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Edição Impressa    A Página da Educação   Arquivo - Artigo Autor do Artigo
    Nildo Viana
  Último jornal Professor da UEG -
Universidade Estadual de Goiás
  Ética e Autoria Intelectual e Doutor em Sociologia pela
UnB ? Universidade de Brasília

O autor não é um mercador ou proprietário, mas um  


Inf. sobre o artigo
criador, um ser humano que produz as suas obras
Jornal "a Página"
para realizar as suas potencialidades. Nº 156
Ano 15 | Maio 2006
Pag. 15
O problema da autoria intelectual é abordado  
geralmente sob a ótica dos direitos autorais. Poucas Imprimir este artigo
vezes a questão da autoria intelectual é abordada Versão para impressão
sob o ponto de vista muito mais geral e importante Abre uma nova janela com este
artigo numa versão mais amiga
  que é o da ética. Entenda-se por ética não a moral e da impressora.
Nº 184 sim os valores fundamentais que devem  
Dezembro 2008
acompanhar qualquer concepção humanista ou
   
Nº 184 em Formato
libertária, ou seja, estamos nos referindo a
PDF determinada ética, pois não consideramos que
  exista apenas uma ética.
PEDIDOS Assim, a questão reside em como a ética libertária
de assinatura do jornal
( Portugal e aborda a questão da autoria intelectual. Os
estrangeiro ) chamados “direitos autorais” são oriundos da visão
   
  Arquivo   da produção intelectual como propriedade e   LIVRARIA
  mercadoria. O autor, neste caso, se coloca como um
 
ARQUIVO de proprietário ou mercador. O produto é uma
jornais anteriores mercadoria, ou propriedade, que só pode ser  
PUBLICIDADE EXTERNA
  utilizada por outros se for comprada ou autorizada.
TEXTOS arquivados  
por autores
Os direitos autorais são a forma mais explícita desta
  concepção burguesa de autoria intelectual.
HOJE: 6.508 O respeito aos direitos autorais significa ou o
textos on-line pagamento por uma mercadoria ou então a
  autorização para o uso de uma propriedade. Do
  Pesquisar o arquivo ponto de vista de uma ética libertária ou humanista,
a questão se coloca de forma diferente. O autor não





 Ou    



 Frase é um mercador ou proprietário, mas um criador, um
Pesquisar ser humano que produz suas obras para realizar
  suas potencialidades. O autor é aquele que cria,
Dos LEITORES produz, uma determinada obra. A sua obra é uma
  objetivação do autor. O criador se manifesta através
Para submeter artigos, de sua criatura, e, por conseguinte, todos devem
ler regras aqui:
reconhecer quem é o criador da criatura. Não se
PROPOSTAS trata, neste caso, de direito comercial ou de
de publicação
  propriedade, mas de identificação entre autor e
INQUÉRITOS obra. Neste sentido, “desde que citada a fonte”, isto
em votação é, desde que se reconheça o autor da obra (esta é a
  “fonte principal”, e o local da “publicação” é uma

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INQUÉRITOS fonte secundária, cuja revelação é útil, mas não faz


em arquivo
parte da questão da autoria intelectual), está
 
CONTACTOS garantida a ética do ponto de vista humanista. Por
e cartas à redacção isso, não há o menor sentido em certas revistas
  acadêmicas requerer do autor autorização para
publicar sua obra em outro veículo de comunicação
ao reservar para si os famigerados “direitos
autorais”. Os direitos autorais então devem ser
abolidos? A resposta seria positiva, desde que se
pense em uma transformação social global. No
entanto, nos marcos da atual sociedade, no qual as
produções intelectuais e artísticas são
“mercadorias”, então os direitos autorais ainda
possuem uma função de proteção do autor, pois,
caso contrário, alguns poderiam publicar e vender
como mercadoria a obra de outros sem nem sequer
necessitar sua autorização.
A autoria intelectual gera, na sociedade capitalista,
os direitos autorais. O problema ocorre quando se
inverte esta lógica, quando os direitos autorais se
sobrepõem à autoria intelectual, tal como no caso
de alguém “comprar os direitos autorais” da obra de
outro e este “perder” os seus “direitos”, o que
revela, simultaneamente, alienação e
mercantilização. Da mesma, forma, do ponto de
vista ético, o autor deveria seguir os preceitos
apontados por Marx: “o escritor deve ganhar
dinheiro para poder viver e escrever, mas, em
nenhum caso, deve viver e escrever para ganhar
dinheiro”.
Existe a ética do não-escritor diante do escritor, o
que deve levar ao reconhecimento da autoria
intelectual, e a ética do autor em relação ao leitor,
que reconhece este último como ser humano e não
como consumidor.  

(Sobre este tema ver tb. páginas 22 e 23)

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