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INVENTÁRIO DOS RECURSOS TURISTICOS

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM


ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR

Mestrado em Desporto de Natureza


Desporto de Natureza II

Nunca se sabe em Monsanto


Que as águias roçam com a asa
Se a casa nasce da rocha
Se a rocha nasce da casa

Regente_Professor Doutor Luís Carvalhinho


Docente_Mestre Teresa Bento
Discente_Sérgio Nascimento

Junho_2009
MESTRADO EM DESPORTO DE NATUREZA

Desporto de Natureza II

Segundo Armindo Jacinto (s/d),


presidente da empresa intermunicipal de turismo,
O Geoparque Naturtejo é uma “galinha de ovos de ouro”
para os municípios abrangidos

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Sérgio Nascimento
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Desporto de Natureza II

Índice

1 Introdução 3

2 Região_Geoparque Naturtejo 3

2.1 - Turismo de Natureza 6

2.2 – Aldeias Históricas 6

3 Meios de Acesso / Distância / Tempo 8

4 Particularidades 9

5 Instituições com competência no domínio do desenvolvimento 9

turístico

6 Que acções têm sido empreendidas 10

7 Estado Actual 10

8 Tipo de Visitantes 12

9 Época propicia para a visita ao recurso turístico 13

10 Horário de visita 13

11 Infra-estrutura básica 13

12 Actividades que se fazem actualmente dentro do recurso turístico 14

13 Serviços que existem actualmente dentro e fora do recurso 14

turístico

14 Dados complementares 16

14.1 – Inventário dos Recursos Naturais para um turismo sustentável 18

14.2 – Inventário dos Recursos Humanos 19

15 Transversalidade “à la Carte” 20
16 Bibliografia 25

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1. Introdução
A Legislação que aprovou o Inventário dos Recursos Turísticos (IRT) foi a Portaria n.º
1071/97, de 22 de Outubro de 1997 (Diário da República, 22 Outubro 1997 (núm. 246)
“Um inventário de recursos turísticos é fundamental no planeamento turístico, no
ordenamento do território, na identificação e definição da vocação turística de uma
região. Torna-se, assim, muito mais fácil pensar nas acções promocionais que podem
e devem ser desenvolvidas, bem como orientá-las (M.C.T./D.G.T., 1991).”

Segundo Elisa Almeida, antiga Chefe de Divisão dos Recursos Turísticos, da anterior
Direcção Geral de Turismo, actual Instituto de Turismo, “Para ganharmos
competitividade a nível internacional, temos que consolidar a nossa posição no
mercado com base na diversificação de produtos turísticos e na manutenção da nossa
identidade cultural” (Cadernos Link, 1999).
Assim, considera-se que o grande ponto de partida para o Inventário de Recursos
Turísticos baseia-se na captação do mercado externo, fidelizando o interno, sendo
este um instrumento de planeamento estratégico.

Dada a complexidade do IRT, não será possível apresentar uma forma crítica em tão
curto espaço de tempo, mas será objectivo do presente documento abordar
transversalmente as diferentes valências existentes na região.

2. Geopark Naturtejo da Meseta Meridional


UNESCO European and Global Geopark
Segundo Zouros (2004), citado por Flávia Lima (2008), “em 1996, no 30º Congresso
Internacional de Geologia, realizado em Pequim, durante o simpósio sobre a protecção
do património geológico, discussões entre G. Martini (França) e N. Zouros (Grécia)
culminaram com o surgimento de uma proposta de protecção e promoção simultânea
do património geológico e do desenvolvimento económico sustentável local, através da
criação de geoparques. O mesmo autor, referindo a Rede Europeia “um Geoparque
Europeu é um território que combina a protecção e a promoção do património
geológico com o desenvolvimento local sustentável (Zouros, 2004).
O 1º Geoparque português - o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional – um dos trinta
e três da Rede Europeia de Geoparques (REG) passou a ser, desde o dia 20 de
Setembro de 2006, um dos cinquenta da Rede Global de Geoparques da UNESCO

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(dados referentes a Setembro de 2006). Localiza-se na zona Centro de Portugal,


fazendo fronteira com Espanha, a Este.
Segundo Catana, M. (2008), para a criação do Geoparque, a Associação de
Municípios Natureza e Tejo decidiu, em 2004, criar uma empresa de capitais
maioritariamente públicos – a NATURTEJO EIM, da qual fazem parte também treze
empresas privadas. “A Naturtejo surge pela necessidade de os seis Municípios que a
integram juntarem sinergias… fazendo promoção, divulgação e desenvolvimento da
actividade nos municípios. A nossa força é a diversificação que temos em termos de
oferta. (Armindo Jacinto, segundo Cabrita & Leitão, 2004).”

Armindo Jacinto destacou o Património Natural que o Tejo encerra, nomeadamente na


área do Parque Natural do Tejo Internacional, o património histórico importantíssimo,
designadamente no que se refere à arqueologia e salientou os aspectos únicos
existentes, em termos geológicos. Estes valores patrimoniais conjugados suportam o
projecto da Naturtejo, o de criar um Geoparque, que será o primeiro em Portugal
(Cabrita & Leitão, 2004).

Os municípios que correspondem ao Geopark Naturtejo são os de Castelo Branco,


Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, tendo como
objectivo “valorizar os locais que agem como testemunhos-chave da História da Terra,
fomentando o emprego e promovendo o desenvolvimento económico regional.” (URL
http://www.naturtejo.com/conteudos/pt/introducao.php). Para a adesão das autarquias
à associação Naturtejo, de acordo com Acta nº. 05/08, Reunião Ordinária da Câmara
Municipal de Castelo de Vide, realizada no dia 05 de Março de 2008, “teve lugar uma
reunião na Câmara Municipal de Castelo de Branco, cuja ordem de trabalhos foi a
adesão de alguns Municípios, entre os quais Castelo de Vide, à Naturtejo. Na
sequência desta reunião ficou, definido o mapa de pagamentos referentes ao valor da
nossa adesão à Naturtejo, que é de cento e cinquenta mil euros, isto é, vinte e cinco
mil euros por ano desde dois mil e cinco inclusive…”.

Existe uma infinidade de recursos naturais de dimensão nacional e internacional, de


que são exemplos os seguintes geomonumentos: icnofósseis de Penha Garcia, os
canhões fluviais de Penha Garcia, das Portas do Ródão e de Almourão, a mina de
ouro romana do Conhal do Arneiro, as morfologias graníticas da Serra da Gardunha e
Monsanto. Para além dos geossítios anteriores, o Geopark conta ainda com o Parque
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Natural do Tejo Internacional e com áreas protegidas no âmbito da Rede Natura 2000
e de “Important Bird Áreas”.
Existem inúmeros castelos, igrejas e palácios, que embora ao longo dos anos se
tenham degradado, continuam “vivos” e contam na actualidade com projectos de
recuperação e manutenção. São exemplos, a Aldeia Histórica de Monsanto e as
Aldeias do Xisto, que se encontram espalhadas pelo Geopark Naturtejo.

Turismo de Natureza

Um dos grandes “chavos” da promoção do Geopark Naturtejo passa pela promoção do


Turismo de Natureza. Percursos pedestres fundamentalmente com a temática da
Geologia de pequena e grande rota, Escalada e Canoagem são alguns desses
exemplos.
O Parque Natural do Tejo Internacional é um dos mais importantes santuários de vida
selvagem da Europa. (URL http://www.naturtejo.com/conteudos/pt/introducao.php).

A Saúde e Bem-estar e a Religião são conceitos muito desenvolvidos, aproveitando o


ar puro, tranquilidade da região, águas tranquilas e as termas existentes, assim como
a perseverança em manter a cultura, tradição e festividades religiosas.

Como complementaridade destes tópicos anteriores, existe “uma oferta de produtos


turísticos de qualidade, que vão da gastronomia ao património histórico e dos eventos
desportivos às festividades religiosas tradicionais.”
(URL http://www.naturtejo.com/conteudos/pt/introducao.php).

Aldeias Típicas

Devido às características próprias, ao património humano, natural, cultural, histórico,


geomorfológico e sua importância ao longo dos séculos, no Geopark Naturtejo existem
aldeias de interesse local, regional, nacional e internacional. É fundamental a sua
conservação e promoção, desenvolvendo a economia local e internacionalizar tendo
em conta a proximidade com os países da Europa (+/- 350 Km de Madrid e cerca de
8000000 de potenciais visitantes a 2h).

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Aldeias Históricas
Das 10 (dez) Aldeias Históricas existentes no país, 2 (duas) pertencem à região
Naturtejo: Monsanto e Idanha-a-Velha.
Devido à singularidade de ser considerada a Aldeia mais antiga de Portugal, ressalva-
se a Aldeia de Monsanto.

Monsanto
A Aldeia mais portuguesa de Portugal

“Terra de rara beleza, onde o granito e a força humana desempenham o papel


principal, "Monte Santo" é o carismático baluarte da fronteira do Erges, tão valoroso
que se dizia que "Quem conquista Monsanto, conquista o mundo". Do seu passado
prevalecem curiosas lendas e narrativas ligadas a invasões e assaltos à povoação…

Relembramos então, Saramago que em visita a Monsanto afirmou "Devemos entender


o que há de pedra nas pessoas, descobrir o que das pessoas, descobrir o que das
pessoas passou à pedra". Pela sua autenticidade, foi considerada (através de
concurso) pelo Secretariado Nacional de Informação, em 1938, a aldeia mais
portuguesa de Portugal com a atribuição do galo de prata, cuja réplica os Monsantinos
exibem, orgulhosamente, no topo da Torre de Lucano.

Monsanto é uma vila repleta de usos e costumes com forte carga simbólica, conforme
podemos analisar através do seu artesanato (Marafona) e pelas tradições populares.
Não perca a oportunidade de conversar com os Monsantinos sobre as suas lendas e
tradições, que de certo ficará encantado com o que ouvir.

A freguesia de Monsanto pertencem os lugares de Adinjeiro, Carroqueiro, Lagar Maria


Martins, Lagar d'Água, Lagar de Junho, Torre, Relva, Devesa, Carriçal, Afonso Enes,

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Carro Quebrado, Sidral, Monsantela, Valado, Barreiro, Eugénia, Fonte Carvalho, Amial
e Pomar. (http://www.cm-idanhanova.pt/freguesias/monsanto.html)

Aldeias do Xisto
Consideram-se Aldeias do Xisto, essencialmente devido ao aglomerado de pequenas
construções de carácter popular construídas em xisto.
“Implantadas normalmente nos declives acentuados que caracterizam a região, o que
lhes confere um mimetismo com a paisagem, estas aldeias são locais envoltos numa
magia muito própria. O seu valor de conjunto reside na arquitectura simples e
despojada das casas e palheiros, trespassadas por ruas estreitas que nos convidam a
deambular e a desfrutar da vida serena que por lá se vive.” (URL
http://www.naturtejo.com/naturtejo/pt/index.htm)

3. Meios de Acesso / Distância / Tempo

O concelho de Idanha-a-Nova, onde se situam as Aldeias Históricas e Aldeias de


Xisto, liga-se com a auto-estrada da Beira Interior (A23) e o IC31 até à fronteira das
Termas de Monfortinho, dispondo actualmente de boas acessibilidades, a apenas 286
km de Lisboa. Pela autovia Cória/Navalmoral de la Mata e Cáceres, são apenas 320
km até Madrid e muito menos até Cáceres, Badajoz e Salamanca. No seu interior,
apresenta uma rede de estradas nacionais e municipais em bom estado de
conservação.
Localização GPS: N 39º 55' 13,27'', W 7º 14' 13,77''

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4. Particularidades
A Aldeia Histórica de Monsanto é considerada a aldeia mais antiga de Portugal.
Monsanto ganhou “o concurso promovido, em 1938, pelo Secretariado de Propaganda
Nacional do Estado Novo, dirigido por António Ferro. Ser, na opinião do júri composto
por etnógrafos, poetas e escritores, a mais característica povoação do país, a menos
"penetrada pela civilização dos outros", valeu-lhe o Galo de Prata, troféu cuja réplica
permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano, um dos seus mais
conhecidos monumentos.” (URL http://www.rotas.xl.pt/1102/a05-00-00.shtml).
As Aldeias de Xisto possuem uma singularidade muito própria, possuindo a beleza das
suas casas serem maioritariamente construídas com base no xisto. Possuem também
uma serie de complementaridade de serviços, fundamentalmente de natureza:
Percursos Pedestres de pequena e grande rota e um Centro de BTT.

5. Instituições com competência no domínio do


desenvolvimento turístico

 Naturtejo, Empresa Intermunicipal de Turismo


 Associação de Municípios Natureza e Tejo
 Postos de Turismo
 Câmara Municipal de Castelo Branco
 Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
 Câmara Municipal de Nisa
 Município de Proença-a-Nova
 Município de Oleiros
 Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão
 Comissão de Coordenação da Região Centro
 Turismo de Portugal
 Guias da Natureza das Câmaras Municipais

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6. Que acções têm sido empreendidas


 Estudos científicos
 Plano Desenvolvimento Municipal
 Acções de educação ambiental
 Edição de folhetos, brochuras, livros e posters
 Visitas guiadas, gerais e temáticas
 Candidatura à Rede Global de Geoparques da UNESCO
 Definição de percursos pedestres
 Interdição da caça em algumas áreas consideradas fulcrais inexequíveis
 Criação de Rotas Naturtejo
 Criação de Programas Educativos
 Criação de uma intervenção conjunta de diferentes actividades realizadas por
empresas de animação turística e unidades hoteleiras
 Criação da Naturtejo, responsável pela promoção do turismo na região
integrada pelos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros,
Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
 Diversas acções/entrevistas/reportagens em revistas e jornais nacionais,
regionais e locais
 Central de Reservas comum a todos os concelhos

7. Estado Actual
Uma vez que as condições básicas de higiene, segurança e salubridade estão criadas
para um turismo de qualidade, é importante fazer uma aposta na mudança de
visitantes para turistas, aumentando o número de camas na localidade.

A preservação das Aldeias Típicas visa recuperar para a povoação a dimensão


original que teve e cujas particularidades são suficientemente atractivas para a
dinamização turística e cultural.

As Aldeias Típicas representam, para a cultura rural portuguesa e para o património


nacional, um Iugar a merecer cuidados especiais quanto à salvaguarda das suas
raízes e das suas realidades. A saber:

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Infra-estruturas: Foi executado o enterramento das infra-estruturas eléctricas e


de comunicações.
Entidades Responsáveis: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Intervenção no Castelo e Muralhas: Prevêem-se obras de conservação,


beneficiação e valorização geral do castelo e muralhas, incluindo os acessos a
partir da aldeia.
Entidades Responsáveis: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova/Direcção Geral de
edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).

Recuperação do Palácio do Marquês da Graciosa para sede de recepção e


centro de interpertação de Monsanto - 2ª fase: Intervenção executada,
encontrando-se a recepção em funcionamento.
Entidade Responsável: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Igreja Matriz: Restauro do Altar-Mor e de um dos altares laterais.


Entidade Responsável: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Pousada: Está prevista a sua ampliação.


Entidade Responsável: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Arranjos Urbanísticos: Foi elaborado o Plano de Salvaguarda e Valorização de


Monsanto.
Prevê-se a criação de um parque de estacionamento para os visitantes de
Monsanto, tendo em vista evitar o congestionamento da malha urbana e a
degradação da sua legibilidade estético-urbana.
Procedeu-se à limpeza, tratamento e consolidação de estruturas urbanas
públicas e à recuperação de arruamentos, praças, fontes e outros elementos
do espaço urbano.
Entidade Responsável: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Promoção e divulgação: Foram editados uma brochura e um conjunto de


postais destinados à promoção e divulgação da Aldeia de Monsanto e do seu
Património.
Entidade Responsável: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.
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Relativamente à Animação Turística, mais propriamente ao serviço Campos de


Férias,(abordado num dos pontos seguintes), dados de Verão 2008 do Programa
Férias em Movimento, promovido pelo Instituto Português da Juventude, existiram 137
Campos de Férias, sendo 38 Campos Residenciais e 99 Não Residenciais. Houve um
aumento do número de entidades organizadoras relativamente à Páscoa, que registou
52 Campos de Férias.

Existem empresas sedeadas na região Centro, que organizam Campos de Férias


(Terra Oculta, Organização de Eventos, Lda., Associação Cristã da Mocidade, Bee).
Através consulta nos motores de busca e sites municipais, de empresas, associações
e turismo, especificamente no Geopark Naturtejo unicamente existe a promoção de
uma empresa (bee) com sede externa aos concelhos abrangidos pela Naturtejo, onde
“explora” algumas potencialidades da região.

8. Tipo de Visitantes e Turistas


Devido à franca expansão do Turismo de Natureza, Touring, Gastronomia e Vinhos,
de acordo com os proveitos nos estabelecimentos hoteleiros, os visitantes são
fundamentalmente de classe média e média/alta.
Nos 3 primeiros meses de 2009, segundo dados constantes no site do Turismo de
Portugal:
As dormidas na região Centro são sobretudo em Hotéis (408.327) e Outros
(131.817), embora com menos 69968 e 26903 dormidas para cada tipologia
respectivamente, do ano anterior;
Devido à proximidade com Espanha, o maior número de dormidas na região
Centro pertence a este país (48227), secundado pela Alemanha (13037) e
França (10286). De referir, que todos estes países baixaram o número de
dormidas na região, relativamente ao ano anterior no decorrer dos mesmos 3
meses;
De salientar, e muito embora com valores percentuais muito baixos de
dormidas, o aumento de dormidas de pessoas de residência na Hungria e
Finlândia do ano 2008 para 2009;
Comparativamente com a Madeira e Algarve, a estada média de noites de
estrangeiros e portugueses é reduzida na região Centro (1,7);
Das 7 regiões de Portugal, a região Centro é a 5ª com menor proveitos globais
nos estabelecimentos hoteleiros.
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Para uma potencial promoção de Campos de Férias, os dados constantes no Instituto


Português da Juventude são:
Campos de Férias da Páscoa 2008 registou 1072 jovens inscritos.

9. Época propicia para a visita ao recurso turístico


Estatisticamente, nos primeiros 3 meses de 2009, houve um crescente do número de
dormidas e proveitos nos estabelecimentos hoteleiros, de cerca de 170 mil em Janeiro
para 210 mil dormidas em Março, assim como no ano anterior em que este registo
também aumentou.
As aldeias poderão ser visitadas durante todo o ano, embora considera-se mais
propicia a visita na Primavera para melhor deslumbramento com as diferentes vistas
que os locais proporcionam ou Inverno para “saborear” o cheiro a lenha que percorre a
aldeia.
Se possível, visitar nas datas festivas, realçando nestes dias a proximidade com a
comunidade local, história e cultura tradicional.

10. Horário de visita


Para retirar informações nos Postos de Turismo locais, informa-se que os mesmos
estão abertos todo o ano (dias da semana, fins-de-semana e feriados) das 9h às 18h,
exceptuando o 1 de Janeiro, 25 de Dezembro e no feriado local.

11. Infra-estrutura básica


Com as devidas reestruturações existentes após a elaboração do PDM (1994),
apostou-se fortemente nas condições básicas (electricidade, água, telefone e
sanitários).
A sinalética para chegar ao local que se pretende está devidamente bem situada,
embora nas estradas e acessos que foram recentemente reestruturadas e criados, se
considere necessário maior atenção para esta situação.

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12. Actividades que se fazem actualmente dentro do recurso


turístico
Desporto de Natureza:
Percursos
Orientação
Escalada
Hipismo
Canoagem
Caça
Tiro
Safaris Fotográficos
Pesca
Pára-quedismo, Skysurf e Parapente
Balonismo
Eventos Desportivos
Outras actividades

Saúde e Bem-Estar
Termas
Spa´s
Zonas Balneares
Praias Fluviais

Programas Educativos

Rotas Naturtejo

13. Serviços que existem actualmente dentro do recurso


turístico
Considera-se que os mais indicados e de acordo com o Guia local (informação oral):
Monsanto
Alojamento
o Pousada de Monsanto
Rua da Capela, 1 Monsanto
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277 314 471


o Casa da Maria
Av. Fernando Rocha, 11 Monsanto
277 314 457

Restauração
o Restaurante da Pousada
Pousada
277 314 471
o O Cruzeiro
277 314 528

Comércio
o Alexandrino Marquez Peças em latão
277 314 501
o Fernanda Aguilar_Loja “Ao Castelo ”
962 457 393

Festividades
o Festa de Nossa Senhora do Castelo ou das Cruzes
3 de Maio ou no Domingo seguinte
o Relva – Festa em Honra de São Sebastião
1.º Fim-de-semana de Setembro
o Festa em Honra de Nossa Senhora da Azenha
2.º Fim-de-semana de Setembro

Segundo o Plano de Desenvolvimento Municipal (PDM) do Município e Idanha-a-Nova,


os seguintes imóveis estão em vias de classificação:
Antiga aldeia de Penha Garcia, em Penha Garcia;
Capela de São Miguel, em Monsanto;

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14. Dados complementares


A população residente no território Naturtejo perfaz 96337 habitantes (dados de 2001
do INE) e a densidade populacional é de 20,8 habitantes/km2. O Município que
apresenta maior densidade populacional é o de Castelo Branco e o que apresenta
menor é o de Idanha-a-Nova.

Sendo a grande aposta no produto turístico estratégico “Turismo de Natureza”, é


fundamental analisar a definição deste produto. As experiências baseiam-se na prática
de actividades de baixa intensidade (80%) e de forte intensidade (20%). Dados
europeus que constam no PENT, demonstram que 85% das viagens de Turismo de
Natureza são de mais de 4 noites. Os consumidores de Espanha, França e Itália são
os turistas que demonstram maior apetência para a procura futura de viagens de
Turismo de Natureza.

Os resultados obtidos através de uma série de entrevistas a peritos e operadores


turísticos demonstram que o perfil dos consumidores de Turismo de Natureza Soft são
famílias com filhos, casais e reformados, alojados em hotéis de 3, 4 estrelas ou casas
rurais, procuram o serviço maioritariamente no Verão uma a duas vezes por ano. Os
consumidores de Turismo de Natureza Hard são jovens dos 20 aos 35 anos,
estudantes, praticantes, alojados em refúgios de natureza, casas de campo ou
simplesmente Bed & Breakfast e procuram o serviço na Primavera e Verão até cinco
vezes por ano.

O sector Turismo de Natureza tem aumentado na Europa a uma ritmo médio anual de
7% nos últimos ano, com probabilidade de maior incremento no futuro. Este sector é
tremendamente exigente, sendo factores cruciais a existência de espaços naturais
protegidos, diversidade de recursos naturais, boas acessibilidades e limpeza e
conservação da natureza. Segundo o PENT, o perfil dos consumidores dos principais
segmentos do Turismo de Natureza, a motivação principal é relaxar na natureza e
descansar (40%), secundado pelo interesse básico/ocasional na natureza (30%).
Importa também analisar que a motivação de Desportos de Aventura na Natureza é
unicamente 5%, sendo também o crescimento anual baixo. As actividades mais
procuradas são a fotografia, os passeios a pé, cavalo, barco, bicicleta, rotas de
automóvel e visitas a reservas e parques naturais.

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Através de uma adaptação da pirâmide de Maslow, as necessidades básicas residem


na segurança, sendo o topo a utilidade da sua viagem como algo diferenciador para o
destino visitado. Comparativamente com a Escócia, este país adoptou uma sinalética
que diferencia os percursos por grau de dificuldade (p.e. Rotas para famílias, Rotas
para pessoas com mobilidade reduzida). Desta forma, os turistas sentem-se mais
seguros, confiantes e ajustados à realidade do serviço que procuram.

Para uma potencial promoção do conceito de Campos de Férias, importa salientar que
existe legislação desde 2003 (DL n.º 304/2003) e respectivas portarias, que regulam o
funcionamento de campos de férias. Para a potencial realização de Campos de Férias
é necessário o devido licenciamento (Alvará do Instituto Português da Juventude),
assim como a obtenção de seguros de responsabilidade civil e acidentes pessoais. No
local terá de existir sempre o livro de reclamações de fácil acesso quando solicitado.

As superstruturas (alojamento) terá que obedecer a uma portaria especifica (Portaria


586/2004), que regula a construção e/ou adaptação do espaço (áreas,
equipamentos..).

A equipa pedagógica terá que ter formação interna, assim como outras
condicionantes. Existem deveres e direitos dos diferentes intervenientes:
coordenadores, monitores, equipa de higiene.

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14.1 Inventário dos recursos naturais para um turismo sustentável

Tabela 1 – Interesse principal e outros interesses de cada um dos 16 geomonumentos

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14.2 Inventário dos recursos humanos

Tabela 2 – Actividades desenvolvidas pelos elementos da Equipa do Geopark


Naturtejo

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15) Transversalidade “à la Carte”


É crucial cruzar estes dados e analisar quais benefícios que a região Centro poderá
facultar aos seus visitantes e turistas. Embora com uma quebra acentuada de turistas
em todo o país, é importante pensar na oferta turística e os tipos de produtos turísticos
que se poderá criar como “chamamento” para os turistas estrangeiros e portugueses.

Sabendo que a região Centro comparativamente às restantes é das que obtém


menores proveitos financeiros na área do Turismo, importa salientar a fraca existência
de alojamentos, sendo esta uma necessidade actual que movimenta outras despesas
correntes (refeições, animação, visitas a monumentos, etc). Juntamente com esta
necessidade é importante referir que só se transforma em produto turístico, se existir
uma complementaridade de oferta, como por exemplo, restaurantes, animação
turística, existência de comércio local, entre outro tipo de infra-estruturas e serviços.

Dos diferentes produtos turísticos da região Centro, os de maior crescimento são o


Touring, Turismo de Natureza, Gastronomia e Vinhos. Sendo Lisboa a região com
maiores proveitos globais e estando a apenas 2 horas, assim como Porto e Norte,
poderá ser muito vantajoso uma aposta promocional nestas regiões. A melhoria das
acessibilidades aéreas e rodoviárias entre países europeus com Lisboa e Porto,
valorizam indirectamente a Região Centro através da captação dos mercados
emissores do nosso país. Fundamentalmente é necessário que se adopte o conceito
cross-selling entre a região Centro, particularmente a região Naturtejo, e as demais
onde os produtos estratégicos estão mais desenvolvidos e têm maior número de
visitantes e turistas.

A criação de Parques Naturais, a relevância do Património Natural, a existência de


Monumentos históricos e religiosos e as Aldeias Típicas, são factores distintivos que
permitem desenvolver diversas acções: Rotas Temáticas, Recuperar e adaptar
edifícios classificados para unidades de alojamento.

Particularmente abordando o Turismo de Natureza, conceito onde a abordagem do


Campo de Férias é mais similar, ambos têm finalidades comuns, destacando algumas:
relacionamento com a comunidade, aprendizagens e conhecimentos sociais, culturais,
históricos e desportivos, experiências e emoções, vivências únicas e cooperação
institucional. Embora com mais incidência no Turismo de Natureza, também é possível
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reproduzir nos Campos de Férias: desenvolvimento económico sustentável da


comunidade onde se desenvolve o conceito.

Após descrição, inventariação de recursos turísticos e análise de estatísticas de


dormidas, hospedes e proveitos no Turismo na região Centro e comparativamente a
restantes, considero como uma oportunidade a promoção de Campos de Férias.

Segundo a Rede Global de Geoparques da UNESCO, citado por Catana (2008) “um
Geoparque é um território com limites bem definidos que tem uma área de superfície
suficientemente alargada para permitir o desenvolvimento económico local. O
Geoparque contém um número de sítios de património geológico […] de especial
importância científica, raridade ou beleza; pode não ter apenas significado geológico
[…], mas também valor arqueológico, ecológico, histórico ou cultural.

Ao abrigo do Decreto-Lei n.º 47/99, de 16 de Fevereiro, considera-se Turismo de


Natureza "o produto turístico composto estabelecimentos, actividades e serviços de
alojamento e animação turística e ambiental realizados e prestados em zonas
integradas na Rede Nacional de Áreas Protegidas". O turismo que assume este tipo
de características desenvolve-se segundo diversas modalidades de hospedagem, de
actividade e serviços de animação ambiental, que permitem a contemplação e a
fruição do património natural, arquitectónico, paisagístico e cultural.

“Campos de Férias” são iniciativas destinadas exclusivamente a grupos de crianças e


jovens, com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, cuja finalidade
compreenda a realização, durante um período de tempo determinado, de um
programa organizado de carácter educativo, cultural, desportivo ou meramente
recreativo. (DL 304-03).

Logo, Turismo de Natureza e Campos de Férias, transversalmente promovem:


 Potenciamento de uma localidade/região, proporcionando o conhecimento dos
recursos da área;
 Compreende um período de tempo determinado, normalmente superior a 4
noites;
 Programa de actividades multidisciplinar (Cultural, Desportivo, Ambiental,
Ecológico…);
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 Formação e qualificação da equipa pedagógica envolvida;


 Animação, Interpretação Ambiental e Desporto de Natureza;
 Normalmente desenvolve-se fora das zonas urbanas;
 A oferta das actividades tende a ser desenvolvidas em locais diferentes,
embora com proeminência de baixo impacto ambiental;

Assim e devido à especificidade e multidisciplinaridade existente nos programas de


Campos de Férias, consegue-se relacionar os objectivos fundamentais para a
educação e formação do participante com a finalidade comum existente nos
Geoparques.
Devido às características geomorfológicas, naturais, históricas e culturais da região do
Geopark Naturtejo e tendo em conta a anterior criação e promoção dos Programas
Educativos e Rotas Temáticas da Naturtejo para escolas e famílias, surge desta forma
o “GEOCAMPOSPARK” (GEOHOLIDAYCAMPSPARK).

Considero para o desenvolvimento do conceito a existência de determinados serviços


turísticos que poderiam extrapolar para a organização e planeamento do
“GEOCAMPOSPARK”.
A existência na região de determinados atributos positivos que atraem
pessoas/grupos/decisores realço a cultura e modos de vida, ambiente e ecologia,
áreas propícias ao desenvolvimento de Animação, Interpretação Ambiental e Desporto
de Natureza, beneficiando ainda pela inexistência de factores negativos (p.e. poluição,
insegurança). Estes factores, juntando à reestruturas das infra-estruturas básicas
(sistemas de fornecimento de água, energia, saneamento básico, estradas) criam as
condições necessárias para a dinâmica do campo.

Realço neste momento a inexistência de superstruturas para acomodar os jovens.


Será esta a principal lacuna onde tentaremos colmatar com o devido apoio financeiro
do QREN – Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013.
Embora necessitando da devida Declaração de Interesse Turística, a necessária
adaptabilidade da infra-estrutura à necessidade turística da região e adequabilidade à
legislação em vigor, a infra-estrutura de base poderia enquadrar-se em centros de
acolhimento. Designa-se por centros de acolhimento as casas construídas de raiz ou
adaptadas a partir de edifício existente, que permitam o alojamento de grupos, com
vista à educação ambiental, visitas de estudo e de carácter científico. (DL 56/2002).
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Para a criação deste novo produto turístico, consideramos que neste momento, os
produtos existentes estão em fase de desenvolvimento, aumentando o nível de
procura e oferta, uma vez que a fase de envolvimento dos agentes locais na prestação
de serviços aos turistas está em fase avançada de solidificação.

Uma vez que a procura está em fase crescente, criaremos este produto nas férias
sazonais, promovendo anualmente junto da comunidade escolar que procura os
Programas Educativos, as famílias que experimentam as Rotas Temáticas e Turismo
de Natureza Soft e junto dos consumidores de Turismo de Natureza Espanhóis,
Franceses e Italianos.

Este Campo de Férias será diferenciador de outros promovidos na região ou


noutras regiões porque será fundamentalmente direccionado para a
interdisciplinaridade que “obriga” o conceito Geopark, os participantes serão
agentes dinamizadores e cooperantes com as “gentes” locais, toda a logística
será canalizada com a regras dos 3 R´s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) e
principalmente será o primeiro conceito nacional GEOCAMPOSPARK.

De acordo com as condições da infra-estrutura a ser criada, o


GEOCAMPOSPARK será direccionado a participantes dos 6 aos 18 anos,
totalizando 80 pessoas por turno de 7 dias. Os participantes ficarão a “residir”
no Campo de Férias, onde a alimentação e animação estarão incluídas, assim
como existirá um acompanhamento da equipa pedagógica no decorrer do
turno.

A existência de outro tipo de serviços poderá ser impulsionador para as


características próprias do GEOCAMPOSPARK, sendo os próprios
participantes os elementos que irão observar, analisar e actuar nas potenciais
mudanças ecológicas, ambientais e sociais que possam decorrer dos actos,
comportamentos e atitudes de pessoas/entidades que realizem outros serviços
complementares ou dispares da dinâmica do campo.

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A população local terá uma importância extrema na transmissão de conteúdos


do GEOCAMPOSPARK, uma vez que grande parte do plano de actividades
será realizado em cooperação com entidades locais, onde se privilegia o
contacto pessoal e relacionamento interpessoal de todos os envolvidos. A
aprendizagem da animação local (artes e ofícios tradicionais da região, as
festas, feiras e romarias, rotas temáticas…) e actividades de interpretação
(centros de interpretação, percursos interpretativos…) serão cruciais na
definição do conceito.

Devido à multidisciplinaridade do plano de actividades é crucial a ligação a


outros recursos turísticos. Existem entidades/pessoas que estão totalmente
adaptadas à região e localidade onde se insere o GEOCAMPOSPARK. Devido
à sua singularidade e originalidade dos bens e/ou serviços existirá
periodicamente uma ligação aos recursos turísticos. Uma degustação da
gastronomia local num restaurante típico poderá ser uma potencial ligação.
Mas o nosso principal objectivo, será o acolhimento (intangível). Que os
serviços utilizados sejam realizados por pessoas que aproximem os
participantes (entenda-se jovens) no sentido de uma relação humana de
qualidade, estimulando a troca de saberes, conhecimentos e testemunhos.

Para os participantes e destino, as vantagens são claras: relacionamento


comum, a compreensão, as atitudes, manifestações culturais, divulgação da
região e localidade, relacionamento inter-geracional. E uma vez que se
pretende inserir este Campo de Férias num produto turístico, não podemos
descurar as vantagens económicas que devem advir no decorrer do campo.
Aquisição de bens de primeira necessidade no comércio local, compra de
lembranças no regresso a casa, entrada em museus, castelos e outros
monumentos, adjudicação de serviços de animação, interpretação ambiental e
desporto de natureza.

“Campos é vida…”

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Bibliografia
Cabrita R. & Leitão G. (Coord.) (2004). Naturtejo. Separata da Revista
TURISMOHOTEL Internacional, N.º 1, 99 p.
Catana M. (2008) Valorizar e Divulgar o Património Geológico do Geopark Naturtejo.
Decreto-Lei n.º 304/2003, de 9 de Dezembro – Regula o licenciamento de Campos de
Férias
Decreto-Lei n.º 56/2002, de 11 de Março – Alteração ao Regime que regula o Turismo
de Natureza
Decreto-Lei n.º 47/1999, de 16 de Fevereiro – Regime que regula o Turismo de
Natureza
Decreto-Lei n.º 304/2003, de 9 de Dezembro – Regime que regula os Campos de
Férias
Douglas Foster (2005) - Viagens e Turismo - Manual de Gestão
Estratégias para o Parque Icnológico de Penha Garcia. Tese de Mestrado em
Património Geológico e Geoconservação. Universidade do Minho.
Plano Desenvolvimento Municipal, Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/94,
27 de Dezembro de 1993;
Portaria n.º 586/2004, de 2 de Junho – Regula o licenciamento de instalações
Zouros, N. (2004). The European Geoparks Network: Geological heritage protection
and local development. Episodes, 27 (3), 165-171

Outras referências consultadas


[1] Diário da República, 22 Outubro 1997 (núm. 246), Acedido a 2 de Junho de
2009, Portaria n.º 1071/97, de 22 de Outubro de 1997
[2] M.C.T./D.G.T., 1991, Acedido a 5 de Junho de 2009, em
http://campus.fct.unl.pt/jcf/projects/www-amb/pnssm/poturist.htm
[3] Cadernos Link, 1999, Acedido a 28 de Maio de 2009, em
http://www.link.pt/upl/%7B2c15963a-3ee1-4dcc-9d49-497126a122d6%7D.pdf
[4] Câmara Municipal de Idanha-a-nova, Acedido a 28 de Maio de 2009, em
http://www.cm-idanhanova.pt/freguesias/monsanto.html
[5] Câmara Municipal de Idanha-a-nova, Acedido a 28 de Maio de 2009, em
http://www.cm-idanhanova.pt/freguesias/penha_garcia.html
[6] Naturtejo, Acedido a 29 de Maio de 2009, em
http://www.naturtejo.com/conteudos/pt/introducao.php
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[7] Acta nº. 05/08, Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Castelo de Vide,
Acedido a 29 de Maio de 2009, em
http://www.vozdodao.net/index.php?view=article&catid=39%3Ageral&id=964&format=p
df&option=com_content&Itemid=81
[8] Rotas, Acedido a 28 de Maio de 2009, em http://www.rotas.xl.pt/1102/a05-00-
00.shtml

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