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A UNIÃO DE FACTO:
EVOLUÇÃO.
PREÂMBULO
Pensámos que seria útil iniciar com uma noção de união de facto,
distinguindo-a de outros conceitos, antes de nos referirmos às
disposições legais que ao longo dos tempos se referiram à união de
facto.
Código Civil:
Artigo 953º
a) Ao cônjuge sobrevivo;
Artigo 1871º, n.º1, alínea c) [na versão de 1966 era o art. 1860º, n,º1,
c)]
1. A paternidade presume-se:
Artigo 2196º
Artigo 618º
Código Penal:
Artigo 1.º
a) O subarrendatário;
Artigo 23.º
a) Ao cônjuge sobrevivo;
Artigo 19º
a) Ao cônjuge sobrevivo;
Artigo 21º
Artigo 22º
Artigo 42º, n.º 2 – Não podem ser eleitos para o mesmo órgão social
de cooperativas com mais de 20 membros ou ser simultaneamente
membros da direcção e do conselho fiscal os cônjuges e as pessoas
que vivam em união de facto.
Artigo 6º
por força do disposto no artigo 1º, n.º 2 da Lei n.º 135/99 e da Lei n.º
7/2001. Acreditamos é que para o futuro o legislador atenderá ao
critério estabelecido para legislar nesta matéria. Isto, para além de já
ter corrigido, nomeadamente, o artigo 85º do RAU, passando de “há
mais de 5 anos” para “há mais de dois anos”.
Assim, tanto a Lei n.º 135/99 como a Lei n.º 7/2001 nada dizem
a este respeito e, apesar de o artigo 9º da Lei n.º 7/2001 conter uma
disposição em que a Assembleia da República atribui ao Governo a
função de publicar, no prazo de 90 dias, os diplomas regulamentares
das normas da presente lei que de tal careçam, estes diplomas nunca
foram publicados. E os 90 dias há muito que passaram... Disposição
semelhante também existia na Lei n.º 135/99 onde se constatou a
mesma inércia legislativa.
Outra solução plausível seria o recurso a uma acção judicial para que
o Tribunal declarasse a existência da união de facto – acção de
simples apreciação positiva. Com a sentença, os unidos de facto
poderiam provar que a sua união teria uma duração superior a dois
anos ou que a sua relação se iniciara em determinado dia. Contudo,
esta solução poderá ser perigosa, porque permite aproveitamentos
de um dos unidos de facto, mesmo após uma separação do casal.
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a) Efeitos pessoais
A violação deste dever para além da sanção social, poderá ser motivo
de sanção criminal (crime contra a honra ou pessoa) e civil nos
termos gerais.
b) Efeitos patrimoniais
Para além disto, dispõe ainda o mesmo artigo, no seu n.º 2, que a
dissolução por vontade de um dos membros apenas terá de ser
judicialmente declarada quando se pretender fazer valer direitos
dependentes dessa declaração judicial. Essa declaração judicial
deverá ocorrer em acção que siga o regime processual das acções de
estado ou em acção onde os direitos reclamados são exercidos. No
fundo, esta é uma disposição com o objectivo de definir um regime
processual para a declaração judicial do terminus da união de facto.
Nesta matéria, importa referir que a lei distingue entre casa própria e
casa arrendada. No primeiro caso, havendo uma separação e sendo o
bem pertencente a ambos, qualquer dos unidos pode requerer ao
tribunal que este lhe atribua a casa de arrendamento. Pertencendo
apenas a um deles, o outro poderá, na mesma, solicitar o
arrendamento.
Existe uma grande diferença relativa a este direito nas Leis n.º
135/99 e na 7/2001 e que reside hierarquia do gozo deste direito. A
segunda lei coloca o membro sobrevivo a seguir aos descendentes,
enquanto a primeira colocava em último lugar, depois de
descendentes com menos de um ano ou que com ele convivesse há
mais de um ano, ascendentes que com ele convivesse há mais de um
ano e afins na linha recta nas condições referidas para os
descendentes e ascendentes. Esta alteração traduz-se num
fortalecimento do direito e da posição do membro sobrevivo.
Este artigo, na sua versão da Lei n.º 135/99 era bem mais claro do
que na actual. Temos alguma dificuldade em compreender o actual
artigo 6º, n.º 2, nomeadamente o âmbito da expressão: «casos
referidos no número anterior». Quer esta expressão referir-se às
alíneas e), f) e g) do art. 3º, ou às uniões de facto previstas na
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Como última nota, focar que o artigo 24º, n.º 2 do Decreto-lei n.º
874/76, por nós já referido supra a propósito das normas aplicáveis à
união de facto antes da vigência da Lei n.º 135/99, concede ao unido
de facto o direito a faltar ao trabalho por dois dias, se tiver falecido o
seu companheiro. Estes dias aumentam para 5 na hipótese de a união
de facto durar há mais de dois anos.
ANEXO I
- Ac. Trib. Const. n.º 1221/96, 04-12-1996, BMJ 462, pp. 121
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