0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
72 visualizzazioni15 pagine
O documento descreve o paracetamol, seu uso, metabolismo e toxicidade. Discute como o paracetamol é rapidamente absorvido e metabolizado no fígado, principalmente através da conjugação com ácido glucurônico ou sulfúrico. Após doses terapêuticas, a maior parte é excretada na urina nas 24 horas seguintes. Sobredosagem pode levar à formação de um intermediário reativo que depleta o glutationa hepático, causando dano celular.
O documento descreve o paracetamol, seu uso, metabolismo e toxicidade. Discute como o paracetamol é rapidamente absorvido e metabolizado no fígado, principalmente através da conjugação com ácido glucurônico ou sulfúrico. Após doses terapêuticas, a maior parte é excretada na urina nas 24 horas seguintes. Sobredosagem pode levar à formação de um intermediário reativo que depleta o glutationa hepático, causando dano celular.
O documento descreve o paracetamol, seu uso, metabolismo e toxicidade. Discute como o paracetamol é rapidamente absorvido e metabolizado no fígado, principalmente através da conjugação com ácido glucurônico ou sulfúrico. Após doses terapêuticas, a maior parte é excretada na urina nas 24 horas seguintes. Sobredosagem pode levar à formação de um intermediário reativo que depleta o glutationa hepático, causando dano celular.
Acetaminofeno (N-acetil-p-aminofenol), tambm conhecido como paracetamol,
um analgsico popular e largamente utilizado que frequentemente descrito como um frmaco associado a ingestes t!"icas# A acetanilida uma subst$ncia parente deste grupo de frmacos# %oi introduzida na medicina em&''( com o nome de antifibrina por )ahn and *epp que descobriram acidentalmente a sua ac+o anti pirtica# No entanto, pro,ou-se que a acetanilida e"cessi,amente t!"ica# Na procura de compostos menos t!"icos, o p-aminofenol foi e"perimentado, acreditando-se que o organismo o"ida a acetanilida a p-aminofenol# A to"icidade n+o era menor, o que le,ou a que ,rios deri,ados qu-micos do p-aminofenol fossem testados# .entro dos e"perimentados, o deri,ado mais satisfat!rio foi a fenacetina (acetofenetidina)# A fenacetina foi introduzida na terap/utica em &''0 sendo e"tensi,amente usada em misturas analgsicas antes de esta ter estado implicada em casos de nefroto"icidade pro,ocada por sobredosagens# 1sta nunca mais foi usada nos 12A# 3 acetaminofeno foi primariamente usado em 4edicina por 5on 4ering em &'67# No entanto, ganhou popularidade apenas desde &686 ap!s ter sido reconhecido como sendo o principal metabolito tanto da acetanilida como da fenacetina# %ig#&9 Principais deri,ados do p-aminofenol e suas interrelaes
3s efeitos t!"icos podem ocorrer quando os frmacos s+o usados de forma err!nea# 1"istem ,rios tipos de to"icidade9 1-efeitos t!"icos directos e pre,is-,eis de,ido a alteraes ou inibies do metabolismo# 3correm ap!s o,erdoses: 2-efeitos t!"icos podem ocorrer ap!s doses terap/uticas repetidas numa base metab!lica, farmacol!gica e tal,ez imunol!gica: 3-efeitos t!"icos directos mas impre,is-,eis que ocorrem ap!s doses terap/uticas ;nicas e de,ido ao metabolismo idiossincrtico ou a respostasfarmacodin$micas: 4-efeitos t!"icos de,idos a outros frmacos ou subst$ncias que interferem com a disposi+o ou a resposta farmacol!gica em quest+o: 1le,adas doses de um "enobi!tico podem rapidamente depletar os mecanismos de defesa celular# 1le,adas doses podem tambm conduzir < satura+o das principais ,ias de biotransforma+o n+o t!"icas#5ias secundrias, nas quais se formam intermedirios reacti,os, podem agora tornar-se acti,as# Perante determinadas condies algumas ,ias de desto"ifica+o podem ficar comprometidas e, doses n+o t!"icas do "enobi!tico podem agora resultar em danos celulares#
Caracterizao do acetaminofeno
Quimicamente, o acetaminofeno um composto p-aminofen!lico# 3s deri,ados p-aminofen!licos s+o compostos de s-ntese deri,ados da anilina (paracetamol e fenacetina), que se distinguem pelos seus efeitos t!"icos# Farmacologicamente, o paracetamol ,ai ser utilizado de,ido <s suas aces=funes9
Analgsica ( capaz de controlar a dor reumatismal) A analgesia pode ocorrer a dois n-,eis9 &# A n-,el perifrico - capacidade de modular os receptores(efeito ligeiro do paracetamol)#A ac+o analgsica fraca#
2. A n-,el central - (espinal medula e tronco cerebral) o efeito do paracetamol na transmiss+o nocicepti,a: mesmo em caso de inflama+o, mantm-se#
Antipirtica (de,e-se < molcula de anilina ,que uma amina aromtica muito t!"ica, que apenas ser,e para a introdu+o de radicais na estrutura, de forma a diminuir a to"icidade do composto base)# > de,ido a esta ac+o que o paracetamol usado como terapia de primeira linha na antipirese#
Anti-inflamatria (fraca ou ine"istente)#2ma reac+o infamat!ria designa os e,entos que ocorrem nos tecidos em resposta a um organismo patognico in,asor# )onsiste em reaces imunologicamente espec-ficas e em reaces inatas sem base imunol!gica (,asculares e celulares) que inibem as enzimas do hipotlamo# 3 acetaminofeno n+o capaz de inibir a )3? quando e"istem per!"idos (* @ ? @ ) e radicais li,res em concentraes ele,adas# A de notar que, nos locais de inflama+o normalmente e"istem grandes concentraes de per!"idos produzidos pelos leuc!citos# Buando h per!"idos e radicais li,res indicadores de inflama+o (mensageiros p!s-inflamat!rios) a )3? fica acti,ada e produz prostaglandinas# * frmacos que competem com eles impedindo que a )3? se aperceba da inflama+o# Ao contrrio de outros ACN1Ds (como o AAE), o paracetamol9 - n+o interfere com a agrega+o plaquetria : - n+o interfere com a ac+o dos anticoagulantes orais: - n+o tem aces metab!licas apreci,eis: - n+o modifica o equil-brio cido-base: - n+o modifica a elimina+o do cido ;rico: - n+o est associado ao s-ndrome de FeGeDs em crianas: 3 paracetamol bem e rapidamente absor,ido por ,ia oral e liga-se a prote-nas plasmticas#
Disponi bilidad e oral !cre o urin" ria #iga o no plasma $%& Clearance $ml'min - 1 '(g -1 & )olume de distribuio $#*(g& +1*2 $,& -ico m"!i mo $,& Concen trao no pico m"!im o $mg*ml & ''H=-&I J crian as 7H=-& JFec m- nascid os e crian as K@L (ILM de into"ic aes agudas) ILH=- a& N doenteshe pticos b& Jidosos e crianas, obes,HTh,P reg L#6IH=- L#&@a& Jidosos, doentes hepticosb& , OPh,*Ph, crianas @#LH=-L#8 J F.,Obes#crian as recm nascidos,doente shepticos b& N*Ph,Preg L#77 a  c& @L d&
Pabela & 3s ,alores referidos na tabela &, reportam-se a um modelo de cintica linear, para doses menores do que dois: o frmaco apresenta concentraes cinticas dependentes, abai"o desta dose# a& assumindo o peso corporal como 0L Qg, ,ariando entre (I a 0@ Qg: b& o acetaminofeno, induz dano heptico ou hepatite ,iral aguda: c& ,elocidade de absor+o, mas n+o e"tensi,amente, depende do es,aziamento gstrico: mais lenta ap!s a ingest+o de comida, tal como, nalguns estados de doena e, co-tratamento com frmacos que causam gastroparesis: d& concentra+o mdia de @L mg=Qg, dose oral, a to"icidade heptica, est associada com n-,eis maiores que 7LL mg=ml, 8 h ap!s uma o,erdose:
Farmacocin.tica e metabolismo
3 acetaminofeno rapidamente e quase completamente absor,ido a partir do tracto RC# 3 acetaminofeno tem uma distribui+o relati,amente uniforme ao longo da maior parte dos fluidos corporais# /iotransformao do paracetamol
3 acetaminofeno n+o inibe a acti,a+o dos neutr!filos tal como o fazem os outros ACN1SE# .oses terap/uticas ;nicas ou repetidas de acetaminofeno n+o t/m efeitos nos sistemas respirat!rio e cardio,ascular# N+o pro,oca ,ariaes no equil-briocido- base da- que n+o le,e a irrita+o gstrica, eros+o ou sangramento, que podem ocorrer pela administra+o de salicilatos# Pb n+o tem efeitos sobre as plaquetas, tempo de coagula+o ou na e"cre+o de cido ;rico# 5ai ser quase completamente metabolizado no organismo pelas enzimas microssomais hepticas (o paracetamol o substrato para a isoenzima )TPCA@-cit# P8IL)# .urante a perman/ncia do paracetamol no organismo este ,ai ser biotransformado=metabolizado, ou seUa, a sua molcula ,ai sofrer a ac+o de enzimas que pertencem a sistemas enzimticos que mant/m o metabolismo normal do organismo, que modificam a sua estrutura e consequentemente as suas caracter-sticas f-sico-qu-micas e farmacol!gicas, podendo resultar molculas mais simples ou mais comple"as# 3s metabolitos s+o mais hidrossol;,eis do que os frmacos que lhes deram origem porque cont/m em regra mais grupos funcionais hidrof-licos, ou porque apresentam fraces da molcula relati,amente pouco lipof!bicas# 1stes tendem a estar, em regra, mais ionizados a p*Ds fisiol!gicos formando saishidrossol;,eis (ha,endo e"cepes), para tornar os metabolitos mais facilmente e"cret,eis do que os frmacos originais que, por sua ,ez s+o demasiadolipofilicos para serem absor,idos# A biotransforma+o nem sempre implica a perda total ou parcial da acti,idade farmacodin$mica: tambm pode originar metabolitos acti,os, t!"icos ou inacti,os# A biotransforma+o dos frmacos faz-se frequentemente por ,rias reaces qu-micas simult$neas ou sucessi,as, dependendo a forma+o dos metabolitosdas reaces enzima=substracto e"istentes no momento# Ap!s doses terap/uticas 6LM a &LLM do frmaco pode ser recuperado na urina durante o &V dia, primariamente ap!s conUuga+o heptica com o cidoglucur!nico (H=-(LM), cido sulf;rico (H=-7IM) ou ciste-na (H=-7M)# Pequenas quantidades dos metabolitos hidro"ilados e acetilados tambm podem ser detectados# As crianas t/m menor capacidade de glucuronida+o do frmaco, do que os adultos# 2ma pequena por+o de acetaminofeno metabolizado pelo cit#P8IL, ocorrendo hidro"ila+o para formar NAPBC (N-acetil-benzoquinoneimina), um intermedirio altamente reacti,o# 1ste metabolito normalmente reage com grupos sulfidrilo da glutationa# No entanto, ap!s a ingest+o de longas doses deacetaminofeno, o metabolito formado em quantidades suficientes para depletar a glutationa heptica# 2m e"emplo de um intermedirio reacti,o t!"ico, um metabolito do acetaminofeno, que muito reacti,o e que se liga a nucle!filos tais como a glutationa' Buando a glutationa celular depletada o metabolito liga-se u macromolculas celulares, mecanismo pelo qual o acetaminofeno mata as clulas do f-gado# 3 acetaminofeno mais t!"ico, quando as enzimas do citocromo P8IL est+o aumentadas, tal como ap!s a e"posi+o ao etanol ou ao fenobarbital, uma ,ez que estes s+o respons,eis pela produ+o de metabolitos t!"icos# A biotransforma+o dos frmacos pode ter lugar em di,ersos !rg+os9 rim, intestino (incluindo a ,ia biliar) e pulm+o# 3 f-gado, o !rg+o mais importante, de,ido < sua di,ersidade enzimtica e, tem import$ncia quantitati,a resultante da sua massa, ret-culo endoplasmtico e,citosol#
As reaces de biotrasforma+o podem ser9
0eac1es de fase 2- funcionaliza+o (n+o energticas, n+o sintticas): implicam altera+o ou e"posi+o de grupos funcionais: dependem das enzimasmicrossomais (e"# o"idaes, redues e hidr!lises)#
0eac1es de fase 22- conUuga+o (energticas): forma+o de conUugados com grupos funcionais e"postos: t/m lugar na frac+o sol;,el da clula #
0eac1es de fase 222- simplifica+o #
A maioria das reaces de biotransforma+o, en,ol,em reaces de9 W 3"ida+o W Fedu+o W *idr!lise W )onUuga+o
A biotransforma+o tem como fun+o transformar o "enobi!tico (composto estranho ao nosso organismo) em compostos inacti,os que ,+o ser eliminados# A elimina+o pode ocorrer por tr/s ,ias principais9
W 5ia renal (o que consegue passar pelos poros do glomrulo renal) W 5ia fecal (que inclui a ,ia biliar ) W 5ia pulmonar 4as, h outras ,ias de elimina+o como por e"emplo, atra,s das gl$ndulas sudor-paras , lacrimais, mamrias , ###
3 ideal seria, que quando administrssemos um frmaco ele actuasse no local certo, com uma concentra+o certa e, que a- e"ercesse a fun+o deseUada, sendo depois eliminado sem afectar mais nada# 4as, isto n+o acontece# Buando um "enobi!tico entra no nosso organismo, ningum sabe o que lhe ,ai acontecer, tudo depende das enzimas que ele ,ai encontrar pelo caminho e, que o ,+o metabolizar# * ,rios processos que o organismo usa para metabolizar os "enobi!ticos, mas n+o h garantia de que todos n!s o faamos da mesma forma# * uma grande ,aria+o metab!lica na popula+o# .e uma maneira geral e, para doses terap/uticas, s+o em regra frmacos bem tolerados (n+o d+o origem a compostos muito reacti,os e praticamente n+o t/m efeitos t!"icos)
3ecanismos de to!icidade
3 Paracetamol tem duas ,ias principais de metaboliza+o (conUuga+o com c# glucor!nico e com c# sulf;rico), para doses terap/uticas e de uma maneira geral, praticamente n+o se formam compostos muito reacti,os ,isto que, a percentagem hidro"ilada muito bai"a# 4as, quando ocorre o,erdose e outros casos espec-ficos como, por e"emplo, por indu+o do cit#P8IL , o organismo dei"a de ter capacidade para metabolizar o paracetamol, pelas duas ,ias principais e, entra em ac+o o cit#P8IL que ,ai desidrogenar o paracetamol a NAPBC#3 nosso organismo ,ai reagir de forma a eliminar este composto (NAPBC), fazendo-o reagir com a glutationa < conUuga+o, como ,ia principal# A glutationa um pptido com 7 aminocidos 9 c# glut$mico, glicina e ciste-na (local acti,o<grupo sulfidrilo), end!gena# A sintetizada no f-gado (onde se encontra em maior percentagem) e, distribu-da a todas as partes do corpo (distribui+o ub-qua)# A uma molcula muito benfica para o organismo durante o metabolismo# Cnter,m na s-ntese de .NA# 3s seus n-,eis podem ,ariar de pessoa para pessoa e, de estado fisiol!gico para estado fisiol!gico, dependendo da9 alimenta+o, desporto### A glutationa reage com o NAPBC, originando um conUugado que normalmente sofre reac+o de fase CCC (simplifica+o) que eliminado na urina# 1sse conUugado designa-se de c# mercapt;rico# Buando aparece na urina, sinal de que hou,e forma+o de compostos reacti,os (NAPBC) que depois reagiram com a glutationa # 1m caso de o,erdose ou perante alguma defici/ncia na s-ntese de glutationa, esta esgota-se e, o organismo tem de produzir mais# Ee a produ+o deglutationa n+o for suficiente, acumula-se NAPBC # 3 NAPBC aumenta a intensidade de deple+o de glutati+o e aumentado pelos indutores enzimticos (lcool e fenobarbital)# A ingest+o cr!nica deglutatimida, fenobarbital, e fenito-na pode le,ar a necrose heptica rpida e acentuada, induzida pelo acetaminofeno, o que pode ser o resultado de uma con,ers+o heptica aumentada do acetaminofeno aos seus metabolitos t!"icos (to"icidade aguda do acetaminofeno por drogas indutoras enzimticas )# A de notar que pacientes alco!licos e o uso de frmacos indutores enzimticos, podem desen,ol,er to"icidade heptica ap!s uma ;nica dose ele,ada deacetaminofeno# Ap!s o uso cr!nico da droga, os pacientes peditricos e alco!licos, est+o num risco aumentado# A ingest+o cr!nica de etanol aditi,a do efeitohepatot!"ico do acetaminofeno quando este ingerido em grandes quantidades# No entanto, a ingest+o aguda de etanol, numa ;nica ingest+o concominantecom o acetaminofeno protector (FumacX e tal &6'&), o mesmo ocorre nas crianas (FumacX e tal &6'8)#444$43& 3 efeito do etanol na to"icidade do acetaminofeno inclui mecanismos de indu+o do )itP8IL )TP@1&# Buando estamos perante uma o,erdose de paracetamol, podemos recorrer < terapia utilizando ciste-na nas &@ a &I horas seguintes, para le,ar < s-ntese de glutationa intracelular e le,ar < recupera+o# Atrasando o inicio da terapia com o antidoto por mais de &Lh ap!s a ingest+o, aumenta o risco de to"icidade# Nenhum beneficio obser,ado quando a terapia com o ant-doto iniciada mais de @8h ap!s a ingest+o# 3 ant-doto N-acetilciste-na (NA)) aumenta a RE* heptica e desto"ifica o NAPBC mas, a sua eficcia alm de &( horas, contro,ersa# A hepatoto"icidaden+o normalmente e,idente antes de 8' a 0@ horas# 3 mecanismo da fase tardia, n+o conhecido# Prabalhos recentes mostram que a acti,a+o de mediadores inflamat!rios, ocorre com to"icidade# Ant-dotos obsoletos9 cistamina (mercaptamina), dimercaprol e penicilamina# 3utros tratamentos9 5it#Q, alopurinol, hemodilise, hemoperfus+o de car,+o e transplante de f-gado ort!ptica# 3 perfil cl-nico da to"icidade de acetaminofeno, est di,idido em 8 fases que ,ariam dos sintomas menores tal como a irrita+o gastrointestinal, at ao coma e, < morte# 3 sistema citocromo P8IL constituido por isoenzimas, est localizado no reticulo endoplasmtico e mo,e-se na membrana# )atalisa reaces o"idati,ascomo9 hidro"ilaes, epo"idaes e o"idaes# +o!icidade associada ao -aracetamol Cnicialmente os sintomas de to"icidade n+o s+o espec-ficos (nuseas, ,!mitos) ou est+o ausentes# - 5epato!icidade6 4ortes de,idas a falha heptica, ap!s uma o,erdose com acetaminofeno, usualmente ocorrem, pelo menos, 7 a 8 dias ap!s a ingest+o# )oncentraes p!s-morten de acetaminofeno no sangue, podem ser congruente com a ingest+o de doses terap/uticas# 3 tratamento mdico de emerg/ncia, tal como a administra+o de fluidos, diurticos ou transfuses sangu-neas podem diluir ou remo,er agentes t!"icos# Pambm a respira+o mec$nica, hemodilise ou a hemoperfus+o podem reduzir significati,amente as concentraes sangu-neas iniciais letais de t!"icos# A necrose heptica pode ser esperada ap!s a absor+o de &I,'g de acetaminofeno que corresponde < quantidade de frmaco necessria para depletar aglutationa e"istente num humano normal de 0LQg# 3utros factores podem alterar este perfil# A ingest+o de &I,'g pode n+o produzir to"icidade se nem toda a dose for absor,ida, se o paciente ti,er um inibidor da biotransforma+o, tal como o piperonil-but!"ido, ou se sofrer de anore"ia ner,osa# Por outro lado ,indutores de biotransforma+o (indutores da enzima microssomal) tal como o fenobarbital, podem produzir mais de metabolito t!"ico (Peterson andFumacX,&600)# A hepatoto"icidade do acetaminofeno pode ser aumentada pelo consumo de lcool et-lico# Apesar da segurana nas doses terap/uticas, o,erdoses com acetaminofeno produzem uma necrose heptica centrilobular que pode ser fatal# Algumas descobertas indicam que o metabolismo do acetaminofeno a NAPBC pode n+o ser o ;nico determinante de lise celular e morte# .escobriu-se que o stress metab!lico acti,a as clulas residentes le,ando a um aumento da s-ntese de !"ido n-trico (N3) e, super!"ido que se combinam para formarper!"idonitrito que reage para formar canais proteicos de nitrotirosina# 3 per!"ido nitrito tambm apresenta uma acti,idade semelhante < do radical hidro"ilo# Pe-se a hip!tese do per!"idonitrito gerado durante ou, como resultado da acti,a+o metab!lica do acetaminofeno ser o principal determinante dahepatoto"icidade do acetaminofeno# A acti,a+o de uma percentagem relati,amente pequena de paracetamol, a imina N-acetil-p-benzoquinona, pelo cit P8IL, predominantemente )TP @1C, foi descoberto como estando en,ol,ida no mecanismo de to"icidade heptica e pro,a,elmente renal# - 7cidose metab8lica - 2nsufici9ncia renal : nefroto!icidade6 Fatos de meia idade s+o mais suscept-,eis < nefroto"icidade do acetaminofeno, um efeito que se pode de,er em parte a modificaes relacionadas com a idade tais como9 modificaes na farmacocintica e acumula+o do frmaco no c!rte" renal (Parloff e tal# &6'6)# .ecerto factores, para alm do metabolismo do frmaco e da sua farmacocinetica, parecem ter um importante papel na nefroto"icidade dependente da idade, uma ,ez que, as leses renais tubulares s+o mais se,eras nos ratos mais ,elhos, seguindo-se uma altera+o bioqu-mica (isquemia ou an!"ia) que independente da disposi+o e da farmacocintica# (Roldstein e t al# &6''b)# Assim, os rins dos ratos mais ,elhos s+o intrinsecamente mais suscept-,eis a alteraes t!"icas# A falha renal nos chineses n+o comum e, concluiu-se que este facto pode estar relacionado com a bai"a incid/ncia de danos no f-gado, o que tem a ,er com um alcoolismo menos cr!nico tal como diferenas tnicas no metabolismo do acetaminofeno, resultando numa redu+o inerente da susceptibilidade < to"icidade renal e heptica# - Danos no mioc"rdio6 A terapia para a falha card-aca fatal, de,ido a t!"icos do miocrdio induzidos por uma o,erdose inespec-fica e intencional pelo acetaminofeno, inclui terapia com de"trose, neomicina, ,itamina Q, cimetidina e lactose# - ;inais neurol8gicos incluindo coma - 7ltera1es ,ematol8gicas incluindo trombocitopenia6 4etahemoglobinmia e anemia hemol-tica (mais a fenacetina) .epress+o medular (de uma ou mais linhas celulares)- raramente# - 5ipersensibilidade como ras, cut<neo e febre medicamentosa - -ancreatite - =enoto!icidade6 Pr/s possi,eis mecanismos do paracetamol pro,ocar genoto"icidade9&- Cnibi+o da ribonucle!tido redutase# @- Aumento dos n-,eis de clcio intranuclear ecitos!lico 7- .anos causados pela NAPBC ap!s deplec+o da glutationa ( todos os mecanismos en,ol,em doses despoletantes)# .urante os ;ltimos anos muitos artigos demonstraram os efeitos genot!"icos do paracetamol# Assim, uma a,alia+o cuidada dos efeitos genot!"icosdemonstraram que o uso de paracetamol alarmante# 1studos in vitro e in vivo indicam que os metabolitos reacti,os do paracetamol podem-se ligar irre,ersi,elmente ao .NA causando quebras na cadeia de .NA# 3 paracetamol inibe tanto a s-ntese do .NA replicati,o como a s-ntese do .NA reparador, in vitro e tambm em e"perimenta+o animal# 3 paracetamoln+o causa mutaes genticas nem nas bactrias nem nas clulas dos mam-feros# Por outro lado o efeito co-mutagnico do paracetamol tem sido di,ulgado# Para alm disso, o paracetamol aumenta a frequ/ncia dos danos cromossomais nas linhas celulares dos mam-feros e de linf!citos humanos isolados de animais e"perimentais# .ois estudos independentes mostraram um aumento dos danos cromossomais em linf!citos de ,oluntrios humanos ap!s estes terem tomado doses terap/uticas de paracetamol# No entanto um terceiro estudo foi negati,o# 3s danos cromossomais induzidos pelo paracetamol parecem ser causados pela inibi+o de uma ribonucle!tido redutase# Csto indica que pode e"istir um n-,el despoletante para o paracetamol induzir danos cromossomais# 3s efeitosgenot!"icos do paracetamol t/m, no entanto, ,indo a ser demonstrados tanto in vivo como in vitro, nas ou perto das concentraes terap/uticas# .este modo de,e ser a,aliado o efeito benfico da terap/utica com o paracetamol, tomando em considera+o n+o apenas o potencial de indu+o de danos agudos ou cr!nicos nos !rg+os, mas tambm os seus efeitos cr!nicos9 - +o!icidade nos rec.m nascidos - Carcinogenicidade - feitos de en>el,ecimento - feitos ,ep"ticos6 Pode ser se,era e causar a morte, em caso de o,erdose# 1m laborat!rios, a hepato"icidade geralmente desen,ol,e-se @8 a 7(h ap!s a ingest+o# - =ra>idez6 3 acetaminofeno atra,essa a placenta e, as clulas do f-gado fetais s+o capazes de metabolizar o acetaminofeno causando um risco de o,erdose no feto# - Cardio>ascular6 )om e"posi+o ao t!"ico# Pro,oca danos no miocrdio com alteraes no 1#)#R# N+o est esclarecido se o acetaminofeno uma to"ina directa para o miocrdio ou, se esses efeitos s+o secundrios a alteraes metab!licas ou cardiopulmunares induzidas pela se,era to"icidade do acetaminofeno# - 0espirat8rios6 )om e"posi+o ao t!"ico pode-se desen,ol,er um edema pulmonar n+o cardiognico em pacientes com grandes quantidades de APAP# - ?eurol8gicos6 )oma e acidose metab!licas ap!s 7 a8h da ingest+o s+o raras# Podos os pacientes apresentam YZ,eis plasmticos de acetaminofeno e"tremamente ele,ados ([ 'LL mcg=ml)# - =astointestinal6 )om e"posi+o ao t!"ico: ap!s ingest+o, podem ocorrer logo nuseas e ,!mitos que, podem ser re,ertidas &@ a @8h ap!s o in-cio de dor abdominal ehepatoto"icidade# A comum ocorrer hyperamylasemia contudo, os sinais cl-nicos de pancreatite podem n+o ser !b,ios# 2m caso ;nico de hemorragia dos anis do es!fago ap!s uma o,erdose surgiu associado a hepatoto"icidade se,era# - 5ep"tico6 )om e"posi+o ao t!"ico: uma o,erdose aguda pode pro,ocar uma hepato"icidade se,era que pode ser debelada 8 dias ap!s a ingest+o# As e,id/ncias laboratoriais de hepatoto"icidade s+o geralmente obser,adas com @8 a 8'h# As crianas n+o desen,ol,em hepatoto"icidade, a partir de uma o,erdose aguda, t+o frequentemente# - =enito-urin"rio6 )om e"posi+o ao t!"ico: pode ocorrer dano renal transit!rio# 3s efeitos nefrot!"icos incluem necrose tubular aguda, dor lateral, hemat;ria, protein;ria e efeitos sobre a hormona anti-diurtica# N+o est clara a associa+o entre o uso terap/utico cr!nico de acetaminofeno e o dano renal# - @cido-base6 )om e"posi+o ao t!"ico: a acidose metab!lica e os altos n-,eis sangu-neos de lactato podem ser ,istos cedo (ap!s &@h), especialmente em o,erdosesse,eras# A acidose metab!lica comum 7 a 8 dias ap!s a ingest+o, em pacientes que desen,ol,em fal/ncia heptica# - Fluido electrolAtico6 )om e"posi+o ao t!"ico: casos de Hypophosphatemia foram relatados com ou sem dano heptico em pacientes com o,erdose aguda# - 5ematol8gicos6 )om e"posi+o ao t!"ico: casos de trombocitopenia s+o raros# Pode ocorrer hem!lise em pacientes com defici/ncia em R(P. ap!s uma o,erdose aguda deacetaminofeno# - nd8crino6 )om e"posi+o ao t!"ico: a hiperglicmia rara e pode representar uma interfer/ncia no laborat!rio# *ipoglicmia pode ocorrer @ a 8 dias ap!s o,erdosecom fal/ncia heptica# - 0eproduo6 APAP atra,essa a barreira placentria e fica em muito maior quantidade no sangue fetal, em rela+o ao sangue materno# Ap!s uma o,erdose com APAP, numa gr,ida, de,e-se comear mais cedo poss-,el o tratamento com N- acetilciste-na (NA))# A ingest+o por uma m+e de doses recomendadas de APAP n+o um risco para o feto ou lactentes# - Butros6 Podem ocorrer interaces entre o acetaminofeno e a isoniazida, interfer+o=,imblastina (em grande quantidade), anticon,ulsi,antes e cafe-na#
7ne!os6
Nomes comerciais de medicamentos com Paracetamol e"istentes no mercado9
Panadol Panasorbe Anadin Paracetamol Atralidon \en-u-ron 1fferalgan Qatagrip Pantadolor Paracetamol 4R9 Paramolan Parsel-R Parsel-E Euponen PGlenol 5imergol ]aramol Pambm h associaes de Paracetamol com outros frmacos#
/ibliografia6
- Pimbrell, ^ohn: Cntroduction of Po"icologG: 7 rd edition
- )*3, \laschXe, Cnsel, Ooh: Annual Fe,ie_ of PharmacologG and Po"icologG
- )asarett and .oullDs: Po"icologG: Phe basic Ecience of poisons: Pergamon Press: 8 th edition
- 3ss_ald, `alter: Ruimar+es, Eerafim: Perap/utica 4edicamentosa e suas \ases %armacol!gicas: 8a edi+o