de um ex-presidente, John
Mccain é um veterano do Vietname que passou vários
anos preso pelos rebeldes vietcongues. Mike Huckabee
é o único sem nenhum aspecto de grande relevância
(não admira que ocupe o último lugar nas sondagens e
nos votos).
Falando no lado Democrata: Hillary Clinton aposta na
experiência como lema de campanha, o que parece
muito bem ao início mas, se pensarmos bem, é um
pouco exagerado pois George Bush Jr, filho do antigo
presidente George Bush Sr, também tinha essa alegada
“experiência” e o seu mandato não correu tão bem
como o previsto. Hillary aposta forte nos sectores
demográficos como os idosos que a vêem como uma
espécie de “tranquilizadora” da pátria, nas mulheres
brancas que vêem nela uma oportunidade de
finalmente uma mulher ocupar um cargo de alta
importância, e nos latino-americanos a quais prometeu
mais facilidade de entrada no país.
Barack Obama aposta, como lema de campanha, na
mudança para melhorar a economia americana em
ENTREVISTA AO DIRECTOR DE TURMA DO PAL
(Profissional de Análise Laboratorial)
PAL- O que acha deste curso?
José Fradique - É um curso novo na Escola, na
região e penso que poderá ter grande aceitação
por parte da pequena indústria alimentar
regional.
PAL- Foi por sua iniciativa ou de outrem que veio
leccionar este curso?
J.F.- Por iniciativa de outrem porque é o presidente
do Conselho Executivo quem distribui o
serviço aos professores.
PAL – Gosta da sua direcção de turma?
J.F.- Gosto.
PAL- Quais são as suas expectativas para este curso?
J.F.- Esperamos formar bons técnicos de análise
laboratorial e esperamos que tenham sucesso
na vossa vida profissional
.......................................................OLHO VIVO .................................................
recessão e no fim da guerra do Iraque, o que, como se
pode ver, causa uma grande empatia para com ele, por
parte dos americanos. O facto de ser afro-americano é
apenas um “bónus”. Conta logicamente com o apoio
de grande parte dos afro-americanos, dos homens
brancos a quem não agrada ver uma mulher no poder e
dos jovens que querem ter uma América melhor para
os seus primeiros anos de trabalho. Hillary ataca
Obama dizendo que este promete muito mas apenas
faz promessas vãs, “Vai ser preciso mais do que
discursos bonitos para realizar os nossos sonhos. Vai
ser preciso muito trabalho para encontrar as soluções e
alcançar os resultados que fazem a diferença na vida
das pessoas.” Este defende-se dizendo que “A minha
oponente usa as políticas de ontem, eu prometo as
políticas de amanhã”. Como podemos ver, é fácil saber
por que razão está o povo americano dividido entre os
dois.
No lado republicano, está praticamente tudo decidido;
John Mccain, com a sua simpatia e “republicanismo”
não muito cerrado, parece ter conquistado a simpatia
de muitos americanos e vai conquistar a vitória no lado
republicano.
As sondagens dizem que, se Hilton ganhar as primárias,
John Mccain triunfará nas eleições; o que não ocorrerá
se ganhar Obama. Esperemos que o melhor ganhe
numas eleições que, se virmos bem as coisas,
influenciam o estado do mundo inteiro.
Guilherme Freches
PAL- Acha verdadeiramente que este curso tem boas
saídas profissionais?
J.F.- Sim, embora no contexto em que vivemos, em
crise económica, seja difícil encontrar emprego
em qualquer profissão. Mas penso que, sendo
ele um curso novo, que haverá mercado de
trabalho para estes futuros profissionais.
PAL- Como é que surgiu este curso na Escola?
J.F.- Da vontade dos professores do Departamento
de Física e Química desta Escola que sentiram
a falta de pessoas com estas habilitações
profissionais nas empresas da região.
PAL- Quais são as condições e os apoios para manter
este curso aberto?
J.F.- Haver alunos interessados e ser aprovado pelo
Ministério da Educação.
PAL- Obrigadas pela sua atenção.
Marina Roque e Adriana Duarte (PAL)
11
 CLUBE DE FÍSICA E QUÍMICA
O clube de Física e Química existe desde Maio de
1986 e, na altura, resultou da necessidade de:
- Sentir a escola de uma maneira diferente, mais
dinâmica e mais viva,
- Fomentar o gosto pela actividade e divulgação
científica com uma finalidade
pedagógica/didáctica, bem como lúdica.
Pretende-se agora, tal como sempre, que este clube - Realização de outras actividades de inter-ajuda
contribua para a compreensão de fenómenos de
cariz científico-tecnológico onde a construção do
conhecimento é enquadrada num leque vasto de
competências, atitudes e valores importantes e, por feiras das 14 h e 30 min às 16 h num dos
isso, úteis para o crescimento pessoal, social e
profissional de cada aluno.
Neste ano lectivo funcionam as secções:
Olimpíadas, Experimentação e Apoio/Estudo
orientado.
A secção Olimpíadas tem como objectivo
seleccionar e preparar alunos para as Olimpíadas
da Química e da Física, quer ao nível do ensino
básico quer do ensino secundário.
A secção denominada “Apoio/ Estudo
Orientado” tem dois pressupostos:
- Considerar que é dever da escola proporcionar
aos alunos um apoio o mais possível
individualizado, para que estes possam
colmatar as suas dúvidas e/ou aprofundar os
seus conhecimentos.
- Considerar que a sala de APA nem sempre
reúne as condições de trabalho adequadas por
ter uma frequência demasiado elevada e, por
- Formação de um precipitado; Gelo e Sal
- Reacção do sódio e potássio com a água;
Máquinas simples
- Fogo-de-artifício; Sopro mágico
- Observação do Sol utilizando o PST; Prismas
de visão directa; Decomposição da luz;
Utilização do radiómetro de Crookes
- Piões coloridos
- Utilização dum painel fotovoltaico
- Fazendo papel indicador
- Pega-monstros
12 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................
isso, não permitir ao professor e aos alunos
uma discussão/ participação mais activa.
e um grande objectivo:
- Contribuir para um maior sucesso escolar dos
alunos, apoiando-os no seu estudo e assim
promover o seu crescimento pessoal, social e
profissional.
Funciona numa das salas específicas do
Departamento de Física e Química em horário
adaptado aos alunos. Entre outras salientam-se as
seguintes actividades realizadas:
- Apoio aos alunos com mais dificuldades,
- Ajuda na resolução de exercícios,
- Realização de fichas de consolidação,
- Realização, em grupo, de relatórios de
actividades laboratoriais,
- Preparação de actividades laboratoriais,
entre os alunos,
- Utilização da plataforma Moodle.
A secção da experimentação funciona às quartas-
laboratórios de Química ou Física. Tem tido uma
frequência média de 6 alunos por sessão, sendo
estes alunos maioritariamente do 7º Ano.
Foram já realizadas as seguintes actividades,
permitindo, algumas, desenvolver os projectos
“Ninho” e “Dai-me um ponto de apoio”:
- Fazendo cola a partir de leite e vinagre
- Bolas saltitonas; Fogo sem fósforo nem isqueiro
- Imita-me que eu deixo; Relógio sem pilhas
- Trabalhos com vidro – cortar, bolear, dobrar, …
- Preparação do vidro para utilizar na obtenção de
oxigénio a partir da decomposição térmica do
clorato de potássio
- Laboratório Aberto - Comemoração do dia da
Cultura Científica
- Utilização da plataforma Moodle
P’lo Departamento de Física e Química Ana Pina
 Projecto Nacional Educação para o Empreendedorismo (PNEE)
Estão em fase de execução, por 61 alunos, os 20 projectos seleccionados, entre as 26 candidaturas apresentadas
por 74 alunos. Destaca-se o facto de alguns projectos envolverem toda a população escolar e o apoio prestado pelos
vários colaboradores com os quais foram estabelecidas parcerias.
A missão do PNEE na Escola é a formação de cidadãos pró-activos que integrem competências curriculares e
empreendedoras, que questionem a realidade e nela operem mudanças.
O acompanhamento é efectuado pela comissão constituída na Escola que integra o órgão de gestão, professores,
alunos, SPO, pais/encarregados de educação, auxiliares de acção educativa e o Business Inovation Center (BIC) da Beira
Interior.
Visita Virtual à Escola
Utilizando o programa freeware sketchUp
efectuar-se-á uma animação 3D dos espaços da
Escola.
Colaboradores:
Professor de TIC da Escola Secundária do
Fundão.
Importância das Ectomicorrizas para
melhorar o processo da reflorestação
Contribuir para o conhecimento dos factores de
desenvolvimento de ectomicorrizas e integração
nas políticas de reflorestação.
Colaboradores:
Dr.ª Guilhermina Marques da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (apoio técnico)
Produção de papel amigo do ambiente a
partir de celulose bacteriana
Irá beneficiar principalmente o ambiente, uma
vez que permite diminuir o abate de árvores.
Colaboradores:
Prof.a Dra. Regina V. António (Departamento de
Bioquímica, Centro de Ciências Biológicas da
UFSC - Brasil).
Geleias medicinais
Fabricar geleias de plantas utilizadas nos chás.
Este produto inovador reunirá todas as
propriedades benéficas de um chá aliadas às das
pectinas utilizadas no fabrico da geleia.
Colaboradores:
Sabores da Gardunha
Contributos para o estudo dos efeitos dos
pesticidas
Determinar o efeito de pesticidas (utilizados na
cultura da cereja) sobre a saúde humana e no
desenvolvimento das plantas.
Colaboradores:
Universidade da Beira Interior – Faculdade de
Ciências da Saúde
Tratamento de águas russas
Minimizar o problema ambiental causado pelas
águas provenientes dos lagares de azeite.
Colaboradores:
Lagares da região
Poder antioxidante do azeite
Analisar várias amostras de azeite. Identificar os
tipos de azeites mais benéficos para a saúde da
população. Sensibilizar a sociedade e valorizar um
produto da região.
Colaboradores:
Escola Superior Agrária de Bragança (Professor
José Alberto Pereira)
Cooperativa dos Olivicultores da Cova da Beira e
outros lagares da região
Confraria do azeite
............................................................. OLHO VIVO ................................................................
Sugestão de ordenamento florestal para Notas soltas no cacifo
minimizar o risco de incêndio Escrita, pelos alunos executantes do projecto, e
Estudar a inflamabilidade de diferentes tipos de publicação de um livro de ficção relacionado com as
vegetação e divulgar os resultados para aplicação vivências na Escola, destinado a todos os jovens.
Colaboradores: Colaboradores:
Instituições/empresas ligadas à reflorestação de Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade
áreas ardidas (a contactar). Editora Alma Azul
Papel a reciclar para a escola melhorar
Efeito inibitório de extractos vegetais sobre o
Sensibilizar a comunidade escolar para a importância da
desenvolvimento de fungos
reciclagem; demonstrar algumas das utilizações do papel
Desenvolver um fungicida natural e uma solução
reciclado;
para os problemas económicos e de qualidade
Ajudar instituições e, se possível, fornecer torneiras
alimentar relacionados com a contaminação por
“inteligentes” à escola, contribuindo para um menor
bolores.
gasto de água.
Colaboradores:
Colaboradores:
Salsicharia Polana
Toda a comunidade escolar
Rendimento da fermentação alcoólica de Propriedades inibidoras do eucaliptol nas plantas
diversos produtos biológicos A decomposição das folhas de eucalipto pode exercer
O bio-álcool produzido poderá vir a ter várias efeitos sobre a germinação das plantas. Contributo para
utilidades, nomeadamente como combustível nos a reflorestação e produção de um herbicida não selectivo
automóveis. mais natural.
Colaboradores: Colaboradores:
Escola Superior Agrária de Castelo Branco (a Instituições ligadas ao processo de reflorestação (a
contactar) contactar)
O segredo do desperdício Fundão criativo
Contribuir para a protecção ambiental e Identificar problemas e encontrar soluções para
reutilização de materiais de desperdício desenvolver /dinamizar / promover a cidade do
fabricando instrumentos musicais ou brinquedos. Fundão. Visitem-nos em:
Promover actividades socioculturais. 12cse_fundao_cc.blogs.sapo.pt
Colaboradores: Colaboradores:
Comunidade Educativa Câmara Municipal do Fundão
Propulsor estático sem peças móveis
Louças pintadas à mão: perigo para a saúde
Construção de um propulsor sem peças móveis
Até que ponto o uso sistemático de louças pintadas à
para aplicação na indústria da aviação (diminuição
mão pode contribuir para o aumento de chumbo e
do custo de fabrico, custo de manutenção e
cádmio no organismo humano?
redução no consumo de recursos energéticos…)
Colaboradores:
Colaboradores:
Universidade da Beira Interior
Universidade da Beira Interior
Reconstrução de carros - do velho para o novo
Chocolate com Aloé vera
Recuperação de carros antigos e contribuir para a
Criar um novo tipo de chocolate que reforce o
extinção de lixeiras a céu aberto. Divulgação criando um
sistema imunitário e contrarie a obstipação.
site.
Colaboradores:
Colaboradores:
'Mestre Cacau' – Empresa Sedeada em Beja.
Oficina Carroçaria do Outeiro
Acessos para deficientes motores
Contribuiremos para a diminuição das barreiras
arquitectónicas existentes na Escola, para que
todos tenham igualdade de oportunidades no
acesso aos espaços existentes. Desenvolveremos
acções de sensibilização junto da Câmara
Municipal do Fundão, Segurança Social,
Ministério da Educação e outras Instituições.
Promoveremos acções de angariação de fundos e
sensibilização de colegas para dar continuidade ao
projecto.
Colaboradores:
Centro de Saúde do Fundão
Câmara Municipal do Fundão
Segurança Social
Comunidade Educativa
13
 ORIGENS REMOTAS DO FUTEBOL (CONTINUAÇÃO)
A partir desta altura são
inúmeros os escritores e autores
que fazem alusão ao jogo de
futebol durante quase toda a Idade
Moderna, sobretudo o período que
medeia o séc. XV ao séc. XVIII.
Assim, temos as citações que Sir
Thomas Elyot faz em 1531 no seu
livro Bokenamed The Governour, as de
Mr. Stubbes na sua Anatome of
Abuse, de 1583 e no livro Table-Book
of Home, escrito por Davemat, em
1634, donde censura duramente a
forma como se jogava. Os próprios
Estatutos de Galway, na Irlanda, no
ano de 1527, tratam também do
futebol, o que quer dizer,
inequivocamente, que todos estes
cuidados mais não são que a
confirmação e a demonstração que
o jogo tinha tanto de popular
quanto de terrivelmente perigoso.
A prová-lo está a proibição pura e
simples da sua prática por parte de
Jacob I ao seu herdeiro.
Desanuviando um pouco
este rosário de queixas acerca do
incipiente futebol, deixemos
deslizar agora a pena sobre uma das
suas mais apaixonantes vertentes: a
II - O FOOTBALL ASSOCIATION
Fruto da inquietação que o
problema das diferentes regras
ocasionava entre os praticantes das
diversas variedades futebolísticas em
uso, surge cada vez com mais afinco
o desejo de unificá-las; até que um
dia onze delegados das distintas
tendências decidem constituir-se em
associação. E não perderam muito
tempo a passar das palavras aos
actos. Assim, “... no dia 26 de Outubro
de 1863, na casa dum bairro maçónico de
Londres, em GREAT QUEEN
STEET, hoje desaparecida, numa taberna
ali existente, a FREE MASON’S
TAVERN, para além de se reunirem
nomearam também o representante do
N.N.S of KILBURN; Mr. Pember,
como presidente; o delegado do BARNES,
Mr. Mc. Morley, secretário; e, finalmente
como vogal, Mr. G. Campbell,
representando o BLACKHEAT. Por
sua vez, os dois primeiros representavam as
tendências chamadas FOOTBALL
14 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................
liberdade de movimentos que a sua
prática oferece. É com ela que a
actividade, a imaginação, a
inteligência e a habilidade de cada
um forjam coisas mirabolantes.
O jogo, naqueles tempos
imemoriais, praticava-se livremente,
sem sujeição a nenhuma regra e
para fazer chegar a bola aos
domínios do contrário legitimavam
-se todo o tipo de meios e, pouco a
pouco, os numerosos acidentes a
que dava lugar levaram-no ao
descrédito das massas e a sua
prática quase desaparecia, não fora
alguns colégios a sustê-lo no seu
seio. Mas também aqui goza de
pouca saúde e com a morte já a
rondar as suas portas eis que surge
o grande salvador, Mr. Thomas
Amold, a autonomear-se seu tutor e
no WARWICK SHIRE DE
RUGBY, em 1830, põe este
desporto novamente na moda. Este
oportuno apoio contagia os demais
colégios e os de grandes instalações
retomam a sua prática arrastando
os mais carenciados que passam a
jogar em campos mais pequenos ou
mesmo nos claustros, local donde
GAME e o último era claro adepto do
que hoje poderíamos apelidar de futebol
integral, com pés e mãos"3.
As primeiras reuniões
transcorreram em perfeita harmonia,
dado que todos estavam
sintonizados no sentido da
unificação das regras. Aproveitando
esse bom clima, o secretário da
Associação, Mr. Morley, foi
encarregado de consultar e recolher
dos representantes das distintas
associações ou entidades as suas
opiniões sobre as regras.
Uma vez recolhidas essas
ideias fundamentais dos
representantes dos clubes ETON
WINCHESTER, WESMINTER,
HARROW, RUGBY e 1863, em Londres, Inglaterra, no
CHASTERVAS, o dia 10 de
Novembro de 1863, numa nova
reunião da "Associação", ficou
assinalado como um dia muito
importante na história do futebol, já
saíam os jogadores mais habilidosos
e menos perigosos que formavam
uma equipa chamada DRIBLING
GAME, que segundo Montagne
Shearman, foi a origem do
ASSOCIATION FOOTBALL.
As regras pelas quais se
regiam eram muito diversas e
praticamente cada colégio tinha as
suas, pelo que os estudantes,
quando terminavam os seus
estudos e voltavam a suas casas,
encontravam sérias dificuldades
para praticar o seu desporto
favorito, por isso, em 1848, em
Cambridge, se fez a primeira
tentativa da unificação dessas
aludidas regras com a publicação
das Cambridge Rules, mas sem
nenhum resultado prático. E assim
foram passando os anos dentro da
mais absoluta anarquia legislativa
até que, em 1862, J. C. Thring,
pretende aclarar as coisas e publica
um livro intitulado "O Jogo
Simples", que trata em unificar
critérios, reduzindo as suas regras a
dez (10), e mais, isto somente teve
eco em Sheffield e Nottingham.
que foi determinado o regulamento
único no qual se fundiram, as
diversas tendências, sobretudo
aquelas tendências da velha escola
de Rugby, o que não agradou
particularmente ao representante do
Blackheat cuja direcção resolveu
separar-se do grupo. Dá-se assim o
primeiro e grande cisma na história
do futebol e com Mr. Campbell a
comandar os movimentos. Todos os
partidários da escola de Rugby
abandonaram a reunião decisiva e os
que ficaram adoptaram, de forma
definitiva, os acordos tomados em
Cambridge fundando, deste modo, o
FOOTBALL ASSOCIATION.
Esse dia 8 de Dezembro de
Bairro Maçónico, em Great Queen
Stceet e na Free Mason's Tavem,
tinha nascido de forma oficial o
futebol e, após longa gestação, o
futebol moderno.
 ORIGENS REMOTAS DO FUTEBOL (CONTINUAÇÃO)
Os ingleses, com certo
chauvinismo de permeio,
vangloriam-se em ser os
verdadeiros amadores do Football
Association, mas há muita gente no
imenso mundo do futebol que
concorda com a ostentação desse
"troféu". Não se pode ignorar,
realmente, que as escolas inglesas,
como vimos tenham ajudado o
futebol até antes de 1863, aquando
da saída das regras que unificaram o
jogo e trabalharam e disciplinaram
os comportamentos dos jogadores,
impostos pela Football Association.
Ajudaram-no essencialmente
através da proliferação de clubes,
dos seus dirigentes, das suas escolas
e dos seus estudantes, que foram,
inequivocamente, as grandes molas
impulsionadoras daquele que viria a
ser o Jogo das Multidões:
Como atrás aludimos, houve
uma ruptura entre os amantes do
Football Association e os
partidários da Escola de Rugby,
aquando da discussão da unificação
das regras. Mas o curioso é que a
partir desse momento jamais
deixou de haver forte rivalidade
entre essas duas facções, sobretudo
no que concerne às suas origens. A
Escola de Rugby, na ânsia de ser
mais antiga que o Football
Association, assegura que o jogo
III - HISTÓRIA DA INTRODUÇÃO DO FUTEBOL EM PORTUGAL
(A PRIMEIRA BOLA E A POLÉMICA SOBRE A DATA E LOCAL DA ORIGEM DO FUTEBOL LUSÍADA)
Em Portugal entraram,
primeiro que todo o resto, oriundos
de Inglaterra, os simbolismos – a
bola e as informações gerais sobre
um jogo apaixonante: o football -,
magia britânica, nova vocação
lúdica dos homens. Despertou a
curiosidade dos nossos potenciais
desportistas influenciados pelo
entusiasmo de Guilherme Pinto
Bastos 4) e de seus irmãos que, lá
na velha Albion o tinham visto e
amado.
Os Pinto Bastos foram o
âmago, sadio e entusiasta, do
grupo, cada vez mais envolvido,
mais interessado e praticante, dos
primórdios do futebol português. A
eles se deve o arranque do futebol,
............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 15
nasceu na velha escola da cidade de
Rugby num certo dia do mês de
Novembro de 1823, quando o
jovem Williams Webb Ellis, quiçá
amparado pelo nevoeiro reinante e
na esperança de que ninguém o
tivesse visto ou do facto se tenha
inteirado, fazendo gala de grande
desembaraço no cumprimento das
regras do futebol que naqueles
tempos se jogava, correu pela
primeira vez com a bola entre as
mãos e tal gesto ficaria para sempre
nas regras do jogo de Rugby a
distinguir este do Football. E para
comemorar este insólito
acontecimento, os seus partidários,
anos mais tarde, colocaram na
citada escola uma lápide, que ainda
hoje há dúvidas se foi para vincar
aquela façanha ou se em
homenagem à conclusão do curso,
em 1820, do jovem Williams W.
Ellis.
O Football Association,
podemos hoje garanti-lo, nasceu
com o Rugby e da sua separação
com ele. Isto é, a confusão inicial,
em que o jogo permitia utilizar
indiscriminadamente as mãos e os
pés, deu lugar depois de eliminar
aos poucos as regras que
entroncavam no Rugby, a um
corpo legislativo que todos
aceitaram e que até aos finais do
um segundo e importante
empurrão quando o Ultimato inglês
virou todo o país contra a
prepotência inglesa, e a fundação
do CIF (Clube Internacional de
Futebol), que, um dia, decidiu
tornar-se independente do
profissionalismo.
A forma como surgiu o
futebol em Portugal não cria hoje
qualquer contestação, mas já
existem dúvidas, provocadas por
opiniões e textos divergentes,
quanto à data e ao lugar exacto de
onde o futebol partiu para a grande
caminhada, como, também,
subsiste, por não ter resposta
rigorosamente credível, esta
questão: a que parte do território
séc. XIX se segue e se mantêm
basicamente dado que apenas
sofreu dez alterações. Uma delas
aconteceu em 1865 quando uma
corda uniu os dois postes da baliza
delimitando, assim, a sua altura. Só
dez anos depois, em 1875, essa
corda foi substitui da por uma trave
de madeira. Em. 1867, foi
introduzida a lei do off-side ou fora
de jogo, modificada em 1926. Em.
1871, reconheceu-se a necessidade
de um dos intervenientes poder
jogar a bola com as mãos, embora
com algumas restrições, nascendo
assim o ingrato lugar de guarda-
redes com a sua área de acção
delimitada. Em 1873, cria-se o corner
ou pontapé de canto. Em 1881,
surge pela primeira vez o juiz da
partida, o árbitro. Em 1882, é
aprovada a regra do lançamento da
linha lateral. Em 1890, para maior
comodidade e tranquilidade dos
árbitros, surgem as redes nas
balizas, e no mesmo ano é também
aprovado o penalty e o local de
execução da infracção. Depois
destas alterações nos finais do séc.
XIX, pouco mais houve de
novidade até aos nossos dias, no
tocante às regras do futebol
moderno.
chegou primeiro a bola inglesa
implantadora de uma novidade
aliciante no domínio do Desporto,
por ultrapassar regras e
equipamentos difíceis de interpretar
e comprar, próprias dos desportos
das elites educadas para encararem
a prática desportiva como estimulo
da saúde? Sabe-se que Guilherme
Pinto Bastos chegou a Lisboa com
uma bola na bagagem. Corria o ano
de 1884. Mas aquela bola alguma
vez teria sido jogada? Talvez por
um número muito restrito de
familiares e amigos do seu
proprietário, ou, simplesmente,
permaneceu intocável, como uma
relíquia, em qualquer escaparate do
ex-estudante.
 III - HISTÓRIA DA INTRODUÇÃO DO FUTEBOL EM PORTUGAL (continuação)

Quatro anos mais tarde, o mano
Eduardo regressou da Inglaterra, e
daqui trouxe outra bola de futebol.
Esta, sim, levou os pontapés para
que tinha sido fabricada. Se a bola
de 1884 deve ser considerada a bola
relíquia, a de 1888 será a bola-útil.
Lisboa reivindica, assim, a
origem do futebol na terra lusíada,
mas a contestação a esta bandeira
cronológica vem do Funchal. E
que, segundo declaração dos
madeirenses, o inglês mr. Harry
Hilton, adepto genuíno do
espectacular "association",
implantou o futebol na Ilha da
Madeira pelo processo consagrado
em Lisboa: ofertando-lhe a
indispensável bola made in England.
A ideia do inglês deu origem à
notícia explicitada em letras
metálicas, num muro do Jardim
Infantil da Camacha: Neste local, em
1875; jogou-se futebol pela primeira vez
em Portugal. E quem somos nós para
dizer que a nostálgica lembrança de
sir Hilton foi uma brincadeira sem
significado?
Quando começou a escrever-
se, nos campos e nos jornais, a
história do futebol português, ainda
ninguém falava na insularidade, um
género de estrofe da poesia épica
do protesto, pelo que os teóricos
continentais passaram por cima do
facto, porque, também, terão
encontrado substancial diferença
entre o simples gesto de jogar
futebol e um jogo de futebol
relativamente organizado. Naqueles
tempos, não havia clubes, havia
grupos de amigos, não existiam,
como é óbvio, Associações, nem
regulamentos das provas. Apesar
disso, considerou-se o dia 22 de
Janeiro de 1889 como o primeiro
dia do futebol português. Mas, já se
tinha jogado em 1888, nas vilas de
Belas e de Cascais. A estes desafios
chamaram ensaios. Sempre é, hoje,
uma forma de distinguir o grau das
exibições.
A introdução do futebol no
Porto ocorreu em 1890, repetindo-
se as situações em que ele chegou a
Lisboa e à Madeira. José Beires
Va11e e os irmãos Azevedo
Campos, educados na Inglaterra,
acarretaram as famosas bolas e,
juntamente com os súbditos de Sua
Majestade britânica, mr. Rumsey e
mr. Andersen, explicaram a pessoas
amigas as regras do famoso jogo.
Voltamos ao primeiro jogo
no nosso país, mantendo, porém,
as dúvidas acima sugeridas sobre
cronologias e locais do arranque do
futebol, em Portugal. Razões para
não corroborarmos das
informações, mais ou menos,
oficializadas, não nos faltam, até
porque as contradições não estão
escondidas, aparecem nos
documentos que consultámos. Foi
eleito, por motivos que talvez nos
tenham passado despercebidos, o
domingo, dia 22 de Janeiro de
1889, como o dia do primeiro jogo
de futebol, em Portugal. Local:
Campo Pequeno, no vasto terreno
que ali havia e onde foi construída a
praça de touros. Praticamente, o
Campo Pequeno era arrabalde de
Lisboa, espaço de hortas e
piqueniques. No entanto, no
decorrer das cerimónias
comemorativas das Bodas de Ouro
da FPF, Stantey Rous, prestigiada
figura do futebol mundial,
descerrou uma lápide na Quinta do
Bonjardino, em Venda Seca, Belas,
na qual se afirma que, em Setembro
de 1888, ali foi disputado o
primeiro encontro de futebol no
nosso país. A bandeira que a
lendária personagem retirou da
lápide era a do Clube Desportivo
de Belas, parente remoto do
Sporting Clube de Portugal.
A propósito da introdução,
rápida difusão e aceitação do
futebol, entre nós, passo a trans-
crever uma das primeiras crónicas
sobre futebol, em Portugal, datada
dos princípios do séc. XX, e
subscrita por um nome ilustre da
literatura nacional, Júlio Damas:

“FOOTBALL”

Estamos positivamente na idade do músculo. A atlética é uma obsessão. O “football" um delírio. A série de cinco
desafios do ''team'' escocês do “Third Lamarckm Atlhletic Club” no campo de Palhavã interessou vivamente o público. No
último, os “Players” escoceses fizeram quatro “goals; os portugueses um. O ''team'' português, tendo em consideração que os
seus adversários já jogavam o “football" no ventre materno, deu-se por satisfeito com o resultado do “match”; - e ficou a
amestrar-se, em família, neste singular fogo em que se aprende a complicada arte de levar encontrões e de responder com
sorrisos”6.
E, tal como muitas outras coisas da sua vida, Júlio Damas não pareceu lá muito entusiasmado com a
novidade do jogo - que considerou “complicada arte de levar encontrões e responder com sorrisos”: O séc. XX vivia os
seus primeiros anos. Não tardaria muito o "Manifesto Anti-Dantas" e a transformação do futebol em "jogo
de multidões"

______________________________________________________________
Jornal “Os Sports”, 09 de Dezembro de 1907. (6)
3) COROADO - HERNANDEZ, Ricardo - Ob. cit., p. 13.

16 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

 PADRE ANTÓNIO VIEIRA
400 ANOS DO SEU NASCIMENTO
Comemoram-se, este ano, os enorme que utilizou sempre contra a opressão, a
quatrocentos anos do nascimento do P. força bruta dos poderosos, a tirania e o egoísmo.
António Vieira. Como homem sabia perfeitamente que não
Assim, a equipa da Biblioteca da Escola era bem visto pelos poderosos, pela Inquisição e
Secundária c/3º ciclo do Fundão, no dia pelos “ grandes que comem os pequenos”como
Internacional da Língua Materna, refere no Sermão de Santo António aos peixes, mas a
homenagearam este orador. sua coragem de uma acutilante lucidez não o
Quem foi este homem que no dizer de deixava acobardar-se e dizia e escrevia o que
Fernando Pessoa “É o imperador da Língua pensava, sem qualquer rascunho de receio, mesmo
Portuguesa”? que tal lhe custasse a Liberdade. Acreditava que
Foi padre jesuíta, político, diplomata, Deus era pai e salvador e não castigador e
defendeu os direitos dos índios do Brasil, vingativo.
brilhante orador e exímio escritor, deixou Acreditava num mundo melhor no qual
duzentos sermões e mais de quinhentas Portugal teria um papel determinante no nascer
cartas que são de uma modernidade do Quinto Império.
impressionante e constituem uma bíblia da Ler Vieira é a oportunidade de entrar no
arte de bem escrever português; manobrou mundo da descoberta dos segredos mais
como ninguém a metáfora, as suas alegorias profundos da nossa língua, é definitivamente
e analogias são de uma riqueza linguística aprender a escrever com maior perfeição.
Prof. Estrela Correia

Visita de Estudo A Penha Garcia e Monsanto

A visita sentida pela veia do poeta
Segunda-feira, era sol do meio-dia,
Autocarro arrancou, rumo a Penha Garcia.
Mini autocarro, cheio de alegria,
Esperança na diferença de mais um dia.
Chegada tranquila, a guia nos esperava,
Sem rebuliço a viagem começava.
Subida acima, vários sítios visitámos,
O cansaço apareceu, mas nós continuamos.
O Marco sempre atento à lição,
Durante a viagem sempre de bloco na mão.
Chegado ao topo, veio a descida,
Fósseis de Trilobite, em número suicida.
Chegamos ao autocarro, novamente de partida,
Ida para Monsanto, já escurece o dia.
Em Monsanto vimos toda a Geologia,
Ficou tudo entendido, graças à nossa guia.
Subimos ao Castelo, conquistámos o se interior,
Voltamos a descer, ganhamos novo fervor.
Viagem bem sucedida, o saldo foi positivo,
Revemos a meteria e ainda foi divertido.
Eusébio Filipe 12º CT3

............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 17

 POESIA

SINAIS TOMBADOS OUTROS RUMOS

Não sei que caminho é este, Cada um de nós caminha
Este, o que eu sigo. No meio de outros
Não sei onde me leva Que caminham
E quem vai comigo, No meio de outros.
Não sei …
Curvas e mais curvas, Ininterruptamente andamos
É um labirinto, Em frente, peregrinos.
De passagens estreitas e turvas. E o nosso carreiro,
As minhas estradas não têm sinais, Não sendo labiríntico,
Outros os tombaram… Não é nunca rectilíneo!
Talvez animais…
Na berma da estrada jazem caídos Ininterruptamente andamos,
Corpos sem vida, mortais. Pisando chão,
Como eu, foram em tempos idos Roçando gente,
Caminhando, sem sinais … Resvalando, por vezes, da nossa estrada…
Vai-se o sol E os outros à nossa volta,
E a luz da Lua não vem. Esboçam também percursos,
No negro escuro da noite, Às voltas,
Preta como breu, Procurando ir em frente.
Só o canto do rouxinol,
Que linda voz tem! Andando nos damos,
De resto, tudo feio, horrível, Entrelaçando percursos de outros
Um feio medonho, assustador, Que caminham no meio de outros.
Terrível … Continuando,
E eu só sem medo Traçamos rumos emaranhados,
Nem da morte… Entrando em todo o lado,
Repasso os caminhos tortuosos Não saindo de lado nenhum!
Desta selva imensa
Á procura dum norte. Quando chegamos,
Recomeço a viagem, Paramos inteiros.
Mas sem sorte… Depois, seguimos em frente,
Tudo miragem!!! Como quem caminha lado a lado,
Maldito quem aqui me deixou. Para o mundo e para dentro…
Maldito também
Quem a fé me tirou. Quando saímos e nos perdemos,
………………………………………………… Paramos desfeitos.
Mas… mas afinal, que digo eu? Depois…depois seguimos em frente,
Será… será que encontrei Mesmo que voltemos para trás
Um porto, um abrigo??? Ou para dentro.
Então…
Então vencerei, juro. E é nesse viver transeunte,
Eu vencerei. Que chegamos até nós,
Ou deambulamos sem norte,
Prof. (História): António Madeira Para sempre.
(Escrito aquando da guerra do Ultramar)
Catarina Crocker

18 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

 POESIA
Poemas do Dia dos Namorados

No dia 14 de Fevereiro muitas cartas de amor e poemas circularam na Escola. Alguns dos seus
autores quiseram partilhar convosco esse momento, aceitando que esses textos fossem divulgados no
jornal.

O amor
Foi junto ao mar que fiquei sentada
Que belo é o amor A olhar no vago, a pensar
Quando não se é correspondido sente-se dor Que passava a noite junto de ti,
Mas em chama acesa, que bela paixão Aconchegada nos teus braços.
Que arde fortemente no coração
Aquela paixão que se preserva por duas almas As ondas do mar batiam nos nossos pés
apaixonadas O som do mar transformava-se em melodia
É bonito de se ver, de se perceber Que soava bem baixinho.
Só elas sabem a sorte com que foram
condecoradas Ó quanto te amava!
Pois aquele amor tão forte só espalha felicidade E amo-te cada vez mais.
Que até a incapacidade deixa de ser uma
dificuldade. Estreladomar (aluna do 10º ano)

António Zingarelli, 10ºCAV

A PAIXÃO
ESPELHO
A paixão é um sentimento do coração
Quando me vejo nu ao espelho Que não conseguimos controlar
Vejo o corpo em mudança Sai desvairado
Que está a crescer e a mudar Quando a tal pessoa aparece até fico enervado
Vejo-o com os lindos olhos Até fico sem palavras
E cabelo curto pouco trabalhado Fico a tremer
Vejo que no meu peito Quando dou por mim nem me consigo reconhecer
Há um vazio que se expande É tal desordem dentro de mim
Me aperta Fico a pensar
E ocupa o lugar do meu coração A perceber como tal coisa me aconteceu assim
Sinto que algo, algo me falta A verdade é que só me apetece estar com ela
Sinto frio e medo Fico-me a lembrar como é bela
Quando estou contigo É desta vez que me vou declarar
Não tenho frio, não sinto dor As palavras, os meus sentimentos mais altos vão falar
Estou completo. Agora os meus medos, vou enfrentar
Para mais tarde não me ficar a lamentar
Poema dedicado à Xana por um amigo anónimo que
Uma coisa é certa
gentilmente o cedeu para ser lido no programa de rádio
“Dias de Escola”. Uma paixão como esta tão forte e vinda do coração
Não há coisa mais bela do que esta sensação
António Zingarelli, 10ºCAV

............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 19

 CONTOS
No seguimento de uma abordagem aos contos tradicionais, foi proposto aos alunos do 7ºA a
seguinte actividade: recordar um conto da infância e recriar a história, com a introdução de personagens de
outras histórias, modificando ou não o início e/ou final da história e relatando novas peripécias.
Para vosso prazer, aqui vos deixo alguns desses contos.
Prof. Daniela Martins
Operação Branca de Neve
Tudo começou num belo dia. não demorou muito a aterrar. Os 7 Anões formaram um plano.
Branca de Neve estava a regar as Era a equipa de investigação Equiparam-se com
plantas acompanhada pelos seus constituída pelos 7 Anões. metralhadoras, coletes, granadas
7 Robôs quando foram atacados Um dos anões aproximou-se do e cordas e puseram-se a caminho
pela maléfica organização “Os lobo e disse: da base dos Porcos.
Porcos”, constituída por 3 - Muito bom dia, como está? Entraram e deparam-se com os
porcos que raptaram a Branca de - Nada bem. – disse o lobo quase porcos desarmados a ver os
Neve e danificaram gravemente a chorar. Jogos Olímpicos da
os Robôs. -Não fique preocupado, vamos “Porcolândia”.
Depois de várias horas, o Lobo tratar da situação! - dizia o chefe O chefe dos anões ordenou:
que ia visitar a Branca de Neve da equipa. - Ponham as patas atrás das
encontrou o seu jardim num Depois de algumas horas de costas!
grande caos. investigação, chegaram à - Nem pensar!... – respondeu um
Aflito, tentou falar com os Robôs conclusão que se tratava de um dos porcos pegando numa arma.
mas só ouvia: rapto. Também não havia Mas quando disparou apenas saiu
-Quero água! Quero água! sombra de dúvida que tinham um pequeno jacto de água.
Quero água! Quero água! …. sido “Os Porcos” e não era Os Anões, nesse preciso
O Lobo achou estranho visto muito difícil localizar a Branca de momento, desmancharam-se a
que os robôs não bebem água. Neve. O problema era entrar lá. rir, prenderam os porcos e
Finalmente decidiu telefonar para Eram apenas três porcos, mas libertaram a Branca de Neve.
a polícia. tinham um arsenal complexo à Acabou tudo em bem no mundo
Passado algum tempo, apareceu sua disposição. dos contos.
um helicóptero no horizonte que
Artur dos Santos Monteiro, 7ºA

O conto do Lobo gulotão

Era uma vez um porquinho.
Filho único, decidiu ir viver para
a floresta. Quando escolheu o
melhor lugar para ficar, viu que
tinha um vizinho mas nem teve a
preocupação de saber quem era,
desejando apenas ficar na sua
nova casa. Estava muito feliz
com esse lugar. Um dia, por
curiosidade, o seu vizinho
decidiu ir ver quem habitara
aquele linda casa na mesma
colina que ele. Ele ficou tão
intrigado que resolveu espreitar
pela janela e o que é que ele viu?
Um porquinho bem
rechonchudo e logo começou a
querer comê-lo.
- “Agora pensem vocês quem é
que podia ser o vizinho? Não era
nada mais, nada menos, o lobo
(da história dos 3 porquinhos).”
Então começou logo a magicar
um plano.
- Vou apanhá-lo, desta vez não
falho.
-Hum mas será que fica melhor
frito ou guisado? Logo penso
nisso.
No dia seguinte, tentou perseguir
o porquinho até à feira mas o
porquinho sabichão percebeu
que o lobo o vinha a seguir desde
sua casa. Decidiu então ir outra
vez para casa e depois viu o lobo
a entrar para a casa do vizinho.
Logo percebeu que o vizinho era
o lobo.
Pela manhã, preparou um lanche
para o lobo e deu-o. O lobo,
muito comilão, devorou-o num
instante. O que ele não sabia era
que o fantástico lanche tinha
muita pimenta e piripiri. Logo a
seguir, começou a fumegar e a
tentar tirar o piripiri da língua.
Dirigiu-se para um poço perto da
sua casa para beber água. Tão
distraído, o pobre do lobo
tropeçou numa pedra e caiu para
dentro do poço, e claro, afogou-
se.
Assim, o porquinho pôde fazer a
sua vida normal sem se
preocupar com o vizinho, o lobo
gulotão.
Carolina Brito, 7ºA
No próximo número serão
editados outros contos do 7º A

20 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

 PRÉMIO EUROSCOLA 2007
Quem tem jeito para
escrever não sou eu, Banho intercultural no Parlamento Europeu - Estrasburgo
É o meu coração, De 21 a 23 de
é ele que dita as regras. Fevereiro, um grupo de 25
alunos, acompanhados
Depois, o que ele diz pelas professoras Maria de
é apenas a verdade, Jesus Lopes e Teresa
Correia e pelo presidente
E podes considerar do Conselho Executivo,
esta, a realidade mais professor Estêvão Lopes,
bela do universo. representou Portugal no
Parlamento Europeu em
Nuno Davide (11ºCT1)
Estrasburgo. Foram
acompanhados por uma
jornalista do Jornal do Fundão, Lúcia Reis.
Esta visita foi o resultado do 3º lugar no “Euroscola” do ano passado, uma
AMIZADE vitória ganha pelos alunos Diana Nunes e Manuel Saraiva. Foram premiados com
uma viagem a Estrasburgo, para participarem numa sessão Euroscola com outros
Seja em que lugar for, alunos da Escola. A Joana, uma das alunas que beneficiou desta viagem, conta-nos
Seja em que tempo for, como foi importante para o grupo o contacto com os deputados e jovens de outros
Seja com quem for, países.
Estarei sempre lá. «Partimos no dia 21 pelas 6 horas da manhã e chegámos a Estrasburgo às
18:30h. O dia 22 foi um dia cheio de trabalho no Parlamento. Durante toda a
Seja num campo de manhã, sentámo-nos nos lugares dos euro-deputados e ouvimos três deputados
batalha, discursarem sobre o funcionamento e a constituição do PE. De seguida, fomos
Seja no céu distribuídos por duas salas para o almoço; nós, portugueses, ficámos com os
Seja no inferno, escoceses e surgiu de imediato um convívio intercultural. Depois do almoço, deu-se
Estarei sempre lá. início ao jogo “Eurogame” que consistia em juntar quatro elementos de cada
nacionalidade para responder a um questionário sobre a UE e nas diversas línguas.
Seja ontem, Após o jogo, reuniram-nos em grupos de diferentes nacionalidades para debatermos
Seja hoje, assuntos relacionados com a construção da Europa. Por último, juntámo-nos no
Seja amanhã, grande plenário onde concluímos o jogo “Euro game” e foram distribuídos os
Estarei sempre lá. prémios. Despedimo-nos finalmente de todos os nossos novos amigos e seguimos
para a residência. À noite, para descontrair, demos uma volta pela cidade e
Seja ele, interagimos com mais umas quantas nacionalidades.
Seja ela, O dia seguinte, dia 23, foi o do grande passeio. Visitámos a cidade, a Catedral,
Seja eu, a Petite France e o relógio astronómico. Até tivemos a oportunidade de andar num
Estarei sempre lá. bateau-mouche, de onde se tinha uma vista maravilhosa sobre a cidade. Durante a
tarde, passeámos pelo centro da cidade para comprar uns souvenirs.
Seja para gritar, Dia 24, foi o dia de regresso. Acordámos muito cedo; às 5.30h já estávamos
Seja para chorar, prontos para voltar para Portugal.
Seja para ajudar, O balanço foi muito positivo; conhecer a função dos euro - deputados, a
forma como eles trabalham e ver de perto aquele lindo edifício foi sem dúvida algo
Estarei sempre lá.
muito gratificante. O contacto com outras nacionalidades e outras culturas foi
também muito importante porque ficámos a conhecer outros modos de vida
Nuno Davide, 11º CT1
(poema dedicado a todos os inclusivamente sistemas de ensino muito diversificados.
meus amigos) Um ponto menos positivo que, na minha opinião, não posso deixar de
referir, foi o facto de se ter privilegiado o Inglês em detrimento do Francês e de
outras línguas. Além disso, os alunos anglófonos tiveram vantagem por utilizarem a
sua língua materna.
Esta visita ao Parlamento Europeu e à cidade de Estrasburgo foi uma
experiência inesquecível que vai ficar marcada para sempre na nossa memória.»
Joana Afonso

............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 21

 Entrevista ao Professor de Área de Integração
PAL-Como se chama?
A.G. - Armando Gomes.
PAL- Quantos anos de serviço tem como
professor?
A.G.- Tenho 22 anos de serviço.
PAL- Este ano, pela primeira vez, abriram
cursos profissionais na Escola
Secundária, apoia a abertura dos
mesmos?
A.G- Sim apoio absolutamente, porque um dos
maiores crimes que se cometeu em Portugal em
matéria de educação foi acabar com as escolas
comerciais e industriais. Essas escolas possuíam a
vocação para a formação orientada para a entrada
imediata no mundo do trabalho. Após o 25 de
Abril, essas escolas passaram a liceus, que são as
actuais secundárias. Após muitos anos volvidos, a
carência de formação orientada para a vida activa
veio a ser suprimida com o aparecimento das
escolas profissionais; “esse foi o reinventar da
roda”. O surgimento dos cursos profissionais na
rede oficial de ensino vem na sequência do
conhecimento de que o mercado de trabalho está
carente de técnicos intermédios nas hierarquias
das estruturas empresariais.
PAL- Acha que estes cursos vão ter sucesso?
A.G- Por aquilo que acabamos de dizer não
tenho dúvida alguma de que o mercado de
trabalho está sedente desses técnicos.
PAL- Não acha que estes cursos e os outros
das novas oportunidades servem apenas para
aumentar as estatísticas do nível médio de
escolaridade?
A.G.- No que diz respeito às novas
oportunidades não tenho dúvida de que tem
como objectivo compor as estatísticas matéria de
formação profissional, mas não passa
simplesmente disso. Já os cursos profissionais,
pela sua duração, estrutura curricular e estágio
integrado, constituem uma aposta séria na
intenção de formar e qualificar.
22 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................
PAL- Então acha que os cursos estão a ser
bem coordenados?
A.G.- Sim, mas não podemos esquecer que a
experiência ainda é recente e que irá adquirir
maturidade com o passar do tempo.
PAL- Sabemos que já deu aulas na Escola
Profissional do Fundão, nota alguma
diferença?
A.G.- Leccionei na Escola Profissional do
Fundão desde a sua fundação e por um período
de 14 anos, as diferenças que para já se fazem
sentir são somente ao nível dos procedimentos
administrativos.
PAL- Também sabemos que, embora
leccione aulas de A.I., esta não é a sua área?
A:G.- A minha área de formação é a área de
Gestão; o que à partida me tornou relativamente
apreensivo quanto aos conteúdos do programa
da disciplina de Área de Integração (que exigem
uma abordagem multifacetada e multidisciplinar
dos grandes temas da actualidade.
Surpreendentemente, tenho apreciado bastante a
disciplina e o quanto se pode aprender com ela.
PAL- Um dos temas que estamos a abordar é
o desenvolvimento sustentável, qual é a sua
opinião em relação a isso?
A.G.- Antes de mais nada, todos nós devemos
ter um consciência de cidadania ao nível
planetário. Isso passa por ter consciência de que
as agressões que temos levado a cabo sobre o
ambiente irão ter um retorno negativo, sobre a
nossa qualidade de vida. É impossível, nos dias
de hoje e face à degradação ambiental que
estamos a testemunhar, continuarmos a fazer as
nossas opções em termos de consumo energético
e desperdício de recursos naturais como temos
vindo a realizar até agora. Temos de conhecer as
várias vertentes do problema para,
conscientemente, tomarmos as nossas decisões,
de uma forma mais inócua para o meio ambiente,
que permitam garantir um planeta limpo e
gerador de biodiversidade para as gerações
vindouras.
Daniel Brás e Tiago Caramelo (PAL)
 CRIATURAS
No dia 7/02 e 14/02 tivemos um workshop de
Teatro. Uma coisa normal, pensei!
Entrámos no Anfiteatro, e claro, a única coisa que
vimos foram vários «trapos» no chão.
Podíamos ver também que quem dirigia era uma
jovem, um pouco mais velha que nós, quem diria!
Apresentámo-nos, e depois disso fomos escolher o
nosso objecto.
Ali no chão os objectos não tinham forma, eram
simples «trapos».
A «professora» pôs música para haver «ambiente»,
propôs que cada um pegasse no seu trapo e começássemos a
dançar com o nosso objecto «a criatura». Claro que ao
princípio achámos que a ideia era um pouco patética, mas
depois, pensando melhor, aos poucos, fomos tendo afecto pela criatura.
Depois daquela «dança», sentámo-nos e tentámos «achar» a forma e a respiração da nossa criatura.
Foi fantástico, como simples trapos ao fim de alguns minutos se converteram em criaturas com
personalidade própria.
E o mais interessante foi que cada criatura tinha a sua forma, a sua respiração e também a sua maneira de
ser.
Gostei muito da actividade, foi uma proposta diferente, espero que um dia possamos repetir a experiência outra vez!
Mónica Simão, 8º B

«Nos dias 8 e 15 de Fevereiro de 2008, decorreu um atelier de teatro dirigido por Jeannine Trévidic. (…)
No meu caso, escolhi um tecido de malha que foi muito difícil trabalhar (…) o meu boneco era tímido e
dançarino e chamava-se «scarecrow», que significa espantalho (…)
Este atelier foi fantástico e gostava de agradecer a professora Jeannine por nos ter ensinado tanta coisa. A
turma conseguiu fazer coisas magníficas!»
Rui Infante, 8º C

«Em apenas dois dias, dois dias de fingimento,
de criatividade, de aulas de teatro de objectos.
Nesta experiência, conseguimos dar vida a
objectos do dia a dia, principalmente tecidos. (…)
Dançámos com as criaturas. Criámos uma história…
Gostei muito destes dois dias, pois foi uma
experiência fora do normal.»
Patrícia Ramalho, 8º C
« Eu pensava que não iria gostar muito do
atelier, que não iria ter jeito, mas gostei. (…)
A Jeannine é muito simpática e ajudou-nos em
muitas coisas, [principalmente em perder] a vergonha
uns dos outros. Gostei muito e deu para nos rirmos
um pouco.»
Beatriz Alves, 8º C

«(…) Jeannine, «a professora»

conseguiu pôr-nos completamente à
vontade, permitindo-nos relaxar e
darmos asas à nossa imaginação,
propondo-nos criar «criaturas» a
partir de tecidos, de sacos de plástico,
ou até mesmo t-shirts ou colants.
Tínhamos de lhes dar vida,
respiração, criar a possibilidade de
elas comunicarem entre si…
Podemos ser aquilo que não
somos, sermos quase «actores». Penso
que todos nos divertimos. Foi uma
experiência nova, a repetir.»

Sofia Fernandes, 8º C
............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 23
 COLESTEROL - inimigo público?
Antes de mais não pense no colesterol como uma doença, pois ele é um elemento essencial ao bom
funcionamento do seu organismo.
Circulando no sangue, o colesterol é uma substância gorda, presente em todas as células do organismo e
em pequenas quantidades é necessário ao seu funcionamento, na produção de hormonas, vitaminas e sais
biliares e ainda para a construção das paredes celulares.
O fígado produz colesterol de acordo com as nossas necessidades. Além disso, cerca de 30% do
colesterol que circula no sangue é proveniente dos alimentos.
Valores de colesterol
Para circular no sangue, o colesterol necessita de ser
mg /
Colesterol no adulto transportado associado a proteínas formando as lipoproteínas.
dl
As mais importantes são as de baixa e as de alta densidade. As
Valores normais «190 de baixa densidade são as LDH (low density lipoproteins) e as
200 a de alta densidade são as HDL (high density lipoproteins). As
Valores ligeiramente elevados LDH são o principal veículo do colesterol no sangue, levando-o
239
do fígado até aos tecidos, transportando cerca de 70% do
Valores elevados »240 colesterol total.
Quando o colesterol está em excesso no sangue, as LDH
Valores muito perigosos » 300 são responsáveis pelo seu depósito nas paredes das artérias
formando as placas de aterosclerose- elas são o mau colestrol.
As HDL transportam o colesterol dos tecidos, de volta para o fígado onde é metabolizado ou eliminado.
Estas lipoproteinas são responsáveis pela remoção do colesterol das placas de aterosclerose, atrasando e/
ou evitando a sua formação. Estas lipoproteínas são o bom colesterol
Os valores recomendados de HDL e LDH
Colesterol Mg/ dl
das HDL » 35
das LDH « 115
Voltaremos no próximo Olho Vivo
Até lá
Muita Saúde
O gabinete de saúde está aberto:

2ª Feira 3ªFeira 4ªFeira 5ªFeira 6ªFeira

14 - 14 e 45 14 - 14 e 45 8 e 20 - 9 e 50 14 - 14 e 45 14 - 14 e 45

***********************************************

SEMANA DO ALMOÇO COM OS PAIS

A escola é um espaço dia-a-dia. Por essa razão, a Associação de Pais /
importante para os alunos Encarregados de Educação propôs, em reunião
pois é um veículo importante de Conselho Pedagógico, que os Encarregados de
da sua socialização, mas não é Educação pudessem ter acesso às instalações da
menos importante para os cantina e almoçar na companhia dos seus
encarregados de educação, que educandos, comemorando a “Semana do Almoço
vêem nela um apoio com os Pais”.
importante na formação dos jovens e uma mais Na sequência da aprovação desta proposta,
valia na definição do seu futuro. convidaram-se todos os Alunos e Encarregados
Nesse sentido é importante que os de Educação a usufruir da oportunidade de
Encarregados de Educação conheçam os espaços almoçarem juntos na cantina do complexo escolar
onde os seus educandos se movimentam no seu na semana de 3 a 7 de Março.
A Associação de Pais / Encarregados de Educação
24 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................