Sei sulla pagina 1di 7

Capitulo 1

Eu tinha me mudado para uma cidade pequena, no interior do Rio Grande do Sul, um
lugar bem diferente da cidade que vivi durante muitos anos, era simples, tinha por volta
de 2.400 habitantes e era cercada por montanhas e uma floresta fechada. Acabei
chegando nessa cidade para passar um tempo com meus pais, pois eu tinha morado fora
do país e depois eu decidi que deveria voltar para minha humilde casa antes de voltar
para Barcelona.

Meu pai foi me pegar na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, de lá pegamos um
trem que leva para cidades mais afastadas da capital que só se chega de trem. A viagem
durou 4 horas, paramos uma vez apenas, em uma estação para que alguns passageiros
embarcassem. Quando cheguei a minha casa não acreditei, pois tudo estava igual, até
meu quarto estava da maneira como eu tinha deixado antes de partir para Barcelona.

Eu tinha morado em Barcelona para estudar e trabalhar, além de desenvolver meu inglês
e espanhol. Conheci muitas pessoas por lá, fiz amizades e nós combinamos de nos
encontrarmos novamente quando eles forem visitar o Brasil.

Aproveitei para ficar muito tempo com minha família, na próxima semana eu iria
trabalhar numa escola da cidade na área de informática e também ajudaria a dar aulas
para alunos sobre Flash e como editar imagens.

Nos primeiros dias, lá para o 4º dia, eu tinha decidido sair para dar uma volta próxima a
floresta, só que por impulso entrei na floresta e andei mais adiante, pois tinha ouvido
um barulho de uma cachoeira e eu adorava isso, era algo na qual eu fazia questão de
ver. Quanto mais eu ia me aproximando mais eu podia ouvir o barulho da queda d’água
e sentia o cheiro de terra molhada além do cheiro daquela floresta que me fazia ficar
cada vez mais a vontade. Foi então que vi algo um tanto diferente para mim, lá tinham
vários lobos em conjunto e tinham em volta deles um corpo de uma pessoa, quando
cheguei mais perto para olhar, os lobos me olhavam de uma forma diferente queriam me
atacar, mas parece que se controlaram e foram embora deixando o corpo no chão.
Aproximei-me do corpo, era um homem de estatura média que usava uma jeans e uma
camiseta branca, tinha pele morena e cabelos curtos. Examinei aquele corpo
rapidamente, ele ainda respirava, estava machucado na perna direita e o braço esquerdo
também, mas o que me surpreendeu era a marca que ele possuía, pois nunca vira
desenho assim tão bonito e diferente ao mesmo tempo. Decidi leva-lo para minha casa e
cuidar dele, talvez até eu pudesse trazer algo para que, quando ele acordasse, ele
comesse alguma coisa, pois provavelmente estaria com fome.

Quando cheguei na minha casa com ele, minha mãe se assustou ao me ver suja e com
um desconhecido machucado e desmaiado e perguntou logo

- Minha filha, onde você esteve? Você está suja e quem é esse rapaz?

- Mãe eu fui dar uma caminhada na floresta e encontrei ele machucado, achei que
poderia trazê-lo aqui em casa para cuidarmos dele, pois está ferido e com febre alta.

Capítulo 2

Minha mãe pegou o rapaz, que ainda dormia, e pos numa cama num quartinho pequeno
que tínhamos em casa, depois eu peguei um pano e passei no rosto do rapaz. Minha mãe
me ajudou a tirar a roupa dele e deixa-la no tanque. Eu observei aquele corpo malhado,
lindo como nunca e um rosto tão bonito, mas eu me parei por um instante e decidi que
nem deveria continuar a olhar aquele corpo, eu podia ficar louca.

Fiquei acordada a noite inteira para que se ele precisasse de alguma coisa agente
pudesse estar lá para ajudar, quando deu umas 5 da manha, minha mãe trocou de lugar
comigo e eu fui dormir, estava exausta. Quando deu meio dia minha mãe veio me
acordar para comer alguma coisa e antes olhei como o rapaz estava, ele continuava a
dormir e eu não sabia por quanto tempo continuaria assim.

Naquela noite eu por muitas vezes fiquei tentando prestar atenção, pois durante a noite
ele pronunciava palavras em outra língua e cheguei a tentar entender o que se tratava e
depois ele pronunciou em português para que o tirassem daquele pesadelo de sua mente,
coisa do tipo “tire-me daqui!”. Eu tentei fazer com que ele acordasse, mas ele não abria
seus olhos e quando minha mãe chegou e eu estava cansada nem pensei muito nisso, fui
logo dormir.

Dois dias depois, ele ainda continuava a dormir, mas quando eu tentei chegar mais perto
dele, seu corpo começou a se mexer e então, finalmente ele tinha aberto os olhos, ele
levantou rapidamente da cama e foi logo pegando suas roupas e vestindo de uma forma
tão rápida que quando pisquei novamente, ele estava vestido.

- Quem é você? Onde estou? O que aconteceu? Perguntou ele a mim.

Ele ainda sentia algumas dores no corpo.

- Calma, sou alguém que esteve esses dias todos cuidado de você. Você está na casa da
minha família. Eu encontrei você caído na floresta aqui perto da minha casa, você
estava muito ferido e eu te trouxe aqui para que você pudesse melhorar.

Ele parecia não saber o que falar depois que eu disse aquilo pra ele.

- Obrigado, mas eu tenho ir embora, não posso ficar mais aqui. Disse apressadamente.

Ele caminhou mais um pouco e começou a sentir uma dor em sua barriga e cabeça e
pediu – me para que eu saísse de perto, mas eu não queria e fui em direção a ele e o
toquei e assim ele tinha desmaiado. O levei para a cama novamente e assim ficou
apagado umas duas horas e novamente ele acordou e me olhou dizendo:

- O que está acontecendo comigo? Eu não consigo me lembrar de nada sobre mim
mesmo.

- Eu não sei nada sobre você, apenas achei que não deverias ficar lá jogado na floresta.
Eu disse.

- Eu estava numa floresta? Perguntou o rapaz.


Confirmei com a cabeça, me levantei e peguei uma sopa pra ele. Ele ficou me olhando e
quando eu voltei com o prato ele olhou, sentiu o cheiro da sopa e quando eu dei a sopa
para ele, comia com vontade.

- Obrigada pela sopa, eu realmente estava com fome. Disse ele depois que raspou o
prato.

- Como você se chama?


- Alice, e você?
- Só sei que me chamo Jacob.

- Você tem certeza que não se lembra de nada? Perguntei curiosa, pois eu queria saber
mais sobre ele.

- Ah! Eu não consigo me lembrar de nada, sinto muito.

Assim que ele disse isso, a cabeça dele começou a doer, ele colocou as mãos na cabeça
e dizia precisar sair daquele quarto imediatamente. Ele pulou pela janela e saiu correndo
em direção a floresta.

Minha mãe tinha saído naquele dia então nem viu aquele vidro quebrado. Eu tentei
segui-lo, corri dentro daquela floresta novamente e então eu vi um animal, parecia um
cachorro grande e tinha pelos bonitos, seus olhos eram amendoados e pelos marrom, ao
lado dele, tinha aqueles lobos q eu tinha visto. Fiquei com medo e sai correndo de volta
pra casa, eles estavam com raiva. Mas o de pelo marrom, veio atrás de mim e me
derrubou no chão e começou a me olhar com uma cara mansa, seus olhos pareciam
assustados, ele me cheirava e depois quando percebi, eu conhecia aquele olhos, era o
rapaz que eu tinha cuidado em minha casa, ele era um lobo? Ele tirou as patas de cima
de mim e eu me levantei e corri pra casa e ele ficou parado me olhando e depois correu
para a floresta.

Tinham se passado dois meses e eu nunca mais vira aquele rapaz, eu estava seguindo
minha vida, continuava a dar aulas e ajudar minha mãe em casa, mas eu só tinha mais
um mês antes de voltar pra Barcelona pois eu tinha que voltar com meus estudos e
minhas “férias” estavam encerrando.

O que mais me intrigava era o fato de que ele não saia da minha cabeça, eu sempre
esperava encontrá-lo novamente e eu não sabia como eu podia ficar sem ver aqueles
olhos amendoados novamente.

Capítulo 3

Estava chegando a hora de voltar para Barcelona, minha mãe insistia que eu deveria
ficar em casa, mas eu tinha um compromisso com a cidade que eu gostava tanto e não
queria fugir dos meus planos de continuar a trabalhar por lá e morar definitivamente. O
mais difícil não era ter que sair de casa e ficar com saudades dos meus pais, o que era
normal, mas era ficar sem ver aqueles olhos amendoados, eu queria ser amiga dele, nem
sabia seu nome, só o chamava de rapaz e isso parecia bastar pra mim.

Eu não sabia porque ele tinha sumido, eu achava que ele deveria ter ficado com medo
de me encarar, não sei, ou talvez tivesse recuperado a memória, mas tinha esquecido de
mim. Muitas perguntas sem resposta e muitas coisas que eu queria uma explicação.

Até que numa noite, ouvi um uivo, olhei pela janela de meu quarto e lá estava aquele
lobo que eu vi há 2 meses, eu estava com saudade daqueles olhos amendoados. Cheguei
perto dele e ele começou a me lamber, fiquei rindo dele e depois, correu para a floresta
novamente e voltou como aquele rapaz que conheci.

- Não acredito que estou vendo você de novo, onde esteve? Porque sumiu? – Perguntei
um tanto curiosa.

- Olá, que bom ver você novamente. Sumi, é verdade, precisava desse tempo, pelo jeito
você já sabe que sou um lobo. Sorrindo
- O mais lindo que eu já vi. Disse corando
Ele deu risada. Nos demos um abraço apertado e seu corpo estava quente, eu sentia
aquele tórax em meu corpo e seu cheiro amadeirado. Ele me largou por um minuto e me
olhou atentamente.

- Senti sua falta Alice. Disse sorridente.


- Eu também. Falei corando novamente.
- Por que você sumiu? Perguntei.
- Isso é algo que você precisa saber, venha comigo.

Ele se transformou em lobo novamente e o segui segurando em seu pelo, até que
chegamos até uma parte da floresta que eu não conhecia e ele disse algumas palavras
que me fizeram adormecer, foi algo quase imediato.

Quando acordei, estava dentro de uma floresta que eu nunca tinha visto igual, tinha
arvores tão grandes e antigas, ao mesmo tempo, flores bonitas, perfumadas e que
pareciam estar vivas ao serem iluminadas pelo Sol. Jacob apareceu como humano
novamente e disse:

- Este é um outro lado da Floresta que você não conhece, aqui é onde eu vivo, além de
morar numa casa pequena mais lá na frente da floresta. Ele disse contente

- Que lugar bonito, nunca vi tanta beleza de natureza assim. Eu disse admirada.

Ele me mostrou alguns lugares por lá e me explicou que teve que fugir da minha casa,
ele estava mal, estava em processo de transformação e tinha sido atingido por outros
clãs de lobos, além disso, só se lembrou de tudo depois que ele não podia mais me ver
por um tempo.

- Você ficou muito tempo sem me ver, não sabia o que tinha acontecido e nem me
agradeceu por ter tentando ajudar você. Eu disse.

- É, mas eu estava ainda em fase de adaptação.


Eu não quis mais falar sobre o assunto e ele continuou a caminhar comigo naquele outro
lado da floresta e, por fim, nós tivemos que voltar, eu não sabia se alguém estava
sentindo falta de mim em casa, eu tinha de voltar. Ele me ensinou a voltar e me disse
que nos veríamos em breve.

Aquele último mês fora muito bom, pois passei muitos bons momentos com meu amigo
lobo, ele realmente era alguém que eu nunca esqueceria e que guardaria no meu
coração. Eu tive que voltar pra Barcelona, ele ficou chateado, mas eu disse que
escreveria pra ele. O que eu não sei é se ele sentia algo como eu sentia por ele, isso eu
não sei, pois depois de 3 meses eu perdi contato com ele e não recebi mais cartas de
resposta e nem algum recado pela internet, eu não podia voltar para o Brasil pra saber
como ele estava e o que tinha acontecido, eu espero que ele esteja bem.

Fim

Potrebbero piacerti anche