Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAL E MÉTODO
3 NOÇÃO DE DEONTOLOGIA
O termo deontologia foi utilizado pela primeira vez em 1834 por Jeremias
Bentham, para definir uma espécie de moral profissional cujas únicas diretrizes fossem o
1
Bacharel em Direito, Universidade Federal da Bahia, Juiz Federal Substituto da Subseção Judiciária de Vitória
da Conquista, eudoxiopaes@hotmail.com.
2
prazer e o castigo. Esse filósofo utilitarista pretendia criar códigos de conduta para diversas
categorias profissionais, inclusive para as carreiras jurídicas2 3.
No caso da Magistratura, entretanto, a preocupação com o comportamento dos
Magistrados teve início em momento histórico muito anterior, na Antiguidade Clássica. Isto
se explica porque o exercício da jurisdição sempre esteve associado à própria noção do poder
constituído e hegemônico, que em suas raízes mais remotas possuía um caráter sacro. Assim,
à medida em que se delineava a figura do judex de forma apartada do poder central, mas como
uma extensão deste, a pessoa a quem era delegada a função de judicare acabava assumindo
também uma aura de sacralidade. Leia-se a respeito a citação de Aristóteles, In Ética a
Nicômaco, quando diz que “ir ao juiz é ir à justiça; porque o juiz representa a Justiça viva e
personificada”.
Ao longo do decurso histórico, as expectativas lançadas sobre o ofício judicante
continuam imensas. Atribui-se tal circunstância ao fascínio exercido por esse labor, tão bem
ilustrado por Voltaire4 e Lamoignon5. Entretanto, a função, que sempre foi historicamente
considerada como das mais relevantes para o grupo social cobra o seu pesado tributo do
Magistrado. Espera-se muito deste Profissional: eficiência, produtividade (aferida
estatisticamente) e refino intelectual; presteza e segurança; urbanidade, independência e
discrição. Faz-se menção à Lei Orgânica da Magistratura Nacional, que em seu artigo 35
discrimina os deveres do Magistrado:
III - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos
prazos legais;
2
Langaro define a Deontologia Jurídica como a disciplina que trata dos deveres e dos direitos dos agentes que
lidam com o Direito, isto é, dos advogados, dos juízes e dos promotores de justiça, e de seus fundamentos éticos
e legais.
3
Carlin registra a preocupação da deontologia com os preceitos que regem a conduta de pessoas pertencentes a
profissões organizadas em corporações.
4
“A mais bela função da humanidade é a de administrar a Justiça”
5
“Não é a púrpura, nem o arminho que faz excelente o magistrado: é a integridade, o saber, o amor da mais
severa do que a lhe é confiada, isto é, a de ser o árbitro de seus semelhantes, dispondo soberanamente sobre sua
fortuna e sobre seus mais sagrados direitos”.
3
6
Conforme citação constante à fl. 206 de sua obra.
4
“O servidor encontra-se debaixo de uma situação legal, estatutária, que não é produzida
mediante um acordo de vontades, mas imposta unilateralmente pelo Estado e, por isso
mesmo, suscetível de ser, a qualquer tempo, alterada por ele sem que o funcionário
(designação tecnicamente correta, na opinião de Celso Antônio) possa se opor à mudança
das condições de prestação de serviço, de sistema de retribuição, de direitos e vantagens, de
deveres e limitações, em uma palavra, de regime jurídico”.
7
www.ajufe.org.br
5
4 CONCLUSÃO
Na verdade, toda a sociedade civil deve participar desse laboratório de idéias que
resultará no novo Código de Conduta para os Juízes. Tal procedimento conferirá a necessária
legitimidade e possibilitará a definição, com objetividade, do tipo de comportamento que se
poderá esperar do Magistrado.
5 REFERÊNCIAS
LANGARO, Luiz Lima. Curso de Deontologia Jurídica. São Paulo: Saraiva, 1996.