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Altamir Moreira∗∗
RESUMO
Este ensaio resume alguns dos principais tópicos abordados na dissertação
sobre a obra de Angelo Lazzarini, defendida no Instituto de Artes da UFRGS no ano
2000. Apresenta uma biografia sumária do pintor, seguida da análise de algumas das
pinturas murais religiosas desenvolvidas na região da Quarta Colônia, RS. Discute a
origem das fontes iconográficas, métodos de composição e peculiaridades estilísticas
das pinturas. Compara as características da visualidade regional em relação aos
grandes centros culturais na busca de compreender como estes murais religiosos
resistiram à influência dos padrões modernistas vigentes na década de 50 do século
XX.
Palavras chave: História da Arte do Rio Grande do Sul; Arte Religiosa; Iconologia;
Pintura Mural; Angelo Lazzarini; Aldo Locatelli.
ABSTRACT
This rehearsal summarizes some of the main topics approached in the dissertation on
Angelo Lazzarini's work, defended at the Arts Institute of UFRGS in the year 2000. It
presents a summary biography of the painter, followed by the analysis of some of the
paintings murals developed in the area of Fourth Cologne, RS. It discusses the origin
of the iconographic sources, compositional methods and stylistics peculiarities of the
murals. It compares the characteristics of the regional visually in relationship of the
great cultural centers, and tries, with this, to understand as these religious murals
resisted to the influence of the effective modernist patterns in the decade of 50 of the
century XX. .
Words key: Art History of Rio Grande do Sul; Religious art; Iconology; Mural
Painting; Angelo Lazzarini; Aldo Locatelli.
∗
Este texto foi originalmente publicado em Memória em Caleidoscópio: pesquisas recentes em artes visuais do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2005. Coletânea organizada pela historiadora Dra. Maria Amélia
Bulhões a partir de resumos de dissertações dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do
Instituto de Artes da UFRGS. Apresenta um panorama resumido de algumas das principais questões abordadas
na pesquisa sobre os murais de Lazzarini.
∗∗
Altamir Moreira (1972). Pesquisador de iconologia da pintura mural religiosa. Graduado em Desenho e
Plástica pela UFSM e Doutor em Artes Visuais pela UFRGS.
ANGELO LAZZARINI E A PINTURA MURAL RELIGIOSA
NAS IGREJAS DA QUARTA COLÔNIA
1. O INÍCIO DE UM CICLO
Este texto resume alguns dos principais temas abordados na dissertação defendida no
curso mestrado em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no ano 2000.
Retoma, dessa forma, algumas das questões relacionadas à obra de Angelo Lazzarini. Pintor
que desenvolveu uma série de murais religiosos no período de 1955 a 1963, em igrejas dos
municípios de: Nova Palma, Faxinal do Soturno, Dona Francisca, São João do Polêsine,
Silveira Martins, Ivorá e Santa Maria. Localidades integrantes de uma região situada no
centro geográfico do Rio Grande do Sul, normalmente referenciada, em estudos culturais,
como A Quarta Colônia1.
2. AS INFLUÊNCIAS ICONOGRÁFICAS
Em Nova Palma, ao trabalhar em uma igreja de arquitetura inspirada no padrão
basilical romano, Lazzarini preenche o teto da nave principal com cenas derivadas do antigo
testamento e de parábolas neotestamentárias. Na nave lateral direita, ele executa um ciclo de
temas marianos, e na nave lateral esquerda os temas relativos à vida de Cristo. O grande teto
plano do presbitério, dedicado à devoção sob cujo nome a igreja é consagrada, recebe um
mural com o tema da Glória da Santíssima Trindade. Obra na qual, conforme registros
paroquiais, Lazzarini teria reproduzido: "[...] um quadro célebre da Santíssima Trindade
tirado de pinacoteca famosa de Roma" (POZZER, Livro do Tombo II, folha 35).
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4. AS FONTES IMAGÉTICAS
Dentre as fontes imagéticas utilizadas por Lazzarini, destacam-se as imagens em preto
e branco, reproduzidas em livros religiosos da época e que tinham como origem antigas
gravuras européias assinadas, mas não datadas. Uma destas foi identificada através da nota de
uma antiga publicação (Schnor apud LASSERE, 1888), que a classifica como a reprodução de
uma gravura pertencente à escola alemã do período de 1794 a 1872. Além dessas imagens,
Lazzarini utilizou, por vezes, litogravuras policrômicas, oriundas dos Estados Unidos, que
reproduziam obras religiosas européias, do período barroco. Esse é o caso das obras de
Murillo, das quais ainda se conservam dois pequenos modelos. Figuras que foram
quadriculadas por Lazzarini e, provavelmente, utilizadas como base para o mural de Nossa
Senhora da Conceição (1959) Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Santa Maria, e para o
mural da Sagrada Família (c. 1960) na Capela de Nossa Senhora do Monte Bérico, em
Vale Veronês. Além dessas fontes, o pintor podia dispor de uma coleção de "santinhos",
guardados desde a época da formação técnica realizada na Itália, além de outras reproduções
7
gráficas conseguidas pelos sacerdotes, junto às famílias devotas que, muitas vezes,
patrocinavam essas pinturas. No entanto, o estilo dos murais de Lazzarini, que parece mesclar
diversas influências européias que vão do Renascimento ao Barroco em versões tecnicamente
simplificadas, não pode ser explicado como uma simples decorrência dos modelos que
utilizava. Pois, é necessário que se considere também o período de estudos que ele realizou no
Velho Mundo. Onde a disponibilidade de exemplos visuais, correspondentes aos períodos
históricos citados, certamente colaborou para consolidar o seu gosto por determinados estilos
e influenciar suas concepções sobre quais formas deveriam ser consideradas dignas de uma
pintura mural religiosa.
5. O PROBLEMA DO ESTILO
Apesar de ser possível detectar, com certa facilidade, algumas das principais
influências estilísticas manifestadas na obra de Lazzarini, a caracterização, daquilo que se
costuma chamar de estilo pessoal não se dá sem dificuldade. É evidente que o procedimento
recorrente ao uso da cópia exerceu forte papel no desenvolvimento de sua obra, contribuindo
para a manutenção de algumas fórmulas tradicionais do apelo piedoso, presente, por exemplo,
em temas como: O Anjo da Guarda, a versão apócrifa da Morte de São José, ou a Sagrada
Família e o Menino com a Cruz. Cenas em que sua obra é mais fortemente devedora ao
kitsch. No entanto, em grande parte da produção mural, a influência e a permanência de certo
padrão clássico de inspiração renascentista parece ter interferido e limitado as manifestações
de sentimentalismos exacerbados, principalmente nas linhas do rosto dos personagens, que
permanecem tranqüilas mesmo quando os gestos herdados de seus modelos são os mais
exaltados. Esta espécie de redução expressiva se comprova na análise das expressões faciais
da Sagrada Família de Vale Veronês quando comparada ao modelo quadriculado. Outro
exemplo desse tipo de expressão utilizado por Lazzarini é encontrado na cena da Expulsão do
Paraíso (1955), de Nova Palma, onde o anjo, ao acenar em direção à saída do Jardim do
Paraíso, apesar do gesto enérgico e autoritário, apresenta a face imperturbável, sem qualquer
manifestação de pathos.
Apesar de Lazzarini ter utilizado o serviço de auxiliares, não se conhece caso em que
ele tenha exercido atividades pedagógicas, mesmo aquelas não relacionadas ao ensino oficial,
tais como aulas particulares de pintura. Desse modo, ele não parece ter se deparado com uma
necessidade concreta para questionamentos ou reciclagem de técnicas. Apesar disso, não é
verdade que ele desconhecesse as inovações que começavam a ganhar espaço nas artes
religiosas. Prova disso são os arquivos que demonstram parte da literatura especializada e de
imagens a que ele teve acesso. Um exemplo que se pode destacar é uma imagem da Pietá,
com linhas fortemente estilizadas, encontrada na revista Liturgical Arts, de agosto de 1957,
localizada no arquivo particular do pintor. Mesmo considerando uma possível defasagem de
tempo até que Lazzarini tivesse acesso a essa publicação, nota-se que ele não demonstrava
absorver essas influências em um tema com semelhança iconográfica, como A Deposição de
Cristo, realizada na Igreja de Nossa Senhora das Dores, em 1959, ou mesmo em qualquer
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outra imagem subseqüente. Isto nos leva a crer que além da influência do gosto pessoal do
artista, moldado pela formação tradicional consolidada pelo contínuo exercício, que se
prolongava em sua maturidade, também não havia, de outra parte, um ambiente propício que
comportasse tais experimentalismos.
Quando Lazzarini inicia seu ciclo de pinturas na região da Quarta Colônia, em âmbito
internacional já ocorriam acaloradas discussões sobre o papel da arte moderna na pintura
religiosa. Havia confronto entre os intelectuais do clero que defendiam a necessidade de
renovação da arte religiosa por assimilação dos estilos modernos9 e os da ala mais
conservadora da Igreja. Que, por sua vez, estava mais empenhada em manter as formas
representativas herdadas da tradição clássico-barroca ou mesmo em recuperar os padrões da
arte bizantina, considerada modelo de arte sacra por excelência. Esse conflito foi reavivado no
período pós-Segunda Guerra, principalmente quando foram retomados alguns dos primeiros
empreendimentos do muralismo religioso moderno. Isso ocorre, com maior intensidade, no
início dos anos 50, época em que, na França, ocorre a abertura sucessiva ao público das
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Igrejas de: Vence, Assy e Andicourt. Experiências consideradas pioneiras na integração das
diversas linguagens da arte moderna, e na transposição desse estilo para o ambiente religioso.
Experiências que a despeito de terem sido protagonizadas por artistas modernos de renome,
tais como Matisse, Léger, Chagall, Rouault, dentre outros, mesmo assim enfrentaram
resistências, pois algumas obras causaram escândalo e forte rejeição por parte do público.
9. A SITUAÇÃO PERIFÉRICA
O destaque anteriormente concedido à diferença de contexto entre as cidades mais
populosas que se instauram como centros regionais e as cidades menores em que Lazzarini,
normalmente trabalhou, também é útil na tentativa de se compreender alguns dos possíveis
motivos do “retardamento” das influências modernistas, neste último meio. Embora não se
trate de regras, ou conceitos possíveis de serem aplicados, inescrupulosamente, em contextos
diferentes daqueles nos quais foram originalmente identificados, registra-se nesse caso,
algumas semelhanças com a situação evocada por Carlo Ginzburg ao estudar a produção
artística de pequenas cidades interioranas da Itália. No período correspondente ao intervalo
entre o século XV e o século XVIII, caso em que o historiador discute a existência de um
retardamento entre o estilo vigente na periferia, quando comparado com as formas estilísticas
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que estariam em evidência nos centros maiores, durante o mesmo período. Esse Fenômeno
pode ser, grosso modo, resumido como uma manifestação da tendência freqüentemente
observável, na qual: “[...] se o centro tende a configurar-se como lugar de inovação artística, a
periferia correlativamente, tende a configurar-se (embora nem sempre) como lugar de
atraso”(GINZBURG, 1989, p. 33).
regra na produção artística religiosa, pelo menos até a Segunda Guerra Mundial. Depois,
houve um período de experiências modernistas mais intensas que passaram a ser divulgadas a
partir dos anos 50. Mas, no Brasil a aceitação das novas formas artísticas só se daria a partir
dos últimos anos dessa mesma década, período a partir do qual se poderia, finalmente,
registrar a caracterização efetiva de um retardamento na produção de Lazzarini, em relação a
outros artistas brasileiros atuantes no período. Pois, nota-se que este pintor mesmo tomando
conhecimento das inovações que ocorriam, por diversos motivos ora pessoais ou ligados ao
contexto, permanece, relativamente, alheio às experiências modernistas até o final de sua
obra.
Certamente, não se pode prever qual o encaminhamento que Lazzarini daria à sua
figuração, caso sobrevivesse ao período pós Concílio Vaticano II. Mas, seus últimos murais,
realizados na Igreja de Santa Catarina, em Santa Maria (1963) e na Catedral do Divino
Espírito Santo, em Cruz Alta (1964), apontam uma contínua redução de importância das
figuras que tendem à monocromia. Em contrapartida há uma reforçada valorização dos
motivos simbólicos e dos padrões decorativos geométricos que passaram a preencher a maior
parte dos espaços da igreja.
Através do estudo deste tipo de produção plástica, também se pode perceber o quanto
o tempo cultural pode ser diferenciado nessas regiões periféricas, quando consideradas sob o
aspecto da permeabilidade à difusão das inovações artísticas que se originam nos grandes
centros irradiadores da cultura. Lazzarini, mesmo tendo realizado uma obra sob limitações da
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técnica e do meio em que foi desenvolvida, tem o mérito de ter conseguido realizar ao longo
de aproximadamente nove anos um vasto registro do imaginário cristão colonial centro-
riograndense. Deixando em 11 das principais capelas e igrejas da região da Quarta Colônia,
uma obra de memorável esforço, que deu materialidade às formas simbólicas que manifestam
a dimensão religiosa dessas comunidades numa produção que se insere de certa forma como
uma continuidade das formas populares das imagens de devoção. Estruturou, assim, um fundo
visual comum, partilhado por diversos estratos sociais, sobre o qual aquela geração concebeu
e derivou grande parte de suas impressões e conceitos primários sobre pintura em um tempo
no qual imperavam dificuldades de acesso a qualquer outra forma de expressão artística de
níveis mais eruditos. Mesmo no caso de Santa Maria, cidade em que havia a Escola de Artes e
Ofícios, na década de 50 as exposições de pintura, ao que parece, ainda eram bastante raras,
se considerarmos apenas os poucos registros referentes às exposições pioneiras de Lia Maria
Chechela Achutti e de Eduardo Trevisan (BISOGNIN; SANTOS, 1995, p. 103-110).
Portanto, a pintura mural religiosa, parecia ainda constituir uma das expressões plásticas de
maior abrangência na região da Quarta Colônia.
Figura 01
Detalhe do teto da nave central da
Igreja da Santíssima Trindade,
de Nova Palma, RS. Apresenta a
partir da base inferior os temas da:
Criação do Mundo, Moisés e o
Decálogo, A Expulsão do Paraíso,
A Morte de Abel, O Sacrifício de
Abraão e A Volta do Filho
Pródigo. Murais pintados por
Angelo Lazzarini em 1955,
conforme registro fotográfico do
arquivo particular deste pintor,
atualmente conservado pela
família de Francisco Lazzarini, em
Caxias do Sul, RS.
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NOTAS
1
Topônimo referente à antiga Colônia Imperial de Silveira Martins, colonizada por imigrantes italianos a partir
do final do século XIX. Região de cuja extensão geográfica se originou a maior parte dos atuais municípios
designados sob tal denominação coletiva.
2
Cf. Transcrição encontrada no Centro de Pesquisas Genealógicas de Nova Palma na Cronologia de 24 Abril de
1955. Documento que reproduz um comercial da Stafetta Riograndense, datado de 10 de fevereiro de 1937.
3
Sobre a iconografia de Kronos no contexto das pinturas religiosas do Renascimento, conferir o clássico ensaio
de Panofsky: O Pai Tempo. In: Estudos de Iconologia, 1995, p. 69-89.
4
Cf. Padre Luiz Sponchiado (pesquisador do processo de imigração e formação histórica da região da Quarta
Colônia), em resposta à entrevista realizada em Nova Palma, em 21 de outubro de 1999.
5
Ginzburg em A Micro-História e Outros Ensaios (1989), ao estudar algumas pequenas cidades interioranas da
Itália do século XV, destaca uma situação que parece guardar algumas semelhanças com nosso caso. Pintores
itinerantes que trabalharam no Vercellese entre 1450 e 1470, ao realizar a pintura do oratório de São Bernardo
em Gattinara “[...] retomam com variações mínimas modelos que talvez remontem aos últimos decênios de
Trezentos”. Caso em relação ao qual o historiador observa que, na situação de autoconsumo artístico daquelas
sociedades, o incentivo à inovação era praticamente nulo, de modo que os pintores vercelenses podiam: “[...]
fazer uso de modelos bastante antigos sem correr o risco de iludir as expectativas de um público que não tinha a
capacidade de confronto” (p. 35).
6
Fogolaro: Fogão primitivo, comumente localizado em uma sala construída especificamente para esse fim,
constituindo dessa forma um ambiente característico da antiga arquitetura da imigração italiana na região. Esse
tipo de construção normalmente se situava num espaço afastado da habitação, com a finalidade preventiva de
evitar incêndios.
7
Cf. Livro do Tombo I, folha 71 v. e folha 72, s.d. [1945] localizado na Casa Paroquial do Santuário de Santo
Antônio, Bento Gonçalves, RS: "Em fins do ano de quarenta e quatro iniciou-se os trabalhos de pintura da matriz
pelo pintor Angelo Lazzarini, concluindo os trabalhos em princípios de outubro deste ano. Os trabalhos
agradaram em geral, porém os críticos sempre encontram o que contradizer". Em registro efetuado pelo vigário
Adolfo Luiz Pedrizzi.
8
Severino Bellinaso (atual diácono da paróquia de Ivorá, cuja família abrigou Lazzarini durante a realização da
pintura da igreja matriz) diz que: “[...] as pinturas eram estudadas em comum” pelo padre e o pintor, mas cabia
ao padre “[...] dar as orientações sobre o tipo de pintura que queria para a igreja.”(entrevista realizada em agosto
de 1998). Dorvalino Rubin (sacerdote atuante durante a época das pinturas de Lazzarini na região) diz que era
função do padre localizar os modelos das pinturas que queria para sua igreja e que este procurava por santinhos
inclusive: “[...] junto às famílias da comunidade”(entrevista realizada em junho de 1998). Fiorello Orlandi
(auxiliar de Lazzarini no período de 1957 a 1958) diz, definitivamente, que: “[...] Lazzarini não escolhia os
santos” (entrevista realizada em junho de 1998).
9
Os principais defensores da renovação da arte religiosa na França foram os padres Pichard, Couturier e
Règamey, e o principal veículo de divulgação de suas idéias foi a Revista de Arte Sacra, publicada em dois
períodos, antes e após a Segunda Guerra. Essa publicação seria a alma do movimento que resultou nas primeiras
experiências da tentativa de integrar a arte moderna ao espaço religioso. Cf. Alain Besançon: A Imagem
Proibida. (1997, p. 440); E em Joseph Pichard. Les Églises Nouveles à travers le Monde (1960, p. 60).
10
Cf. Carlo Ginzburg em A Micro-História e outros ensaios (1989). Como exemplo desta situação, tem-se o
caso de Perugino, que, após participar de uma concorrência em Florença, por volta de 1505, devido às críticas
exercidas pelos novos pintores, colegas e rivais, decidiu transferir-se para o Condado da Úmbria. Pois: “[...] é na
periferia que o pintor é obrigado a refugiar-se para poder continuar a trabalhar e a receber encomendas para uma
produção que no centro deixou de satisfazer” (p. 34).
18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BESANÇON, Alain: A Imagem Proibida. Uma História intelectual da iconoclastia. Rio de Janeiro: Bertrand
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BISOGNIN, Edir; SILVA, Mari Luci L. da; SANTOS, Nara Cristina. O Desenho e a Pintura em Santa Maria:
um enfoque sociológico. In: BULHÕES, Maria Amélia (org.) Artes Plásticas no Rio Grande do Sul Pesquisas
Recentes. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1995. p. 103-110.
RÉAU, Louis. Iconographie de L´Art Chrétien. Introduction Génerale Paris: Presses Universitaires de France,
1956. Tome premiére
. Iconographie de la Bible. Ancien Testament. Paris: Presses Universitaires de France, 1956. Tome
premiére.
. Iconographie de la Bible. Nouveau Testament. Paris: Presses Universitaires de France, 1957. Tome
Second.
. Iconographie de la Bible. Iconographie des Saints A-F. Paris: Presses Universitaires de France, 1958.
Tome III.
. Iconographie de la Bible. Iconographie des Saints G-O. Paris: Presses Universitaires de France, 1958.
Tome III.
. Iconographie de la Bible. Iconographie des Saints P-Z. Paris: Presses Universitaires de France, 1959.
Tome III.
SCHUBERT, Mons. Guilherme. Arte para a Fé. São Paulo: Loyola, 1987.