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ic foet oct liam ce otomavor. = Rlo i, 1978, ie. . Titulo cop-sis.3s2 ~ jorge sotomayor licdes de equacdes diferenciais ordinarias ‘iy 5S) mS Instituto de Matematica Pura e Aplicas ‘hot reread, 199, por Carnelng Nacont Desenvlrineno Cini € Teenolopc, NPQ, hv. WS Nore, Braslia, DP Apress no rail / Primed in Brazil Capa: Gian Cali Criagha Viwal Lids {Tadeira At Barone 40, Leme, Rio de Janeiro, RJ Projcia Evcldes ~ Coordenaéo por Elon Lages Lima ial Cha Helter Gurgulino de Sovzs, Jacob Pal 40 Carmo, Pedro Jess Fernandes, CComieto Ea Junior, Manfredo Perdigto “Tuulos js publeados 1. Cur de Anti, vl: 2 Media elaepiaco, Pedro Jesus Fendnder 3. Aieagtes da Topologia& Anslse, Chaim Samuel Honig 4 Eapagos Méticos, Elon Lages Li 5. Anlive de Fourier « Bquaebes Difrenciis Parca, Djiro Guedes de Figusieda k Eton Lages {hnradugdo aot Siem Dindiicos, Jacob Pals Junior ¢ Weligton C, de Meio Irueodusao & Algebra, Adison Goncalves ‘Acrecon Tericos do Compulagt, Claudio L. Lucchesi, me Sithon, Ivan Simon, Junot Simon ¢ Tomass Kowalowsth 6, Teovi Geomdisce dis FaeagBet, Aledet Lint Neto Cesar Camacho 10. Genimisa Riemannana, Manitedy P. do Carmo 11, Ligber de Fiquaoes Diferencins Ordinsias, Jorge Sotomayor Compougto e at: ‘AM Producoes Grafica Lid, Ampuese po: Giitice tora Hamburg Leda Rue Apeninos, 26" Sto Paulo» Brasil Diaebeido per: Livros Teenteos e Clentficos Ediora S.A. ‘Avenida Veneroela, 163 ORI0- Rio de Janczo, RI - Bea ‘Samuch Honig, Djaco Guedes de Figucvedo, Elon Lages Lima, A meus pais, Alfonso € Rosa. 7 co oe i INDICE PREFACIO. xt INTRODUGAO. wn xi ‘Quadro de nterdependéncia entre copltulos. xv PARTE A: FUNDAMENTOS CAPITULO! EXISTENCIA EUNICIDADEDESOLUGOES..,...... 3 1 Preliminares 3 2. Oproblema 5 3. Bnemplos 7 44. Teoremasde Picarde de Peano. 2 S$. Solugdes miximas........ n 6 Sistemas de equagdes diferend 0 Exercicios 2 CAPITULO II DEPENDENCIA DAS SOLUCOES EM RELACKO AS CONDICGOES INICIAIS E PARAMETROS.....-.. 3 1 2 2 4 3, Diferenciabilidade cy Exerccios . : 3 PARTE B: EQUAGOES LINEARES CAPITULO III EQUAGOES DIFERENCIAIS LINEARES 0 SLs Preliminares.. “ . 0 2. Propriedades gerais. 30 3, Equapbeslineates com coefcienes constantes, 37 4. Sistemas bidimensionais simples 6 5S. Conjugasao de sistemas lineares- 8 6. Clasificagdo Topoldgica dos Sistemas Lineates Hiperbélicos ..... 77 7. Sistemas lineares complexos .... serie BD B._ Oscilagdes mectnicas eet a Exerciios ...- 8 CAPITULO IV ELEMENTOS DA TEORIA DE STURM-LIOUVILLE E PROBLEMAS DE CONTORNO... +1, OsTeoremas de Sturm... 2. Prablemas de Sturm-Liouville. 3. Bxisténcia de autovalores.... 4. O problema da corda vibrante 5, Expansto em séries de autofuncdes Exerccios « . ‘Apendice: © Teorema Especial - CAPITULO V EQUAGOES LINEARES NO CAMPO COMPLEXO .. 1. Pontos singulares de um sistema linea Pontos singulares simples. . ‘Solugbes farmais em pontos singuaressimipes. Mazes fundaentisem um pono single. ‘Acquacdo dé ordem n .... cose Equacdes Fuchsianas de segunda orden - ‘O metodo de Frobenius Acequacdo Hipergeomtttica . ‘A equacdo de Bessel. 10. Fungdes de Bessel ew ea ExUrclelos ceeseseeseeeeveeees ‘membrana oscliante PARTE, EORIA QUALITATIVA CAPITULO VI ELEMENTOS DA TEORIA QUALITATIVA DAS EQUACOES DIFERENCIAIS. ........ ‘Campos vetoriais e uxos «.. Diterenciabilidade das fuxos gerados por eampos vtorais. Reiato de fase de um campo vetorial. : Equivalénciaeconjugagdo de campos vtorais Exirutura local dos pontossingulares hiperbélicos. nate local de ris prods os 3. Fluxes ine Exercicios .. CAPITULO VIL OTEOREMA DE POINCARE-BENDIXSON 1. Conjuntos limite «limite de uma ori 2. O Teorema de Poincaré-Bendixson 3. Aplicacdes do teorema de Poincaré-Bendixson. Exercias vse Feiseesteestenesenie CAPITULO VIII ESTABILIDADE NO SENTIDO DE LIAPOUNOY 1, Estabilidade de Liapounov "2b, Geritro de Liapounoy Exercises 103 103 tos 105, i us ie m 13 1a 132 135 18 1m m7 186 191 195 207 208 2 20 20 ns 26 nt Bs Py 243 ae 2s4 238 268 268 m ne CAPITULO IX, ESTRUTURA LOCAL DOS PONTOS SINGULARES E ORBITAS PERIODICAS HIPERBOLICAS. 1, Pretiminares, 2! Teorema de Hartman pare hiperbélleas. 11, Teorema de Hartman em expacos de Banach 4. Teorema de Hartman para campos vetorias ¢ fuxos.. ‘5. Teorema de Hartman: Caso local para difeomors ‘6. Teorema de Hartman: Caso local para campos vetoria 7, Variedadesinvariantes “Apendice: Diferenciabilidade das bolicos -Exerckcios ieomorfismos e drbitas periédicas CAPITULO X TEORIA DE POINCARE-BENDIXSON EM ‘SUPERFICIES. 1. Nimero de rotagto. 2, Teorems de Schwartz Exercicios BIBLIOGRAFIA.... INDICE ALFABETICO. 286 295 310 33 32 a 3s A } =) 9 ps 3 PREFACIO Este tivo baseia-se nos cursos ‘sobre Equagées Diferenciais COrdinarias dadas pelo autor em 1971 ¢ 1973 no Instituto de’ Matemitica Pura e Aplicada, para alunos de pés-graduaglo orientados para 0 Mestrado em Matematica. . Desenvolvemos aqui a Teoria das Equagdes Diferenciais Ordi- nari, isto é, 0 estudo das propriedades gerais das funcdes que so s0- lugdes deste tipo de equagies,-a partir de hipoteses. amplas sobre as fungdes que as definem, usando os recursos da Anilise Matematica Classica e da Algebra Linear, sem recorrer necessariamente & forma particular das equagdes. ‘A matéria apresentada nfo difere essencialmenté'daquela desen- volvida em varios tratados classicos ou modernos, mormente em lingua cestrangeira Registramos aqui nosso reconhecimento pela influéncia recebida destes, e especialmente mencionamos Hartman [1964], Coddington ¢ Levinson [1955] ¢ Pontrjagin [1962]. (O livro esté dividido em trés partes basicamente autosuficientes: Fundamentos, Equagées Lineares ¢ Teoria Qualitativa. Um quadro de interdependéncia entre os capltulos permite atalhos diretos para varios tépicos, sem seguir necessariamente a ordem em que estéo apresentados no texto. Isto & conseguido ao custo de uma certa repeticdo dos fundamentos da Teoria, em diversas versBes, que, a NOSSO ver, 5 ‘complementam para dar uma visio maisampla dos métodos disponiveis. O’contetido dos capitulos ¢ ditado por uma inevitdvel escolha dentro do vasto universo das Equagdes Diferenciais. Acreditamos entretanto ter‘abordado os elementos da maior parte dos assuntos surgidos ou sistematizados @ partir do grande movimento de fundamentacio © expansfo que experimentou a Teoria no século XIX ¢ que ainda na atualidade, sob varindas formas, so objeto de pesquisa ou usados nas aplicagdes das Equacdes Diferenciais OrdinSrias. ‘O texto apresenta mais material do que poderia ser razoavelmente coberto no curso de um periodo letivo, sendo indispensavel neste caso uma escolha criteriosa de tépicos para uma primeira leitura. © texto central & complementado com diversos apéndices, nos quais desenvolvemos aspectos importantes da Teoria mas tecnica- mente mais elaborados ou diferentes no enfoque, cuja introducdo no texto quebraria a continuidade de idéias © métodos elemeritares que neste predominam. «_ 0s eiercicios propostos, quando nfo s4o rotineiros, representam complementos, aplicagSes ou abordagens diferentes para = teoria; algumas vezts eles visam fornecer:ao leitor informagdes sobre assuntos correlatos importantes que por limitagio de espao © tempo nio puderam ser abordados com plenitude no texto. Estas informagdes devem ser complementadas, sempre que possivel, com a leitura de bibliografia apropriads. Recomendamos ao leitor abordar © pensar ‘ein todos os exercicios propostos. Quase sempre ancxamos sugestdes para agueles menos imediatos. ‘A Teoria das EquagSes Diferenciais se-distingue tanto por sux riqueza de idéias e, métodos como por sua aplicabilidade. O aluino obleré de seu estudo uma experiéncia de grande valor formativo, j& ‘que tort oportunidade de integrar, num Gnico corpo, os fundamentos da Analise Classica, Algebra Linear ¢ Topologia, disciplinas que pelas limitagdes distorebes derivadas da departamentalizagio do ‘conhscimento_sfo, amitide, apresentadas em forma isolada. E com grande satisfacdo que registramos nossos agradecimentos ‘aos colegas ¢ alunos que, com palavras de estimulo, sugest&es ¢ comen- \irios, contribuiram para o aprimoramento das notas de aula precur- soras deste livro. Com particular énfase mencionamos a Wilson Bar- bosa, Roberio Paterlini ¢ Genésio L. dos Reis, por sua inestimavel colaboracdo na revisio ¢ complementagdo de versbes.preliminares. ‘Agrademos também aos colegas, Carlos Gutiérrez, Cesar Camacho, Elon Lima, Jacob Palis ¢ Pedro Mendes por sugestdes diversas apos terem usado parte destas versdes preliminares em cursos ministrados. Finalmente, mas #9 “com menor satisfagdo, agradecemos Mauricio Peixoto pela infiticté que suas estimulantes licdes dadas no IMPA em 196364, tivéram.na ‘concepeao inicial deste livro, Jorge Sotomayor Rio de Janeiro, abril de 1979 INTRODUGAO ‘Uma equacfo da forma F(t, x, x", ..., x) = 0, onde a incdgnita x ¢ uma fungdo de ume variavel, chama-se equacio diferencia! ordindria Muitas leis gerais da Fisica, Biologia ¢ Economia encontram sua ex- pressio natural nestas equagdes. Por outro lado, inimeras questdes Matemética (por exemplo, em Topologia e Geometria bes) so formuladas por equacdes ordinérias ou se reduzem’a elas. O estudo das equagdes diferenciais comegou' com os métodos go Ciloulo Diferencial ¢ Integral, descobertos por Newton & Leibnitz, € claborados no iltimo quarto do século XVII para resolver problemas motivados por consideracdes fsicas ¢ geométricas. Estes métodos, na sua evolugio, conduzitam gradualmente-& consolidagao das Equagdes Diferenciais como um novo ramo da Matemftica, que em meados do século XVIII se transformou numa disciplina independente, Neste estigio, a procura e andlise de solugdes tornou-se uma fina- lidade propria. Também nesta época ficaram conhecidos os métodos elementares de resolucdo (integracéo) de varios tipos especiais de equagdes diferenciais, isis como as de variiveis separaveis (x =fe)g(t), as lineares (x’ = o(dx + H(Q), a8 de Bernoulli (x = = pli)x + g(t) x"), as de Clairaut (f(x’) + tx" = x),as de Riccati (x’ = = aglt) + a;(t) x + a3(t)x?), estudados, tradicionalmente, até nossos dias, em muitos cursos introdutérios de Cilculo. ‘A natureza daquilo que era considerado solugdo foi tiudando gradualmente, num processo que acompanhou e, as vezes, propiciou 0 desenvolvimento do préprio conceito de fun¢éo. Inicialmente busca- vam-se solugdes expressas em termos de funcdes elementares, isto €, polinomiais, racionais, trigonométricas e exponenciais. Posteriormente, Passou-se a\ considerar satisfatdrio expressar a solugdo na forma de ‘uma integral (quadratura) contendo operacdes elementares envalvendo estas fungdes, ainda que a mesma ndo admitisse uma expressio em termos destas. Quando estes dois caminhos deixaram de resolver os problemas focalizados, surgiram as solugdes expressas por meio de séries infinitas (ainda sem a preocupagdo com a andlise da convergéncia. das mesmas). Em fins do stculo XVIII a Teoria das Equacdes Diferenciais se transformou numa das disciplinas matematicas mais importantes € (© método mais efetivo para a pesquisa cientifica. As contribuigdes de Euler, Lagrange, Laplace ¢ outros expandiram notavelmente o conheci- ‘mento dentro do Cilculo das VariagBes, Mecinica Celeste, Teoria das Oscilagdes, Elasticidade, Dindmica de Fluidos, etc. Nesta époce ini- ciou-se também a descoberta das relacdes das equagées diferenciais com as fungdes de variével complesa, séries de poténcias ¢ trigono- métricas e fungdes especiais (conhecidas posteriormente como de Bessel, etc). © grau que o conhecimento matematico atingiu,nesta primeira fase ficou registrado na obra de Euler “Institutiones Calculi Integralis” em quatro volumes, 0 iiltimo deles publicado em 1794, No século XIX os fundamentos da Anilise Matematica experi- mentaram uma revisio ¢ reformulagio gerais visando maior rigor ¢ exatiddo. Assim, os conceitos de limite, derivada, convergénéia de stries numéricas ¢ séries de fungdes € outros processos infinitos foram definidos em termos aritméticos. A integral, que no século anterior era tiva, foi definida como limite de uma seqiitncia de somas. Este movimento de fundamentacdo no deixou de atingir as equacées ‘iferenciais. Enquanto no stculo anterior procurava-se uma soluedo geral para uma dada equacdo diferencial, passou-se.a considerar como questo prévia em cada problema a existéncia ¢ unicidade de solugdes satisfazendo dados iniciais. Este é 0 problema de Cauchy, estudado em sua generalidade na parte A deste livro. To- mava-se entéo uma classe ampla de equacdes diferenciais, como as lineares, por exemplo, para as quais a existénciae unicidade das solugdes eslava aceita © procuravam-se propriedades gerais destas solugdes a partir de caracteristicas das fungdes que definiam a equacio diferencial Por outro lado, o método de separagdo de variiveis aplicado a certas equacées diferenciais parciais conduziu » equagées ordindrias que no admitem solucdes em termos de fungdes elementares conhecidas, como é 0 caso das equacdes de Sturm-Liouville e das equagdes de Fuchs (lineares com coeficientes analiticos complexos com singulari- dades isoladas regulares). As primeiras fornecem um exemplo caracte- ristico de um problema linear de contomo, enquanto que as equagdes Fuchsianas sistematizam virios tipos de equacdes especiais surgidas originalmente no século XVIII em trabalhos de Euler e Bernoulli ¢ estudadas também-por Gauss ¢ Riemann, Incluem equagées de rele- vancia da Fisica-Matemitica, como as de Bessel, de Legendre © de Gauss (ow hipergeomttrica). A parte B deste livro aborda o estudo das equacdes diferenciais Tineares nos moldes descritos acima. Um marco de referéncia fundamental na evolusio das equagdes diferenciais ¢ 0 trabalho de Poincaré “Mémoire sur les courbes définies pat-une équation diflerentille”-(1881) no qual sto langadas as bases da Teoria Qualitativa das Equacées Diferenciais. Esta teoria visa a descrigio da configuracdo global das solucdes ¢ 0 feito de pequenas perturbagles das condicdes iniciais (estabilidade). O estudo da esta- bilidade de um sistema, de grande importncia na tecnologia contem- porfinea, teve sua origem em questdes de Mecinica Celeste estudadas inicialmente por Newton, Lagrange e Laplace. Pergunta-se se uma Pequena perturbago na posico e velocidade de um corpo celeste © coloca em uma Srbita que se afasta ou converge para a érbita original. O problema geral da estabilidade foi simultaneamente estudado por Liapounoy, que juntamente com Poincaré, ¢ considerado fundador da Teoria Qualtativa das Equagdes Diferenciais. © conceito de estabili- dade de soludes ¢ estudado no capitulo 8 deste livro. Outro aspecto da Teoria Qualitativa, também estudado por Poin- cart, visa descrever 9 comportamento assintdticd das solugdes ¢ a estrutura de seus conjuntos limites. © comportamento-assintético de ‘uma solucio se obtem quando se faz a variével independente (tempo) tender para infinite. O conjunto limite pode ser um ponto de equilibrio, uma solucio periédica ou outro conjunto mais complicado. A Teo de Poincaré-Bendiason, estudada nos capitulos 7 e 10, responde a este tipo de questdes no plano ¢ em superficies bidimensionais, respectiva- mente, O estudo de oscilagdes nao lineares de fenémenos elétricos reali- zado_no primeiro quarto do presente século conduziv a equagdes especiais de segunda ordem tais como as de van der Pol e Lienard, ‘No capitulo 7 estudamos suas propriedades mais elementares & luz do tcorema de Poincaré-Bendixson. z A introducdo do conceito de estabilidade estrutural por Androriov ¢ Pontrjagin (1937) ¢ os trabathos de Peixoto (1958-62) relativos i caracterizagio, abertura e densidade das equagies diferenciais estru- {uralmente estaveis em superficies constituem uma marco fundamental ara desenvolvimento contemporineo das equacies diferencia Trata-se de determinar as condigdes necessitias e suficientes para que © retrato de fase de uma equagdo diferencial nfo experimente mudangas Qualitativas bruscas por pequenas perturbagdes das fungSes que as é definem. Na. Fisica encontramos motivacio para o estudo destes conceitos. No capitulo 9 deste livro tratamos com detalhe o caso local Ha estabilidade estrutural (Teorema de Hartman). No desenvolvimento presents do assunto distinguem-se os métodos de Topologia Diferencial nas contribuigdes de Smale © Thom, que tém grande influéncia na pesquisa stual, exe — [J — arp + Quadra de interdependéncis éntre os capitulos an = QL TIN x Mm RN a yO Sy PARTE A FUNDAMENTOS om fi E CAPITULO I EXISTENCIA E UNICIDADE DE SOLUGOES mentais da teoria das equacées diferenciais ordindrias ¢ inicia 0 seu } estudo, Assim, em vez de lidar com “equagées que envolvem fungBes [ ¢ suas derivadas” damos na seco 1a definigao de uma equacio dife- rencial ordinria de primeira ordem (x) aw ¢ do que vem a ser uma solusio desta equicio. Na segdo 2 formulamos o problema de Cauchy para (1). Isto sig- [ nifica que dados {g, x» {ix0s queremos saber se existe alguma solucio de (1) que no ponto tg assume 0 valor x ¢ se essa solucdo é iinica. O problema de Cauchy para (1) com condicdes iniciais (tg, x9) & denolado abreviadamente X= flux) xlg) = 0 e Na se¢do 3 discutimos alguns casos elementares de existéncia € f unicidade de (2) entre os quais os casos de variaveis separaveis ¢ linear. (O estudo gral de (2) € feito na sega 4. Ai é provado o teorema de Picard que garante a existéncia ¢ unicidade de (2) com condigdes reia- ca | tivamente fracas em f. Por exemplo, basta que fe Z sejem conti inuas. Provamos também 0 teorema de Peano que afirma que (2) admite pelo menos uma solucée mesmo que f seja apenas continua. Neste I ‘caso porém a unicidade é em geral, perdida Na secio 5 consideramos'as solugdes que nao podem ser prolon- gadas, ou scja, a8 solugbes-méximas, iF Na segdo 6 definimos as equagées de ordem superior © mos l tramos que seu estudo se reduz ao dos sistemas de equagdes de primeira ordem, {s . Preliminares Scjam © um subconjunto do espaco R x E onde Ré a reta real ~ ¢ E = 8" um espaco euclidiano n-dimensional. Um ponto de R x E 4 Usbes de equapSes dllerancials erdinéras serhjdenotado por (1, x), (ER € x = (xy, X3, 1%.) em E: salvo.menclo ‘em contririo, adotaremos em R x Ea riorma:|(t,x)| = max {|r |x|) onde [x|.-denota uma norma em £, por excmplo |x| = = JA ta Fx ov [x|=max {]xje-bxel) ov ainda {stele ++] Seja QE uma aplicagdo continua ¢ seja | um intervalo nao degenerado da reta, isto ¢, um subconjunto conexo de R nio reduzido a um ponto. O intervalo I pode ser aberto, fechado olt-semi- -fechado, finito ou infini 1, DEFINIGAO. Uma fungdio diferencidvel p= 1 = €-chama:se, solu- da_equarao - dx Me) w) no intervalo I se: i) 0 grfico de em In iso & {9:1 € 1) esd como em 0 € ) ©, a imerualo, a derivada é a derivada lateral respectiva (0) = tt, 90) para todo 1€1. Set é um ponto extremo do ‘A equacdo (1) chama-se equardo diferencial ordindria de primeira ordem ¢ & denotada abreviadamente por x =flx) « Sejam f;: 0 Bi = 1,....nas componentes defy = (7...) com ¢;; | + R é uma solucao de (1) se € somente se cada g, é diferen- ciavel em 1, (t,@,(0,-.0@,(0)) €M para todo re! € as Wy oft (fem Selle 0.0 U0) 880 () = 0,0. 2.00 : ay =A Pl GAD para todo re. Exlaténcle@ unicldade de solugder 6 Por esta razfo diz-se que a equago diferencial “vetorial” (1) é equivaleme ao sistema de equagdes diferenciais escalares px Aye TMX) ay 2 O problema de Cauchy Consideremos inicialmente dois exemplos: 1) Q= 1% R, fl, x) = gl) onde g & uma fungdo continua no intervalo J; y é uma solugdo de x’ = g(1) em | se ¢ somente se jolt) =c+ Si,gblds onde ie e ¢ € uma constante 2) 0 = R, fla,x) = 3x, Para todo ceR a fungdo gy: RR dada por _fu-o, 126 oe { 1 tse € uma solugdo da equagdo x’ = 3x7? em J = R como se vé por veri- ficagio direta das condigées (i) e (i) acima. ‘Mas « fungéo constante g = 0 também ¢ solucio desta equacio, Ver Fig. 1 igure Estes exemplos ilustram o fato de que as equacdes diferenciais possuem em geral uma infinidade de solugdes. Porém, no exemplo 1, em cada ponto de 9 passa uume nica solugdo: isto €, dado (1g, x) € 2 existe uma nica sol tal que lig) = Xe. I L 8 Usdex de equecBes dltorenclalsordindlas © mesmo nfo acontece no exemplo 2; neste caso em cada ponto da forma (/g,0) passa uma infinidade de solucdes. Sob hipdteses bem gerais sobre f— por exemplo se f-c £ sto continuas em 0 — existe uma ¢ s6 uma solugdo @ de (1) num intervalo que contém tg tal que tg) = Xp. Uma tal ¢ serd chamada de solurio da problema com dados inicias (tq. x) para a equacao 1. Este problema é também conhecido como problema de Cauchy e seri denotado abreviadamente por Mx), Mtg) = Xo QQ Observacia. A equacdo (2) € equivalente & equagao integral X(t) = xo + Sig Sls. xsi ds B) Isto é, se 1 € J, uma fungdo continua g: I~+ E cujo grafico esta contido tem M¢ solucdo de (3) se s6 se € solucio de (2). Isto decorre do teorema fundamental do calculo. (1) (ou (2) admite a seguinte interpretagdo geométrica Figura? ‘A fungio f define cm 0 um campo de diregdes. Isto &, associa a cada ponto (1, x) a reta: Muah x aflie= 0) de “declividade” (t,x) que passa por (t,x). A equacio (1) (ou (2))coloca © problema de achar (se existem) as curvas passando pot (fg Xo) cujas Exlatincle ¢ unfcldade de solupde 7 retas tangentes em cada ponto coincidem com as dadas pelo campo de diregbes. 3. Exemplos Discutimos a seguir quatro exemplos elementares de existéncia € unicidade de solugdes para o problema de Cauchy que admitem um tratamento direto. EXEMPLO 1. Seja © = R x (ay,a3) € /(t.x) = f(x). Supomos que Fé continua € nao se anula em (a,,a,). Dados x9€(a,,2;) € 9€R calculemos a solusdo para o problema de Cauchy x= fix) xl) = Xo a) Se @ & uma solugio de (1) entéo el =Sleo) © ted = x0 a onde segue-se a) Se F: (ay,a;)+R é dada por dé toon | ser vése que F(x) = > # 0 em (a,,a;) provando que F é inversivel © aplica (ay) “i intetvalo (by, b;) onde F”! esta definida, De (1) resulta jan = Frome ou stia, . (Fea =t Integrando ambos os lados entre fg € | obtemos “ Fig) Flolte)) =~ to 8 Uden de equapéen dilerenciais rdindias ereomg, Fleli)) = 0, . Flot) = = 1 Logo @ solucdo de (1) € dada por lt) = FM = to) 1E (lg + by, ty + by) ¢ vé-se facilmente que esta é @ iinica solucio. ‘Compare este exemplo com o exemplo 22 onde nfo existe utici- dade de solugdes € com a equagdo do tipo x’ = g(t) (2.1) Note também que 4! = — que & deste tipo tem solugbes que dx fix) slo inversas das solugées de (I) € vice-versa. EXEMPLO 2. Equagdes de. variiveis separiveis. Consideremos 0 problema de Cauchy X = ASO) xlg) = 0 0 onde g ¢ f sio continiuas em intervalos abertos (14.13) € (24.03) Fes pectivamente, e f ndo se anula em (a,,a;) Procedendo como no exemplo anterior (que & 0 caso particular em que g(t) = 1) se @ € solucto de (1) obtemos 9) = at) f(o(0) Exlaténele © uneldade de eolugdes ou sea . = Froid) o) = (Feet) Integrando ambos os lados entre fo © 1 resulta vit) = Sead de = F(t) ‘edal no intervalo I contendo 1, tal que £1 implica by < fj, g(t}it < ba, a solugdo & oft) = FU, aids). - O leitor deve verificar que esta ¢ a tinica solugdo. Observe que a solugio obtida ¢ dada implicitamente, para cons- tantes de integracdo apropriadas, pela relagdo dx Jo(tdt =f Fer centre as integrais indefinidas. Figors —<— ag 3 a] a G 10 Upoen de equapten citerancaleordinéias EXEMPLO 3. Equarées lineares Sejam a(t) © a) Funcdes continuas em (1,13) € consideremos 0 problema de Cauchy xX maltle + HQ) x00) = xo ( Se b= 0 esta equagdo chama-se homogénea e & do tipo de va- ridveis separiveis. Os casos x <0 e x > 0 poderiam entio ser anali- sadas & luz do exemplo anterior. Preferimos porém seguir 0 método clissico de “variagio de parimetros” que ¢ aplicavel mesmo no caso nao homogéngo. Este método consiste em fazer a mudanga de vari . x=c exp [fi,a(thdt] Q) que transforma (1) no problema = dU) exp [= Sigale)dr], celta) = xo @ cuja solucdo Gnica & I) = Xo + Si, bls) exp [~ Logo © problema de Cauchy (1) admite como ‘nica solugdo oft) = 0 exp [figattkde] re (4.49) Para ver que a mudanca de variaveis transforma (1) em (3) basta erivar (2) € substituir em x’ = a(t)x + O(0) Obtemos entdo : cexp [Salter] + colt) exp [Igoe] = = colt) exp [fi, ate) de] + b40) teatt) dr) ds isto &, € = bieyexp [~ figals) dr] O térmo variagdo de. parametros deriva do {ato de c(t) = xp nO caso homogéneo. EXEMPLO 4, Consideremos agora um sistema de duas equacdes lineares € 0 problema de Cauchy f = altix ~ Aly + 4) Y= Bde + adoy + 00 o Xtal = Xo Mtal = Yo onde gf, 6€ 9 sdo funcdes continuas num intervalo (t,,f,) que contém © ponto fe. Este problema nio difere em seu tratamento formal do exemplo anterior. Introduzindo notacdo complexa z = x + iy,a(t) = a(t) + + iBle) © He) = Ble) + inf) vemos que (1) se escreve ¥ = alts + Wt), Ato) = 20 ccuja Ginica solugdo & para 1€ (ty.t2) + ait) = XO exp [Satsde] onde WO) = 20 + Sho Hs) exp [= Sig atthe] ds. Iustremos 0 caso homogéneo (6 = 11 = 0) com coeficientes cons- tantes (a(t) = a © lt) = fi) € com t 0, Neste caso oAi) = zoee* € temos as seguintes possibilidades y ’ a) fi>0,a<0 bya >0, p<0 » 7| a0, f>0 d) p=da<0 Fons 12. UpBon de equaghes difarancile ordiniras Teoremas de Picard e de Peano Uma aplicado /:0.¢ R x Rt R* chama-se Lipschitgiana_em 1 relatioamente & segunda variével ou, simplesmente; Lipschitzic existe uma constante K tal que: (ft) =, Ls Klx=sl para todos (t.x)( ye; Kc se -consant de-Lipstior ¢f Por exemplo, se fadmite derivada parcial relagdo @_segunda_ variavel, Dyf, com || D, fll =. em fee Om [x fx | (1, x)€M}-€.umcon- Sut ‘convexo_para todo.i, entdo f¢ lipschitziana em 0 ¢ K € sua cons- ie de Lipschitz. De fato, pelo teorema do valor mé [sl 2d—ft ys sup |Daftt, Ox + (1 ~ Oy)| |&-y)] SK [x—y] ‘A aplicagio f diz-se localmente lipschitziana em 9 se cada (1g, x) tem uma vizinhanga V= to, xo) tal que |" € lipschitziane em ¥. Por exemplo, se fadmite derivada parcial em relacao a segunda variavel, Dy, continua.em 0, entéofé localmente lipschitziana em Q. Isto results de se aplicar o argumento anterior # vizinhangas convexas ¥ onde D,f é limitada. Lembramos a seguir o Lema da Contragio ¢, principalmente, um corolirio deste que sera usado na demonstracio do Teorema 2, abaixo. 1. LEMA DE CONTRAGAO, Sejam (X, d) um espaco métrico comple- toe F:X +X uma contragto, isto é, Ala), FON SK dlx,y), 0 K <1. Existe um tinico ponto fixo p, por F. isto é Flp) = p. als ainda, p & um atraior de F, isto é F\xl- p indo n=», para todo eX. Pts) ¢ definido por FUF*™ x) Demonstragdo, Unitidaie: sejam pe p, dois pontos fixos. tp, p1) = AFL Fle) < Kdley.r) ‘© que implica que d(p, p;) = 0 donde p, = p. Existéncia: sejam x € Xe x, = F"(x). Provaremos que x, é uma seqiiéncia de Cauchy. Realmente, d(x, 9) © K"dlx, x,) 6, d(x X,) & dle, Fle) + ALF US), FAG) ta dP, Pl) st K+ REE FRY dbx Flats Portano, dled pee dls p& ponto fixo F(s)) Logo, {xy} € convergente. Provemos que lim x, de F. De 3 Exletdnele unicidade de solupter 13 F(p) = Fllim,) = lim F(x) = lim xy) = pm COROLARIO. Seja X um espago métrico completo. Se FX +X é continua e, para algum m, F* & uma contraséo, entéo existe um tinico ponto p fixo por F. Mais ainda, p é wm atrator de F. Demonstragdo. Seja p 0 ponto fixo atrator de F™ dado pelo Lema da Contracio. Seja n= mk + ¢ com 0<¢ 0 PDO ~ FreNa| sSUEHI ag,. enh 1a a constante de Lipschitz de f. Verificamos esta desigualdade ‘em n, Para n = Ocla é ébvia. Suponhamos que é valida para COLE @)0- Fe) = [Fn - FeO} s [o/s FX@ M65) — £15, FX@2)(0)| ds [Se K | FX 0(5) — Fw 2) (5) | ds | s Ken adds | = K °) Ae doy. 03) Kat Fags gsle para ngrande, Kan! < portanto, d(,), Fle < < 1, pois este 0 termo geral de uma série cuja soma é e*, donde F* é uma contragao de X. Pelo corolério do Lema da Contracao, ‘existe uma tnica g tal que Fg) isto prova o tcorema de Picard, 3, COROLARIO, Seja @ aberto em Rx Ee seja f:Q— E continua ‘com D3f também continua. Pura todo ponto (to. X6) em M existe uma vizinhanca V= Itq) x Blxq) tal que x =S(l,x) Mig) = Xq tem uma tinica solucdo em Ite). Além disso, o gréfico desta solugdo esté contido em ¥. Demonstragao. Seja U uma chitziana ¢ |/|:< M em U. Seja a > 0 suficitmtemente pequeno. para. que V= it) x.Bilx)-& U, onde b = aM. Con- Clue-se 0 argumento’ aplicando © Teorems 2 4. PROPOSICAO, Seja f continua ¢ lipschitzlaha em 2 = [a,b] x E. Entdo, para todo (tg, X-)€0 existe uma tiniea so- updo de (1) em 1 = [a,b]. Demonstracio: Considerar X = @(I, E) e F: X ~+ X definida como na demonstracio do Teorema 2. FON) = Xo + SS, OSes. F tem umn tinico ponto fizo pois, para n grande, F* ¢ uma contracéo. Basta observar que a desigualdade (*) da demonstracio do Teorema 2 é verificada. w . 5. COROLARIO. (Equardes Lineares), Sejam A(t) ¢ Ht) respectivamente matrizes mx n°é'n x 1 de fun- ses continuas num intervalo I. Para todo (tp) X0)€1 x R" existe wma liniea solucdo de x’ = Altix + Kt), alg) = Xo definida em I Demonstrasao, Seja 1 = (J, onde I, & 1,4 S80 intervalos compactos que contém to. S(t.x) = Altix + bit) satisfaz as hipdteses da proposi¢ao 4 em cada imtervalo 1, Séja @, @ Unica solugo neste intervalo pasando por (lor Xo): E claro que +; [J, = ¢, Logo ot) = g(t), rel, estd bem definida em I. E claro também que g ¢ a nica solucéo em / passando POF (lo, Xo). ® Se retirarmos a hipotese de f ser lipschitziana ainda temos exis- téncia de solucdes. Antes lembramos o Teorema de Arzeld que seré usado'na demonstragao do seguinte ¢ de outros teoremas deste livro. 6. TEOREMA DE ARZELA. Seja (X,d) um espaco métrico compacto. Seja F uma familia equi ‘comtinua de funcies : X ~+ R. Isto é, para todo ¢ > O existe 5 > 0 tal que se d(x, y) < 6 enido | p(x) — g(s)| O tal que| | < M para todo @ € F), endo toda seqliéncia {y,} de elementos de F rem uma subseqiléncia 4) uniformemente convergente em X, Demonstagho. Ver Lima [1977] pag, 244. 7, TEOREMA DE PEANO. Seja f continua em 2=1,xB, como no Teorema 2.Se |f| 0, entdo existe a > 0 tal que, para todo ponto (tg, xq) € C, existe uma solugdo de: x’ = f(t, x), x(tg) = ve xp em Ite) = (tl]t ~ fo| Sa). Demonstragéo. Seja 0 < a'< dist(C,Q—,). Tomer a ~ min {a,a/M) € aplicar 0 Teorema 7 a 1,19) * Bb) SM. 9. Observagdo, Se C & compacio contido no interior de um outro compacto My as hipétese deste corolério sto satis- feitas para M > sup |f| cm Q,. i Exinincia« uneidade de solugdes 17 5. Solucdes maximas 1) PROPOSICAO. Sejaf continua num aberto 2 =R x E. Suponhamos que para todo (tp. X,)€M exista uma tinicu solu- elo de x’ = f(t, x) xltq)= Xp definida num intervalo aberto I = Mtg. X) (por exempio, se f é localmente de Lipschitz esta condigdo é satiseita. Entdo, para todo {19,x,)€ existe uma tinica solugdo y= ol, te, Xe) de x’ =f(i,x), alg) = xq, definida num intervald Mlto, x) = (@-lig.Xoh We(loy%o)) com a propriedade de que toda solucdo de x'=f(l.x), Aig) = %q num intervala I satisfaz a 1S M(t, Xo) € voll. Demonstragio. & suficiente tomar M(t, x9) = U1, onde 1, & 0 in- tervalo de definigdo de alguma solucto y de x’ = Ut, x), xlig) = xp, Se 1€ I, definimos g(t) = Yin. Esta definicdo ndo depende dap usada. Com’efeito, 0 conjunto C= (ré ly, ly, ¥yl0) = v4} é fechads, aberto ¢ nao vazio em 1,, 0 1,,. Como este itimo conjunto € coneno, segue-sé que C= 1,, 01, O conjunto C é fechado pois é igual a, — Yai"! 0); C é aberto porque para todo ponto 1 ele can- Kem HY OL 2. DEFINIGAO. Chama-se solugdo mivima de xfs) a 1 toda solugdo @ definida num intervalo 1, denominado intervalo idximo de @, tal que se y & uma outra solucdo no intervalo J com Jeg =Uii, entdo 1=J. Em outras palavras, ¢ maxima se ndo admite nenhuma extensio que também € solucdo de (1), © exemplo 22 miosira que, em geral, existe uma infinidade de solugdes maximas por unt ponto se apenas continuidade da f exigida ‘A propasigéo 1 mostra que se (1) tem por cada ponto (19, x6) uma Gnica solugao local {isto &"num certo intervalo Hlry, xq)) entdo (1) tem solugdes miximas inicas. 3) TEOREMA. Seja f continua num aberto de RXE, Se g é uma solugio mixing nica de x’=fli.8) definida em (w_,w,), entdo « uplicagio gft) 1, plt)} tende a 62 quando 1 w+ Isto é, para todo compacto K SO existe uma vizinhanga V de wt tal due gi) €K para v6 1: 8 Demonstragao: Suponhamos que-para alum compacto K G0 exista ‘uma seqiéncia t,->«, tal que glt,)© K. Seja t, uma subseqiiéncia de t, tal que g(t.) &convergente. Seja lim gtt;)=(a,X9)€ K. Para (ig, Xo) = (00. xohseja V= 1, x Bya vizinhanca dada pelo Teorema de Peano onde a= bIM © M > [f| em ¥. Seja ¥; = lysltg) x Bya(o) Para todo (t,,x,)€ V; existe uma solugdo definida em J,,(t,),com a, = a/2. De fato, aplicando o Teorema de Peano ao ponto (f,,x,) da vizinhanca 7 = 1,,(ts) x B(x) by = aM &F.. contida em ¥, encontramos uma solusio de (1) passando por (1,.x;) definida para todo r€/,,(t,). Tomando ty =f, com n suficientemente grande de modo que g{t,)€ M; temos que @ pode ser z procede-se para w.. projongada até 1, + 5 > t = w,, uma contradi¢ao, Analogamente, 4. Observacies a) Nao é verdade em geral, que exista 0 limite da solugio maxima de x' = alt) quando {-+074, mesmo que wy <0 Basta ver, por exemplo cs Ht e 10 ue tem como solucéo maxima a funedo git) = sen 1, 1 > 0. b} No entanio, se /¢ limitada em 0, digamos| f| < M,esew, | entéo existe uma infinidade de solugdes de (*) tangentes a o(i) = rt ha origem. Nora: Duas funcdes @ ¥ definidas para ¢ > 0 sio ditas tangentes, em 0 se lim Y= a4) 7. Encontre os valores de 2 ¢ f para os quais x mat’ + be se transforma numa equacdo homogénea por meio de uma mudanca de variiveis da forma x ‘= y* 8. Seja ‘ dx _ ffs txt’ . FG) 0 a) Mostre que se ae — bd # Oentdvexistem h,ktais que as mudancas de variaveis A oxmy-k transformam (*) numa equagdo homogénea. b) Se ue ~ bd.= 0 encontre uma mudanca de varidveis que trans- forma (*) numa equacéo com variiveis separaveis. 9. Equacdo de Bernoulli. Mostre que a mudanca de variaveis x!7* = y transforma a equacéo de Bernoulli dx * Fr ax + dx numa equacdo' linear. 10. Equagdo de Riccati. A equagdo do tipo X= tale? + ofale + O40) 0 chama-se equacio de Riceati. Mostre que se @, € uma snlucio de (1) entdo 9 =, + 3 & solugdo de (*) ento @ = 9, +; é solu- ‘equagbee derencial ordndren "Bo de (°) see $6 se g, é uma sok (veja o exercicio anterior) _ . y= (alt) + 2K ey + AO ‘Ache as solugdes de fio da equacdo de Bernoulli xetgedoe 1 sabendo que esta equacio admite y(t) = 1 como solucdo. 11. Em cada um dos segiintes cxemplos, encontre ou demonstré que nao existe uma constante de Lipschitz nos dominios indicados ay sea) =t [xh [1 14, Seja f :R x Rt R® de classe C' e suponhamos que ot) definida em R € a solugio de x =f) xllg) = 0 . ° 1a) E possivel que existe 1, to tal que (1) = eto) porém (1) € (lq) so linearmente independentes? eed ) Caso (a) seja afirmativo estude isso em térmos da unicidade das solugdes dada re Teorema de Picard. (Sugestio: Note que > f(r san ) = ve08t + sent ef 4 (sent) = = cost + 2rsent. sie ‘t)a solugdo de (*) com f= FRx RR? dada por Ltt) = © condigdes iniciais (x(0), (0)) = (0,0). Calcule entdo 9(n), 92m), on) © oR.) 15, Sejaf :R x R'— R’ lipschitziana, Prove que dado (tq, x9) €R x R* existe uma tinica solugio de X=Sltexh alte) = Xo . definida em todo R. 16, Seja f:R"— RP de classe C! € suponhamos que q(t) definida em R & solugio de xX =Slxh alto) = Xo cost + sent, (cost + 2tsen) rc a) E possivel que exista £, # fo tal que ity) = @llg) mas @(te) # # oles)? 'b) Compare (a) com 0 exercicio 14 parte (a): Scjam g: f :R—R continuas sendo f Lipschitziana. Prove que © sistema Jr =f lar, attg) = %0 Ly = ete Mio) = Fo tem solucdo nica em qualquer intervato (onde ela estejadefinida) Pode-se retirar a hipdtese de f ser Lipschitziana ¢ obler a mesma conclusio” “Com.as mesmas hipdtese ¢ notacdes do Teorema de Feano sejam €€ [tasty +2) € S, © conjunto dos pontos x tais que existe uma solugio de x =/(l.x) xlig)= xp definida em [Ig.c] © que passa por (c,x}. Prove que S, € um intervalo fechado, no caso m= 1 Nana: Este resultado é conhecido como Teorema de Kneser ¢ & vilido para n > 1 qualquer, substituindo no enunciado acima 5,, intervalo fechado, por dominio (it.. conexo © compact} (Sugestio: Seja x, uma seqiiéncia de pontos em S, tal que x,— Se @, solucdo de 19. 20, au. ¥ =S(x) Alto) = Xo ° com ¢,(c) = x, aplique o teorema de Arzelé para encontrar uma solugéo.@ de (*) tal,que gc) = x. Para provar que S, ¢ conexo sejam y,2€5, y <2 Se y x» mas ylt,x,) nfo seja convergente a lt, xo). Considere @,(«) = w(t, x,) t€ [0.t]. Prove ue @, € equicontinua e use o teorema de Arzeld para achar uma soluglo de x’ =/(x), x(0) = xp diferente de tt, x9)) 22, (Aproximaciio Poligonal): Sob as hipdteses do Teorema de Peano, defina a familia de fungdes ¢,(0) da seguinte mancira: seja 2. 4, 6 Sly < ty 0, e/(t,x) > 0 quando tx <0, mostre que x’ =f(t,x), 0) =0, tem g@ = 0 como iinica solugao. ' 2, exer (b) Scja f :R? + R dada por f(¢,x) =: -%, se |x]< di, se xs-0 Prove que x'=/(t,x), x(0)=0, tem uma tnica solugio embora F* = definida na demonstragao do Teorema de Picard — niio seja contragdo para nenhum n. Agulo P={(1,x); |t—to| © ¥ HSH) xlle) = 0 definidas para 0<1<¢, prove que ot) < ¥() para todo fp <1 Sc. Nas mesmas hipoteses, se Sf prove que @(SWIN, foS 1 Se. 21, Scja {g,} a seqincia de funcdes definidas por : gol) =0, Ox) = 1+ $5 (G,-sU0Pat Mostre que , € um polindmio de grau 2*~+ — 1, cujos coeficientes estdoem (0, 1]. Mostreque, para|x|<1, 9,-+, onde péa solucdo de ay, 5) 1 dx 28, Seja fll,x) definida ¢ continua em Q=Rx E, onde f(i,x)= = s+ 1.x) © f é lipschitziana em [0,1] x E Prove que toda solugdo Gli, to.%o) esth definida para todo 1ER € Wis fo.Xo) = = oli til, ty + bs Xo) 29. Seja H:E +E de classe C'. Seja f(t,x) continua em R x E tal que fit, Hx) = D Hx) fi), pata todo (i,x) em RxE Se f € lipschitziana © gt fq.X9) denota a solugdo de x'=/(t,x) que passa por (lq) prove que Alto, HED) = H(t to Xa) Lo 24 myeetg. Ga cea ene 30 Upben de equages diferencalaordintias 30. Se X= (Xy,Xz..4Xq) € um campo vetorial de classe C! em Ric ¥ € uma fungdo real diferenciavel em R" tal que av Y ay) X4a) 50 € YUx)z] x] para todo xe R', prove que toda solugéo de x’ = X(x) esta definida para todo ¢ > 0. 31. No enunciado do teorema de Peano mude a condicdo |f| 0 WAlg.XoA)=— % para ix, 20 Aig Sou2) = fo 5h pata Ay < Mio. oo) = to 5 pare Ay 0 Identifique De verifique que € aberto em Bt. ‘As seguintes proposigdes failitardo a demonstracio do Teorema | 2. LEMA. Seja {¢,} ume seqiténcio equicontinuc ¢ uniformemente ie mitade de funcies reais © continuas mim espace métrico compacta X. Suponhamos que toda subsegincia siformemente con vergente desta seqiéncia iem © mesmo limite @. Enda (¢,} € unifor mmemente contergente para ¢. Demonstracdo. Suponhamos que {,} ndo converge wiiformemente para g. Entdo existe ¢ >0¢ uma subseqiléncia (y,.) tal que | @a(ty) ~ wlty)| 2 € para alguma seqiigncia {t,) em X. {o,) também é uma seqiigncia equicontinua € uniformemente limitada, O Teorema de Arzela (I: 9, 6) € a hipdtese implicam que {g,} tem uma Depandincie das solugbes om relagio be condicBen Incinls « parkmetros 35 subseqiiéncia {¢,-} uniformemente convergente part y. Contradisio, pois | Pyella-) ~ Mlle) | 2 & para todo n,m 3, PROPOSIGAO. ‘Sela f,:0~ En = 0, 1,... uma segiléncia de fin- {ies continuas no aberto O de Rx E tal que f, converge para fo, uniformemente em cuda parte compacta de 2 Seja (tuexq) uma seqiéncia de poms de Q que converge para (tq, Xo) Sur ponkamos que Lidl Mtg) = Xqon = 0, by tem uma iinica solucio mixima g, no sew intervalo maximo Ly = (e (0, a(n). Seja [a,b] € Jy = (w-10),c2,(0). Entdo existe np = nolasb) tal que para n> my. fe > [ab] © Pel [ab] = Go| [u,b] wnifor- memente. Demonstragio. Seja C um compacio que contém o grafico de yy em {a,b} no seu interior. Seja M, <9 um outro com- pacto que contém C no seu interior. Existe n tal que se n> ra.| fa] < ‘ 0 tal que, para todo (r',x!)eC, XS falta xtr!) = x" > my tem uma Gnica solugio definida em |r — "| m tal que se m > my, (ys reCe Jt = to] <6 ¢, portanto, @,, n> n,, esta definida em |1~ to] =e pois, nestas condigées, |t,— |< x= 3e contém |r ~ to] <6 A familia F = {y,|{|¢ — to| < ¢}. m2 my} & uma seqiiéncia que satisfaz as hipoteses do Lema 2. a) -E uniformemente limitada ¢ equicontinua porque 0 grafico de», esti no compacio Mg, onde foi] = [Lot @,000] ny ‘@, esti definida em [Ig ~ 6 fo + 2c] € converge uniformemente para ‘ng neste intervalo. Analogamente para t ~ 2s. Depois de um nimero finito de etapas (no méximo (bh ~ alfe} conclui-se que existe np = nga, b) lal que. para n> np.@, esti definida em [a,b] fisto & 1, > [a,b]) c converge uniformemente para qy em [4.b]. Demonstragiio do Teorema 1. Pela observacio (1,1), € suficiente provar este teorema para equacdes da forma x= fxd ccom todas as suas solugdes tinicas. A Proposiglo 3 aplicada a f= f implica que ‘para todo (Iy.x9)€f, dados > ¢ [ah] < Mig. Xoh. lugdes am relagho he condigBos Inclls « parkmatvos 37 cx us vines (= Hla 966 ire ao (6 Fy W,x)> [a,b] € pn teers [ott x) ~ lt, to. 0) | < of se 1¢[4,b} Isto prova que D é aberto. Prova também # continuidade de ¢ em to. %0) para 1 (a,b). Pois Jots.1', x) — lr, to. 80) | S]OL 2) — Gls so. Xo)| + + | ls, to.X0) ~ lls fo, 0) | < 6 para s proximo de 1 tal que | pls, to, Xo) — lls to, Xu) < 2/2. O que @ possivel devido & continuidade em 1 de Ylt,to.%o) ™ Se f & continua e lipschitziuna num aberto M de Rx E sabe- mos que as solugdes de x’ = fll, x) sfo Gnicas €; pelo Teorema 1, a fungi yl to. X9) € continue em U1, to. Xo) €D = {lbs tos Xoli (tos Xo) €2, 1€ Mio, Xo). © {ato de que f satislaz a ums condigdo de Lipschite permite provar que, para t,t fixes, @ também satisfaz a uma condi¢ao de Lipschitz relativamente a xp. Precisaremos de um lema que também sera dil em outras oportunidudes. 4, LEMA, (Gronallh Sejani u,v fines continuas nde negativas em a. t) wis que, para x 2 0, savigfacem ui) a+ fLelshdslds, re [0,6 Endo ay) <3 em Em particular, se © = 0 entdu w= 0. Demonstragiv. Se a> 0, para wht) = a + fulshskls, lemos wa) = 2, tot) 2 > 0 De wt) = ebthdtl < rfthedt), temas e(oyolt) s etn Integrando entre u € 1 oblemos OAD gtieon donde dt) < wot) Se se a a = 38 ut fe equnsBer diteronclalsordingriy Se x= 0, 0 caso anterior implica que, para todo %° > 0, ult) sa eH, para todo. 1 2 donde u(t) 5. PROPOSICAO. Seja K a constanie de Linsehit: de f. Es LE Mg. Xo) O Migs Yah ternos pura [ptt tore) — oftto-Yol] se!" Demonstracau. Sejam 0) ol) — WO) Olt for Koh WI) = Olistor tok Entio 0 Yo + Sig L/ts. ls) = Sls, os], donde , Jot = WNL s [Xo = Yoh + [Sie 8 | ots) — VAs} ds} Se1 2 to. propositao decorre do lema anterior para 2 = |xq~ Yo wi.= [old ~ Wo] € eft) = K. . Se 0. Pelo Lema 2, podemos escrever yy KY FeAl = Meryolt 2 = ee = eaten Sere id . = fit, volt ysl, NG — yo Meconciae ordindsie (Goto, 40.2) € equivalente & existéncia do limite de Moe il, quands h-+0, onde xy = para h #0. Mas x, € solugdo da equagio linear h X= HUH All = eye onde Htc = Ss volt lth A ‘A fungio Ji h) € continua, para hi pequeno, ¢ J(t,0) = JU). Logo, pelo fato de que (1, h) tem solugaes tinicas (1:4, 5) 0 Teorema, | im- Tica que lim xy) existe e € igual a xg(t} = x(t). que & solucio da equa- cio (1,0) que é idéntica a (1). é Agora provaremos a continuidade de at relativamente a todas ives Para isto consideremos a familia de equacdes dependentes do parimetto (9. Se.2) as e X= Mlatgs Xap AD ll) = 6. A foncho Jt to.xe.2he & continua em {h.fo,Xqo4s x) m0 conjunto Dy © e (2) tem solugdes tinicas, para cada fig. %9. 2) fio. O Teor tema (2.1), implica que te € continua em todas os seus argumen- tos. Isto prova que & diferencidvel relativamente a ye ¢ que Dy é cominua em D. w Seguindo a mesma idgia de demonstragio o Icitor prov também admite de cicio 10) que @ rada parcial continua cm relacio a ty. (Ver exer- 3. COROLARIO, Se além das hipsteses do Tearema | supusermos que fé dyferencidvel relativamemte a 2¢ que Dy é co tinws em O, enttio g é diferenciivel relaticumente a 2.¢ Dyp+ey = ay fe fe € continua em D. Além disto, x) = SE (tty, Xq. A) & solugdio de mB ww x = Sle + Mh alia) = 0, Dependbncia das solusBes om ralnpho ds condigtes Inia « partmetros 41 onde 140) = BU)>e,, BU) = Ds f(t, Ut tos X004 2) Demonsiragao. © = (p,2) € a solugdo de (A = P5101, (At) = (on 0 © qual satisfaz as hipoteses do Teorema 1 (sem pardmetro). Logo, D,® ¢, portanto, Dyo, existe ¢ & continua. A iltima parte da propo- sigio decorre do fato de que D,O-e, =(D,@-e,,6,) satistaz, con- forme 0 Teorema I, a wy) (Ax + BEY.O, (x, yNt0) = (0, ey) ©, por conseguinte, x= D,p-e, satisfaz a (+). m 4. COROLARIO. Sejaf continua em 2, 0 aberto em R x Ex Ax onde E A,., sao espacas euclidianos quaisquer. Se S € diferenciével em relagio é segunda e d terceira varidveis x e 2, res- pectivamente. ¢ Dyf € Dsf sio continuas em O, entdo, para 2 e 4 fixos. X= flex Ash alta) = Xoy tem uma sinica solucao @ = olt,to. 9.4) a qual € diferencidvel re- lativamente a (t.Xo.4) As derivadas Dy, Dy, D4, D,Dy9 & D,Dap também sd0 continuas em D. Demonstracao. Para 1 fixo, Dyp € Dgp existe. Elas sto continuas, pois satisfazem as seguintes equagées lineares com se- gundo membro continuo © solugdes Gnicas: Ds[Dy9] = 1 t0.x9.2 0) [30). Dy[Da9] = Histor %o. 2 AN{D69] + Ds/U6 tort Don) Isto também prova a continuidade de D,D,p € D\D.g. A funcdo Dye = fit.) & obvismente, continua. 5. TEOREMA. Seja/(t, x, 2, 1) continua no abertoA Rx Ex Ax.M, com derivadas parciais de ordem < m relativas ds coor- denadas de (x,4) tambéri continuas. Envdo, para i ¢ 1 fixos, X= LAM Alo) = Xo. fem uma tinica solucdo @ = @(l,t9.X9,hH)- A solucdo y esté definida no aberto L 42 Ugdes de equapden diterancatsordindiae D= {sto Xo AH llor Xo MEME W Atos Xor 2M XK) entdo Ke A, e Te converge uniformemente para Tole. . 2.No exercicio 1 suponha que existe Af tal que |Daf-lt.x)| 0 tais que se [2] <8 emio existe uma tnica solugdo periédica ptt, 3) com periodo @ em 1, de x= fUx2) tal que [td = pa] 0. Entéo pura todo k > 0. lim ei = 0. Dai, para qualquer poli- mio pkd,e7"pk0) & limitado para t 2 0. Demonstragdo. Segue da regra de T'Hospital aplicada varias vezes 8 apés a mudanca de varié- Ss0btida da fungdo €7 pel wis =o 10. PROPOSIGAO. Seja 0 < p< — 2 = — Re(?). Entao existe cons- tante K 2 1 tal que erm|is Kem 120 Wem |] sk 120 Demonstragao, Pelo exemplo 7.a temos, para c= — #~ Re(2) >0 Ve A prova do outro caso é 11. LEMA. Seja’A uma matriz complexa (respectivamente, real) Se 7 {& um calor proprio complexo (respectivamente, valor pré- prio real) de A e v é um vetor préprio correspondente, entdo gt) =e" v & uma solucdo da equasao complexa (respectivamente, real) (1). Demonstragao. Logo, : = Age 12. PROPOSIGAO. Se a matriz complexa (respectivamente, real) A ide ordem ni x n tem valores préprios complexos (respectivamente, valores préprios reais) Ay, Ags ovs%q € Breas -~ ‘do cetores (prdprios)linearmente independentes, com At, = Zit, entdo @ matriz V(0), cuja coluna bésima, t= Iyannom, € Gal) = He, € uma matriz fundamental de x’ = Ax. Em particular: . et = YI) *O) “g:Obvia a partir do lema 11 ¢ da independénca linear dos v, = ¢ 0) ‘A Gitima parte segue da unicidade da solugdo de X"= AX, X(0)= E.m 13. Observagdo, Sejam A uma matriz real, 2 = q + jf um valor pro- prio e v=, + iv, um vetor proprio de A corres- pondente a 1 Entio, 5 = j ~ iv, € um vetor proprio correspondente a T= a— ip. Pois 1b = Av= AB, por ser A real . Pela proposicdo 12, ot) =e" v © G{t) = €5 so solugdes linear- mente independentes da equacdo (1), com A considerada complexa. Logo, a= Floto + BN) € e310 = le ~ B00] slo solugdes reais de (1), com (0) = v,, 93(0) = v,, como equa- io real. Por serem p,,v; velores de R" linearmente independentes segue-se que estas solugdes sio linearmente independentes. Os veto- res v, € 0; sio linearmente independentes, pois, caso contririo terla- mos v, = eb,,.donde v = (I + ic)0, € B= (1 ~ ie), resultariam li- nearmente dependentes ém C* Por exemplo, se A & 2x 2 temos que x(t) = efeos Br, ~ sen fr vz] = Re git), 40) = ef sen Biv, + c0s fr v4] = Im 90, € uma base de solugdes de (1), onde v, + iv; & velor préprio asso- ciado a 4 = a+ if. No caso geral, onde A é n x n, temos que toda solugdo cuja condicéo inicial pertence ao plano gerado por (v,,} de R* & combinacdo linear de g ¢ 3 € consequentemente esti conti- da neste plano. Aplicaremos 12 € 13 na determinacdo da configuracéo geométrica Ue todas as solugdes dos sistemas lineares bidimensionais 4. — Sistemas bidimensionais simples” Consideremos agora sistemas reais da forma ey ay Xt aya Xe ay %, 442%, com ajERe aes 4,232 ~ iaday # 0. Equagbes diferencaistinewres 65 Ou, equivalentemente equagées lineares homogéneas do tipo “4 com A= (un on) eda deo 34", Estas equagdes sio associadas a campos vetoriais lineares 4 em WR? ‘A condigo det A # 0€ equivalente a que a origem 0€ R? seja 0 tinico ponto onde A se unula ou seja o tnico ponto fixe do fuxo linear vpltzx) = ex. Este ponto fixo, ov todo o sistema, chama-se simples se det A#O. (© polindmio caracteristica de 4 é 23 — rage AV + det A Logo, o& valores proprios sio trago At Jiao A 2 aul Distinguimos os sepuintes casos: 4) Os valores prprias 7,2, de A so reais ¢ distintos. Necessaria- mente, 2), 23 # 0 b) Os valores proprins 880 complexos conjugados: i, = + if jy = iy = a= if, com fi 0 cc) Os valores proprios sio reais ¢ iguais: dys i eb. Caso uw Sejam 1, vetores préprios correspondentes uos valores préprivs Ayiq, Denolemos por Ey, E, as Tinhas geradus por esles vetores ‘A’ proposigio 12 da segdo 3 garante que toda solucio de (I') (isto & lrajet6ria de 4) pode ser eserita na forma yee, tee ey lu Caso ay. 2 < Ay <0, n6 atrator Toda trajetdria tende a 0, quando 1 ~+ + 2; exceto a origem que permanece fixa, toda trajeldria tende wx, quando 1+ %..Se cy ¥ 0, a reta tungente & trajetéria tende 4 linha E,, quundo r+ 4%. 1k 4 0, pois Ay ~ iy <0. Se ¢, =0, as solugdes sto semirotas de Ey Equisbes clteranciais tineatos 67 65 Urbee de enuacses ai ronclais orn Na figura a, esta ilustrado 0 comportamento de todas as tra- Caso b * Jetorias. As sctas indicam 0 sentido de percurso com 1 crescente, ‘Da observagdo 13 da segdo 3 segue que toda solugio de (1) pode: ~ ser-eserita na forma ‘ fs oft) = ¢, 90) + €2 9,{0), onde : glu) = e*[cos fro, ~ sen rv] © ~ ‘Gylt) = e*[sen Are + cos ft Py) + Ee SA t Escrevemos ¢, = pcoscv. cy = sen. Temos git) = ep lease cos ft + j SN “ spacnuosen file, tsenuneos cosa sen fi,] = ep [costo Mt, a fy + sen (w ~ [it) vy] . ' ! Caso by. 2 =, centro | Todas as solucdes, exceto a solucéo nula, sdo elipses. Ver figura hy Figure ay = né aca Nigura 4, = 96 insted (rome) Caso ay. 4, > i, > 0, nd instavel (Fonte) Discussio similar ao caso anterior, mudando © sentido das seta ' ] Ver figura ay Ho as seas i (respectivamente, E,) tende a 0 (respecivamenite, c). Ver figura a, Caso by. <0, foco atrator fs ‘Toda soluydo tende para 0 espiralando em torn da origem quan- 1 dot 4+ 20, Iso & [ait] + 0 ew ~ fit, Angulo entre gis) € Hy, tende . pari 4 ve ou ~ 24 segundo ff seja negativo ou positivo, Ver figura HH fy para o caso em que ff <0. ‘ Caso by. 2> 0, foo instivel Toda solugio tende para 0 espirakindo em torno da. origer, a = ; quando 1 — &. Ver figura by. Caso ¢. 06 improprio a “ j Distinguimos dois casos Ie Tore a ordindlas Nilo de 438 € bidimeson, Em oor tema. tm ‘etores priprios v,,., lineirmente independentes. Pela proposicao 12 da se¢io 3 toda solugdo de (1) pode ser escrita na forma. Ut) = eMey vy + €3 0) Todas as érbitas, exceto a solucdo nula, s4o semiretas. Ver figura ry. NE NE AS 7M Case ey Nicleo de A—2/ = E, € wnidimensional. Soja r um gerador de E, € w um vetor ndo colinear com v, A matriz.do operador x Ax nna base {r,«} € da forma 38) 0, on) ® pois Ar = fi, Aw = wus + 26, Os valores proprios desta matriz sfo ' We te Logo, A = ju Definindo ree ae ety =, temos An wae, Aty a hey #4, Usando estas propriedades da base {¢,.,}, verifica-se, por substi- tuicio dircta, que oli) =e! [ley + Feghey + 20) € a solugdin de (1) por g(0) = ery + e20 ‘As drbitas que passam por E,(c, =O), exceto @ origem que ponto fixo, sdo semireius, Para toda outra Srbita, cy # 0) a sua rela Tangente tende a-Ey,-quanda 1» + &%, pois at =0 iF tes Se <0 (respectivamente, i > 0}, toda trajetéria tende a 0, quando 1 + (respectivamente, ~ %), Ver figura ¢, € Fiyuow ey fs 5. Conjugacao de. sistemas lineares L INTRODUGAO. Como em toda esirutura matemética, nas equagdes diferencisis é nos fluxas ou sistemis dinimicos, levanta-se © problema de com- parar dois objetos com # mesma estrutura, identificando-os s¢ th fem a8 mesmias propricdades essenciais da esteutura, Assim, na Ab gebra, dois grupos sio considerados equivalentes se eles slo isomor- fos; na Topologia, dois espayos topologicos sio identificados se slo homeomorfos. Estas nogdes de equivaléncia ou idemtificacdo revelam o que hi de essenciul da estrutura nos dois objetos comparados. No primeiro cash o isomorfismo preserva a operagio do grupo, no se- tgundo caso © homeomorfismo preserva os conjuntos abertos dos tspagos. Sendo a operagao, na Algebra, ¢ 08 abertos, na Topologis, | L 70 UeBes do equacdes indeins os elementos esses dn estrutura respectiva, os conccitos de iso rfismo © homeomorfismo sio satista ad orf alisfatorios para a comparacio de No caso d: c i N las equagdes diferenciais ou Muxos. ¢ i sue, je . & inegivel que as sites atria sho os menor mi clsane. Porno ide spear ate esirtane qualquer noo de equivaléncia reserve, uma forma, as solucdes ou trajctorias. Nesta seca tataremos dos sistemas de equagdes lineares ou fluxos nears A geral, para o caso nfo linear, € abordada no Capitulo VI 2. DEFINICAO, Sejam x— Ax ¢ x Bx campos vet om R°. Estes campos, seus Muxos at) sca ssn uses et Wit,x) = ex ou seus sistemas de equacées lineares sociales (1) x = Axe Q) x = Bx, si diios conjuyados se existe uma bi . iste uma bijecio hc RY + BY, chama conjugadi: tl gue para todo TeR e ceBe me Ina, xI) = WA Hh Se h&. respectivament ' samen, um somorfismo neat afcomofism Imeomoriie, drs gue (2) si Ince om salon diferenciavelmente conjugados, topologicamense caniugadas. - 3. Obsertugin. Claramente, a relacio de conjugagie & uma relacie de equivaléncia entre sistemas line: 4 EXEMPLOS 1) Seja 4-22 com valores prprios rons fy # Jy © veneer Prios ey. ry, Entdo ile = eyo ay ty 4 yrs define uma com Be tre ete = (adres ives ( Ax. Este & 0 caso a} da Analogamente, nos casos b) ¢ ¢) 2 seo 4. resulta que os sistemas ve(piere(i)r So conjugidoslinearmente ao sistema x? = Ax, onde 4 tem 1 vamente valores préprios 2, =a + iff, i; 24 iff ei, ra com ALE #0, , me asiaee ‘Equagbee ailerenciis lin © leitor verifieari que Ax.) = X11 + X22 & ums conjues do linear, onde 1, t, s80 os vetores definidos em 4, cise 2) Um centro nilo pode ser conjugado 2 uma sela, Pois teremos dus (nif. 39) = C2nfh, Hx] = Hx) devido a que @t2ni ») & isto todas as trajetdrias do centro, fora. da origem, sfo eriddicss de periodo 2x/f. Contradigio pois a stia nao tem trajtorias peri: dicas, isto 60,1) # Wray se He AO wx a0 3) his) f= Ox =0 & uma conjugagdo topol6xica a (aah < entre x exe Naas, £20, 8ER, De fato, para x. > 0, ie! x) = ix! = eth{xh paras nilar. E claro que se 2 # 1, h ndo € difcomorfisi. fo ¥ resultarh que se” 4 # 1, no existe nenbusna vel entre estes sistemas. & ébvins fe para x <0 é sim Da_proposis conjugagao diferent 5, PROPOSIGAO. A transformagdo linear hi x —* Cx & wna coniuane Gi linear entre (3) ¢ 2) se € somente se a nuutris C satigfas «CA = BC. Em particular (1) € 2} a0 Tinearsiente conjnasls izes Ae B sao similares. ye somente seas matt Demansiragiu. Se CA = BC, & proposigio 5 di seco > implies «ue Cedte = UNCR, para Yodo x. Isto é his) = Cx & ums conjugacio linear entre (1) © Cb Seta) = Cx satisfaz a Celt = Cx, derivanda com respeito a'tem 120 resulta Cae epeg = Cos BARC pee BCH: Loge CH= HC 6. Obsertagau. & claro que a relagdo de conjugagie linear & ums relagdo de equivaléncia entre sistemas lin (9 linear dos sistemas Jo anterior, as classes de conjugac’ Tineanes estdo determinadas pelas classes de similaridade das mstrizes correspondentes, Consequentemente 0 problema de determinar a chine de um sistema reduz-se a0 seguinte Teorems euja demonstragao pode ser obtida de Hoffman do a proposi de conjugusao in da Algebra Lines Kunze [1971] 72 Lipson de ugbee diferencias ordinkion 1. TEOREMA. (Forma Canénica de Jordan). Case iplexo. Seja A uma-matriz complexa Existe uma matriz complesa C, nfo singular, tal que J = C-!AC = diag(Sy.JyeoneyJih onde cada J, € da forma J(d) = AE +E), definido em 7 da secio 3, © 2 um valor proprio de A. A soma das ‘ordens dos blocos da forma J(2) & igual & multiplicidade de i como raiz do potinémio caracteristico de A A matriz J chama-se forma de Jordan de A € & inica, salvo a cordem dos blocos J). Finalmente duas matrizes sto similares se ¢ s0- mente se elas tem a mesma forma de Jordan Caso real. Seja A uma matriz. real Existe uma matriz real C, nao singular, tal que CAC = aglUy.Jy.~-rds) onde eada J, & da forma Ja) od Jez) dou finidos cm 7 da seco 3, onde 2 é valor proprio real ¢ a + if é valor proprio complexo. ‘A soma das ordens dos blocos da forma J() € igual & multipli- cidade de 4 como raiz do polinémio caracterisiico de A. A soma das ardens dos blocos da forma Jt f) igual ao dobro da mulipliidade de x + iff como raiz do polindmio caracteristicode A. A matriz J chama-se forma canénica real de A ¢ é dnica, salvo a ordem dos blo- cos ¢ o sinal da parte imaginaria fi das raizes complexas de A. Du: matrzes reais sho similares se e somente se tem 2 mesma forma ca. nica rea 8. PROPOSIGAO. Os sistemas (1) (2) sao C'-diferenciavelmente con- Jugadas se ¢ somente se Ae B sin similares. Em particular dois sistemas stu Cl-liferenciacebneme eunjugados se € s0- mente se sio linearmente coujugades. Demonstracao. Se A € B sio similares, a Proposicio $ implica que (1) ¢ (2) sdo linearmente conjugados, portanto C'-diferen: ciavelmente conjugados. Seja h um difeomorfismo de classe C! tal que hle'4x) = e'Mh(x), para (odo ¢ © x. Suponhamos inicialmente que M0) = 0. Derivando com respeito a, em ¢ = 0, temos Diix)Ax Be*(x)|9 = Bhlx), para todo x. Em partic a Equacben dlterencialsHneares 73 HW: Diy)Ay = BS. Quando 1+ 0, Dh{dy) + Dh(O) por continuida- iiay) —-DiMO)y. Logo DMO) A = B DK(0)” Se HO) = ¢ #0, k:x—+x—e & uma conjugagdo C* diferencié- vel de (2) com ele proprio. De fato, ec = e!*h(0) = hie'40) = h(0) = c. Logo Kells) = efx c= etx ~ ete = Mx — o) =e™H(x). Portanto, hy = keh & uma conjugacdo C!-diferenciavel entre (1) e (2) tal que h,(0) = 0. A itima afirmativa decorre da Proposicio 5. a de de Dh, ¢ também 9. DEFINICAO. ‘Um sistema linear x’ = Ax (ou a origem de R") chama-se atrator (do sistema) se para todo xe R', 4x0, quando 1+ «. E claro que se h é uma conjugagao topolégica entre um atrator x. é um sistema x’ = Bx, entdo este iltimo também & um atra- tor. De fato, Me'*h""(x)) = ex, logo para todo x,e4%x -+.h(0), quan- do 1 co; mas HO) = 0 pois 0 = 0. © seguinte teorema caracteriza os sistemas liieares atratores 10. TEOREMA. As seguinies proposicdes sdo equivalentes 1) O sistema x’ = Ax é um atrator, 2) Todos 0s valores préprios de A tém parte real negativa. 3) Existem x >Oe K 21 ais que |e'*x|< Ke™™'|x| para todo xe R™ e120. 4) 0 sistema x° = Ax é topolopicamente conjugado a x' Demonstragio. O sistema x’ = — x é um atrator pois e~'x +0, 1+ 00. Logo (4)- (1), pela observasao anterior. Suponha que 4 é um valor proprio de A com parte real no nega- tiva, Se 2€ real e » um vetor proprio, Je'40| = e*|»| nfo tende a zero. Se A=a+ if! & complexo, por 13 da seco 3, [e'4v,|=e"|cos ifr, sen 1 vz], que também nao tende 2 zero se @ 20. Logo (1)-+(2). Notemos que 3) ndo depende da norma | | em R" pois se ellis Alb le*xl) s Bex] <

0. Equigbes diterencate neuron 7B De fato, por (a) ¢, ii Le A getangetas 5 - B Logo, 5 log qe) ~ log gts) $ — Portanto b) eoMala) < qlel4x) s eax) ¢ dai, quando t percorre R, qle'4x) percorre todo 0 cixo positive. ‘Note-se que, em virtude de (a), x corta cada esferoide uma ‘janica vez, apontando para o seu interior. Se x#0,denotemos por t,o (ico) mimero real tal que qe'=4x)= 1. iv. A fungio 1, € de classe C® em R" ~ {0}. Este fato decorre do Teorema da Fungo Implicita aplicado 4 a equacto qe'*x) = 1, pois por (a) 5-a(e4x) # 0, se x #0. Passamos a definit a conjugacdo topolégica h, da’ seguinte ma- HMO) = 0, © hx) =e ex, se x #0. hua) —o cs £ claro por iv que h]R"— {0} & um difeomorfismo de classe C* sobre R" — {0}. Provemos a continuidade de h em 0. Por ii temos: moll s (5) "were i = ()"« pois q(e'*4x) = 1 mammal 76 Upbes do equapéa * Delb) obtemos f etal ghx) 2 lex) e dal - - os [aol]? Logo, : not s(2)" tear ¢ claramente, se x—+ 0, h(x) ~ 0. ‘A continuidade de h~! resulta da continuidade de h ¢ do. fato de li| B’ — {0} ser difeomorfismo sobre R* ~ {0}, usando argumento de compacidade. Verifiquemos agora que h & conjugacdo WeAa) = Wet 194 ete) me etttta lady oe eHereleAx) met Wx) No passo do segundo para o terceiro termo destas igualdades o fato”que para y = ex temse t= — (0-1) 11; DEFINIGKO, Uni sistema linear, x’ = Ax (ou a origem Oe R") chama-se fonte separa todo x #0, [e'4x|—+ © quando 1+ <. 12, TEOREMA As seguintes condigdes sio equivalentes: 1) x! = Ax é uma fonte . 2) Todas os calares proprios de A tém parte real positiva 3) Existem nimeros > 0 ¢ K 2 1 tals que Jete|a Kv [xl sere 0 Ax & topolugicamente conjugado com.o sistema x' = x. 4) x Demonstragio. A demonstragdo € imediata a partir do Teorema 10 € da observacdo seguinte: ‘Ax & topologicamente conjugado # x’ = Bx se ¢ somente se (xj Ale € topologicamente conjugado a x’ =(~ B)x. De fat, Mex) he 4x) Ml) = eh). Logo, sé h conjuga x” = — Ax com x’ = ~ Bx, também conjuga x = Ax com x = Bx. EquagBes dlterancaisnesres 77 ‘Assim 4) implica que x' = (— A)x & conjugado topologicamente a. x'= x, portanto os valores proprios de — A tém parte real ne~ gativa, donde segue 2) ‘Aplicando 0 Teorema 10 a — A temos que 2) implica que [x] =[eetx| s Kem exh, donde segue 3). ‘Obviamente 3)-+ 1), Deixamos a cargo do leitor a prova de 1)+2}, A implicagdo 2)~+4) decorre do Teorema 10 aplicado 2 ~ A. m 6. Classificaco Topolégica dos Sistemas Lineares Hiperbdlicos 1. DEFINIGAO. Um sistema linear x’ = Ax (our 0 campo vetorial linear x + Ax, ou a origem O¢ R’) chama-se hiper- bélico se todos os valores proprios de A tm parte real diférente de zero, O numero s = s(A) de valores proprios, contando suas multi- plicidades, que tém parte real negativa, chama-se indice de estabil dade do sistema. Note-se que esta definigio depende apenas da classe de simi- laridade da matriz A, ou equivalentemente da classe de conjugacio linear do sistema. 2, Exemplo. Dos sistemas bidimensionais simples considerados na seqio 4, todos so hiperbélicos, exceto 0 centro. O indice de establlidade da sela é 1, do foco € né atratores 2, do foco € nd instaveis & 0. - ‘Em geral o indice de estabilidade de um atrator én de uma fonte & 0, ‘As figuras seguintes mostram o reirato de fase de lineares hiperbélicos em R?. O leitor justticar’ ani configuragies com base nos dados sobre os valores préprios que nelas aparecem. 3 DEFINICAO, Chama-se subesparo estdvel de x’ = Ax 0 subespaco maximal E?, invariante por 4 (ie. Ave £ ve E') tal que A/E* tem todos seus valores préprios com parte real negativa. ‘Analogamente define-se 0 subespaco instivel de x's Ax como o sub- as reo ae ma \ 7B Ligden de equagtes dllorencaie ordindran Figara 1 Sistema Uineares hiperblics em RD. espaco maximal invariante E* onde 4/E* tem todos seus valores pré- prios com. parte real positiva Para um atrator = Re E* = (0}; para eon © B= {0}; para uma fonte-E* = {0}, 4 PROPOSICAO. Seja x’ = Ax wm sistema linear hiperbélico de indice de estabilidade P. EY e E @ E sido invariantes pelo sistema, ito &, para ido x E11 = 5,1, a trajetéria do sistema, ex, pertence a E para tudo 1€R. A dimensao de E* é igual « fh 2) Existem > O'e K 21 tais que a) lex |< Ke" |x|, pora xe Be 120 bi [etx] s Ke"|x|, pura xe Be 1 <0. ya Demonstragdo. A demonstragio & imediata a partic das seguintes observagies Observagao. i) Se h & uma conjugacdo linear entre dois sistemas X= Axe x’ = Bx, cujos subes veis so E* ees ento Ka i spagos estaveis so E? . quasbenditerencais tneares 79 Imediato pois AE" ¢ B] ME) resultam similares, e portanto tém ‘os mesmos valores proprios. Verificar este fato. ‘Analogamente para o.subespaco E*. - Observagéo. ii) A conclusio 2) ndo depende da norma | | nem da clas- se de similaridade da matriz. A. ‘A prova desta afirmativa similar & dada em 10 da seco 5 © fica a cargo do keitor. Se x’ = Ax é um sistema linear hiperbélico de indice de estabilidade s, entdo ele é linearmente conjugado a um sistema da forma ° (xy = Arty, ER? xy = Aaka, K2 ERI Observagai. conde os valores proprios de A, t8m parte real menor do que 0, € os valores préprios de A, tém parte real maior do que 0. Para verificar este fato & suficiente-conjugar A com sua forma de Jordan real J, na qual aparecem agrupados na parte superior da diagonal os blocos correspondentes as raizes de parte real negativa. O bloco de ordem 5 x s da esquina superior esquerda de J &4,;0 bloco de ordem (n ~ 3) x (n— 3) da esquina inferior direita € A,. ‘Com base nas observacdes, é suficiente demonstrar a Pro ‘io 4 para sistemas da forma (*). Para estes sistemas, E* = R? x {0eR™™") cB =(0eR'} x R™., Donde resulta 1). A parte 2) resulta de que xX} = Ayx, @ um atrator © x} = 43x, & uma fonte, aplicando os te0- temas 10'e 12 da seco $a Ay © Ay. 5. COROLARIO. Nas hipiteses da propoizdo 4, temas 2 Ko e"|x], para toda xe E120 2 Ke * |x|, para todo xe Ee 50 etx a) bv) Demonsirardo. Pela desigualdade b) de 42, aplicada a t= —1<0¢ Be exe Ey, temos [xf = Jette] = fete] < Ke"|R] = Ker ex] Logo Jetx| a Kote |x . Isto prova a’): b) & similar. w 80 Licdes de equates diterancais oxdinkias Observigif, i’ desigualdade a) da proposicdo 42 SO as urnjetdrias que passam por pontos de £' tendem a 0 “exponencialmente quando 1 ~+ 20, "A desigualdade b’) de 5 implica que estas mesmas trajetrias, exceio a pula, se afastam exponencialmente de 0 quando 1» ~ ©; Em outras palavras, 0 comportamenta de um sistema hiperbé- tico em E é antlogo a0 comportamento de um atrator, Consideragis anilogas sio vilidas para E* onde o comportamento das trajetérias @ similar a0 caso de uma fonte. Finalmente, as trajet6rias que passam por pontos x fora de Fu Ese comporiam em forma similar as hipérboles; as suas com- ponenies segundo E' tendem a 0, enquanto as suas componentes Segundo Etendem a co, quando t-+ + 0; quando (~*~ co as Componentes segundo E? tendem a co, ¢ a5 componentes segundo F” tendem @ zer0. Isto decorre de que e”! rent eMtz, + efx, onde x;€ Ei we 6. LEMA. Seja-x' = Ax um sistema hiperbélico. Um ponto x¢R" pertence.a E* se e somente se ex é limitado para 2 0. Um ponto x€ R* perience a E* se ¢ somente se ex é limitado para 10. Demonstragao. Seja x =x, +%, com x€E, i= su, donde etx = = ex, + e'4x,. Em virtude de a’) do Corolirio 5, temos Jes] 2 fe4x,|— [etx] 2 Kote fxs Le © altimo termo tende para co quando 1~ x se ¢ somente se |e| ¥ 0, pois |e'x,|-+0, logo e'x & limitado para 1 = 0 s¢ ¢ So- meme se xe Ei(ie, x, = 0). Analogamente para sO ¢ Ew 7. LEMA, Se x= 4,x; @ topologicamente -conjugado +x; = B,x, xR", f= 1,2. Entdo ind my X= Asks 4 tepologivamente conjugado a fi = By x, y= Ba Xa” A) Equagbes diferoncals ineares 81 Demonstragdo, Seja h, uma conjugacio topolégica entre xi = 4,x; ¢ x; = Bx, (= 1,2 nto h = (hy,h3) € uma conju- gacdo topoldgica entre (2) € (ff) De fatoz Wel4*x,, e431 fh el4'x 4), glex)) = (eh Oxy) ehh) = Ce eY(HC,) Hs) 8. TEOREMA. Dois sistemas lineares hiperbdlicos x = Ax e x’ = Bx ‘em R® so topologicamente conjugados se e somente se ambos tém 0 mesmo indice de estabilidade. Demonstrucio. Se x' = Ax tem indice de estabilidade s, ele & conju- sgado linearmente ao sistema (*) da observacao (ii) de 4. Em virtude do Lema 7, o sistema (*) ¢ consequentemente 0 sistema x’ = Ax € conjugado topologicamente ao sistema ype oo eR! Rye oan Ver Teoremas 10 ¢ 12. Disto rewulla que dois sistemas hiperbélicos de indice ¥ sto 10- pologicamente conjugados entre si. Por outro lado, se h € uma conjugagdo topoldgica entre dois sistemas biperbélicos "= dex" = Bx em RF, temos que ME)= E}, onde £} denols 0 subsspaco estdvel de x’ = ix, i= A,B. De fave e'Mlx) = Melts), logo se xe Ey ¢ t+ %, temas por continuidude que he'4x)~+ HO) = 0. Portanto, hixle Ey pelo lema 6. (© Teorema da Invariancia da Dimensio de Brouwer implica que dim £} = dim £%,. A demonstragio deste teorema foge uo cariter deste livro. Duremos porém uma idéia dela ‘A Teoria da Homologia associa a cada espace topoldgico x uma seqiiéncia de grupos HX), = 0,1,.... € 4 cada homeumorfis- mo h:X — ¥ uma seqiiéncia hi: HX) +r H,(Y) de isomorfismos des- tes grupos. Para X = 5, esfera k-dimensional, calcula IZ (imeiros), i= A, 0, se k # 0) . Hs ; Cara EPC er) Em nosso caso, compactificamos Ee £% adjuntando o ponto do in- finito (compictificagdo de Alexandrov), obiemos 5%" eS", onde nz) = dim E}, «= A,B, e estendemos h para is" —~ S™*, que & um homeomorfismo. a Temos que Kiya): Hmay(S) = Z—- Hayn(S") & isomorfismo. A expressio (*) prova que nA) = n(B). O leitor encontrara em Greenberg [1966] os fundamentos da Teoria da Homologia@ =~ 7 Sistemas lineares cornplexos Nesta seco vamos considerar brevemente a equagao linear w w= Atsho + 62) onde A(z) & matriz n x ne b(z) € um vetor n-dimensional; ambos ana- liticos. num conjunto simplesmente conexo Dc C. Por solugio de (1) entendemos uma funcio analitica wv: D+ €* tal que we) = Alsat) +e) para todo ze D. 1, PROPOSIGAO. Dados #9 € D,w)€C" exisre uma inica solurio de (1) (em D) tal que (=o) Demanstracio. Se z€D € © 7.72 S40 caminhos em D com extremi- dades zp e z sabemos que para toda funcio / Yitien om D, §,,ft2M2 = f,,fleMz. Denotaremos esta integral por Sided . Definamos entio [Ardea + Biel}dr, 0, 1. >0 tais que | Al2){ 0. Entio Als) YA Ba). (2= 20)" vilidas para 0; neste caso 2, <0, 23 <0 € a Solugdo geral de (2) é cue + ee k (i) Ame #0; neste caso 2, = 2, = = 5% a soludo gorul & Me PR ext Verencias ordinérins Em ambas as situacdes o sistema tende exponencialmente para zero, sem oscilar. (iil) KI Ame <0; neste caso a solucdo geral é ov seja, x= Rewntcos( AMAL, -1) onde R= Jel + che a = arcig 2 Segue-se que o grifico de x(t) € dado por uma funcdo coseno que decresce exponencialmente, isto & x(t) oscila enquanto tende para zero. Em qualquer dos trés casos x(t) tende rapidamente para a posicio de equilibrio do sistema, Este € dito entdo um sistema amoriecido Quando interessa manter uma oscilago nil trivial, aplicamos uma forga externa F(i) = Fo cost & massa m. Temos entio um sis- tema mecinico forcado © a ‘oscilacdo que resulta chama-se oscilacao Jurcada. ® equacio do movimento € entio as. de 0 mes ka cx = Rycosin ) ae ar " Uma solugio particular de () é dada por Fe eos 01 (egg heer Ue = min? eos + ke sent) = Fycos (wt — fh) ve mre Bint onde fl = arcig Logo a solucio gerat de (3) € > mw’ x) =f) + th onde sa solucio geral de (2). Como fin tende rapidamente para ero concluimos que para todo 1 suficientemente grande, x(t) & dado Praticamente por yt), quaisquer que tenham sia as condigdes iniciais Por esse motivo, gt) & dita a parte estaciondria da solucgie f(t) a parte transieme. ‘Analisemos finalmente 0 caso em_que 0 atrito pode ser despre- zado (k = 0) € 4 forga externa é dada por Flu) = Fe c0s wot onde iy = = JE A equacio do movimento.é entio. 28 atx = F2cosuyt de * m ° Uma solucdo particular desta equagéo & Fot logo, MUI) = 64 60991 + C5 8 Wot + 5 Resulta que quando o atrito pode ser desprezado ¢ u forga ex terna (em a freqiléncia natural do sistema, as oscilagdes so ilimitauas quando (+x: Tal fendmeno chama-se ressondncia, ‘Suponhamos agora que ao invés de um sistema mecinico, temos um citcuito eletrico como na figura com indutancia, resisténcia © ca en Be pacitancia respectivamente L, Re C, Seo gerador produz uma vol lagetn Ela) = Ey senor entio a corrente {no circuito € dada pela equacio Prod Le RO 4 1 Egecosut ae Ratt que @ semelhante a (3). Logo, a anilise desenvolvida anteriormente’ também se aplica aqui. “EXER@ICIOS “e 1. Seja (0) uma matriz n x 1 cujos elementos sfo fungdes de clas- se C', nfo singular para cada 1€R. Prove que existe uma tinica ‘matriz Al) continua tal que ple) & matriz fundamental de x° = A(x. 2. Sejam ay.....d,, fungdes continuias, reais (ou complexas), num intervalo I. A seguinte equagio linear ae = ye 7 Oe OT “ + agit. chama-se “equagio linear de ordem »”. Considere “* = UU, R) (ou U1: C)) 0 espaco vetorial das fungdes reais (ou complexas) de classe C* em I. Prove que: {a} 0 conjunto das solugdes de (*) € um subespaco velorial de ‘67 de dimension. (Sugestdio: escreva x, = X,5y = XionX, = x7" € verifique que (+) éequivalente a um sistema linear da forma x’ = Alix). (by Sejam @y...:4@, em" € WU) = Hly,.---.@,)l0) 0 determi- atriz nx n cuja i-ésima links € formads) por 1 isttso Sees a8 devivadas de ordem i = 1. = Lom de Oia Entio IG) = Wg) exp [Siyaedlsids] desde que ‘oy...cey-Sejam solucbes de (*) (HF) € chamado 0 Wronskiano do sistema de fungBes 4...) Prove que n fungdes @. ra. solucives de (*), so linear- mente independentes see somente se, para todo 1. WU) = = Hy nll) #0 {e) Sejatn gy. -ves Hq m fundies de %*, tals que WKpy. 6A O em 1, Prove que existe uma dniea equagiio da forma (*} que tem fey.) como base de solugtes. 3. Se Aly) € anti-simétrica para todo 1€/, ie, 4) = — Av), onde ‘Ats) & a transposta de A(t), prove que toda matriz fundamental uy de x= Alide satisfar. a "4 M40) = C, constante, Em parti- cular. s (te) & ortogonal para algum fp, entdo 9) & ortogo- nil para todo ref APLICAGAO: Prove 0 Teorema Fundamental da Teoria das Cur- ras: Dadas funcdes continuas Kis) > 0. rls. existe uma dnica curva parametrizada pelo comprimento de arco (mé- Equagbes dlteranclals ineares dulo congraéncia em R?) cuja curvatura ¢ torsio slo, respectiva- mente, K(s) € (8). (Sugestdo: Primeiro lembramos alguns fatos da teoria das curvas. Sejam J um intervalo ¢ x(s),s€1, uma curva diferen- ciavel em R>, tal que |x(3)| = 1, para todo sel. Se Hs) = x13) entio Ks) =|1(s)| € chamada curvatura de x. Denotemos por nfs) © vetor unitario tal que Ks) n(s) = r(s). Dado Us) = (3) x rks) existe uma funcio ¢:/-+R chamada torsio.satisfazendo Son = = t6s) nfs, Note que 13, nfs) € Bs) sto unitarios © mutuamente ortogonais. As formulas de Frenel sfo: hain én ds ab qo Para provar o teorema fundamental da teoria das curvas escre- vemos @ seguinte equacdo diferencial matricial de =: Oo ko t w\fa os) db #) \o ds ’ com a condigdo inicial wo /1 0 0 no) \=(0 1 0 Ho} \o 04 ‘onde supomos que Oe.) Sejam A,B. Ce D matrizes de ordem n cujos elementos so fun- ‘cdes continuas, fesis ou complexas, definidas num intervalo 1. {a) Seja U = Ult) uma matriz fundamental de x’ = A(t)+x. Prove que @ inversa de U satisfaz a equacdo y° = ~y Ald. 90 Lpbes de equacbes dllerencials ordindsias (b) Sejam U © V soluctes de X" = A(1)-X, X(tq) = Id € X’ = X BO), X(iq) = Id. Prove que 1) = Uli) Xq* VU) € a s0- lugdo de X" = A(X + X BU, X(t) = Xo. {c) Seja {U,V} uma solugto do seguinte sistema X! = AleX + BOY Y' = Q).X + DOY Prove que.se V € inversivel em J, entéo W(i) = U(tV~"(0) & uma solugéo da equacdo Z' = Bit) + Alt) Z — Z- Dt) — Z+Clt)-Z 5. Seja AQ) continua em I = [0,5]. Suponha que eo x = Ald tem a soluedo nula como tinica solugio de periodo S. Entao para toda funcio continua b(t) existe uma iinica solugdo w,.de perio- do, de x'= A(t)x + Hi). Mais ainda, existe uma constante C > 0, independente de 6, tal que || < C|6}. (Sugestdo:" Use 0 fato de Y(t) = 0 ser a Gnica solugdo de (*) que satisfaz ¥(0) = Y(s) para provar que se H(t) € matriz fundamental de (*) tal que $(0) = Id entdo 440) — (3) = ld — 44s) é inversivel. Depois use @ formula de “variagao de parametros” Para provar que se 0, ro) & solugéo de x= AU) BIN) © satislaz @(0,0, x9) = (5,0, Xo), entdo Xo = (Id — Os"? 66) 3.97) (iu) b(u) due) 6. Seja_ Alt) continua ¢ periédica de periodo Sem R. Suponha que (*) (Exercicio 5) tem = 0 como tinica solugdo periédica de pe- riodo S. Prove que existe 6 > 0 tal que para toda fungdo continua JR x EE, periddica de periodo S na primeira. variavel com [DsfU,x1] <6 para todo (t,x), entéo x = AUX + Slt) tem uma nica solucdo gy, periédica de periodo S. Prove também que se f~0 uniformemente, entéo , ~ 0 uniformemente. (Suyestdo: Use 0 exercicio 5 para concluir que, para toda funcdo continua b de periodo S, existe uma inica solucdo @, de periodo S, de x’ = A(x + f(b). Prove que aplicacdo b+ y, € uma contracio, se 6 € pequeno. Compare este método com 0 desenvolvido no capitulo I.) pear W Equagbes diterancateIneores 91 7. Considere o sistema n-dimensional 2 FR AWH tal que A(t) pode ser desenvolvida em série de poténcias ane ¥ Ae para 1€(— r,r), onde A, ¢matriz constante n x n. Seja x:(— ¢,¢)— — R" uma solucéo do sistema com desenvolvimento em série xt) = Yay", a,¢R*. Mostre que Daeer E Ane (m+ Na, Ps 1%) ° para todo m2 0. Deduza que o desenvolvimento em série de x() € convergente em (~ rr) (Sugestdo: Sejam 0 < p,

0 l aalise(4). m20 Dai provar por inducio.em m,que existe K > 0 tal que 1" inl 5 «(2) Pu 8. Suponha que / é de classe C! em R x Ee que para todo (tp. X00. ER x E, listo. Xo). solugdo de x’ = ftt.x).xltg) = Xo. esti de- finida para todo te R. tal que, usando (*)) (a) Prove que se Dy = fe Ferltstorxo) existe € continua, entdo X(t) = Dy Olt tos%0) : “Tolugto da equacéo matricial X° = = Dyftt Olt ton ol) Xo X(tg) = Hd. (Sugestao: Note que ot, to, X9) € solugdo de 56°€ $6 5© lls fon Xo) = Xp + Sieh (5 Pls to, Kol) ds. Use entio o teorema de Leibnitz: Sejam [0,6] intervalo em R, Uc Rt aberto € g:[a.b] x UR continua com 2,9: [4,6] x U ~ = fll) Hg) = Xo 92 Updos de aquagbee diferencias ordindvins “ang (R, RY) continua. Entio $: U ~ RY definida por d(x) = mfbolt, x)de & de classe C! e $x) =f) 0,941, x) dt.) (b} Suponha que f:R.x Ex A- E.¢ de classe C', onde Ee A so espacos euclidianos € qué para todo 2€A, ott, to.%0. 2h a rotuglo de x= Mud, ‘x{lo) = Xo, esté, definida pare todo TER, Se Dyy = ZalitosXord) existe ¢ € continua, prove que Y() = Dy lt, 19, %9.4) & solugdo da equacko matricial Y" =Dyf(t, ll toy X01 ANA» ¥ + Daft, lbs toy Xo Ah Ah Vlg) =O (c) Seja f:R?—R de classe C! com |f| 0 ou 4,<0 (1) Caso dus ruizes miltiplas DEFINICAO. Seja Up) = dop" + ap"! + =. + ay-p + a UM polinémio arbitrério com coeficientes constantes (reais ov complexos) com respeito ao simbolo p, ¢ seja = uma certa fungao real ou complexa na variével real 1. Definimos: 6 Lphe = age + a+ Pela notagio introduzida a equagdo 1.1 pode ser eserita ‘na forma a Lp: = 0 onde Lp) = agp" + ap! + ot aay tay 4) Se Lp) € Mip)sfo dois polinémios arbitrrios no simbolo p (ou, como em geral se diz, no operador diferencia! p), =.=, € 2 slo fungdes de 1€ 4 € qualquer nimero complexo, entdo teinos ay identidades Lip\(z + 22) = Lplay + Lpzy (Lip) + M(p))z = Lplz + MU}: Lap\Mpiz) = (Lip)Mip))z Lope = Line" Lipite'z) = eM Up + Als ioe LUcbes de equacbes diterencies ordindton 1) Scia L(p) um potindmio arbitrario no simbolo p.¢ seja a fun- io .v,(1) na variavel real_¢ definida pela formula ot) = Liph'e" onde i um niimero complexo. Temos que, se 2 € raiz de mul tiplicidade k de L(p), entdo as funcdes welt w(t. (0) identicamente zero. ) Seja Lip = 0 uma equagao linear homogénca de n-ésima ‘ordem com coeficientes constantes. Ademais, scjam Zy.z.--.dq © canjunto de raizes mutuamente distintas do palindmio Lipl. a taiz 4, tendo multiplicidade &,, assim que Ek; =n, Se conside- (eh enliio as fungdes (8) sie solucdes da cquagio Liplz = 0; além disso a solugio geral da equagde Lp) = 0 tem a forma 0 rey tides, sendo c!,¢%,....¢° constantes complexar, j) Suponkamos que os coeficientes do polintimio caraéteristico Lip) da equacio Lip: =0 sio reais. A fim de que -solugio (9) seja real, € necessirio ¢ suficiente que os cocficientes das solu: Bes reais sejam reais, ¢ os coeficientes de pares de solugdes com plesas conjugadas sejam complexos conjugados. ky Sejam r’e € re" duas solugdes complexas conjugadas de (8) No cas de uma solugdo real 2, a parte da soma (9) corres- pondente a estas solugdes pode ser escrita na forma eae geen Se eonsideramos ¢ leremos ao pret cos(tt + 31 Deste mado & possivel substituir cada par de solugdes comple- sas conjugadas que aparecem em (9) por uma funcio real da for- ma (10) contendo duas constantes reais arbitririas 1 © 2. Equagdes dierancaisfinenres 99 24, Polinimios esidveis & equagies lineares ndo homogérieus com coeficientes cunstantes DEFINIGAO. Um polinomio Lip) é dito estavel se todas as suss raizes tém parte real negativa, Prove que se p+ ap"! +... + dy, com Ge R, € estivel, entdo u, > 0 para todo i, Demonstre também que toda solucdo @ dda equasio diferencial Lip} = 0, onde L & estivel, & tal que gt) ~+ 0 seta 4) O polinémio Lip) = agp? + ayp? + agp + ay, dy > 0 ‘com coeficientes reais ¢ estavel se € s6 se os nimeras « so positives € uy uy > doa. . DEFINICAO. Um quase-polinés pode ser escrita na forma aw Fy = Alte fle + 2. + faltdet=t onde ZyyAy..oe12q S10 miimeros complexos © ft) (leo fall sio polindmios em 1. + Nos exercicios seguintes estudaremos a equagie eh Ligh: = Fit onde F(t) € um quase-polindmio. Junto com a equayio (2) estu daremos a equacio homogénea correspondente € qualquer fungio Ftc) que 3 Ups =0 hy Se guma solugo da equagio 2) {ou também dita, uma lar), ento uma solugdo arbitearia = desta equ do pode ser escrita na forma onde u € solugdo da equacio (3) «} Consideremos @ equagdo ndo-homogénea “) Lip: = fitre nna qual f(t) € um polindmio de grau rem 1, 4 € um nimero com- plexo. Seja k = 0 caso L(2) # 0, ¢ seja k a multiplicidade da raiz 25. LUsbes ie equates diferanciels ordingsias ‘LQ) = 0, Nestas condigles existe uma solucéo particular ‘da equacio 4) da forma (3) = gle” sendo g(t) um polindmio em 1 de grau r. Scja A uma mat cwiin(E Ay ee iam nn x nde ntimeros reais ou complexos. a) Prove (Suyestao: Desenvolver ( + 4) usando 0 Teorema do Binémio de Newion ¢ comparar com e = 5 Aji!) by Sejam f um campo velorial em RY, xoER" © Xo = A+ + fle lOk = 0,1,....—1, onde &t=1/n, A poligonal cujos vértices sio os pontos x; chama-se poligonal de Euler. Se/(x) = Ax, Prove que para todo 1€R, o extremo x, = x,(t) da poligonal converge para exo, } ) (Suess, eit ao n= (E94 vee tae = 140 5 4,4 00%). eh Prove que, det(E + 0Ab= traco A. (Sugestiv: Se Ay. Aas el (E + 0A) = [] U1 + 02) dd) Usando as idéias'do exercicio prove que det (e*) (sense: vow sate! «te (im (4) « oe (fe A= Gl emwae3)) 1) Em que condigdes nos valores priprios dee’ a matriz A de: fine um sistema linear atrator, uma fonte, um sistema hiper biilico? Se x’ Axe x= Bx slo atratores ¢ AB = B.4, prove que x’ = (A + Bjx também é atrator, Desenvolva a mesma questiio mu- dando atrator por fonte ¢ sistema hiperbalico. (Sugestda: Use 0 teorema 5.10). n, 28, 30 31 : “4 Equagdes diferencias tinaares 101 Seja fo campo vetorial associado a um fluxo gt, x) = (x), de classe C? em RY. Prove que para todo subconjunto de R” aberto limitado B, 141) = volume [y(B)} satisfaz a (0 = Seandliv Lembramos que vol [D] = {4,%» onde xp =} em De z= 0, fora de D, ¢ que a divergéncia de f = (f,,..f,) é definida como «Of = trago de © a misses (Supestdo: Aplicar a {Srmula de mudanca de variaveis para obter Wi) = fydet(Dy,) e usar a Férmula de Liouville (2.9) em uma matriz fundamental do sistema linear x°= D/lpsy))x. Em particular se div f = 0, volf(B)] = vol [B] para toue 1, Isto & @, preserva o volume.) Sejam M, © conjunto das matrizes de ordem a x 1 identi com RM c $= {4eM,:x' = Ax € hiperbélico} Mostre que 5 é aberio € denso em M,. cado Sejam: x’ = Ax um sistema hiperbélico com indice de estabilidade s, eR" tal que e* x0 quando t+ x}, E = {veR" tal x40 quando 1+ — } Mostre que: E* um subespaco vetorial de dimensio ye R* = MM, denota © conjunto de matrizes de ordem n x n. Sei C, [4eM, tal que x' = Ax hiperbélico © tem indice de esta bilidade i} Mosire que C, & aberto em Mf, Um sistema linear x°= Ax chama-se estruturalmente estirel se existe uma vizinhanga (4) tal que para toda matriz Be Via) 0 sistema linear x’ = Bx € topologicamente conjugado a,x’ = Ax. * Prove que x’ = Ax éesttuluralmente estavel se e somente se x°= x € hiperbolico, (Sugestio: para a prova de =e observe que se 2 & autovalor de Ae v € um autovetor correspondente @ i, entao pine é solugio de Ax =x, Alem disso, Jl | = ee] se : «= Reli}) : Prove que a’ = Ax é um atrator se ¢ 56 se existe uma forma e dritica q definida positiva wal que Dy(x}sAx <0 para todo x #0. 102 B M 35, 3. x A Ucbes de equacdes diferencias ordindine Seja € uma matriz n x n complera com det C #0. Prove que existe uma matriz B complexa tal que C = of (Sugesiau’: use a forma de Jordan completa de C). Para toda matriz real D com det D #0 prove que existe uma matriz real B tal que e® = D®, (Sugesian: Observe que s= A £ uma mats complexa © A denota 4 sua conjugada entdo e* = (¢4). Use entdo o cxercicio 33) (Teorema de Floquet). Seja A(t) periédica de periodo + como no exemplo 7.b da secdo 2. Prove que existem uma matrix. P = Plt) petiddica de periodo r © uma matriz B, em geral complexa, tais que, para a matriz fundamental (0). tem-se ptt) = Pive®. (Sugestdo: se dt + 1) = GNC, defina B por C =e" © Mt) = = oe"), Seja Al} como no exercicio 35, Prove que existe uma mattiz pe- riddica P(t) tal que @ transformacio g(t) + Pld elt) transforma biunivocamente as solugdes de x’ = Alt)x nas solucdes de uma equagio linear x’ = Bx com coclicientes constantes, Mostre que os valores proprios de B no dependem da mattiz, fundamental ¢ escolhida, Estes valores préprios chamam-sc ex- ppoentes caracteristicos da equacio x’ = Alix. Prove que eles tem parte real negativa se © somente se | Mil] < Ke" para certos K. 40> 0 (veja 0 excreleio anterior) Um sistema finear periédico x" = Ale chama-se hiperbélice se ‘0s valores proprios da matriz. B abtida no exercicio 36 tem parte real diferente de zero. Prove que esta defnicio no depende de Prue desenvolva uma tcoria aniiloga & das secdes 5 © 6 para estes sistemas Achar a tinica solugdo limitada da equacio XU bY tobe = Acoso onde h>@-e B= 4a <0. (Sugestda: tentar uma solugdo da forma xt) = ky semeot + ky costot), Se xR R & esta solucto, definir ft) sup] x,(0| Pa que valor de w esta fungio toma seu valor miximo? CAPITULO IV ELEMENTOS DA TEORIA DE STURM-LIOUVILLE E PROBLEMAS DE CONTORNO Neste capitulo estudaremos algumas propriedades elementares da equagdo de Sturm-Liowville regular, isto é a equaglo du forma (play! + Bala) ~ glx) y = 0 a) definida num intervalo [4,6] onde p(x) > 0, sendo que Ze R. Um caso particular de (1) € ytay=0- 250 Q ¢ grande parte do que faremos aqui ser generalizar para as solutes de (1) as propriedades das soluges cos(/'7 x) € sen(/ x) de (2) Assim, na seco 1, 0 teorema de separacéo de Sturm afirma que dduas solucdes linearmente independentes de (I) tem zeros alternados © 0 teorema de comparacdo de Sturm diz intuitivamente que quanto maior for q em (1) mais rapidamente as solucdes de (1) oscilardo Sabemos também que 0s inicos valores de 2 para os quais (2) tem solugdo no trivial» satisfazendo y10) = yin) = 0 sio dudos por 4 = 1, com as slugdes sen(nx) Isto nos lembra expansio em se de Fourier ft + asenne +. de uma fungdo f em [0, x] tal que (0) = f(x) = 0. Estes aspecios serdo corsiderados na secdo 4 em relagéo vom 0 problema da corda vibrante ¢ na seco 5 para a equacao geral do tipo (1). ajsenx + a)sen2x + on 1 Os Teoremas de Sturm A proposigdo que s¢ segue descreve a localizagdo relativa dos zeros de duas solugdes de uma mesma equagio de segunds ordem. 104 Licdes de equagdes diferencias ordinsien 1 TEOREMA DE SEPARACAO DE STURM. Sejam u ¢ 1 solu ae des reais. Yinear- mente independentes- de - yt + alxdy’ + bey = 0 ‘onde a(x) € b(x) so continuas. Entdo os zeros de u ev sdo alternados, Demonsiracdo, Como u ¢ v sto linearmente independentes, W(x) = ola) ule) - oa oe ¥G) permanececonstante, Se x, < x sfo eros consecutivos de wx) endo perinus de (xy) € W(X) $40 distinos e como Wx) = rl) ts), Wer} = rlag)itey) segue-se que 0 mesino acontece com of inal dlesGeye vfs) Isto prova que vse anvia pelo menos ura ver em (ss. we Tigenndo os papeis de ue vemos que os zeros dessa ungbes sho alternados. no se anula, isto é, 0 sinal de W(x) (© proximo teorema lida com solugées de duas equacdes dittas. 2, TEOREMA DE-COMPARAGAO DE STURM. Sejam u ¢ v so e lupies reais nao triviais de = (rts + ale 0 (plxo + aulefll = 0 Q nde ps pg € 4) sho contimuas, p(x) > 0 € 4y(x) 2 as) para todo x Se ty 8; Ado eros cansecurivas de w eno © se anula pelo menos uma fet om (essX;h a menos que nesse intervalo tenhamos glx) = ay(%) ¢ oly) = kuls), KER. Demonstracia. Multiplicando (1) por v, (2) por we subtraindo obtemos (plxie'yu = (gy — gun =O 6) (pls! Como {pu = (pe'Fu = [uy = ua] integrando (3) entre x, ex, resulta (ay — qhuvdx = plxg)u'(x2) (82) — playdate) mento da Teor de SturmUouile «problemas de ecimorno 105 Se v nko se anula em (x,2) multiplicando por ~1 se necesstrio, podemos supor que nésse intervalo u(x) > Oe o(x) > 0. Como (x3) < ‘<0 ¢ u(x,) > 0 seguerse entfio que f (ay — quvdx <0 ce dal qj(x) © q(x) para x; < x < x;- Logo, em [x,.x,] #5 equacdes (1) © (2) so iguais © aplicando a proposigéo | con uimos que u ¢ D ‘slo linearmente dependentes nese intervalo. Existe entdo ke R tal que v(x) = ku(x), x, Sx S42. Para uma generalizaglo désse teorema veja o exercicio 13. 4. Observapdo, Se as solugées nfo sto reais, as proposigdes 1 ¢ 2 no so vilidas. Pois cosx ¢ cosx + isenx so solugdes dew" + w= 0 mas enquanto a primeira tem um nimero infinite de zeros, a segunda nfo se anula em nenhum ponto. ‘As proposigdes 4 € 5 a seguir slo aplicagées do teorema de com- paraglo de Sturm. 4, PROPOSICAO. Seja a equariio @oou'y + g()u = 0 @ definida num invervalo (a, b] com p, p' ¢4 continuas e p > 0. Se q(x)'< 0 fem [a,b] endo as solurdes nao triviais de (4) tem no maximo um zero nesse iniervalo. Demonstragdo, Uma solugao n&o trivial da equacdo (p(x)u'y = 0 é dada por u(x) = f a Como u(x) se anula apenas em x = aoresultado segue-se pelo teorema de comparacdo de Sturm. w 5, PROPOSIGAO. Sejam ¢, K constantes tais que 0.0 corres: ponde um espaco' bidimensional de autofungdes gerado por u,(x) = = cos nx € u(x) = Sen MX. Todo problema de Sturm:Liouville regular com condicdes de contérno dadas por (4) ou (5) admite-uma seqiléncia infinita de auto- valores que tende para 2c. Na sepdo 3 isto ser provado para condigdes do tipo ula) = u(b) = 0. Na seco 5 0$ casos do tipo (5) €0 caso u'(a) = = w'(b) = 0 serdo considerados, Se a equacdo (1) é definida no. interior de um intervalo finito J, mas em uma ou em ambas as extremidades de I temos que, ou pelo menos uma das funcdes p(x), q(x) p(x) ndo é continua ou uma das fungBes px), a(x) se anula entdo dizemos que os problemas de con- tro para (1) em I slo singulares, Se 1 & um intervalo infinito, 08 pro- blemas de contéro para (1) em I também so ditos singulares. Eyp- qualquer um desses casos se ,, 2; sto valores distintos do pardmeiso 1 para os quais (I) admite em J solugdes nio triviais u, eu, entdo (2) continua valida para todos os pontos interiores de J mas @ integral em (3) pode ser infinite. EEE nd [lementos da Teorte de Sturm-LUouvile« problemas de contome 108 Por causa disso exigimos que as solugdes de (1) sejam de qua- drado integravel em I em relagdo a0 peso p(x). Dat . 2 - - ({ [syed aearde) s tw terra (uz(x)Pp(x)dx < 00 ¢ (3) se transforma em a arf uy (x) g(x) p(x) dx = Tien (p(x) (ug (<)u (2) — uy G)at, OX] onde a ¢ b sio as extremidades de 1. ‘Com as definigdes de autovalor ¢ autofuncio idemticas as dadas acima temos entio imediatamente 3, PROPOSICAO, Consideremos um problema singular para (1) num intervalo J com condigdes de contérno que impliquem [ee ug (x) (2) = uy 2) 14,00) onde ae b so as extremidades de I. Se 2, ¢ 2, sto autovalores distintos do problema e u,, u, sao autofuncdes de quadrado integrdvel em relardo a plx) a éles associadas entdo j uy) ug (&) ala) dx = i 4, Exemplo. No intervalo (0, a] @ equacio de Bessel tna (te mt (" x) =0 onde n esta fixo, define um problema de Sturm-Liouville singular com A=, se impomos as condicbes u(a) = 0 € u(x) limitada quando x0. Ver secéo 9 do Capitulo V, 3. Existéncia de autovalores Consideremos o probleme de Sturm-Liouville regular dado no imtervalo [a,b] por i de equagdes dltarancalsordindsian w" + (px) — a = 0 wo u(a) = u(b) = 0 Mostraremos agora como os resultados da segdo 1 nos permitem provar de maneira simples a existéncia de uma seqiiéncia infinita de autovalores para o problema acima Para cada 2 € R seja u, a inica solugio da equagio (1) com 1, (a) = = 0, uj(a) = 1 © consideremos a aplicacio N: 2 + N(A), onde N(2) & © numero de zeros de u, em (a,b). 1, LEMA. (i) 2 >» implica N(2) = NO {ii) Se u,(b) = 0 entdo N & descontinua no ponto A. Demonstracdo, Se 2> ¥, Ap(x) — glx) > ¥alx) ~ g(x) € © teorema : de comparagéo de Sturm nos garante que u, se anula pelo menos uma vez entre dois zeros consecutivos de u,. Dai N(v) & ‘menor ou igual ao niimero de zeros de 1, em (a, b). Segue-se que N(v) = ‘< N(2),Casou,(@) = Oconcluimos que v < iacarreia N(v) = NQ)~ 1 provando que .V é descontinua no pontg 7. ® LEMA, (i) Oe N(R) (i) Sim NG) = Demanstracdo. (i) Se 2 tal que 2p(x} ~ a(x) <0 em [a,b] segue-se pela proposigao. 14 que u, nao se anula em (a,b), isto & N(2) = 0. (ii) Se 2 € tal que Ap(x) — q(x) = en em [a,b] por (i) da proposigdo 1.5 resulta que u, tem pelo menos m zeros em (ob) ou sea Nabe nw 3. LEMA. N é continua a direita ¢ 4 & desconiinuidade de N se ¢ sé se.1,(b) = 0. Nesse caso N(2) = lim NO) Demonstrapio. Seja A€ R. Se N(1) = O claramente N é continua em 2, . Suponhamosentdo que N(A) = n > Oesejama = xp < xy 0, 5 > 0 tais que se M, = {xe [a6]: |x— x] <6) eM = UM, entéo xe M implica |1s(x)| > ¢. Alem disso, se u,(b) # 0, ou seja, se xq # b, podemos supor que 5 0 tal que [ug(x) ~ uyx)| < ey € | uy(x) — u\(x)] < ey para todo x € [a,b], se] ~ ¥| 'l, $0 2-4 <4 <2, emtao uy tem exatamente nm zeros em (a,b) mas u,(b) # 0. . {iii) Para todo m 2 0, u,, tem exatamente m zeros em (a, b) € u,,(b) = 0. (iy) tim 4, PROPOSICAO. Os autovalores “do problema de Sturm-Liouville regular dado em [a,b] por uw" + Up) ~-gxu= 0 ula) = u(t) = 0 formain uma seqiiéncia by < Ay < su < Ay < ove tal que fim 2, = 60 A menos de wna-constante, existe opens uma autofunrdo uy associada a cada 2, € u, tem exatamente n zeros em (a,b). Demonstragio. Pelo que foi visto segue-se que 0s autovalores do pro- blema sio as descontinuidades de N e as autofuncdes” - correspondentes si0 as u,,. 112 Lipton de equagBes diterenlal ordindrian 5, Observagao. Seja em [a,b] o problema regular . (elu + p(x) + gleu = 0 e u(a) = u(b) = 0 ‘Avravés da mudanga de varitvel independente w(x) = { _ (Q) se transforma num problema do tipo estudado nessa segio (exet: cicio 7) seguindo-se que a proposicio 4 ainda ¢ valida nésse caso. Veja os exercicios 16 ¢ 18 para generalizagées da proposicao 4 © problema da corda vibrante objetivo dessa secdo ¢ dar um exemplo que ilustre » mancira como as equagées de Sturm-Liouville aparecem na Fisica Matemitica, Escolhemos para isso a descrigio das oscilagées de uma corda com ‘extremidades fixas em dois pontos a ¢ b. Apesar de sua relativa simpli cidade éste problema j8 levanta uma strie de questes (undamentai da teoria de Sturm-Liouville, como a existéncia de autovalores © & possibilidade de expansio de uma fungio em série de aulofuncoes. Se as oscilagdes sto suficienteménte pequenas, elas podem ser descritas por meio de uma funedo s(x, ), 120, as x <>, pois nesse caso € razoivel supor que o movimento de cada ponto da corda & vertical. (isto 6, as oscilagBes so transversais). | Consideremos agora um elemento Af da corda correspondente fos pontos entre x ex + Ax, Como as oscilagdes so transverssis, a war Figura} rt Elamontas a Te 13 resultante F de todas as foreas que agem sobre Af é vertical. Pelu se- gunda lei de Newion F é dada por F = pixie a ar onde p(x) >0,a$.< 0 obtido resolvendo-se (2) com as condigdes rans yho=0 Ost ~ ts, 0) asxsh a v0) =f) asxsh, } f — l Deixemos de lado, por enquanto, a condicéo v(x, 0) = f(x) € apliquemos 0 método das variaveis separdveis, ou soja. procuremos solugdes de (2) da forma yest) = n(x) of) Substituindo em (2) resulta aL we 2 ey re) ule)” F ve +e como cada um dos lados € funcio de uma variivel diferente segue-se que ambos devem ser iguzis uma constante que denotaremos — 7. Dai we v devem satisfazer W Antu = 0 7 sila) = ab) i a re ate=o voce} ® Pela secio anterior sabemos que o problema de Sturm-Liouvitle (4) admite uma seqiiéncia infinita de autovalores 0 < iy < iy 0 resulta da proposigio 1.4). Sabemos também que as aulofungies correspondents tit sHigs «++ Satisfazem i ugCe) mlx) plete = 0 © podemos supor que eles estio’normalizadas, ou soja, r ube? pled = 1 Para cada na solugie de (5} com 2 = 4, € miltiplo de r)) = = cosy’ ZT 1), Dai segue-se que as fungdes vAlt) = ugbx) cos (fF, 70) siio solucées da equacio (2) € verificam as duas primeiras condigdes em (3). Coma isso também é valid para as combinagdes lineares dessas fungdes, procuramos uma solucio de (2) que satisfaga todas as condigbes em (3) na forma de uma série yl) = EF aula) cos (BT o 15 onde 0,€R. Se isso € possivel, de f(s sy(x,0) resulta se =F agnts) o como a seqiiéncia 4... 04 tas € ortonormal em [a,b] em re. lagdo ao peso p(x} devemos ter Sls} glx) POs) dx. wh [Na seco seguinte mostraremos que para toda fungau / de classe C? satisfazendo as condigdes u(a) = ulb) = 0a expansio (7) é vida, sendo a convergéncia uniforme em [a,b]. Pode-se provar também que a fungio ylx, 1) definida em th) @ de classe C? sendo realmente uma solucdo para 0 problema da cords vibrante, 5. _ Expansdo em séries de autofuncées Consideremos a equacdo diferencial plobu" + rlstae + glade = dar a onde os coeficientes sdo continuos num intervalo [a,b] ¢ i € um para- metro real Se C°[u, 6] € 0 esprico das fungdes reais continuas em [u,b]. Cah} 0 subespayo das fungdes de classe C?e L: C{[ah]—- Cab] 0 operador (uplicucdo linear) dado por Lu) = pst b ebohad + gist fay nid (1) assume a forma Llu) = au o Isto nos sugere utilizar a teoria dos operadores lineares para es tudar a equagdo (1) realmente, sob certas condigaes isto € pursivl Vejamos rapidamente as definigdes e os resultadns desta teoria que ulilizaremos Uma norma ||] num espago vetorial E & uma aplicusio [|]: {0, x1 tal que 116 Ligdes de equagberlerenctnisordindsias . last = Lal thst JeR xeE ix + rll sili + Ill wee (Ixl]=0ex=0" Um espaco vetorial E no qual esti definida ‘uma norma & dito umn espace normada sendo sempre considerado como um espaco mé- trico com a distancia candnica “d(x, 5) = || x — yh Se E, F sio espagos normados um operador T: E+ F é diio compacto se para toda seqiiéncia limitada x,, x). -em Ea seqiléncia Tx). Tx. .om Tye s+ admite una subseqiéncia que’ con- verge a um ponto de F. Vé-se facilmente que todo operador compacto & continuo. Um espaco vetorial real H no qual esti definido um produto in- tena <, )."ou seja uma forma bilinear (, ): H x HR tal que Ker) Gx) xyeH (xxv 20 xe (ux) =0ex=0 € dito um espaco pré-Hilbertiano. Todo espaco pré-Hilbertiano H & um espaso normado com a norma canénica sll = ¥Gex) que satisfaz a desigualdade de Cauchy-Sehwars, [és f s Tall Iboll wren Dois vetores x. r€ HT com CH, <, >) Jogo & um operador compact. 23 ee es) Dado xe Hl temos Tx = 5. (Tx.e,) 6, em (Hl. dh Conside- remos a scyiiéncia x, dada por x, = Y. (xe,) ¢;. Temos que” Ts, f (se) Ter = ita sen) he x. Tes) & £ ewrade E sede Suponhamos que Tx, néo convirja para Tx em (Hf yk Endo existe umn subsegiigncia Tx, tal que |] Tx, — Thy > & para algum £ > 0.Comoa seqQéncia x,, élimitada em (Ii, ( ie THI. i= Ue Hills) & compacto, sepue-se que existe uma subseyiténcia Je xq. que continuaremos denotando por x,,. ta! que Tx, convergé em Ue] |) 4 um ponto s: Claramente y Tx. Mas isto € um absurdo pois Tp, converge a Tx em (i, , >) € 1d: (Hh. If) = U1. >) € continua, w Consideremos agora C”[u, h) com a estrutura de espace pré -Hlilbertiang dade pelo produte interno . (ha = [ Jistgtsld €-denotemas a norma candiniea associnda por || I] Voltandde ao operader Le CE fab} = O° [acb} definido em 2h suponhamos que pls) > 0 em [a,b]. Belo teorema de existéncin de solugiies de uma equacie diferencial linear sepue-se que L€ sobrejetivo. Dai nie podemos sequer tentar aplicar o tearema 2 {.pois sta imagem esti num espage, que contém propriamente o sew dominio, Fazemos entio 0 seguinte. Fixamos um compleinenta M do niicleo Lf [ah] Lf = 0} de L.A restrigio de f.a M € um operadar MEM — C8 [a.h] injetivo © sobrejetive, dai sun inversa (L/M)"' um operador (LIM)"!: fab] Cah]. Tentamos agora auplicar o teorema 2 a (L/AA)~* Para encontrar um M conveniente procuramos condi¢des em paca que tenhamos (Lf.g) = (fla) para todo f.ye C?{a.b] Elomentos da Teoria de Sturm-iowvile e problemas de comtomo 119 Integrando por partes temos Lig) = Liat ads + Sirf ads + Seat ds = pal |. LS nud + raf |e a Lestrade + Seatads = = pal I~ Meal [t+ Seema" dx + rah |S ~ = Si ftral dx Sh qards: = SEF ew” ~ tral + yds + Coal" ~ Stroh + rar Jo = [py + Op = ig + (p" = + qhy)de + + (out srav + rar} Definindo por L* 0 operador Liu = py” + 2p =a +P" =F + ae © por Bu aplicasi bilinear Bia = pal” ~ Sew + raF temos que (Ly) = (/.L4a) + BY IS O operador L* é dito o adjunto formal de L. Se L* dizemos #formalmente auto-adjunto, Para isso devemos tee 2p — r= 1 =p. Entio Lé formalmente auto-adjunto se ¢ s6 se € da forma que isto Ly = of + py + af = (ef Y= af © neste caso Ba wa -Sa) Revulta que Lé formimente auto-adjunto se e s6 se 2 uin ope: rador de Sturm-Liousille Para que tenhamos (Lf.y) = Cf. Ly) para todo fy € Cab] set um operador de Sturm-Liouville devemos impor a fe es nos pontos we b tais que BLY, y)|t = 0. isto &, temos que restringir La um subespayo de C?[a, b) cujos elementos satisfacam certas-eondigdes de contorno (chamadas condigées de contorno auto~ -adjuntas) que-anulem B(/,g)|%. Em alguns casos provaremos que subespagos desse tipo nos do © complemento de N’ que procuramos. Vejumos alguns exemplos de espagos cujas fungées satisfazem condigées de contorno auto-adjuntas: My = {fe C?[a, b] | fla = f(b) = 0} My = teC fa bis ta = sth) = Oh Se pla) = pb) podemos considerar. também ‘ My = tre Ca, BJ | flu) = £10) © fa) = sy} nis ordingras 120 Ucbes de equagées die * Notemos que os espagos M,,Af;. My tem endimensto 2 pois cada um deles € 0 nicleo de uma aplicacdo linear sobrejetiva de C* [a 6) em R?. Por exemplo, M, € 0 niicleo da aplicacio linear f -: (f(a) — = SU) F(a) ~ FU. 4. Observucao. Os espagos M, € M, so casos particulares do espace Ma = (eC [a,b]: ky fla) + E,f"(0) = 0 © bys th) + Gs'th) = 0} onde k,.ky.€;.f, so constantes fixas tais que ky ¢ (, (resp. ky € 3) no sc anulam ao mesmo tempo. Os resultados que vamos obter nesta seco também so validos com as condicdes de contro dadas por ‘M, mas a demonstragio & mais complexa nao a faremas aqui ema szguinte mostra que substituindo Lpor um operador da forma (L= jf = Lf = uf 0s subespacos M,..M, € M, so comple- mentos de N. 5. LEMA. Soja Mf um das espacos M . Mf, aw A acimae seam ye 1 + + sup glx) © m= inf lx) ib ue = LLL & mILF I + ULE para todo fe M ii) (L~ mn: M+ C®(a,b] & injetiva e sobrejtiva Demunstracan, i) Se fe Mf temos Ce LIL LD = = SEP V fede + fe = gd = =[- s+ Laspde + ~ +S gsi de 2 mde + WA pois se fe M, as condicdes de contorno implicam [- pfs] = 0. ii) por fi) sai que se (L~ y)/'= O entio [If], = 0 isto 7 = 0 Logo L.~ 4 € injetiva © teorema de existéncia de solugbes nos garante que (1. — si) C[a,b] = Cub] & sobsejetiva e sabemos também que N = {eC [a,b]: (L— wf = 0} tem dimensio 2, Como M ‘tem co mensio.2 ¢ MN = {0} segue-se que (L~ yi: M+ C8[a,b] & sobrejetiva, a 'No lema seguinte denotaremos por || ||, a norma uniforme em Lab], isto & [fl], = sup [fb] ‘de Sturm Louse © problemas de contomo 121 6 LEMA. Nas condicdes do lema $ temas que a inversa S de (L= 1): M = Ca, 6] € um operador compacto " 51 (Cfa,b]. <)> (La, BI [hed Demonstragao. Seja g, seqléncia em’ C°[a, b] tal que |Ig,llz <1 consideremos a tinica fungdo/, € M tal que(L— yi)f, = = 9. Por (i) do lema 5 e pela desigualdade de Cauchy-Schwarz resulta Uaalla I Zalla & [CL wdfarfad | & mULSa NR + ULAR € em conseqiién Wall lass Wl 0 & Walls = Ws loa Wl i & Walls Dai se x, s-€ [a8] temos - (fale) ~ S60] <3 ted : s JITAC de STrae s Walla le yf? isto & Labs — 4.01 s Fa ope iu) Logo, a seqiiéncia f, é equicontinua em [a, 6]. Para cada n seja x, €[a,0] tal que |/,(2)| 2 [/alx,)| para todo xe [a,). Entdo Walls 2 [alsa |b ~ a)? & ited] s lel gt Sea alt Fe ae Usando (*) vem que [fated] s Labs] + [fab — Sule) | 1 Fae provando que seqiiéncia /, é uniformemente limitada ge a 122 Ucben de equactes diferencias ordindsias Pelo teorema de Arzela-Ascoli segue-se que existe uma subse- qiiéncia de f, convergindo uniformemente em C°(u, b]. Isto encerra tema, - Notemos que se u,we Cfa,b] © fgeM com (L~ p)f=ve (L= pg = w entio (Snow) = GL (L= may = (L~ Wf.g) = ¢, Sw) provando que 0 operador $ & auto-adjunto no espaco pré-Hilbertiano Cab). Apliquemos agora o que foi feito contorno. aqui a alguns problemas de 7. PROPOSICAO, Swia a equacda de Sturm-Liowille (olsd = 0 onde p, pq sao continuas ep > 0 emi [a,b], com uma das condides dle contarno seguintes: + gaxdut i ) ual = ah) = 0 by ata = wth) = , caso tenhamos pla) = ptb), ce) a) = uth), ala = wh Entdy podemos afirmar: i) Em cada um das 118s cas0s,"05 amoralores formam uma segiiéncia Zyvligy voces que tende pura iit Em cada wm dos és casos existe uma base ortonormal fy. fy. Joon de C8 a,b] formada por autofuncies iti) Se FEC? [ub] sarigfar uma das conuicdes de comorio indices enti « expansio de f-na base ortoyonal correspondente dada em Gil re Eas converge uniformemente em (0,6) Demunstrasio, Consideremos L,u,S€M como definidos anterior mente, Notemos que os autovalores de (*) so os nega- tivos dos autovalores de L. Elements de Teorla de SturreLiouvi problemas de contormo 123, Como S$ é compacto, auto-adjunto ¢ M é denso no espaco pré- -Hilbertiano C°[a, 6) segue-se pelo teorema 2 que existe uma base orto- normal fixfp+-+fa°-+- para C°[a, b] formada de autovetores de Se tal que a seqiiéncia correspondente fly. fy. +. Har» de autovalores tende para 0 com 41, # 0. Pelos lemas 6 ¢ 3 vemos que se fe M entio a ex- pansio f= } (ff,)f, converge uniformemente em [a, b]. De Sf, n/a resulta Lf, = (« + z) fn provando que f, é auto- valor de L. A desigualdade (i) do lema 5 aplicada af, mostra ques, < 0. 1 Segue-se que a seqlénca 2, = 4 + de autovalores de Ltende para 8. Observacao. i) A proposigo 7 & valida se substituimos (*) por (nlxin'¥ + qld + Zplxdu = 0 onde p(x} > 0 em [a, b}. A prova dada ai mantém-se valida se em C® [a, b] consideramos 0 produto interno ¢f.9) = J3 f(x) g(x) p(x) dx e estudamos 0 operador fm pts. ii) Com as condicaes de contorno dadas por (a) ou (6) no teorema 7, para cada autovalor 7, existe apenas uma autofungao, médulo uma constante multiplicativa no nula, Pois nfo podemos ter duas solucdes linearmente independentes de (py')' + ay + Ay = 0 satisfazendo a0 mesmo tempo uma das condices (a) ou (b). Isto nfo acontece no caso (c) ongle 0 espaco das autofungdes associadas @ um autovalor pode ser bidimensional, como veremos no exemplo 9 9. EXEMPLOS. (i) Para 0 problema ws de (0) = ad) = 6s autovalores si 1.4,....1%.... com autofungdes normalizadas cor- respondentes dadas por 1 Segue-se que se fe C0, x] com /(0) = f(x) = 0 entdo sod = EY esennx = 124 Ugbes de equapten diferancils ordindrias onde “B= 2 f Slt) sen nt dt -€ & strie converge uniformemente ein (0, oo ii) Para o problema Ww" + du=0 =n) = uf) w(~ a) = ule) (05 autovalores S80 0, 1, 4, .. 02, ... Para n = 0 podemos pegar como autofungdo normalizada ws(x) = i Fg Para cada n 2 1 0 espaco das autofungées associadas a n? é bi-dimensional; duas autofungdes normalizadas linearmente independentes so ude) Logo, sefe C[- cosmx —a,(x)= sen nx 5] com f(—n) = f(n) ef'(—n) = s(n) entdo Jl) = ay + F (bycosme + c, sen ns} onde f Sede, naif Sli)oos md, anf JSle)sen ned € a série converge uniformemente em [-n, x]. EXERCICIOS |. Mostre que os zeros de qualquer solucdo ndo trivial de” + alx)al + + b(xlu = 0 slo isolados. 2. Prove as afitmagdes feitas nos exemplos dados em 22 3. Determine os valores préprios do problema dado pela equacto u'-+ du = 0 no intervalo [0, x] com as condigdes de contorno (0) = (nh, u'(0) = 2u/(n). 4. Dada uma equagio da forma "4+ Ply’ + Ol)y = 0 ° Elementos da Teoria de Sturm-Liouvile « problem comtome 125 mostte que existe uma mudanca da variavel dependente y(x) « = u(x) v(x}, onde v(x) #0 para todo x, que transforma (*) na equacio - wt (co - LtPoa - $re) u=O, (Sugestdo: Substitua y(x) = u(x) v(x) em (*) € identifique o coefi- ciente de u’ na equacdo obtida a zero). Mestre que entre dois zeros consecutivos de qualquer solugdo real ndo trivial da equagdo (PO) + QG)u = 0 ‘onde Q(x) > 0, existe exatamente um ponto de maximo ou um ponto de minimo? Seja y(x) uma solugto nao trivial de w+ alaly =O onde g(x) > 0 para todo x > 0. Se Jé glx) dx = mostre que w tem um nimero infinito de zeros positivos. {Sugest@o: Por contradiglo suponha que existe x9 tal que y-xg) = © s¢ x > Xo entdo s(x) #0. Mostre que existe x, > 0 tal que ¥' (81) € Go) tem sinais distintos e que isto implica a existéncia de um zero de y depois de xy. Para provar a exisléncia de x, faca Lang y © use integracio por partes) Considere a equacéo de Sturm-Liowville d go PG] + Ope) + ax) = 0 ) rum intervalo fa, 6) no qual plx) > 0, p(x) > 0. Mostre que a mudanga da variivel independente dada por * dt woo =f ty 1 } 10, transforma (*) numa equacio do tipo a ‘ Fe + Uist + ated) = 0 definida em [0, w(b]] no qual p,(w) > 0. Use isso para provar a proposicéo 3.4 para (*). (i) Mostre que toda solugdo. da equacdo de Airy u" + xu = 0 possui um niimero infinito de zeros no eixo positive € no maximo tum no eixo negativo (ii) Mostre que se u(x) satisfaz a equacao de Airy entdo p(x) = u(kx) satisfaz a equagdo u” + k?xw = 0. (iii) Mostre que o problema de Sturm-Liouville definido pela equa- gio de Airy no intervalo [0, 1] com as condicdes w(0) = u(1) = 0 ndo terh nenhum autovalor negativo. Caldule os autovalores para o problema dado por ii’ + 2u = 0 ro intervalo (0, x] com as condigdes de contorno w(0) = u(r) + + w(x) =O. Para o problema de Sturm-Liowville uw” + (4 — q(x))u = 0 num intervalé'[a, b} com condigdes de contorno aula) + a'u'(a) = Oe uh) + Bu'(b) = 0 mostre que todos os autovalores so positives se qix) > 0, ax <0 fi > 0. Para toda ‘soluglo de u" + g(x)u = 0 mostre que 0 produto u(elu’(x) € uma fungio crescente. Use isso para dar uma nova prov de que 2s solucdes nao iriviais dessa equacio tem no maximo tum zero, Aqui supomos q(x) < 0. Scjam utx) e(x) respectivamente solugdes de (Poy + Gu (PyCdey + Qylre num intervalo {u, h). Se r(x) mio se anula em (a,b) mostre que nese interyalo temos (Plau'e = Pca) = (Q) ~ Qe + (P= Pw + 4p, enw? lementor de Teorle de SturmLowvile ¢ problemas de contorno 127 (ie wip c 0 f (Q) ~ Qe dx + f (P ~ Py Whdx +f Py (Sugestdo: Para mostrar a segunda formula use a regra de L'Hos- pital, caso v se anule nas extremidades). 1. Se u(x) € v(x) slo solugdes reais nao triviais de (Poduy + OG)u = 0 (PiGdey + Qib)e = 0 onde Q,(x) 2 Q(x) € P(x) 2 Py(x) > 0 mostre que se x, O-€ xy < Xp 880 zeros consecutivos de u(x) entdo xo xam ft, (iii) Se hy > O.em qualquer subintervalo de 1 de comprimento maior ou igual a x 7? existe pelo menos um zero de u(x) (Sugestdo: Para (i) use 0 exercicio 13 e compare (*) com a equacio (cyt) + kye = 0. Faga a mesma coisa nos outros casos), dx Scjam u(x) € r(x} solugdes reais no triviais de (Poquy + OG)u = 0 Pb) + Qe =O num intervalo [a, b] no qual P(x) > P(x) € Qy(x) > Qlx). Supo- nhamos ainda que se u(a) # 0 entio v(a) # 0-€ 128 Ligbes do aquagbus diteroncias ordndsias ua) va) Pla) ia) = Pale) ey (i) Mostre que se u(x) tem m zero em (a, 6] entio v(x) tem pelo menos m zeros em (a, b) € 0 r-ésimo zero de v(x) é menor que o neésimo zero de u(x) , (ii) Se ce (a,b) & tal que ufc) # 0, of) # 0 € ulx) € v(x) tem 0 mesmo nimero de zeros em: (a,c) entéo ule ve) Pio > Pa. (eg > Pug (Sugestéo: i) Se x, &0 primeiro zero de u(x) em (a, b) use 0 exercicio 12 para provar que v(x) tem um zero em (a, x,). Veja a sugestio para esse exercicio, (ii) Se 0 nimero de zer0s de u(x) € v(x) em (a, b) é m > 06 x,0 anésimo zero de u(x) use (i) para provar que v(x) ndo se anula em [a,c] Aplique entéo o exercicio 12) © objetivo desse exercicio & provar que 0s autovalores do pro- blema de Sturm-Liouville regular . (lady + Cpl) - aleu = 0 “ aula) +a'via)= 0 a' #0 u(b) = 0 formam uma seqiléncia vy < vy <... < ¥, <... com lim y, = 0 € que a aulofungio u, associada av, tem exatamente n zeros em (u,b) Para cada 1. seja u, a nica solugdo de(*) al que ula) = 1 ua) = k= ~ ©. Defina entéo a funcio 2+ N(2) onde N(A) € 0 miimero de zeros de u, em (a,b). Prove: (i) Se uy(b) =O mostre que N € descontinua em 2 (ii) 4 > v implica N(2) 2 NO. (Sugestdo para (i) ¢ (ii): Igual a (i) do exercicio 15) (iii) Tim NG) = ee ae (Sugestdo: Se 2 € tal que 2p(x) ~ a(x) 2 Gp'—-Gp ¢2 para todo = x €[4, b] onde c, = sup p(x) use (il) do exercicio 14 para provar ests que KU) = mb Elamantos de Teotia de Siura-Llowville ¢ problemas jp contorno 129 (iv) Oe N(R). (Supestdo: Para 7 > 0 suficientemente grande e ¢ > 0 mostre que d a solugdo de ~~ (cv) ~ jw" 0 tal que ofa) = 1, v(al = fi, nfo se anula em [a, b]. Compare entio esta equagdo com (*) usando (i) do exercicio’ 13), (v) Mostre que N & continua a direita ¢ 2 € descontinuidade de N se € 86 se u,(h) = 0. Mostre que nesse caso, NA) = tim NO) ars (Sugestdo: procedt como no lema 3.3), Prove agora as ufirmagées {eitas no inicio do exercicio, Sejam vp <¥) <0 << Sturm. Liouville regular +. 08 autovalores do problema de (plein + plo ~ gts) ‘num intervalo [a,b] com condigBes de contorno 0 #0 0 aula) + uta) wh) (Veja o-exersicia smerion, Prove WA fang — by e cicio anterior) é esteitamente decrescente em (~ ¥-, vp) € quundo for m4 (resp. ry) ss tende para (resp. ) (Sugestin: Use Gi) do exercicio 15. Para mostrar que quando a fungio definida no exer- (onde u, wtb) in rib) gy 7% compare (*) com a equagio (ce = i = 0 onde e, = inf pix) © 7 > 0. A nica solugio r, desta equagdo com condi Hh es iniciais va) = 1, ola) satisfaz lim x) ibd wb) intervato (», v;,1) € quando 4 -+ », (resp. 2 — v,,,) ela tende para % (resp. = a). (Supestdo: Use (ii) do exercicio 15). (ii) A fungdo 2 ~+ pth) € estritamente decrescente em cada uy esa ea 18, Mostre que os autovalores do problema de Sturm-Liowvile regular (o(xlu'y + pix) = qian = 0 rum intervalo [4,8], com condigdes de contorno au(a) + ava) =0 ot HO Bulb) + Pur(d)=0 fr #0 < .tal que fim 2, = formam uma seqléncia iy <2, << 4, Alem disso, a autofungdo u, associada a0 autovalor 2, tem cexatamente 1 zeros em (a,b) {Sugestdo: Fazendo “a ~ Fue (i) do exercicio anterior para rovar que existe um Snico ige(—-%9) tat que a wal) = gininj ~ PA mesma forma, use (ii) para encontrar © Unico W,.(0) B uO) ~~ pti Fy € (yay Ng) tal que 19, Mostre que se 3).X35- & a seqiiéncia dos zeros positivos de uma solugdo Feal no’ trivial da equagio wu" + Q(xju = 0, onde Q(x) > 0, endo x, —%y.4 < Bee — 20, Considere um problema de Sturm-Liovville regular dado por uma equacio (nts + Gata) ~ qe “ com condigies de contorno aula) + a (a) Hiab) + f(b) §) Mostre que se consideramos 0 mesmo problema mas com uma fungdo 9(x) > 9(x) entéo os autovalores do nove problema sio menores que os do problema original. ji) Mostre que se consideramos o mesmo probiema mas com uma funcdo (x) > p(x) entdo os autovalores negatives aumentam € 06 positives decrescem. APENDICE O TEOREMA ESPECTRAL Seja H um espaco vetorial sobre corpo K, onde K = R ou C. Um produto interno em H & uma aplicagio (x, y) > (x, ») de H x H em K tal que para todo x, y He2ek valem @ GH) = hue) +¢ (ii) (Ax, y) = A Cx) id) (xy) = TD Gv) Guay 20 (W) (xx) Um espaco vetorial H no qual est definido um produto interno é dito um espuco pré-Hilbertiano, Notemos que se K = R caimos na situaco da secdo [V,5. As definigdes feitas nessa secdo sio também vilides para 0 caso complexo e no as repetiremos aqui. Durante todo este apéndice suporemos que H é um espace pré- -Hilbertiano separdvel, isto ¢, admite seqliéncia densa. Dados x,y'€ H temos @ desigualdade de Cauchy-Schwarz [ents tell yl) € 8 idemidude da puralelogramo Osee so sex =0 Ht y IP + fs = oP = 2d P + [oP que 0 leitor pode verificar por computugio dircta Todo subespago E < H admite uma base ortonormal, Isto pode ser provado de mancira semelhante 40 caso finito, pelo método de ortogonalizacio de Gram-Schmidt. Além disso, seja Ey, Ey... Eqs seqléncia de subespacos dois a dois ortogonais cuja unio gera E, ou seja, tal que as combinacbes lineares finitas de elementos de (J E, slo densas em E. Entdo uma base ortonormal para esse espago é obtida escolhendo-se uma base ortonormal em cada um dos E,, 1. PROPOSIGAO. Seju ¢,, 35000 lay + Segiiéneia artonormal em H. i) (Desigualdade de Bessel). Para tudy xe H temas xP s Diep? 132. LUgbes de equagdes dilerencaisordindron iHY’Suponhamas que a segiiéncia seja uma base ortoriormal para EH. Endo para todo x€E temos x= Lee) ee Wel = LlGvedP Além disso se y€ E, dx) =I Ge) ed . onde a série converge absoluamente. Demonstragio, Se = € H temos osiie— B deed =e? 14,¢.)?” < [II © que implica (i). Agora, se xe E, dado ¢ > 0 existe um vetor x, = J age, com “ Rr < ubquelly — a] < oMas sy.) = au ltto gx, = Expo tg) ey € a $0 N BN UCL tix § Gvedell ls ll Hse B wedall= “> eall xall 4 WE és Porém|] S. dx; — weadel = S [sy = wed 5 [hx ~ Il? por ( topo, ce fla Guedenll 0 tal que || Tx || j <¢||x|] para todo x € H, Dai uma norma no espago vetorial formado por esses operadores é dada por ~ WTI = sup TH \ que satisfaz |] Tx |] < If Tl] [I] se xe Ht 2 PROPOSICAO, Se T: HH é um operador auvradjume can: tino, ena ITIL = sup [<7 x) | wile Demonstraci. Seja y = sup | Tx, x) Se K =f ou C temos, respectivamente, d 4 (Tay) = (Te + SAN HYD = (Tee = hx = ATs, 9) = (TU + yh x + 9) = (The yx =) + + CTU + iy), 8 + i) ~ 1CTOR = yh x = iy) ‘como 0 leitor pode verificar computando os termos a direita em ambas as equagies. Dai, em qualquer dos casos vale 4ReCTxv) = (Tix + yx ty) — (The = yh ye 4] Re (Tey) | s rdlx + yl + Ile IPI ° sre? + iri pela idemtidade do paralelogramo Se [|x|] = Ill] =1 segue-se que |Re(7x.)| sy. Fazendo Tx i Lip obtemos |] Tx{| =v para todo x 7 RH I7x|[-<7 para todo x com [[x|] = 1, ¢ em conseqiiéneia, |] Tl] < 7. Por outro lado, s¢ |] x|| = 1 [ Tull = 2]. Dal a seqlgncia Tx), Tp. TS. + 80 pode admitir cia convergent, 0 que & absurd. @ n miimero finito om nico ponte 5, LEMA. Os autovalores nd nulos de T ow stio formu uma seqiiéncia que tem 2er0 como acumulagao. Demonstrasdo. Por (i) do lema 3 sabernos que 0 conjunto dos autovi: lores de Té limitado. Logo, para provar 0 lema & sufi- ciemte mostrar que se esse conjunto possui um ponto de acumulacio 4 entio 1=0. Por contradigio suponhamos que 7 #0. Nesse caso Giste uma seqiéncia 2p. Ags de autovalores de Teom || > > Lilo etim ig = Sess saen Xn a atoetres aso a esseg autovalores com |] xl] = 1, 1 sm, entdo sei # i [Ts ~ Ts, Herts: — 28,1 HAP +14 P 2 [2p Resulia ques seqiiéneia Tey, Tx), 0 TX, «do admite subseqUéncia eonvergente, © que, impossivel. ‘Dado um subespaso E < Il, definimos © subespace ortagonal « E por E = [xe 11: (x3) #0 para todo ye E}. Notemos que E' ¢ fechado. lige dgy ody ne $40 05 autovalores no nulos de T seja E 0 subespago fechado de H gerado pelos subespacos dois a dois orto gonais N (T= dh N (T= 2gh on NIT ~ Ah ‘Como N(T} & 0 subespaco dos autovetores associados a0 auto valor zero, segue-se por Gi) do lema 4 que N(T) © EY Por outro lado, E é invariante por Te em conseqiiéncia E* tam bém o & Como a restrigio de Ta E* néo tem auiovalores nao nulos (pois todos os auiovetores de Tassociados 4 autovalores no nulos cota em E) segue-se que T= 0 em E* pelo lema 3, Obtemos ento que E' < N(Th o que acarreta E = N(T).

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