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Quem somos?

Porque somos?
Para onde vamos?

Quando você tiver as respostas


sua vida vai mudar
radicalmente.

Roberto Felippe Maria


QUEM SOMOS?

PORQUE SOMOS?

PARA ONDE VAMOS?

Quando você tiver as respostas


sua vida vai mudar
radicalmente.
__________________________________________
O homem é capaz de transformar a matéria em tudo
aquilo que deseja e necessita. É capaz igualmente de
transformar energia, para obter calor, luz, armas, enviar
dados e para uma infinidade de outros usos.

A ferramenta mais sensacional que o homem possui é


o poder de transformar tudo através do desejo e do
pensamento.

Aprenda a utilizar o pensamento para transformar seu


mundo.
Desemprego, fome, violência, desamor, ódio, falta de
moradia e carências de toda espécie nascem, antes de
mais nada, no próprio pensamento.

_______________________________________

Aprenda a canalizar seu


pensamento e obtenha tudo o que
desejar.
É um direito seu. É uma lei do
Universo!

Roberto Felippe Maria

Direitos Autorais Reservados.


Esta obra não pode ser copiada no seu total ou em partes sem o prévio
consentimento do autor.
Os infratores serão penalizados na forma da lei.

3
INDICE

1. O autor pelo autor 6


2. Introdução 8
3. Ciência ou Religião? O que elas sabem hoje? 10
4. O Nada 12
5. A constituição do Nada 14
6. O Pensamento-Maior, a Mente Cósmica e as
interferências 16
7. O primeiro mecanismo físico 18
8. Constituição, natureza e leis do primeiro mecanismo 20
9. Primeiro mecanismo como base para os demais 21
10. Espaço, Tempo e Relatividade 23
11. A Lei das Massas e a grande aglomeração 26
12. O Big-Bang 27
13. A transformação da Energia Prima e do Pensamento-
Maior nas demais energias 29
14. As galáxias, estrelas, planetas e demais sólidos 31
15. A Luz e sua natureza 34
16. Quem somos, afinal? 37
17. Virtualidade e Realidade 41
18. A experimentação e a comprovação da verdade 43
19. Presente, Passado e Futuro – Onde estamos? 45
20. A natureza cíclica da energia e da matéria 47
21. O pensamento como ferramenta de criação 49
22. Crer ou não crer – eis a questão 55
23. O trinômio Alegria, Verdade e Amor 58
24. O que realmente somos? 61
25. O Eu e o verbo 63
26. Ser ou Estar – Qual a diferença? 67
27. O cérebro como equipamento transmissor/receptor 70
28. Pensamento – Palavra – Ação 73
29. Como pensar corretamente evitando interferências 79
30. Agradecendo pelo que não se tem! 86
31. A fé e o medo 88
32. O ciclo se repete – até quando? 91
33. Depois dos Experimentos para onde eu vou 93
34. Queira ou não você estará presente na festa final 96

4
35. Porque a Bíblia relata a criação de forma diferente? 98
36. Quem é Jesus Cristo neste contexto? 102
37. O Grande Mentor e sua postura diante da criação 107
38. Resumo do Método 109

SEGUNDA PARTE

39. Introdução 115


40. O desígnio das almas 119
41. A genética mental ou genética cósmica 121
42. Características genéticas da alma 124
43. O nascimento do Ego 126
44. Auto Análise 129
45. Gabarito de Resultados da Auto Análise 139
46. Palavras Finais 140

5
Agradecimento

Agradeço à Deus por abrir meus olhos


e o meu entendimento com relação às
Suas verdades.

Agradeço à Deus pelo sucesso que este


livro tem feito entre aqueles que a ele
tiveram acesso.

Agradeço à Deus pela facilidade que


tenho encontrado para
divulgá-lo e que ao mesmo tempo me
permite divulgar Seu Nome e Seu fabuloso
sistema.

Roberto Felippe Maria

6
O AUTOR PELO AUTOR

Nasci e me criei em meio à uma miscelânea religiosa.


Meus avós por parte de mãe eram Católicos
Ortodoxos, meus avós por parte de pai, Espíritas
Kardexistas – de mesa branca, como diziam – minha
mãe Católica Apostólica Romana não muito convicta já
que frequentava outros cultos e meu pai era daqueles
que queria ver para crer. No primário, vivendo num país
dito católico, tive aulas de catecismo e alguns
amiguinhos me incentivavam a frequentar a Igreja
Católica.

Aos 16 anos de idade comecei a me interessar


realmente pelo assunto e passei a frequentar os
diversos cultos mais conhecidos na época. Fui em
igrejas Batista, do Reino de Deus, Pentecostal,
Testemunhas de Jeová, frequentei centros de
Umbanda, Candomblé e Quimbanda e lia tudo aquilo
que pudesse saciar minha curiosidade mística.
Nenhuma religião ou seita conseguia dar respostas
precisas às minhas indagações. Evangélicos chegavam
ao extremo de dizer que eu estava com Satanás no
corpo quando minha curiosidade extrapolava o poder
de resposta dos pastores. Não sabendo responder
acabavam me agredindo com frases e palavras
amedrontadoras. Nos cultos afros passei um bom
tempo entre curioso, cético e crente. Curioso pelo
misticismo que representavam as incorporações de
espíritos que diziam ter o poder de saber e resolver
tudo, cético porque não podia comprovar a veracidade
daquilo que assistia e porque na maioria das vezes não
via a resolução dos problemas que para lá levavam e
crente quando alguma coincidência me fazia acreditar
que realmente sabiam e podiam tudo. Estudante de
7
química desde os 15 anos de idade exigia respostas
cada vez mais técnicas e coerentes com a física,
matemática, biologia e a própria química e insisti
durante anos nesta mal fadada peregrinação até que
desisti.

Incansável, na busca de respostas coerentes, comecei


procurar outras fontes e nesta busca encontrei a
AMORC – Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz. A
Ordem Rosa Cruz é uma entidade não religiosa e como
tal se utiliza de uma metodologia própria onde o neófito
é induzido, inicialmente pela curiosidade e pela ânsia
de saber, a conhecer, entender, praticar e comprovar
as leis Universais. Saciada a curiosidade inicial e já um
tanto quanto ciente da capacidade que a Ordem possui
para administrar seus ensinos o neófito passa a
praticar exercícios cada vez mais complexos que
demonstram mais claramente o funcionamento dos
mecanismos Universais. A AMORC edita livros
fantásticos sobre vários temas místicos já que
coleciona em seus arquivos escritos de mais de 3.000
anos de história, fatos e sabedoria humana e muitos
destes livros abriram um novo horizonte para mim e
para minha família. O livro “Mansões da Alma” por
exemplo, me fez aceitar e entender com clareza o ciclo
das reencarnações que até então eu não queria adotar
como verdade. Por motivos alheios à minha vontade
deixei a Ordem mas continuei lendo muitos livros sobre
o assunto que tanto me empolgava e intrigava.

Li centenas de livros de auto ajuda, místicos, religiosos


e alguns científicos que serviam de apoio técnico ao
entendimento de certos fenômenos. Apesar destas
leituras minha vida nunca foi muito promissora.
Profissionalmente sofri muita discriminação, no plano
8
das amizades, muita decepção, e passei por muitas
privações materiais e financeiras que hoje eu entendo
como escolhidas e permitidas pelo meu próprio, melhor
dizendo, impróprio pensamento.

Já com 50 anos de idade, diante de uma vida comum,


sem grandes progressos materiais e na verdade sem
grandes progressos espirituais e diante de uma nova
crise financeira que se apresentava fiquei ainda mais
perdido. Voltei então, novamente a buscar apoio no
plano espiritual já que não sabia mais como dominar a
vida material e os relacionamentos com os homens.
Nesta altura o que eu queria mesmo era poder saber
tudo e dominar tudo, falar com Deus, com os Anjos,
com os Santos ou com quem quer que fosse que
pudesse me mostrar um caminho melhor. Entretanto
nada do que lera até então me mostrava uma maneira
de falar com algum ser cósmico que pudesse me dar
ajudar. Nesta busca caiu em minhas mãos o livro de
Neale Donald Walsch, “Conversando com Deus”.

Tal como eu, Donald passara por situações bastante


difíceis e numa dessas ocasiões conseguiu estabelecer
contato com Deus. O contato lhe forneceu material
para escrever três livros, dois dos quais editados no
Brasil. Tais livros caíram-me como uma luva. Li, reli e
ainda os releio e descobri que também podia falar com
Deus. Até então não sabia como, mas, que felicidade,
descobri que podia! Passei a ficar atento, noites e
noites a fio, tentando enviar minhas indagações e obter
respostas.

Resumindo. Tudo que aqui relato me foi transferido,


não verbalmente como muitos esperam que aconteça,
mas intuitivamente. Comecei a ver imagens e a cada
9
imagem nasciam mais e mais indagações cujas
respostas fluíam com extrema facilidade. Resolvi
escrever, coisa que nunca havia feito antes e o
resultado está aí.

Sinceramente, não alimento expectativas com relação


à gostarem ou não. Espero apenas que façam o
mesmo. Que este singelo material sirva para alavancar
sua coragem de perguntar, de se comunicar e por fim,
receber mais verdades, maiores e mais próximas da
Verdade Suprema, do que estas que pude receber.
Afinal a verdade é uma só e por mais que busquemos
estamos ainda muito longe das verdadeiras respostas,
não por desmerecimento, mas porque não estamos
aptos a entendê-las plenamente.

10
INTRODUÇÃO

Fomos criados por um Ser Superior ou somos obras do


acaso? Estaríamos sendo vigiados em nossas ações?
O pecado realmente existe? Devemos seguir regras de
conduta e ética? Quem somos? Por que estamos aqui?
Para onde vamos depois da morte? Existem outras
vidas ou outros planos de existência? Será que existe
mesmo uma justiça transcendental? Por que os injustos
muitas vezes conseguem atingir seus desejos e os
justos e corretos nem sempre alcançam a realização?

Desde os primórdios da humanidade o homem busca


respostas para estas questões e muitas outras mais.
Percebendo-se como os animais mais inteligentes e
criativos do planeta o ser humano tem necessidade de
explicar-se e conhecer melhor suas origens, sua
finalidade e seu destino final.

Brancos, negros, amarelos, vermelhos, não importa a


raça ou cor, todos têm conceitos religiosos ou
científicos cujo intento é explicar e entender nossa
presença e permanência no grande e misterioso
universo.

Que a vida é curta todos sabemos. No entanto, ao


contrário dos animais irracionais, o ser humano está
sempre em busca de riqueza e poder julgando que com
tais recursos encontrará a plena felicidade. É prática
comum, também, a busca de explicações religiosas
que justifiquem ou perdoem seus atos, nem sempre
justos ou éticos. Mas afinal, quem definiu justiça e
ética?

11
Por outro lado cientistas, físicos, químicos,
matemáticos, médicos, arqueólogos, biólogos,
psicólogos e outros, buscam explicações naturais para
justificar nossa existência e a formação de todo
universo.

A ciência explica tudo? Não. A religião explica tudo?


Não. Para cada resposta que conseguimos nascem
duas ou três outras perguntas e a verdade única
parece ficar ainda mais distante a cada nova
descoberta num processo que parece interminável.

Esta obra não tem cunho religioso ou científico e


também não tem a pretensão de explicar tudo. Sua
finalidade principal é dar subsídios suficientes e
necessários para que o leitor busque em seu próprio
interior respostas cada vez mais satisfatórias e precisas
como vem ocorrendo desde os primórdios da vida
humana. Se Deus existe ou não, se somos obras do
acaso ou não isto não importa. A única verdade que
podemos constatar até então é que todas as questões
surgidas foram formuladas pelo homem e foram
respondidas pela mente humana o que nos faz deduzir
que a fonte de toda sabedoria ou está dentro de nós ou
algo desconhecido nos coloca em contato com ela.

O ser humano é na sua grande maioria conservador.


Quanto mais avançamos em idade tanto mais
conservadores ficamos. Velhos conceitos, regras e
hábitos e vícios de pensamento ficam enraizados em
nossas mentes o que nos torna cada vez menos
abertos a novas idéias. Portanto, sugerimos que ao ler
esta obra deixe de lado todo e qualquer conceito
preestabelecido e analise cada idéia apresentada com
a maior neutralidade possível. Ao final de cada capítulo
12
tente compará-lo com seus conhecimentos anteriores,
buscando perceber se a nova idéia é ou não mais
consistente, mais coerente ou mais explicativa que a
anterior. Pode ocorrer que você intua algo ainda mais
coerente que a soma do aqui apresentado e suas
certezas anteriores. Com certeza esta sua nova
intuição estará ainda mais próxima da grande verdade.

Sempre foi, é e sempre será assim que a humanidade


irá se aproximar da única e verdadeira explicação de
tudo, ou seja buscando sinceramente dentro de si
mesmo.

A ciência, principalmente a astrofísica, busca no


espaço sideral, provas da existência de outras
civilizações. O homem teme estar sozinho neste
imensurável universo. Não aceita ou não quer aceitar a
solidão cósmica da humanidade. A maior parte da
população do planeta acredita na existência de um
Deus ou Criador de tudo. Se pudéssemos estabelecer
um contato com seres de outros planetas, com certeza,
uma das primeiras perguntas que faríamos é se
acreditam em Deus e se a resposta for sim, se já
provaram Sua existência e se podem manter contato
com Ele.

Os primeiros tópicos deste livro podem ser um tanto


quanto cansativos, entretanto é impossível explicar
coisas complexas sem bases compreensíveis. Faça um
esforço para ler os primeiros tópicos pois eles serão
muito úteis no entendimento dos mecanismos e do
sistema que nos propomos a relatar. Pelo menos
durante a leitura, deixe os antigos conceitos e a
religiosidade de lado. Depois de ler um ou mais
capítulos deixe fluir seu pensamento e procure,
13
sinceramente, perceber se nesta nossa proposta
existem coerências com a justiça e o amor divinos que
sua crença religiosa prega. Na pior das hipóteses acate
só aquilo que julga ser verdadeiro e interessante para
sua vida. Habitue-se, antes de dormir, expor suas
dúvidas e incertezas e aguarde. Mais dia menos dias
você terá respostas que surpreenderão. Aceite-as
como suas verdades pois, a Verdade Suprema é a
soma das verdades de cada indivíduo. Fomos criados
sábios e perfeitos entretanto por não nos lembrarmos
disso, julgamo-nos menores, motivo pelo qual temos
dificuldades para aceitar nosso “eu interior” como
sendo o elo de ligação com as energias cósmicas e
como capaz de nos proporcionar todas as respostas.
Comece agora mesmo a dar ouvidos para suas
respostas interiores e descubra que o Universo todo
está dentro de você.

14
CIÊNCIA OU RELIGIÃO?
O QUE ELAS SABEM HOJE?

Ciência e Religião nunca andaram juntas.

Enquanto a ciência tenta explicar o nascimento do


Universo através do Big-Bang (ver capítulo específico)
a religião prega a existência de um Criador responsável
por tudo o que existe.

Apesar da alta tecnologia, alcançada principalmente na


segunda metade do século XX, a ciência ainda não
consegue compreender direito muitos dos fenômenos e
leis da natureza. Existem muitas lacunas na física, na
química, na biologia, na astrofísica e em várias outras
matérias. A cada achado arqueológico surgem mais
mistérios do que respostas. Cada nova descoberta
científica traz consigo mais perguntas que por sua vez
exigem respostas cada vez mais complexas. A
tecnologia é incansável e não se contenta com o que
foi descoberto ou inventado até agora. Impulsionada
pelo capitalismo e pelas riquezas que traz, a tecnologia
de ponta trabalha, pesquisa e ensaia vinte e quatro
horas por dia na busca de novos produtos cuja
finalidade é, não só ajudar, mas também conquistar e
iludir o homem.

A ciência conhece a existência da energia cósmica que


permeia todo o Universo físico mas ainda não
conseguiu conhecer sua essência.

Através de sofisticados aparelhos a medicina consegue


elaborar gráficos de nossas ondas cerebrais mas a
tecnologia ainda não foi capaz de inventar um aparelho
capaz de ler, ouvir, transmitir ou decifrar pensamentos.
15
A ciência consegue qualificar e quantificar um grande
número de energias presentes no Universo tais como
energia luminosa, energia elétrica, energia
eletromagnética, energia cinética, energia potencial,
energia atômica, entre outras. No entanto, muitas
formas de energia ainda são um grande enigma para
os cientistas, incluindo aí, como já dissemos, a energia
cósmica e o pensamento.

É fato notório que desde a descoberta do fogo a ciência


progrediu enormemente, mas ao que parece, quanto
mais respostas encontramos mais e mais dúvidas
surgem e mais e mais questões são formuladas, cada
vez mais profundas e complexas.

A religião por sua vez sofreu modificações profundas


para se adaptar às modernidades de cada época mas
muito pouco mudou em dogmas e conceitos. Claro que
não se matam mais bruxas, não se queimam mais
livros e nem tampouco contesta-se a ciência como em
épocas medievais mas ainda se conquistam muitos
adeptos através do medo, da promessa de rendição de
pecados e da garantia de salvação.

Embora os escritos bíblicos, budistas, maometanos e


outros estejam repletos de filosofia e bons conselhos
torna-se difícil sua adaptação aos dias de hoje já que
estes foram escritos para povos e costumes de épocas
que nada têm em comum com os dias atuais. Algumas
religiões ainda insistem em proibir o corte de cabelo
para as mulheres, a transfusão de sangue, a ingestão
de carne de porco, exigem a guarda dos sábados entre
outros conceitos que provavelmente foram elaborados
com base nas necessidades políticas, resguardo da
16
saúde e a manutenção da boa conduta necessárias
para época em que foram escritos.

Não resta dúvidas que a liberdade de expressão


religiosa ganhou espaço neste século mas os lideres
religiosos estão longe de permitir reformulações em
suas antigas escrituras com o fito de adaptá-las aos
dias de hoje, à tecnologia e à ciência.

Apesar da enorme lacuna entre religião e ciência


ambas as partes já vislumbram uma verdade única. A
cada dia descobrem mais fatos que convergem para
um final comum. Muitos cientistas já aceitam e até
defendem a existência de um criador ou mentor de
todas as maravilhas do Universo. Os religiosos já
perceberam que a tecnologia e a ciência possuem hoje
meios não para descartar a existência de Deus mas
para, sob a ótica da religião, confirmá-Lo.

Lacunas existem e sempre existirão, mas tendem a se


reduzir a medida que ciência e religião se aproximarem
da grande, máxima e única verdade.

É fato notório que tanto a ciência como a religião se


baseiam em conceitos, regras e leis, motivo pelo qual
se prendem a um conservadorismo que, embora
tolerável, retardam sua evolução e seus resultados.
Quando cientistas ou religiosos ousam acrescentar
idéias novas são rapidamente contestados, criticados e
alienados. Mais tarde, depois de perceberem que suas
ousadas teorias tinham fundamento, são perdoados,
aplaudidos e aclamados.

Recentemente a Igreja Católica aboliu de seus cultos e


ensinamentos a figura de Satanás. Será que só agora o
17
catolicismo descobriu que a figura do Diabo era apenas
uma alegoria? Será que os Bispos, Sacerdotes,
Cardeais e o próprio Papa já não sabia disso? Também
não é certo que poderiam tê-lo feito há mil anos atras?
Se não fizeram antes é porque algum interesse havia.
Iludir o povo, imprimir ao homem medo e fragilidade
não só dá poder às igrejas como também incrementa
adeptos e renda. Hoje, no entanto, não aceitamos mais
respostas sem base, motivo pelo qual este livro tem
sido bem aceito. Nossas crianças não são mais tão
ingênuas e, pelo volume de informações que recebem
nos dias de hoje, não aceitam mais respostas sem
fundamento lógico. Interessante é que os adultos, mais
conservadores e estagnados em antiquados conceitos,
ainda aceitam certas imposições religiosas.

A ciência é, sem dúvida, mais ousada, mas assim


mesmo alguns relutam em aceitar novas e fantásticas
teorias, principalmente no campo da física e da
astrofísica.

Nossa pretensão aqui não é a de lançar uma nova


polêmica mas ensinar aos leitores uma nova postura
mental que, comprovadamente, permite uma melhor
qualidade de vida. Como veremos estamos muito longe
da Verdade Suprema, mas ousar um novo caminho é
sempre bom. Quem busca, encontra!

Ao praticar o que aqui sistematizamos, com certeza o


leitor irá perder o medo da vida e deixará de temer pelo
futuro já que, acreditando na eternidade e no objetivo
final do Criador, não terá mesmo o que temer.

18
O NADA

Recentemente o telescópio espacial Huble pode


enxergar se não os confins do Universo, pelo menos
uma região nunca antes vista pela humanidade.

Cento e vinte bilhões de galáxias já puderam ser


vislumbradas através deste telescópio estimando-se
ainda que cada uma contenha entre cem milhões e um
bilhão de estrelas e provavelmente cinco vezes mais
em quantidade de planetas e asteróides.

Sabe-se ainda que nos espaços intergalaxiais e


interestelares não existe nada além de energia
cósmica, esta energia que permeia todo o Universo
mas que ainda não é bem conhecida pela ciência.
Sabe-se ainda que a energia cósmica é o fluido
Universal no qual todas as demais energias se
locomovem de modo que podemos ver e ouvir o
Universo através de nossos próprios olhos, telescópios
ópticos e rádio telescópios. A luz, as ondas
eletromagnéticas geradas pelas nossas antenas de
rádio e televisão navegam pelo Universo através da
energia cósmica.

É óbvio que a ciência sabe um pouco mais sobre a


energia cósmica do que esta pequena obra pretende
relatar, entretanto como nosso objetivo é outro não
vamos nos alongar nesta parte.

Mesmo a olho nu, quando olhamos para o céu noturno


vemos milhares de pontos luminosos que são estrelas
e planetas próximos. Estrelas nada mais são do que
sóis parecidos com o nosso Sol diferenciando apenas
em tamanho e intensidade de luz e calor que dispostas
19
a gigantescas distâncias nos aparecem como
pequenos pontos de luz. É o máximo que nós,
cidadãos comuns, podemos ver mas que nos permite
imaginar como era antes de existir.

Imagine-se no meio da floresta Amazônica numa noite


fria, sob um silêncio absoluto, olhando para um céu
noturno sem lua e nem estrelas. Apenas uma profunda
escuridão e um profundo silêncio se faz presente. Não
é possível enxergar um palmo adiante do nariz. Para
complementar imagine-se voando, leve, como se não
tivesse corpo e sem sensação de vento ou ar mas tão
somente um frio muito intenso. Esta seria mais ou
menos a descrição do Universo antes da existência da
matéria. O Nada.

A primeira impressão que se tem é que o Nada seria


absoluto mas não é verdade. O Nada está repleto de
energia cósmica, a mesma que permeia todas as
galáxias, estrelas e planetas que hoje vemos.

Esta energia básica ou fundamental é a energia da qual


tudo se formou motivo pelo qual vamos, daqui para
frente, intitulá-la simplesmente de Energia Prima.

Nossa existência consciente é material, motivo pelo


qual a maioria das pessoas têm dificuldade de
vislumbrar o Nada. No entanto, para construir é
necessário saber destruir. Se você quer aprender a
fabricar relógios é bem provável que tenha que
desmontar um, para conhecer-lhe o mecanismo, cada
uma de suas peças e a finalidade de cada uma das
partes. Só então, depois de estudar minuciosamente,
será capaz de montar outro igual ou acrescentar-lhe
outras inovações e utilidades.
20
Logo, se você tem dificuldades em intuir o Nada, faça o
seguinte exercício:

Vá para um quarto completamente escuro. Cuide para


que nenhuma fresta de luz esteja visível. A escuridão
deve ser absoluta. Faça-o num horário em que o
silêncio também possa ser absoluto mas evite estar
muito cansado ou com sono.
Deite-se ou sente-se confortavelmente. Relaxe o mais
possível o seu corpo não permitindo que nada o
incomode, tais como dobras nos lençóis, coceiras ou
posição incômoda. Feche os olhos e comece a
comandar cada uma das partes do seu corpo, dos
dedos dos pés ao couro cabeludo, ordenando-as
mentalmente para que se aquietem e se relaxem.
Comece pelos dedos dos pés, pés, pernas, batata das
pernas, joelhos, coxas, quadris, nádegas, abdômen
inferior, órgãos sexuais, intestinos, fígado, rins,
estômago, pulmões, respiração, coração, costas, peito,
ombros, nuca, pescoço, garganta, olhos, ouvidos, nariz,
boca, cabeça, músculos da face, couro cabeludo e por
fim o cérebro. Esta fase não deve demorar mais do que
dois ou três minutos. Desta forma você estará
extremamente relaxado e pronto para iniciar a segunda
fase do exercício.

Em seguida comece uma contagem regressiva de 20


para 0 mentalizando que a cada número que você
decresce reduz também o ritmo cerebral. Procure não
pensar em absolutamente nada a não ser na contagem
regressiva e no firme propósito de fazer com que sua
mente se acalme. A sensação é muito relaxante e
gostosa e não há motivo algum para temer. O máximo

21
que pode acontecer é adormecer mas evite que isto
aconteça para não interromper o exercício.

Na primeira vez muitas interferências mentais poderão


ocorrer. Problemas do dia a dia, insistência em pensar
alguma coisa ou outros desvios mentais poderão
atrapalhar o exercício. No entanto, com a prática,
consegue-se um relaxamento absoluto. Ao atingir este
estágio de relaxamento total e livre dos pensamentos
do dia a dia, sinta-se no meio do Nada, no centro da
energia cósmica, como parte integrante da Energia
Prima.

Neste ponto você destruiu todo o Universo que o rodeia


e está pronto para construir seu próprio Universo de
acordo com seus desejos e anseios como você verá
mais adiante. Pratique este exercício várias vezes
antes de partir para os ensaios de pensamento. Ao
terminá-lo volte às suas atividades normais ou durma
sem pensar no assunto.

22
A CONSTITUIÇÃO DO NADA

Como vimos anteriormente o Nada é apenas um vazio


físico mas não energético. O Nada está repleto de
Energia Prima ou Cósmica.

Como vimos também, esta Energia Prima é a base de


tudo que existe. Tudo o que existe, inclusive seu corpo
e sua alma são produtos oriundos da Energia Prima e
da Consciência Cósmica.

Lavoisier, químico francês enunciou:

Neste mundo nada se cria, nada se perde, tudo se


transforma.

Para enunciar esta verdade, Lavoisier descobriu em


suas experiências que a soma dos pesos dos produtos
elaborados é igual a soma dos pesos das matérias
primas que os originaram. Mal sabia ele que anos mais
tarde outros cientistas viriam a descobrir que este
mesmo enunciado, originalmente feito para materiais
líquidos, sólidos e gasosos também servia para as
transformações da energia.

Desta forma, podemos afirmar também que a


transformação da energia resulta em outras energias
cuja quantidade é igual à quantidade originalmente
fornecida, por exemplo, a luz e o calor dissipados por
uma lâmpada é, em quantidade energética, igual à
quantidade de energia elétrica fornecida.

Por outro lado, Einstein, maior cientista deste século,


concluiu que a matéria também é pura energia
condensada.
23
Logo, o Universo que conhecemos é formado de pura
energia manifestada na forma de matéria sólida, líquida
ou gasosa e manifestada também em energias
diversas, como luz, calor, eletricidade, movimento,
entre outras, podendo ainda intercambiarem-se entre
si.

Portanto não é muito difícil intuir que tudo o que vemos


ou não, sentimos ou não é proveniente de uma energia
básica que aqui resolvemos chamar de Energia Prima
– a origem de tudo. O pensamento é, igualmente,
oriundo desta Energia Prima.

A energia se manifesta em forma de ondas, conforme


figura 1. A física sabe que uma onda pode existir de
duas formas diferentes: positiva, quando a primeira
onda está para cima e negativa ou invertida quando a
primeira onda está para baixo, conforme comparação
com a figura 2. Ambas têm a mesma qualidade e
funcionam exatamente iguais quando possuem o
mesmo tamanho e a mesma quantidade de ciclos
entretanto, quando se encontram anulam-se
mutuamente – conforme figuras 3 e 4.

Figura 1

24
Onda Positiva Onda
Invertida

Figura 3

Linha
Resultante

Figura 4

Se pegarmos duas caixas acústicas, ambas emitindo o


mesmo som, porém com inversão de fase, colocarmos
uma de frente para a outra e nos posicionarmos
exatamente no meio, não ouviremos som algum já que
no meio tanto a intensidade como a qualidade são
exatamente iguais porém invertidas e
consequentemente se anulam. Note que os sons
25
existem, provenientes de duas fontes diferentes, mas
não podem ser ouvidos.

A Energia Prima, enquanto no Nada, tem esta


qualidade, ou seja quantidades iguais de Energia Prima
positiva e invertida ocupando o mesmo espaço e
consequentemente anulando-se mutuamente resulta
aparente vazio, silêncio e absoluta tranqüilidade.

A Energia Prima auto anulada não provoca efeito


algum de modo que no Nada não há luz, som, calor ou
quaisquer outras manifestações e sem luz nada é
visível.

A temperatura ambiente no Nada é Zero Absoluto ou


seja 0º Kelvin que corresponde a – 273,15º C
(duzentos e setenta e três graus Celsius negativos).
Pela leis químicas o volume da matéria nesta
temperatura é zero ou seja não pode existir matéria
alguma nesta temperatura e de fato não existe. Tanto é
verdade que experiências próximas a esta temperatura
comprovaram que até a eletricidade pára de fluir.

A Energia Prima se estende por todo Universo,


ocupando todo seu tamanho, que é infinito, de modo
que é impossível dimensioná-la.

Por falar em infinito, sabemos que para algumas


pessoas é difícil intuir este conceito motivo pelo qual
tentaremos dar uma idéia simples do mesmo.

Imagine, para tanto, que você tenha recebido a


incumbência de cortar o espaço infinito ao meio,
dividindo-o em dois.

26
Matematicamente falando:

Infinito = Infinito
2

Imaginando como seria na prática: pegue uma faca e


comece a cortá-lo caminhando até onde sua vista
alcança. Lá chegando perceberá que deverá caminhar
mais outro tanto e continuar cortando e cada etapa
perceberá que a fronteira não aparece ou seja, na
verdade não existe tal fronteira. O mesmo vale se fizer
o mesmo para trás, para os lados, para cima, para
baixo ou para quaisquer outras direções que escolher.
Não há fim e consequentemente não há inicio e nem
meio.

As religiões costumam dizer que para Deus, Ser Único,


nada é impossível, mas pelo acima exposto podemos
concluir que Deus não pode dividir-Se a Si mesmo sob
pena de transformar-Se em dois deuses. Desta forma
ou Ele não consegue ou se conseguisse perderia a
autonomia uma vez que teria que dividir o poder com
um segundo Deus. Por outro lado, se Deus começasse
a se dividir ao meio o que é que separaria ambos que
não fosse Ele mesmo. Logo, é impossível para Deus
dividir-Se ao meio e tampouco, como teremos
oportunidade compreender, lançar algo para fora de Si.

Na condição de Nada a Energia Prima é inerte, no


entanto alguma coisa ocorreu que abalou esta
condição de repouso e fez surgir o Universo físico tal
como o conhecemos. É o que veremos a seguir.

27
O PENSAMENTO-MAIOR, A MENTE CÓSMICA E AS
INTERFERÊNCIAS

Sob a ótica da ciência poderíamos afirmar que a


Energia Prima sofreu um abalo involuntário que
provocou o aparecimento da matéria. Já sob a ótica da
religião poderíamos concluir que o desejo de Deus
transformou a Energia Prima em matéria e
posteriormente criou ambientes propícios onde fez
surgir os seres vivos vegetais e animais.

Sendo a mente humana cheia de mistérios impossíveis,


por enquanto, de serem desvendados pela medicina e
pela ciência e sendo o pensamento um mecanismo
complexo, igualmente impossível de ser desvendado
pela tecnologia, podemos deduzir ou intuir que, tanto a
Energia Prima como o Pensamento, são energias
primárias, cuja compreensão é, ainda, inacessível aos
homens, à ciência e à religião.

Por este motivo o autor prefere optar pela idéia de que


a Energia Prima foi voluntariamente abalada por um
Pensamento-Maior que você pode, se assim o
desejar, intitular de Mente Universal ou simplesmente
de Deus.

A princípio, com dissemos, a Energia Prima mantinha-


se num mar de tranqüilidade, sem luz, calor, som e
qualquer outra forma derivada de energia ou presença
de matéria. A partir de um desejo provocado pelo
Pensamento-Maior, a Energia Prima é separada em
suas duas fases distintas: ondas positivas de um lado e
ondas invertidas de outro. Esta interferência provocou a
manifestação bilateral das Energias Primas opostas
que antes se anulavam mutuamente.
28
A manifestação da Energia Prima de mesma fase se dá
na forma de coágulos de energia. Tais coágulos não
chegam a ser matéria dada sua natureza leve e sutil
como também ainda não chegam a constituir partículas
subatômicas. Partículas subatômicas são ingredientes
dos átomos e que explicaremos em capítulo posterior.

Na natureza física os opostos se atraem, já na natureza


energética são os iguais que se atraem. Deste modo os
coágulos atraem-se uns aos outros formando com isto
um corpo energético maior que, à medida que cresce,
perde sua leveza e sutileza. Alguns autores chamam
estes coágulos de “mônadas”.

O mesmo fenômeno ocorre em ambas as bandas de


Energia Prima criadas: positiva e invertida. Neste
estágio os coágulos são mantidos separados uma vez
que sua mistura iria provocar a anulação mútua.

Concluindo: coágulos ou mônadas são aglomerações


de Energia Prima que servirão de base para a
constituição da matéria.

Como vimos, partimos do desejo do Pensamento-Maior


para justificar o início de uma atividade que culminou
com a formação do Universo físico. Este desejo ou
interferência nasceu e se formou na Mente Cósmica
que nada mais é do que o reservatório de toda
sabedoria contida no Universo. Neste reservatório
estavam e estão latentes todas as leis físicas,
químicas, matemáticas, biológicas, filosóficas,
científicas e tecnológicas que a partir da formação da
matéria passaram a se manifestar e que até os dias de

29
hoje e para todo o sempre será onde a humanidade se
alimentará em sabedoria, ética, amor e verdade.

Todo pensamento humano, bem como suas criações,


descobertas e inventos se originam neste reservatório
de sabedoria ou na Mente Cósmica e de forma alguma
podem ter efeitos que contrariem as leis e regras
preestabelecidas.

Logo, até prova em contrário, todos os atos dos


homens e da humanidade, mesmo que ilícitos, anti-
éticos, desumanos ou qualquer adjetivo que se queira
dar, são autorizados já que estão de conformidade com
as leis científicas e com o chamado livre-arbítrio tão
propagado pelas religiões, não esquecendo que as
conseqüências também fazem parte delas através da
lei da ação e da reação.

A lei da ação e da reação prega que para toda ação


surge uma reação contrária, ou seja em sentido oposto.
Logo quando empurramos algo para frente, este algo
nos impulsiona para traz. Da mesma forma quando
enviamos um pensamento, uma energia oposta reage
como retorno. Logo, quem pensa o mal ou de forma
errada tem como reação de retorno o mal ou algo tão
errado quanto o pensamento e quem pensa o bem ou
de forma correta recebe de retorno o bem ou algo
condizente com o pensamento.

É exatamente esta postura mental de pensar


corretamente que pretendemos passar aos leitores.

30
O PRIMEIRO MECANISMO FÍSICO

Como vimos, os coágulos aglomeram-se formando,


inicialmente, corpos sutis. À medida que a quantidade
de coágulos cresce ao redor do núcleo inicial a leveza
decresce e a compactação aumenta. Por fim, milhares
e milhares de coágulos aglomerados acabam formando
uma minúscula quantidade de matéria.

Estas aglomerações ocorrem simultaneamente em


ambas as fases da Energia Prima ora separadas entre
si. Devido a mecanismos ou regras ainda não
compreendidas, a matéria formada pela aglomeração
de coágulos atinge dois tamanhos limites sendo o
pequeno cerca de mil vezes menor que o maior.

Na fase positiva da Energia Prima formam-se partículas


- de dois tamanhos como já vimos – ambas com carga
elétrica também positivas. Na fase invertida da Energia
Prima as partículas formadas possuem carga elétrica
negativa.

Neste estágio da formação da matéria temos um lado


com partículas positivas e outro com partículas
negativas criando-se assim uma polarização universal.
Por já se tratar de um estágio material o fenômeno de
atração se inverte.

Como vimos anteriormente, no Universo energético


energias iguais se atraem e energias diferentes se
repelem. Já no Universo material matérias iguais se
repelem e matérias diferentes se atraem. Logo devido à
polaridade formada nas duas bandas da Energia Prima
um novo fenômeno físico ocorre. As partículas
pequenas e mais leves da banda positiva tendem a
31
migrar para a banda negativa e vice-versa. Neste
estágio migratório quando duas partículas pequenas e
de polaridades diferentes se encontram, destróem-se
mutuamente, o mesmo ocorrendo quando duas
partículas grandes de polaridades diferentes se
encontram.

Entretanto, quando uma partícula grande encontra uma


partícula pequena de carga oposta ambas se juntam e
formam um par harmonioso.

Esta explanação nos leva a crer que a Energia Prima é


composta por mais de uma forma de onda motivo pelo
qual formam-se partículas de mais de um tamanho.

Terminado o processo migratório o sistema se


estabiliza mantendo ainda as duas bandas. De um lado
a banda de Energia Prima positiva onde os pares
formados possuem partícula grande positiva e partícula
pequena negativa e por outro lado a banda de Energia
Prima negativa onde os pares formados são invertidos,
ou seja partícula grande negativa e partícula pequena
positiva.

Este par harmonioso de partícula grande com pequena


e de cargas opostas nada mais é do que o átomo mais
simples que existe no Universo e possui uma forma
que pode ser representada conforme ilustrado na figura
5.

O átomo acima representado é denominado Hidrogênio


e é o elemento mais simples que existe desde que
considerado como elemento químico.

32
Como elementos físicos as partículas nascidas da
aglomeração de coágulos de Energia Prima são muitas
e recebem nomes como: prótons, elétrons, neutrons,
além de diversas partículas ainda menores que os
elétrons chamadas genericamente de partículas
subatômicas. Quando harmoniosamente reunidas
recebem o nome de átomo.

Elétron

Próton

Átomo de Hidrogênio

Figura 5

Como vimos, a Energia Prima aglomerada se


transforma em matéria. Esta transformação foi impelida
pela Mente Cósmica, pelo desejo do Criador e é dessa
matéria que é feito nosso corpo físico, nossas plantas,
nossos animais, nosso planeta e todo o Universo físico
que vemos.

33
Até aqui dá para perceber que somos feitos da Energia
Prima, ou seja somos um corpo biológico formado à
partir da condensação da Energia Prima ou, se
preferirem, do corpo original do Criador, já que Ele
construi tudo à partir de si mesmo.

34
CONSTITUIÇÃO, NATUREZA E LEIS DO PRIMEIRO
MECANISMO

O átomo de Hidrogênio é portanto o primeiro


mecanismo físico que possui características químicas
próprias. Com ele, algumas leis da física também foram
criadas no sistema ora constituído pelas duas bandas
de Energia Prima.

Como vimos, cada uma dessas bandas possuem agora


átomos de Hidrogênio de duas naturezas distintas. Um
com próton (partícula maior) positivo e elétron
(partícula menor) negativo. Outra com próton negativo
e elétron positivo que a física já reconhece sua
existência e por ser invertido intitula de anti-matéria.

A física moderna aceita a existência da anti-matéria e


acredita existir um Universo paralelo formado
totalmente por este material que funciona exatamente
igual ao nosso Universo. Este Universo paralelo deve
conter, teoricamente, exatamente a mesma quantidade
de matéria existente em nosso Universo. Ambos
Universos encontram-se fisicamente separados uma
vez que se fundirem-se num só aniquilar-se-ão
mutuamente numa tremenda explosão de pura energia
que faria com que o Universo físico voltasse às suas
origens, ou seja, de pura Energia Prima.
Sofisticadíssimos laboratórios de física já conseguem
produzir átomos de anti-matéria mas devido à presença
de átomos de matéria ao seu redor e por não ser
possível criar um recipiente que o possa conter,
sobrevive apenas alguns bilionésimos de segundo, até
encontrar-se com um átomo de matéria e se
aniquilarem mutuamente.

35
A partir da existência do Hidrogênio podemos notar
algumas leis ou regras que com ele surgiram:

1. Atração polar. O próton atrai o elétron, ou


seja, a carga positiva atrai a carga negativa.
2. Esta atração é somente para a manutenção
do equilíbrio elétrico de ambas as partículas
e portanto, embora atraídos mutuamente,
mantém-se a uma distância criando-se aí um
movimento orbital. O elétron gira (na
verdade saltita) em torno do próton.
3. O átomo possui agora duas dimensões:
peso e tamanho.
4. O peso do átomo é constante e devido à sua
massa surge o conceito de atração. Massa
atrai massa. Com isto os átomos tendem a
se aglomerar.
5. O tamanho do átomo (diâmetro) pode variar.
Para aumentá-lo em volume basta dar-lhe
mais energia. Mais energizado, o elétron
passa a saltitar mais distante do próton. Ao
voltar à sua condição normal de energia
mínima, o átomo libera uma quantidade de
energia que pode ser vista como um flash de
luz.
6. O átomo só pode existir e ter volume próprio
se contiver uma quantidade mínima e
suficiente de calor já que a 0ºK (Zero
Absoluto) seu volume seria zero.

Diversas outras leis e regras fazem parte da


constituição da matéria e consequentemente deste
novo mecanismo físico chamado átomo de Hidrogênio.
Não é nosso intento e nem seria possível nos
aprofundarmos nesta área. Se houver interesse por
36
parte do leitor em conhecer mais conceitos da química
e da física atômica e molecular aconselhamos a
aquisição de vasta literatura especifica encontrada nos
livros acadêmicos.

PRIMEIRO MECANISMO COMO BASE PARA OS


DEMAIS

Cientificamente falando, poderíamos encerrar a criação


do Universo neste ponto, uma vez que as demais
ocorrências derivam deste primeiro mecanismo.

Como vimos, o átomo de Hidrogênio possui um único


próton e um único elétron ao seu redor motivo pelo
qual, na físico-química, diz-se que tem peso atômico 1
(um). Este Hidrogênio, quando sozinho é quimicamente
muito ativo pois uma de suas principais propriedades é
unir-se a outros átomos. Devido a esta super atividade
química o Hidrogênio é, por assim dizer, extremamente
agitado. Esta agitação só é abrandada quando um
Hidrogênio encontra outro. Formando um par de
hidrogênios a atividade química se anula e a dupla
torna-se mais estável e menos agitada.

Como vimos no tópico anterior, massa atrai massa,


motivo pelo qual, as moléculas (reunião de dois ou
mais átomos) formadas pela dupla de hidrogênios
tendem a se aglomerar.

O hidrogênio, quando sozinho, tem como símbolo a


letra H. Quando em dupla com outro hidrogênio tem por
símbolo H2.

No início da atividade física no Universo somente a


molécula de hidrogênio (H2) se fazia presente. Estas
37
moléculas atraídas umas às outras passaram a formar
uma grande massa de hidrogênio. O hidrogênio é um
gás e no início a massa era, consequentemente,
gasosa. À medida que foi crescendo em volume e em
massa este gás adquiria ainda mais poder de atração,
atraindo para si todas as moléculas próximas.

À medida que mais e mais moléculas se aglomeravam


a esta bola gasosa mais e mais as moléculas centrais
eram comprimidas passando então ao estado líquido e
por fim sólido. Deste modo, em curto espaço de tempo,
surge uma grande esfera sólida composta de
hidrogênio. O processo porém continua. Cada vez mais
moléculas de hidrogênio se juntam à esfera.

Para se ter uma idéia de dimensões, se ampliarmos um


átomo para o tamanho de um quarteirão, o próton seria
uma azeitona no meio do quarteirão e o elétron seria
uma cabeça de alfinete saltitando na calçada à
velocidade da luz. Na verdade, porém, o átomo tem
dimensões reais tão pequenas que só pode ser visto
em um poderosíssimo microscópio eletrônico.

Logo a esfera gasosa de hidrogênio atinge tamanho


gigantismo que nem mesmo os elétrons em volta do
próton conseguem mais manter a distância mínima.
Quando a compressão atinge níveis críticos os elétrons
estão quase encostados no próton. Prótons estão
também muito próximo uns dos outros e por terem
polaridades iguais tendem a se repelir fortemente.
Enquanto existe uma forte pressão de fora para dentro
devido ao acúmulo de matéria, começa existir também
um forte pressão de dentro para fora devido à força de
repulsão de um próton contra outro e, também, devido
ao achatamento dos volumes dos átomos.
38
Neste momento, dois prótons juntam-se a um neutron e
conseguem se estabilizar. Como cada próton possui
seu elétron eis que surge um novo elemento, desta
feita formado por dois prótons e um neutron no centro e
dois elétrons saltitando ao redor. Este novo elemento,
agora de peso atômico 2, chama-se Hélio. O Hélio, em
estado natural, é também um gás, mas no estado em
que ele nasceu é sólido, devido às pressões as quais
está submetido.

Assim, neste ambiente altamente comprimido, outros


elementos foram sendo gerados com pesos atômicos
3, 4, 5, e assim por diante, chegando a atingir números
acima de 100. Como exemplo de outros elementos
nascidos com base na compressão do hidrogênio
podemos citar o Carbono, com 12 prótons, o Oxigênio,
com 16, Nitrogênio, 14, Ferro, 56, e outros mais.

39
ESPAÇO, TEMPO E RELATIVIDADE

Definições encontradas nos dicionários:

ESPAÇO
s. m. 1. Fís. Extensão tridimensional ilimitada ou
infinitamente grande, que contém todos os seres e
coisas e é campo de todos os eventos. 2. Astr. O
universo todo além do invólucro atmosférico da Terra; o
quase vácuo em que existem o sistema solar, as
estrelas, as nebulosas e as galáxias.

TEMPO
s. m. 1. Medida de duração dos seres. 2. Uma época,
um lapso de tempo futuro ou passado. 3. A época
atual. 4. A idade, a antiguidade, um longo lapso de
anos.

RELATIVIDADE
s. f. 1. Caráter, estado ou qualidade de relativo. 2. Fís.
Teoria segundo a qual o tempo e o espaço são
grandezas inter-relativas.

Como vimos em tópicos anteriores, a Energia Prima e o


Pensamento-Maior ocupam um espaço infinito ou
melhor dizendo: imensurável.

Temos então um espaço físico que contem tudo o que


vemos e percebemos mas que não podemos medir
uma vez que não tem início, meio ou fim. Temos
ainda, pela definição física, que espaço é a extensão
tridimensional ilimitada ou infinitamente grande, que
contém todos os seres e coisas e é campo de todos os
eventos.

40
Se não podíamos medir enquanto vazio, depois do
evento do primeiro mecanismo passamos, pelo menos
a poder medir a distancia entre dois átomos. Com o
advento da matéria passamos a contar com um ponto
de partida e um ponto de chegada cuja distância,
medida em metros, pés, jardas, ou outra qualquer é
chamada de espaço.

Quando só existia um único átomo de hidrogênio não


podíamos sequer definir sua posição no Universo já
que não contávamos com um segundo ponto de apoio.
Onde estaria este único átomo, no meio do Nada? Em
cima? Em Baixo? No canto direito ou esquerdo?
Impossível dizer. Com dois átomos já podemos contar
com uma posição relativa uma vez que podemos
afirmar que um está, por exemplo, a 10 metros de
distância do outro. Onde estão ambos, no Universo,
continua sendo uma incógnita, mas com certeza entre
eles existe uma distância mensurável.

Descobrindo a existência de um espaço e podendo


medi-lo é fácil perceber que para percorrermos esta
distância poderemos contar o tempo, em segundos, por
exemplo.

Quanto tempo levaremos para percorrer uma distância


de 10 metros entre um átomo e outro? É evidente que
dependerá da velocidade do movimento.

Com o advento da matéria dois fenômenos novos


surgiram: Espaço e tempo. Tais fenômenos são
interdependentes ou seja não existem em separado.
Ou existem ambos e não existe nenhum.

41
Mas quanto tempo o Nada ficou inerte, antes do
nascimento da matéria? Impossível dizer pois o Nada
sempre existiu e sempre existirá, eternamente. Deste
modo, também não podemos contar tempo sem que
haja ocorrido pelo menos dois eventos. Por exemplo, o
tempo pode ser contado entre o nascimento do
primeiro átomo e o nascimento do segundo. Não
poderíamos contar o tempo se não houvesse nascido o
segundo átomo uma vez que não haveria outro evento
relativo. Logo podemos contar o tempo desde o
nascimento do Universo até a sua extinção e em
decorrência disto contar o tempo entre quaisquer
outros eventos intermediários. O mesmo ocorre com o
espaço e a distancia.

Somente pouco antes da metade deste século é que


Einstein surgiu com as idéias revolucionárias sobre
tempo e espaço e com a tão discutida Teoria da
Relatividade. Até então a humanidade não havia feito
quaisquer estudos a respeito. Após os estudos de
Einstein e suas teorias, a física moderna passou por
uma reformulação geral culminando inclusive com uma
nova postura da ciência com relação à existência ou
não de um Criador.

Einstein chegou a confessar sua crença em um


Engenheiro do Universo notadamente por ter
descoberto que as regras e leis eram tão perfeitas e
precisas que seria impossível terem surgido por força
do acaso.

Com a relatividade surge também o conceito de


velocidade já que para percorrermos uma distância
entre dois pontos levaremos tanto mais tempo quanto
menor for a velocidade de locomoção.
42
No Universo físico, ou melhor dizendo na matéria, a
maior velocidade conhecida pela ciência é a velocidade
da luz – cerca de 300.000 km por segundo. Quando a
ciência começar a estudar o antes, ou seja, o Nada, a
Energia Prima e o Pensamento-Maior, descobrirá que a
velocidade máxima neste plano é a do Pensamento-
Maior que é infinita.

Para se ter uma idéia entre velocidade de locomoção e


velocidade do pensamento lembre-se que para ir de
São Paulo para o Rio de Janeiro a 100 km por hora
leva-se de 4 a 5 horas. No pensamento você já pode
estar lá neste instante. O pensamento é instantâneo
porque sua velocidade é infinita. Desta forma você
poderá estar em qualquer ponto do Universo agora, se
assim o desejar.

Com o envio de satélites e naves para o espaço a


ciência pôde confirmar as teorias de Einstein sobre a
relatividade pois descobriram que quanto maior a
velocidade de locomoção mais lentamente o relógio
registra o tempo. Como o limite de velocidade
conhecido é o da luz, sabe-se hoje que se um
astronauta pudesse viajar a esta velocidade, o relógio
em sua nave pararia. Quando retornasse perceberia
que, enquanto o tempo em sua nave parou, na Terra
teriam passados algumas centenas de anos. Notaria
também que neste percurso não envelheceu, enquanto
na Terra todos seus parentes e descendentes de várias
gerações já teriam morrido. Aliás este foi o tema do
filme Planeta dos Macacos, primeiro do gênero.

Sabemos, agora, que no mundo físico tudo é relativo. O


espaço é relativo entre dois pontos, o tempo é relativo
43
entre dois eventos, a velocidade é relativa entre dois
corpos em movimento, o peso é relativo, o tamanho é
relativo e assim para toda e qualquer comparação
física que fizermos. Mais adiante você perceberá que
no mundo mental tudo é relativo também. O feio e o
bonito, o certo e o errado, o justo e o injusto, o amor e
o ódio, o egoísmo e o altruísmo, etc.

44
A LEI DAS MASSAS E A GRANDE AGLOMERAÇÃO

Coloque migalhas de isopor em um tanque com água.


Cubra-o com uma lona para protege-lo do vento ou de
qualquer movimentação do ar. No dia seguinte você
notará que as migalhas de isopor se aglomeraram em
vários grupos ou talvez até num único grupo. Massa
atrai massa.

Esta lei da física surgiu com o aparecimento da matéria


no Universo. Primeiramente, dois hidrogênios se
juntaram, quimicamente, adquirindo, com isto,
estabilidade. Dois hidrogênios juntos formaram uma
molécula de hidrogênio. Pela lei das massas tais
moléculas se juntaram formando pequenos grupos.
Grupos maiores atraiam os grupos menores. Quanto
maiores se tornavam os grupamentos maior era sua
atração gravitacional. Sempre crescendo, este grande
aglomerado de moléculas de hidrogênio adquiria cada
vez mais poder de atração até determinado momento
em que todas as moléculas de hidrogênio contidas no
Universo se aglomeraram num único e gigantesco
corpo celeste.

Para ter uma idéia melhor, imagine que todo o Universo


conhecido hoje, com suas estrelas, planetas,
asteróides, poeira inter-estelar e tudo que existe, se
juntasse num único e grande corpo celeste. O peso
deste corpo seria incalculavelmente grande. Nem a luz
escaparia à sua enorme capacidade de atração.
Qualquer raio de luz seria atraído por ele e engolido em
sua massa. A pressão interna, por sua vez, seria
também incalculavelmente grande.

45
A ciência sabe que este grande depósito de matéria se
fez presente um dia, antes mesmo do aparecimento do
que hoje vemos no céu a olho nu ou através dos
poderosos telescópios terrestres e siderais.

Este grande aglomerado era inicialmente de moléculas


de hidrogênio que, como vimos, foram tão
pressionadas pela pressão e pelo peso do conjunto que
acabaram se fundindo e desta fusão nasceu todos os
demais elementos químicos conhecidos como o
carbono, o ferro, o ouro, a prata, o cálcio, o oxigênio,
etc., etc. Devido à pressão cada vez maior, os
elementos se juntaram também uns com outros
formando os minerais tais como óxido de chumbo,
cloreto de sódio (sal de cozinha), óxido de silício
(areia), óxido de cálcio (cal), óxido de ferro (ferrugem),
entre tantos outros que vemos na terra e nas jazidas
minerais.

46
O BIG-BANG

A pressão nesta esfera formada através da atração de


todo material sólido do Universo aumentou tanto que
acabou tornando um poderosa bomba, pronta para
explodir. E de fato explodiu.

A explosão da grande esfera foi de tal proporção que


até hoje o Universo está se expandindo, ou seja, até
hoje todos os estilhaços da grande esfera ainda estão
sendo projetados para fora do centro da explosão.

A energia que estava acumulada na grande esfera era


muitíssimo grande. Com a explosão a quantidade de
calor gerada foi tamanha que toda massa ficou
incandescente, literalmente derretida. Desta forma a
esfera explodiu espalhando gotas gigantescas de
massa derretida, gotas estas que no quase vácuo do
Universo transformaram-se em esferas. Girando em
alta rotação e ainda incandescentes muitas dessas
esferas resultantes soltaram pedaços ou gotas
menores de massa. Estas gotas menores, mais
estáveis, esfriaram mais rapidamente, dando origem
aos planetas. Gotas ainda menores deram origem a
asteróides e pedras que ainda hoje navegam pelo
espaço sideral. E como não poderia deixar de ser,
muita poeira, chamada de poeira cósmica está
espalhada por todo Universo que conhecemos.

Devido a lei da atração das massas muitas dessas


esferas, pedras e poeira cósmica se aglomeraram
novamente e continuam se aglomerando até hoje de
modo que tais aglomerações, embora não atinjam
proporções tão gigantescas quanto da primeira, ainda
são grandes o suficiente para provocar novas
47
explosões localizadas. Estas aglomerações que ainda
ocorrem são chamadas de “buracos negros” já que
conseguem atrair até a luz que passa por perto. Não
refletindo a luz aparecem no espaço sideral como
pontos cegos ou invisíveis e a ciência moderna só os
descobriu porque tudo ao seu redor parece estar sendo
sugado por um enorme rodamoinho. No centro do
rodamoinho um ponto cego, sem luz alguma, invisível,
que nada mais é do que uma gigantesca esfera de
matéria.

Estes buracos negros quando atingem seu limite de


pressão explodem novamente, como ocorreu com a
grande explosão inicial, gerando estrelas. Na
astronomia tais estrelas recebem nomes, conforme o
estágio em que estão, tais como “super nova”, “anão
branco”, entre outros.

Para se ter uma idéia da grandiosidade deste astros


basta lembrar que nosso Sol é 1.300.000 vezes maior
do que a Terra. Ainda assim nosso Sol é classificado
como sendo de quinta grandeza, ou seja, está em
quinto lugar em tamanho. Por ser um astro muito velho,
nosso Sol já está num estágio considerado em extinção
o que quer dizer que está em processo rápido de
resfriamento, devendo extinguir-se totalmente e tornar-
se mais um astro frio no Universo. Para nossa sorte,
breve, na escala Universal, quer dizer alguns milhões
ou bilhões de anos.

Como vimos, o Universo está em franca expansão,


mas a velocidade com que se expande diminui
gradativamente devido às forças de atração exercidas
pela própria matéria universal. Chegará o dia em que o
processo de expansão cessará totalmente. Quando isto
48
ocorrer, a lei da atração das massas fará com que um
processo inverso ocorra. O Universo começará então a
se contrair e fatalmente voltará às suas origens, ou seja
uma única e gigantesca esfera. Então explode
novamente e todo processo se repete.

A ciência atual busca respostas e dados à respeito da


última grande explosão, também chamada de “Big-
Bang”. No entanto outras podem ter ocorrido. Só a
intuição poderá nos fornecer certezas sobre explosões
anteriores já que entre uma explosão e outra não sobra
nem um resquício de luz que é o veículo de informação
que possuímos e que será explicado nos próximo
tópicos.

49
A TRANSFORMAÇÃO DA ENERGIA PRIMA E DO
PENSAMENTO-MAIOR NAS DEMAIS ENERGIAS

Antes do Tudo era o Nada.

Melhor dizendo: antes da matéria e das formas de


energia conhecidas só havia Energia Prima e o
Pensamento-Maior.

Conforme já relatado, a Energia Prima foi perturbada


pelo Pensamento-Maior, dividindo a Energia Prima em
duas bandas, positiva e invertida. Devido a separação
cada uma das bandas se aglutinou formando coágulos
de energia que acabaram por se condensar em
material sólido, migraram de suas polaridades e se
transformaram no primeiro mecanismo físico
conhecido: o átomo de hidrogênio. Por fim, este átomo
serviu de base para a criação de todos os demais.

O elétron que saltita em torno do próton é uma


partícula material altamente energizada. A primeira
energia presente neste mecanismo é a Energia
Elétrica.
Próton positivo e elétron negativo.

A convivência destas duas partículas, embora atraídas


pela polaridade, é difícil uma vez que precisam manter
uma distancia mínima entre uma e outra. Desta forma a
atração elétrica se transforma em calor chamado
também de Energia Térmica.

Por serem polarizados, os átomos contêm uma outra


forma de energia chamada de Energia
Eletromagnética.

50
O movimento do elétron em torno do próton é chamado
de Energia Cinética.

Enquanto o elétron se mantém em torno do próton a


uma distancia estável ele está com uma Energia
Potencial. Se um reforço de energia é enviado para o
átomo esta Energia Potencial cresce.

Ao liberar esta Energia Potencial excessiva o átomo


libera um fóton que nada mais é do que a menor
quantidade de luz que se conhece. Este fóton é
conhecido pela ciência como Energia Luminosa.
Quanto mais energia em excesso se dá ao átomo tanto
mais Energia Potencial ele adquire. Ao retornar à
condição original de estabilidade o átomo irá liberar
tantos fótons quanto for a energia em excesso enviada.
Este trem de fótons chama-se Raio de Luz.

Como vimos a compressão fez com que dois ou mais


prótons se juntassem a neutrons e elétrons e desta
combinação nasceram outros elementos químicos
presentes na natureza. Como os prótons têm carga
positiva, mantê-los unidos no centro do átomo requer
uma quantidade de energia violenta. Átomos muito
pesados, com cerca de 70, 80 prótons em seu núcleo
são chamados de átomos radiativos e são muito
instáveis. Sua tendência é a de se partirem em átomos
de menor peso atômico. Ao se partirem liberam a
energia que os mantinha unidos e esta energia é
chamada de Energia Atômica.

Como neste mundo nada se cria, nada se perde, tudo


se transforma, podemos afirmar com absoluta certeza
que todas estas modalidades de energia e outras que
por não se tratarem do alvo principal não relatamos
51
nesta obra, originam-se da energia mãe, a Energia
Prima.

Quando a ciência entender melhor o pensamento


humano irá entendê-lo como Energia do Pensamento
que, com a mesma certeza, se origina do Pensamento-
Maior.

Nesta obra você irá compreender com bastante clareza


que a Energia do Pensamento é na verdade a grande
criadora de tudo. Vai entender também que a Energia
Prima, embora seja o “material” de onde tudo se
originou não poderia ter se transformado em matéria e
energias derivadas se não houvesse o desejo presente
única e exclusivamente no Pensamento-Maior e de
onde se origina o pensamento humano. Saberá ainda
que o pensamento humano poderá também desejar e
criar tal como ocorreu e ocorre com o Pensamento-
Maior que lhe deu origem.

Este é o grande segredo, às vezes inconsciente, do


sucesso de alguns: utilizar o pensamento com
criatividade e absoluta certeza da conquista, como
veremos em tópicos posteriores.

Somos, portanto, fruto da Energia Prima que se


transformou em matéria e somos ainda fruto do
Pensamento-Maior que se derivou em consciências
menores que chamamos de Pensamento-Menor e que
o nosso pensamento cotidiano.

52
AS GALÁXIAS, ESTRELAS, PLANETAS E DEMAIS
SÓLIDOS

Neste tópico daremos apenas uma idéia das


dimensões do Universo físico para que o leitor possa
vislumbrar sua magnitude e grandeza.

Em astronomia a unidade de medida é a luz.

A luz caminha há 300.000 km por segundo o que


equivale dizer que em apenas um segundo a luz pode
dar sete voltas e meia ao redor da Terra.

Quando olhamos para uma estrela não temos a menor


idéia de sua distância mas os estudiosos do assunto
sabem que ela está a milhares de anos luz distante de
nosso planeta.

Como exemplo, podemos citar uma estrela que está a


4.000 anos luz de distância. Tal distância equivale a
distância que a luz percorre num período de 4.000 anos
à velocidade de 300.000 km por segundo:

4.000 X 365 X 24 X 60 X 60 =
126.144.000.000 segundos
(anos) X (dias) X (horas) X (minutos) X (segundos)

126.144.000.000 s X 300.000 km =
37.843.200.000.000.000 km.

Logo tal estrela está há aproximadamente 38


quatrilhões de km de distância da Terra. Esta é a
distância da estrela mais próxima do nosso sistema
solar.

53
A luz proveniente do nosso Sol demora 8 segundos
para nos atingir o que representa uma distância de
2.400.000 km. (8 seg, X 300.000 km)

Como vimos, a astronomia detectou através do


telescópio Huble cerca de 120 bilhões de galáxias
sendo que cada uma contem entre 100 milhões e 1
bilhão de estrelas.

Partindo destes números conhecidos e calculando-se


que cada estrela tenha, em média, dois planetas ao
seu redor e calculando ainda que apenas um planeta
em cada um trilhão deles tenha condições de ter vida
animal inteligente – como na Terra – podemos concluir
que podem existir cerca de 132 milhões de planetas
semelhantes ao nosso, com vida, no Universo.

É, portanto, impossível duvidar que existam outros


planetas habitados. Tanto é que astrônomos do mundo
inteiro rastreiam o Universo, através de gigantescos
radio-telescópios, em busca de sinais que possam ser
produzidos inteligentemente por outros seres, tais
como sinais de voz ou imagem.

Tais sinais, igualmente à luz, viajam pelo Universo à


velocidade de 300.000 km por segundo. Deduz-se daí
que se viermos a escutar um som produzido por um ser
extraterrestre, provavelmente este som foi produzido há
alguns milhares de anos atras. Manter um diálogo
então, nem dá para imaginar, seria totalmente
impossível.

Considerando-se as distâncias e a velocidade com que


a luz e os sinais eletromagnéticos viajam é fácil deduzir

54
que se a estrela mais próxima de nós explodir hoje, só
veremos esta explosão daqui a 4.000 anos.

Por outro lado, se você tivesse o privilégio de encontrar


um E.T. e lhe desse seu celular de presente para
manter um futuro diálogo, a primeira ligação seria mais
ou menos assim:

Você liga. O sinal de chamada irá atingir o celular de


seu amigo E.T. daqui há, digamos 10.000 anos. Ele
responde: Alô. Você ouvirá o Alô daqui há mais 10.000
anos e para cada frase trocada passarão 10.000 anos.

Se a luz e sinais eletromagnéticos (ondas de rádio e


TV, por exemplo) podem viajar pelo Universo a 300.000
km por segundo o mesmo não ocorre com a matéria.
Ao deslocarmos qualquer corpo material a esta
velocidade, tal corpo se desintegrará em pura energia.
Portanto, o mundo material, os veículos espaciais e os
seres, bem como qualquer apetrecho material só pode
se locomover pelo Universo a velocidades inferiores à
da luz.

Partindo-se dessa premissa, se fomos ou somos


visitados por seres extraterrestres, das duas uma: ou
eles possuem vida muito longa e viajam durante
milhares de anos para chegar à Terra ou eles nos
visitam viajando por outros meios ainda totalmente
desconhecidos pela ciência. A física já vislumbra
mecanismos que estão denominado de “buracos de
minhoca” pelos quais é possível efetuar viagens no
tempo e no espaço, não só atingindo outros planetas
habitados como também outros planos de existência.
Não sabem ainda como utilizá-los mas diante do

55
vislumbre de sua existência novas expectativas
passam a povoar a mente dos cientistas.

Mais cedo ou mais tarde a ciência descobrirá que este


mecanismo é o pensamento, pois, é a única energia
que pode viajar pelo Universo instantaneamente.
Como já vimos, o Pensamento-Maior está em todo
Universo e em tudo que nele existe. Desta forma,
conectando-se com ele, podemos nos posicionar em
qualquer ponto do Universo instantaneamente, não só
sentindo-nos presente no local como também fazendo-
nos ou não visíveis. Isto justifica a presença de OVNI’s
(Objetos Voadores Não Identificados) bem como a
presença de seres estranhos, que se fazem ver ou não
de acordo com suas conveniências ou necessidades.

Os místicos falam em viagem astral. É sabido que em


momentos de grande aflição pessoas têm se
materializado para amigos e parentes a quilômetros de
distancia com o fito de enviar uma mensagem urgente.
Gurus orientais confessam poder estar onde quiserem,
no momento em que quiserem, através da locomoção
da alma ou do espírito. Estes fenômenos são, apesar
das dúvidas que geram, prenúncios de que muito em
breve, talvez já no terceiro milênio, venhamos a
confirmar sua veracidade e descobrir seus
mecanismos.

Na verdade não importa o quão grande é o Universo,


quantas galáxias, estrelas e planetas contem ou se
existe ou não vida extraterrestre. O importante e
verdadeiro é que somos parte integrante do sistema e
mais dia, menos dia chegaremos a conhecer-lhe
totalmente, com liberdade para estarmos onde
quisermos e na hora que desejarmos. Se olharmos
56
para o avanço da ciência e da tecnologia nestes 6.000
anos de história escrita podemos afirmar com toda
certeza que a humanidade caminha para o
conhecimento pleno que trará, à luz da sabedoria, o
domínio de todas as energias e toda a matéria.

57
A LUZ E SUA NATUREZA

A luz é o mecanismo mais complexo derivado da


Energia Prima. Ela é o elo de ligação entre a matéria e
a energia. É a única energia visível a olho nu, já que as
demais só podem ser sentidas.

Devido a esta natureza peculiar, a luz ora se comporta


como energia ora se comporta como matéria.

Comportando-se como energia, a luz pode se


transformar em calor e em energia elétrica, por
exemplo. Como matéria a luz se rende à força da
gravidade, ou seja ela é atraída, como a matéria, pela
força gravitacional dos astros pela mesma lei da
atração das massas que vimos em tópicos anteriores.

A luz branca é composta pela mistura de três cores


básicas: vermelho, azul e amarelo. As demais cores
que conhecemos são misturas de pelo menos duas
cores básicas ou das três, em proporções diferentes
daquela que forma a luz branca. A possibilidade de
combinações nos permite obter milhões de cores e
tonalidades diferentes.

Tudo que é visível possui em si uma combinação de


cores que lhe é característica. Desta forma, um objeto
branco, possui em si todas as cores básicas em
proporção igual à da luz branca. Um objeto negro não
possui cor alguma. Quando a luz branca encontra um
objeto branco ela é totalmente refletida para nossos
olhos de modo que entra pela nossa retina todas as
três cores básicas misturadas em proporções que nos
dão a sensação da cor branca. Um objeto azul não
contem em si o vermelho e o amarelo motivo pelo qual
58
quando a luz branca o intercepta ele absorve o que não
tem, no caso o vermelho e o amarelo, e reflete o que já
possui, ou seja o azul. Desta forma nossa retina só
capta o que sobrou, ou seja o azul e portanto é assim
que o vemos nesta cor. O objeto negro, por sua vez,
não contem luz alguma. Quando a luz branca incide
sobre o objeto negro é totalmente absorvida não
refletindo nada para nossas retinas. Nada de luz na
retina faz com que percebamos o negro. Tonalidades
diferentes de azul, vermelho ou amarelo ou de
quaisquer outras combinações possíveis faz com que
seja refletida para nossas retinas partes de cada cor
básica que não foram absorvidas o que nos permite
perceber milhões de nuances diferentes de uma
mesma cor.

Se não houver luz alguma, nada é refletido para nossas


retinas e consequentemente não podemos enxergar.
Deduz-se daí que o mundo físico só é visível devido ao
fenômeno da luz. A luz é, portanto, o veículo que leva
para nossas mentes – o pensamento – informações
sobre o mundo material. É o elo de ligação entre a
matéria e o pensamento que é a energia criadora de
tudo. Cabe dizer que pessoas destituídas da visão
percebem o mundo ao seu redor de forma muito
limitada já que não se formam imagens em suas
retinas. É devido à falta da luz que os cegos aprimoram
os demais sentidos e com isto podem perceber o
mundo embora sem a mesma clareza que o é para
pessoas normais.

Neste século de grandes descobertas tecnológicas a


ciência descobriu que a luz não só é capaz de
transmitir sensações de forma, cor ou tamanho mas
pode conduzir dados como som, palavras, números e
59
outros, através de mecanismos de condução, como a
fibra ótica, por exemplo, o que, mais uma vez
demonstra sua alta complexidade.

Como vimos, a luz caminha a 300.000 km por segundo


e carrega, naturalmente em suas ondas, informações
visuais, podendo levar, artificialmente, conforme
explicado acima, outras informações.

Um evento luminoso navega pelo espaço sideral


indefinidamente, sem se perder em quantidade ou
qualidade, até que um forte campo gravitacional o
absorva. Um buraco negro é um desses fortes campos
gravitacionais que atrai inclusive a luz e acaba
eliminando um registro de luz. Não fossem os buracos
negros, o Universo teria acumulado em sua memória
sideral todos os eventos que ocorreram desde o
nascimento do primeiro raio de luz. Entretanto, como os
raios de luz partem em todas as direções nem todos
são fatalmente absorvidos do que se deduz que a luz
remanescente de qualquer evento universal está em
algum lugar guardando, portanto, todos os registros de
eventos ocorridos.

Para esclarecer melhor reportemo-nos à explosão da


bomba de Hiroshima. Quando os Estados Unidos
lançou a bomba sobre a cidade japonesa, há cerca de
50 anos atras, a luz gerada pela explosão e
consequentemente as imagens do fato se espalharam
para todos os lados do Universo. Milhares de raios de
luz partiram em direção ao infinito e continuam
caminhando em algum ponto do Universo. Imagine que
estes raios estejam sendo captados por um
poderosíssimo telescópio de um extraterrestre que
vive a 50 anos luz de nosso planeta. Ele estará vendo
60
pela ocular um evento que já ocorreu, que já é passado
para nós mas que lhe parece uma imagem do
presente. Se pudéssemos sair daqui agora numa super
nave que caminhasse a 3.000.000 de km por segundo
dentro de 5 anos estaríamos junto da imagem da
explosão de Hiroshima e poderíamos vê-la através de
um telescópio. Estaríamos olhando para o passado.

É evidente que não podemos caminhar pelo espaço a


300.000 km por segundo pois como já vimos a matéria
se desintegraria em pura energia. Nem tampouco
poderíamos caminhar a velocidades maiores já que
sabe-se ser este o limite. Entretanto, poderíamos, após
dominar a técnica, nos transportar para qualquer ponto
do Universo, através do pensamento e rever todo e
qualquer evento que nos interessasse.

É provável que você já tenha ouvido dizer que tudo


aquilo que o homem pensa é passível de realizar, caso
contrário ele nem consegue conceber. A ciência e a
tecnologia têm provado que isto é verdade. O que era
pura ficção cientifica anos atras é realidade hoje.
Enciclopédias do fim do século passado diziam ser
impossível um objeto mais pesado que o ar voar e no
entanto hoje o avião é um meio de locomoção vulgar
em nossas vidas.

Ora, se tudo que o homem pensou no passado tornou-


se realidade hoje, porque duvidar que tudo que
pensamos hoje será a realidade do amanhã?

Com certeza absoluta teremos, daqui para frente, um


progresso muito maior do que aquele que assistimos,
notadamente neste século, pois hoje somos auxiliados
por poderosos computadores e equipamentos que não
61
só facilitam os cálculos e a elaboração de novas teorias
como também aceleram a pesquisa, os resultados e a
obtenção de conhecimentos.

62
QUEM SOMOS, AFINAL?

A esta altura você deve estar se perguntando o porque


de tanta explanação teórica. Infelizmente, para
entender quem é e qual seu papel na vida física, se faz
necessário entender um pouco a origem do Universo e
da matéria para, com isso, entender como funciona a
porção mais sutil do ser – a mente, o pensamento e o
poder criativo que existe em nós. Por outro lado, se
você é parte do sistema, interage com ele,
influenciando-o e recebendo suas influências, é mais
do que conveniente conhece-lo bem.

Algumas definições contidas nos dicionários:

CONSCIÊNCIA
s. f. 1. Capacidade que o homem tem de conhecer
valores e mandamentos morais e aplicá-los nas
diferentes situações. 2. Rel. Testemunho do nosso
espírito, aprovando ou reprovando os nossos atos. 3.
Cuidado escrupuloso. 4. Honradez, retidão. 5.
Conhecimento.

PENSAR
v. 1. Intr. Combinar idéias, formar pensamentos. 2. Tr.
ind. Meditar, refletir em. 3. Intr. Ser de tal ou qual
parecer. 4. Tr. dir. Julgar, supor. 5. Intr. Raciocinar. 6.
Tr. ind. Estar preocupado, ter cuidado. S. m. 1.
Pensamento. 2. Opinião. 3. Prudência, tino.

Se a entendermos como conhecimento, conforme


definição acima, podemos afirmar que todo ser vivo, do
mais simples vírus ao ser humano, possui alguma
forma de consciência. Os vírus possuem um único
conhecimento que é o de se multiplicar indefinidamente
63
sem perder suas características principais e até
aprimorando-as, se necessário. A planaria – minúsculo
ser formado de apenas uma célula – não só tem
consciência de sua necessidade de se multiplicar como
também já reconhece certos estímulos, evitando um
choque elétrico, por exemplo. Os cães, por sua vez,
reconhecem seus donos, reconhecem seu próprio
nome, atendem a comandos e expressam emoções. Já
os humanos são os seres com a mais completa
consciência que julgamos conhecer.

O ato de pensar, ao contrário da consciência, não se


faz presente em todos os seres vivos. Minúsculos seres
tais como vírus, bactérias, insetos, entre outros, não
possuem a capacidade de formar idéias, tomar
decisões, raciocinar ou ter pré ocupações. Animais de
maior porte já possuem formas de pensamento que
lhes permite tomar algumas decisões, tais como buscar
abrigo seguro, mudar de rumo, alimentar e cuidar dos
filhotes, construir abrigos entre outras. Entretanto, não
possuem capacidade inventiva, emoções complexas,
espírito investigativo, imaginação profunda e
criatividade, adjetivos tão comuns nos seres humanos.

Na verdade, todos os seres vivos têm consciência. A


diferença é que o ser humano sabe disso.

A consciência humana pode ser traduzida como: ato de


pensar com lógica. Ocorre em nossa mente de forma
muito complexa como pode ser percebido através de
um eletroencefalograma.

Observando os desenhos de um exame


eletroencefalográfico percebemos que nosso cérebro
emite centenas de ondas eletromagnéticas provocadas
64
pelos fluxo elétrico que ocorre em suas células. Estas
perturbações elétricas ocorrem nos mais diversos
pontos da massa encefálica, sendo que algumas são
entendidas como pensamento consciente, outras como
pensamento subconsciente.

Embora a ciência ainda não entenda dessa forma,


nosso cérebro é um transmissor – receptor de
informações, tendo ainda a capacidade de processa-las
com ou sem nosso consentimento consciente.

O bater do coração, o aspirar e expirar dos pulmões, o


processamento de alimentos no sistema digestivo,
entre outros, são exemplos do trabalho inconsciente do
cérebro. Atravessar a rua com cuidado, ler, escrever,
assistir um programa de televisão e outras atividades
são exemplos da atividade consciente de nossos atos.
Estas atividades, além do sonho, da criatividade e
tantas outras com as quais nos ocupamos, ocorre em
nosso cérebro e muitas podem ser medidas,
comparadas e analisadas não só pelo
eletroencefalograma mas também por métodos ainda
mais modernos de que a medicina dispõe hoje.

Entretanto tudo cessa, imediatamente, ao morrermos.

Seria a morte o fim de tudo? Será que tudo aquilo que


aprendemos durante a vida se perde eternamente? Se
tudo realmente se perde quando morremos, de que
servem tantos conceitos sociais, éticos e
comportamentais que acumulamos durante a vida? Se
de nada serve a prática do bem, não seria melhor viver
egoisticamente?

65
Essas e outras milhares de perguntas o ser humano se
faz desde que se percebeu como o mais evoluído do
planeta, desde que soube possuir uma forma de
consciência que o diferenciava de outros espécimes.

Partindo-se de tudo o que foi exposto até agora,


podemos afirmar, com toda certeza, que nós também
somos produto da Energia Prima criados pela ação do
Pensamento-Maior.

Para ter uma idéia melhor imagine que você encheu


uma garrafa de um litro com água do mar, fechou-a
com uma rolha e jogou no meio do oceano. Ela afunda.
A água contida no litro é exatamente igual ao restante
do oceano só que está acondicionada dentro da
garrafa. Se a garrafa é bem transparente é bem
provável que você não consiga vê-la no meio da massa
de água que a rodeia. Logo, não será errado afirmar
que a garrafa está no oceano e o oceano está na
garrafa.

Faça, agora, a seguinte comparação. Nosso corpo


físico é a garrafa, só que, ao invés de estar cheio de
água do mar, está cheio de Energia Prima e
Pensamento-Maior. Analogamente podemos afirmar
que nos estamos no Universo e o Universo está em
nós.

Algumas religiões e seitas dizem que Deus está em


nós e nós estamos em Deus. Eu, particularmente,
prefiro dizer que nós somos o próprio Deus
encapsulados num frasco que também é Deus, vivendo
num Universo de corpos celestiais – galáxias, estrelas
e planetas – que também é Deus, tudo permeado pela
energia cósmica, que também é Deus.
66
A verdadeira e única simbologia do “somos um” é esta.
Só existe um único ser: o Universo como um todo, a
Energia-Mãe, Energia Prima + Pensamento-Maior,
Deus, se preferir.

Vamos aprofundar um pouquinho a explicação:

Uma vez criado o ambiente físico, algo ou alguém


deveria experimentá-lo. Quem?

O próprio Criador, é claro. Entretanto o ambiente


criado, embora gigantescamente grande, é ainda
pequeno para conter o infinito de seu Criador. Este
então desmembrou-se em pequenas cápsulas
contendo cada uma um pouco de sua própria
consciência e essência. Estas cápsulas contendo um
pouco do Criador são delimitadas por uma capa feita
de coágulos de energia que como vimos é Energia
Prima condensada num estágio muito anterior ao da
matéria e portanto invisível aos nossos olhos. Esta
capa é chamada pelos Kardexistas de “perespírito” e a
energia que dele emana chama-se “aura”. A fotografia
Kirlian, ainda combatida pela ciência moderna, que
registra o contorno energético de nossos corpos físicos
vivos, fotografa, nada mais nada menos que, esta capa
ou perespírito.

Estas cápsulas de consciência, são, em essência, o


próprio Criador ou a Energia Prima, mas tal como a
garrafa contendo água do mar, iguais em qualidade
porém diferentes em quantidade. Guardamos as
mesmas qualidades do Criador ou da Energia Prima
porém com conhecimentos e poder criativo
proporcional. Isto ocorre porque devido seu tamanho a
67
cápsula não pode conter o Pensamento-Maior, o
reservatório de toda sabedoria. Em contra partida foi
lhe dado um mecanismo muito parecido, que
chamamos de Pensamento-Menor, com o qual
podemos acessar o Pensamento-Maior. Com este
mecanismo simples podemos buscar no reservatório de
sabedoria ou Pensamento-Maior tudo aquilo que
necessitamos para a experimentação física.

Cada cápsula de consciência, também chamada de


alma ou espírito, comporta-se como se fosse um
indivíduo isolado dos demais já que está delimitada
pela capa ou perespírito. Deste modo, cada elemento
pode fazer suas experimentações materiais
individualmente, compará-las com a fonte de sabedoria
e tirar suas próprias conclusões. Para tanto se utiliza
de um corpo material e pode acessar fisicamente a
matéria que o rodeia.

Conclusão: Somos cápsulas de Energia Prima ou do


Criador ou de Deus, dotados de um mecanismo mental
que nos permite acessar o grande reservatório de
sabedoria ao mesmo tempo em que nos permite
conhecer uma sensação de individualidade.
Guardamos ainda as mesmas características
qualitativas da energia original ou Criador.

Esta conclusão simplória, à princípio, nos deixa céticos,


entretanto a natureza é simples. Nós é que a
complicamos demais. O ser humano tende a pensar
que tudo é extremamente complexo e sempre que cria
algo novo ou tenta entender uma lei ou princípio parte
sempre para o mais difícil, para o mais complicado.
Veja, por exemplo o transistor. Um simples mecanismo
composto por dois cristais encontrados na natureza
68
que tem por finalidade manipular sinais elétricos,
substituiu as antigas e complicadas válvulas que muitos
de nós pudemos ver nos rádios de nossos pais e avós.
Tais válvulas, extremamente frágeis, consumiam uma
quantidade enorme de energia elétrica, esquentavam
os equipamentos e não permitiam a sua miniaturização,
sem levar em conta que a qualidade final deixava muito
a desejar. Não fossem os transistores e os circuitos
integrados não teríamos hoje micro computadores,
sofisticadíssimos aparelhos de som e televisão,
câmeras de vídeo e centenas de aparelhos médico-
hospitalares e científicos que tanto contribuem para a
qualidade de vida.

Apesar de sermos um mecanismo extremamente


simples estamos dotados de um incalculável poder de
comunicação que nos permite criar e ao mesmo tempo
estabelecer correlações entre certo e errado, bom e
mal, amor e ódio e outras dicotomias que pudermos
imaginar.

O poder de criação dado ao ser humano é,


evidentemente, proporcional às suas dimensões
(quantidade de Energia Prima da alma). Por este
motivo não foi dado ao ser humano o poder de criar do
nada mas tão somente o poder de manipular a matéria
de acordo com seus desejos e necessidades. É
exatamente isto que temos feito desde que nos
descobrimos como seres racionais.

Se você fizer uma análise mais profunda notará que o


homem, na realidade, não inventa nada. Cria, sim,
maneiras diferentes de utilizar modelos já existentes ou
então se utiliza das leis Universais existentes para
obter seu intento. Apenas para citar alguns exemplos: a
69
máquina fotográfica é uma cópia de nossos olhos, o
microfone é uma cópia de nossos ouvidos, o alto-
falante assemelha-se às nossas cordas vocais, a
transmissão e recepção de ondas assemelha-se às
transmissões cósmicas e às transmissões de nosso
cérebro, os aviões assemelham-se às aves, veículos
de locomoção em solo lunar ou marciano são
projetados com base na locomoção das aranhas e uma
infinidade de outros artefatos que possuem seus
respectivos paralelos na natureza e no Universo. Por
outro lado, leis físicas e químicas criadas originalmente
com o Universo físico são manipuladas pelo homem no
sentido de obter seu intento. O homem não inventou e
nem criou nenhuma lei da física ou da química. Ele
apenas as descobriu.

Tais manipulações da matéria e da energia, bem como


de suas regras e leis não diminui o ser humano. Muito
pelo contrário. Só vem demonstrar sua enorme
capacidade criativa e sua incrível adaptabilidade ao
meio em que vive, bem como comprovar que o Criador,
Deus ou o Pensamento-Maior forneceu ao homem a
maior ferramenta que um animal biológico poderia
desejar, o pensamento. Sim porque o primeiro passo
que todo chamado “inventor” ou descobridor precisa
dar, para atingir seu intento ou produzir sua obra, é
pensar. Muitas vezes, entretanto, só pensar não basta.
É preciso intuir, que nada mais é do que buscar no
reservatório Universal de sabedoria as respostas de
que necessita.

Nos tópicos que se seguem teremos oportunidade de


explicar como se utilizar da ferramenta “pensar” e
“intuir” de tal modo que possa contribuir para uma
melhor qualidade de vida. O processo, extremamente
70
simples, é dificilmente praticado pela grande maioria
devido à forma errônea como pensamos e devido aos
piores inimigos da humanidade: o medo, a incerteza, a
ansiedade, a expectativa, etc.

71
VIRTUALIDADE E REALIDADE

Real é, por definição, tudo aquilo que existe de fato,


que é verdadeiro. Virtual é algo que existe como
potência ou faculdade porém não exerce efeito atual,
ou seja é uma ilusão.

O termo “realidade virtual” tem sido muito utilizado


depois do advento dos micro computadores. Jogos de
efeitos incríveis, muitos dos quais só possíveis na
ficção, nos transmitem sensações quase reais de
velocidade, espaço infinito, vácuo, vôo, guerras
espaciais, seres monstruosos e outras aventuras. Tais
efeitos podem ser vistos na tela do micro computador,
num super telão ou através de óculos especiais que
transmitem sensações de terceira dimensão e tornam a
aventura virtual ainda mais próxima da realidade,
oferecendo a sensação de estarmos realmente no
cenário criado.

Por certo deveríamos utilizar o termo “virtualidade” para


a “realidade virtual” criada pelos programadores de
jogos, uma vez que os eventos não são, de fato, reais.

Se atentarmos detidamente para o Universo em que


vivemos poderemos compará-lo a esta “virtualidade”
dos computadores modernos. Tudo aquilo que
julgamos ser “real” no mundo físico não passa de
energia condensada. A solidez dos materiais é,
também, ilusória, pois como vimos no átomo de
hidrogênio, o próton, responsável por 99,99% de seu
peso, compara-se em tamanho à uma azeitona no
meio de um quarteirão. Na verdade o átomo de
hidrogênio e todos os demais, bem como as moléculas
formadas pela junção de dois ou mais átomos, são na
72
verdade 99,99% ou mais de espaço vazio. Um
ventilador de duas pás é um bom exemplo de como um
átomo se apresenta diante de nossos olhos. A hélice,
quando parada ocupa um determinado espaço.
Girando em alta rotação se nos apresenta como um
disco. No átomo, o elétron faz um papel semelhante.
Saltitando numa capa esférica ao redor o próton, à
velocidade da luz, ocupa todos os espaços quase que
instantaneamente dando-nos a impressão de ser uma
esfera sólida e de fato o átomo ocupa todo o espaço
visual que cria.

Se extraíssemos todos os espaços vazios, inclusive os


interatômicos existentes num dos maiores edifícios de
Nova York, o Empire State, obteríamos um volume real
do tamanho de uma agulha de costura. Este seria o
real volume ocupado pelo edifício todo se todos os
prótons e elétrons se colassem uns aos outros. Sob o
mesmo raciocínio nosso planeta seria pouco maior do
que uma bola de boliche.

Sob esta ótica não estaríamos vivendo, tal como nos


vídeo games, uma tremenda ilusão?

Podemos concluir que o que é realidade para nós,


enquanto vivos, é uma virtualidade para a alma
enquanto no seu habitat natural – no seio da infinita da
Energia Prima. Quando entra no jogo, ou seja, quando
passa a ocupar um corpo físico, a alma fica tão imbuída
da realidade que se esquece totalmente da
virtualidade.

A diferença entre o jogo no computador e o jogo da


vida é que no computador paramos para um café, para
tomar banho, para dormir e para outras atividades,
73
desligando-nos totalmente do brinquedo. Na vida,
entramos para o ambiente da experiência e nele
vivemos, comemos, dormimos e acordamos, sem
nenhuma pausa para descanso, fato este que nos faz
crer que é real.

Se colocássemos um bebê recém nascido, durante


anos a fio, num ambiente ilusório, controlado por
computadores, provavelmente, quando adulto, não
conseguiria viver nossa realidade uma vez que estaria
condicionado à virtualidade que conhecera durante
toda sua vida.

Este ambiente ou cenário em que vivemos é, na


realidade, um projeto virtual de seu Criador e como tal
deve ter um significado ou utilidade.

Nota-se também que o homem também não criou a


realidade virtual existente nos jogos de computador.
Copiou-a também do modelo Universal existente há
bilhões e bilhões de anos.

74
A EXPERIMENTAÇÃO E A COMPROVAÇÃO DA
VERDADE

Tal como Júlio Verne e Monteiro Lobato escreveram


histórias de ficção que se tornaram realidade, o homem
atual cria virtualidade em seus programas de
computador que fatalmente, um dia, poderão se tornar
realidade.

Como já dissemos, tudo o que o homem pensa é


passível de se realizar, caso contrário ele nem
conseguiria conceber em sua mente.

O ser humano está sempre em busca de novas


experiências. Quando pensamos que o homem já
inventou tudo aquilo de que necessita para uma boa
qualidade de vida, novos inventos e descobertas
surgem e com elas mais questões em busca de
respostas.

Este espírito inquiridor do ser humano é uma dádiva do


Universo. A fonte de sabedoria e seu grande
reservatório cósmico é inesgotável motivo pelo qual
sempre temos e sempre teremos algo mais a descobrir.
Tal comportamento também não é invenção humana, é
na verdade uma lei do Universo, um legado de seu
Criador para a humanidade.

A esta altura fica cada vez mais difícil duvidar da


existência de um Engenheiro criador de todo o
Universo e de suas leis, dada sua perfeição, precisão e
infalibilidade. Torna-se difícil, também, acreditar que
tudo aconteceu por acaso, sem a interferência de um
idealizador. Cientistas famosos já aceitam a existência
de “Deus”.
75
Se há mesmo um Criador de tudo, qual foi seu
propósito ao criar a matéria e a consciência humana?

Deste ponto em diante vamos aceitar a existência de


um Criador, Engenheiro do Universo, Pensamento-
Maior ou Deus e vamos tentar explicar seu propósito.

Como vimos em tópicos anteriores a Energia Prima é


composta de duas bandas ou fases energéticas
opostas, sendo uma positiva e outra invertida. Tais
fases convivendo juntas, embora existam, se anulam
mutuamente e com isto não apresentam efeito algum.
Vimos também o exemplo do som que existe mas se
anula quando som iguais, de fases diferentes, se
chocam ou se misturam. Tanto a Energia Prima como o
som quando separados apresentam efeitos. A Energia
Prima se coagulou e fez nascer a matéria. O som pode
ser ouvido igualmente nas duas caixas acústicas se
cada uma estiver em um ambiente separado. Desta
forma, toda e qualquer energia se anula e permanece
num aparente repouso quando em contato com sua
fase invertida.

Embora a ciência ainda não reuna conhecimentos


suficientes para comprovar, podemos afirmar que amor
e ódio ou a fé e o medo por exemplo, são frequências
existentes na Energia Prima. O amor e a fé são
frequência positiva e o ódio e o medo os seus
inversos. Quando juntos têm seus efeitos anulados
embora presentes. O mesmo ocorre com todas as
dualidades que você puder conceber tais como
egoísmo e altruísmo, honestidade e desonestidade,
bondade e maldade, compaixão e desprezo, lealdade e

76
deslealdade, certo e errado, verdadeiro e falso, bonito e
feio e demais sentimentos.

Deus, na sua vasta sabedoria, sabia da existência


destas dualidades, mas não podia experimentá-las.
Conhecia-as exclusivamente em teoria já que, em
repouso, não podiam ser sentidos seus efeitos. Para
experimenta-las precisaria criar um ambiente adequado
onde a relatividade se fizesse presente. Ao separar a
Energia Prima em duas fases, Deus não só conseguiu
criar a matéria, tempo, espaço e seus relacionamentos
como também a dualidade dos sentimentos que,
apesar de acharmos que sejam exclusivamente
humanos, são sentimentos Divinos. Aliás, diga-se de
passagem, tudo é divino.

Só é possível valorizar o bem se conhecermos o mal,


só é possível saber o que é amor se conhecermos o
ódio e assim ocorre com quaisquer outros sentimentos
ou comportamentos. Por outro lado só a
experimentação prática permite a qualquer ser optar
por um entre dois conceitos opostos. Deus sabia que
entre dois conceitos opostos somente um seria positivo
mas não tinha experiência prática, apenas teórica. Tal
como a história do relógio contada acima, precisava
destruir para poder construir.

Criado o ambiente propício aos experimentos surgiu


outro problema. Deus, na sua imensidão, não poderia
penetrar totalmente no ambiente e vivenciar cada
experiência. O espaço físico criado era menor do que
seu corpo espiritual. Decidiu então criar pequenas
cápsulas contendo um pouco de si mesmo, sua
essência, e faze-las fluir através do ambiente. Devido
nossa limitação, com certeza, não poderemos, em
77
tempo algum, dimensionar o espaço ocupado pelo
Universo físico. Cada novo telescópio que surgir
surpreenderá os astrônomos ao mostrar cada vez mais
galáxias no sistema. Isto já ocorreu, ocorre e
continuará ocorrendo porque o Universo físico ocupa
todo o Corpo Espiritual de Deus e portanto é também
infinito.

Com isto podemos ampliar a definição de nós mesmos


da seguinte forma:

Somos cápsulas repletas da essência de Deus


vivenciando e experimentando, na prática, os conceitos
teóricos de amor e ódio, certo e errado, bem e mal,
entre outros. E até que não tenhamos experimentado
todas as dualidades estaremos entrando e saindo no
ambiente de experimentos, este fantástico laboratório
de provas, que chamamos de Universo Físico.

Cada cápsula é livre para decidir quando, onde e quais


experimentos deseja ou precisa vivenciar. Uma vez
completado o ciclo de conhecimentos estará liberada
para retornar ao corpo principal que é o corpo do
Criador.

78
PRESENTE, PASSADO E FUTURO – ONDE
ESTAMOS?

Conforme já comentamos, tempo e espaço são


conceitos relativos, ou seja só existe espaço se
houverem pelos menos dois pontos separados entre si
e só existe tempo se houverem dois eventos distintos
ocorridos em instantes diferentes.

Para exemplificar, suponhamos que o espaço ocupado


pelo Universo Físico esteja limitado em um circulo de
1.000.000.000 de km de diâmetro. Para sabermos qual
porcentagem este circulo ocupa do espaço todo,
deveremos dividir 1.000.000.000 de km pelo infinito, já
que pressupomos que o Universo como um todo é
imensurável.

Matematicamente:

Se dividirmos 1 por 1.000 teremos

1 = 0,001
1.000

Se dividirmos 1 por 1.000.000.000

1 = 0,000000001
1.000.000.000

Logo, se dividirmos 1 por Infinito teremos:

1 = 0,00000.......... ........1
Infinito infinitos zeros antes do n.º
1

79
Trata-se de um número infinitamente pequeno, com
infinitos zeros depois da virgula que ao final tem o n.º 1.
Por se tratar de infinitos zeros antes do 1, sempre
caberá mais zeros, logo o n.º 1 só será colocado no
limite, ou seja, tende a zero.

Qualquer que seja o número divido por infinito o


resultado será sempre o mesmo, ou seja tende a zero.
1.000.000.000 de km de diâmetro dividido por infinito
tende a zero. Multiplicando-se o resultado desta conta
por 100 para obtermos o resultado em percentual
teremos que zero X 100 = Zero. Logo o espaço
ocupado pela parte material do Universo é de 0% do
total.

Isto é o mesmo que dizer que o Universo Físico é algo


infinitamente pequeno diante da grandiosidade de seu
Criador.

Analogamente o mesmo ocorre com o tempo. Se


contarmos o tempo de existência da matéria e
dividirmos pelo tempo total do Universo, que também
supõe-se infinito, teremos seu resultado tendendo a
zero. Da mesma forma que para o espaço podemos
afirmar que o tempo decorrido entre o inicio da
materialização e os dias de hoje é infinitamente
pequeno diante da grandiosidade de Deus.

A sensação de tempo e espaço é infinitamente


pequena ou zero para Deus porque Sua Mente se
utiliza do Pensamento-Maior cuja velocidade é infinita.
Deus se posiciona mentalmente no Universo
instantaneamente, podendo estar atento para onde
quiser no instante que quiser, daí sua onipresença e
oniconciência. Nós, que somos pequenas cápsulas
80
com Sua essência temos em nossas mentes uma
forma de pensamento mais lenta, mais condizente com
a natureza vagarosa da matéria e das energias, motivo
pelo qual assistimos o tempo passar lentamente e
temos uma sensação espacial gigantesca.

Apesar de constituídos da mesma energia e da mesma


essência, este encapsulamento ao qual fomos
submetidos, nos colocou dentro do conceito de
relatividade. Melhor dizendo: olhamos para as cápsulas
– almas ou pessoas que nos rodeiam – como sendo
algo externo e distante de nós, esquecendo-nos que
somos como bilhões de garrafas do mesmo oceano.
Por outro lado, como nossas mentes se utilizam do
Pensamento-Menor, não podemos estar onipresentes e
oniscientes o tempo todo, somente quando nos
conectamos com o Pensamento-Maior.

Desde pequenos somos condicionados a nos


percebermos como seres isolados, valorizando
excessivamente nossos Egos de tal modo que
esquecemos completamente nossas origens e o real
propósito do experimento.

Conforme demonstramos acima, sob a ótica do


Criador, tempo e espaço não existem.
Consequentemente não existe presente, passado ou
futuro, nem tampouco aqui, ali ou acolá (inicio, meio e
fim). Tudo ocorre num mesmo instante, num tempo tão
pequeno que se torna impossível, separar presente,
passado e futuro e num espaço tão restrito que
também dificulta dar-lhes coordenadas ou posições
espaciais. Algumas seitas denominam as diversas
fases daquilo que chamamos de vida e de vida após a

81
morte de planos paralelos, não temporais, onde tudo
está ocorrendo ao mesmo tempo.

Devido à máscara de individualidade que utilizamos,


raramente permitimos que nosso Pensamento-Menor
se conecte ao Pensamento-Maior. Nas raras vezes que
isto ocorre conscientemente temos sensações
estranhas tais como achar que já passamos por esta
ou aquela situação, achar que já estivemos num
determinado lugar ou que já fizemos determinada
tarefa. Outras pessoas têm visões de fatos que vão
ocorrer no futuro ou têm, de fato, o dom da
premonição.

O sono profundo é um mecanismo de fuga que nos


permite sair da realidade (ou seria virtualidade?) em
que vivemos de modo que possamos manter, mesmo
que precariamente, um elo de ligação com nossa
verdadeira natureza e com os propósitos de nossas
vidas.

Conclusão: presente, passado, futuro e localização são


conceitos tão relativos quanto os são tempo e espaço.
Só existem enquanto nos mantemos na baixa
velocidade em que vivemos (velocidade da luz). Na
velocidade do Pensamento-Maior ou onipresença
Divina não passam de meros eventos infinitamente
pequenos.

82
A NATUREZA CÍCLICA DA ENERGIA E DA
MATÉRIA

Se neste mundo nada se cria, nada se perde, tudo se


transforma, inclusive a energia, é fácil perceber que,
apesar de infinito, o Universo é um sistema fechado.

Em química, diz-se que um sistema é fechado quando


nele nada entra ou sai. Todos os processos que nele
ocorrem são de pura transformação. Nada é
acrescentado e nada é extraído. Quando misturamos
dois líquidos que reagem entre si, como por exemplo,
ácido muriático e soda cáustica a produção de calor é
muito intensa e o resultado da reação será sal (de
cozinha) e água. O calor gerado pela reação pode ser
traduzido como sendo uma minúscula quantidade de
matéria que se transformou em energia. Logo, se
somarmos os pesos do sal e da água resultantes da
reação, tal peso deverá ser ligeiramente menor que a
soma dos pesos do ácido e da soda colocados no
recipiente. Porém se adicionarmos o peso teórico da
quantidade de calor gerada, os resultados serão iguais.
Conclusão: nada se perdeu, tudo se transformou.

No Universo como um todo, em toda sua infinita


vastidão, ocorre exatamente a mesma coisa. Nada se
perde, nada se cria, tudo se transforma. Deus, na sua
infinita sabedoria, transformou a Energia Prima em
matéria e em outras energias, derivou um Pensamento-
Menor do Pensamento-Maior e criou cápsulas
individuais contendo sua essência. Na soma tudo o que
foi criado é, quantitativamente, igual a soma da Energia
Prima + Pensamento-Maior. Um dia, quando o
processo terminar, todas as energias voltarão a ser
Energia Prima e todo Pensamento-Menor voltará para
83
o Pensamento-Maior. Quando isto ocorrer, o Universo
terá voltado ao seu estado de repouso absoluto original
porém o Pensamento-Maior estará repleto das
experimentações sentidas pelos diversos módulos de
Pensamento-Menor. Na prática, voltamos a ser um
com Deus e Ele por sua vez terá confirmado tudo o que
já sabia na teoria.

Enquanto isto não ocorre, o sistema se transforma, o


tempo todo, matéria em energia, energia em matéria,
uma forma de energia em outra, um átomo em outro,
uma molécula em outra, um sistema biológico em
minério, minérios em plantas, plantas em animais, etc.
É comum arqueólogos encontrarem fósseis milenares
de animais e plantas, petrificados, calcificados ou,
melhor dizendo, transformado em minerais. Os
astrônomos assistem com certa frequência o
nascimento e a morte de estrelas, planetas e
asteróides, que nada mais são do que fenômenos da
constante transformação da matéria. Nosso Sol envia
raios de luz para a Terra e outros planetas do Sistema
Solar, luz esta que se transforma em calor e que a
tecnologia moderna nos permite transformar em
eletricidade e outras fontes de energia.

O Pensamento não foge à regra. Recebe as energias


sutis oriundas da energia do amor, do ódio, da
compaixão, do medo, da lealdade, da honestidade, da
maldade, da bondade e de outras tantas que
conhecemos e as transforma em consciência. O
resultado de cada experimento humano ou de cada
alma vivente pode ser traduzido como obtenção de
consciência, conhecimento do bem e do mal, do certo e
do errado. Mais uma vez, nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma. Por outro lado, quando você pensa,
84
seu pensamento sai de seu cérebro em forma de ondas
e viaja pelo espaço. Este pensamento deve
transformar-se em algo ou sintonizar algo. Esta
transformação ou sintonia do pensamento acaba se
tornando sua realidade. Volta para o sujeito depois de
devidamente transformado.

Todos os organismos biológicos, do mais simples vírus,


passando pelas bactérias, plantas e animais irracionais,
até o ser humano são dotados de consciência. Todos
possuem cápsulas da essência Divina agregadas aos
seus corpos materiais e todos estão experimentando,
na matéria, os efeitos opostos (polaridades positiva e
invertida) que todas as emoções apresentam e que a
ilusão material lhes proporciona. Os resultados destes
experimentos, deste grande jogo virtual, ficam listados
em suas consciências e um dia voltarão para a grande
Consciência Universal na forma de conhecimentos
práticos e não teóricos como antes do evento.

Tal como é encima é embaixo. Tal como o corpo vem


da terra e para ela volta, a alma ou cápsula também
entra e sai do ambiente de experimentos várias vezes,
tantas quantas forem suficientes e necessárias para
levar a cabo seus propósitos espirituais de comparar.
Como seu objetivo é comparar todas as dualidades
existentes no Universo e sendo a vida curta demais
para tal, a alma nasce e renasce centenas, talvez
milhares de vezes até que o processo de
reconhecimento e conclusões ocorram.

85
O PENSAMENTO COMO FERRAMENTA DE
CRIAÇÃO

O pensamento é a ferramenta mais importante que


Deus deu ao homem. O restante do corpo é apenas
acessório. O corpo biológico, os elementos químicos e
as matérias que deles derivam, as energias, o
ambiente, os cenários, os eventos (jogos) e demais
acessórios servem-nos apenas como meios para
atingirmos a plena consciência. São, na verdade,
elementos suficientes e necessários para nos
proporcionar a experimentação das emoções e
confirmar seus efeitos.

Assim como Deus desejou, pensou e por último criou,


também o homem inicia seus experimentos a partir do
desejo, do pensamento e por último da ação.

Do invento da roda ao micro computador, houve


inicialmente o desejo, que nascido da necessidade, fez
o homem pensar e posteriormente partir para a
construção do seu intento – a ação. Mesmo os atos
tidos como irracionais ou instintivos nascem de uma
memória genética contida em nossas células. Isto
ocorre porque, embora o pensamento seja uma função
cerebral, ele impregna todas as células do corpo e
nelas deixa um registro genético que é passado de
geração a geração. Este é um sinal de que o
Pensamento-Menor não só está encapsulado na alma
ou no Ego, mas acumula-se em centros de registro
Universais e passa de uma geração à outra com o fito
de proporcionar maiores e melhores condições para os
novatos enfrentarem seus experimentos, ao mesmo
tempo que registra na Consciência Cósmica os
experimentos tidos como individuais. Poderíamos
86
chamar estes registros Universais de Genética do
Pensamento, sendo cada receptáculo um gene.

Dada sua complexidade convém que façamos uma


analogia do pensamento com algo conhecido para
facilitar o entendimento.

Você liga seu aparelho de rádio FM Estéreo. Seu


aparelho de som Estéreo recebe os sinais transmitidos
pela estação de rádio e divide o sinal em duas caixas
acústicas separadas ou em dois alto falantes dispostos
nas laterais de seu equipamento. FM é uma abreviação
de Frequência Modulada. Este tipo de frequência ou
ondas é utilizado, não só pelas estações de FM, como
também pelas emissoras de TV. É composto de uma
onda principal, chamada também de portadora, que é
modulada pela voz do locutor ou pela música de um
CD conforme pode ser visto no próximo desenho.

A portadora é quem na realidade transporta ou carrega


os sons originados pelos CDs ou pela voz do locutor.
Juntamente com a onda principal ou portadora é
transmitido um sinal, chamado de sinal piloto, que
carrega informações de como seu aparelho receberá o
sons transmitidos de forma estereofônica.

As transmissões em som estereofônico consistem em


enviar sinais em dois canais diferentes, esquerdo e
direito. Os CDs são gravados desta forma ou seja em
dois canais e consequentemente sua transmissão via
FM Estéreo é feita em dois canais. É comum, ao ouvir
música pelo rádio, percebermos que o violão, por
exemplo, se faz mais presente na caixa acústica da
direita, o piano na caixa esquerda e a voz do cantor por
ter aproximadamente a mesma intensidade em ambas
87
as caixas parece estar no meio das mesmas. O locutor
da rádio, por sua vez, para transmitir sua voz em
estéreo, precisa se utilizar de dois microfones. Um à
sua direita e outro à sua esquerda. Se ele falar mais
perto do da direita, você receberá um maior volume de
voz no sua caixa acústica direita e vice-versa.

Como em geral ele fala à uma distância equidistante


dos dois microfones a sensação é de que a voz
recebida está num ponto intermediário entre as duas
caixas. O sinal piloto é o responsável pela direção que
cada um dos sinais, esquerdo e direito, tomará em seu
equipamento de som, ou seja ele é decodificado em
seu aparelho e distribui cada um dos sons em cada
canal da mesma forma que foi transmitido pela
emissora.

Suponha agora que o locutor precise transmitir um


programa de rádio de madrugada e por motivos
quaisquer não possa estar presente no estúdio naquele
horário. Ele então grava, num gravador de fita, toda a
programação musical, textos e comerciais e no horário
previsto o técnico coloca a fita gravada no ar.

Programas de FM e TV são, em geral, transmitidos


localmente, atingindo uma região delimitada pela
potência do transmissor. Entretanto, através dos
modernos satélites de comunicação os programas
podem cobrir um Estado, um País e até mesmo o
mundo todo.

Nosso cérebro é um equipamento biológico que tem


por propriedade transmitir e receber os sinais que
chamamos de pensamento. Os pensamentos podem
transitar dentro de nossos corpos, tal como ocorre com
88
os controles automáticos de pulsação, respiração,
digestão, etc. ou com as sensações de frio, calor, dor,
cheiro, sabor, imagens, cor, etc. Embora algumas das
sensações sejam provocadas por condições externas
ao corpo, seus estímulos transitam pelo sistema
nervoso e se processam no cérebro. Na verdade, o
cérebro não sente nada, apenas processa as
informações recebidas. Os pensamentos podem
também ser externados e os mecanismos mais comuns
para tal são os gestos, as expressões faciais e o ato de
falar. Dificilmente nos utilizamos do cérebro para
transmitir, de forma consciente, pensamentos à
distância, entretanto, aquilo que chamamos de
“coincidência” é, na maioria das vezes, uma
transmissão involuntária do pensamento. Por exemplo,
você pensa num amigo e minutos depois ele lhe
telefona dizendo que lembrou-se de você ou então,
desiste de uma viagem e descobre, mais tarde, que o
avião sofreu uma pane gravíssima.

Como comentado anteriormente, nos utilizamos do


Pensamento-Menor e com ele processamos todo nosso
cotidiano. Vamos, voltamos, trabalhamos, comemos,
dormimos, assistimos televisão, conversamos,
atravessamos ruas e nos envolvemos em centenas de
atividades diariamente sem nos darmos conta disso. O
Pensamento-Menor, diretor de nosso cotidiano e de
nossas funções básicas, chamado normalmente de
consciente e inconsciente é o responsável por
praticamente todas estas atividades. Dificilmente nos
reportamos conscientemente ao Pensamento-Maior,
fonte de inspirações, de respostas, de sabedoria, de
criatividade e de realização. Andamos tão ocupados
com nosso cotidiano, e por julgar que somos aptos a
resolver tudo só com o Pensamento-Menor,
89
esquecemos quem realmente somos e acabamos
mergulhados num mar de preocupações, receios,
ansiedade e infelicidade.

Plantas e animais possuem vida (leia o livro: A Vida


Secreta das Plantas) e portanto também são dotados
de cápsulas contendo a essência Divina. O nível de
experimento que estão praticando não exige que
tenham em suas cápsulas uma quantidade muito
grande de Pensamento-Menor, apenas o suficiente
para contatar o Pensamento-Maior e transmitir seus
experimentos e sensações. Por este motivo as plantas
e a grande maioria dos animais não sofrem, quase não
adoecem, não se preocupam com conceitos de
presente, passado e futuro, temem apenas por sua
vidas (preservação da espécie) e não por suas
consequências, não acumulam riquezas, entre outras
coisas, comuns aos humanos. Alguns animais, cujas
necessidades de experimentação estão num estágio
superior, já experimentam alguns dissabores e sentem-
se obrigados a optar por uma entre duas decisões,
acumular alimentos, entre outras.

Nossa mente é um complexo formado pelo consciente,


inconsciente, subconsciente e alguns autores falam
também em super consciente.

O homem inventou o computador “copiando” o cérebro


humano e suas funções. Por analogia podemos dizer
que os olhos são o “scanner” (aparelho que capta
imagens para dentro do computador), o tato poderia ser
a “tela do micro” quando esta é sensível ao toque ou
periféricos sensíveis ao calor, por exemplo e os
ouvidos, o “microfone”. Já o olfato e o paladar ainda
não foram incorporados ao computador dada sua
90
extrema complexidade, embora já existam grandes
avanços nesta área. O consciente poderia ser
comparado ao “teclado ou mouse” , o inconsciente ao
“hardware” (fonte de energia, placas, o equipamento
em si, propriamente dito), o subconsciente ao
“processador” e aos “programas” e o super consciente
ao “sistema operacional”.

Quando pensamos em uma questão complexa e


ficamos horas, dias ou semanas buscando uma
solução estamos fazendo uso do teclado sem dar o
“Enter”. Com isto não transferimos a questão para o
processador ou para o programa (subconsciente). A
questão não sendo processada não nos proporciona
resposta. Ao esquecermos o assunto, agimos como se
tivéssemos dado um “enter” para a questão. Desta
forma o subconsciente assume o trabalho de
processamento, juntando todos os conceitos fornecidos
ou armazenados na memória e, de repente, a resposta
aparece. Às vezes o subconsciente (processador e
programas) se vê obrigado a buscar outros recursos no
super consciente (sistema operacional). Quando o
inconsciente deixa de controlar o corpo e suas funções
vitais age como se o “hardware” tivesse quebrado.
Neste ponto adoecemos ou morremos.

Einstein dizia:

Penso 99 vezes e nada acontece. Porém quando


deixo de pensar a resposta me aparece.

Desta forma alimentava seu processador


(subconsciente) com toda sorte de informações e
depois aposentava o assunto – dava um “enter”. Uma
vez processadas todas as coordenadas a resposta
91
aparecia em sua mente automaticamente. Muitas das
teorias de Einstein brotaram-lhe intuitivamente como se
suas dúvidas e questionamentos fossem buscar
respostas no grande reservatório Universal de
sabedoria.

Voltando à estação de FM vamos tentar mostrar como


este intrincado sistema, chamado pensamento,
funciona.

Ao contrário da estação de FM (que só transmite)


nosso cérebro tanto transmite como recebe
informações. Como vimos a estação de FM transmite
uma onda chamada de portadora que transporta nela
sons modulados. Analogamente o Pensamento-Maior é
a onda portadora ou principal e é nela que, através do
Pensamento-Menor, modulamos nossas transmissões
e recepções. Da mesma forma que nas transmissões
de FM, o Pensamento-Maior carrega junto de si um
sinal piloto que funciona como filtro das informações
transportadas. As transmissões de rádio transportam
dois canais (estéreo) e o sinal piloto os direciona para
as caixas acústicas direita e esquerda. O Pensamento-
Maior opera com centenas, milhares de canais e a
função do sinal piloto é a de decodificar as
transmissões (filtrá-las) e depositá-las nos respectivos
receptáculos que são similares às caixas acústicas.
Nem tudo aquilo que pensamos, entretanto, é levado
pelo Pensamento-Maior para os devidos receptáculos.
Agimos como aquele locutor que não pode estar no
estúdio na hora do programa e para tanto deixa-o
gravado em fita para ser transmitido posteriormente.
Usando o Pensamento-Menor gravamos centenas de
fitas por dia, cada uma com um programa diferente
como por exemplo um medo, um desejo, um pedido,
92
um agradecimento, uma dúvida, uma alegria ou uma
insatisfação, entre tantos outros. Às vezes transmitimos
uma ou outra destas gravações através do
Pensamento-Maior, mas a grande maioria de nossas
fitas ou programas são abandonadas, ora por não
serem consistentes, ora por não estarem muito bem
definidas, ora porque mudamos de idéia, ora porque
não era bem aquilo que queríamos, ora porque não
estava adequadamente detalhada e, em verdade, na
grande maioria das vezes por desconhecimento total
do sistema.

As centenas ou milhares de receptáculos em cujo


interior o sinal piloto irá depositar cada tipo de sinal
(pensamento) acumulam informações similares de
todos aqueles que se utilizam do Pensamento-Maior
para transmitir seus Pensamentos-Menores. Desta
forma, quando você transmite um sentimento de ódio,
por exemplo, o receptáculo de ódio recebe seu sinal e
soma-o a todas as transmissões de ódio geradas pelos
demais seres dotados de Pensamento-Menor que as
transmitiram. Quando você deseja um carro novo, para
citar outro exemplo, e envia de fato este desejo para o
receptáculo de desejos, este também se soma aos
milhares de desejos transmitidos por outras pessoas.
Deste modo, cada tipo de pensamento que você
transmite é depositado num receptáculo próprio.

Até agora falamos sobre transmissão. Porém, como


dito anteriormente, nosso cérebro funciona também
como receptor. O mesmo canal que acionamos para
cada quesito é utilizado tanto para transmitir como para
receber. Quando ligamos nosso receptor, enviamos um
sinal que irá sintonizar um dos receptáculos e seu
conteúdo estará à nossa disposição.
93
Certamente você já ouviu frases como estas:

O castigo vem a cavalo.


Que Deus lhe dê em dobro tudo que me
desejares.
A graça de Deus é sempre superior
àquela que pedimos.
Eu não mereço um castigo tão grande.

Imagine então uma pessoa cheia de ódio e rancor,


transmitindo seus pensamentos para o respectivo
receptáculo. Num dado momento, por não saber operar
bem o sistema, esta pessoa libera o sinal para
recepção. Todo ódio e rancor ali acumulado cai sobre
sua cabeça. A desgraça toma conta de sua vida e em
geral tal pessoa acaba por aceitar tal fato como castigo.

Será castigo mesmo ou um erro operacional?

Se optarmos pelo “erro operacional” teremos acertado


pois todos nós conhecemos pessoas que cometem
crimes horrendos ou são extremamente negativas ou
são maldosas e nada lhes acontece. Teria Deus Se
esquecido de castigá-las ou será que tais pessoas, por
desconhecimento ou por não se “ligar” nestes assuntos
nunca tenham ligado seus receptores?

Experimentar não é pecado e embora não saibamos, é


nosso principal desígnio. Logo o fato dos seres
alimentarem o receptáculo do ódio ou do amor ou
qualquer outro é indiferente para Deus. Entretanto se
você entrou no ambiente de experimentos, neste
gigantesco laboratório, neste grandioso jogo virtual e
esqueceu-se de quem realmente e é iludido pela
94
matéria ou pelo poder fez transmissões negativas,
corre o risco de acionar a recepção errada e sofrer
suas consequências. Pior do que isto é pagar não só
pelos seus atos mas pela somatória dos atos similares
de todos aqueles que alimentaram o receptáculo. O
castigo vem a cavalo. Por outro lado existem também
consequências agradáveis como para aqueles que
conseguem não só alimentar como também receber
transmissões do receptáculo do amor, da bondade, da
honestidade, da cura, da riqueza material, entre outros.
Quase sempre nestas horas diz-se que a pessoa
alcançou uma graça muito maior do que aquela que
esperava. Um milagre ou uma cura fantástica ou
grande prêmio de loteria são algumas das
consequências agradáveis que costumam ocorrer.

Nos acostumamos a adotar o termo “criar” para


designar as transformações da matéria feitas pelos
seres humanos. Entretanto criar significa tirar do nada,
coisa que o homem não é capaz. Ao homem foi dado o
dom de transformar, modificar, modelar, recompor,
adaptar e inventar novas utilidades para os materiais e
energias existentes no Universo.

Deus criou a matéria. O homem apenas a modela.

É possível para o homem partir do átomo de hidrogênio


e construir outros modelos atômicos, combiná-los em
moléculas, fabricar novos materiais, etc. mas lhe é
impossível condensar Energia Prima e fabricar um
próton ou um elétron enquanto encapsulados em seus
Egos. Fora de suas cápsulas o homem volta a ser um
com Deus e aí sim, tudo pode. O método, no entanto, é
o mesmo. Primeiro precisa desejar, sentir necessidade,
depois pensar, repensar e estudar sua idéia e por
95
último agir, partir para a construção ou aguardar até
que algum dia alguém o faça. O mesmo procedimento
é válido quando quer receber do Cósmico respostas
para questões complexas, como estas, tratadas aqui
neste livro. Pense na questão, formule-a
adequadamente, modifique a estrutura da pergunta até
que esteja de acordo com seus anseios, pense 99
vezes e depois de transmiti-la ao respectivo
receptáculo, aposente o assunto. Não pense mais nele,
não modifique mais nada. Quando menos esperar a
resposta virá. Às vezes na calada da noite, outras
vezes através de uma criança ou pessoa estranha e
por vezes num filme, num programa de TV, etc.
Entretanto, a resposta, na maioria das vezes, vem
diretamente para seu Pensamento-Menor. Logo,
necessário se faz começar a acreditar no sussurro
interior.

No início, a quantidade de receptáculos que o


Pensamento-Maior acumulava para guardar desejos e
sentimentos era pequena. Há milhares de anos atrás,
nossos ancestrais, pouco evoluídos e dotados de
pouquíssimos conhecimentos, possuíam muito poucos
desejos. Até seus sentimentos, sensações e emoções
eram diferentes não só em qualidade como em
quantidade. Para citar apenas um, o dos “direitos
humanos” é um receptáculo bastante recente. Milhares
de receptáculos foram gerados durante a evolução
humana. Cada novo conceito, cada nova idéia, cada
novo desejo, cada novo sentimento nascidos no
Pensamento-Menor da humanidade são filtrados pelo
sinal piloto que acompanha o Pensamento-Maior e
colocado num novo receptáculo criado para armazená-
los.

96
Para entender melhor como funcionam estes depósitos
de idéias, desejos, sentimentos e necessidades, vamos
supor que centenas de pessoas sintam a necessidade
de possuir uma máquina fotográfica portátil que fosse
capaz de fotografar os ossos de pessoas vivas. Tal
equipamento não existe e as pessoas que a desejam
ou dela necessitam não são dotadas de recursos
técnicos ou financeiros para inventá-la ou construí-la. É
característica comum dos inventores, dos chamados
“gênios” ou de alguns cientistas parecerem estar no
“mundo da lua” ou possuírem um ar de malucos. Na
verdade, este ar apalermado de alguns cientistas,
gênios e inventores nada mais é do que um estado
semi letárgico que facilita a recepção de idéias dos
receptáculos.

Einstein tinha essa característica. Diziam até que era


maluco. No entanto foi considerado um dos maiores
cientistas deste século. Dizem as biografias que
Einstein era muito intuitivo mas, pelo exposto, é fácil
perceber que seu aparente desligamento era uma
maneira de sintonizar os receptáculos e o grande
reservatório Universal de sabedoria para que pudesse
captar respostas para suas intrigantes questões.
Einstein passava dias e até semanas trancado num
quarto escuro e só abria a porta para apanhar o
alimento que lhe deixavam no corredor. Por certo, no
escuro, não fazia cálculos matemáticos ou desenhava
fórmulas físicas e químicas, apenas pensava.
Transmitindo e recebendo informações, Einstein
apresentou teorias que revolucionaram a física
moderna, muitas das quais só foram comprovadas
cientificamente após sua morte.

97
Esta dádiva, ao contrário do que muitos pensam, não é
privilégio de uns poucos. Trata-se de uma lei Universal
acessível a todos nós. Resta-nos aprender ou melhor,
relembrar como utilizá-las. Nos próximos tópicos
teremos ocasião de oferecer alguns métodos que irão
contribuir em muito para o bom uso desta lei.

98
CRER OU NÃO CRER – EIS A QUESTÃO

Você, que certamente já levou um choque elétrico, diz


ao seu filho: não ponha o dedo naqueles dois
buraquinhos da tomada porque você vai levar um
choque.

Que subsídios você ofereceu para seu filho acreditar


em suas palavras?

Provavelmente nenhum. Seu filho, talvez, por respeito


a você nunca coloque o dedo na tomada, entretanto
nunca saberá o que é um choque elétrico até senti-lo.
Só, e somente só, a partir de seus próprios
experimentos poderá comprovar a veracidade ou a
falsidade daquilo que, ao seu ver, é teoria.

Se ao invés disso você administrasse no seu filho um


pequeno e inofensivo choque de 60 V e lhe dissesse:
isto é um choque e naqueles dois buraquinhos ou num
fio desencapado ele é muito mais intenso e mortal,
provavelmente teria feito melhor do que proibi-lo. Em
geral a proibição se torna desafio – um encorajamento
ao experimento.

Ver para crer.

Este é um dos paradigmas mais aceitos pela


humanidade e, de fato, um dos menos utilizados.
Aceitamos regras, conselhos e tantas imposições de
nossos pais, antepassados e da sociedade em que
vivemos e no entanto nem sequer as analisamos,
testamos ou fazemos esforços para repensá-las. É
muito mais fácil acatar o conservadorismo – a
experiência dos outros - do que tentar modificar antigas
99
e arcaicas estruturas comportamentais e sociais.
Entretanto, muitos se rebelam diante do sistema e
fazem o possível e o impossível para modificá-lo.

Por certo, diante de nosso principal desígnio que é o de


experimentar, faríamos muito melhor nos rebelando do
que conservando conceitos e comportamentos
antiquados.

As religiões são, com certeza, as maiores


incentivadoras do conservadorismo não só religioso,
como também ético e comportamental. Nos longínquos
tempos bíblicos Moisés proibia que a população
ingerisse certas carnes (a de porco, por exemplo) e
induzia os homens, alegando ser vontade Divina, a não
dormir com a esposa durante o período menstrual e
pelos sete dias subsequentes. Como determinadas
carnes, quando mal cozidas, podem provocar sérias
doenças, é obvio que a boa intenção de Moisés era a
de preservar a saúde do povo. Por outro lado, proibidos
de estarem com as esposas durante um determinado
período, os homens retornavam com muito maior
predisposição ao sexo, justamente no período fértil. A
gravidez, quase certa, contribuía para o rápido
aumento da população. Utilizando-se de argumentos
religiosos, mandamentos Divinos e outros métodos
Moisés fortalecia o povo em termos de saúde ao
mesmo tempo em que aumentava a população, fato
este que facilitaria a tomada da Palestina. Tendo
retirado do Egito uma pequena população escrava,
fraca e mal nutrida Moisés se viu forçado a andar 40
anos em círculos pelo deserto enquanto preparava
quantitativa e qualitativamente seu povo para a grande
batalha.

100
Apesar de Moisés ter agido mais como um grande
estadista e estrategista do que um líder religioso, se
utilizava da fé do povo para atingir seu intento. Sua
técnica foi de grande valia para a época e para os
propósitos mas, com certeza, de nada servem nos dias
de hoje. Entretanto, muitas religiões seguem as leis
Mosaicas até hoje e os fiéis se rendem à costumes e
comportamentos completamente desatualizados sem o
menor questionamento.

Este é um pequeno exemplo das centenas de dogmas


que as diversas religiões impõem e que os devotos
aceitam, às vezes com naturalidade, outras vezes com
sacrifício e resignação, porém sem contestação.

É muito mais fácil acatar experiências alheias, regras,


normas e comportamentos preestabelecidos do que ter
de pensar. Pensar é trabalhoso. Requer esforço,
raciocínio, busca, pesquisa, experimentos, erros e
acertos.

O que é certo e o que é errado? O que é bom e o que é


mal? Os dogmas religiosos e as leis impostas pelos
homens são tão desencontradas que rituais, conceitos
religiosos, hábitos e costumes são completamente
diferentes nas diferentes religiões e nações. Aquilo que
achamos certo no Brasil é inadmissível em outros
países e vice-versa. O que é permitido numa religião e
proibido em outra.

Adjetivos opostos tais como bom e mal, certo e errado,


bonito e feio, e outros são conceitos relativistas criados
quando da separação das energias e com o
consequente aparecimento da matéria. Do um se fez
dois. Daí nasce a comparação e a experimentação.
101
Se você é capaz de construir um relógio absolutamente
perfeito, que não atrasa e nem adianta um milésimo de
segundo sequer e tem plena certeza de sua perfeição,
precisa de instante em instante, de tempos em tempos
conferir se ele realmente está marcando a hora certa?
Evidentemente que não. Então, porque achar que
Deus, o Criador ou o Engenheiro do Universo deveria
fazê-lo?

Se você acredita que o Universo não é obra do acaso,


que foi realmente planejado e criado por Deus e que
Sua obra é perfeita, vai concordar que Ele já sabe tudo
o que vai ocorrer e qual será o resultado final e
portanto não tem com que se preocupar e nem
tampouco de ficar conferindo e corrigindo o rumo dos
acontecimentos.

Entretanto, se você é daqueles que acredita que o


Universo é obra do acaso, que Deus não existe e que a
morte representa o fim de tudo, há de concordar que
sua descrença não muda uma vírgula das leis
Universais. Há de concordar também que pode estar
errado pois constantemente se depara com centenas
de mistérios inexplicáveis tanto pela ciência como pela
religião.

Conclusão: Para Deus não importa nem um pouco se


você acredita ou não. Se acredita e não consegue
praticar corretamente as regras do jogo estará somente
atrasando o processo mas jamais irá interrompê-lo. Se
pratica corretamente as regras e consegue viver
harmoniosamente consigo mesmo o fato de acreditar
ou não se torna um mero detalhe. Por fim se não
acredita e não pratica terá tantas chances para fazê-lo
102
quantas forem necessárias, nesta ou em outras vidas.
Deus não precisa de reverência, não faz questão de
ser lembrado, não é vingativo, não castiga ninguém e
não interfere mais em Sua obra. Tudo que tinha que
fazer Ele já fez e agora, quando muito, aprecia Seu
sistema e até Se diverte com nossos medos, nossas
descobertas e nossas alegrias tal qual fazemos quando
colocamos nossos filhos na montanha russa, no trem
fantasma ou na roda gigante. Deus sabe que não
corremos perigo algum e portanto permite que
pratiquemos toda e qualquer sorte de experimento.
Afinal Deus não permitiria a perda ou mutilação daquilo
que é parte de Si mesmo.

103
O TRINÔMIO ALEGRIA, VERDADE E AMOR

A motivação é o sentimento que nos impulsiona para a


vida e para a ação. Pessoas descrentes que vivem na
incerteza, na insegurança, cheias de medo, ansiedade
e expectativas negativas, em geral são desanimadas e
certamente tendem à inanição e à doença. Por outro
lado, pessoas dotadas de confiança, seguras de si,
audaciosas e cujas expectativas são positivas, são
sempre risonhas e animadas, motivo pelo qual estão
sempre com plena saúde e dispostas a agir, construir
ou modificar.

É muito raro encontrarmos pessoas totalmente


desmotivadas, pois, por pequenas que sejam suas
ambições ou necessidades, sempre há algo que as
levam à ação, como sobrevivência, por exemplo. O
mais comum, no entanto, são motivações básicas que
mais nos impulsionam para a ação, tais como: melhoria
nos rendimentos, compra da casa própria, a troca do
carro, a cultura dos filhos, a manutenção da saúde,
entre outras.

Existe, porém, o lado negativo da motivação. A grande


maioria das pessoas cultiva suas motivações com base
na motivação dos outros. O fato de o vizinho ter
trocado de carro ou de móveis, o fato de o colega de
trabalho ter sido promovido, o fato de um parente
próximo ter mudado para uma casa mais bonita ou
mais ampla e outros motivos gerados por terceiros, em
geral, mais por competição do que por inveja,
impulsionam o ser humano a agir ou a buscar um maior
conforto ou uma renda maior e ainda a trocar de carro
ou de imóvel, comprar eletrodomésticos, etc.

104
Enquanto a motivação é gerada por fatos externos, a
auto motivação é gerada internamente. Uma pessoa
auto motivada tem objetivos próprios e particulares que
independem dos atos daqueles que a rodeiam. Uma
pessoa auto motivada não está interessada nos
objetivos dos outros e nem tampouco está preocupada
em se igualar ou competir com ninguém. Também não
se preocupa se seus objetivos irão ou não agradar aos
outros, dispensando qualquer tipo de crítica ou elogio.
A auto motivação é mais conceitual do que material.

Uma pessoa auto motivada a exercer o “poder” está


pouco interessada se o fará da cadeira da Presidência
da República, do gabinete da presidência de uma
empresa multinacional ou no comando de um grupo de
guerrilheiros. Para ela o importante é atingir o “poder”.
Uma pessoa em busca de “conforto” não está
preocupada com a localização do imóvel, se a casa é
bonita ou não ou se existem críticas por parte de
amigos e parentes. Seu único objetivo é que sua
vivenda ofereça os itens de conforto que ela julga
ideais para si, mesmo que sejam contrários a todas as
regras e convenções. A diferença entre o motivado e o
auto motivado está no fato de o segundo querer viver
suas próprias experiências, independentemente dos
objetivos de terceiros ou de conceitos
preestabelecidos.

Por certo, conhecemos muitas pessoas que


conquistaram muitos bens materiais e que são,
literalmente, ricas. Na sua grande maioria, tais pessoas
preocupam-se em aumentar cada vez mais seu
patrimônio, juntando cada vez mais e pouco se
importando com o que ocorre com o restante da
humanidade. Umas poucas, no entanto, dividem o que
105
possuem e dedicam seu tempo em prol da
humanidade, às vezes fazendo caridade, outras
trabalhando como colaboradores em creches,
hospitais, centros de recuperação e outros do gênero.
Por certo, para tais pessoas, o dinheiro não é mais tão
motivador como o foi outrora, fato este que por si só
poderia motivá-lo a, pelo menos nos finais de semana
ou nas férias, viajar pelo mundo, comprar imóveis
belíssimos nos Alpes Suíços, nas Quintas portuguesas,
em balneários badaladíssimos e viver uma vida digna
de bilionário. No entanto, dispensando os prazeres da
vida, algumas pessoas se auto motivam com o grave
problema social brasileiro e sua inabalável fé no país
faz com que dediquem seus finais de semana e mesmo
suas vidas à obras de caráter social.

Estes exemplos ilustram o quão gratificante pode ser a


experimentação livre de conservadorismo, regras e
convenções. Quando se segue o tradicional, quando se
pratica o esperado, quando não há inovação, estamos
simplesmente seguindo o rumo pré planejado, instituído
por nossos pais ou pela sociedade. Experimentar é
muito mais do que isto. É errar para aprender a acertar,
destruir para aprender a construir, é praticar o mal para
saber praticar o bem, brincar com os relativos para
conhecer o absoluto.

Vimos que destruir é muito mais fácil do que construir.


Vimos também que para aprender a construir é preciso,
primeiro, destruir. O ato de pensar também requer
destruição. Destruir velhos conceitos, antigos dogmas,
estúpidas convenções e estabelecer novas idéias,
novas visões e novos conceitos. Só assim poderemos
experimentar novos modelos. Por isso, pensar é difícil.
É mais fácil se acomodar no conservadorismo das
106
religiões, nos modelos científicos estabelecidos e na
conduta ética e social vigente do que tentar novos
pensamentos relativos a Deus, à ciência, à ética e ao
relacionamento social. Fazê-lo é expor-se a críticas, ao
ridículo e à contenda.

No entanto, quando alguém ousa expor novos


pensamentos e idéias, logo uma legião de adeptos se
forma ao seu redor, o que vem a provar que os anseios
latentes e preguiçosamente guardados na mente de
muitos só precisavam de uma centelha, de um líder,
para se tornar um novo modelo ou conceito.
Experimentar é, antes de mais nada, ousar, buscar,
pesquisar e por fim divulgar. A divulgação abre novos
debates. Novos debates abrem novas questões. Novas
questões buscam respostas cada vez mais complexas
e só a complexidade das questões nos leva a caminhar
em busca da verdade suprema.

Não existem duas verdades. Os caminhos podem ser


muitos, mas a verdade é uma só. Ciência e religião
trilham caminhos diferentes. Houve época em que o
abismo entre ambas era muito grande. Hoje, apesar de
uma certa aproximação, ainda são grandes as
diferenças. Em sendo a verdade uma só, chegará o
tempo em que as diferenças serão tão pequenas que
religião e ciência se fundirão numa única disciplina.
Neste dia estaremos muito mais próximos da verdade
do que poderemos imaginar. Logo, para abreviar este
tempo precisamos ousar, pensar, repensar e acima de
tudo expor e divulgar.

Idéias novas são sempre motivo de alegria, já que nos


aproximam da verdade. Muitas religiões parecem que
se comprazem com a tristeza. Seus adeptos estão
107
sempre melancólicos, não esboçam nem um sorriso
sequer, choram, sofrem e se penitenciam em nome de
Deus. Se você fosse Deus (e na verdade é) teria prazer
em ver suas criaturas agirem desta forma? E porque
achar que o Criador se compraz com estas atitudes?

Deus criou um ambiente (virtual para as almas, real


para nós) para que nele possamos experimentar os
opostos. A tristeza é oposta à alegria. Precisa ser
experimentada mas não precisa ser perpetuada. Neste
gigantesco “play ground” é desejo de Deus que
reconheçamos rapidamente a diferença entre as
energias positiva e inversa. Deus é alegria, é verdade,
é amor.

Felizmente, muitas religiões ousaram alegrar seus


cultos e com isto não só conquistaram mais adeptos
como também se aproximaram mais da verdade e do
amor uma vez que não é possível conceber verdade
triste e muito menos amor triste. Verdade e amor são
coisas alegres. Idéias falsas e mentiras são sempre
decepcionantes.

O amor, por sua vez, é o ingrediente mais importante


que o ser humano pode usar em suas novas idéias e
pensamentos. Amar se confunde com beneficiar e
agradar à todos, indiscriminadamente. Entretanto, o
homem não sabe e nem consegue agradar a gregos e
troianos. Invariavelmente seus atos agradam uns
poucos, desagradam outros tantos e são indiferentes
para aquela grande maioria que prefere ficar com
conceitos e idéias antigas. Só a experimentação
individual de cada cápsula pode ser traduzida como
amor verdadeiro pois a experiência de cada um
canaliza resultados para os receptáculos e é neles que
108
o restante da humanidade, quando busca, se alimenta
da verdade.

Quando acionamos um receptáculo qualquer através


de nosso Pensamento-Menor e sintonizamos algo que
pode nos trazer um entendimento, em geral, ficamos na
dúvida entre acatar ou não acatar a idéia que dele flui.
Quando sintonizamos com o reservatório de sabedoria
do Universo e nos vem uma idéia ou um conceito
completamente novos, também, dele duvidamos,
temerosos de estarmos sintonizando algo que não seja
do agrado de Deus ou que fere antigos conceitos éticos
ou sociais. Para filtrar um conceito novo e não
confundi-lo com conceitos vindos de um receptáculo
negativo basta verificar o seguinte:

Se lhe causa alegre, vem de Deus.


Se parece justo e verdadeiro, vem de Deus.
Se contém amor, vem de Deus.

Portanto, se seu pensamento for alegre, lhe parecer


justo e verdadeiro e sua ação puder beneficiar e
agradar a todos então é sabedoria. Vem de Deus, vem
das leis do Universo. Vem do lado positivo da energia.

109
O QUE REALMENTE SOMOS?

Como vimos, somos cápsulas contendo a essência


Divina, as regras do jogo Universal e liberdade para
experimentar (livre-arbítrio). Como tal, desenvolvemos
tamanha individualidade que esquecemos quem
realmente somos.

O cenário em que vivemos foi o ambiente criado para


experimentarmos e compararmos os dois lados da
moeda que toda sensações e emoções possuem.

Tal como num vídeo game, assumimos papeis, ora de


bandido, ora de mocinho, ora de herói, ora de
comandante, ora de comandado, ora de piloto e
acabamos nos imbuindo de tal maneira nesta falsa
realidade (virtualidade para alma) que ela se nos
apresenta como real. Ainda comparando aos vídeo
games passamos de um estágio ao outro do jogo
(vidas sucessivas) que nos permitem experimentar
todos os recursos existentes no Universo e em cada
estágio somos agraciados, conforme nosso
desempenho, com mais saúde, mais fôlego, mais
combustível ou mais vidas.

A densidade da matéria e o peso do corpo físico não só


retém a liberdade original da alma como também lhe
impõe um penoso exercício. O sono funciona como o
comando de “pausa” de um vídeo game e a morte
significa a mudança de “estágio”. Logo, da mesma
forma que “salvamos” um jogo de computador entre um
estágio e outro ou apertamos o “pause” para um
cafezinho, no jogo da vida, morremos e dormimos.

110
Apesar de 95% da população do planeta possuir uma
outra forma de fé ou crença, o ser humano reluta em
acreditar que a vida é um mero exercício repleto de
experimentos cujo final, queiramos ou não, será feliz.

Entre o invento da roda e o fim do século passado o ser


humano quase nada fez. Neste século, notadamente
na sua segunda metade, o desenvolvimento
tecnológico e cientifico deu um salto gigantesco.
Considerando-se a proporcionalidade populacional,
hoje impera muito menos violência do que na época
das cruzadas, dos bárbaros e do período medieval. Há
500 anos atras dizimavam-se cidades inteiras em
poucos dias com a única finalidade de tomar-lhes as
riquezas, tal como ocorreu com os Incas, Maias,
Aztecas e outras civilizações. Conclui-se daí que o ser
humano evoluiu não só tecnologicamente mas,
também, ética e socialmente. Direitos humanos,
direitos da criança, direito dos trabalhadores, (quase)
fim do trabalho escravo, respeito ao limite territorial das
nações, respeito às culturas e religiões, liberdade de
pensamento, democracia, entre outros, são aspectos
evolutivos nascidos neste final de milênio.

O reservatório Universal de sabedoria sempre existiu,


desde a eternidade, em estado latente, antes do evento
da matéria e das almas. Entretanto, os receptáculos
são como depósitos dos experimentos, sensações,
desejos e necessidades do ser humano e como tal
começaram a ser formados à partir do momento em
que o homem se tornou consciente, quando “comeu da
árvore do conhecimento do bem e do mal”.

No início da civilização humana e por muitos milhares


de anos os receptáculos não eram numerosos uma vez
111
que os seres eram dotados de poucos desejos,
necessidades e quase nenhum sentimento ético, moral,
religioso e social. A revolução tecnológica e industrial
proporcionou, notadamente no Século XX, um aumento
significativo de receptáculos relativos aos desejos e
necessidades e outro tanto de receptáculos relativos às
emoções, sentimentos, comportamento, etc.
Recebemos mais informações em um dia do que
nossos antepassados podiam receber durante uma
vida inteira. Preenchemos os receptáculos com
incontáveis experiências oriundas de experimentos
cada vez mais evoluídos e complexos. Logo o fluxo de
informações não ocorre só nos meios físicos tais como
rádio, televisão, telefonia, livros, revistas, Internet,
comunicação de dados via satélite, etc. mas também
em grande volume através do Pensamento-Maior.
Temos hoje um registro permanente (nada se perde)
de todos os experimentos físicos, intelectuais e
emocionais da humanidade depositados nos
respectivos receptáculos e pasmem.... ainda não
sabemos usá-lo. Uma diminuta fração da humanidade
utiliza-o conscientemente, outra fração ligeiramente
maior utiliza-o sem saber mas a grande maioria dos
seres humanos nem sequer sabem de sua existência.
Felizmente este desprezo pelos registros eternos está
prestes a acabar. O próximo milênio será o período da
descoberta de que o pensamento é a maior ferramenta
que Deus deu ao homem.

Conclusão: Somos seres altamente espiritualizados


dotados do poder da transformação, poder este que
nos permite obter tudo aquilo que necessitamos e
desejamos e nos permite ainda tornar o mundo um
lugar melhor, onde poderemos alcançar a alegria,
felicidade, amor e a verdade suprema.
112
Este mecanismo existe e sempre existiu. Não nos
utilizamos dele porque nos vestimos com a máscara da
individualidade e esquecemos quem realmente somos,
verdadeiras miniaturas de Deus. Embora não
possamos criar, à partir do nada, temos a ferramenta
suficiente e necessária para transformarmos não só
nossas vidas como o destino do planeta.

Que tal começarmos agora?

113
O EU E O VERBO

Temos dois pais, quatro avós, oito bisavós e assim


sucessivamente. Em trinta gerações somamos em
nossas árvores genealógicas cerca de um bilhão de
pessoas. Se considerarmos que 20 anos se passam
entre uma geração e outra (antigamente as pessoas se
casavam mais cedo), podemos considerar que estes
um bilhão de ancestrais viveram há aproximadamente
600 anos atras. Considerando-se ainda que há 600
anos, um bilhão de pessoas era aproximadamente a
população do planeta podemos deduzir que somos filho
de toda humanidade. Somos, até a presente data, seu
produto final.

As lembranças genéticas oriundas dessas gerações,


desse contingente de pessoas, ainda se fazem
presentes em nossas células. Evoluímos fisicamente,
aumentamos nossas resistências às doenças e
condições climáticas, nos adaptamos melhor ao
planeta e melhoramos nossas aparências num
processo genético evolutivo e constante mas não
perdemos nossas características principais. Ainda hoje
nos arrepiamos quando sentimos frio. Lembrança
genética de quando o ser humano era coberto de pêlos
que se arrepiavam para formar um colchão térmico
mais eficiente. Apesar de desnecessário nos dias de
hoje o arrepio é ainda uma lembrança genética que
ainda não foi eliminada no processo evolutivo. Embora
os humanos mantenham, em todo o mundo, uma
mesma postura e compleição física, variações
genéticas são notadas, tais como cor da pele, textura
dos cabelos, estatura, resistência à doenças e
condições climáticas, etc.

114
A expressão facial é um mecanismo que nos permite
expressar a dor, o medo, o ódio, o pavor, o riso, o
choro, a alegria, a compaixão e tantas outras emoções
e se revela igual em qualquer ser humano quer sejam
índios, orientais, negros ou brancos. Ao contrário da
herança genética, as expressões faciais não variam de
raça para raça e de região para região. Podem ser
reconhecidas por qualquer um em qualquer lugar,
motivo pelo qual é mais coerente atribuí-la à alma do
que à genética. Muitos gestos com as mãos e com o
corpo também se enquadram neste conceito.

Enquanto livres do peso da matéria as almas se


comunicam através do pensamento - transferência
direta de emoções, sensações e quaisquer
comunicações que se façam necessárias. Quando
muito utilizam de sons, gerados através de
transformação de energia, em frequências inaudíveis
para nós e baseados nas vogais (a, e, i, o, u). Quando
encarnadas, as almas se utilizam das expressões
manuais, corporais e faciais para se comunicarem já
que a linguagem humana, além de ser expressa em
vários idiomas, não é suficiente para expressar todos
os sentimentos (veja a dificuldade que temos para
definir amor, saudade, dor, etc.).

Todo material com o qual é composta nossas células,


órgãos e tecidos foram formados à partir dos alimentos
que ingerimos e suas funções estabelecidas e
resguardadas graças à lembrança genética que
trazemos de nossos ancestrais. Absorvemos alimentos
oriundos do solo terrestre, ingerindo vegetais e carne
animal que, por sua vez os extraem da terra. Nosso
corpo é, portanto, integralmente formado à partir da
transformação dos elementos e substâncias da Terra,
115
elementos estes que foram criados à partir da
transformação da Energia Prima que é o corpo de
Deus. Para que os corpos biológicos perdessem a
inanição, algo precisaria ser agregado para que
pudessem adquirir consciência e com isto perceber
sensações. Este algo, que chamamos de Pensamento-
Menor, foi extraído do Pensamento-Maior do Criador,
isolado em uma cápsula e por fim agregado aos seres
biológicos. Com isto todos os seres passaram a ter o
que chamamos de vida. Cada ser vivo possui maior ou
menor quantidade de Pensamento-Menor, que em
essência é exatamente igual ao Pensamento-Maior,
mas tem poderes diferentes em função da quantidade.
Em nosso planeta, chamamos de humanos, aqueles
que foram agraciados com a maior quantidade de
Pensamento-Menor e consequentemente com muito
mais consciência do que os demais. A quantidade de
Pensamento-Menor que foi depositada nos seres
humanos não lhes permite criar, entretanto lhes atribui
um imensurável poder de transformar. Este poder de
transformação não se limita à matéria, estendendo-se
também à energia e às emoções (A ciência ainda não
reconhece emoções como sendo formas de energia).

Assim criados, os seres receberam a incumbência de


experimentar todas as leis Universais ao seu bel
prazer, ou seja, com total liberdade de decidir o
momento exato para participar de cada experimento e
sua durabilidade. Logo, por se tratar de experimentos
cuja finalidade é a de confirmar que as sensações
positivas são melhores que suas inversas, cabe a cada
um decidir quanto tempo deverá participar de cada
experimento para concluir o que já é, teoricamente,
sabido. Todos devem, no entanto, experimentar de
tudo um pouco, pois, em assim sendo, não haverão,
116
em tempo algum, discussões e nem tampouco
formações de opinião diversas. Como dissemos, o
resultado é teoricamente sabido e os eventos são para
mera confirmação. Por enquanto, só Deus sabe que o
resultado final será a confirmação absoluta da
qualidade infinitamente superior das sensações
positivas. Nós, no entanto, enquanto na experiência,
vivemos as dúvidas, incertezas e medos uma vez que
tais sensações fazem parte do experimento (mas
podem ser eliminadas ou abreviadas depois de se
obter o devido entendimento).

Cada ser criado possui maior ou menor grau de


consciência e cada um vive seus experimentos em
função deste grau. Só ao ser humano, no entanto, foi
concedido o maior grau de consciência possível neste
plano, motivo pelo qual o homem se socializou e, em
seu íntimo, conhece a diferença entre o certo e o
errado, o bem e o mal, o feio e o bonito, o honesto e o
desonesto, etc. O pior dos assassinos, o pior dos
ladrões e o pior dos malfeitores reconhece seus erros
de conduta. Crianças mal orientadas ou de famílias
desunidas, criadas com pouco ou nenhum apoio
cultural, intelectual ou comportamental, embora
cometam delitos desde a mais tenra idade, sabem o
que não é correto. Alguns animais, principalmente os
mais facilmente domesticáveis, se bem que em menor
grau, encabulam-se quando fazem travessuras.

Como vimos, o ambiente dos experimentos é tão


envolvente e fascinante que ao ingressar nele somos
tomados de tamanho êxtase que nos esquecemos que
somos feitos do barro e vivemos da essência Divina.
Pelo fato de estarmos encapsulados adquirimos um
forte senso de individualidade e moldamos nossa
117
própria personalidade (Persona quer dizer máscara,
logo personalidade indica uma ocultação do verdadeiro
“eu”).

A missão que foi imposta é tão imperiosa e por ter de


cumpri-la a qualquer custo, acabamos fazendo de
nosso “egos” o centro das atenções. Tudo que fazemos
visa, única e exclusivamente, satisfazer nosso “eu”,
embora ajamos demonstrando o contrário e na maioria
das vezes nem nos damos conta disso. Veja por
exemplo: quando dizemos que amamos alguém
exigimos reciprocidade, caso contrário deixamos de
amar; exigimos que nossos filhos sigam caminhos por
nós delineados, impedindo, na maioria das vezes, que
vivam seus próprios experimentos, uma vez que
seguindo nossos ideais estarão compondo nossos
experimentos e não o deles; agredimos pessoas para
nos mantermos no poder; utilizamo-nos de subterfúgios
para obtermos vantagens.

De fato é importante cultuar o próprio “eu” e Deus não


se importa nem um pouco com isso já que todas essas
ações nos permitem experimentar. Entretanto, agimos
sem conhecimento das leis de causa e efeito e na
maioria das vezes acabamos sofrendo consequências
indesejáveis. Só depois do entendimento, do pleno
domínio das leis, é que podemos e devemos agir com
liberdade. Quem não sabe brincar com fogo, não deve
faze-lo pois, por certo acabará se queimando.

Devido a esta individualidade, a palavra “eu”, quando


pensada ou falada, exerce um efeito muito grande no
fluxo de energias. Sendo uma espécie de chamamento,
possui um poder de atração muito grande.
Evidenciando o “eu”, fazemos crescer nosso ego e
118
atraímos para o cenário da experimentação aquilo que
o verbo que se segue indica. Sim, porque toda vez que
pensamos “eu” adicionamos um verbo para indicar um
estado ou ação. Diante disso, não só o corpo reage,
mas todo um fluxo de energias é movimentado no
cosmos. Por exemplo: eu sou, eu faço, eu estou, eu
vou, eu como, eu bebo, eu durmo e por ai a fora.

Por falar em verbo vamos atribuir-lhe significados:

Gramaticalmente, “verbo” é a palavra que exprime o


modo de atividade ou estado que apresentam as
pessoas, animais ou coisas de que se fala.

Cosmicamente, o “verbo” deixa de ser palavra e passa


a ser uma sensação que serve de “senha” para acionar
os canais de comunicação com os milhares de
receptáculos.

O verbo é a chave que Deus forneceu para abrir os


canais de comunicação cósmicos e ao mesmo tempo
imprimir uma ação. Com uma única palavra o homem
interage física e espiritualmente. O verbo imprime ao
homem uma ação física, por exemplo, ir para casa,
atravessar a rua, dirigir o carro, trabalhar, etc.
Cosmicamente, com o verbo, o homem desencadeia
um fluxo de energia acumulada como por exemplo
amar, odiar, desejar, pedir (a Deus), etc. Dizemos
acumulada por que no sentido da transmissão a
sensação ou emoção, desencadeada pelo verbo, só é
liberada pelo consciente quando aliada à fé ou medo.
Enquanto você deseja ou pede ou implora, sem
acreditar na recompensa ou duvidando do resultado,
está simplesmente acumulando pensamento em seu
consciente. Entretanto, quando acredita que irá
119
conseguir seu intento, através de uma fé inabalável,
pára de pensar no assunto e a sensação ou senha é
liberada. O medo, por sua vez, representa a falta de fé
e também provoca a liberação da sensação ou senha.
Neste momento, o Pensamento-Maior colhe sua
mensagem e a encaminha para o respectivo
receptáculo permitindo que você sintonize todo seu
conteúdo e receba todas suas influencias, positivas ou
negativas.

Quando, através da verbalização correta, você


sintoniza um receptáculo, recebe suas influências, mas
não o esvazia, pois como vimos, o receptáculo não é
apenas o depósito, mas o registro de todos os
experimentos humanos. Bons pensamentos trazem
boas influências cósmicas. Daí o perigo. Verbalizar
errado ou coisas más, por seu lado, nos trarão
influências ruins juntamente com todas suas
consequências.

Todas nossas ações no plano físico são expressas por


um verbo. Todas nossas emoções e sentimentos são
antecedidas por um verbo. Todos nossos desejos e
objetivos são antecedidos por um verbo. As palavras
não são verbalizadas igualmente em todo o mundo.
Cada país possui seu idioma, sendo que alguns
praticam ainda vários dialetos. No entanto, a senha
propriamente dita não é a palavra, mas o seu sentido.
Tanto faz desejar uma casa em inglês, francês,
espanhol, italiano, chinês ou em tupi-guarani. A senha
e a consequente mensagem é a mesma. A fé, crença,
confiança, certeza absoluta ou o medo, ansiedade,
insegurança dá energia ao verbo e libera-o para o
cósmico. Quem não acredita não recebe nada ou
recebe o oposto, o inverso. Os provérbios “querer é
120
poder”, “quem espera sempre alcança”, “quem com
ferro fere, com ferro será ferido” como tantos outros,
não nasceram em mentes torpes. Antes pelo contrário,
foram enunciados por grandes mestres, filósofos e
pensadores, quase sempre oriundos de um profundo
poder intuitivo e transcendental e cujo objetivo era a
evolução espiritual da humanidade. Já não se fazem
provérbios como antigamente porque a humanidade
está muito ocupada com o consumismo, aplicações
financeiras e os prazeres da vida. Nesta ânsia de ter ou
estar, o homem esqueceu-se de ser. Ser quem
realmente é. Por conta disso vem sub-utilizando sua
maior ferramenta, o pensamento e perdendo contato
com a fonte de tudo, a sabedoria de Deus e o registro
dos experimentos da humanidade.

É objetivo desta obra transmitir ao leitor um pouco de


entendimento sobre o mecanismo do pensamento e
como utilizá-lo corretamente.

121
SER OU ESTAR – QUAL A DIFERENÇA?

Sendo o “eu” uma expressão de atração ou


chamamento que induz a uma ação ou sensação
provocada pelo “verbo” que se segue, é fácil deduzir
que a utilização do verbo num dado momento nem
sempre irá provocar o resultado esperado. Conhecer,
portanto, o real significado de cada verbo é condição
absolutamente necessária para a condução correta de
nossas ações e seus respectivos resultados cósmicos.

Para esclarecer melhor esta verdade, vamos analisar


os verbos “ser” e “estar” que, por sinal, são uns dos
mais utilizados.

“Ser” nos transmite a sensação de um estado


“definitivo”, enquanto que “estar” nos coloca numa
condição “temporária”. “Eu sou doente” é muito
diferente de “Eu estou doente”. Ser doente se nos
apresenta como definitivo, incurável, enquanto que
estar doente significa uma condição passageira,
temporária, curável.

Países de língua inglesa não possuem verbos


separados para “ser” e “estar”. O verbo “to be” é usado
indiscriminadamente para estados definitivos ou
temporários. Por este motivo, tais países, notadamente
os Estados Unidos da América, são ricos e poderosos.
O povo americano diz “Eu sou rico” e não “Eu estou
rico”, “Somos a maior potência mundial” e não
“Estamos colocados como a maior potência mundial”.
Por outro lado, o povo americano nunca “está” doente
pois sempre “é” doente, motivo pelo qual possui saúde
frágil (imagine o povo americano vivendo situação
semelhante ao povo do nordeste brasileiro).
122
Para reforçar ainda mais o poder do verbo, povos de
língua inglesa utilizam o “eu” sempre escrito com letra
maiúscula, mesmo quando escrito no interior de frases,
fato este que aumenta ainda mais o poder de atração
aliado ao verbo. Mesmo quando falado, este
engrandecimento do “eu” engrandece o “ego”. Por este
motivo os povos de língua inglesa “são” também
arrogantes, dominadores e autoritários.

Os povos de língua inglesa estão tão condicionados ao


“ser” que mal conseguem entender o que é “estar”.
Quando este livro for traduzido para seu idioma as
dificuldades de expor este tópico serão grandes e com
certeza o tradutor terá que reescrevê-lo para dar-lhe o
sentido correto.

Quando Shakespeare escreveu a imortal frase “ser ou


não ser, eis a questão” imprimiu ao verbo “ser” um
cunho filosófico. Aqui, no entanto, a intenção é dar-lhe
um cunho técnico já que seu uso envolve o
desencadeamento de reações energéticas que podem
transformar a humanidade.

Ser ou estar – qual a diferença? Eis a nova questão.

Outros verbos, muito utilizados em nosso dia a dia, se


comportam de forma semelhante. Utilizamos
expressões esperando um resultado e obtemos outro,
completamente diferente.

Felizmente a grande maioria da população do planeta


pratica uma ou outra forma de fé, religião ou crença. Os
céticos e descrentes são minoria. Muçulmanos,
Budistas, Cristãos (católicos e evangélicos), Hindus e
123
outros grupamentos religiosos menores povoam os
quatro cantos da Terra. Todos se valem de rituais e
orações, ora para apelar, ora para agradecer, ora para
implorar a Cristo, a Buda, a Khrisna, a Maomé e outros
mestres ou diretamente a Alá ou Deus. Digo,
felizmente, porque, mesmo discordando da maneira
como as religiões tratam de tais assuntos, acredito que
o exercício da fé é um bom começo, mesmo quando
aliada a verbos errados. O verbo sem a fé opera
somente no plano físico. Uma vez dotados de fé
bastará ao povo e aos líderes religiosos escolherem os
verbos mais adequados e dirigir a humanidade para o
caminho da flores e não das pedras como o fazem
hoje. Muitos líderes religiosos já conhecem o
mecanismo aqui descrito, no entanto o exercício do
poder, a manipulação política e o dinheiro coíbem e
impedem sua divulgação. Basta lembrar que o Vaticano
detém, a sete chaves, uma das maiores bibliotecas do
mundo, repleta de escritos antigos e altamente
filosóficos, escritos em épocas cujo poder intuitivo do
homem não estava tão camuflado pela vida atribulada
e materializada que vivemos hoje. Alguém deve lê-los e
estudá-los mas estão proibidos de revelá-los. Bispos,
Sacerdotes, Padres e Pastores sabem que no dia em
que o ser humano descobrir seus poderes a igreja
estará fadada a desaparecer e com ela a arrecadação
de fundos e poder de manipulação de massas. Só os
grandes mestres, cujo desprendimento material já se
faz presente e que atingiram extrema sabedoria, ousam
divulgar suas verdades. Assim mesmo o fazem de
forma velada e restrita pois sabem que grande parte da
humanidade ainda não está preparada para o exercício
pleno do poder uma vez que fatalmente os utilizariam
de forma mesquinha e egoísta (lembre-se que a lei e as

124
regras do jogo funcionam tanto para o positivo como
para o negativo).

Rituais são fatos constantes em nossas vidas.


Praticamos rituais, simples em algumas ocasiões,
complexos em outras, seja para comer, para dormir,
para escovar os dentes, para trabalhar e principalmente
para orar. Deus não tem a menor necessidade de
rituais para Consigo pois sua lei funciona
indepentemente deles. No entanto, o ritual cria um
ambiente, um clima e uma postura mental que facilita a
utilização da lei, o envio de senhas (verbos), a sintonia
com os receptáculos e o exercício da fé. Tanto o medo
ou pavor como a fé possuem seus próprios rituais,
porém levam a resultados diferentes.

Deus desmembrou os relativos tais como amor e ódio,


coragem e medo, fé e desconfiança entre tantos outros
e a cada uma destas sensações permitiu ao homem
agregar-lhe uma senha (verbo). Desta forma a
humanidade pode usar amar para amor, odiar para
ódio, crer para fé, temer para a desconfiança, respeitar
para a lealdade, trair para a deslealdade, etc. e com o
verbo acessar o respectivo receptáculo.

O grande problema é que fazemos uso indiscriminado


dos verbos, desconhecendo seu real sentido e poder,
seja no nosso dia a dia, seja nas orações, seja nos
nossos pedidos, seja nos nossos rituais, motivo pelo
qual são raros os homens que podem afirmar que
passaram pela vida ricos e felizes, livre de dissabores,
contendas, disputas, problemas, questões mal
resolvidas, relacionamentos difíceis, etc.

125
Riqueza não traz felicidade. Felicidade é bom, mas o
dinheiro ajuda. Amar é fácil, difícil é ser amado.
Dinheiro não dá em árvore. Dinheiro é sujo. Deus
castiga os pecadores. Sexo é pecado. Tais jargões
povoam nossas mentes e se enraízam de tal forma que
acabamos praticando sua verbalização de forma
constante e inconsciente. Depois só resta vivenciá-los,
materializando as afirmações e, por fim, nos
queixarmos das consequências.

Verbos simples como “ir”, “pedir”, “desejar”, “querer”,


entre outros, mal utilizados desencadeiam resultados
negativos quando sintonizam seus respectivos
receptáculos. Cada verbo funciona como senha para
um receptáculo através da sensação que transmite.
Logo, quando se diz “vou ser rico” a senha é o verbo
“ir” que transmite uma ida interminável (ir não é chegar
e o certo é dizer “sou rico”). O verbo “pedir” transmite
uma sensação de carência. Quem pede, pede o que
não tem. A sensação de carência será o resultado
perpetuado pelo respectivo receptáculo. O mesmo
ocorre com o verbo “desejar” e “querer”.

Os receptáculos são centros de energia onde se


acumulam pensamentos iguais, ou seja cada
receptáculo guarda um único tipo de energia referente
à uma única emoção ou sensação. Neles estão
registradas todas as emoções sentidas pelos seres
viventes desde o início da vida no planeta Terra e dos
demais planetas habitados do Universo. Como cada
alma ou cápsula já vivenciaram em outras vidas várias
destas emoções, guardam consigo um índice destas,
motivo pelo qual algumas pessoas têm mais facilidade
de lidar com certas emoções e sensações do que
outras pois já experimentaram-nas e quando
126
necessário sabem localizá-las mesmo que
inconscientemente. Outras almas ainda não
vivenciaram certas emoções e por este motivo, tendo
dificuldade de localizá-las, não conseguem lidar bem
com elas. Ao nascer, cada alma traz consigo, em seu
receptáculo individual uma lista dos experimentos que
já viveu, reconheceu e concluiu e uma outra lista de
experimentos que pretende vivenciar para dar
continuidade ao grande objetivo da vida. Esta lista de
experimentos vividos e por viver é o código genético da
alma ou genética do pensamento.

Mais adiante teremos oportunidade de oferecer mais


subsídios para o uso correto dos verbos mais utilizados
no dia a dia, verbos estes que são as senhas para
sintonizar cada um dos receptáculos.

127
O CÉREBRO COMO EQUIPAMENTO
TRANSMISSOR – RECEPTOR

O cérebro, tal como o restante de nosso corpo, é


composto de células, formadas também com os
ingredientes e elementos da terra. Como matéria, o
cérebro em nada difere dos rins, fígado, aparelho
digestivo, coração, músculos, ossos e outros
componentes do nosso corpo. Funcionalmente, porém,
difere dos demais pelo seu poder de manipular a
eletricidade. Os neurônios, além de conduzir
eletricidade, possuem a característica de poder formar
conexões, agrupando-se uns aos outros. Tais
grupamentos variam em quantidade e em forma pois o
formato estrelado dos neurônios permite conexões que
podem seguir direções das mais variadas.

Divirto-me muito quando vejo pessoas pagando


fortunas para congelar o corpo ou a cabeça. A alma,
quando abandona o corpo, o faz porque, uma vez
cumprida aquela etapa dos experimentos, o descarta.
Aquele corpo, nascido em um determinado país, numa
determinada família e numa determinada condição
social e financeira serviu para os propósitos da alma
visando passar por determinados experimentos.
Mesmo que tal corpo ou cérebro pudessem ser
recuperados a alma que o utilizou não retornaria.
Primeiro pelo acima exposto e segundo porque
provavelmente estará habitando outro corpo e
vivenciando outros experimentos que lhe foram
impostos quando da criação.

Como dissemos, o cosmos mantém um receptáculo


para cada sensação, cada qual agregado a um verbo
que, como vimos, é a senha para a sua sintonia. A
128
alma, por sua vez, mantém em sua cápsula um registro
próprio, como se fosse um diário de bordo, no qual lista
seus experimentos. Esta lista não contém os relatos
dos experimentos, mas tão somente seus títulos e
localização nos respectivos receptáculos comuns à
todos os viventes. De posse desta lista, a alma pode
voltar a acessar todas suas experiências passadas,
compará-las com as atuais e extrair conclusões. Os
receptáculos são semelhantes às lembranças
genéticas que trazemos em nossas células. Os
experimentos individuais, relacionados à emoções e
sensações, trazem dos receptáculos universais os
experimentos de todos os seres viventes, da mesma
forma que as células trazem de seus ancestrais, e em
seu DNA, os registros relacionados à matéria, sua
forma biológica e sua finalidade funcional.

Quando a alma deixa o corpo, veículo de seus


experimentos, leva consigo, em seu receptáculo
individual, seu diário de bordo ou lista, motivo pelo qual
o corpo ressuscitado jamais poderá responder aos
estímulos que tal alma lhe proporcionava a não ser que
ela pudesse ou quisesse retornar ao corpo. O mesmo
vale para a cabeça ou cérebro. Os transplantes, tão
comuns na medicina moderna, são possíveis, e via de
regra funcionam corretamente, porque os órgãos
transplantados são meros apêndices e não estão
diretamente relacionados com a alma. Até mesmo o
cérebro físico poderá ser transplantado um dia,
entretanto seu funcionamento será extremamente
confuso por estar sendo operado por outra alma.

O cérebro, quando começa a ser formado no corpo do


feto, recebe informações genéticas básicas para fazer
funcionar cada um dos apêndices responsáveis pela
129
manutenção da vida. Desta forma cada órgão do corpo
humano tem no cérebro conexões que lhe permitem
exercer suas funções sem a necessidade de comandos
conscientes. De animal para animal, a quantidade de
neurônios destinada a exercer as funções corpóreas
varia. Assim, a galinha possui 95% de seus neurônios
destinados à manutenção de seus órgãos e 5%
disponíveis para conexões experimentais, o cachorro,
80% contra 20% para as conexões experimentais, fato
este que lhe permite um maior grau de emoções,
sensações, recordações e inteligência. No ser humano,
as conexões básicas ocupam 5% do cérebro, ficando
95% livres para manusear experimentos, sabedoria,
inteligência, emoções, sensações e tudo mais que lhe
aprouver. Não é atoa, portanto, que o homem é o ser
mais dotado de liberdade de experimentar que existe
no planeta. Deduz-se daí que o ser humano não é o
único ser dotado de livre-arbítrio (capacidade de
administrar seus próprios experimentos). Muitos
animais possuem livre-arbítrio em maior ou menor
escala, mas não deixam de possui-lo.

A ciência e a medicina insistem em trilhar caminhos


que concluem que o cérebro é o depósito de tudo
aquilo que o homem fala, aprende, registra, guarda ou
lembra mas, na verdade o caminho é bem outro.

Vimos que o cérebro manipula energia elétrica e como


todo equipamento elétrico gera ondas
eletromagnéticas. A alma se liga ao feto
aproximadamente no terceiro mês de gravidez, motivo
pelo qual muitos admitem o aborto quando praticado
antes do final deste período e motivo também para
tornar o aborto após o terceiro mês mais difícil e
arriscado. O bebê, enquanto no útero, começa a fazer
130
as primeiras conexões experimentais e emocionais
imediatamente após a ligação da alma com o corpo. As
primeiras conexões estão relacionadas com a
sensação térmica, sons, luz, sensação de conforto e
segurança e outras do mesmo porte. As conexões
relacionadas ao funcionamento de seus órgãos vão
sendo transferidas pela lembrança genética à medida
que os órgãos vão se formando e tendo que cumprir
suas tarefas. Ao nascer, o bebê começa a
experimentar outras sensações e a participar de novos
eventos que eram estranhos para o seu corpo.
Respirar, chorar, emitir gemidos, mover-se, apreciar
cores e objetos, comer, beber, liberar excrementos, rir,
reconhecer, etc. são as primeiras conexões levadas a
efeito após o nascimento. Uns meses mais e começam
a surgir conexões relativas à fala, ao gatinhar, ao
andar, etc. Enquanto não reconhece as palavras, o
bebê só pensa sensações - sente sem verbalizar. À
medida que aprende a reconhecer vocábulos o
pensamento do bebê começa a pensar palavras e
formular frases. O aprendizado das palavras é o
aprendizado de todas as senhas (comandos) que irá
praticar durante sua vida física.

Cada conexão envolve um diferente número de


neurônios, neurônios estes localizados em locais
aproximadamente padronizados, Assim a fala se
processa num determinado local, a audição noutro, a
visão em outro mais e assim sucessivamente para
cada sensação, emoção ou conceitos intelectuais,
éticos e sociais. Vimos ainda que cada conexão possui
seu próprio desenho, ou seja não são necessariamente
retas, podendo se estabelecer em curvas, círculos,
cubos, triângulos e outras figuras geométricas planas
ou espaciais. Deste modo, cada conexão manipula
131
uma quantidade de energia elétrica diferente,
percorrendo ainda circuitos diferenciados e
consequentemente transmitindo ondas
eletromagnéticas com características próprias e
individuais. Algumas dessas ondas são captadas pelos
aparelhos de eletroencefalograma utilizados na
medicina, mas apenas algumas, já que a quantidade é
absurdamente grande.

Vimos em tópicos anteriores que no plano energético


(ou espiritual) energias iguais se atraem. Em música
costuma-se dizer que notas iguais ou oitavadas
misturam-se em duplas sonantes (agradáveis ao
ouvido) e notas diferentes formam duplas dissonantes
(nem sempre agradáveis aos ouvidos mais exigentes).
As diversas frequências emitidas pelo cérebro juntam-
se a outras emitidas por toda humanidade viva ou que
tenha vivido no passado, respeitando cada qual sua
frequência. O ponto de conjunção ocorre no respectivo
receptáculo. Então, na verdade, o cérebro não
armazena absolutamente nada, apenas estabelece
conexões das mais variadas que lhe permite sintonizar
ondas eletromagnéticas de mesma natureza que estão
armazenadas no cosmos. O cérebro não passa de um
aparelho de rádio, semelhante ao do rádio amador, que
transmite e recebe informações. Não havendo para
onde transmitir ou de onde receber o rádio não serve
para nada. No começo do processo evolutivo da
humanidade haviam pouquíssimos receptáculos
estabelecidos no cosmos e uma das poucas fontes
conectáveis era o reservatório Universal de sabedoria
(a mente de Deus) motivo pelo qual Deus estabelecia
um contato mais estreito com os homens do que o faz
hoje em dia. O vocabulário era também restrito,
formado por poucas senhas. Éramos como bebês
132
cósmicos e para tanto exigíamos maiores cuidados.
Hoje somos adolescentes cósmicos, longe ainda da
sabedoria suprema. No terceiro milênio, quem sabe,
passemos a ser considerados adultos cósmicos.

Este fabuloso transmissor – receptor que chamamos de


cérebro, como todo aparelho eletrônico, dissipa uma
certa potência. A fé e o medo turbinam o cérebro e
aumentam, em muito, tanto a potência de transmissão
como a sensibilidade da recepção. Os verbos são
como o botão para troca de estações, permitem
sintonizar o receptáculo que queremos, na hora que
queremos ou necessitamos e que nos permite
experimentar cada uma das energias (emoções)
existentes no Universo.

A titulo de ilustração, quando eu era menino vi um


homem comum levantar a frente de um jipe debaixo do
qual, sob a roda, estava seu filho que havia sido
atropelado. A fé, a coragem e a chamada “presença de
espírito” fizeram este homem conectar um receptáculo
que lhe enviou tamanha força muscular, força esta que
lhe permitiu salvar a criança. Por certo, este homem
jamais conseguiu repetir tal façanha em sua vida. Isto
prova que a potência pode ser modificada de acordo
com nossas necessidades e desejos, bastando, para
tanto, acreditar. Que tal usar esta energia para se
manter no emprego, conquistar um melhor salário, uma
casa própria, um carro novo, um amor verdadeiro, um
relacionamento de amizade sincera e vários outros
anseios?

133
PENSAMENTO – PALAVRA – AÇÃO

Uma vez conhecido o funcionamento eletrônico do


cérebro veremos como se processam os pensamentos.

Vimos em tópicos anteriores que as funções cerebrais


se dividem em consciente, inconsciente, subconsciente
e super consciente.

O ser é o cérebro (órgão que abriga a alma) e o corpo


seu apêndice. A cabeça humana, principal parte do
corpo humano, tal como os astros e toda criação
Divina, é esférica. O corpo possui duas funções
básicas: manter as funções básicas do cérebro,
oxigenando-o e garantindo seu pleno funcionamento e
procriar. A função sexual do corpo tem por finalidade
reproduzir cópias semelhantes das porções materiais
que irão permitir o fluxo de cápsulas (almas) no
ambiente das experimentações.

O cérebro é o centro operacional de todo o complexo


humano. É nele que se processam os comandos que
permitem o bom funcionamento do corpo, seus órgãos
e funções e o experimento de emoções.

O inconsciente manipula as funções físicas do corpo,


aqueles 5% de neurônios pré programados
geneticamente, cujas frequências percorrem o corpo
humano controlando o funcionamento dos rins, ritmo
cardíaco, ritmo respiratório, músculos, pâncreas,
fígado, sistema digestivo, etc.

O consciente funciona de forma semelhante à função


“scan” existente nos aparelhos de rádio modernos que,
quando acionada, fica varrendo todas as estações
134
transmissoras locais e mostrando um pedacinho de
cada programa. Quando o ouvinte se agrada de uma
das amostras ou programa, interrompe a função “scan”
e fica sintonizado na estação de rádio escolhida.
Assim, cabe ao consciente varrer todas as frequências,
cada qual relacionada à um receptáculo. O verbo é a
senha que permite interromper o “scaneamento” das
frequências. Por exemplo, um objetivo muito forte,
libera a senha “almejar” e faz com que o consciente
fique sintonizado no objeto de seu desejo.

Como já dissemos, pensar é trabalhoso, difícil até,


motivo pelo qual o ser humano não se esforça em
aprender a utilizar sua função “scan”. Em geral, por não
usar a senha correta (verbo) ficamos sintonizados
numa frequência que, de fato não queremos e,
portanto, não nos trará os benefícios desejados. Outras
vezes, parece que o consciente nos prega uma peça,
queremos pensar numa coisa e pensamos em outra,
queremos mentalizar algo e voltamos ao pensamento
anterior, queremos evitar um pensamento e não
conseguimos. Isto ocorre única e exclusivamente por
falta de conhecimento operacional do sistema e, para
os poucos que já o conhecem, por falta de treinamento.
Aliás, esta é uma característica típica do ser humano.
Adquire um sofisticadíssimo aparelho de som, repleto
de funções, com controle remoto super completo e no
fim utiliza-o para ouvir rádio da mesma forma que o
faria com um aparelho simples e barato. Faz um alto
investimento na compra do equipamento e depois não
utiliza mais do que 20% dos seus recursos, não lê o
manual, não consegue dominar o controle remoto com
todos os seus botões e acaba por não extrair-lhe todos
os recursos. Quando tenta, lê o manual (somente a
página que interessa), usa uma ou duas vezes um
135
determinado recurso, abandona-o e quando pretende
utilizá-lo novamente não se recorda mais das
instruções.

O subconsciente é a parte do cérebro que a alma utiliza


para gerar frequências relacionadas com a lista de
seus experimentos. Esta lista é um índice ou melhor,
um mapa de localização dos receptáculos que o ser
aciona no decorrer de seus experimentos. Este mapa
não é composto de histórico dos fatos, de sensações,
de emoções ou de experiências, mas simplesmente de
frequências que sintonizam seus respectivos
endereços cósmicos. A alma, através de seu
receptáculo individual guarda sua lista de experimentos
vividos nesta e em outras vidas. Os experimentos de
cada cápsula ou alma se iniciaram quando da formação
do Universo e como no inicio não existiam corpos
físicos tão elaborados com os do ser humano e outros
seres evoluídos que povoam outros planetas e galáxias
é de se deduzir que os experimentos mais simples se
iniciaram em corpos biológicos mais simples, tais como
vírus, bactérias, insetos, etc. À medida que seres
biológicos mais complexos foram surgindo na face dos
planetas habitáveis, as almas foram tendo
oportunidade de vivificá-los e experimentá-los. Cada
vida, cada experimento, cada sensação e cada emoção
foram e continuam sendo mapeadas pela alma de
modo que seu receptáculo individual acumula toda sua
evolução e experiência. Deste modo, quando o
consciente solicita o subconsciente para resolver
qualquer questão que surja, a alma busca no mapa o
respectivo receptáculo, aciona-o e analisa seu
conteúdo. Em seguida extrai a conclusão e a devolve
ao consciente na forma de resposta, intuição,
sensação, emoção, etc. Embora a alma guarde em seu
136
receptáculo individual o mapa de suas realizações
particulares, tem acesso a todos os receptáculos que
conhece e pode extrair deles não só seus próprios
experimentos como os experimentos de todo ser
vivente que ali se acumula. Isto explica e justifica a
força que aquele homem obteve para suspender a
frente do jipe e salvar seu filho. Naquele instante de
desespero e na certeza de poder (fé), tal homem
acionou a senha “salvar”. Seu subconsciente achou na
lista o receptáculo relacionado, acionou-o, sintonizou
seu conteúdo e derramou-se sobre o homem uma
energia transcendental que lhe proporcionou uma força
hercúlea. Milagre? Não, apenas bom uso do sistema,
suas regras e suas leis. Ao mesmo tempo em que este
homem (ou sua alma) se utilizou dos registros
universais acumulados durante milhares de anos no
receptáculo “salvar”, também enviou para este
receptáculo seu experimento. Desta forma o
receptáculo cresce em quantidade (de informações) e
em qualidade (fatos novos). Quem utilizá-lo daqui em
diante contará com mais esta experiência. Isto é
evolução. Esta é a genética do pensamento. Não é a
individualidade da alma que evolui e sim o Universo
todo. Toda esta evolução está disponível, agora, para
quem quiser usufruí-la.

Neste ponto cabe perguntar:

Deus já não sabia disso tudo? Por que a necessidade


de experimentar?

Deus sabia e sabe disso tudo tanto quanto um cidadão


que sabe o que é futebol mas nunca jogou. Não
conhece a dor de um chute na canela, não conhece a
emoção de fazer um gol, não conhece o êxtase de
137
ganhar um campeonato, não sabe o quanto é árduo um
treinamento, etc. Delicia-se no estádio ou na frente da
televisão mas não conhece a complexidade e as
dificuldades que o espetáculo final exige para ser
levado a bom termo. Deus sabia e sabe que as
emoções positivas são melhores do que seus opostos,
mas só na teoria, como um espectador diante da TV.
Vivenciá-las é, para Deus, consagrar e confirmar o que
já sabe. Nós somos Deus! Embora nos vejamos como
individualidades, somos aquela garrafa com água do
mar. No dia em que a garrafa se quebrar, o invólucro
se desfizer, voltaremos para o mar, voltaremos para o
Corpo de Deus. Neste dia, extremamente feliz, Deus
dirá: está consumado. Na verdade já disse. Lembre-se
que para Deus não existe presente, passado e futuro,
apenas o instante. O instante é um tempo infinitamente
pequeno diante da eternidade e na verdade, tudo o que
estamos vivenciando como Universo físico, se passa
dentro deste instante, deste devaneio do Criador, desta
rapidíssima conclusão a que Deus chegou. Os bilhões
de anos que parecem compor a existência do Universo
é ilusória. Só nossa lentidão é que pode percebê-la.
Quando voltarmos ao Corpo de Deus, ao Pensamento-
Maior, teremos a mesma sensação que Deus tem
agora. Um instante, apenas um instante, nada mais do
que um instante!

O super consciente ocupa uma pequena quantidade de


neurônios e utiliza-se de uma minúscula glândula
situada no centro da massa encefálica. Esta glândula,
de nome Pineal, já foi maior, mais desenvolvida e mais
atuante em nossos antepassados distantes. Hoje, nem
mesmo a medicina conhece bem suas funções. No
inicio do processo evolutivo da humanidade a glândula
pineal era a antena que permitia ao homem se
138
comunicar, de forma mais direta, com a Fonte de
Sabedoria, Deus, propriamente dito. Neste inicio, como
já dissemos, a quantidade de receptáculos era muito
pequena e neles se reuniam poucos experimentos não
tão qualificados quanto o são hoje. A intervenção direta
por parte de Deus era, então, necessária. Quando o
homem comeu da arvore do conhecimento do bem e
do mal (simbologia utilizada nas Escrituras), Deus
passou a batuta para suas mãos e pouco a pouco foi
deixando de intervir, permitindo, dessa forma, que o
sistema funcionasse do modo como foi originalmente
concebido. Com isso, por falta de uso, a glândula
pineal foi se atrofiando e perdendo boa parte de seu
poder de comunicação direta com o Criador. No
entanto, quando acionada corretamente, ainda
funciona.

Outrora, a função principal do super consciente era a


de fazer vibrar uma determinada frequência que induzia
a glândula pineal a estabelecer contato com o Criador e
Seu reservatório de sabedoria. A vontade, o desejo, a
necessidade e ignorância eram as senhas que
ativavam o super consciente e estabeleciam a
comunicação. Quando o processo passou a funcionar
de acordo com as novas regras, ou seja, sem
interferência do Criador, o super consciente passou a
exercer suas funções de forma diferente.

Hoje, quando desencadeamos pensamentos


conscientes que acionam o super consciente, ao invés
de estabelecermos comunicação direta com o Criador,
acionamos frequências auxiliares de fé ou de medo
(conhecimento do bem e do mal). Como já vimos, tais
frequências estabelecem sintonia com os receptáculos
e permitem colher e nos fazer fluir sua força. Deste
139
modo, com fé colhemos forças positivas, construtivas e
de ajuda e com medo, forças negativas, destrutivas e
que nos atrapalham. Este acionamento de fé ou de
medo “turbinam”, reforçam o poder do verbo, da senha
que abre o respectivo receptáculo. Entretanto, a pineal
ainda funciona, de modo que se elevarmos nossa
vontade e nosso desejo de estabelecer contato com o
Criador ainda poderemos obter respostas diretas. Isto
ocorre porque nem todos os receptáculos suficientes e
necessários para o atingimento pleno da evolução
foram criados. Como faltam determinados
receptáculos, passíveis de surgirem devido ao
constante aprimoramento das questões humanas, da
religiosidade, da ciência, da biologia e da filosofia,
muitas vezes necessitamos buscar respostas que só
podem ser encontradas no reservatório Universal de
sabedoria administrado por Deus. Muitos receptáculos,
recém criados pelas novas indagações humanas, ainda
não registram suficiente volume de experimentos para
prover novos investigadores. Logo, quando o
turbinamento não consegue encontrar o receptáculo
requerido, o super consciente aciona a pineal e
estabelece contato com o Criador. Quanto mais
buscamos respostas para questões não respondidas
ou sem solução imediata, quanto mais
transcendentalizamos nossos pensamentos, mais fácil
se torna a comunicação direta. Tome, como exemplo
dessa conduta, os monges do Tibete, gurus da Índia e
outros.

Deus dificilmente estabelece comunicação por meio de


palavras. Preferencialmente e nessa ordem Deus se
comunica com exemplos, sensações e emoções,
imagens e quando estritamente necessário pode se
utilizar de palavras que podem surgir como sussurros
140
em nossos ouvidos, escrita involuntária (psicografia) ou
imagens com palavras ou números escritos. O grande
problema é que o ser humano costuma rejeitar estas
coisas julgando serem frutos de sua imaginação.
Quantas e quantas vezes você está queixoso da vida e
assiste uma cena ou ouve um fato que o faz
envergonhar-se de suas queixas. Este é a típica
resposta através do exemplo. Outras tantas vezes você
reformula conceitos e altera suas atitudes e emoções,
principalmente quando, não satisfeito com elas, fica
recriminando-se a si mesmo. Com certeza, isto ocorre,
porque Deus, assistindo sua aflição diante de suas
próprias emoções e sentimentos e percebendo sua
vontade de modificar, envia novos conceitos que fazem
alterar seu comportamento. Visões e sons ocorrem, na
maioria da vezes, nos sonhos. Embora possam ocorrer
em estado consciente, dificilmente estamos preparados
para recebê-los, ora porque estamos ocupados demais
com os problemas do cotidiano, ora porque estamos
desfrutando os prazeres da vida, ora porque não
entendemos como vindos de Deus. Em geral, a
obtenção de comunicação através deste mecanismo só
ocorre quando, de fato, nos predispomos para tal, ou
seja, quando nos aquietamos e buscamos, com
sinceridade, ver e ouvir as verdades supremas do
Criador.

O alto falante é um equipamento que recebe sinais


elétricos de frequência variável, sinais estes que
convertidos em eletromagnéticos fazem vibrar um cone
de papelão. A vibração do cone de papelão movimenta
o ar que está à sua frente. Esta movimentação do ar se
traduz em ondas sonoras. Dizemos, então, que o alto
falante é o transdutor dos sinais elétricos recebidos

141
pelo rádio ou das frequências geradas pela música de
um CD.

A alma, quando fora do corpo, não pode se comunicar


com palavras ou sons audíveis por falta de um
transdutor. Entretanto, quando de posse de certos
corpos biológicos, a alma pode converter frequências
geradas no cérebro e transformá-la em sons, que são
emitidos por membranas. Os seres vivos dotados de
tais transdutores podem emitir sons. Porém, só ao ser
humano foi dado o dom de falar de forma inteligível e
padronizada. A palavra falada ou escrita é um mero
símbolo de uma sensação, emoção, forma, objeto, cor,
etc. Assim um monte de palavras pode se fazer
necessária para a descrição minuciosa de uma cena.
Por vezes uma única palavra, adotada por convenção,
nos faz entender algo que seriam necessárias diversas
palavras para descrever. Tente descrever um cubo ou
uma pirâmide e veja quantas palavras são necessárias.
Entretanto, quando ouvimos a palavra cubo ou
pirâmide, imediatamente entendemos do que se trata.
Podemos até vê-los com os olhos da mente (na
imaginação). Nos utilizamos de milhares de palavras
para exprimir tudo que pensamos. Todos os dias
palavras novas são incorporadas em nosso vocabulário
para exprimir objetos e novos experimentos inventados
pelo homem. As coisas materiais, depois de
convencionados seus nomes, são fáceis de entender.
Há 50 anos a palavra “computador” era desconhecida
da maioria das pessoas. Quando ouviam-na não
podiam aliá-la a nada pois não conheciam a aparência
do objeto e nem tampouco sua serventia. Hoje, depois
de estabelecida e divulgada, a palavra “computador” é
perfeitamente compreensível levando-nos inclusive a
imaginar o aparelho. Se, por um lado, a palavra escrita
142
ou falada pode definir com certa facilidade objetos,
fatos e tudo que é visível, por outro é extremamente
deficiente para definir sensações e emoções. Por
exemplo, cada pessoa entende “amor” de uma forma,
em função de sua experiência e vivência. Definir amor,
dor, medo, pavor, ódio, susto, etc. é muito difícil já que
seus efeitos são apenas sentidos, não podem ser
vistos. Como cada um sente um efeito diferente,
entende, por conseguinte de forma diferente.

Conclui-se daí que as palavras funcionam de modo


perfeito para as coisas materiais e de forma muitíssimo
vaga para as emoções. De que vale dizer para uma
pessoa “eu te amo” se no fundo a pessoa que está
recebendo o afeto não sabe o que você entende por
amor. É por este motivo que os relacionamentos
amorosos são tão cheios de controvérsias,
desconfiança e insegurança. Se a alma, tal como o faz
quando fora do corpo, pudesse transmitir de cérebro
para cérebro suas reais emoções e sentimentos, é bem
provável que os relacionamentos entre as pessoas
seriam muito melhores. No entanto, quando encarnada,
a alma precisa fazer um esforço descomunal para
apresentar as outras seu intimo intento. Ao entrar no
corpo a alma perde as facilidades para vivenciar as
dificuldades. Para construir é preciso destruir. Quando
das dificuldades o empenho aumenta e a
experimentação se torna muito mais produtiva. Este é o
nosso verdadeiro desígnio. Experimentar o bem e o
mal, o fácil e o difícil, o certo e o errado, o amor e o
ódio e por fim concluir que o positivo é melhor e mais
fácil de lidar que o negativo.

Nosso consciente é levado, desde a infância, a


formular palavras. Pensamos mais palavras do que
143
sensações, sentimentos e emoções. O fato de darmos
nome a tudo é que nos condiciona a pensar palavras.
Entretanto em momentos de grande aflição ou de
extrema alegria, esquecemos momentaneamente as
palavras e exprimimos nossas emoções através de
expressões faciais, manuais ou corporais. Tal maneira
de expressar emoção é infinitamente mais poderosa do
que a palavra e aciona com muito maior facilidade os
respectivos receptáculos. A fé incontestável e o medo
têm esta força. Como estamos habituados, nos
utilizamos do pensamento formulando palavras na
mente e como estas não estão carregadas de emoção
suficiente e necessária para acessar os respectivos
receptáculos é necessário que a turbinemos através da
fé. Quando, ao invés da fé, utilizamos o medo para
turbiná-las obtemos resultados negativos.

A palavra, como vimos, nos imprime dois


comportamentos (ações): o físico e o mental. Quando
dizemos “vou para casa” agimos no sentido de nos
dirigirmos para o local especificado. Quando dizemos
“vou comprar uma casa” e imprimimos na frase um
sentimento de certeza (fé) agimos no plano mental
onde o receptáculo acionado registra sua intenção de
“comprar” uma casa. Mais adiante teremos
oportunidade de mostrar a diferença entre “vou
comprar” e “tenho”, entre outros exemplos.

Quando exprimimos um verbo, turbinado pelo medo ou


pela fé, enviamos para o cosmos uma frequência que
vai direto para o receptáculo relacionado. Se você
aciona um receptáculo com medo, a sintonia é uma, se
o faz com fé a sintonia é outra. O medo ou não lhe traz
nada ou traz a soma dos medos de todos aqueles
pensamentos que ali se acumulam. Desta forma ou
144
você continua com seu medo ou adquire ainda mais tal
sentimento. Lembre que insegurança, depressão,
desconfiança, dúvidas, etc., são formas pensamento
variantes do medo. Ao contrário do medo, a fé move
frequências positivas. Quando você turbina seu
pensamento com fé, com certeza, com convicção,
invariavelmente envia suas emoções, desejos e
necessidades para receptáculos de mesma natureza.
Esta ação espiritual liga-o às energias de mesma
natureza, que somadas, enviam-lhe muito mais força e
agilidade do que você possui e com isto lhe imprime
uma ação física que o levará à solução de seu intento.

A genética da alma ou do pensamento faz com que


algumas pessoas nasçam com mais ou menos
tendências para a fé ou para o medo de modo que
enquanto umas são extremamente otimistas, outras
são extremamente pessimistas. Algumas pessoas
conseguem tudo que querem enquanto outras ficam
apenas no desejo. Para umas tudo o que fazem dá
certo, para outras dá sempre tudo errado.

Tal como no corpo físico, a genética pode predispor


mas não impor. Algumas pessoas nascem predispostas
ao câncer e nunca o contraem. Do mesmo modo,
algumas pessoas podem nascer predispostas para a
depressão, mas serem tão combativas que evitam que
tal mal as perturbem. Ao nascer, cada alma traz em
seus registros não só o mapa de tudo que já
experimentou em outras vidas como traz também uma
lista de experimentos que pretende praticar para atingir
seu objetivo cósmico. Esta genética da alma é que vai
lhe permitir experimentar diversas emoções e
sensações. A alma, antes de nascer e já de posse da
lista de experimentos que pretende praticar, escolhe a
145
família, o país, o “status” social, a condição financeira,
entre outras coisas. Ao nascer, sua missão é
experimentar sensações agradáveis e desagradáveis.
No entanto, se lhe sugerirem para experimentar um
bolo de chocolate, por acaso você precisará
experimentar durante sua vida toda? Claro que não.
Logo, para a alma é a mesma coisa. Se seu objetivo é
experimentar a pobreza, isto não quer dizer que deverá
ser pobre durante toda sua estada neste plano.
Experimenta por um tempo, tira conclusões, dá a
experiência como concluída e parte para outra
sensação. Faz parte de seu livre arbítrio permanecer
indefinidamente na experiência ou abreviá-la. Para
abreviá-la, o melhor caminho é a resignação. Quanto
mais rápido você aceitar a condição e entendê-la como
parte de seus experimentos e quanto mais rápido você
puder ver o lado bom de uma experiência dita ruim ou
dolorosa, tanto mais rápido poderá encerrá-la e iniciar
outra, menos dolorosa ou melhor, mais agradável. A
escolha é sua.

146
COMO PENSAR CORRETAMENTE EVITANDO
INTERFERÊNCIAS

Um cidadão saiu em viagem de férias com a família


rumo à uma capital do nordeste brasileiro. Lá
chegando, encantou-se com a cidade, as praias, a
natureza e a qualidade de vida e sentiu um enorme
desejo de para lá se mudar. Devido à vínculos
profissionais e materiais percebeu a dificuldade de se
mudar com a família para outro extremo do país.
Homem religioso e fervoroso em sua fé, ao regressar,
começou a orar à Deus, pedindo que seu intento se
realizasse. Sua oração era mais ou menos assim:

“Senhor, fiquei encantado com Fortaleza e adoraria me


mudar para lá. Gostaria muito de contar com Sua ajuda
e lhe peço, Senhor, que me ajude a vender nossa casa
em São Paulo, nosso terreno na praia e, se possível,
me ajude também a conseguir um bom emprego onde
possa ganhar o suficiente para manter o mesmo
padrão de vida que tenho aqui. Com o dinheiro da
venda dos imóveis é minha intenção comprar um casa
ou apartamento naquela cidade e caso não consiga um
bom emprego, pretendo me estabelecer com um
pequeno negócio. Tenho muita fé e espero contar com
Sua ajuda. Amém.”

Passados muitos e muitos meses nada havia


acontecido que levasse o cidadão a crer que teria
condições de se mudar para a sonhada cidade. Apesar
das constantes orações e da extrema fé em Deus nada
aconteceu.

Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou.


Achar que Deus se cansou é subestimar Sua força. O
147
mais provável é que esta frase simboliza o momento
em que Ele, depois de instituir todas as regras e leis
que garantissem o perfeito funcionamento de Sua obra,
deixasse que passasse a funcionar de forma
automática. Logo, o mais lógico é que, diante da
perfeição, Deus não precisa ficar ouvindo e atendendo
pedidos uma vez que o sistema se encarrega de
atendê-los ou não, conforme bem ou mal operado por
aqueles que o utilizam.

Nosso cidadão errou nos seguintes pontos:

Quando ele diz que “adoraria mudar” para Fortaleza


utilizou como senha o verbo “adorar mudar” no
condicional (“se pudesse” mudar eu adoraria).
Novamente se utiliza do verbo no condicional para
dizer “gostaria muito de contar com sua ajuda” ao invés
de “conto com sua ajuda”. Quando o cidadão pede
“ajuda” está querendo dizer que terá que fazer sua
parte e espera que Deus auxilie. O auxilio solicitado
neste primeiro pedido de ajuda não tem nada a haver
com o objetivo principal que é o de mudar para
Fortaleza. Se o objetivo principal é morar em Fortaleza,
certo é focalizar somente isso, desconhecendo
qualquer outro, uma vez que ir para Fortaleza não
implica necessariamente em vender isto ou aquilo. Por
outro lado o cidadão não define com clareza se quer
um bom emprego em Fortaleza ou um negócio ou
ainda se pretende comprar uma casa ou um
apartamento. Na dúvida nenhum é atendido.

Logo, a melhor oração, juntamente com uma sensação


de absoluta certeza, seria esta:

148
“Senhor, meu Deus, agradeço-lhe por morar em um
belíssimo apartamento em Fortaleza, cidade que eu
adoro e também por possuir um rendimento saudável
que garante o conforto e a boa qualidade de vida da
minha família.”

Um bom reforço é, neste caso especifico, sentir-se


fisicamente no local, na cidade, no apartamento, ver
seus detalhes e se não souber que tipo de negócio irá
operar para obter renda, visualizar-se atendendo
muitos clientes satisfeitos e recebendo muito dinheiro.
As leis Divinas, através dos receptáculos, irão prover
tudo aquilo que, corretamente sintonizado e acreditado,
povoar sua mente.

Se você é do tipo de pessoa que consegue boa


concentração em qualquer lugar que esteja, qualquer
hora é hora de visualizar, acreditar e transmitir seus
desejos e emoções. Entretanto, se você não tem
capacidade para se concentrar em qualquer lugar ou se
distrai facilmente, a melhor hora de fazer a sintonia é
quando estiver na tranquilidade do seu lar ou escritório.
Neste momento, faça um bom relaxamento físico, como
descrito no final do tópico “O Nada”, visualize seu
intento, sinta-se participando ou de posse daquilo que
quer. Em seguida, saia do relaxamento, repita várias
vezes, em voz alta, uma frase, sempre no verbo
presente, sintetizando seu desejo, usando de
preferência “eu sou” ou “eu tenho” e daí em diante dirija
todas as suas ações no sentido de atingir os resultados
desejados. Repita este exercício várias vezes não
mudando uma virgula daquilo que originalmente
pretendeu. Derrame sobre o desejo uma fé inabalável
de conquista. Sinta como se já tivesse ocorrido. Sinta-
se de posse do bem que busca. Depois de praticá-lo
149
algumas dezenas de vezes, esqueça o assunto. O
resultado virá. Os eventos, ao seu redor, irão fluir de
modo a levá-lo pelo melhor caminho na direção do seu
desejo. É assim que o sistema funciona.

Você terá oportunidade de se deparar com eventos que


lhe parecerão coincidência mas que na verdade são
provocados pela energia do respectivo receptáculo que
está sendo enviada ao seu ambiente, às suas ações e
às ações daqueles que podem contribuir para com o
seu intento.

Acredite! Isto funciona mesmo!

Se não funcionar, analise seus pensamentos a respeito


do assunto. É provável que tenha mudado
mentalmente algum detalhe (como a cor do carro, por
exemplo, caso este seja seu intento), ou não está
convicto do que deseja ou ainda por ter inserido no
contexto quaisquer sensações de medo, insegurança e
outros que acabam por provocar dúvidas, acionando
um receptáculo negativo. Alterar um intento e não ter
convicção muda o rumo da energia enviada e o
resultado poderá não vir ou vir de forma a não agradá-
lo.

Vimos a diferença entre “ser” e “estar”. Vimos também


que o “eu” na frente do verbo fortalece sua atração.
Mesmo que não seja escrito com letras maiúsculas o
“eu” precisa ser vibrante para provocar a atração.

Eu sou forte. Eu sou rico. Eu sou feliz. Eu sou sadio. Eu


sou competente. Eu sou vencedor. Mesmo não sendo,
diga que é. Utilize sempre o verbo “ser” no presente
para afirmar aquilo que pretende ser. A afirmá-lo sinta-
150
se de posse do adjetivo. Sinta-se forte, rico (material e
espiritualmente), feliz, sadio, competente e vencedor.
Quando menos esperar estará agindo da maneira que
projetou. Diga “eu sou” de modo vibrante, sempre que
puder fale a frase em voz alta, mas se não puder pense
com a certeza de que o resultado já ocorreu no espaço
cósmico e que a realização no plano físico ocorrerá em
pouco tempo. Se quiser afirmá-la várias vezes ao dia e
teme esquecer, escreva-a em etiquetas auto adesivas
e cole-as no espelho do banheiro, no painel do carro,
na mesa de trabalho e onde mais lhe aprouver. Cada
vez que olhar para a etiqueta repita a afirmação. Faça
este exercício até sentir que está enraizado em sua
mente e depois de estar convicto do bom resultado (fé)
esqueça-o. Não fique na expectativa do resultado.
Esqueça mesmo. Quando menos esperar estará de
posse do seu efeito, resultado ou bem desejado.

O verbo “ser” transmite a sensação de estado


definitivo. Por este motivo evite dizer “sou doente”, “sou
pobre”, “sou infeliz”, “sou incompetente”, “não sou
capaz” ou coisas do gênero, pois poderá prolongar seu
efeito indefinidamente ou até que mude de postura
mental.

O mesmo ocorre com outros verbos importantes para a


obtenção de resultados.
O verbo “ter” é outro que possui um poder muito
grande. Quem “tem” o tem de forma definitiva. “Tenho
saúde”, “tenho dinheiro”, “tenho boa sorte”, “tenho boas
idéias”, “tenho casa própria” são frases que reforçam a
posse de sentimentos ou coisas, mesmo que ainda não
as tenha e principalmente quando ditas com fé.

151
Considerando o exposto, relacionaremos abaixo uma
coleção de verbos mais usados em nossos objetivos e
desejos.

Pedir
O verbo pedir transmite uma sensação de carência.
Quem pede, pede o que não tem e desta forma o
receptáculo acionado é o de falta, carência e o
resultado será a manutenção da falta. Não peça, afirme
que já possui e terá.

Querer, desejar, almejar


Tais verbos transmitem a sensação de desejo, de
objetivo futuro, motivo pelo qual vai continuar
desejando e nunca obtendo. Não queira, sinta-se de
posse e terá.

Ir
Utilizado em frases do tipo “vou ser promovido”, “vou
ficar rico”, transmitem a sensação de obtenção de
resultado num futuro incerto. Quem vai, continuará indo
indefinidamente. Se for necessário o uso do verbo “ir”
una-o à uma data ou prazo tais como: “dentro de um
ano vou ser promovido”, “até o próximo Natal vou ficar
rico”. Entretanto procure trocar o “vou ser” por “eu sou”.
É mais eficaz.

Ganhar
O verbo ganhar é um ato presente. Frases como
“ganho muito bem”, “ganhei na loteria”, “ganhei um
emprego” são boas mesmo quando ditas antes do
evento e reforçadas com fé. Por outro lado dizer “ganho
pouco”, “o que ganho é insuficiente”, “nunca ganhei
nada de graça”, só vai reforçar tais situações e por
conseguinte perpetuá-las.
152
Haver
Deus disse “haja luz” e a luz se fez. Veja que Deus
também verbalizou para obter Seu intento o que
demonstra que o verbo provoca a ação, seja no
Universo energético, seja no Universo material. Desta
forma você pode generalizar estados para si ou para a
família utilizando-se de frases do tipo “haja felicidade
nesta casa”, “haja riqueza material em minha vida”,
“haja paz e harmonia”, entre outras.

Mais uma vez reforçamos a idéia de que para construir


é preciso, antes, destruir. Destrua suas antigas frases e
conceitos preestabelecidos e renove-os utilizando
verbos imediatos e sempre no presente. Não utilize
verbos no futuro ou no condicional tais como “serei”,
“terei”, “irei”, “queria”, “gostaria”, etc. Policie seus
pensamentos. Toda vez que se pegar pensando de
forma negativa mude, imediatamente, sua conduta
mental. No começo é um pouco difícil, devido aos
vícios de pensamento, entretanto, com o tempo, estará
pensando de forma correta e adequada. Quando seus
pensamentos positivos virarem uma rotina, bastará
acrescentar-lhes a fé inabalável, transformá-los em
palavras ou desenhos e, por certo, quando menos
esperar, farão parte da sua realidade.

Tomemos a seguinte afirmação e vamos ver como ela


opera cosmicamente:

“Eu sou rico, tenho muito dinheiro e com ele compro


tudo que quero. Eu faço bom uso dele e ele nunca me
falta.”

153
Quando afirmamos com fé “eu sou rico”, mesmo que
ainda não o sejamos e transmitimos tal Pensamento-
Menor através do Pensamento-Maior, pelos
mecanismos que já vimos, iremos acionar o
receptáculo de riquezas. Este receptáculo contém
registros de todos aqueles que conquistaram riquezas
no decorrer de suas vidas. Lá estão registradas as
formas de conquista, os pensamentos positivos de
quem as conquistou, as histórias das conquistas e
outros registros que levaram pessoas a conquistar
riqueza. Como o verbo “ser” induz a uma ação e você
está sintonizado com todas as ações que redundaram
em riqueza, inconscientemente, você será levado a
praticar ações semelhantes que o levarão à riqueza.
Como riqueza pode representar riqueza de espírito, de
idéias, de saúde, etc. o reforço “tenho muito dinheiro”
sintoniza as ações que relacionam a riqueza ao
dinheiro e/ou bens materiais. O reforço seguinte “...e
com ele compro tudo que quero” evita que você se
torne um colecionador de notas de dinheiro e realmente
transforme o dinheiro (papel moeda) em prazer. Sem
este reforço você correrá o risco de ser mesquinho, ou
seja, ter muito dinheiro e não usufruir dos prazeres que
o dinheiro pode oferecer. Quando diz “Eu faço bom uso
dele” também está evitando a mesquinhez, dando a
entender ainda que poderá, quando necessário, prestar
auxilio a outras pessoas, ajudar os necessitados e a
praticar outros atos de caridade. Por fim “...e ele nunca
me falta” reforça que a fonte ou o rendimento
decorrente de aplicações nunca cessará uma vez que
muitas pessoas conquistam a sorte grande e depois de
um determinado tempo perdem tudo, acumulam dívidas
e ao invés de conseguir multiplicar o dinheiro que
ganharam acabam sem nada.

154
Percebe-se daí que não basta criar uma frase simples
do tipo “eu sou rico” para garantir a riqueza. Necessário
se faz reforçá-la com frases de apoio para perpetuar e
tornar a riqueza um estado definitivo e não temporário.
Por outro lado, enquanto estiver formulando sua frase
mágica a sintonia não será perfeita. Crie uma frase
completa com o efeito que deseja obter, formule-a
várias vezes durante o dia e por várias semanas e
depois esqueça (esquecê-la completamente significa
confiança no resultado, fé, propriamente dita). Deixe
que a energia flua para o receptáculo. Quando a
energia retornar você estará agindo de encontro ao seu
intento e todas as ações o levarão para o atingimento
dos objetivos.

Perceba que os homens mais bem posicionados que


você conhece agem exatamente assim. São confiantes
de si, determinados, incansáveis e vitoriosos. Sempre
chegam onde querem. Na maioria das vezes nem
conhecem ou nem se preocupam com o mecanismo
cósmico que aqui relatamos. Entretanto o sistema
pertence a todos, ricos, pobres, bondosos, maldosos,
altruístas, egoístas, fracos ou poderosos e funciona. É
lei Universal e está disponível para quem quiser dela se
utilizar. Infelizmente a grande maioria prefere ficar com
velhos e antigos conceitos e acaba não usufruindo as
dádivas de Deus e do poder que lhe foi concedido. Não
se utiliza de sua principal ferramenta: pensar, falar e
acreditar. Quando o faz, ao invés de temperar o
pensamento com fé, tempera com o medo, a
ansiedade, a expectativa e a angústia e os resultados
obtidos são coerentes com tais emoções.

O pensamento pode ser individual ou coletivo.

155
Pensamento individual é aquele praticado por uma
única pessoa cujo intento é atingir um objetivo para sua
vida. Pensamentos coletivos podem ser os
pensamentos dirigidos de uma família, de uma
comunidade, de uma cidade, de um país ou até de toda
humanidade.

Quando uma pessoa pratica um pensamento individual


e revestido da necessária fé é conveniente que não
compartilhe com ninguém, nem mesmo com a esposa,
filhos, parentes ou amigos. Como vimos, somos todos
cápsulas com a essência Divina e como tal, com
poderes para acionar os registros (receptáculos)
Universais. Logo, se você compartilha seu fervoroso
intento com pessoas que possam duvidar de sua
conquista, tais pessoas irão, mesmo que
inconscientemente, interferir em sua sintonia. Sua
sintonia positiva será enviada em meio a ruídos
negativos do tipo “fulano está sonhando”, “fulano não
vai conseguir o que quer”, “fulano pensa que é o bom”,
e outros mais. Uma pura sintonia individual acaba se
tornando uma sintonia coletiva que nem sempre leva
ao mesmo objetivo.

Uma família pode e deve pensar unida quando o


objetivo é comum. A compra da casa própria, a reforma
da casa, a compra de um carro novo, o aumento da
renda familiar são exemplos de pensamentos familiares
(coletivos) que quando bem sintonizados podem
redundar positivos. No entanto se algum membro da
família é do tipo negativo, destituído de fé ou derrotista
é conveniente não permitir sua participação no intento.
Melhor mesmo é que nem saiba dos planos da família.

156
Um time de futebol, uma torcida ou uma comunidade
qualquer pode alcançar seu intento desde que todos
almejem o mesmo ideal e desde que todos tenham
absoluta confiança no resultado. Entretanto, em uma
comunidade diversificada é quase impossível traçar
objetivos comuns e mais difícil ainda conseguir
unanimidade na fé. Sempre haverá aqueles que
intentam algo diferente e sempre haverão aqueles que
não acreditam muito na obtenção do resultado.
Entretanto quando deparamos com um time alegre,
confiante e objetivo é praticamente certo apostarmos
em sua vitória.

Pelos mesmos motivos é que vemos cidades e países


sendo mal administrados por maus governantes.
Tornou-se um hábito tão generalizado o povo duvidar
da qualidade e da honestidade dos políticos que
invariavelmente os governantes escolhidos possuem tal
perfil. Quando têm pretensões honestas acabam sendo
derrotados pelo inconsciente coletivo do povo e
acabam governando sob forte oposição ou com poucos
recursos ou ainda atingidos por catástrofes climáticas
que minam o poder econômico. Tudo isto é resultado
de uma postura mental que atrai para a cidade, estado
ou país o pensamento de seu povo.

A população do planeta, como um todo, gera


pensamentos negativos e o inconsciente coletivo do
povo acaba sendo derramado em algum ponto do
planeta cuja comunidade esteja com ele sintonizada.
Desta forma fome, guerras, guerrilhas e catástrofes
ocorrem em determinados lugares dando vazão à
energia acumulada em receptáculos específicos.

157
Os receptáculos são poderosas fontes de energia.
Acumulam energias geradas pelo pensamento humano
e pelas seus experimentos, energias estas que podem
ser positivas ou negativas. Os receptáculos são parte
do sistema criado por Deus mas são, desde sua
fundação, preenchidos pelos seres vivos (dotados de
alma vivente). Os registros não são manipulados por
Deus mas tão somente pelo seres vivos deste e de
outros planetas. Quando Deus criou o sistema, os
receptáculos eram pontos cósmicos vazios. À medida
que os seres começaram a provar os experimentos, os
receptáculos foram sendo alimentados. De modo
inverso, os receptáculos transmitem, para aqueles que
o sintonizam, seu conteúdo juntamente com toda
energia que contêm. Pessoas sensitivas, dotadas do
chamado dom da premonição, têm a capacidade de
captar um determinado receptáculo, observar seu
conteúdo e prever certos acontecimentos. Tais
acontecimentos estão na eminência de ocorrerem
quando o conteúdo energético de um receptáculo está
a ponto de “transbordar”. Apesar de ilimitados no que
se refere a registros, os receptáculos são suscetíveis
ao “transbordamento” quando o volume de energia é
demasiadamente grande. Quando Deus terminou a
construção do Universo, descansou de sua obra, ou
seja deixou que funcionasse por si mesma dentro da
perfeição a que foi sujeita. Ele sabe que o resultado
final de sua obra é o retorno de todas as cápsulas
(almas) para o seio de seu corpo, intactas e perfeitas,
aliás mais perfeitas, pois que, ao conviver com os
opostos, puderam comparar e comprovar Sua verdade
suprema. Sabendo do final feliz, Deus não se preocupa
nem um pouco com a criação e uso dos receptáculos
uma vez que a função destes é prover os seres de
registros Universais e suas consequências. As
158
consequências, por sua vez, não são destruidoras mas
tão somente instrutoras, permitindo aos seres
reconhecerem suas qualidades e defeitos,
experimentarem, compararem e concluírem. As
conclusões no entanto, como Deus já sabe, são óbvias.

Infelizmente a humanidade não só desconhece o


sistema como faz mal uso dele. À medida que tomar
conhecimento das leis Universais e começar a fazer
bom uso delas, a humanidade acabará destruindo os
receptáculos negativos e passará a reforçar os
positivos possibilitando um fluxo de energia que só virá
a beneficiar o planeta e o Universo. Este será o início
da verdadeira evolução. Nós, que já tomamos o
primeiro contato com as verdadeiras leis, podemos ser
os pioneiros da verdadeira evolução do Universo.

A propósito, convém comentar que os receptáculos são


comuns à todos os seres viventes de todos os planetas
habitados do Universo de modo que recebemos
influências de seres mais evoluídos e de seres menos
evoluídos. Esta influência é que permite que algumas
pessoas tenham a sensação de verem ou estarem
juntos de seres extra terrestres, conhecendo-lhes seus
aspectos, suas vestimentas, seus veículos espaciais e
suas emoções e desejos. É somente através do
pensamento que poderemos vir, um dia, a viajar para
locais distantes anos-luz da Terra e por conseguinte é
desta forma que recebemos visitas de seres extra
terrestres, já que fisicamente tais viagens são
totalmente impossíveis. Os cientistas deveriam
procurar os chamados “buracos de minhoca” que,
como já admitem, podem encurtar distâncias
intergaláticas e nos permitir visitar outros planos, em

159
nosso Pensamento ou na Mente Universal da qual
nossa mente faz parte.

160
AGRADECENDO PELO QUE NÃO SE TEM!

Como sabemos, as palavras não são suficientes para


expressarmos todos nossos sentimentos e desejos.
Formular frases no pensamento que não firam as leis
Universais muitas vezes se torna uma tarefa difícil,
senão impossível. Escrevê-las, então, pior ainda.
Entretanto, quando o objeto de nossos desejos é algo
conhecido é mais fácil visualizarmos do que descrevê-
lo em palavras.

Partindo dessa idéia, se o objeto de seu desejo é um


carro novo, defina-se. Escolha o carro de seus sonhos,
cor, acessórios, rodas e tudo que achar de direito e
vislumbre-o em sua mente. Procure ver (com os olhos
da mente) todos seus detalhes ao mesmo tempo em
que se sinta de posse dele. Entre em seu interior,
visualize os detalhes, dirija-o, passeie, sempre com um
forte sentimento de posse e certeza da conquista. O
mesmo mecanismo pode ser usado para uma casa,
apartamento, um cargo mais elevado ou qualquer coisa
que queira. Se você não tem muita idéia da casa ou
apartamento que deseja, folheie revistas
especializadas e escolha aquele ambiente, fachada,
terreno, quintal e acabamento que mais se aproxima do
seu gosto e passe a visualizar-se morando neste
ambiente. Se pretende um cargo mais elevado na
empresa, sinta-se nele. Se quer dinheiro veja-se
recebendo um cheque preenchido com o valor e
nominal a você ou uma pasta repleta de uma
quantidade definida de dinheiro.

Se você ganhasse um prêmio de loteria de cinco


milhões de dólares hoje, com certeza iria agradecer a
Deus, ao Criador, às forças cósmicas, ao Universo ou à
161
qualquer força em que acreditasse. Agradeça então
pelo que não tem utilizando-se do mesmo entusiasmo
que teria ao ganhar o prêmio de loteria. Agradeça com
fé, com todo o coração, mesmo por aquilo que ainda
não conquistou. O ato de agradecer por aquilo que não
se tem, mobiliza uma energia tão grande quanto
qualquer senha (verbo) positiva que viesse a utilizar,
com a diferença de que o agradecimento já incorpora
uma certeza de posse, uma fé.

Uma oração de agradecimento poderia ser assim:

Agradeço, Senhor, pela minha nova casa, pelo meu


carro novo, pela minha promoção na empresa, pelo
excelente salário que recebo, pela minha boa saúde,
pela minha felicidade, pelo fato de conhecer e saber
aplicar Suas regras e leis. Agradeço também pela
saúde, bem estar e felicidade da minha família, da
minha esposa e dos meus filhos. Agradeço, Senhor,
pelas amizades honestas e sinceras que cruzam meu
caminho, pelo dinheiro que consigo economizar, pela
boa administração e compras que faço com o dinheiro
que tenho e agradeço pela oportunidade de
experimentar as energias de Seu grandioso e perfeito
Universo. Que assim seja, Amém.

Quando passar por situações difíceis, agradeça desta


forma:

Agradeço ao Senhor pelos experimentos que passei


certo de que serviram para engrandecer minha
experiência e evolução. Agradeço por ter tirado
proveito de tais experimentos e por ter atingido plena
compreensão de seus efeitos e consequências, não

162
havendo, daqui por diante, necessidade de repeti-los.
Amém.

Lembre-se de que ninguém paga a mesma dívida duas


vezes. Uma experiência ruim e dolorosa é necessária
quando se está experimentando emoções negativas.
Uma vez experimentada não há necessidade de
perpetuá-la. Procure compreender rapidamente o
significado cósmico da experiência, já que a
compreensão plena não só abrevia o evento como
também impede que se prolongue até atingir o
entendimento.

163
A FÉ E O MEDO

Fé e medo são ingredientes essenciais para remeter o


verbo (senha) ao respectivo receptáculo. Tanto um
como outro são energias tão fortes que conseguem não
só reforçar o conteúdo emocional do verbo como
reverter radicalmente seu sentido. Por exemplo, se
você diz “eu sou rico” mas tem medo das
consequências de ser rico (risco de sequestro, risco de
se tornar arrogante, etc.) tal medo irá reverter o “eu sou
rico” por “será que eu quero ser rico?”. Na dúvida o
receptáculo não libera sua energia. Por outro lado se
você se utiliza da frase no futuro (sem data limite),
dizendo “eu serei promovido” é remete esta sensação
juntamente com uma poderosa certeza, uma fé
inabalável, tal sensação pode reverter o futuro incerto
para o presente, embora seria melhor dizer, por
exemplo: “até o Natal eu serei promovido”.

Infelizmente, por se tratarem de sensações, não temos


condições de avaliar o que é um profundo temor ou
uma fé inabalável e consequentemente não saberemos
que resultado tais sensações irão desencadear, motivo
pelo qual sugerimos sempre o uso de verbos positivos
e aplicados no tempo presente. Sugerimos ainda o
agradecimento sincero como melhor fórmula de
conquistar objetivos. Entretanto é fundamental
descartar quaisquer tipos de medos.

Timidez, introversão, desconfiança, insegurança,


ansiedade, depressão, angústia, remorso, entre outros
são formas de medo e como já vimos todos estes
sentimentos alavancam o lado negativo das energias
coligadas. Querer com medo não é querer, ser com

164
medo não é ser, ter com medo não é ter, e assim com
qualquer outro desejo.

Analogamente, audácia, extroversão, confiança,


segurança, despreocupação, convicção, alegria de
viver entre outros são sensações de fé que, contrárias
ao medo, alavancam o lado positivo dos desejos.
Querer com alegria é poder, ser com segurança é ser
melhor, ter despreocupadamente é nunca perder, dar
com convicção é nunca faltar.

Enquanto a fé age como um expansor de forças o


medo age como um gargalo onde a energia não pode
fluir com todo seu vigor. O pavor, no entanto, estoura o
gargalo e permite fluir todo o negativismo acumulado
no respectivo receptáculo. Procure observar: as
pessoas que têm pavor de serem assaltadas são as
mais sujeitas a esse tipo de abordagem; quem teme
pelo desemprego são sempre os primeiros a serem
despedidos; quem vive se queixando de dores e
doenças são realmente mais doentes e suscetíveis à
dor.

Fé e medo agem como imãs. A fé atrai o positivo, o


medo atrai o negativo.

Desvencilhar-se do medo e cultivar a fé é o ideal que


todo ser humano deveria buscar, porém sabemos o
quanto isto é difícil de ser conquistado. Por incrível que
possa parecer, a conquista da fé é mais facilmente
atingida do que a perda do medo.

Para praticar a fé comece almejando pequenas coisas.


Um pequeno presente, um elogio por parte de alguém,
o recebimento de um telefonema de alguém que há
165
muito não se comunica. Vislumbre e acredite que
pequenos objetivos estão se concretizando. Faça-o
como explicado acima, sempre no presente, repetindo-
se varias vezes e depois despreocupe-se com o
assunto. Aguarde e verá o resultado. Não se esqueça
de carregá-lo com o maior sentimento de certeza que
lhe for possível. À medida que for adquirindo confiança
no sistema, sua fé irá crescer e novos e maiores
objetivos poderão ser conquistados. Com prática, tudo
é passível de conquista. Deus nos deu o planeta para
dele usufruirmos da melhor forma possível. Se alguns
conseguem, por que você não conseguiria também? Se
pessoas, inclusive de má índole, mal comportadas ética
e socialmente conseguem galgar poder e riqueza,
porque você não consegue? É só uma questão de
querer e acreditar. Tente.

O medo, no entanto, está enraizado em nossas


mentes. A idéia de pecado, de inferno, de purgatório,
de juízo final e tantas outras colocadas pelas religiões,
desde a mais tenra idade, nos colocam de sobre aviso
e nos causam uma tremenda sensação de
insegurança, preocupação, medo da morte,
insatisfação e outras. A sociedade como um todo,
incluindo nossos pais, induzem-nos a pensar em
dificuldades. Dificuldade de galgar uma posição
profissional, dificuldade de entrar numa faculdade,
dificuldade de ganhar e acumular dinheiro, dificuldade
de pagar dívidas, dificuldade de viver em grandes
centros urbanos e muitas outras de todo tipo e
qualidade. Abandonar estes temores realmente não é
tarefa muito fácil.

Apesar de estar muito longe da verdade suprema, este


livro pode ser um bom começo para se desvencilhar do
166
medo. Se você, no decorrer da leitura, se convenceu
de que foi feito da essência de Deus e que portanto é
Deus, se convenceu de que o objetivo do Criador é o
experimento das verdades supremas sem incorrer em
consequências graves, se convenceu de que Deus
criou o ambiente de experimentação que, tal como um
teatro, é o palco das experimentações e que ao final da
apresentação só haverá aplausos, então temer o quê?
Viva, experimente, comprove, compare, não tenha
medo, no final tudo é festa, tudo é alegria.

Pense bem. Deus não está se depurando com o


processo que criou. Deus está simplesmente tomando
contato pleno com as verdades que já conhece e sabe
são perfeitas. Estivesse Deus se auto depurando teria
que jogar Sua parte ruim para fora de si ao final do
processo. Pergunto: jogar onde se não existe nada
exterior a Deus? Jogar onde se Deus é infinito e não
existe outro lugar que esteja fora de seus limites? Para
onde Deus poderia enviar as almas rebeldes? O que
mais Deus poderia fazer com aqueles que ainda não se
convenceram das verdades se não dar-lhes tantas
oportunidades quantas necessárias forem?

Não existe sensação mais gostosa do que a inocência.


Por isso, no início da civilização, o homem teve medo
de encarar o conhecimento. A alegoria bíblica da
serpente que desperta a curiosidade no ser humano é
prova de que o medo do conhecimento do bem e do
mal (dos opostos em geral) foi um salto para o
desconhecido e como tal gerou grande temor. A
serpente simboliza a perda da inocência e o momento
em que Deus julgou estar o ser humano pronto para
experimentar e concluir por si mesmo. Por enquanto
estamos experimentando. Logo começaremos chegar
167
às conclusões. O inconsciente coletivo gerado pela
expectativa de que o terceiro milênio será vivido num
ambiente mais amistoso, mais conclusivo do que
experimental, fez nascer um receptáculo de grandes
esperanças. Assim sendo, quando toda a humanidade
espera por um acontecimento, a energia respectiva é
derramada. Com certeza o tão esperado terceiro
milênio será o portal de entrada para a reta do
entendimento e da compreensão. A compreensão é o
melhor antídoto contra o medo.

168
O CICLO SE REPETE – ATÉ QUANDO?

Tal como é em cima é embaixo.

Esta antiga frase mística tem por objetivo dizer que o


microcosmo (ambiente em que vivemos) é cópia do
macrocosmo (Universo). Vimos que o homem não
inventa nada, apenas copia modelos preexistentes
encontrados na natureza e no Universo.

Desta forma, um dos modelos copiados pelo homem é


o modelo de ensino. Uma criança entra no pré primário,
passa para o primeiro grau, para o segundo grau e por
último se profissionaliza numa universidade. Cada
etapa é cumprida no decorrer de alguns anos e entre
um e outro, um período de férias (descanso). Este
modelo foi inconscientemente concebido através da
fonte suprema de sabedoria uma vez que a alma
humana também se sujeita a um processo semelhante.

Tudo que tem vida possui uma alma vivente. Do mais


simples vírus até o modelo humano, todos os seres
possuem essência Divina e seu receptáculo individual.
O receptáculo de cada indivíduo lista todos seus
experimentos desde o inicio do processo. Assim sendo
as cápsulas começam sua carreira de experimentos no
mais simples dos seres vivos, passam por vegetais,
animais irracionais e posteriormente entram para a
“faculdade” humana. Vão e voltam varias vezes até
garantir a plena compreensão dos processos de cada
etapa. Repetem-nos quando não plenamente
compreendidos. Assim vão subindo na escala
evolucionária até chegar a ocupar o corpo humano. A
alma não poderia ter pleno domínio do complexo de
atividades do corpo humano se não tivesse aprendido a
169
manusear os poucos processos físicos e químicos dos
vírus, bactérias, insetos, animais inferiores e dos
vegetais em geral. Este aprendizado prévio se fez
necessário a todas as almas que habitam corpos mais
elaborados. Entre uma etapa e outra a morte física se
faz presente, fato este que permite a troca para outro
corpo igual ou corpos cada vez mais elaborados. Uma
vez em corpos bem mais elaborados a alma começa a
vivenciar e experimentar, além das atividades químicas
e físicas, atividades emocionais e sensoriais. É no
corpo humano, no entanto, que a alma adquire a
compreensão de emoções extremamente complexas.
Como já possui experiência suficiente adquiridas nas
demais etapas, deveria concentrar-se nas emoções
mais complexas e desvincular-se de medos e emoções
menores. Entretanto, devido ao hábito adquirido em
bilhões de anos de experimentos, a alma guarda
resquícios das etapas passadas e acaba reagindo de
forma instintiva, comum aos animais inferiores. Tal
como o aluno repete de ano quando não assimila bem
os ensinamentos, a alma renasce em vários corpos nas
diversas etapas até que tenha adquirido toda a
experiência suficiente e necessária para encerrar suas
conclusões.

Embora os cristãos insistam em transmitir a idéia de


que vivemos uma única vida, mais de 60% da
humanidade (cerca de três bilhões e seiscentos
milhões de habitantes) acredita na reencarnação. Na
verdade, a reencarnação é parte do processo de
evolução e do aprendizado. Como não poderia deixar
de ser, na etapa humana, a alma se utiliza de vários
corpos até atingir plena compreensão de todos os
experimentos pelos quais precisa passar. Nasce e
renasce tantas vezes quantas forem necessárias,
170
podendo abreviar o processo e sujeitar-se menos ao
materialismo e aos procedimentos conservadores.
Todos evoluem, queiram ou não. Dizem que quem
aprende a andar de bicicleta ou dançar nunca mais
esquece. Pode até perder um pouco a prática, mas o
faz. Na verdade não existe desaprendizado. Uma vez
aprendido nunca mais é esquecido. Por este motivo
sempre sabemos diferenciar o certo do errado. Está
registrado na alma. Voltar significa praticar e praticar
até garantir que a prática adquirida tenha se tornado
um procedimento natural, rotineiro. Ai o ciclo termina.

É provável que existam outros planos de existência


onde novos e mais profundos conhecimentos devam
ser adquiridos. Nestes planos, ainda desconhecidos
para nós, provavelmente iniciam-se outras etapas de
experimentos para as almas. Por enquanto nos convém
dominar este em que vivemos.

Cabe lembrar que na verdade não estamos


aprendendo mas apenas exercitando o que já
sabemos. Nossa estada neste plano não é um
aprendizado mas tão somente o exercício dos opostos,
dos relativos, cuja finalidade é concluir que o positivo é
mais sublime do que o negativo. Não nos lembramos
de quem realmente somos e isso faz parte do plano
mas se, de alguma forma, você já percebe que é parte
do todo e como tal, indestrutível, que é parte de Deus
experimentando a matéria e perde o medo de viver
neste cenário, neste palco, abrevia ou dilata os
experimentos ao seu bel prazer. Pode, portanto, deixar
de sofrer e prolongar os momentos de alegria e
felicidade. Pode ainda atrair mais rapidamente para si
os experimentos agradáveis e afastar os experimentos
desagradáveis imediatamente após tê-los
171
compreendido. Você decide. Este é o verdadeiro livre
arbítrio.

172
DEPOIS DOS EXPERIMENTOS PARA ONDE EU
VOU?

Depois de alguns anos, após ter deixado as carteiras


escolares, descobri que as dificuldades agiram como
que catalisadores dos meus conhecimentos. Tudo
aquilo que tinha extrema dificuldade de compreender e
que exigia horas de estudo e exercício é a que melhor
ficou registrada em minha mente e posso, hoje, dizer
que a sei. Entretanto, as matérias nas quais tinha maior
facilidade de compreender, estas esqueci ou não
domino bem. Percebi também que as férias serviam
para assentar os conhecimentos. Depois de um
período de descanso voltava às aulas sabendo mais e
compreendendo melhor do que havia imaginado. Tanto
é verdade que até hoje me recordo das lições e de
palavras em latim, matéria há muito abolida das
escolas.

Para a alma não é diferente. As dificuldades solidificam


os conhecimentos. Aprendemos a dar valor aos
alimentos quando passamos por um período de fome.
Aprendemos a administrar o dinheiro quando a falta
dele nos causa constrangimentos. Aprendemos a
respeitar os outros quando passamos por diversas
experiências de desrespeito.

Temos em nossos receptáculos individuais a lista


contendo todas nossas experiências e conclusões e
com ela podemos acessar todos os respectivos
receptáculos. No entanto esta lista não é algo
transparente. Está escondida em algum lugar da alma
que nosso cérebro ainda não foi capaz de reconhecer
com clareza e isto, com certeza, nos causa grandes
dificuldades. Temos, à disposição, um sistema
173
completo de acesso a quaisquer informações que
desejamos mas não temos a devida perícia para utilizá-
lo com frequência e facilidade. Isto também nos causa
grandes dificuldades.

Estas dificuldades todas acabam se traduzindo em


medo, ansiedade, angústia e toda sorte de desconforto
que podemos imaginar. Entretanto são as dificuldades
que nos levam a experimentar. Se tudo fosse fácil
estaríamos acomodados na vida e pouco nos
importando em aprender mais e mais. Por outro lado as
facilidades não assentariam os conhecimentos já que
tudo que é fácil não tem grande valor. Aprendemos a
valorizar os bens materiais, as emoções e os
sentimentos graças à dificuldade que os catalisa e
eterniza.

Sabendo deste principio básico, Deus impôs um


sistema de busca e pesquisa que cria dificuldades e
cuja finalidade é dar o devido valor a cada experimento.
Algumas religiões pregam que o sofrimento é uma
benção mas eu, particularmente, não encaro isto como
certo. Melhor que sofrer é entender e quem entende,
mesmo quando diante das dificuldades, goza de
satisfação pois sabe que o procedimento é necessário
ao atingimento pleno da experimentação.

Deus não prega o sofrimento. Deus, antes de mais


nada, prefere que você entenda e pratique o que sabe,
o que há bilhões de anos vem aprendendo. É certo que
este conhecimento é meio escondido, no entanto, para
quem compreende e aceita o sistema, não existem
motivos para sofrer mas tão somente para buscar os
recursos necessários, dentro de si mesmo e colocá-los

174
em funcionamento, sem medo, sem dor, sem
sofrimento.

A morte física é o início do período de férias da alma.


Neste período a alma está livre do peso do material
escolar (corpo), livre da responsabilidade de frequentar
as aulas (viver na matéria) e livre para correr pelos
quatro cantos do Universo tal como quando foi criada
originalmente. Mesmo encapsulada no corpo sutil, a
liberdade que a alma experimenta quando liberta do
corpo físico, é extasiante, é emocionante. Neste
período a alma tem liberdade de visitar todos os
receptáculos e conhecer-lhe o conteúdo, analisar sua
lista de experimentos e compor o novo curriculum que
deverá experimentar no próximo ano letivo (próxima
vida). A auto análise, já que tem pleno acesso ao
depósito de sabedoria, é inevitável. A alma sabe o que
fez bem feito, o que fez mal feito, o que deve repetir, o
que deve iniciar, o que deve praticar, reconhecendo
todos erros e acertos de seus experimentos. Uma vez
tudo assentado, está a alma pronta para reiniciar seus
experimentos e obter novas e melhores conclusões.
Entretanto, se alma concluir que já cumpriu todas as
etapas e reuniu as conclusões corretas estará livre
deste plano.

Como dissemos anteriormente, outros planos mais


elevados, mais próximos da verdade suprema devem
existir, mas fogem à nossa compreensão e portanto
não são tratados neste livro.

O carma ou “karma” é, segundo os místicos e segundo


algumas religiões, um processo pelo qual toda alma em
débito ou crédito volta para a vida física com a
finalidade de resgatá-los. Se fez algo errado, volta para
175
pagar, se fez algo louvável volta para receber os
louros. Algumas religiões orientais acreditam, inclusive,
em retorno para o reino animal ou vegetal, dependendo
da natureza dos débitos e dos créditos de certas almas.

Na verdade, o carma é um programa que, criado


originalmente, precisa ser cumprido por todas as almas
mas não necessariamente numa determinada ordem.
Existe a ordem física que precisa ser cumprida à risca
já que esta fase do carma é uma preparação para a
ocupação de corpos mais bem elaborados, como é o
caso do ser humano. Logo, para poder administrar o
imenso laboratório que é nosso corpo físico, a alma
precisa primeiramente aprender a lidar com corpos
mais simples como dos vírus, das bactérias, dos
insetos, dos vegetais e dos animais inferiores, subindo
gradativamente até estar completamente apta a
dominar o corpo humano. Na segunda fase do carma,
quando a alma começa a lidar com as emoções e
sentimentos, não há um ordem pré-estabelecida a ser
seguida.

Suponha que as almas tenham recebido a incumbência


de experimentar 1.000 emoções e sensações
diferentes, entendê-las e tirar suas conclusões. Deste
modo, é lhes dada uma lista de deveres e cabe única e
exclusivamente a cada alma estabelecer seu programa.
Devido ao grande número de itens a serem
experimentados, é fato que uma única vida não seria
suficiente não só para experimentar a todos como
também compreendê-los plenamente. Logo, em cada
vida, a alma analisa o que já vivenciou e traça novo
programa para vivenciar o que ainda não experimentou
ou revivenciar aquilo que não ficou perfeitamente
assentado nas primeiras vezes ou vidas. Verdade é
176
que o carma não perdoa. Todos têm que passar por
todas as emoções e sensações por si mesmo. A
experiência dos outros não vale. Cada um tem que
viver sua própria experiência.

Pelo exposto, dá para perceber que o carma, embora


não necessite de uma ordem absoluta, caminha de
modo coerente, pois se você, numa determinada vida,
compreendeu perfeitamente o que é justiça não voltará
em outra para ser injusto. Seria incoerente se o fizesse.
No entanto, se escapar ao controle e cometer
injustiças, com certeza tal experimento terá que ser
repetido até a plena compreensão. Não existe como
optar definitivamente pelo lado negativo de uma
emoção. Mais dia, menos dia, toda alma percebe que o
lado positivo da emoção está mais próximo do amor. O
amor, é na verdade a soma de todas as experiências
positivas e só estará completo quando todas forem
vivenciadas e compreendidas. A plena compreensão
do amor é o verdadeiro objetivo do carma e para tanto,
todos teremos que compreender cada energia de seu
complexo espectro.

Compreender rapidamente cada um dos dissabores da


vida é uma excelente maneira de abreviar os
chamados débitos cármicos. É, na verdade, uma prova
de que aquele determinado experimento foi assimilado
e que, por certo, não precisa mais ser tolerado. Um
caminho a seguir nesta compreensão dos fatos pode
ser este:

Analise seus atos. Veja se suas atitudes estão


prejudicando alguém. Veja se suas atitudes têm
provocado tristezas e dissabores para seus familiares,
amigos e colegas de trabalho. Analise seus
177
sentimentos para com as pessoas que possam estar
sofrendo com seus atos. Tente perceber se seus
sentimentos são frios com relação às suas atitudes e
com as consequências que têm provocado. Se
perceber que tudo isto está ocorrendo, algo está errado
e a consequência final e mais desastrosa será sua.
Lembre-se que sofre mais quem alimenta o ódio do que
o próprio odiado que, na maioria das vezes, não está
nem aí para com seu ódio. Procure reformular seus
atos e seu pensamento à respeito e seu carma será
aliviado. Só a plena compreensão alivia o carma ou o
experimento, como prefiro chamar. Quando não souber
realmente o que fazer, pergunte-se: “o que o amor faria
diante desta situação”. Com certeza a resposta lhe será
fornecida.

178
QUEIRA OU NÃO VOCÊ ESTARÁ PRESENTE NA
FESTA FINAL

No Livro “Conversando com Deus” volume I de Neale


Donald Walsch editado pela Ediouro Publicações S.A.
Deus diz:

Hitler foi para o céu.

Espantoso porém compreensível. Hitler foi para o céu


simplesmente porque, ao sairmos do plano material,
não existe outro lugar para ir. A idéia de purgatório,
juízo final e inferno nasceu com o medo. O verdadeiro
inferno é a razão. Enquanto induzidos a experimentar
vivemos no dilema da dúvida, somos obrigados a
vivenciar o certo e o errado, o bem e o mal, o justo e o
injusto, e a busca da conclusão nos deixa ansiosos,
temerosos e inseguros. Como relatamos, as
dificuldades nos levam a solidificar o aprendizado mas,
ao mesmo tempo, cria nosso inferno particular. O juízo
final nada mais é do que a análise que a alma faz ao
liberar-se da matéria, entre uma vida e outra.
Percebendo não ter cumprido o roteiro de
experimentos, por si só planeja o retorno à vida para
sujeitar-se aos experimentos restantes, suficientes e
necessários, para o cumprimento de seu objetivo
original.

É de se deduzir, pelo que já foi exposto, que Hitler não


errou sozinho. Os Judeus sempre foram invejados por
grande parte da humanidade não só por serem
considerados os preferidos de Deus, conforme os
relatos bíblicos, como também pela extrema facilidade
de juntar riquezas e dinheiro. Por não possuírem, até
pouco tempo atras, um Estado próprio, os Judeus se
179
espalhavam pelos demais países e neles se
estabeleciam, gerando grandes fortunas. Os Judeus
não são cristãos e por motivos religiosos não se
misturam, gerando ainda mais motivos para serem mal
vistos pelos demais povos da Terra. Por milhares de
anos o inconsciente coletivo alimentou o receptáculo de
rejeição aos Judeus. Hitler apenas sintonizou-o. Ao
sintonizá-lo derramou-se sobre ele toda ira aos Judeus,
acumulada no respectivo receptáculo. Hitler foi, então,
a ferramenta, o motor, que, energizado pelo
pensamento da humanidade, saqueou, espoliou e
massacrou milhões de Judeus. Por acaso Hitler errou
sozinho? Entretanto, o fato de ter ido para o céu, não o
isenta da consequências. Hitler, com absoluta certeza,
analisou e se auto julgou por ter mal utilizado energias
negativas. Auto julgou-se também por praticar
barbaridades convicto de estar certo e com certeza terá
que exercitar muitos e muitos experimentos, em uma
ou mais vidas, para concluir o que não foi
perfeitamente concluído naquela vida. Incapaz de
distinguir o certo do errado, Hitler terá de fazê-lo
utilizando-se de outros corpos e outras experiências,
pois como sabemos, Deus oferece tantas
oportunidades quantas forem necessárias para o
cumprimento de Seu objetivo Universal.

O comportamento de Deus diante de Sua obra é


semelhante ao do operador de máquinas de um
cinema. Ele abre as portas para o publico, aciona o
projetor e começa a passar o filme. Não precisa assisti-
lo, não precisa interessar-se pelo enredo e não precisa
se preocupar com a reação da platéia. Ao final, desliga
o equipamento, acende as luzes e assiste sua platéia
saindo do cinema. Não se preocupa se estão
realizados ou decepcionados com o que assistiram pois
180
sabe que na próxima sessão passará outro filme para
quem quiser assisti-lo. Após a última sessão fecha a
casa consciente de ter cumprido perfeitamente seu
papel.

Deus criou o cinema e o publico. Quanto ao filme,


deixou que cada um criasse o seu, de acordo com seu
livre arbítrio. O público se reveza. Uns participam dos
filmes de outros. Entra público, sai público e as
sessões continuam, uma após outra. O processo só
termina quando todos tiverem assistido e participado do
filme de todos e quando todos chegarem às mesmas
conclusões. Quando isto acontecer Deus fecha o
cinema e promove uma grande festa.

Queira ou não, você estará presente na festa final.

Entretanto você conta com duas opções: ou você


assiste o mesmo filme várias vezes até compreendê-lo,
comprimindo-se desconfortavelmente no meio da
multidão ou presta máxima atenção e assiste uma
única vez cada um dos temas e ao final retira-se para a
confortável sala de espera para aguardar a festa de
encerramento.

Na vida é a mesma coisa. Ou você se obriga a viver


várias vezes até compreender cada face de cada
emoção, sentimento, comportamento, etc. ou faz um
grande esforço para compreendê-las rapidamente, se
livrar da cansativa e estafante sucessão de vidas e
aguardar, confortavelmente, no seu habitat natural, no
seio da Energia Prima, a festa final. É livre arbítrio,
você decide.

181
Ocorre que decidir não é uma postura pura e simples.
Para decidir é necessário, antes de mais nada,
conhecer o mecanismo, praticar o sistema e por fim
utilizá-lo corretamente. Este livro pode ser uma, das
muitas oportunidades, que você já teve e terá de
conhecer, praticar e utilizar o bom uso das energias
Universais.

182
PORQUE A BÍBLIA RELATA A CRIAÇÃO DE
FORMA DIFERENTE?

Se uma nova tribo indígena for encontrada hoje,


provavelmente os pesquisadores irão descobrir que
são dotados de princípios sociais básicos, que cultuam
um ou mais deuses, que colaboram uns com os outros,
que possuem uma hierarquia, que possuem regras de
boa conduta estabelecidas, entre outras coisas. Não se
surpreenderão por isso, uma vez que em todas tribos
encontradas até a presente data tais comportamentos
se faziam presentes.

De onde vem estas regras? Como é que comunidades,


que nunca tiveram contato externo com grupos
civilizados, podem possuir conceitos básicos de certo e
errado, bem e mal, cultuar deuses e estabelecer regras
de conduta por conta própria?

A inocência é um facilitador incontestável para o


estabelecimento de sintonia com o reservatório de
sabedoria Universal e com receptáculos criados pelo
inconsciente coletivo. Veja, por exemplo, o grau de
intuição de crianças, indígenas, monges isolados do
mundo civilizado e pessoas tidas como inocentes.

Desta forma podemos dizer que os indígenas são como


Adão e Eva quando foram expulsos do paraíso. Vivem
para se alimentar, se abrigar e procriar, de modo
inocente e livres dos males da vida moderna dos
grandes centros urbanos sem, entretanto, estarem
alheios ao conhecimento do bem e do mal e de sua
origem divina.

183
Todas as tribos, povos e comunidades encontradas
pelos ditos civilizados possuem uma ou outra forma de
organização política e social e possuem uma ou outra
fé. Invariavelmente contam histórias e lendas que falam
sobre a criação do mundo, das pessoas, dos espíritos e
outras tidas como místicas ou transcendentais.

A Bíblia Sagrada, o Alcorão, o Livro dos Mortos e


outros livros tidos como sagrados possuem, por sua
vez, relatos escritos por povos antigos e pessoas
ilustres da antiguidade que nada mais faziam do que
escrever aquilo que compreendiam diante das
informações intuitivas que recebiam. As recepções não
eram diferentes das que podemos receber hoje. A
compreensão sim. Era diferente devido aos poucos
conhecimentos científicos, tecnológicos, filosóficos e
religiosos disponíveis na época.

Embora descendente de Hebreus, Moisés foi criado


pelos Egípcios. A cultura Egípcia era, na antiguidade,
uma das mais evoluídas do planeta e Moisés teve a
sorte ou o destino (plano prévio de experimentação) de
vivenciá-la. Instruído que foi por Sacerdotes, Magos e
Assessores do Faraó, Moisés reunia conhecimentos de
magia, ilusionismo, religião politeísta (culto à vários
deuses) e tinha acesso aos poucos conhecimentos de
astronomia, matemática, alquimia (antigo nome da
química), geometria, escrita hieroglífica, entre outros.
Moisés era, portanto, um homem bastante culto para
sua época. Ao descobrir-se hebreu despertou-se-lhe a
cultura de seus ascendentes e Moisés passou a olhar
para seus conterrâneos, escravizados, com outros
olhos. Decidiu, então, libertá-los, prometendo-lhes a
posse de uma cidade para morarem. Moisés poderia
fundar uma nova cidade e com a experiência dos
184
escravos construi-la com os próprios punhos. Ao invés
disso optou por tomar a Palestina (a terra prometida) já
que lá encontrariam toda uma estrutura, pronta para o
bem estar dos novos moradores. Esta atitude, nada
digna nos dias de hoje, era bem aceita pelos povos
religiosos daquela época pois consideravam ímpios e
pecadores populações que não cultuavam a Deus.
Julgavam eles que, por acreditarem em Deus, eram
mais merecedores e, literalmente, tomavam cidades e
territórios de outros povos, digamos, nada
merecedores. Dadas as condições do povo, como já
pudemos relatar em outro tópico, Moisés viu-se
obrigado a se utilizar da fé do povo para impor regras
de comportamento e conduta que visavam não só
fortalecer a saúde da comunidade como também
aumentá-la em número, resistência física, fé, etc. Em
grande número, dotados de boa saúde, fisicamente
resistentes e cheios de fé o povo estaria bem
preparado para expulsar os antigos moradores e tomar
para si a terra prometida.

Durante os 40 anos de caminhada pelo deserto –


trajeto que teria cumprido em menos de um ano –
Moisés se utilizou de um plano estratégico, tático,
político e religioso para induzir o povo a fazer o que
tinha em mente. Os hebreus (depois de longos anos de
cativeiro) eram rebeldes e indisciplinados, mas
fervorosos em sua fé. Dada estas características
Moisés viu-se obrigado a utilizar a religiosidade como
única ferramenta de convencimento de seus
seguidores. Temerosos dos castigos que Deus
pudesse lhes impor, os hebreus cumpriam as leis e
regras ditadas por Moisés (sempre em nome de Deus)
e com isto puderam levar a cabo a conquista da
Palestina.
185
Como grande estadista, Moisés era obrigado a pensar,
planejar e acreditar nos seus planos pois os longos
anos de caminhada e o prometido sucesso na
empreitada não lhe davam margem para erro. Seu
enorme desejo de tomar a Palestina (verbo conquistar),
aliada à sua fé em Deus, fez com que Moisés
sintonizasse os receptáculos que lhe transfeririam a
força e o poder necessários para o evento. Como já
dissemos, nesta época, como os receptáculos eram
poucos, Deus se comunicava mais com aqueles que o
sintonizavam. As constantes comunicações com a
fonte de toda sabedoria propiciaram a Moisés visões do
início do mundo e da humanidade, fato este que o
levou a escrever os cinco livros de Gênesis.

As visões que Moisés teve não foram nada diferentes


das visões que podemos ter hoje sobre os mesmos
eventos. A diferença é que, hoje, temos conhecimentos
tecnológicos, conhecimentos de física, de química, de
astronomia e outros que nos permitem relatá-los de
forma bem diferente, tal como neste livro ou em outros
que por certo virão ainda mais precisos. Tivesse
Moisés os conhecimentos que temos hoje, por certo,
relataria Gênesis de forma muito diversa da que foi
escrita. Diante dos conhecimentos que Moisés possuía
só lhe era possível relatar suas visões de maneira
simplista e alegórica. Além disso, a limitação de
vocábulos, ainda mais deficiente do que nos dias de
hoje, impedia um relato mais detalhado e condizente
com a verdade. Imagine Moisés descrevendo um
automóvel. Por certo seria o relato mais curioso e
engraçado que você já leu.

186
A título de curiosidade vamos analisar alguns trechos
da Bíblia Sagrada.

O primeiro livro de Moisés, chamado Gênesis, tem o


seguinte título: “A criação do céu e da terra e de tudo o
que neles contém”. Tem como primeira frase o
seguinte: “No principio Deus criou os céus e a terra.”
Como se pode notar, o título contém uma afirmação de
que Deus criou, literalmente tudo (...e de tudo que
neles contém). Na primeira frase Moisés generaliza o
Universo como “céus”, no plural, o que demonstra que
deve ter tido uma visão da formação dos primeiros
átomos do Universo mas, por não entender, preferiu
generalizar. Mais adiante, no versículo 2, encontramos
a frase: “e o espírito de Deus se movia sobre a face
das águas.” Moisés deve ter tido uma visão das
primeiras criaturas animadas pelas almas viventes tais
como bactérias, vírus, seres uni e multicelulares
primitivos, porém não enxergando-as viu apenas a
força vivente que banhava o caldo primordial (água
contendo aminoácidos e demais substâncias
necessárias para o nascimento de seres biológicos).

O versículo 3 diz: “E Deus disse: Haja luz. E houve luz”


o que demonstra que Deus verbalizou, criou a senha
“haver”. Sua imposição somada à certeza de tudo
poder proporcionou a luz e houve luz. Nos versículos
que se seguem Moisés apresenta sua visão do
resfriamento da terra quando esta se separou, ainda
muito quente, da massa do Sol. Vapores, liquefação
das águas, empoçamento da água resultando em
porções secas (terra). Mais adiante cita o aparecimento
da vegetação e dos animais de maior porte que
derivaram, certamente, do caldo primordial e das
primeiras células vivas.
187
No versículo 14 Moisés relata o aparecimento de
luminares na expansão dos céus o que nos leva a crer
que viu o Big-Bang mas não soube como descrevê-lo.

Não somos capazes de encontrar criatura mais bonita e


perfeita que nós mesmos. Partindo dessa premissa,
Moisés deve ter desenhado em sua mente a figura de
Deus e, por falta de opção, escolheu a imagem
humana, a mais perfeita que conhecia. Logo, relata no
versículo 26: “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme à nossa semelhança...”. Mais adiante Moisés
relata que Deus deu ao homem o domínio sobre as
demais criaturas.

Uma vez feito o homem, Deus “descansou no sétimo


dia de toda sua obra, que tinha feito.” Vimos
anteriormente que o termo “descansar” é inconcebível
para Deus ou para a Energia Prima. Na visão de
Moisés, Deus deve ter deixado sua obra caminhar
conforme as regras num aparente abandono, fato este
que levou-o a pensar em descanso.

Nos versículos 16 e 17 Deus proíbe o homem de comer


determinado fruto (ciência do bem e do mal), dizendo
que, se comesse, certamente morreria. Deus criou a
matéria e sabia desde o princípio que a matéria é
passível de deterioração e transformação e portanto,
sabia também que o corpo humano jamais seria
perpétuo. Logo, Deus sabia, desde que criou que o
homem, que depois de determinado tempo este
perderia seu corpo físico. Portanto, é de se deduzir que
a morte, dita por Deus, não representava a morte física
tal como poderíamos entender pelo texto, mas a
mudança de estágios visando, depois de conhecer o
188
bem e o mal, experimentar os opostos por um período
de milhares e milhares de anos, tempo este impossível
de se manter a alma vivente num único corpo físico.
Desde o princípio, o homem está sujeito à morte física.
Geneticamente o homem envelhece, deteriora e morre.
Mesmo que a moderna genética venha resolver
definitivamente este problema, a morte ainda poderá
ocorrer quando da mutilação de algum órgão vital,
provocada por acidentes, armas, etc. Deste modo,
jamais poderemos afirmar que o corpo humano um dia
será definitivo. Tal representação, relatada por Moisés,
certamente indica a sucessão de vidas por quais
passamos durante todo o período de experimentações.

Entre os versículos 18 e 25 Moisés descreve a criação


da mulher. A visão de Moisés deve ter sido semelhante
a estas metamorfoses que vemos em computação
onde um ser se transforma noutro ou noutros. Embora
os arqueólogos não tenham encontrados vestígios que
comprovem, é provável que nos primórdios da
humanidade o homem era hermafrodita, tal como
ocorre com alguns animais inferiores. Hermafrodita é
um ser que possui ambos os sexos no mesmo corpo e
em geral a reprodução ocorre sem contato com outro
da mesma espécie. A medicina, há muito, sabe que o
homem possui partes atrofiadas de órgãos femininos e
seus hormônios e a mulher, por sua vez, possui partes
atrofiadas de órgãos masculinos e seus hormônios.
Ainda hoje ocorrem aberrações sexuais em seres
humanos que nascem com ambos os órgãos. O próprio
homossexualismo pode ser uma lembrança genética
que modifica o comportamento humano, lembrança
esta oriunda dos primórdios da humanidade. Moisés
deve ter recebido visões da transição orgânica que deu
origem a homens e mulheres e por não tê-la entendido
189
descreveu exatamente o que viu, ou seja uma visão
alegórica do fato.

Por certo, crer em Adão e Eva intriga até a inocência


das crianças. Lembro-me que, quando criança, não
conseguia entender com quem Caim haveria de se
casar, depois que Deus o expulsou para longe, já que
não existiam outras famílias a não ser a de Adão e Eva.
Casaria ele com alguma de suas irmãs? Porque Deus
rejeitou a oferta de Caim e aceitou a de Abel se não
informou a ninguém suas preferências? Muitas coisas
me intrigavam durante meus estudos de catecismo e
nem os padres conseguiam oferecer uma resposta
convincente. Aliás, ainda hoje é assim, mas a preguiça
mental acomoda tanto adultos como crianças, que
acabam aceitando qualquer coisa sem
questionamentos.

Não descarto o papel histórico e o poder gerador de fé


que tanto a Bíblia como os demais livros tidos como
sagrados imprimem nos povos. Fazer nascer e
alimentar a fé é de grande importância como já
pudemos apreciar nos tópicos anteriores entretanto,
não acho que tais escritos devam ser levados ao pé da
letra como são levados até hoje. Não concordo em
sujeitar pessoas à regras e leis que foram
estabelecidas para épocas remotas e com propósitos
completamente distintos dos que temos em nossos
dias. Leio e analiso tais escritos única e exclusivamente
para comprovar que o sistema funcionou, desde o
princípio, de modo igual funciona hoje. Nada foi
mudado. Até mesmo a comunicação direta com Deus
pode ser conseguida por aqueles que assim o
desejarem. Nesta questão podemos até aceitar que os
métodos mudaram mas Deus jamais poderá deixar de
190
se comunicar com partes de seu próprio corpo. Quem
atenta, percebe e reconhece esta comunicação e pode,
com isso, caminhar em busca da verdade suprema.

191
QUEM É JESUS CRISTO NESTE CONTEXTO?

Muitos mestres passaram pela Terra nos últimos seis


mil anos de história escrita. Todos, sem sombra de
dúvida, deixaram marcas indeléveis na fé, religiosidade
e conduta da humanidade. Moisés, Abraão, Buda,
Khrisna, Maomé e mais recentemente, Madre Teresa,
Gandhi e outros menos comentados porém não menos
importantes. Ainda hoje muitos dos gurus da Índia,
monges tibetanos e sábios filósofos nos transmitem
grandes lições de vida. Jesus é considerado o Mestre
dos mestres não só pela sua profunda filosofia mas
também por manter-se por quase dois mil anos na
mente e na religiosidade de uma grande multidão de
adeptos.

Embora nascido no Oriente Médio, Jesus se notabilizou


mais no Ocidente do que em sua região e, passados
dois mil anos, seus ensinamentos são atuais e a cada
dia cresce o contingente de fiéis que se rendem à sua
filosofia. Diante dos escritos Bíblicos é impossível não
dar crédito aos seus sermões e seus ensinamentos.
Suas parábolas, suas respostas e seus conselhos
valiam tanto para a época em que viveu como para os
dias de hoje, motivo pelo qual são bem recebidos até
mesmo pelos não cristãos.

Curiosamente, todos os escritos Bíblicos que falam de


Jesus interrompem sua história aos 12 anos e a
retomam aos 32 ou 33 anos. Sobre este hiato de 20
anos, nenhum autor tece quaisquer comentários que
pudessem sugerir seu destino e seus feitos. Alguns
relatos da época falam de um místico que peregrinou
por diversos países próximos à região de nascimento e
morte de Jesus e alguns autores modernos tentam
192
relacionar tais fatos mas, a relação é incerta e obscura,
nada podendo ser evidenciado ou provado.
Entrementes podemos chegar à algumas conclusões,
conforme se segue.

Jesus era um homem como todos os outros no que se


refere ao corpo físico já que era feito de carne, ossos e
sangue e necessitava de alimento e água para a
manutenção de sua vida. Tanto é verdade que sentiu
dores e morreu como acontece com qualquer um de
nós. Entretanto, como ser espiritual, Jesus era
extremamente evoluído não só para a época em que
viveu como para esta em que vivemos. Seus
ensinamentos são, até hoje, intrigantes pois guardam
nas entrelinhas muito do que modernamente
chamamos “auto ajuda”, “poder do pensamento
positivo” e que Jesus resumia por “fé”. Os milagres que
promovia são comuns em muitas de nossas igrejas
atuais e Jesus afirmava categoricamente que o que
curava era, tal como hoje, a fé inabalável. É muito
provável que durante sua ausência (entre 12 e 30
anos) Jesus tenha buscado aprimorar seus dotes
naturais estudando e praticando os conceitos de países
como Egito, China, Índia, Tibete e outros.

Melhor do que tentar tirar conclusões é analisar alguns


de seus ensinamentos e fazer um paralelo com aquilo
que pretendemos passar neste livro.

Em Mateus 4,4, Jesus diz: “Nem só de pão viverá o


homem, mas de toda palavra que sai de sua boca”.
Coerentemente com tudo que aqui relatamos, Jesus já
pregava em sua época a força que a palavra falada ou
pensada exerce sobre o sistema universal, modulando
energias que fatalmente regressarão, para quem as
193
profere ou pensa, com todas suas benéficas ou
maléficas consequências. Afirmava ainda em Mateus
5,18 que “nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem
que tudo seja cumprido” ensinamento este afirma que o
sistema foi criado perfeito e permanecerá inalterado até
o final do processo de experimentação das almas
viventes.

Em Mateus 6,6 Jesus sugere que oremos sozinho em


um local calmo, confortável e quieto para obter a
devida recompensa, já que Deus nos assiste
secretamente. Embora não fale, é certo que Jesus
sabia que ao elevarmos nosso pensamento e nos
aquietarmos obteremos respostas intuitivas oriundas da
mais pura fonte de sabedoria. Em seguida (Mateus 6,7)
Jesus nos incita a pensar, não repetindo frases feitas
ou “vãs repetições”, como diz. Entre os versículos 6,31
e 6,33 do livro de Mateus Jesus condena nossas
preocupações com coisas do cotidiano, tais como
comer, beber e vestir – que praticamente eram as
únicas preocupações da época – onde, nas entrelinhas
podemos captar que, tentava demonstrar que o medo
mais nos afasta do que nos aproxima das
necessidades ou desejos.

Só por estes poucos exemplos é possível afirmar que


Jesus já conhecia os mecanismos aqui expostos e não
os explicava da maneira que o fizemos porque os
conhecimentos da época não permitiriam fazer com
que o povo compreendesse. Se valia de parábolas,
exemplos e alegorias, tal como o fazemos com nossas
crianças, para sugerir ao povo uma conduta que
poderia estabelecer vínculos com os receptáculos
positivos, o que demonstra que as leis do sistema

194
funcionam independente de estarmos ou não
conscientes dos mecanismos.

Lendo o Novo Testamento você encontrará centenas


de versículos que demonstram que Jesus conhecia
muito bem o sistema e aplicava o Pensamento-Menor
com o intuito de modular o Pensamento-Maior e
estabelecer comunicações com o inconsciente coletivo.
Sua sensibilidade era tal que conseguia filtrar
pensamentos individuais e com isto saber o que
pensavam amigos e inimigos e dar-lhes respostas
antes mesmo que pudessem expressar suas certezas
ou dúvidas. Mais do que isto, Jesus podia se alimentar
na fonte de Sabedoria Universal, sintonizando-se
diretamente com o Deus, Pai de todos nós e Criador de
todo o sistema.

Veja alguns dos versículos do Livro de Mateus e


quando puder leia os demais livros do Novo
Testamento:

7,1. Não julgueis para que não sejais julgado.


(Utilização da senha: “julgar”)

7,7 / 7,8. Pedi e dar-se-vos-á, buscai e encontrareis,


batei e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede,
recebe, e, o que busca, encontra, e, ao que bate, se
abre. (Usando a senha certa com a devida fé)

7,12. Portanto, tudo o que vós quereis que os homens


vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e
os profetas. (Ação positiva gera retorno positivo)

9,22. Jesus disse: “Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou.


E imediatamente a mulher ficou sã.
195
9,29. Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos
feito segundo vossa fé. (Jesus não curava os que não
possuíam fé mas tão somente àqueles que a
transmitiam fortemente)

10,28. E não temais os que matam o corpo, e não


podem matar a alma; temei antes aquele que pode
fazer perecer no inferno a alma e o corpo. (Aqui cabe
dizer que o inferno é o pensamento humano negativo
que faz padecer o corpo)

11,25. Naquele tempo, respondendo Jesus disse:


Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que
ocultaste estas coisas dos sábios e entendidos, e as
revelaste aos pequeninos. (Uma afirmação de que a
inocência e humildade facilitam a sintonia com os
receptáculos e com o reservatório de sabedoria Divina)

12,37. Porque por tuas palavras serás justificado e por


tuas palavras serás condenado. (Substitua “palavras”
por “pensamento” e o sentido não muda)

14,31. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e


disse-lhe: Homem de pouca fé, porque duvidaste?
(Quando Pedro teve “medo” e afundou no mar
enquanto tentava andar em sua superfície tal como
fazia Jesus)

15,11. O que contamina o homem não é o que entra na


boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o
homem. (O ato de falar é precedido pelo pensar e
quem pensa, se não profere aos homens, profere ao
sistema e contamina da mesma forma)

196
16,13. ...Quem dizem os homens ser o Filho do
homem?
16,14. Uns João Batista, outros Elias e outros Jeremias
ou um dos profetas.
16,15. ...E vós, quem dizeis que eu sou?
16,16. ...Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.
16,17. E Jesus respondendo, disse-lhe: Bem
aventurado és tu... ...porque não revelou a carne e o
sangue, mas meu Pai, que está nos céus. (Estes
versículos demonstram que o povo daquela época
acreditava em reencarnação já que muitos pensavam
que Jesus seria a reencarnação de Elias, Jeremias ou
algum profeta. Quando Simão Pedro disse que Jesus
era o filho de Deus, este o abençoou porque não fez
alusão a antigos corpos usados pela alma mas à
própria alma de Jesus que é uma cápsula contendo a
essência Divina do Criador)

16,19. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e


tudo que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo
que desligares na terra será desligado nos céus. (Neste
versículo a instrução de Jesus é clara e nítida. Cada
pensamento, cada verbo, cada senha aciona um
receptáculo e extrai dele o seu conteúdo)

17,12. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o


conheceram mas fizeram-lhe tudo o que quiseram.
Assim farão eles também padecer o Filho de Deus.
(Aqui Jesus mais uma vez faz alusão à reencarnação.
Elias reencarnou como João Batista e por ocupar outro
corpo não o conheceram como também não iriam
reconhecer Jesus e finalmente o crucificariam)

17,20. ...porque em verdade vos digo que, se tiverdes


fé como um grão de mostarda, direis para este monte:
197
Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada vos
será impossível. (Perceba aí que a força da fé é o
catalisador de todos os nossos desejos. Se podemos
remover montanhas o que dirá com os nossos
pequenos desejos materiais e espirituais?)

18,19. Também vos digo que, se dois de vós


concordarem na terra acerca de qualquer coisa que
pedirem, isso lhe será feito por meu Pai, que está nos
céus.
18,20. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em
meu nome, aí, estou eu no meio deles. (Aqui Jesus faz
alusão ao inconsciente coletivo e logicamente ao
consciente coletivo e diz que Deus atenderá qualquer
coisa – boa ou má – que pedirem)

19,23. ...Em verdade vos digo que é difícil entrar um


rico no reino dos céus. (A riqueza cria facilidades e
consequentemente acomodação. A pobreza cria
dificuldades e nos incita a buscar. Só quem busca
encontra)

Lendo atentamente o Novo Testamento é fácil perceber


que o modelo que aqui apresentamos é coerente com
os ensinamentos de Jesus e uma prova irrefutável
disso é o capítulo 14,12 do Livro de S. João onde diz:
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê
em mim também fará as obras que eu faço e as fará
maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai”.
Quando Jesus diz que podemos fazer o que fez e muito
mais nos diz nas entrelinhas que somos iguais a ele,
seus irmãos de alma, de conhecimento e de sabedoria.
Demonstrando que somos irmãos e que vai para o Pai,
afirma mais uma vez que o Pai é comum a todos nós.
Quando ele diz “...aquele que crê em mim...” não quis
198
dizer crer nele, mas acreditar nas obras que fez, não
como mágico ou ilusionista mas com os poderes que o
sistema lhe permitia operar.

Jesus nunca diminuiu o ser humano dizendo-se


superior. Sempre procurou demonstrar que o que fazia
era passível de ser feito por qualquer um que tivesse fé
e condutas adequadas pois sabia que a conduta errada
poderia descarregar o lado negativo das energias.
Logo, bons pensamentos e boas condutas aliadas à
uma fé inabalável são, como já dissemos, o alicerce do
sistema que nos permite sintonizar bons resultados tais
como cura, manutenção do emprego, aquisição de
bens, conquista da felicidade e o bem estar em geral.

Como sabemos, tudo aquilo que juntamos na Terra


aqui fica. A alma não leva nada a não ser o resultado
de seus experimentos. É óbvio, portanto, que quando
tiver pleno domínio do sistema e um perfeito
entendimento dos objetivos da alma, virá o
desprendimento tal como ocorreu com Jesus e seus
apóstolos e tal como ocorre com monges e sacerdotes
que, estando num estágio por demais elevados,
relegam a segundo plano as posses materiais e até
mesmo os experimentos dos demais, já que a evolução
de cada um virá no devido tempo, queiram ou não.

Jesus se dizia Filho do Homem, Filho de Deus mais


com o intuito de fortalecer este elo de ligação que todos
nós temos do que para se apresentar como o maior
dos Mestres e o canal da salvação, como apregoam as
religiões. Deus não precisa de intermediários e na
verdade não era essa a finalidade de Jesus. Quando
Jesus afirmava que ninguém chegaria ao Pai senão por
ele, queria dizer que ninguém alcançaria a liberdade
199
final até que não tivesse experimentado todos os
opostos, todas as polaridades da energia, e como, em
essência, somos “um” com ele (Jesus) e com o Pai,
ninguém terá encerrado seu objetivo até que se sinta
“um”.

Não é nossa pretensão excluir Jesus da fé e


religiosidade dos Cristãos mas apenas demonstrar –
como ele próprio demonstrou – que a “salvação” está
única e exclusivamente na fé e na boa conduta mental
e ativa das pessoas e que cada um tem dentro de si a
mesma força e poder de comandar suas vidas. Por
outro lado o termo “salvação” não se refere à alma,
visto que esta é imortal e isenta de castigos, mas ao
evento, ao objetivo, ao experimento. Se viemos para cá
experimentar, protelando a experiência, estaremos
prolongando nossa estadia neste plano. “Salvar” é
abreviar o evento e alcançar a plena experiência e
liberdade.

200
O GRANDE MENTOR E SUA POSTURA DIANTE DA
CRIAÇÃO

Vimos que toda Criação de Deus é oriunda da


polarização da Energia Prima. A polarização da energia
não só permitiu a sua concentração para tornar-se
matéria como também permitiu polarizar o “amor” em
seus componentes. O “amor” é a soma de todas as
energias do universo, incluindo aquelas que estão
encerradas na matéria física. A polarização
desmembrou o “amor” em duas grandes porções
energéticas ficando do lado positivo o bem, a bondade,
a honestidade, a lealdade, a caridade, o altruísmo, a
justiça, o certo, o perfeito, a moral e toda sorte de
emoções e sentimentos positivos e do lado negativo
seus opostos, o mal, a maldade, a desonestidade, etc.

Se tudo que você vê fosse branco e alguém lhe


perguntasse o que você acha do azul, do vermelho e
do amarelo, por certo que, não tendo nenhum meio
para comparar, não poderia exercer sua opinião.
Mesmo que lhe dissessem que o branco é a soma de
todas as outras cores e que portanto é a mais perfeita,
sem experimentar o desmembramento delas, não
poderia jamais compará-las. Mas se a mesma pessoa
lhe ensinasse como desmembrar o branco e depois de
algum tempo viesse com a mesma pergunta, por certo,
estaria apto a dar sua opinião a respeito e não teria
como negar a perfeição do branco já que ele reúne
todas as demais cores.

Deus sabia e sabe que o “amor” é a única, verdadeira e


perfeita emoção. Sabia e sabe também que o “amor”
engloba todas as demais emoções menores e seus
opostos. Sabia e sabe que a mistura de todas essas
201
energias menores resulta numa neutralização perfeita e
num equilíbrio absoluto impossível de ser abalado.
Entretanto, a neutralização, o equilíbrio e a mistura
perfeita impedia-O de experimentá-las individualmente
e comprovar a perfeição do “amor”.

Determinado a experimentar cada desmembramento,


decidiu Deus, criar um ambiente adequado para faze-
Lo. Para tanto precisaria desmembrar o bem e o mal do
“amor”. Só com a criação da relatividade poderia Deus
permitir a comparação e a mensuração. Sabia que
poderia misturá-los novamente e retornar todo o
sistema para o seu estado natural.

Todo este imenso laboratório foi criado dentro de Seu


próprio corpo uma vez que nada existe que possa estar
fora Dele. Portanto, se o laboratório está dentro Dele,
Ele não poderia estar Todo, dentro do laboratório. Para
poder participar de cada experimento, Deus Se
desmembrou em pequenas cápsulas cada qual
contendo parte de Sua Mente e do Seu Pensamento,
cápsulas estas que Lhe permitiriam sentir cada
emoção. Ao mesmo tempo, cada cápsula precisaria
estar capacitada a receber e transmitir dados que,
somados, iriam compor o resultado dos experimentos e
a comprovação do teoricamente sabido. Como vimos,
estas cápsulas somos nós, nossas almas, parte de
Deus exercendo atividades previamente estabelecidas.
Apesar das atividades terem sido estabelecidas, uma
vez que temos que experimentar todo o espectro do
amor, não houve imposição com relação à ordem de
ocorrência e ao tempo de cada evento. Tampouco
estabeleceu-se a qualidade e a quantidade de cada
experimento, ficando a cargo de cada cápsula decidir o
que fazer, como fazer e quando fazer o que bem lhe
202
aprouver (livre arbítrio) . Assim foi feito porque o
resultado já era sabido e a finalidade do experimento
seria apenas de comprova-lo.

Conhecendo o ponto de partida e o ponto de chegada,


Deus não tem que Se preocupar com os experimentos
propriamente ditos. Ao mesmo tempo que criou o
ambiente de experimentos, Deus criou também
mecanismos que reunissem cada registro, cada evento
e cada conclusão, registros estes que poderiam ser
compartilhados com qualquer participante do
experimento. Uma vez que tudo foi perfeitamente
programado, Deus acionou o sistema e “descansou”,
ou seja deixou que funcionasse por conta própria até
que todas as experiências tenham ocorrido. Em
qualquer momento, Deus pode, portanto, misturar tudo
e recompor o branco, recompor o “amor” original mas
como Seu propósito é levar a cabo toda sorte de
experimentação que venha a comprovar o que já sabe,
com certeza deixará que todas as experiências sejam
cumpridas.

Alheias a isto tudo, a maioria das religiões prega um


Deus bondoso e paradoxalmente vingativo. Um Deus
bondoso que castiga, pune e julga (Sua própria obra).
Um Deus que expurgará o mal de Seu próprio Corpo e
não terá onde jogar já que é infinitamente grande e
nada existe externo a Ele. Um Deus que criou uma
serpente e depois atribuiu a ela o ingresso do pecado
entre os homens. Um Deus de bom coração que vê
prazer na dor e no sofrimento das almas que criou. Um
Deus Todo Poderoso que precisou “descansar” de sua
obra no sétimo dia, cujo poder não foi suficiente para
sufocar Seu opositor, chamado de Satanás, Diabo ou
Anjo Caído e cujo poder não foi suficiente para levar à
203
cabo Sua obra e por isso precisou enviar Seu Filho
para interceder e “salvar” a humanidade. Um Deus
sério e reverente como se não tivesse sido Ele que
inventou o riso, a irreverência, a alegria de viver e os
prazeres da carne.

Deus não é nada disso. Deus ri, Deus é irreverente, é


zombeteiro, é alegre e realmente bondoso. Deus não
julga, pois sabe que tudo o que criou é ilusório e que a
alma, tendo sido criada perfeita, não precisa de juízo
final. Deus vê alegria no prazer pois o prazer é uma
demonstração que o resultado e a comprovação das
verdades está próxima. Deus sabe que, à medida que
Seus Filhos se aproximam do entendimento e da
verdade, tendem a despreocuparem-se com os
resultados e com a ânsia de juntar coisas materiais e
com isto tendem também à alegria e ao prazer de viver.
Só o medo, emoção típica de quem ainda não
compreende que o final é feliz, faz sofrer, faz chorar,
faz juntar e faz pedir por misericórdia.

Quem crê num Deus bom nada tem a temer e crer


significa manipular o lado positivo de cada uma das
emoções e sentimentos. Quem crê realmente nada
teme.

Portanto, creia e será feliz, creia e tudo o mais lhe será


acrescentado. Creia! Pratique o puro amor, pratique o
lado positivo do amor. Na dúvida pergunte-se: Se eu
fosse Deus (e você é Deus) o que faria? A resposta
será sempre a mais alegre, a mais verdadeira e a mais
repleta do mais puro amor. De posse da resposta
retirada de seu próprio íntimo (que sabe tudo), aja de
acordo e estará no caminho certo. Entretanto se fizer o
contrário, não se preocupe, não tem como errar. Você
204
terá todo o tempo que precisar para corrigir, acertar e
se consagrar diante da Verdade Absoluta.

205
RESUMO DO MÉTODO

À primeira impressão, podemos imaginar que é muito


difícil mudar nossa postura mental. Desde a mais tenra
idade seguimos padrões de comportamento que nos
foram impostos por nossos pais, pela sociedade, pela
religião e principalmente pela simples imitação do
comportamento das pessoas em geral. Os padrões de
pensamento, palavras e ações seguem rituais
estabelecidos há milhares de anos e portanto modificá-
los, realmente, requer dedicação, boa vontade e mais
do que isto, absoluta certeza de bons resultados.

Para tanto, vamos tentar oferecer um método prático


que deverá facilitar sua postura futura. Siga,
metodicamente, cada passo a seguir e em breve terá
atingido um modo de pensar, falar e agir que, como já
sabemos, irá modificar as energias que o rodeiam e,
com isto, fazer fluir seus mais íntimos desejos e
necessidades.

1. MÓDULO BÁSICO

1.1. Escolha um objeto de desejo ou fato de pequeno


porte que você queira possuir ou fazer
acontecer, como por exemplo um relógio de
pulso novo ou receber o telefonema de uma
pessoa que há muito não tem notícias.

1.2. Se você escolheu o relógio, comece


agradecendo ao cósmico pelo seu relógio novo.
Agradeça por ele, mesmo sem tê-lo. Se possível
identifique-o numa revista ou numa vitrine e
mesmo antes de possuí-lo veja-o em seu braço.
Não escolha um modelo extremamente caro
206
para não dificultar sua obtenção. Escolha algo
que esteja de acordo com suas posses ou que
seja passível de adquirir com seus recursos ou
ganhar de algum parente ou amigo próximo.
Uma vez identificado o modelo que deseja, não
mude mais de idéia, de cor, de tamanho ou de
mostrador. Veja sempre em sua mente o modelo
originalmente concebido. Não é nossa intenção
que daí para frente você saia por aí tentando
comprá-lo. A intenção neste exercício é que as
energias que você está movimentando irão criar
uma oportunidade de comprá-lo ou até de
ganhá-lo de presente no momento que você
menos esperar. Faça este exercício dezenas ou,
se possível, centenas de vezes. Veja-o, sinta-o
em seu pulso, agradeça sua posse, repita várias
vezes que o possui. Quando estiver sozinho, no
quarto, no banho, no escritório ou qualquer
lugar, repita em voz alta seu agradecimento ou
diga “eu tenho um relógio novo”, sempre
visualizando-o em sua mente.

1.3. Não desconfie do processo, não gere


expectativas, não fique ansioso, não duvide e
não mude de idéia. Se, sem querer, perceber
que está gerando qualquer negatividade sobre o
assunto, mude imediatamente o pensamento e
sobreponha um pensamento positivo por cima
do pensamento negativo, reforçando seu intento.

1.4. Acredite piamente naquilo que programou. Saiba


que esta absoluta certeza é que fará com que as
grandes forças cósmicas ajam em seu benefício.
Não receie que possa não acontecer. Acredite,
só acredite. Cada vez que ver as horas, mesmo
207
que no velho relógio, veja, com os olhos da
mente, seu relógio novo no pulso. Quando esta
absoluta convicção estiver presente em sua
mente, pode deixar o exercício de lado e
aguardar. Esqueça o assunto, não fique se
perguntando sobre a demora ou sobre o fato de
ainda não ter ocorrido: isto é expectativa.
Assuma a tranquilidade de quem já possui o que
deseja. Quando menos esperar alguém ou lhe
dará o relógio de presente ou lhe oferecerá um,
para compra, dentro de sua capacidade de
pagamento. Acredite.

1.5. Se seu intento for o de receber notícias de uma


pessoa que há muito tempo não vê, aja da
mesma forma. Pense na pessoa. Envie a ela
uma mensagem mental na qual exprime seu
desejo de contato. Imagine-se conversando com
ela ao telefone ou lendo sua carta. Fale seu
nome em voz alta. Converse com ela em voz
alta, quando estiver tomando banho, por
exemplo. Quando o telefone tocar ou quando o
carteiro bater em sua porta, sinta que está
recebendo o contato da pessoa. Exercite isto
dezenas de vezes. Acredite. Não duvide. Este
tipo de exercício se materializa mais rápido do
que você imagina. Quando menos esperar
estará recebendo notícias da pessoa. É evidente
que se você espera noticias de pessoas que
sabem como localizá-lo o fato ocorrerá mais
rapidamente do que se esperar que pessoas que
há muito perderam o contato e portanto não
mais possuem uma forma de localizá-lo. Logo,
saiba separar estes dois casos diferentes pois
mesmo que a pessoa não possa localizá-lo irá
208
lembrar e pensar em você e terá forte desejo de
revê-lo ou de contactá-lo, mas por não saber de
seu paradeiro poderá não fazê-lo. Escolha o
contato certo e logo receberá notícias.

Depois de fazer alguns exercícios de pequeno porte e


constatar sua ocorrência você estará muito mais
convicto dos excelentes resultados que este método
pode proporcionar e desta forma poderá partir para a
obtenção de desejos e necessidades maiores. Para
Deus não importa o tamanho do seu desejo e sim o
tamanho de sua fé. Seu desejo – bom ou mal – é o
desejo de Deus. Ele concede tudo. Pense errado e
obterá errado. Pense certo e obterá o que realmente
deseja.

2. MÓDULO AVANÇADO

2.1. Convicto de que as energias agem de acordo


com seu modo de pensar fica mais fácil desejar
coisas grandiosas e ter absoluta certeza de que
virão ao seu encontro. Para tanto, pegue duas
folhas de papel em branco e coloque numa tudo
aquilo que deseja para si. Casa, emprego,
relacionamento de amizade, relacionamento
romântico, carro, dinheiro, renda, felicidade,
saúde, disposição e não esqueça o mais
importante: a fé. Sem ela tudo o mais fica
impossível e portanto seu maior desejo deve ser
o de ter fé absoluta. Na outra folha de papel
coloque tudo aquilo que não deseja mais para si.
Desemprego, fome, falta de dinheiro,
dificuldades profissionais, desânimo, depressão,
tristeza, relacionamentos difíceis, desamor, falta
de moradia, etc. Não tenha pressa na
209
elaboração desses dois documentos. Faça-os
com consciência. Escreva-os como se fosse um
guia para toda sua vida. Nestes escritos não há
necessidade de ser preciso. Escreva
simplesmente o que deseja, sem maiores
detalhes como por exemplo: Uma casa ou um
apartamento, um carro, um bom emprego, um
bom salário, boa saúde, alegria e felicidade e no
outro simplesmente o que não deseja tais como:
desamor, desemprego, doenças graves,
desânimo, incompetência, falta de dinheiro, falta
de rumo, etc.

2.2. Leia e releia estes dois documentos, acrescente


aquilo que acha que estava faltando e quando
achar que estão bem elaborados leia-os
dezenas de vezes afirmando para o seu Eu
superior tudo aquilo que deseja e tudo aquilo
que não deseja em sua vida. Ao lê-los não o
faça rapidamente, como se fosse a leitura de
uma receita. Faça-o de forma pausada,
pensando profundamente sobre cada item,
namorando cada palavra e cada frase, ligando-
as intimamente à sua alma. Passe semanas de
posse desses dois documentos, lendo-os pelo
menos duas vezes ao dia, de preferência pela
manhã, ao se levantar e à noite, antes de dormir.

2.3. Uma vez assentados seus pedidos, faça o


seguinte ritual: pegue o papel com aquilo que
você não deseja e queime-o numa vasilha
juntamente com uma forte sensação e certeza
de que está queimando para todo o sempre tudo
aquilo que você não deseja em sua vida. Pegue
o papel com todos os seus desejos e mande
210
emoldurar. Pendure este quadro no seu quarto
ou num local que possa vê-lo diariamente e de
modo que possa lê-lo de vez em quando. Faça
desse quadro seu amuleto.

2.4. Comece então a trabalhar cada item de seus


desejos e necessidades da mesma forma que o
explicado para o relógio ou para o contato. Se
quer uma casa, folheie revistas especializadas e
defina cada aposento, cada ambiente. Passeie
pela casa, sinta-se nela, sinta-se dono dela. Se
quer um carro pegue uma foto dele e coloque
em sua frente. Escolha a foto de modo que
contenha a cor, os acessórios, o modelo, a
marca, etc. e namore-o. Passeie com ele, dirija-o
em sua mente. Sinta-se como um proprietário
feliz. Se quer um emprego ou um cargo novo
sinta-se nele. Veja-se atuando, dando boas
idéias, sendo competente, sendo o melhor em
sua função e veja-se recebendo um polpudo
salário como prêmio de sua capacidade. Para
cada item que desejar ou necessitar faça a
mentalização correta. Use sempre verbos no
presente como “eu sou”, “eu tenho”, “me
pertence”, etc. Nunca use verbos no futuro tais
como “eu serei” ou “eu terei” e quando usar o
verbo “ir”, use-o com uma data limite como por
exemplo: “até o fim deste ano vou comprar um
carro zero quilometro”. Se não souber aplicar um
verbo adequado simplesmente agradeça.
Agradecer antecipadamente para o cósmico
aquilo que se deseja, faz fluir a energia de
maneira mais adequada do que qualquer outro
verbo, já que agradecer significa para Deus que
você já conquistou energéticamente aquilo que
211
quer. Quando menos esperar, esta energia se
transformará em matéria ou sensação.

2.5. Não vacile nos seus desejos. Não fique


modificando-os. Seja sensato nos seus desejos
e não queira conquistar coisas fora da ordem
lógica como, por exemplo, desejar ter os pneus
antes mesmo de ter o carro. Coloque seus
desejos dentro de um cronograma lógico como
por exemplo: saúde, emprego, bom cargo, bom
salário, promoção, carro, casa, amor, família,
filhos, segurança, felicidade, bem estar, etc.
Acredite sinceramente na obtenção de cada
desejo ou necessidade. Coloque toda fé
disponível nos fatos e se achar que é pouca,
exercite sua fé. Acredite que Deus lhe deu o
dom de modelar sua própria vida e que se você
não o fez até agora é porque não sabia ou se
sabia não acreditava. Você foi feito à imagem e
semelhança de Deus e portanto pode, tal como
Ele, criar seu ambiente de vida. Você é tão filho
de Deus quanto Jesus o foi e como o próprio
Jesus dizia: “tudo que faço qualquer um pode
fazer, basta ter fé”. Acreditar é o começo de
tudo.

2.6. Lembre-se que a vida é o exercício de uma série


de experimentações. Logo, haverá sempre bons
e maus exercícios. Com certeza você terá que
passar por experimentos desagradáveis e
quando isto ocorrer não desanime. Exercícios
desagradáveis devem ser entendidos, para que
sejam abreviados. Quando estiver passando por
um desprazer procure tirar proveito da
experiência perguntando-se: “O que posso
212
extrair de bom dessa experiência?”; “O que
posso aprender com isto?”; “Qual é a mensagem
que vem por traz deste experimento?”, “Que
pensamentos eu tive no passado que pudessem
ter gerado estes acontecimentos atuais?”. Logo,
quanto mais rápida forem suas respostas, mais
rapidamente se libertará da experiência. Em
geral cada experiência envolve mais de uma
pessoa e portanto, para abreviar os fatos,
procure entender que a pessoa que lhe causa
sentimentos e emoções negativas também está
passando por um experimento e provavelmente
sua alma irá aprender algo com os fatos. Para
abreviar experiências negativas evite guardar
rancor, ódio, vingança ou qualquer outro
sentimento negativo. Passe por cima dos fatos e
veja-os com os olhos do “amor”. Entenda que
Deus permitiu e permite todo tipo de
experimentações cujo intento é a evolução.
Todos estamos evoluindo. Cada um está num
estágio da evolução e por este motivo você não
pode e não deve esperar que o comportamento
dos outros seja exatamente igual ao seu.
Compreenda o estágio que cada alma está
vivenciando e ao compreendê-lo seu drama se
encerra.

2.7. Elimine de sua vida o mau hábito de maldizer


aquilo que não lhe agrada ou de que não
esteja gostando. Quando você começa num
novo emprego levanta pela manhã cheio de
entusiasmo, boas idéias e boas intenções.
Passado algum tempo já não vê tanto prazer
no trabalho e levanta como se estivesse indo
para a guerra. Não leva boas idéias ao seu
213
empregador e portanto não vai trabalhar tão
bem intencionado como deveria. Acha que está
ganhando pouco, acha que não lhe dão crédito
quando apresenta alguma idéia nova, acha que
está cheio de concorrentes desleais e que por
isso torna-se difícil uma promoção e por conta
destes pensamentos negativos começa a
desgostar do emprego e até sonhar ter seu
próprio negócio ou outro emprego. Mal se
utilizando dos verbos (das senhas) você acaba
promovendo aquilo que menos queria: ser
despedido na hora errada. Quando ama
alguém teme perder o amor da pessoa e com
isto alimenta tensões de ciúme, medo,
insegurança, entre outras que acabam
minando o relacionamento, gerando brigas,
separações temporárias e culminando com o
fim do relacionamento. Anda pela rua como se
tivesse quatro olhos, olhando obstinadamente
para todos os lados com medo de ser
assaltado. O medo é como um imã que atrai
para si tudo aquilo que pensa. Logo, deixe de
pensar de modo negativo. Agradeça o que tem,
mesmo que seja pouco, pois quem agradece o
pouco que tem mais lhe será acrescentado.
Quem se desprende das coisas as tem com
maior facilidade do que aqueles que temem
perde-las. Todos nós gostamos de ter conforto,
dinheiro, saúde, felicidade, etc. mas aquele
que agradece o pouco que tem e não se
preocupa muito em juntar e guardar, em ser
mesquinho, acaba não só perpetuando suas
posses como também é agraciado com mais
do que quer ou necessita. Se olhar ao seu
redor, com certeza encontrará dezenas de
214
pessoas desprendidas que, no intimo, são
felizes e conseguem tudo o que querem. Esta
falta de ansiedade é sinônimo de fé. Exercite e
elimine de sua vida a expectativa, a ansiedade,
a depressão e todos os sentimentos que
transmitam insegurança.

Pratique estes e outros procedimentos que possam lhe


trazer confiança. Crie seu próprio método. Acredite que
fluidos ainda maiores e melhores virão através do
cósmico para ensinar-lhe como pensar, falar e agir se
você mentalizar e desejar realmente conhecer as leis
criadas por Deus. Com certeza Deus lhe concederá
pois como dissemos: o seu desejo é o desejo de Deus
e tudo aquilo que pensar lhe será dado. Faça de seu
pensamento uma ferramenta útil eliminando toda e
qualquer negativismo que vier a alimentar. Exercite até
a exaustão e conseguirá.

215
SEGUNDA
PARTE

216
INTRODUÇÃO

Há alguns séculos atrás os homens tinham muito


pouco com que se preocupar. Suas preocupações
básicas eram moradia, alimentação, vestimenta, saúde,
trabalho e religião. Não havia o consumismo que existe
hoje de modo que os objetos de desejo eram muito
poucos. Como consequência, as ansiedades e os
medos eram menores e, sem estes sentimentos, a
rotina de vida era mais previsível. Bastava ter onde
morar, onde conseguir renda e praticamente todas as
necessidades estavam garantidas. É evidente que
outros medos rondavam suas mentes tais como
doenças, pragas, guerras, roubos, entre outras. Os
grandes centros europeus como Roma, Paris, Londres,
etc. já se constituíam de cidades organizadas onde
haviam leis e regras a serem seguidas. Entretanto,
para a maioria da população a vida era bem simples,
metódica e rotineira. Diante disso, tanto o povo como
cientistas, médicos, sacerdotes e outros seguiam
rotinas diárias sem grandes expectativas ou
ansiedades. Por si só, esta aparente tranquilidade, se
mostrava mais condizente com a prática da fé. Não
havia rádio ou TV e o lazer de finais de semana se
resumia em dança, bebida, circos e teatros que faziam
a alegria de homens, mulheres e crianças. A religião,
sempre atuante e dominadora, imprimia nas pessoas o
medo do além, a dúvida do pós-morte e os eventuais
castigos e punições divinos. Este estilo de vida,
tranquilo, religioso, cheio de fé e relativamente livre de
ansiedade e medo foi uma das forças que alavancou o
crescimento da Europa há alguns séculos atrás.

Nesta época, o catolicismo era por demais severo com


aqueles que, por motivos quaisquer, tentassem
217
contestar fatos bíblicos ou elaborar novas teorias sobre
a física, a química, a matemática, a medicina e sobre a
astrofísica. Eram considerados ímpios, bruxos e
feiticeiros os que se intrometiam nestas áreas. Eram
queimados vivos, decapitados e esquartejados. Todo
seu material de pesquisa era incinerado em praça
pública juntamente com seus corpos, de modo a servir
de exemplo para a população.

Escondidos em escuros porões e escrevendo através


de códigos a ciência, no entanto, não parava.
Caminhava, ao seu modo e veladamente, para os
grandes descobrimentos. Não foi atoa que
Nostradamus escreveu as Centúrias de forma velada.
Seus escritos, que até hoje intrigam os homens,
profetizava o futuro. A igreja contestava qualquer forma
de profecia que não viessem dos escritos ditos
sagrados e por este motivo Nostradamus relatou suas
visões futuras na forma de versos que poucos podiam
compreender.

A alquimia era, naquela época, o estudo dos


compostos químicos e biológicos e também era
contestada pela igreja. Os alquimistas, na tentativa de
burlarem a vigilância dos sacerdotes, escreviam suas
fórmulas e seus estudos de forma também velada. Tais
escritos só eram compreendidos pelas pessoas do
ramo que, já naquela época, trocavam informações,
resultados e dados.

Dada a simplicidade da vida, a intuição se fazia mais


presente do que nos dias de hoje já que não era
atrapalhada pela correria da vida moderna, pelo
consumismo, pela insegurança pessoal e profissional e

218
muito menos pelos veículos de comunicação que nos
absorvem totalmente nas horas vagas.

Para os alquimistas, terra, água, ar e fogo eram os


quatro elementos básicos dos quais tudo se derivava.
Esta teoria tinha fundamento já que tudo o que o
homem produzia, extraia, e continua extraindo, destes
quatro elementos.
Seus estudos eram um misto de química, farmácia e
biologia que nos dias de hoje são estudados por
profissionais distintos. Esta mistura de temas dava aos
alquimistas um espectro muito maior de atividades
correlacionadas, de modo que atentavam para tudo.

Já naquela época, os alquimistas falavam da existência


de três reinos: mineral, vegetal e animal. Sabendo que
nos reinos vegetal e animal se faziam presente o
semen, o ovário e o útero para a reprodução de cada
espécime, os alquimistas deduziram que no reino
mineral também deveria existir semen, ovário e útero
para que os diversos materiais existentes na terra
pudessem nascer e se reproduzir e partiram em busca
destes. Como o ouro sempre foi moeda comercial,
conseguir produzi-lo seria uma benção de Deus. Era
intenção dos alquimistas descobrir uma maneira de
transformar chumbo em ouro. Com isto, teriam os
recursos suficientes e necessários não só para elaborar
outras experiências químicas como também ajudar os
necessitados. Pretendiam também desbancar a igreja,
a arrogância e a intransigência dos sacerdotes, já que
o dinheiro, em qualquer época e através do suborno,
sempre suplantou as regras e o autoritarismo.

Habituados a mexer com plantas e adeptos da


urinoterapia e da fezesterapia, os alquimistas
219
pretendiam agora se utilizar dos mesmos princípios
para transformar minerais. Tais cientistas já conheciam
a cura através dos iguais ou seja curavam os doentes
administrando-lhes pequenas doses do mesmo
material que lhes havia feito mal, tal como ocorre hoje
com a homeopatia. Entretanto, diferentemente da
homeopatia moderna, os alquimistas se utilizavam de
um processo intuitivo que era o de destruir para
reconstruir. Enquanto na homeopatia moderna se
extraem essências e sais de plantas, na alquimia o
processo era ligeiramente diferente e, ao meu ver, mais
condizente.

Os alquimistas extraiam as essências das plantas que


julgavam curativas se utilizando de álcool puríssimo.
Este álcool, extraído de vinho, era destilado várias
vezes até se tornar absoluto e com ele destilavam
plantas em recipientes de vidro que chamavam de
extrator. Retirada todas as essências das plantas
curativas, seu bagaço era calcinado em forno, a
milhares de graus, moído até se tornar um pó muito
fino e depois reincorporado ao extrato de essências
que havia sido reservado. Achavam que com isto todo
o poder curativo da planta havia sido restabelecido e
portanto o remédio se tornava mais forte e mais
eficiente.

Faziam o mesmo com urina e fezes humanas. Extraiam


do doente sua urina ou fezes, dependendo da doença,
destilavam as essências, calcinavam o restante e
juntando essência mais o pó calcinado, preparavam um
elixir extraído do próprio doente que ao tomá-lo em
pequenas quantidades era curado pelo próprio mal.

220
Até hoje se cura envenenamento de cobras, aranhas e
escorpiões utilizando método semelhante. A própria
vacina é, de certa forma, uma cura pelo próprio mal, o
que leva a crer que a alquimia não estava errada. Com
o advento da alopatia, modernos laboratórios
farmacêuticos tomaram conta do mercado com vistas
nos grandes lucros e acabaram enterrando de vez
pesquisas alquímicas que poderiam dar melhor
resultado. A própria urinoterapia, recentemente
divulgada, tenta, de forma errônea, resgatar estes
antigos conhecimentos. Se pessoas sérias vierem a
estudar esses assuntos novamente, talvez venhamos a
descobrir que determinadas curas se realizarão de
forma muito mais eficaz e barata, já que a maioria dos
bons remédios têm suas origens na flora medicinal.

Voltando à mineralogia, os alquimistas descobriram


que um fluido muito quente sai do âmago da terra e
denominaram-no de enxofre, não só para camuflar sua
verdadeira essência mas também porque possui cheiro
e cor semelhantes. Diziam que este fluido era o semen
da terra, semen este que ao subir para a superfície
encontra óvulos diferentes ou locais diferentes (úteros)
que proporcionam reações diferentes e deste modo
formam os diversos minerais, metais e pedras
preciosas que encontramos no seio da terra. Extraindo
esse fluido de um minério de chumbo, calcinando o
minério e depois juntando ambos, obtiveram o que
chamaram de “pedra fundamental”, pedra esta que
seria capaz de transformar o chumbo metálico em ouro
metálico.

Tais estudos há muito foram abandonados pelos


modernos cientistas mas não é difícil prever que um dia
eles serão retomados com sucesso pois a natureza é
221
mais simples do que parece. Veja o exemplo do
transistor que desbancou a válvula eletrônica. Dois
simples materiais quando encostados um ao outro têm
o mesmo poder amplificador que a complexa válvula
usada nos rádios que nossos avós possuíam. Além de
gastarem menos energia e se queimarem com maior
dificuldade, proporcionaram a miniaturização dos
equipamentos eletrônicos, sem contar o enorme
progresso que nos trouxe. Quem sabe a revolução da
química ainda esteja por chegar!

Apesar do enorme poder de intuição, os alquimistas


não conseguiram perceber que havia mais um reino: o
espiritual, principal assunto de nosso livro. Hoje no
entanto não é difícil para a ciência entender que o
planeta não contém apenas minerais, vegetais e
animais. Contém também uma mente que forma a
nossa quarta dimensão. Desta forma poderíamos
atribuir os quatro elementos básicos aos quatro reinos
conforme se seguem:

MINERAL = TERRA
VEGETAL = ÁGUA
ANIMAL = AR
ESPIRITUAL = FOGO

É até fácil perceber a ligação já que o mineral é a


própria terra, o vegetal se utiliza da água e da terra
para se manter vivo, o animal se utiliza da terra, da
água e do ar e o espiritual se utiliza da terra, da água,
do ar e do fogo, lembrando que fogo neste caso é a
essência, a alma, a energia prima ou o amor primordial.

Por outro lado a planta se alimenta da terra e é através


da água que os minerais se incorporam em seu corpo
222
vegetal. O animal se alimenta da planta e necessita da
água para poder extrair os alimentos dos vegetais e
para poder sintetizar outros produtos químicos em seu
corpo e necessita do ar para poder queimar os
alimentos em seu organismo mais complexo. A alma,
por fim, se utiliza do corpo para vivenciar seus
experimentos sobre a relatividade da matéria e das
emoções. Se lembrarmos que o minério foi criado por
Deus à partir da Energia Prima e que a alma foi criada
a partir do Pensamento-Maior de Deus, vemos que o
ciclo se fecha harmoniosamente. Tudo é um só e
todos são interdependentes.

223
O DESÍGNIO DAS ALMAS

Vimos que quando Deus resolveu experimentar a


relatividade de seu próprio conceito que chamamos de
Amor, Ele se polarizou, criou a matéria sólida e por fim
criou pequenas cápsulas contendo sua essência para
brincar com os relativos no ambiente criado.

A essência colocada em cada alma não poderia ser


outra senão o próprio Amor, única energia que Deus
tem a oferecer. O Amor enquanto Energia Prima é
calmo, tranquilo, não manifestado já que reúne em si
todas as frequências. Quando polarizado o Amor se
torna relativo e se nos apresenta como tendo muitas
facetas. Da mesma forma que a luz branca se dispersa
nas gotas d’água para formar o arco-íris com todas
suas cores, o amor se dispersa na relatividade
mostrando todas as suas milhares frequências ou
facetas. Como todas as almas foram criadas iguais,
nenhuma contém mais ou menos Amor, nenhuma
possui mais ou menos atributos e nem tampouco mais
ou menos atribuições. Todas são literalmente iguais.
Todas têm os mesmos direitos e deveres.

O Amor divino é um conjunto de sensações, emoções e


sentimentos cada qual com dois sentidos ou, melhor
dizendo, dois pólos. Quando juntos, cada um desses
dois pólos se neutralizam mutuamente e se tornam não
manifestados, ou seja embora existam não podem ser
percebidos. Nesta condição cada sensação, cada
emoção, cada sentimento ficam tão silentes que nem
mesmo Deus os percebia, dada a quietude que era o
Nada ou a Energia Prima. Embora soubesse da
existência do pólo de cada sensação, emoção e
sentimento, Deus não os experimentava, apenas sabia.
224
Esta sensação de não experiência provocou em Deus o
desejo da experiência, motivo pelo qual resolveu fundar
o Universo tal como o conhecemos. A sensação que
Deus sentia é parecida com um programa de televisão
onde você vê alguém ensinando e preparando a receita
de um bolo, sabe que deve ter um cheiro e um gosto
deliciosos mas não pode senti-los através do tela.

Para poder adentrar no mundo físico, Deus deu a cada


alma duas atribuições básicas. Primeiro a alma teria
que lidar com a matéria mais simples, conhecer-lhe o
mecanismo e à medida que adquiria experiência iria
gradativamente convivendo com corpos mais
elaborados. Segundo a alma teria que começar a lidar
com sensações, emoções e sentimentos no momento
em que, se utilizando de corpos mais elaborados,
poderia fazê-los funcionar sem prestar-lhe a máxima
atenção.

Desta forma, cada alma começou a experimentar


corpos físicos bastante simples como vírus, bactérias,
seres unicelulares, seres multicelulares simples,
pequeninos seres aquáticos, etc. Mais adiante saltou
da água para o ar e começou a lidar com seres mais
elaborados no que se refere à respiração, alimentação,
sobrevivência, etc. Num estágio superior a alma
começou a lidar com emoções simples tais como
preservação da vida, procriação, cuidados com as
crias, proteção contra as intempéries, etc. Num estágio
mais avançado ainda começou a conviver com
humanos na forma de animais domésticos ou
domesticáveis ou animais que de certa forma são
tratados pelos homens. Começou aí a conviver em
sociedade, não só com os de sua espécie mas
apreciando, mesmo que de longe, a sociedade
225
humana. Seu último e mais elaborado estágio seria o
de viver no corpo humano e à partir dele sentir toda a
sorte de sensações, emoções e sentimentos.

Todo o mecanismo de criação de corpos foi elaborado


por Deus, mas foi totalmente automatizado, já que
Deus só fez, de fato, o átomo de hidrogênio. Os demais
átomos, seus compostos, os demais minerais, os
compostos orgânicos e os compostos biológicos se
compuseram sozinhos graças às leis da física e da
química que nasceram juntamente com o átomo de
hidrogênio. É evidente que Deus já sabia que o simples
átomo iria formar todos os demais bem como seus
derivados minerais e orgânicos.

Quando apareceu sobre a face da terra o primeiro


corpo humanóide que o Criador julgou estar apto a
experimentar emoções, sensações e sentimentos mais
elaborados, Deus resolveu deixar o ambiente ao livre
arbítrio de cada alma, já que a experiência só teria
valor se pudesse ser experimentada sem interferência
alguma de sua parte. É óbvio que se Deus estivesse
aqui o tempo todo dando instruções de como sair ou
entrar em cada experimento, cada jogo (game) ou cada
estágio, não teria a menor graça. A graça do jogo está
na descoberta feita pela individualidade de cada alma.
Na verdade não chega a ser uma descoberta, já que a
alma contém a essência e a sabedoria de seu Criador.
É uma lembrança. A finalidade do jogo é, ao final, fazer
com que cada alma se recorde de que é parte de Deus
e que nada de ruim poderá lhe ocorrer. Enquanto não
se recordar e ter absoluta convicção disto, a alma
estará no jogo. O espírito da coisa foi criar uma gincana
Universal onde cada alma teria que recordar e
reconhecer cada faceta ou cada frequência do Amor
226
divino, reconhecer o bem e o mal e por fim reverenciar
o bem como sendo a energia mais prazerosa e mais
gratificante.

Para tanto cada alma recebeu uma lista de todas as


sensações, emoções e sentimentos que deverá
experimentar e liberdade total para escolher quais,
quantos e quando deverá fazê-lo e liberdade ainda
para vivenciá-los por quanto tempo achar necessário.
Um dever, no entanto, deve ser cumprido, experimentar
toda lista. Para isso a alma pode ocupar tantos corpos
físicos quantos forem necessários para dar
cumprimento à sua imensa tarefa. Terminada sua lista
de experimentos a alma estará livre para voltar ao seio
energético do Criador e aguardar a grande festa final
que só ocorrerá quando todas as almas tiverem
cumprido todas suas tarefas. Deus sabe de antemão
que todas as almas chegarão ao final com as mesmas
conclusões já que não há outra opção. Mais dia, menos
dia, todos descobrem que o pólo positivo é mais
gratificante, mais fácil de lidar do que o pólo negativo.
As energias positivas são sempre mais alegres, mais
verdadeiras e mais agradáveis de se sentir.

Embora o Amor contenha todas as sensações,


emoções e sentimentos, quando polarizado, seu lado
negativo representa o Medo. Portanto, o Medo é o
oposto do Amor. Nas sensações de Medo estão a
impaciência, o repúdio, o ódio, a insegurança, a traição,
a desonestidade, a deslealdade, o vicio, a injustiça e
todas as energias negativas que você puder imaginar.
Nas sensações do Amor estão a paciência, a
convicção, a justiça, a honestidade, a liberdade, a
fidelidade, o amor ao próximo, o carinho, etc. Mesmo
não tendo ainda recordado de toda sua santidade é
227
fácil perceber que lado é que vai ganhar a gincana.
Não há na verdade ninguém, nenhuma alma, que ao
fim dos experimentos queira optar pelo lado negativo já
que durante sua vivência os experimentou de uma
forma ou de outra e não gostou.

228
A GENÉTICA MENTAL OU GENÉTICA CÓSMICA

Se cada alma fosse feita completamente isolada das


demais e da grande Energia Prima é provável que
levaria muito mais tempo para experimentar toda sua
lista de atribuições. Por este motivo Deus permitiu que
os experimentos pudessem ser feitos não só
isoladamente, mas também por grupos, por
sociedades, por regiões e por países. Por este motivo
os animais vivem em bandos. Tendem a viver em
grupos sociais que permitem não só estabelecer
contatos entre si como também compor regras
comportamentais que os levam a cumprir seus
verdadeiros desígnios.

Cada alma tem por obrigação vivenciar toda sua lista


de experimentos e para tal deve manter um controle
sobre ela, marcando o que já fez e o que está por
fazer. Deus não impôs uma ordem na lista, ficando ao
encargo de cada alma escolher cada experimento no
momento que mais lhe convier. Se Deus tivesse
imposto uma ordem seríamos todos iguais, vivendo
praticamente os mesmos experimentos num
determinado tempo e o jogo seria meio sem graça já
que seria previsível. O livre arbítrio permitiu que cada
qual escolhesse seus experimentos o que nos dá, a
cada um, uma personalidade diferente. Esta
imprevisibilidade do ser humano é que torna o jogo
interessante e ao mesmo tempo intrincado. Não
sabemos o que cada um pensa, o que pretende, aonde
quer chegar, o que quer experimentar e de certa forma
nem sabemos qual será nossa reação diante do
inusitado de cada personalidade com a qual nos
deparamos ou convivemos.

229
Mais uma vez afirmamos: Tal como é em cima, é em
baixo.

Na genética dos corpos notamos que vírus, bactérias,


insetos, pequenos animais campestres, macacos de
uma mesma espécie, elefantes, girafas, peixes, aves
etc. são praticamente todos iguais. Seu modelo
genético não apresenta diversidade física já que a
finalidade da alma nestes estágios é a de tão somente
lidar com os corpos materiais e não com emoções
extremas. Animais domésticos tais como gatos,
cachorros, cavalos, entre outros, já possuem em sua
genética física detalhes que os diferenciam mesmo
entre aqueles de sua própria espécie ou linhagem. Tais
animais são animados por almas que já estão num
estágio um pouco mais elevado, no qual já necessitam
possuir personalidade espiritual e física. Entretanto, só
no ser humano existe uma variedade física incalculável.
Dificilmente você encontra duas pessoas fisicamente
iguais. É certo que podem existir sósias mas, mesmo
assim, cada qual possui características físicas que
permitem saber quem é quem. Somente gêmeos
idênticos, nascidos do mesmo óvulo e semen, é que
são exatamente iguais. Assim mesmo, no decorrer de
suas vidas podem surgir pequenas diferenças físicas
que os tornam reconhecíveis individualmente. Esta
variedade de aspectos presente única e
exclusivamente no ser humano é que torna cada
experimento emocional e físico diferenciado.

Esta mesma variedade genética que se faz presente


nos corpos humanos ocorre na genética da mente. Tal
como nosso pensamento, nossa genética mental é
subjetiva. Para compreendê-la se faz necessário uma
série de explicações que daremos a seguir.
230
Dada a diversidade de frequências que Amor ou
Energia Prima contém e devido a incumbência que
cada cápsula ou alma recebeu de experimentar cada
uma destas frequências, Deus criou leis físicas que
fazem com que energias iguais, de mesma frequência
ou seus harmônicos (frequências que estão em
harmonia com a frequência original) se unam, se
juntem. Cada sensação, emoção ou sentimento
emitem, através do cérebro, uma frequência específica.
Tal frequência, quando emitida, se junta com suas
iguais em locais do cosmos que chamamos, neste livro,
de receptáculos. Ao lidar com tal frequência, a alma
relaciona em sua lista o respectivo endereço do
receptáculo que acionou e passa portanto a conhecer
seu lugar e, de certa forma, seu conteúdo. Os
receptáculos são alimentados pelas próprias almas,
que ali reúnem suas experiências. À medida que as
almas experimentam, os receptáculos se tornam mais
elaborados já que passam a conter cada vez mais
experiências relacionadas. Como vimos, cada
receptáculo atende por um verbo ou senha, verbos
estes que não só os definem como também nos
permitem acessá-los. Palavras ligadas aos verbos
definem receptáculos diferentes de modo que quando
você diz “eu sou feliz” aciona um receptáculo e quando
diz “eu sou forte” aciona outro. Um é o receptáculo “ser
feliz” e o outro é o receptáculo “ser forte”. Deus não
cria ou criou cada receptáculo mas simplesmente seu
conceito. Isto permite que cada novo desejo que a raça
humana inventa, um novo receptáculo é criado para
armazená-lo. A dinâmica de funcionamento e a criação
de novos receptáculos compõem a genética mental.
Neles estão armazenados bilhões de anos de
experimentos, sensações, emoções, sentimentos,
231
históricos, resultados, dados e tudo aquilo que cada
alma experimentou desde a fundação do Universo.

Os receptáculos constituem, portanto, um gigantesco


banco de dados acessível à qualquer alma que queira
experimentá-lo ou dele extrair dados para sua
experiência individual. Os receptáculos evoluem tanto
em quantidade como em qualidade de modo que a
cada novo experimento da alma mais e mais dados,
com resultados cada vez mais precisos, vão sendo
armazenados. Os místicos chamam o conjunto de
receptáculos de inconsciente coletivo.

Milhares e milhares, talvez bilhões de receptáculos


existem no cosmos e enquanto almas, temos que
experimentar e reconhecer cada um deles para que
possamos cumprir nosso desígnio. Entretanto, apesar
da enorme quantidade de receptáculos, cada grupo
deles está relacionado com apenas uma sensação,
emoção ou sentimento de modo que ao experimentar a
bondade, por exemplo, a alma está acionando milhares
de receptáculos relacionados com esta sensação.
Assim, reconhecendo-se que é um ato bondoso dar
esmolas, reconhece-se também que é igualmente
bondoso prestar socorro, dar alimento aos
necessitados, ajudar alguém numa tarefa, ser
prestativo, etc., etc., etc.

A genética da mente, como não poderia deixar de ser,


é tão complexa como a genética de nossos elaborados
corpos físicos, motivo pelo qual achamos difícil lidar
com todas as emoções e sentimentos que
conhecemos.

232
Durante bilhões de anos cada uma de nossas almas
viveu em vegetais e animais inferiores aprendendo a
lidar com a matéria, com os minerais, com os átomos,
com a química, com a física e com a biologia. Os
resultados deste longo treinamento também estão
armazenados em receptáculos de modo que, hoje,
podemos lidar de forma absolutamente tranquila com
nosso corpo biológico, por mais elaborado que seja. A
manutenção do corpo físico ficou tão bem aprendida
que hoje o fazemos de forma automática. Não temos a
necessidade de ficar cuidando para que nosso coração
bata, que nossos pulmões respirem, que nossos rins
filtre líquidos, etc. já que o acesso aos receptáculos
que guardam tais informações é liquido e certo,
independente de controle consciente.

Neste momento, nossas preocupações conscientes


estão voltadas aos sentidos que nos conferem
sensações, emoções, sentimentos, desejos,
necessidades e outras energias subjetivas.
Diferentemente do que ocorre com os vegetais e
animais inferiores, estamos relativamente livres do
controle de nossas funções orgânicas, sobrando tempo
e espaço para lidarmos com as energias mais
sublimes. Passamos bilhões de anos para superar a
parte física e, há alguns milhares de anos, estamos
prontos para lidar com outros aspectos da divindade.
Com certeza, dentro de mais alguns milhares de anos
estaremos tão bem preparados para lidar com as
emoções tal como estamos hoje preparados para lidar
com o corpo físico que possuímos.

Embora este processo todo possa parecer longo


demais não passa de um momento de reflexão aos
olhos de Deus e até mesmo para a alma, quando está
233
desencarnada. O tempo, como vimos, não existe de
fato. Existe somente em nossa consciência e assim
mesmo somente enquanto estamos lidando com a
parte física do Universo. Livres da matéria não
percebemos o tempo e portanto não julgamos sua
longevidade.

234
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS DA ALMA

De posse de sua lista de atribuições, cada alma, como


vimos, tem liberdade total para escolher seus
experimentos emocionais, uma vez que, neste estágio,
já lidou e domina todos os experimentos materiais.
Sabendo que tem que cumprir o programa, cada alma,
antes de nascer, analisa sua lista e escolhe os
experimentos pelos quais ainda não passou e que
deseja passar. Escolhe, quando necessário, repetir
alguns experimentos que não puderam ficar bem
assentados em outras vidas e com isso prepara um
projeto de vida. Como alguns dos experimentos exigem
condições físicas adequadas, a alma, ainda em seu
habitat natural, escolhe a família que vai lhe
proporcionar um corpo físico com os padrões genéticos
que quer experimentar (macho ou fêmea, gordo ou
magro, bonito ou feio, sadio ou doente, cor dos olhos,
da pele, dos cabelos, etc.), escolhe a condição
financeira dentre as várias famílias possíveis e o local
geográfico do globo terrestre onde pretende
desenvolver seus experimentos, tais como país,
estado, cidade, etc. e por fim as condições sócio-
econômicas mais adequadas às suas necessidades
didáticas.

Com isto, a alma compôs um padrão genético mental e


está pronta para retornar ao ambiente de experimentos.
A mãe gestante que vai receber esta alma espera um
inocente bebê mas na verdade vai receber uma alma
tão antiga quanto a dela.

O padrão genético mental desenhado pela alma


sugere-lhe um nome e ao adentrar no feto, a alma
passa a intuir nos pais ou parentes próximos seu nome.
235
Na verdade o nome da criança é escolhido pela própria
alma já que ele é um código onde se pode extrair seu
padrão genético mental. Durante sua estada nesta
encarnação, a alma encarnada pode, através de
especialistas, consultar seu padrão genético mental se
sentir necessidade de recordar seu plano de vida. Os
especialistas neste assunto são almas que encarnaram
e que escolheram o dom de decifrar nomes através da
numerologia e das cartas do Tarot (alguns destes
especialistas são realmente competentes porém, a
grande maioria não passa de enganadores e de
pretensos sábios). O sobrenome é o padrão genético
mental da família (do pai, da mãe ou de ambos),
padrão este anteriormente analisado pela alma e que
está de acordo com suas necessidades de
experimentação.

Percebe-se daí que a alma escolhe não só o ambiente


em que irá viver, como também a experiência coletiva
da família que escolheu, do bairro, da cidade, do
estado, do país e da região geográfica. Escolhe ainda
um padrão genético que vai compor sua aparência
física e suas eficiências e deficiências orgânicas,
escolhe seu próprio nome e suas próprias experiências.
Tanto é verdade que, como pais, por mais que façamos
em prol de nossos filhos, estes sempre seguem seus
próprios padrões e vivenciam suas próprias
experiências emocionais, muitas das quais não
gostaríamos de vê-los passar, mas que, entretanto,
nada podemos fazer a não ser confortar e dar alento.

Gêmeos univitelinos, ou seja aqueles que nasceram do


mesmo óvulo e que portanto possuem exatamente a
mesma aparência física compartilham uma única alma.
A alma que se insere em dois ou mais corpos, o faz
236
devido à uma necessidade imperiosa de passar por
muitos experimentos ao mesmo tempo. Ela programa
se utilizar de dois, três ou mais corpos físicos para
poder vivenciar um número maior de experimentos ao
mesmo tempo. Tanto é que gêmeos univitelinos
possuem sensações e emoções muito parecidas
mesmo quando criados por famílias diferentes. As
sensações e emoções não são exatamente iguais
porque os gêmeos possuem nomes diferentes.
Entretanto, mesmo não se conhecendo,
frequentemente os gêmeos possuem os mesmos
gostos, as mesmas maneiras de ser, a mesma
inteligência, vivacidade e estado de espírito. Nestas
condições, a alma se utiliza de dois ou mais corpos
geneticamente iguais e imprime neles quase a mesma
genética mental. O mesmo não ocorre com gêmeos
multivitelinos (nascidos de dois óvulos distintos). Neste
caso, cada corpo possui sua alma e cada qual vivencia
experimentos diferentes.

Tanto a genética física como a genética mental são


predisposições ou seja, da mesma forma que você
pode ter herdado o gene do câncer e nunca tê-lo
desenvolvido pode também ter uma predisposição
emocional para o sofrimento e jamais passar por ele.
Isto ocorre porque tanto a genética física como a
genética mental necessitam de ambientação adequada
para se manifestarem. O gene do câncer, por exemplo,
pode deixar de se manifestar se você é uma pessoa
que leva uma vida sadia, não fuma, não bebe, não se
expõe à poluição atmosférica e principalmente se é do
tipo que não guarda rancor, não leva desaforo para
casa e liberta integralmente seu emocional pois o
câncer é uma degeneração que pode ser causada
tanto por produtos químicos como por energias
237
negativas. Da mesma forma, você pode ter uma
predisposição para doença renal e cuidar tão bem de
seus rins que seus males nunca chegarão a surtir um
efeito físico tão grande. Com a genética mental não é
muito diferente. Embora dificilmente a alma adie sua
programação, é possível passar pelos experimentos
emocionais negativos sem necessidade de prolongá-
los indefinidamente. Da mesma forma que a medicina
alivia as predisposições genéticas físicas, a fé alivia as
predisposições genéticas da mente. Quando falamos
em fé não é no sentido mais religioso da palavra mas
no sentido de reconhecer que você é parte integrante
de Deus e nada de ruim pode lhe acontecer. No
momento em que descobrir ou lembrar de quem você
realmente é e o que realmente está fazendo aqui e no
momento em que lembrar que você é parte de um todo
que não pode ser dividido, descartado ou punido,
estará tão imbuído de fé quanto necessita para superar
o sofrimento que certas emoções, sensações e
sentimentos podem causar para aqueles que não a
possuem. Como já dissemos repetidas vezes, o medo
é o principal ingrediente que faz com que os
experimentos negativos se prolonguem ao extremo e
nos faz sofrer desnecessariamente. Ao adquirir a
certeza de que o sistema só tem por finalidade
comparar o bem e o mal e relembrá-lo de que as
energias positivas causam sensações mais agradáveis
do que as negativas, o medo desaparece e ao
desaparecer alivia suas predisposições genéticas
mentais. Ainda assim você pode alimentar o medo de
fazer a opção errada, porém afirmo com todas as letras
que isto é impossível. Queira ou não você fará a opção
certa, ou seja, para o bem, porque não existe como
negar que o bem supera o mal nas sensações que
causa. Mesmo sabendo que ainda existe um enorme
238
caminho a percorrer, você e todos nós já sabemos o
quanto é ruim alimentar sensações negativas tais como
rancor, ódio, desejo de vingança, raiva, etc. Sofre mais
quem os sente do que aquele que objeto de tais
sentimentos. Em geral as pessoas que são odiadas,
invejadas, malditas, etc. nem sequer se perturbam com
tais energias. Na verdade só sofre mesmo é quem as
alimenta. Sabendo disso, que tal mudar sua postura
mental com relação a estas energias? Ao senti-las,
simplesmente mude-as. Reverta seu pensamento e
com certeza se sentirá melhor. Não há outro jeito. Deus
sabe disso.

239
O NASCIMENTO DO EGO

Para explicarmos o nascimento do Ego, vamos


imaginar uma alma que nunca encarnou e que irá
iniciar neste exato momento seu circulo de
encarnações. Tal alma, feita da essência divina,
composta da Energia Prima é tão perfeita quanto seu
Criador. Ela é sábia porém inexperiente para lidar com
a matéria e as emoções.

Como vimos a alma recebe duas incumbências iniciais:


aprender a lidar com a matéria e depois experimentar
emoções, sensações e sentimentos nobres, oriundos
do espectro do amor que é a Energia original que
permeia todo o Universo. Os místicos sabem que
outras incumbências são dadas às almas mas estas
atribuições são por demais elevadas para que
possamos percebê-las neste plano. Somente depois de
cumprir as duas primeiras incumbências é que
poderemos perceber as demais que estão por vir.
Percebe-se daí que, mesmo depois de Ter
experimentado todas a emoções, ainda haverão outros
caminhos a percorrer para que alma atinja o objetivo
final.

Para o cumprimento da primeira incumbência, a alma


começa lidar com a matéria biológica vivendo em
pequenos seres, tais como vírus, bactérias, insetos,
etc. Fazem parte dos deveres, nesta fase, a
reprodução e a manutenção da vida a qualquer custo.
Assim sendo, desde seus primeiros contatos com a
matéria, a alma começa a se condicionar a guardar e
cuidar de seu corpo material e também de garantir que
este corpo se reproduza de tal modo a perpetuar e
fazer evoluir a espécie. Este apego ao corpo físico, por
240
mais simples que ele seja, começa a criar na alma um
sentimento de individualidade que vai crescendo
continuamente enquanto passa pelos demais animais
do reino. Este contato da alma com os corpos
biológicos e seu dever de cuidá-lo faz nascer o Ego.
Desde o mais simples vírus e posteriormente nos
demais animais da escala evolutiva da matéria, o Ego
vai se fortalecendo e, ao mesmo tempo, aprendendo
mecanismos de proteção, segurança e procriação dos
corpos que está utilizando. Este fortalecimento do Ego
vai se fixando na alma e criando uma personalidade
egoísta, ou seja, uma forte tendência de centralizar em
si e no corpo que possui tudo aquilo de que necessita
para mantê-lo sadio, protegido e apto e se reproduzir.
À medida que o Ego se fortalece, o Eu Superior, que é
a essência da alma, vai se aquietando e deixando o
comando para o Ego de forma que este possa exercer
plenamente seu dever de cuidar do corpo. Este
processo de adaptação da alma à matéria não passa
de um momento de reflexão para o Criador mas que
para a alma, convivendo com a lentidão da matéria,
parece levar bilhões de anos (tempo criado pela ilusão
da matéria e sua relatividade). Logo, depois de bilhões
de anos convivendo com corpos simples, animais de
genética física inferior, a alma está apta a conviver num
corpo mais elaborado e pronta para lidar com as
emoções. Neste estágio a alma incorpora o corpo
humano para então iniciar o cumprimento de sua
segunda incumbência.

Ocorre que, devido aos bilhões de anos de cuidados


com os corpos físicos que possuiu, a alma gerou um
Ego tão fortalecido que acabou por esquecer que esta
personalidade criada é inferior à sua essência, inferior
ao seu Eu Superior. Por este motivo é que nascemos
241
com um forte espírito de individualidade, de egoísmo e
de centralização. Tais sentimentos, embora derivado
de bilhões de anos de treinamento, acabam por
interferir na segunda parte do programa.

Nesta segunda parte do programa é dever da alma


experimentar todos os sentimentos, sensações e
emoções derivados do Amor e de seu oposto: o medo.

Plenamente consciente, mas esquecida de sua


verdadeira natureza, a alma começa a conviver com
toda sorte de emoções e sentimentos. Apesar disso
precisa ainda se utilizar de toda experiência adquirida
para manter saudável e em bom estado o novo corpo
que possui. Precisa manter tal corpo apto, também, a
procriar.

Neste estágio, o Ego pode contar com duas novidades


que não contava antes, enquanto convivia com animais
inferiores: a consciência plena e poder de pensar com
lógica. Estas duas ferramentas aumentam a altivez do
Ego, já que agora pode programar e preparar suas
necessidades e desejos. Apesar de evoluído e mais
bem equipado, o Ego evita reconhecer a presença, nos
bastidores, do Eu Superior já que este, por ser a
essência de Deus, não está muito preocupado com os
corpos físicos. O Eu Superior não se preocupa com
corpos pois sabe que, em sendo a alma eterna, esta
pode substituí-los à vontade sem prejuízo da
programação. O Ego, por sua vez, treinado para cuidar
da manutenção do corpo não aceita esta idéia e
portanto irá fazer o possível e o impossível para mantê-
lo. Por este motivo o Ego não permite que o Eu
Superior assuma o comando da vida pois sabe que se
isto ocorresse não haveria muita preocupação com a
242
manutenção do corpo já que este é descartável. Toda
vez que o Eu Superior tenta interferir no comando o
Ego faz tudo para impedir.

Quando uma pessoa começa a espiritualizar-se, inicia,


de fato, uma aniquilação de seu Ego e portanto uma
maior presença de seu Eu Superior. Nesta fase, pelo
fato do Ego ainda estar muito presente, inicia-se na
consciência e no pensamento do praticante um enorme
conflito. Nasce uma busca incansável pela verdade e
consequentemente muitas dúvidas do tipo “o que
sou?”, “porque sou? “ e “para onde vou?”. Sabendo que
o aumento da espiritualidade vai fazer com que o
praticante se torne menos preocupado com seus bens
materiais e até mesmo com seu próprio corpo, como
ocorre com místicos, gurus e outros espiritualistas, o
Ego incentiva o conflito e tenta de qualquer maneira
demover o praticante de tais idéias. O Ego é, na
verdade, o Satanás bíblico que instiga o homem ao
egoísmo e ao egocentrismo através da razão e não da
verdadeira sabedoria.

Vimos que o pensamento é a ferramenta mais


importante que Deus deu ao homem pois é através
dele que a humanidade pode e deve fazer a opção
entre o materialismo e a espiritualidade. À medida que
a fé se estabelece o Ego tende a perder espaço já que
uma das características da fé é o desprendimento.
Quanto mais os homens se convencerem de que são
mini deuses, feitos da substância original, que nada
mais é do que o próprio Deus, tanto menos temores
terão. Ao perder o medo, a fé se estabelece, o Ego
desaparece e o Amor floresce. Envolvido pelo Amor o
homem passa a diferenciar os opostos e
consequentemente valorizar as emoções positivas.
243
Passa também a reconhecer em si mesmo os poderes
originais que o Criador lhe concedeu e com isto pode
possuir tudo aquilo que necessitar ou desejar para sua
vida. Tanto a fé como a utilização das leis universais,
por si só, são suficientes para a conquista de tudo. Não
há necessidade alguma de se acreditar em Deus
estereotipado como o fazem os fanáticos religiosos.
Basta, única e exclusivamente, acreditar que somos,
todos, parte do “Um”, parte de um sistema fechado
onde nada se perde, nada se cria, tudo de transforma
através da mente universal e através da mente
humana.

Ao acreditar na unidade universal e ao se utilizar


corretamente do pensamento e dos verbos, o homem
pode conquistar tudo aquilo que quer. É evidente que a
espiritualidade faz com que desejemos menos, com
que partilhemos mais com os mais necessitados e que
nos tornemos menos materialistas mas, de qualquer
forma, nos permite ter o mínimo necessário para viver
dignamente. As leis universais não impedem que seu
desejo seja desmedido. Se a busca for feita com fé e
dentro das regras tudo lhe será concedido. Entretanto,
ao reconhecer nossa própria divindade e ao reconhecer
que todos somos iguais perante ao Criador,
estabelecer-se-á em nossos corações uma forte
tendência a compartilhar.

O “Eu sou” é o verbo ou senha mais precioso que pode


existir. Não peça, não implore, não esteja,
simplesmente “seja” e tudo aquilo que pensar ser,
assim será.

244
AUTO ANÁLISE

Marque com um X a resposta que achar mais


adequada. Após responder a todas as perguntas
calcule a quantidade de pontos e veja qual é o seu
potencial espiritual.

1. Você concorda que a verdade do Universo é uma


só?

A. Sim
B. Não

2. Você acredita que o ser humano é capaz de intuir


a verdade sobre a formação do Universo ou chegar
perto dela?

A. Sim
B. Não

3. Você sente necessidade de saber quem é, porque


é e para onde vai?

A. Sim. Tenho necessidade de saber sobre estas


coisas
B. Sim. Só por curiosidade
C. Não.

4. Você acredita que fomos criados por um Ser


Superior ou somos obra do acaso?

A. Somos obra de um Ser Superior.


B. Somos obra do acaso.

5. Você acredita em Deus?


245
A. Sim
B. Não
D. Às vezes sim, às vezes não.

6. Você se julga um conservador ou uma pessoa


aberta para novos conceitos?

A. Conservador
B. Aberta para novos conceitos.
C. Depende da questão

7. Seus pensamentos são mais religiosos ou mais


científicos?

A. Religiosos
B. Científicos
C. Ambos, religiosos e científicos

8. Você tem religião

A. Sim, mas não frequento


B. Sim e frequento
C. Não

9. Sua religião explica o que você tem necessidade


de saber?

A. Não tenho religião


B. Sim
C. Às vezes
D. Não

10. O que você acha da Bíblia?

246
A. É um documento sagrado e devemos segui-la ao pé
da letra.
B. É um documento sagrado mas deveria ser
atualizada para nossos dias
C. Não é um documento sagrado e portanto não há
necessidade de segui-la
D. Traz nas entrelinhas alguns ensinamentos que
deveríamos nos aprofundar

11. Você busca em outros livros respostas para


suas dúvidas?

A. Constantemente
B. Às vezes
C. Não tenho buscado
D. Já o fiz

12. O que você acha da ciência e da tecnologia?

A. Está cada dia mais próxima da verdade de Deus


B. Está cada dia mais próxima de provar que fomos
criados ao acaso
C. Está longe das grandes verdade de Deus
D. Está longe de provar que fomos criados ao acaso
E. A ciência e a tecnologia não trazem nada de novo
para os assuntos filosóficos.

13. Você acredita que antes de existir o Universo tal


como o conhecemos não existia nada, apenas a
energia cósmica?

A. Sim
B. Não
C. Às vezes

247
14. Você fez o exercício proposto aqui para
perceber o Nada?

A. Sim e consegui ter uma boa idéia do que é o Nada


B. Sim, mas não consegui perceber o Nada
C. Não

15. Você acredita que o Nada ou a Energia Prima é


Deus?

A. Sim
B. Não
C. Às vezes

16. Você consegue entender o que infinito?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

17. Você acredita que Deus pensa?

A. Sim
B. Não
C. Não acredito em Deus

18. Você acredita que na formação do Universo


houve aquilo que chamamos de polarização e que
fez surgir a matéria, a anti-matéria, as emoções
positivas e as emoções negativas?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

248
19. Você entendeu o que é o átomo?

A. Sim
B. Não
C. Gostaria de ter recebido mais informações a esse
respeito

20. Você entendeu que juntamente com o átomo


nasceram várias leis químicas e físicas?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

21. Você acredita que a criação do átomo tornou


possível a auto-construção dos demais?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

22. Você conseguiu intuir o que é espaço, tempo e


relatividade?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

23. Você conseguiu entender o que é lei das


massas e que esta lei foi responsável pela grande
aglomeração de matéria que antecedeu o Big-
Bang?

A. Sim
B. Não
249
C. Mais ou Menos

24. Você entendeu como ocorreu o Big-Bang?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou Menos

25. Você acredita que as demais energias que a


ciência conhece é derivada da Energia Prima
existente no Universo todo?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou Menos

26. Analisando as galáxias, estrelas e planetas você


consegue ter uma idéia da grandiosidade do
Universo?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou Menos

27. Você conseguiu entender o que é luz e como ela


funciona?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

28. Você acredita que todo ser vivo, inclusive os


vegetais, têm uma forma de consciência?

A. Sim
250
B. Não
C. Mais ou menos

29. Você entende que a consciência cósmica ou


Pensamento-Maior é a soma do pensamento de
todos os seres viventes?

A. Sim
B. Não
C. Tenho dúvidas.

30. Como você vê Deus?

A. Uma energia que está fora do meu corpo


B. Uma energia do qual faço parte
C. Não existe como ser

31. Você acredita na existência da alma?

A. Sim
B. Não
C. Às vezes

32. Como você vê a alma?

A. Passível de trocar informações com o cosmos e


com as demais
B. Individual, isolada e impossível de trocar
informações com o cosmos e com as demais

33. Você crê que o pensamento é maior ferramenta


que o homem possui?

A. Sim
B. Não
251
C. Talvez

34. Você acredita que estamos neste plano para


experimentar e comprovar as grandes verdades de
Deus?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

35. Você acredita que para conhecermos e


valorizarmos o bem precisamos conhecer o mal?

A. Sim
B. Não

36. Sabendo que o Universo é infinito e que Deus é


eterno é possível compreender que espaço e tempo
não existem de fato mas apenas em nossa lenta
consciência?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

37. Você concorda que no Universo nada se cria,


nada se perde, tudo se transforma sendo que Deus
transformou-se em tudo aquilo que existe?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

252
38. Você acredita que os pensamentos também são
fontes de energia que transformam-se como a
matéria o faz?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

39. Você acredita em inconsciente coletivo?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

40. Acredita que podemos acessar o pensamento


coletivo e dele tirar informações?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

41. Como você vê o comportamento de Deus?

A. Deus castiga e pune os que erram


B. Deus não castiga e nem pune. O sistema que Ele
criou é que reage com o modo de agir das pessoas
e lhe dão o troco

42. Você acredita que Hitler foi para o Céu?

A. Sim
B. Não
C. Tenho dúvidas

253
43. Você entendeu o conceito de receptáculos que
acumulam todos nossos pensamentos e
experiências e nos transmitem seu dados quando
os sintonizamos corretamente?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

44. Como você se define?

A. Sou daqueles que gostam de ver para crer


B. Acredito que posso receber respostas através de
meu eu interior

45. Você se julga:

A. Uma pessoa que necessita de estímulos externos


para se motivar
B. Uma pessoa que se auto motiva sozinho
C. Uma pessoa desanimada com a vida

46. Você concorda que para construir novos


conceitos é necessário, antes de mais nada,
destruir conceitos antigos e ultrapassados?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

47. Você acredita que, se quiser, pode conversar


com Deus?

A. Sim
B. Não
254
C. Talvez

48.Você acredita que os verbos que pensa ou fala


interferem em sua vida?

A. Sim
B. Não
C. Nunca tinha pensado nisso

49. Você acredita que mudando a maneira de


pensar, sua vida pode mudar para melhor?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

50. Você acredita que a fé pode turbinar seus


pensamentos para melhor e como que o medo pode
exercer um poder de atração negativo?

A. Sim
B. Não
C. Nunca tinha pensado nisso

51. Você entendeu a diferença entre “ser” e


“estar”?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

52. Você acredita que a forma de pensar e


verbalizar pode manipular energias no Universo
que irão interferir em sua vida?

255
A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

53. Se reunisse condições para tal, você congelaria


seu corpo ou sua cabeça depois de morto para
aguardar uma possível reviravolta na ciência que
pudesse ressuscitá-lo?

A. Sim
B. Não

54. Como você ora?

A. Não oro
B. Repito sempre a mesma oração que aprendi na
igreja
C. Em cada oração recito meus momentos, meus
desejos e meu dia-a-dia e portanto nunca repito
uma oração

55. Você concorda que verbalizar errado ou pensar


verbos errados ou pensar verbos no futuro altera
seus resultados?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

56. Você costuma agradecer a Deus mesmo pelo


que ainda não tem?

A. Sim
B. Não, nunca agradeci antes de receber

256
57. Você é uma pessoa ansiosa?

A. Sim
B. Não
C. Às vezes

58. Você acredita em Satanás?

A. Sim
B. Não
C. Às vezes

59. Você acredita em reencarnação e em vidas


passadas?

A. Sim
B. Não
C. Tenho dúvidas

60. O Deus de seu coração:

A. Sempre pune
B. Nunca pune
C. Pune mas sempre perdoa
D. Pune e poderá descartar para sempre as pessoas
que não se remediarem

61. Você acredita que no final do plano de Deus:

A. Haverá o juízo final e os pecadores serão


descartados para sempre
B. Não haverá juízo final porque até lá todos terão
atingido a evolução

257
C. Todo plano terá sido cumprido, todos passarão no
teste e haverá uma enorme e alegre
confraternização.

62. Você acredita que Deus descansou no sétimo


dia como diz a Bíblia?

A. Sim
B. Não

63. Você acredita em Adão e Eva?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

64. Você acredita que Jesus foi:

A. Um ser mais especial


B. Um ser igual com mais compreensão das verdades
divinas

65. Você acredita que a salvação só poderá vir


através de Jesus?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

66. Conforme dito por Jesus, você acredita que


pode fazer todos ou alguns milagres que ele
fez?

A. Sim
B. Não
258
C. Talvez

67. Você acredita que Deus está, neste momento, de


plantão aguardando nossas queixas, nossos
pedidos, nossos agradecimentos, nossa
reverência e outras reivindicações?

A. Sim
B. Não pois Ele automatizou tudo
C. Talvez

68. Você acredita que Deus é sério, reverente e


alheio à brincadeiras?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

69. Você acredita que em vidas passadas você já


passou por vários estágios, do vírus ao ser
humano?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

70. Você entendeu o que vem a ser genética


mental?

A. Sim
B. Não
C. Mais ou menos

259
71. Você acredita que todas as almas foram feitas
iguais, receberam as mesmas instruções e têm
os mesmos objetivos?

A. Sim
B. Não
C. Talvez

260
TABELA DE PONTUAÇÃO PARA SEU EXERCÍCIO
DE AUTO ANÁLISE

QUESTÃO A B C D E QUESTÃO A B C D E
1 10 1 - - - 36 10 1 5 - -
2 10 1 - - - 37 10 1 5 - -
3 10 5 1 - - 38 10 1 5 - -
4 10 5 - - - 39 10 1 5 - -
5 10 1 5 - - 40 10 1 5 - -
6 1 10 5 - - 41 1 10 - - -
7 3 3 7 - - 42 10 1 5 - -
8 1 3 6 - - 43 10 1 5 - -
9 6 1 6 10 - 44 1 10 - - -
10 1 3 5 7 - 45 5 10 1 - -
11 10 7 1 3 - 46 10 1 5 - -
12 10 1 10 1 1 47 10 1 5 - -
13 10 1 5 - - 48 10 1 5 - -
14 10 5 1 - - 49 10 1 5 - -
15 10 1 5 - - 50 10 1 3 - -
16 10 1 5 - - 51 10 1 5 - -
17 10 1 5 - - 52 10 1 5 - -
18 10 1 5 - - 53 1 10 - - -
19 10 1 5 - - 54 1 3 7 - -
20 10 1 5 - - 55 10 1 5 - -
21 10 1 5 - - 56 10 3 - - -
22 10 1 5 - - 57 1 10 5 - -
23 10 1 5 - - 58 1 10 5 - -
24 10 1 5 - - 59 10 1 5 - -
25 10 1 5 - - 60 3 10 7 1 -
26 10 1 5 - - 61 1 5 10 - -
27 10 1 5 - - 62 1 10 - - -
28 10 1 5 - - 63 1 10 5 - -
29 10 1 5 - - 64 5 10 - - -
30 5 10 1 - - 65 1 10 5 - -
31 10 1 5 - - 66 10 1 5 - -

261
32 10 1 - - - 67 1 10 5 - -
33 10 1 5 - - 68 1 10 5 - -
34 10 1 5 - - 69 10 1 5 - -
35 10 1 - - - 70 10 1 5 - -
71 10 1 5 - -
TOTAL DE PONTOS

RESULTADOS CLASSIFICAÇÃO
Entre 84 e 206 pontos Péssimo
Entre 207 e 328 pontos Mau
Entre 329 e 450 pontos Razoável
Entre 451 e 572 pontos Bom
Entre 573 e 697 pontos Excelente

262
PALAVRAS FINAIS

Você pode escalar uma montanha por qualquer lado


que queira. Pode escolher o caminho das rampas, mais
longo e menos sacrificante ou escolher o caminho dos
penhascos, mais curto, porém extremamente árduo.
Quando vários alpinistas escalam uma montanha ao
mesmo tempo, cada qual busca seu caminho preferido,
entretanto o objetivo final de todos é o cume principal, o
mais alto, o mais difícil de ser atingido.

A busca da verdade segue a mesma regra. Cada qual


escolhe seu caminho, uns mais árduos, outros mais
amenos, porém todos difíceis. Cada passo rumo ao
cume nos aproxima da mesma verdade, embora cada
um procure trilhar seu próprio e escolhido caminho.

Se eu disser que o conteúdo deste livro é a pura


expressão da verdade já estarei mentindo. Embora
tenha assistido as mesmas cenas que provavelmente
Moisés assistiu, descrevi-as conforme meus
conhecimentos e meu entendimento. Se quiser, você
poderá faze-lo também, pelo seu caminho e de acordo
com seu entendimento e conhecimentos científicos e
tecnológicos e relatá-la de outra forma, com outra
visão, muito mais ampla e precisa. A Verdade
Suprema, Absoluta, no entanto, sempre foi e sempre
será a mesma. Não existem duas verdades mas tão
somente uma.

O que pretendo com este material não é garantir que o


caminho sugerido por mim deva ser o seu caminho.
Para aqueles que nunca pensaram em algo melhor,
este material servirá para aguçar a curiosidade e
induzir uma busca mais profunda em seus próprios
263
âmagos e quem sabe vir a escrever um novo material,
muito mais próximo da verdade, do que este humilde e
pequeno tratado. Para aqueles que já tiveram o prazer
de conceber pensamentos semelhantes, com certeza,
terão encontrado aqui um pouco mais de material para
induzi-los a novos pensamentos.
A Verdade Suprema está ainda muito longe de nossa
compreensão motivo pelo qual sempre se faz
necessário repensar, recomeçar.

Eu vou recomeçar agora mesmo. Tão logo termine este


último tópico voltarei a me aquietar em meu próprio
“eu” mais profundo em busca de novas e mais
aprimoradas respostas e entendimento para novas
questões que surgiram durante este trabalho e que
surgirão durante o restante de minha passagem por
esta vida. É provável que a segunda edição deste livro
contenha mais material originado de minha constante
ânsia de compreender cada vez mais os desígnios do
Criador.

Qualquer que seja sua posição neste contexto é bom


lembrar que a busca é árdua. É preciso pensar,
repensar, apagar antigos conceitos e reescreve-los em
sua mente e antes de mais nada agarrar-se com todas
as suas forças à fé. Somente a absoluta certeza de que
nada de mal pode lhe ocorrer é que trará a
tranquilidade suficiente e necessária para estabelecer
ligações com as energias positivas e poder para extrair-
lhe seu conteúdo benéfico. Quaisquer medos,
ansiedades e expectativas porão por terra quaisquer de
seus desejos e intentos.
Só o conhecimento liberta-nos do medo. Só a
compreensão dos propósitos nos assegura a fé. Só o

264
entendimento do sistema nos permite acessá-lo.
Comece por aqui:
Deus é bom. Acredite!

265
LIVROS RECOMENDADOS

Conversando com Deus Vol. I


Neale Donald Walsch
Ediouro

Conversando com Deus Vol. II


Neale Donald Walsch
Ediouro

Conversando com Deus Vol. III


Neale Donald Walsch
Ediouro

266
O PENSAMENTO É A
MELHOR FERRAMENTA DO
HOMEM

Qualquer objeto solto no ar, vai ao chão. A lei da


gravidade é a responsável por este acontecimento
físico. Trata-se de um fenômeno universal e imutável.

O pensamento é, também, um fenômeno universal


imutável. Suas ondas permeiam todo o universo e
movimentam energias ainda desconhecidas pela
ciência. Pensar é o primeiro passo do homem para
tudo. Antes de existir fisicamente toda e qualquer
criação, invento ou descoberta humana nasceu, antes
de mais nada, no pensamento. Tudo aquilo que foi
ficção científica no passado é hoje nossa realidade
graças ao pensamento. O pensamento gera a forma
física e a disponibiliza.

Vivemos nos queixando de faltas, carências e da forma


como os eventos de nosso cotidiano ocorrem. A
queixa, por si só, é uma geradora de eventos. Pior do
que se queixar é estar sempre alerta para os maus
acontecimentos. Diz o ditado que “quem espera,
sempre alcança”. Logo violência, assaltos,
desemprego, fome, falta de moradia, crise e outras
desgraças nos ocorrem porque já contamos com elas
em nosso dia-a-dia.
Os verbos são as senhas que abrem ou fecham as
portas energéticas do universo e que nos permitem
“ser” ou “não ser”, “estar” ou “não estar”, “possuir” ou
“não possuir”, etc. É da forma como transmitimos o
verbo para o cósmico que obtemos este ou aquele
resultado. As leis universais respondem ou não nosso
apelo dependendo do modo como operamos o sistema.

Nesta obra damos uma idéia de como funcionam tais


leis e como aplicá-las corretamente para, com isto,
obter tudo, todos os seus anseios e desejos.

DAQUI PARA FRENTE ESTARÁ EM


SUAS MÃOS SER BEM SUCEDIDO,
ESTAR BEM EMPREGADO, MORAR
BEM, SER FELIZ, SER AMADO,
POSSUIR DINHEIRO E TUDO AQUILO
QUE ELE PODE COMPRAR.
SÓ DEPENDE DE VOCÊ.

EDITADO PELO AUTOR


EDIÇÃO 993 (MARÇO/99)
CONTRATAÇÃO DE PALESTRAS
PELO FONE: (0xx11) 4229-1186

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