Sei sulla pagina 1di 39

MANUAL DO PACIENTE CARDÍACO

HOSPITAL MADRE TERESA


2
EQUIPE

Assistente Social:

Maria Laura Pereira Machado

Enfermeiras:

Aparecida Bernadete Borges – Setor de Enfermaria


Jacqueline Abrantes Couy – UTI 3 (Cirúrgica)
Tatiana Dias Furtado – Educação Continuada em Enfermagem
Teresa Christina Q. C Garchet – Gerência de Operações

Fisioterapeuta:

Raquel de Macedo Bosco

Médica:

Maira Flávia Silva

Nutricionista:

Ana Lúcia da Silva Fernandes

Psicóloga:

Gisele Corrêa M. Moura


3

REVISÃO DE TEXTO

Jacqueline Abrantes Couy – UTI 3 (Cirúrgica)


Tatiana Dias Furtado - Educação Continuada
Teresa Christina Q. C Garchet - Gerência de Operações

ILUSTRAÇÃO E IMAGEM

Jacqueline Abrantes Couy – UTI 3 (Cirúrgica)


Tatiana Dias Furtado – Educação Continuada em Enfermagem

DIAGRAMAÇÃO

Tatiana Dias Furtado – Educação Continuada em Enfermagem


4
AGRADECIMENTOS

À direção do Hospital Madre Teresa, que possibilitou a criação


deste trabalho. À Ir. Maria da Penha e aos médicos Dr. Rodrigo de Castro
Bernardes, Dr. Fernando Roquette e Dr. Luiz Cláudio Moreira Lima
(cirurgiões cardiovasculares) e Dr. Mário Soares de Azevedo Neves
(hemoterapia) pelo apoio; aos colegas técnicos de enfermagem da UTI 3,
enfermeiras, médicos plantonistas, fisioterapeutas e secretárias, que com
suas opiniões muito acrescentaram a este manual; e, principalmente, aos
pacientes, inspiração e razão deste trabalho.
5
Caro cliente,
Este manual foi elaborado com o intuito de orientar
você, nosso paciente, e seus familiares, em
relação aos principais aspectos e dúvidas
quanto ao pré e pós-operatório hospitalar da
cirurgia cardíaca. Ele não irá substituir a orientação dada pelo seu
médico, mas sim reforçá-la, e estará à sua disposição em qualquer
momento que precisar.
O Hospital Madre Teresa é referência no tratamento de doenças
cardiovasculares e conta com uma equipe multidisciplinar altamente
qualificada, formada por assistente social, médicos, enfermeiros, técnicos e
auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, que
estão preparados para prestar assistência a você nos vários níveis de
complexidade.
Como toda cirurgia exige dos pacientes cuidados que visam sua melhor
recuperação, procure aproveitar ao máximo todas as informações aqui
apresentadas para que seu coração volte a bater feliz.

Tenha certeza, aqui você encontrará os


melhores cuidados, assistência e
tratamento, pois nosso trabalho é feito
pensando em você e seu coração.

Hosp. Madre Teresa


6
ORIENTAÇÕES
Para agilizar e garantir maior conforto durante a
internação, você deverá lembrar de:
• Trazer no dia da internação os documentos de
identidade e todos os exames feitos anteriormente para a
cirurgia.
• Apresentar os documentos do convênio, a guia autorizada pelo
convênio e o pedido de internação feito pelo médico, com data de
internação.
• Caso a internação seja feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é
importante trazer comprovante de residência e o laudo autorizado pelo
SUS.
• Para cirurgias de urgência e emergência é necessário laudo preenchido pelo
médico.

Também é muito importante informar na ficha de internação


telefone e endereço para fácil contato.

DOAÇÂO DE SANGUE

A agência transfusional do hospital necessita permanentemente de


sangue. Uma vez que você será submetido a uma cirurgia e precisará de sangue,
alguém de sua família ou amigos deve doar sangue. Entre em contato conosco
antes da cirurgia. Para maiores informações, ligue: (031) 3339-8470.
7
HORÁRIOS DE VISITAS
NAS ENFERMARIAS
Durante a semana, das 15h30 às 16h.
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 16h.
É permitida a visita de 2 pessoas de cada vez.
NOS APARTAMENTOS
Todos os dias, de 09h às 21h.
É permitida a permanência de 01 acompanhante e a visita de até 2 pessoas
de cada vez.
NA UTI 3
Todos os dias, de 08h às 08h30.
É permitida a visita de 3 pessoas de cada vez.
NA UTI 2
Todos os dias, de 08h30 às 09h.
É permitida a visita de 3 pessoas de cada vez.

Recomendações após a entrada na UTI

• Desligue o celular;

• Lave as mãos;

• Evite comentar problemas de qualquer espécie;

• Permaneça junto ao leito do paciente; não circule por outros.

leitos.
8
DADOS DA SUA INTERNAÇÃO

Preencha os espaços abaixo para conhecer melhor as pessoas que


estarão próximas à você durante sua internação.
Sua participação é importante no período da internação e alta
hospitalar, pois os bons resultados também dependem de você.
Nome:
Data da internação: ___ /___ /___ Data da alta: ___ /___ /___
Tipo de cirurgia:
Cirurgião:
Cardiologista:
Enfermeiro responsável:
Fisioterapeuta:
Psicólogo:
Nutricionista:
Assistente social:
Telefone do hospital: 3339-8000 Ramal:
Data do 1º Retorno:
Data do 2º Retorno:
9
APOIO INTERDISCIPLINAR DURANTE SUA INTERNAÇÃO

O período pré-operatório (antes da cirurgia) pode gerar angústias e


tensões naturais da espera. Para amenizar a ansiedade que surge
nesse período, você poderá contar com o apoio da nossa equipe
multidisciplinar.
O serviço social estará disponível para o acolhimento, orientações e
encaminhamentos dos pacientes e/ou acompanhantes, desde o
período de internação até a alta hospitalar.
Você pode contar com atendimento psicológico individual logo após a
internação. Vale lembrar que a assistência psicológica acontece, também, de
forma rotineira durante a internação, através dos grupos informativos e
terapêuticos.
A fisioterapia auxiliará você desde o pré-operatório até a alta
hospitalar, ajudando-o a retornar mais rapidamente às suas atividades do dia-a-
dia.
Os nutricionistas irão garantir uma alimentação saudável e rica em
nutrientes que o ajudarão em sua recuperação.
As equipes médica e de enfermagem irão prestar todos os cuidados e
assistência necessários ao seu tratamento e reabilitação.
I – CIRURGIAS CARDÍACAS
Dessa forma, estaremos preparando você para que seu retorno para
casa seja o mais breve possível e com melhor capacidade funcional.

Tipos de cirurgias cardíacas


10
Chamamos de “cirurgia cardíaca” todas as cirurgias realizadas no
coração ou na aorta, que é um grande vaso sangüíneo que “nasce” no coração.
Existem vários tipos de cirurgia cardíaca, e as realizadas por nossa equipe de
cirurgiões são:
A- Revascularização do miocárdio (Pontes de safena)
B- Correção de doenças valvares
C- Correção de doenças da artéria aorta
D- Correção de cardiopatias congênitas
E- Implante de marcapasso cardíaco

Peça a seu médico ou a alguém de sua equipe que registre o tipo


da sua cirurgia. Leia mais sobre ela nas próximas páginas.

A – Revascularização do Miocárdio
É também conhecida como
cirurgia de ponte de safena. Durante a
cirurgia um vaso sangüíneo será retirado
de seu corpo e implantado em seu
coração, possibilitando uma ponte para
normalizar o fluxo sangüíneo.
Tipos de pontes
• Artérias mamárias (tórax)
• Veias safenas (da perna)
• Artéria radial (do braço)
Como o cirurgião decide qual o tipo de ponte usar?
Isto dependerá da:
11
• Localização da obstrução da
coronária
• Número de artérias obstruídas
• Tamanho de suas artérias coronárias
• Idade do paciente
Quantas pontes?
Isto dependerá do número de artérias obstruídas em seu coração. Pode
variar de 1 (uma) ponte até 5 (cinco) ou mais pontes.

É muito importante que após a cirurgia de ponte de safena você


mantenha hábitos saudáveis na sua vida diária. Do contrário,
poderão ocorrer novas obstruções nas pontes implantadas.
B – Correção de Doenças Valvares
12
valva
aórtica

valva
valva mitral
pulmonar

valva
tricúspide

Se alguma das valvas


do seu coração (mitral,
aórtica, tricúspide, pulmonar) não
estiver funcionando de forma
adequada, elas poderão ser trocadas ou
reparadas. A cirurgia de reparação da
valva permite ao cirurgião consertá-la
sem precisar substituí-la. Se isto não
for possível, ela será substituída por
uma valva artificial ou prótese valvar.
As próteses valvares poderão ser de material
biológico (tecido animal), ou metálicas (liga de
metais).

Seu médico, juntamente com você, decidirá qual a mais


indicada para seu caso.
13
Em caso de troca valvar metálica, você necessitará do uso de um
medicamento anticoagulante (que não deixa o sangue coagular) para evitar
complicações (trombose, travamento da válvula, derrame cerebral) durante
toda a vida. Este medicamento é controlado por um exame laboratorial
chamado RNI, que deverá ser realizado conforme indicação médica.
O paciente valvar tem uma chance maior de
adquirir infecção na valva reparada ou nas próteses
valvares. De modo geral, a prevenção é feita com
antibióticos específicos antes da realização de
procedimentos dentários que provoquem sangramentos –
inclusive limpeza – de todos os tipos de cirurgias e de
qualquer procedimento médico. É importante que você
ande sempre com um documento de identificação,
informando que você é portador de válvula e que faz uso
de anticoagulante.

Após sua alta hospitalar ligue para seu médico caso apresente
sinais e sintomas de infecção, como febre, mal-estar e calafrios.
14
C – Implante de Marcapasso Cardíaco

Consiste no implante de sistemas geradores de


impulsos elétricos conduzidos através de eletrodos
até a parte interna do coração, para auxiliar os seus
batimentos. Dentro do coração existem células com
propriedade de gerar impulsos elétricos transmitidos
compassadamente e que são responsáveis pelas
“batidas” do coração.
Quando estes impulsos ficam “doentes”, o
coração fica “descontrolado” e você pode até morrer. Daí a necessidade de se
colocar um aparelho, o marcapasso, para corrigir o ritmo do coração.

Se você for submetido à cirurgia para implante de marcapasso,


receberá um manual para o paciente portador de marcapasso
cardíaco. Leia as recomendações anexas presentes nesse manual.
15
D – Correção de Doenças da Aorta

Esta cirurgia consiste no reparo de aneurisma


(alargamento da artéria) ou de uma dissecção (separação)
das camadas arteriais, que podem ocorrer na aorta.
Estas alterações poderão aparecer em qualquer
lugar desta artéria.
A cirurgia pode consistir em ressecção do segmento
da aorta (retirada do pedaço que está dilatado),
substituindo-o por um tubo.
Outra possibilidade é a de introduzir um tubo por
dentro da aorta na sala de radioscopia. Este procedimento
é menos traumático e pode gerar bons resultados.

Seu médico, juntamente com você, decidirá qual o tratamento mais


adequado.

Verifique, regularmente, sua pressão


arterial e tome os medicamentos prescritos
para controlá-la. Uma das principais causas de
doenças da aorta é a hipertensão arterial.

E - Correção de Cardiopatias Congênitas

Cardiopatias congênitas são defeitos no coração que o paciente


apresenta desde o nascimento, podendo ou não necessitarem de cirurgia.
16
Uma das cardiopatias congênitas mais comuns é chamada “defeito do
septo atrial”, que consiste em uma abertura, não normal, após o nascimento
numa das “paredes” internas do coração. A cirurgia visa fechar esta abertura.

Além desta, existem várias cardiopatias congênitas, tais como a


comunicação interventricular, a persistência do canal arterial, a Tetralogia de
Fallot, a atresia da válvula tricúspide, entre outras.

Se você quiser saber mais, peça a alguém da equipe médica para


“desenhar” no espaço abaixo o coração com o defeito e como ele
será corrigido.

Pergunte ao seu médico como ele e sua equipe pretendem fazer a


sua cirurgia.
17
II – ORIENTAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS

Preparo
Ao ser internado, serão necessários 3 banhos com solução
de clorohexidina (um tipo de sabão) que irão preparar sua
pele para a cirurgia, prevenindo, dessa forma, infecções em
suas incisões cirúrgicas (cortes da cirurgia).
Também será realizado pela enfermagem
uma tonsurotomia, que é o corte dos pêlos do
corpo na região onde será feita a operação.
Não use desodorante, creme hidratante, creme rinse,
perfumes, esmalte, etc.
Vista a roupa do hospital que lhe será fornecida após o
banho.
Escove os dentes e retire as próteses dentárias móveis
(dentaduras), aliança, relógio, entre outros objetos.
Horário do Jejum
Você deverá permanecer em jejum de 8 a 12
horas antes da cirurgia, conforme orientação da
enfermagem. Este jejum é rigoroso! Você não poderá
comer nenhum alimento, não poderá tomar água e não
poderá ingerir medicamentos.
Neste momento você terá o primeiro contato com o
fisioterapeuta. Ele fará algumas perguntas sobre os seus
18
pulmões, que é um órgão muito manipulado durante a cirurgia e, por isso,
pode gerar complicações no pós-operatório.
Durante todo o período de internação
você terá oportunidade de participar,
junto com a equipe de psicologia, dos
grupos informativos e terapêuticos. Eles
acontecem às 3as, 4as e 5as feiras, de 14h30
às 15h30.
Estes grupos têm como objetivo
informá-lo sobre todo o processo que está vivenciando e, também, são uma
oportunidade para você dividir experiências com outros pacientes. Mesmo antes
da sua internação, se você tiver interesse você pode participar. Entre em
contato pelo telefone 3339 - 8379.
Caso você tenha alguma dúvida, anote nos espaços abaixo para
perguntar durante a sua participação nos grupos operativos.

Pré-anestésico
No horário determinado pelo médico será administrada
a medicação pré-anestésica, que poderá ser um comprimido
ou uma injeção, deixando-o sonolento, relaxado e diminuindo
sua tensão.

Portanto, não se levante, para evitar sintomas indesejáveis, como


tontura e perda do equilíbrio.
19
III – DIA DA CIRURGIA

Antes da cirurgia a enfermagem tomará


todas as providências necessárias para a sua
transferência ao bloco cirúrgico. Você será
transportado em uma maca.

O bloco cirúrgico é um
local especial onde toda a
equipe médica e de enfermagem trabalha vestida de
forma diferente, usando máscaras e gorros, o que ajuda
a prevenir o risco de contaminação.

Na sala de
cirurgia, ainda
acordado, você será transferido da maca
para a mesa cirúrgica, de onde verá um
objeto redondo, cheio de luzes que ajuda
o cirurgião a realizar com mais clareza a
cirurgia.
Serão colocadas duas pequenas
agulhas em seu braço (punção de veia), para a administração de soro, anestesia
e outras medicações.
A cirurgia será realizada com anestesia geral e peridural. A aplicação da
anestesia peridural é desconfortável (feita na coluna), porém ela irá
proporcionar aproximadamente 40 horas de ausência de dor no pós-operatório.
20
Após a anestesia será colocada uma sonda na bexiga para controle da
urina, que permanecerá durante a internação na UTI. Também serão colocados
drenos no local do corte para retirada de excesso de sangue e controle do
sangramento após a cirurgia.
Terminada a cirurgia, você será transferido, ainda sob efeito anestésico
(por isso, dormindo), para a UTI. Lá você permanecerá até se recuperar da
cirurgia, sendo que esse período varia de acordo com cada pessoa. Caso
necessite, permanecerá por mais tempo, a critério médico.
Familiares
Poderão permanecer na sala de espera do
hospital até o término da cirurgia, quando serão
chamados à recepção da UTI 3 para receberem
informações da equipe cirúrgica. Ali sua família será
orientada quanto à rotina e horários de visita do setor.
Caso alguém próximo a você queira vê-lo logo após à sua chegada, isso poderá
ser feito, mas é importante lembrar que você ainda estará sob efeito da
anestesia (dormindo) e intubado, portanto não deverá ser perturbado.
21
IV – NA UTI (Unidade de Terapia Intensiva)

Estar na UTI não significa que seu estado é grave. É


um lugar onde sua recuperação ocorrerá mais rapidamente
e com maior segurança. É um setor movimentado, com
muitos profissionais envolvidos no seu tratamento.
Durante toda a sua permanência
nessa Unidade, você estará ligado a aparelhos que informam
continuamente seu estado de saúde. Tais equipamentos
possuem alarmes sonoros e visuais, que auxiliam a equipe que
cuida de você.
Enquanto estiver anestesiado, seus braços serão contidos na cama para
evitar que você retire as sondas, tubo e drenos necessários nesse momento.
Você poderá ter a sensação de que a bexiga está
cheia. Caso isso aconteça, relaxe, pois toda a urina irá
sair automaticamente pela sonda.
O seu despertar começará horas após sua
chegada. Você irá acordar com um tubo em sua boca,
que o liga ao respirador artificial, enquanto você ainda
estiver sob efeito anestésico.
Esse tubo é desconfortável, você não poderá falar e sentirá a boca seca.
Procure manter-se calmo, relaxar a região da boca, assim ele passará a ser
perfeitamente tolerável.
Quando você estiver bem acordado e em
condições de respirar sozinho, ele será retirado da
sua boca. Após a retirada, você continuará
22
sentindo a boca seca. A água lhe será dada em pequena quantidade para
evitar vômito. Será colocada uma máscara com oxigênio em seu rosto para
facilitar a sua respiração e suas mãos serão desamarradas.

Todo desconforto sentido nesta fase é transitório. É


importante que você confie na sua capacidade de recuperação e em
toda a equipe que estará com você. Sabemos que é um período
difícil do pós-operatório, porém sua cooperação é fundamental.
23
Algumas horas após a retirada do tubo, os
exercícios respiratórios e motores serão iniciados pelos
fisioterapeutas. Serão sempre utilizados aparelhos de
fisioterapia respiratória para acelerar a recuperação dos
pulmões.
Nesta fase, a equipe de fisioterapia estará de
plantão na UTI durante as 24 horas, auxiliando-o no que for necessário.

Os exercícios respiratórios e motores sempre serão realizados


respeitando os seus limites.

A importância da tosse

O estado de sonolência próprio do pós-operatório pode favorecer um


acúmulo de secreções no interior dos pulmões, e que
deve ser expelido pela tosse. Portanto, a tosse não deve
ser evitada e sim estimulada, para que não haja
dificuldade para a passagem do ar.

Aprenda com os fisioterapeutas como proteger o corte do seu


peito para evitar dor quando você tossir.
24

Alimentação

No pós-operatório imediato você estará recebendo a


alimentação via oral após a retirada do tubo de sua boca. Nos
primeiros dias serão servidos gelatinas, leite, mingaus, sopas liquidificadas,
sucos e vitaminas, entre outros alimentos de fácil digestão.
Quando o médico determinar que você já tem condições de receber
alimentos sólidos, você poderá receber alimentos com consistência igual ao de
um danoninho, tais como: creme de frutas, mingau, pudim, sopa pastosa, etc;
ou alimentos bem cozidos, de consistência macia. Não são servidos alimentos
crus, com condimentos picantes e excesso de gordura.
O médico pode solicitar para você uma dieta hipossódica. Ela é
semelhante à alimentação acima, exceto no sal, onde a quantidade usada é a
mínima possível. A comida é temperada com alho; a margarina servida é sem
sal.
Os pacientes que não tiverem condições de receber a alimentação via
oral estarão sendo alimentados através de uma
sonda.
25
V – DE VOLTA AO QUARTO DO HOSPITAL

Os cuidados para a sua recuperação continuam, porém agora você irá


participar mais ativamente.
A equipe de enfermagem fará os curativos
diariamente pela manhã após o banho. É comum
aparecerem pequenas quantidades de líquido branco ou
roxo nos cortes da cirurgia, que desaparecerão com o
tempo.
Para evitar infecções, você deverá lavar as mãos
com freqüência e, obrigatoriamente, após o uso do sanitário. Não passe a mão
no corte da cirurgia.
Também é importante lembrar que, devido ao
estresse da cirurgia, você poderá ficar confuso,
deprimido e com alterações de memória e humor. Com
o auxílio do psicólogo, estes estados serão superados
gradativamente.
A fisioterapia continuará trabalhando com você.
As atividades serão realizadas com carga progressiva,
respeitando suas condições clínicas e limite pessoal. Este trabalho é chamado
de reabilitação cardíaca – fase hospitalar.
Você irá sair da cama, realizar alguns exercícios de pé e caminhar no
quarto, corredor, descer e subir rampas e escadas; sempre acompanhado de
fisioterapeuta.
Estas sessões são realizadas normalmente
duas vezes ao dia, com uma duração média de 20
26
minutos. De acordo com cada situação, a freqüência e/ou duração das
sessões poderão ser aumentadas ou diminuídas.

É fundamental a sua participação nos


exercícios, tanto durante a sessão de
fisioterapia, quanto nos exercícios que você
irá aprender para fazer sozinho, várias vezes
ao dia, conforme a orientação que recebeu.
27
VI – DE VOLTA À SUA CASA

Ao receber alta hospitalar você e seus familiares devem


iniciar os preparativos para voltarem para casa.

Mesmo após sua alta hospitalar é muito importante que você faça
o acompanhamento periódico conforme determinado pelo seu
médico. Agende seu retorno.
Viagem de carro

Caso retorne para casa de carro, é prudente parar algumas


vezes para caminhar por alguns minutos.
Utilize o cinto de segurança normalmente.
Ao chegar em casa, procure descansar, e evite receber
visitas no mesmo dia.
Viagem de avião

Poderá comportar-se normalmente, como todos os


passageiros ou poderá pedir prioridade no embarque ou uma cadeira de rodas.
Solicite ao seu médico um atestado para ser entregue na companhia
aérea no momento do embarque.
Durante vôos longos, procure caminhar no corredor do avião algumas
vezes, evitando, desta forma, que suas pernas inchem.
28
VII – RECOMENDAÇÕES

O sucesso de uma cirurgia


cardíaca depende de um bom
estado de saúde. Uma
alimentação equilibrada e variada
é fundamental para a saúde do
coração, e para uma recuperação
mais rápida.

Orientações da Nutricionista após a alta hospitalar

As massas como farinhas, pães, batata, mandioca,


cará, inhame, entre outras, nos fornecem energia para as
nossas atividades diárias. Dê preferência a pães e biscoitos
simples, sem creme, leite condensado, coco ou outros
recheios.
As frutas, legumes e verduras são fontes
de vitaminas, minerais e fibras. São importantes para
regular as atividades do corpo, ou seja, nos protegem
contra doenças, ajudam no bom funcionamento do
intestino, no controle do colesterol e da glicose (açúcar)
no sangue. De preferência preparar legumes com a casca e o bagaço.
29
As carnes, leite e derivados, leguminosas (feijão,
ervilha, lentilha, grão de bico) são fontes de proteína,
que ajudam na cicatrização pós-cirurgia. Consuma de 2
a 3 porções moderadas de leite desnatado (sem
gordura), queijos magros (cottage, ricota, queijo minas
frescal) e derivados por dia.

Consuma de 2 a 3 porções moderadas de carnes magras


ou peixes por dia. Retirar sempre a gordura visível das
carnes e a pele do frango antes do preparo.

Os doces, açúcar, as gorduras e sal devem


ser consumidos em quantidades pequenas.
Evite frituras; prefira as preparações
assadas, ensopadas ou grelhadas.

Procure seguir horários regulares para fazer as refeições.


30
Utilize óleo vegetal (soja, milho, girassol, canola)
para preparar os alimentos e sempre com moderação. Evite
toucinho e banha.
Evite embutidos (mortadela, salsicha, presunto,
etc.) e vísceras (fígado de boi e de galinha, dobradinha,
moela, coraçãozinho). Escolha sempre alimentos naturais
aos industrializados.
Diminua a ingestão de
sal. Prefira temperos naturais,
como alho, cheiro verde, cebola, alecrim, salsa e
salsinha.
Beba muito líquido, porém
sempre nos intervalos das refeições e não durante.

Evite bebida
alcoólica.
Evite beber muito café.

Controle o seu peso.

Alimente-se devagar, mastigando bem os alimentos.


31

Não realize outras atividades


enquanto estiver se alimentando.
Combata o sedentarismo e controle o estresse.
Faça atividades físicas regularmente, de
preferência com
acompanhamento de um profissional capacitado.
Controle a pressão.
Abandone o tabagismo (cigarro).
Controle o colesterol.

Se você é diabético, controle o açúcar


no sangue.
Tome corretamente as
medicações prescritas pelo
seu médico.

Procure sempre ter uma boa noite de sono.


32
Os exercícios respiratórios serão orientados pela equipe de
fisioterapia antes da alta hospitalar, devendo ser realizados em casa duas vezes
ao dia. Procure não exagerar na execução dos exercícios, que devem ser feitos
com a mesma intensidade que foi realizada no Hospital até o retorno ao seu
médico.
As caminhadas devem ocorrer diariamente por 30 minutos,
em lugares planos, sempre com um acompanhante.
Procure aumentar aos poucos o tempo e a distância em suas
caminhadas, mas não a velocidade.

Evite os movimentos fortes sobre o


peito, atividades prolongadas e que
provoquem cansaço como carregar peso, malas, crianças, pois
podem forçar e prejudicar a cicatrização do osso, que leva de
6 a 8 semanas.

Procure não realizar os exercícios após as refeições.


Esportes, dirigir automóveis, banhos de piscina e atividades
domésticas somente após controle e liberação do seu médico!
33

Ligue para seu médico caso você sinta:

• febre igual ou maior que 38ºC;

• dor forte no peito;

• falta de ar ou tontura;

• algum sinal de infecção nas incisões (saída de


pus);

• se seu osso do peito abaixo do corte (chamado esterno) mover-se


durante os movimentos;

• pernas muito inchadas ou doloridas.


34

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

1. Posso fazer uso de bebidas alcoólicas?


Evite seu consumo 1 semana antes e 2 meses após a
cirurgia.
Bebida alcoólica prejudica a coagulação do sangue.
2. Posso fumar?
É de fundamental importância que você deixe de
fumar. AGORA!!!
O fumo retarda a recuperação respiratória e cardíaca.
3. Devo continuar tomando os remédios que já utilizava?
Você deverá solicitar orientação ao seu médico.
4. Como posso fazer o curativo em casa?
O curativo deverá ser feito diariamente, na hora do banho (com sabonete
neutro, de preferência, e reserve-o só para você).
1. Tome banho de chuveiro.
2. Lave as incisões (cortes cirúrgicos) com seu sabonete (bem limpo).
3. Secar com toalha limpa.
4. A ferida cirúrgica deverá permanecer descoberta.
5. Use roupas limpas e abotoadas.

5. Posso colocar óleo ou pomada na ferida?


Não coloque pomadas ou outras substâncias sobre o corte cirúrgico sem
conhecimento do seu médico.
35
6. Posso sentir dor ou ficar com a perna inchada quando chegar em
casa?
Sua perna operada poderá apresentar um certo
desconforto, ou até mesmo doer um pouco. Se
isto ocorrer:
- Mantenha seus pés
elevados enquanto
descansa;
-
- Evite mantê-los
dependurados quando estiver sentado (diminui o
edema);
- Não cruze as pernas;
- Caminhe diariamente;
- Meias elásticas poderão ser prescritas
pelo seu médico.
7. É normal sentir dor no peito?
Nos primeiros dias é normal um pouco de dor que desaparece com o
tempo.
8. É normal sentir coceira ou formigamento no corte da cirurgia?
A coceira é normal quando o corte está cicatrizando. O formigamento é
comum nas cirurgias cardíacas em que a artéria mamária foi utilizada.

9. Por que me sinto tão deprimido?


Após a cirurgia é natural que você sinta
momentos de tristeza, depressão,
irritabilidade e com pouca vontade para fazer
qualquer coisa. Isto é decorrente de todo o
processo pelo qual você passou, e está
relacionado aos sentimentos de insegurança.
Aos poucos estas sensações vão melhorando e
36
você irá adquirir segurança, retornando a suas
atividades.
10. O corte da minha perna doe mais do que a do peito. Isto é normal?
É comum os cortes das pernas doerem mais do que o corte do peito.
Caminhando e realizando suas atividades, este desconforto diminuirá.
11. Minha menstruação vai mudar depois da cirurgia?
Desorganização menstrual nesse período pode ser normal. Em caso de
dúvidas fale com seu ginecologista.
12. Quando posso voltar à minha atividade sexual?
Aguarde 2 meses após a alta hospitalar para reiniciar
sua atividade sexual. Mantenha posições que limitem
pressão ou peso sobre o peito e braços.

13. É necessário usar faixa torácica?


Se indicada pelo seu médico, não deixe de usá-la. Só pare quando ele
mandar.
14. Quando voltarei as minhas atividades normais?
De 6 a 8 semanas após a cirurgia, realize atividades
domésticas leves, desde que se sinta em condições.
Atividades nas quais você necessite elevar os
membros superiores para alcançar objetos,
poderão demorar um pouco mais para serem realizadas.
Se você mora em casa ou apartamento, onde seja necessário
subir escadas, procure fazê-lo devagar e o mínimo possível.
Não empurre e não pegue peso acima de 2 quilos nas
primeiras semanas.
37

Lembre-se: você necessitará de 6 a 8


semanas para estar
completamente recuperado.
Alguns pacientes poderão ter uma
recuperação mais demorada.

15. Quando posso voltar a dirigir?


Após 2 meses da cirurgia, seu médico permitirá que você
volte a dirigir gradualmente. Evite dirigir por períodos
muito longos e interrompa quando se sentir cansado.

16. Eu posso tomar banho de sol após a cirurgia?


Exposições prolongadas ao sol não são
recomendadas para ninguém. Enquanto seus cortes
estiverem cicatrizando, sua pele estará sensível
e os raios solares poderão queimá-la e
propiciar o aparecimento de cicatrizes.
Evite exposições diretas ao sol por 2
meses.
38
VIII - FONTES CONSULTADAS

1. ALVES, Denise Cherulli; GERUDE, Maurício. Insuficiência cardíaca. In:


AUGUSTO, Ana Lúcia Pires; ALVES, Denise Cherulli; MANNARINO, Ida
Cristina; GERUDE, Maurício. Terapia nutricional. São Paulo:
Atheneu, 1999. p.72 – 75.
2. ALVES, Denise Cherulli; GERUDE, Maurício. Insuficiência coronariana.
In: AUGUSTO, Ana Lúcia Pires; ALVES, Denise Cherulli; MANNARINO,
Ida Cristina; GERUDE, Maurício. Terapia nutricional. São Paulo:
Atheneu, 1999. p.76 – 80.
3. ASSOCIAÇÃO DO SANATÓRIO SÍRIO. Manual de cirurgia cardíaca do
Hospital do Coração. São Paulo, 2000.
4. AUGUSTO, Ana Lúcia Pires; GERUDE, Maurício. Nutrição na
hipertensão arterial sistêmica. In: AUGUSTO, Ana Lúcia Pires; ALVES,
Denise Cherulli; MANNARINO, Ida Cristina; GERUDE, Maurício.
Terapia nutricional. São Paulo: Atheneu, 1999. p.81 – 86.
5. COSTA, Rosana Perim; SILVA, Cyntia Carla. Doenças
cardiovasculares. In: CUPPARI, Lilian. Guia de nutrição: nutrição
clínica no adulto. São Paulo: Manole, 2002. p.263 – 288.
6. Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto.
– FUNFARME. Manual do paciente cardíaco no hospital. São José do
Rio Preto: FUNFARME, [s.d].
7. Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto.
– FUNFARME. Manual do paciente cardíaco em casa. São José do Rio
Preto: FUNFARME, [s.d].
39
8. HOSPITAL MADRE TERESA. [Depoimentos de pacientes e
funcionários].

9. PRYOR, Jennifer A.; WEBBER, Bárbara A. Fisioterapia para


problemas respiratórios e cardíacos. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002.

10. SCALAN, Egan; C.L. et al. Fundamentos da terapia


respiratória. 7. ed. São Paulo: Manole, 2000.

11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Disponível em:


www.cardiol.br. Acesso em 19 de setembro de 2004.
12. WOODRUFF MEDICAL CENTER. Moving right along after open heart
surgery. Atlanta: Giorgia [s.n, s.d].

Potrebbero piacerti anche