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Dimensionamento ao Fogo
- Método Simplificado
- Exemplos de Aplicação
Joaquim C. Valente
Junho de 1994
EUROCÓDIGO 2
Dimensionamento em situação de incêndio com base em
valores tabelados
1- Objectivos
1. Esta secção fornece soluções de dimensionamento para elementos de betão expostos até
240 minutos ao incêndio padrão. As regras apresentadas estão de acordo com a análise
apresentada em 2.4.2
2. Os valores apresentados nas Tabelas são para elementos de betão normal (2000 a 2600
Kg/m3 EN 206-1) fabricado com inertes siliciosos.
Se se usar betão com inertes calcários ou com inertes leves no fabrico de vigas e lajes, a
dimensão mínima pode ser reduzida de 10%
3. Quando fizer uso das Tabelas não é necessário fazer a verificação relativamente ao
esforço transverso , torção e aos pormenores de amarração.
4. Quando fizer uso dos valores tabelados não é necessário fazer a verificação relativamente
ao “spalling”, (destacamento explosivo), excepto para as armaduras de pele.
Onde:
E d , fi ( t ) -- Valor de cálculo dos efeitos na estrutura devido às acções na situação de
incêndio
R d ,fi ( t ) -- Valor de cálculo da capacidade resistente devido às acções na situação de
incêndio
1
3. Os valores tabelados, apresentados nesta secção, são baseados no nível de carregamento
ηfi=0,7, a menos que outras clausulas sejam impostas
Nota: Para os casos em que os factores de segurança especificados nos Anexos Nacionais
de EN 1990 sejam diferentes dos indicados nos em 2.4.2, o valor de ηfi=0,7, acima
indicado, pode não ser válido. Nestas circunstâncias a valor de ηfi para um dado País pode
ser encontrado nos Anexos Nacionais.
4. Por forma a garantir a necessária largura de recobrimento, (distância ao eixo dos varões),
nas zonas traccionados para vigas simplesmente apoiadas e lajes, as Tabelas 5.5, 5.6 e 5.8,
Coluna 3 (lajes armadas numa só direcção), são baseadas numa temperatura crítica para o
aço θcr=500. Este pressuposto corresponde aproximadamente a Ed,fi=0,7Ed e γs=1,15
(nível de tensão no aço σs,fi/fyk=0,60, ver expressão 2), onde Ed representa os valores de
cálculo dos efeitos das acções de acordo com EN 1992-1-1.
6. A redução da tensão de cedência para os aços das armaduras e pré-esforçados usados nas
Tabelas é apresentada na Figura 5.1 em função da temperatura θ.
2
Estas curvas são calculadas com base nas expressões seguintes:
i) aço das armaduras ( aço macio ou endurecido a frio , (hot rolled or cold worked EN
10080))
iii) Aço de fios e cordões de pré-esforço (wires and strands: EN 10138-2 e -3)
3
c) Para ajustar o valor de a, (recobrimento medido ao eixo), para nova temperatura
crítica do aço, θcr, deve calcular a variação segundo a equação seguinte:
8. Para temperaturas que estejam fora dos limites propostos deve usar-se cálculos mais
precisos. Para aço de pré-esforço, pode usar-se a expressão (2).
9. Para armaduras não aderentes, só se devem utilizar temperaturas criticas superiores a 350
ºC quando forem utilizados métodos mais rigorosos para a determinação dos efeitos das
flechas, ver 4.1.(3).
10. Para os elementos traccionados ou vigas, para os quais a temperatura crítica requerida
θcr, deva ser inferior a 400 ºC, as dimensões da secção transversal devem ser aumentadas,
pelo aumento da largura mínima do elemento traccionado ou da zona traccionada da viga
segundo a equação seguinte:
onde bmín é a dimensão mínima indicada pelas Tabelas para uma determinada resistência
ao fogo padrão.
11. Os valores das dimensões mínimas apresentadas nas Tabelas, para a resistência ao fogo,
são um complemento às regras apresentadas no EUROCÓDIGIO 2, (EN1992-1-1).
Alguns dos valores apresentados nas Tabelas para recobrimento, (medido ao eixo do
varão), são inferiores aos exigidos pelo EUROCÓDIGO 2 ,(EN 1992-1-1), pelo que só
devem ser usados para interpolação.
4
14. O recobrimento a, (distância medida ao eixo), para um varão de aço, para um fio ou para
um cabo são valores nominais. Não são permitidas tolerâncias.
15. Quando a armadura estiver disposta em várias camadas, como mostra a Figura 5.3, e
quando é constituída por aço betão armado ou de pré-esforço com o mesmo valor
característico fyk e fpk respectivamente, o recobrimento médio, am, do aço não deve ser
menor que o valor de a indicado nas Tabelas. O valor de am, é a média ponderada que
seguidamente se apresenta.
am =
A s1a1 + A s2 a 2 +... + A sn a n
=
∑ A .a
si i
(5)
A s1 + A s2 +... + A sn ∑A si
Onde:
Asi É a área da secção transversal do varão, (cabo ou fio), de aço i
ai é a distância ao eixo do varão, (cabo ou fio), i a partir da superfície
exposta mais próxima.
16. Quando se utilizam em simultâneo aço de betão armado e de pré-esforço, (por exemplo
num elemento parcialmente pré-esforço), a distância ao eixo da armadura e a distância ao
eixo do aço de pré-esforço deve ser determinada separadamente.
17. O recobrimento mínimo a, (medido ao eixo), para cada varão não deve ser inferior ao que
é exigido para R30, para armadura única, ou metade da média da distância ao eixo para
camadas múltiplas, expressão 5.
3- Pilares
1. Para avaliar a resistência ao fogo de pilares são apresentados dois método, o Método A e o
Método B.
5
Método A
1. A resistência ao fogo de pilares de betão armado e pré-esforçado, submetidos
principalmente à compressão, em estruturas contraventadas, pode considerar-se adequada
se os valores da Tabela 5.2a forem observados em conjunto com as regras seguintes:
2. Os valores mínimos de bmin e a, a distância desde a face ao eixo dos varões da armadura,
estão limitados a:
- O comprimento efectivo, (comprimento de encurvadura), do pilar na condições de
incêndio l0,fi≤ 3 m
- A excentricidade de 1º ordem em condições de incêndio e = M 0 Ed , fi / N 0 Ed , fi ≤ emáx
Nota 1: O valor de emax é 1,15h(ou b)≤ emax ≤0,4h(ou b. O valor recomendado é 0,15h(ou
b).
onde:
N Ed , fi
é o carregamento de cálculo em situação de incêndio
N Rd
é a força resistente de cálculo do pilar à temperatura ambiente.
N Rd
é calculado de acordo com o EN 1992-1-1 com γm (coeficiente de segurança do
material), à temperatura ambiente, incluindo efeitos de 2ª ordem e a excentricidade
igual à excentricidade de N Ed , fi
.
Nota 1: O factor ηfi pode ser usado em vez de µfi para o nível de carregamento, como uma
simplificação para o lado da segurança, desde que ηfi considere que o pilar está
completamente carregado à temperatura ambiente.
4. Outros valores para a resistência ao fogo que não os apresentados nas Tabelas, devem ser
determinados usando a equação seguinte:
R=120((Rηfi+Ra+Rl+Rb+Rn)/120)1,8 (7)
6
⎡ (1 + ω ) ⎤ (8)
Rη = 83⎢1,00 − µ ⎥
( 0,85 α ) + ω ⎦
fi fi
⎣ cc
Ra =1,6(a-30)
Rl =9,60(5-l0,fi)
Rb=0,09b’
Rn = 0 para n=4 (pilar só com varões nos cantos)
Rn = 12 para n>4 (nº de varões)
a é o valor do recobrimento aos varões longitudinais 25mm≤ a ≤80mm
l0,fi comprimento efectivo (encurvadura) do pilar em condições de incêndio
2m≤l0,fi≤6m
b’ =2Ac/(b+h) para secções rectangulares
b’=φcol para secções circulares (mm) 200 mm ≤ b’≤ 450 mm; h≤1,5b
Af
ω= taxa de reforço à temperatura ambiente ω= s yd
Af
c cd
7
Método B
1. A resistência ao fogo de pilares de betão armado pode considerar-se adequada se se usar a
Tabela 5.2b e as regras, que a seguir se apresentam, forem cumpridas. No Anexo C é
fornecida mais informação
n=N0Ed,fi/(0,7(Acfcd+Asfyd)) (9)
e=M 0 Ed , fi
N 0 Ed , fi
(10)
i
λfi foi tomado ≤30 valor que abrange a maioria dos pilares dos edifícios correntes
l0,fi comprimento efectivo (encurvadura) do pilar em condições de incêndio
i é o menor raio de giração da secção
b é a menor das dimensões da secção rectangular ou o diâmetro para as secções
circulares
N 0 Ed , fi
M 0 Ed , fi
são respectivamente a carga axial e o momento flector de 1º ordem
de cálculo em situação de incêndio
ω= taxa de reforço á temperatura ambiente
Af
ω= s yd
Af c cd
3. Na Tabela 5.2b a carga axial e o momento flector de 1º ordem são introduzidas usando as
expressões (9) e (10) para o nível de carregamento à temperatura ambiente. Os efeitos de
2º ordem também foram considerados.
Nota 1: N 0 Ed , fi
pode tomar-se igual a 0,7 N 0 Ed , (ηfi=0,7, ver 2.4.2), a não ser que o
valor de ηfi seja calculado de uma maneira explicita
8
4. Em pilares onde As≥0,02Ac, é exigido a distribuição uniforme dos varões em todos os
lados da secção transversal para valores de resistência ao fogo superiores a 90 minutos.
4- Paredes
2. Se forem usados inertes calcários os valores apresentados na Tabela 5.3 podem ser
reduzidos de 10%.
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4.2- Paredes com funções de suporte
1. Os dados da Tabela 5.4 podem considerar-se adequados para garantir a resistência ao fogo
de paredes de betão armado com funções de suporte desde que se aplique as regras que a
seguir se apresentam.
10
2. Os valores apresentados na Tabela 5.4 também podem ser usados para a determinação da
espessura de paredes em betão simples.
e o recobrimento a, medido ao eixos dos varões, não deve ser menor que 25 mm.
5- Elementos Traccionados
1. Os dados da Tabela 5.5 podem considerar-se adequados para garantir a resistência ao
fogo de elementos traccionados de betão armado e pré-esforçado desde que se aplique as
regras seguintes.
2
3. A área da secção do elementos não deve ser inferior a 2b min
, onde bmin é a espessura
mínima dada pela Tabela 5.5.
6- Vigas
6.1- Generalidades
1. Pode admitir-se como adequada a resistência ao fogo das vigas de betão armado ou pré-
esforçado se forem usados os valores apresentados nas Tabelas 5.5 a 5.7 e as regras que
seguidamente se apresentam.
2. As Tabelas apresentadas aplicam-se a vigas expostas ao fogo por três lados, a face
superior está isolada pela laje ou outro elemento de construção que mantenha funções de
isolamento durante todo o período de resistência ao fogo. Para vigas expostas ao fogo por
todos os lados usa-se 6.4.
11
3. Os valores apresentados nas Tabelas são válidos para as secções transversais apresentadas
na Figura 5.4. As regras (5) a (8) garantem as dimensões adequadas para a protecção dos
varões de reforço.
4. Para vigas com largura variável (Figura 5.4b) o valor mínimo de b é medido ao nível do
baricentro da armadura de tracção.
5. A altura efectiva deff do banzo inferior de uma viga I com almas variáveis, Figura 5.4c,
não deve ser inferir a:
Esta regra não se aplica se uma secção imaginária, ( na Figura 5.5 C), a qual cumpra os
requisitos mínimos em relação à resistência ao fogo, e inclua toda a armadura dentro da
secção transversal real.
6. Quando a largura do banzo inferior b é superior ao limite 1,4bw, (bw representa a largura
da alma, Figura 5.4-C), e b.d eff < 2bmin o valor do recobrimento, (distância medida ao
2
⎛ d bw ⎞ (12)
a eff = a⎜185
. − eff ⎟≥a
⎝ b min b ⎠
onde:
deff é dado pela expressão 11
bmin é a largura mínima da viga dada pela Tabela 5.5
12
7. Os furos através da alma de vigas não afectam a resistência ao fogo desde que a área
restante da secção transversal na zona traccionada não seja inferior a Ac=2b2min, onde o
valor de bmin é fornecido pela Tabela 5.5
8. Como existe uma concentração de temperaturas elevadas nos cantos inferiores da secção
da viga, o recobrimento asd (Figura 5.2, medida ao centro do varão), entre a face lateral e
o varão de canto, (cabos ou fio), da armadura inferior, no caso de existir uma só camada,
deve aumentar-se de 10mm para vigas simplesmente apoiadas e com larguras indicadas na
coluna 4 da Tabela 5.5, e na coluna 3 da Tabela 5.6, para vigas continuas,
respectivamente, para a resistência ao fogo padrão desejada.
13
6.3- Vigas Continuas
1. A Tabela 5.6 fornece os valores mínimos de recobrimento, (distância medida ao eixo do
varão),para a face inferior ou face lateral das vigas continuas juntamente com os valores
mínimos da largura das vigas para a resistência ao fogo padrão de R30 a R240.
Nota: A Tabela 5.6 pode ser usada para vigas continuas onde a redistribuição do momento flector
é superior a 15%, desde que exista uma capacidade suficiente de rotação dos apoios para as
exigências das condições de exposição ao fogo. Cálculos mais rigorosos podem ser efectuados
com base nos métodos simplificados apresentados no Anexo E, quando utilizáveis, para
determinar de uma maneira mais precisa o recobrimento (distância ao eixo) e comprimento de
amarração na armadura superior e inferior
3. Para a resistência ao fogo igual ou superior a R90, a área da armadura superior para cada
um dos apoios intermédios e para uma distância de 0,3leff, (como define a secção 5 do EN
1992-1-1), medida a partir do eixo do apoio não deve ser inferior a
14
A s , req
( x) = A (0).(1 − 2,5 x / l )
s , req eff
(13)
onde:
x é a distância da secção considerada ao eixo do apoio onde x≤0,3leff.
As,req(0) é a área da secção da armadura superior sobre o apoio EN 1992-1-1
As,req(x) é a mínima área da secção da armadura superior exigida para uma secção á
distância (x) do eixo do apoio mas nunca menos que As exigida por
EN 1992-1-1
leff é o comprimento efectivo do vão. Se o comprimento efectivo dos vãos
adjacentes for maior, o valor do comprimento dos vãos adjacentes é o que deve
ser usado.
4. As Tabelas 5.6 aplicam-se a vigas continuas que utilizem apenas cabos não aderentes,
mas para as quais os momentos negativos, sobre os apoios intermédios, são assegurados,
em condições de incêndio, por armaduras aderentes.
15
5. A espessura da alma bw de um viga continua em forma de I, (ver Figura 5.4-C), não deve
ser menor que o valor mínimo bmin da Tabela 5.6 coluna 2, até uma distância de 2h desde
o apoio intermédio, a menos que, seja demonstrado que não há ocorrência de esfoliação
explosiva, (ver 4.5, prEN 1992-1-2).
6. Para impedir a rotura por compressão do betão ou a rotura por corte de uma viga continua
no primeiro apoio intermédio, a largura da viga e a largura da alma devem ser aumentadas
para as resistências ao fogo padrão R120-R240, de acordo com a Tabela 5.7, se ambas as
condições seguintes se verificarem:
a) Não existe resistência à flexão no apoio extremo, seja na ligação ou na viga, (para
efeitos do paragrafo (1) da clausula 9.2.1.2 do EN 1992-1-1 assegura resistência à
flexão quando incorporado numa junta que pode transferir momento flector) e
b) Ved>2/3.VRd,max para o primeiro apoio intermédio,
onde:
Ved é o valor de cálculo do esforço transverso à temperatura ambiente e
VRd, max é valor de cálculo do esforço transverso resistente das bielas de compressão de
acordo com a secção 6 do EN 1992-1-1.
7- Lajes
7.1- Generalidades
1. Pode admitir-se como adequada a resistência ao fogo de lajes de betão armado ou pré-
esforçado se forem usados os valores apresentados na Tabela 5.8 e as regras que
seguidamente se apresentam.
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2. A espessura mínima da laje hs dada pela Tabela 5.8 assegura a função de
compartimentação (Critérios E e I). Os acabamentos do pavimento contribuirão para a
função de compartimentação em função da sua espessura, (Figura 5.7). Se a função de
suporte (Critério R) é exigida, apenas se pode tomar a espessura da laje exigida pelo
dimensionamento do EN 1992-1-1.
3. As regras anteriores, (1 e 2), também podem ser aplicadas aos banzos das vigas em T ou
duplo T.
2. Para lajes armadas nas duas direcções a representa o recobrimento, (distância ao eixo), da
armadura inferior em relação à face inferior da laje.
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7.3- Lajes Contínuas
1. Os valores apresentados na Tabela 5.8 ( colunas 2 e 4) também se usam para lajes
contínuas armadas numa direcção ou em duas direcções.
A regra 3 aplicada às vigas contínuas também deve ser aplicada às lajes contínuas. Se
estas regras não poderem ser aplicadas a cada vão da laje continua então a laje deve ser
avaliada como uma laje simplesmente apoiada.
3. Uma armadura negativa com uma área de As≥0,005Ac deve ser colocada sobre o apoio
intermédio se alguma das condições seguintes se verificar:
a) se se usar aço macio
b) em lajes contínuas, não se proporcionar resistência a deformação por flexão nos apoios
extremos de acordo com EN 1992-1-1 e/ou através de dispositivos construtivos, (ver ,
por exemplo Secção 9 de EN 1992-1-1).
c) não haja possibilidade de redistribuição dos efeitos de cargas na direcção transversal à
do vão, como por exemplo, paredes intermédias ou outros apoios na direcção do vão,
não considerados durante o dimensionamento, (ver Figura 5.8)
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7.4- Lajes Fungiformes
1. As regras seguintes aplicam-se a lajes fungiformes onde a redistribuição de momentos de
acordo com a secção 2 do EN 1992-1-1, não excede os 15%. Caso contrário o
recobrimento, (distância medida ao eixo), deve ser tomado como das lajes armadas só
numa direcção, (coluna 3 na Tabela 5.8) e a espessura mínima da Tabela 5.9
2. Para resistência ao fogo padrão REI 90 ou superior, pelo menos 20% da armadura
superior em cada direcção sobre o apoio intermédio, exigida pelo EN 1992-1-1, deve ser
prolongada sobre todo o vão. Esta armadura deve ser colocada na faixa da coluna.
3. A espessura mínima não deve ser reduzida, (por exemplo tomando em consideração o
acabamento do pavimento).
2. Pode admitir-se que a resistência ao fogo de lajes nervuradas de betão armado ou pré-
esforçadas armadas nas duas direcções é assegurada se os valores apresentados nas
Tabelas 5.10 e 5.11, assim como, as seguintes regras forem aplicadas.
19
3. Os valores apresentados nas Tabelas 5.10 e 5.11 são válidos para lajes nervuradas sujeitas
a cargas uniformemente distribuídas.
4. Para lajes nervuradas, com armadura distribuída por várias camadas, é aplicada a regra 15
das Regras Gerais de Cálculo.
6. A Tabela 5.10 é válida para lajes nervuradas simplesmente apoiadas armadas nas duas
direcções. Também é válida para lajes nervuradas armadas nas duas direcções com pelo
menos um bordo encastrado e uma resistência ao fogo padrão inferior a REI180, e em que
as disposições construtivas da armadura superior não satisfazem os requisitos da vigas
contínuas regra (3).
7. A Tabela 5.11 é válida para lajes nervuradas armadas nas duas direcções com pelo menos
um bordo encastrado. Para as disposições construtivas da armadura superior aplica-se a
regra 3, 5.6.3.(3), usada para vigas contínuas.
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Anexo A
Campo de Temperaturas
1. Este anexo fornece campos de temperatura para lajes, (Figura A.2), vigas, (Figura A.3 –
A.10) e pilares (Figura A.11 – A.20). A Figura A.2, para lajes também pode ser usada
para paredes com exposição ao fogo de um só lado.
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Método Simplificado de Cálculo
B.1 Método da Isotérmica dos 500 ºC
B1.1 -. Princípios e Campo de Aplicação
1. Este método aplica-se a elementos expostos ao incêndio padrão ou a qualquer outro
regime de aquecimento, que provoque um campo de temperaturas semelhante. Outro
regime térmico que não cumpra este critério necessita de uma análise mais detalhada deste
processo e que tome em conta as propriedades mecânicas do Betão em função da
temperatura.
2. Este método é válido para secções com uma largura mínima dada pela Tabela B1
a) para resistência ao fogo em função do incêndio padrão
b) para curvas de incêndio paramétrico com um factor de abertura O≥0,14 m1/2 (ver
EN1991-1-2 Anexo A)
5. Para uma secção transversal rectangular exposta ao fogo por três lados, a secção
transversal efectiva será calculada de acordo com a Figura B.1.
32
a. Determinação da isotérmica dos 500 ºC para uma determinada exposição ao fogo,
incêndio padrão ou paramétrico;
b. Determinação de um novo valor de espessura bfi e uma nova altura efectiva dfi da
secção transversal por exclusão do betão que está para o lado de fora da isotérmica
dos 500 ºC, (ver Figura B.1). Os cantos arredondados da isotérmica pode ser
tomados para aproximar duma verdadeira forma rectangular ou quadrada a
isotérmica dos 500 ºC, como indicado na Figura B.1;
33
d. Determinação da tensão dos varões de aço deve ser efectuada em função da
temperatura e de acordo com as propriedades do aço apresentadas em 4.2.4.3;
e. Determinação da capacidade de carga última da secção transversal reduzida deve
ser feita usando um método convencional de cálculo, tomado as tensões nos varões
da armadura de acordo com obtido em d);
f. Comparação da capacidade de carga resistente última com a capacidade de carga
de cálculo, ou, alternativamente a resistência ao fogo exigida como resistente.
34
3. Se os varões da armadura estiverem todos numa só camada e todos com a mesma área,
deve usar-se a expressão seguinte para calcular o recobrimento a, (distância ao eixo),
Figura B.2.
∑ K(θ ) B.1
K (θ ) =
v
i
n v
onde:
θ é a temperatura do varão de armadura i
K(θi) é a redução da tensão de cedência dos varões de pré-esforço em função da
temperatura θi
Kv(θ) é a redução média da tensão de cedência de uma camada de armadura v
nv é o número de varões existentes na camada de armadura v
4. A distância, a, desde a face inferior da secção efectiva ao centro ponderado das camadas
de armadura pode ser calculada, em função da temperatura, usando a expressão seguinte:
∑ a K (θ ) B.2
a= v v
∑ K (θ ) v
onde:
av é o recobrimento,(distância medida ao eixo), medido a partir da face inferior
da secção efectiva à camada da armadura v
a= (a a )
1 2
B.3
∑ [K ( θ ) f A ] B.4
K(ϕ ) f
s i sd ,i i
=
∑A
sd , fi
i
i
onde:
Ks(θi) é o valor da redução da tensão de cedência de um dado varão i
Fsd,i é a tensão de cedência de dimensionamento do varão i
Ai é a área da secção de um dado varão i da armadura
35
O recobrimento, a, (distância ao eixo, ver Figura B.2), para o centro de aplicação da
força, do grupo de varões que constituem a armadura, é calculado de acordo com a
expressão B.5
∑ [a K ( θ ) f A ] B.5
a=
i s i sd ,i i
i
∑ [K ( θ ) f A ]
i
s i sd ,i i
onde:
ai é o recobrimento medido desde a face da secção efectiva até ao eixo do varão
i
7. O cálculo momento flector para uma secção treansversão duplamente armada é o seguinte:
M =A u1 s1
f sd , fi
( θ )z
m
B.6
A f (θ ) B.7
ω =k
s1 sd , fi m
bd fi fi
f cd , fi
( 20 )
M =A
u2 s2
f scd , fi
( θ )Z ' B.8
As=As1+As2 B.9
Onde:
As é a área total de armadura
Fsd,fi é a tensão de dimensionamento da armadura da tracção
Fscd,fi é a tensão de dimensionamento da armadura de compressão
ωk é a taxa de armadura para a secção transversal em situação de incêndio
bfi é a largura da secção transversal em situação de incêndio
dfi é a altura efectiva da secção em situação de incêndio
fcd,fi(20) é a tensão de compressão do betão à temperatura ambiente
Z é o braço do momento formado pelo betão de compressão com a armadura
de tracção
Z’ é o braço do momento formado pela armadura de compressão e a
armadura de tracção
θ é a temperatura média da camada de armadura
m
M =M +M u u1 u2
B.10
1. Este método, apesar de mais laborioso, fornece um método de cálculo mais preciso que o
da isotérmica dos 500 ºC em especial para pilares. Este método só se aplica a curvas de
incêndio padrão.
36
2. A Secção transversal é dividida num determinado número, (n≥3), de fatias paralelas de
igual espessura, (elementos rectangulares), onde a temperatura média e a tensão de
compressão média do betão fcd(θ) e o módulo de elasticidade ( se necessário) são
calculados.
4. Para a parte inferior ou superior de uma secção rectangular, onde a largura é inferior à
altura, o valor de az é igual ao determinado para a espessura, Figura B.3 b), e) e f).
5. A zona danificada az, é determinada seguidamente para uma parede equivalente exposta
ao fogo nas duas faces opostas:
a) Metade da parede é dividida em n faixas paralelas de igual espessura, onde n≥3,
ver Figura B.4;
b) A temperatura é calculada no meio de cada faixa;
c) O correspondente factor de redução para a tensão de compressão do betão Kc(θi) é
aí determinado, (ver Figura B.5).
6. O factor de redução médio para uma dada secção, o qual incorpora o termo (1-0,2/n) e que
também toma em consideração a variação da temperatura em cada faixa, pode ser
calculado pela expressão B.11
( 1 − 0 ,2 / n ) B.11
∑ K (θ )
n
K c ,m
= c i
n i =1
Onde:
N é o número de faixas paralelas na espessura w
W é metade da espessura
M é número da zona
37
7. A espessura da zona danificada de uma viga, uma laje ou de um elemento com um campo
tensões planas pode ser calculado pela expressão seguinte:
⎡ K ⎤ B.12
a = w⎢1 −
) ⎥⎦
c ,m
⎣ K (θ
z
c m
Onde:
Kc(θm) é o coeficiente de redução da tensão de rotura a compressão do betão no ponto M
38
8. Para pilares, paredes e outros elementos que apresentem efeitos de segunda ordem, o valor
de az pode ser calculado usando a expressão seguinte:
⎡ K ⎤ B.13
a = w⎢1 − ( ) ⎥ c ,m 1 ,3
K (θ ) ⎦
z
⎣ c m
39
40
B.3 Avaliação de secções transversais de betão armado sujeita a
momento flector e esforço axial pelo método da curvatura
esperada
c z
Onde:
Kc(θM) é o coeficiente de redução do betão para o ponto M (ver B.2 Método das
Zonas)
Ec é o módulo de elasticidade do betão à temperatura ambiente
Iz é o momento de 2º ordem da área da secção reduzida
41
3. Dividir a secção transversal em zonas com temperaturas médias de 20 ºC, 100 ºC, 200 ºC,
300 ºC, ... até 1100 ºC, (ver Figura B6).
4. Determinação da espessura wij, áreas Acij, e as coordenadas xijyij do centro de cada zona
6. Calcular o diagrama momento-curvatura para Ned,fi usando, para cada varão de armadura e
para cada zona de betão, o diagrama tensões-extensões e segundo 3.2.2.1, betão,(Figura
3.1 e Tabela 3.1), 3.2.3, aço das armaduras, (Figura 3.3 e Tabela 3.2) e 3.2.4, aço de pré-
esforço, (Tabela 3.3) e 3.2.2.2, betão sujeito a esforços de tracção.
42
43
Anexo C (Informativo)
Instabilidade de pilares em situação de incêndio
1. As Tabelas C.1 a C.9 fornecem a informação para a verificação de pilares integrados em
estruturas contraventadas com espessuras superiora a 600mm e uma esbelteza até λ=80
sujeitos ao incêndio padrão. As Tabelas são baseadas no método apresentado em B.3
Avaliação de secções transversais de betão armado sujeita a momento flector e
esforço axial pelo método da curvatura esperada. As bases são dadas em 5.3.3. Ver
também nota 1 e 2 em 5.3.3.(3).
44
45
46
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48
49
50
51
52
53
Anexo D (Informativo)
Método de cálculo para esforço transverso, momento
torsor e amarrações
Note: O colapso devido ao esforço transverso é muito raro em situação de incêndio.
Contudo os métodos agora apresentados não estão totalmente verificados.
3. Quando se usar o método simplificado 4.2, se não existir armadura para esforço transverso
ou se a capacidade resistente relativa ao esforço transverso é assegurada principalmente
pela diminuição da tensão de tracção do betão, deve fazer-se a avaliação do
comportamento do betão armado devido ao esforço transverso em situação de incêndio.
2. Esta aproximação é aceitável para as armaduras longitudinais, mas não o será para as
armaduras de ligação, estribos e cintas, (ver Figura D.1). Os estribos passam através de
zonas com temperaturas diferentes, (geralmente os cantos e a parte inferior das vigas está
mais quentes que a parte superior), e levam o calor das partes quentes para as partes mais
frias. Assim a temperatura num estribo ou numa cinta é inferior à temperatura do betão da
zona adjacente e tende a tornar-se uniforme ao longo de todo o seu comprimento.
3. Apesar de desprezar este pequeno factor favorável, o estribo ou cinta não está
uniformemente solicitado em toda a sua extensão, de facto, a tensão máxima ocorre junto
54
a uma fissura devida ao esforço transverso ou de torção. É, portanto, necessário definir a
posição de referência para a determinação da temperatura do estribo ou cinta.
2. Calcule o valor da tensão residual de compressão do betão de acordo com Anexo B.1 ou
B.2, (tensão máxima, fcd,fi=fcd,fi(20) dentro da isotérmica dos 500 ºC, quando se usa a
isotérmica dos 500 ºC ou a tensão de compressão reduzida fcd,fi=Kc(θM).fcd,fi(20) quando se
usa o método da zona
3. Calcule valor da tensão residual de tracção do betão de acordo com o Anexo B.1 ou B.2
(tensão máxima de tracção, fctd,fi=fctd,fi(20) dentro da isotérmica dos 500 ºC, quando se usa
a isotérmica dos 500 ºC ou a tensão de tracção reduzida fctd,fi=Kct(θM).fctd,fi(20) quando se
usa o método da zona). Os valores de Kc,t(θ) pode ser encontrado na Figura 3.2.
5. Calcule a temperatura de referência θp, nos estribos ou nas cintas, como a temperatura do
ponto P, (intercepção da linha a-a com o estribo ou cinta) como mostra a Figura D.2. A
temperatura do aço pode ser calculada através de um programa de computador usando
campos de temperaturas ou usando os campos de temperaturas fornecidos no Anexo A.
6. A tensão de cálculo nos estribos ou nas cintas pode ser determinada em função da
temperatura de referência fsd,fi=Ks(θ).fsd(20).
55
D.4 Procedimentos para a verificação da resistência à torção de
secções transversais de betão armado
1. Adaptar as regras 1 a 3 de B.3.1.
56
Anexo E (Informativo)
Método de cálculo simplificado para vigas e lajes
E.1 Regras Gerais
1. Este método simplificado usa-se se o carregamento é devido, principalmente, a
distribuições uniformes e o dimensionamento à temperatura ambiente foi baseado na
análise linear ou análise linear com redistribuição limitada como descrito na Secção 5 do
EN 1992-1-1.
Nota: O método pode ser usado para vigas contínuas ou lajes para as quais a
redistribuição de momentos é superior a 15%, se os apoios apresentarem uma capacidade
de rotação suficiente para as condições de exposição ao fogo requeridas.
2. Este método simplificado de cálculo fornece uma extensão ao uso dos valores tabelados
para vigas expostas ao fogo por três faces e lajes, Tabelas 5.5 a 5.11. Calcula o efeito no
momento flector resistente para as situações em que a distância ao eixo dos varões, a, é
menor que a exigida pelas Tabelas.
As dimensões mínimas, (bmin, bw, hs), apresentadas nas Tabelas 5.5 a 5.11 não devem ser
reduzidas.
Este método usa os factores de redução para as tensões propostos pela Figura 5.1
3. Este método simplificado pode ser usado para justificar a redução do recobrimento, a,
distância ao eixo do varão. De outro modo, as regras apresentadas em 5.6 e 5.7 devem ser
seguidas. Este método não é válido para vigas continuas, nas quais, nas zonas de
momentos negativos, a espessura bmin ou bw é menor que 200 mm e a altura hs, é menor
que 2bmin, onde bmin é o valor dado pela coluna 5 da Tabela 5.5.
MEd,fi≤MRd,fi E.1
MEd,fi=WEd,fileff2/8 E.2
Onde:
WEd,fi é a distribuição de cargas uniformes (kN/m) em condições de incêndio
leff é o vão efectivo da viga ou da laje
57
4. O momento resistente MRd,fi para o dimensionamento em condição de incêndio pode ser
calculado usando a expressão E.3
MRd,fi=(γs/γs,fi).Ks(θ).MEd.(As,prov/As,req) E.3
Onde:
γs é o coeficiente de segurança para o aço usado no EN 1992-1-1
γs,fi éo coeficiente de segurança para o aço em situação de incêndio
Ks(θ) é o factor de redução para o aço em função da temperatura θ para a
resistência ao fogo exigida, o valor de θ pode ser determinado a partir do
Anexo A em função do recobrimento a, distância ao eixo dos varões
MEd é o momento devido às acções para o dimensionamento à temperatura
ambiente de acordo com EN 1992-1-1
As,prov É a área de armadura realmente existente na secção transversal
As,req é a área de armadura exigida para o dimensionamento à temperatura
ambiente de acordo com EN 1992-1-1
As,prov/As,req não deve ser tomada maior que 1,3
MRd,fi=(γs/γs,fi).Ks(θ).MEd.(As,prov/As,req)(d-a)d E.4
Onde:
γs , γs,fi , Ks(θ), MEd As,prov, As,req estão definidos em E.2
a é valor médio do recobrimento, distância ao eixo na Tabela 5.5, Coluna 5
para vigas e Tabela 5.8 Coluna 3 para lajes
d é a altura efectiva da secção
As,prov/As,req não deve ser tomada maior que 1,3
58
5. A expressão E.4 é válida para o caso de a temperatura da armadura superior sobre os
apoios não exceda os 350 ºC e no caso do pré-esforço os varões não excedam os 100 ºC.
Para temperatura superior MRd,fi devem ser reduzida por Ks(θcr) ou Kp(θcr) de acordo com
a Figura 5.1
O comprimento das armaduras deve ser estendida através dos apoios para além do ponto
de inflexão como calculado em E.3 (3) mais a distância igual a lbd,fi
59
Cálculo do Momento Último
εcu=0,0035
Fc=0,8xfcd
0,8x
x
z
d´
T=As σs,k(Tm,εs)
az1
az1 εs
az1
b´
es d' − x
=
0, 0035 x
A força de compressão do betão é igual à força de tracção do aço pelo que se obtém:
⎛ ⎞
0,8xb' fcd = σs,k ⎜⎝ε s , Tm ⎟⎠A s
Considerando a grandeza µ
As
µ=
b' d' fcd
σs,k ( ε s , Tm )
x= d' µ
0,8
⎡ 0,8 ⎤
ε S = 0,0035⎢ − 1⎥
⎢⎣ σs,k ( ε S , Tm ) µ ⎥⎦
60
Para o caso de aço natural e endurecido a frio, com as características do apresentado no EC2,
a resolução da equação é para vários valores de µ a apresentada no gráfico seguinte:
aço natural
1,2
σy ,θ 1
σy ,20
0,8 1/µ=500
1/µ=1000
0,6
1/µ=1500
0,4 1/µ=2000
1/µ=2500
0,2
1/µ=3000
0
100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
Temperaturas
1
0.9
0.8
0.7
σy ,θ 0.6 1/µ=500
σy ,20 0.5 1/µ=1000
0.4 1/µ=1500
0.3 1/µ=2000
1/µ=2500
0.2
1/µ=3000
0.1
0
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
Temperaturas
⎛ 0,8x ⎞
M u = A SσS,k ⎜ d '− ⎟
⎝ 2 ⎠
σs, k
Mu = d ' A sσs, k (1 − µ)
2
61
PROBLEMA nº 1
40
A armadura é constituída por 5
varões ∅ 25 mm de aço cuja
tensão de cedência à temperatura
1 2 3 2 1
ambiente σy,20º=400Mpa, A400NR.
4,0
O valor característico da tensão de
compressão do betão à temperatura
5,2 5,0 5,0 5,0 5,0 5,2
ambiente é fck= 35 Mpa, B40.
30,4
w=15
⎛⎜1 − 0,2 ⎞⎟
⎝ 5⎠
k c, m = (0,16 + 0,72 + 0,90 + 0,97 + 1,0) = 0,72
5
62
O valor da faixa de betão a desprezar é:
⎡ 0,72 ⎤
a z = 15⎢1 − = 4,2 cm
⎣ 1,0 ⎥⎦
As 24,54 x10 −4
µ= = = 0,000885
b' d ' f cd 0,22 x 0,36 x 35
1
= 1130
µ
A temperatura média das armaduras, com base na Figura A.2.1. é:
1
Tmaç o = (2 x600 + 2 x500 + 500) = 540º C
5
Com base na temperatura média do aço e no valor 1 µ o gráfico para o aço macio dá-nos:
σy ,θ
= 0,65
σy ,20
1
M u = 0,36 x 260 x 24,54 x10 − 4 (1 − x 260 x 0,000885) = 0,203 MN.m
2
63
PROBLEMA nº 2
Considere a secção do problema anterior e suponha que o valor do momento de cálculo
actuante é igual ao momento flector resistente à temperatura ambiente. Determine a sua
resistência ao fogo.
betão:
35
B40 fcd = = 23,33MP
1,5
−1 ± 12 − 4x1x(−0,3344)
µ' = = 0,2645
2x1
M Sd = M Rd = 243,1KN. m
como no caso do incêndio, as acções não são majoradas, assim, o valor do momento actuante
é de:
O momento resistente, para o caso de um incêndio padrão com mais de duas horas de
duração, é superior ao momento actuante.
64
PROBLEMA nº 3
Como a secção tem armadura de compressão, o momento último vai ser composto de
duas parcelas. Um resultante do binário formado pela armadura de compressão com
parte da secção de aço de tracção, Mu1, e outra é devida ao momento de uma secção de
betão sujeito à compressão com a restante armadura de tracção, Mu2.
65
1
Eθ 0.9
E20 0.8
σp,θ 0.7
σy,20 0.6
Series1
E θ E 20
σy,θ 0.5
σy,20 0.4 σp,θ σy,20
Series2
Series3
0.3 σy,θ σy,20
0.2
0.1
0
100 300 500 700 900 1100
Temperaturas
Figura : Aço natural, parâmetros de definição da lei elíptica
apresentem lei constitutiva elíptica conforme as definidas no EC2; está representado a seguir.
A Figura anterior mostra os parâmetros que definem a lei constitutiva do aço de betão armado
laminado a quente.
1
σ0,5;θ
0.9
σy ,20
0.8
0.7
0.6
0.3
0.2
0.1
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Temperaturas
σ0,5,317
= 0,82
σy ,20
66
Fsc = 0,82 x400x9,42 x10 −4 = 0,309 MN
Para calcular a área da armadura de tracção que faz binário com a armadura de compressão
toma-se como 1ª tentativa um valor de tensão:
Fsc 0,309
As 2 = = = 15,45 x10 − 4 m 2
σ s,k 200
Com este valor 1 µ o gráfico dá-nos para a tensão do aço na armadura de tracção o valor:
Para 2ª tentativa vamos utilizar o valor de 0,65 para a relação σ0,5;317 σy ,20 no cálculo da
tensão da armadura de tracção correspondente ao binário da armadura de compressão esta tem
o valor calculado na equação anterior.
Fsc 0,309
A s2 = = = 11,88x10 − 4 m 2
σ s,k 260
1 0,216x 0,36x35
= = 2150
µ 12,66x10 − 4
Para a temperatura média dos varões de tracção de 540ºC e para um valor de 1 µ =2150 a
tensão na armadura de tracção vale:
67
O momento último é assim igual a:
Mu = M u1 + M u2
1 1
M u = 0,309x 0,36 + 0,36x 260x11,88x10 − 4 (1 − x 260x ) = 0,14 + 0,104 = 0,244MNm
2 2150
68
PROBLEMA nº4
120,0
20,0
40,0 4 5 6
5,0
1 2 3
4
3
2 W=20 cm
1
W=15cm
69
Temperaturas nas faixas da viga segundo a Figura A.2.1:
k c, m =
(1 − 0,2 3 )
(0,416 + 0,9 + 1,0) = 0,721
3
⎡ 0,724 ⎤
a z = 15⎢1 − = 4,2 cm
⎣ 1,0 ⎥⎦
k c,m =
( 1−
0,2
4)
(0,416 + 0,91 + 1,0 + 1,0) = 0,79
4
⎡ 0,79 ⎤
a z = 20⎢1 − = 4,2 cm
⎣ 1,0 ⎥⎦
70
O calculo da distância a da armadura à face inferior é feito atendendo à temperatura de cada
varão, θi, à sua superfície, Asi,e à distancia à face inferior da viga, ai, de cada um dos varões,
segunda a fórmula seguinte:
a i A si
∑θi
a=
i
A
∑ θ si
i i
e como os varões são todos da mesma dimensão
4 5 6
5,0
1 2 3 5,0
5 5 5
• camada inferior
1
Tmi = (420 + 2 x425 + 2 x540) = 470º C
5
• camada superior
1
Tms = (100 + 2 x180 + 2 x440) = 268º C
5
1
Tm = (470 + 268) = 369 ºC
2
0,05 0,10
+
a = 470 268 = 0,082 m
1 1
+
470 268
a altura de cálculo é:
71
Atendendo à área reduzida:
1 1,2 x 0,518x35
= = 4440
µ 49,1x10 −4
atendendo ao gráfico
σy ,369
= 1,00
σy ,20
400
M u = 49,1x10 −4 x 400 x0,519x(1 − ) = 0,973Mn. m
2 x 4440
O cálculo do momento último é feito supondo que a linha neutra fica dentro da laje, assim o
valor de x é de:
374 x0,518
x= = 0,053 m
0,8x4566
72