Sei sulla pagina 1di 255

As Frutas na Medicina Natural

<012>

IMPRESSO NO BRASIL
Printed in Brazil

AS FRLTTAS
NA MEDICINA
NATURAL

DIREITOS RESERVADOS
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim

lá edição
Revista, atualizada e condensada,
após 21 edições do "As Frutas na Medicina Doméstica".
1992
zoooo

EDIÇÊES VIDA PLENA

Rua Flor de Cactus,140 - Jd. Quinta da Boa V ヘ sta


Tel.: (Ol 1) 464-3888 - Cx. Postal 135 - CEP 08570-970
Itaquaquecetuba-SP
<012>

ESCLARECIMENTO

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Cámara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Balbach, Alfons, 1926-


As frutas na medicina natural / Alfons Balbach,
Dan ヘ el S.F. Boarim. -- 1. ed. rev., atual. e condens.
após 21 edições do "As frutas na medicina doméstica".
-- Itaquaquecetuba, SP : Editora M ヘ ssionár ヘ a, 1992.
1. Alimentos naturais 2. Frutas . Naturopatia I.
Boar ヘ m, Daniel S.F., 1963- II. Título.

CDD-615.32
92-3150 NLM-WB 960
Indices para catálogo sistemático:
1. Frutas : Naturopatia 615.32

Os antigos lançamentos "As frutas na medicina doméstica" e "As hortaliças na medicina


doméstica", de Alfons Balbach,
alcançaram surpreendente sucesso nos países de fala portuguesa. No Brasil, nossas
publicações de "capa verde", conhecidas por milhões de leitores, popularizaram-se
como os "livros que ensinam a preparar remédios caseiros".
Os novos títulos "As frutas na medicina natural" e as "Hortaliças na medicina natural"
constituem uma atualização e um enriquecimento das antigas obras. Além dos retoques
de estilo, procedeu-se a uma exaustiva revisão técnica, com acréscimo de inúmeros
dados. Os índices sofreram modificações que facilitam a procura. No fim dos capítulos
das frutas e hortaliças acrescentou-se um resumo das utilidades medicinais, que
relaciona as doenças em ordem alfabética com as respectivas indicações.
Os leitores que preferirem a edição de luxo, encadernada, poderão pedi-la a nossos
distribuidores.
As edições brochadas vêm atender à gritante necessidade de lançamentos
economicamente mais acessíveis.

Atenção As orientações contidas nestas obras, úteis em diversas circunstâncias, não


dispensam o diagnóstico e o tratamento médicos. Recomendamos o
aconselhamento profissional de saúde, especialmente nos casos mais melindrosos.

Prefácio

Diz um conhecido adágio popular que "o brasileiro morre de fome sentado em cima
da comida". Poderiamos acrescentar que "o brasileiro adoece pisando em cima do
remédio". A cura de nossas enfermidades pode estar mais perto do que imaginamos.
Pode ser mais fácil e mais barata do que a costumeira corrida à farmácia.
Se falarmos em prevenção, o quadro não é menos intrigante.
Acabaremos concluindo, para surpresa de não poucos, que saúde é primordialmente
questão de hábito.
Para evitar e curaros incômodos psicofísicos, são necessários cuidados de alimentação,
abandono de vícios e certas alterações na rotina da vida. A pressa e o comodismo da
vida modema criam a preferência por "soluções" práticas, como tomar uma aspirina
para a dor de cabeça ou um antiácido para a queimação de estômago. Um dos maiores
erros do homem moderno é o de buscar apenas remédios sintomáticos para seus
problemas, e isso se aplica, além da saúde, a outras áreas de atividade, como economia,
educação e meio ambiente.
Os remédios da era da tecnologia são muito mais casuais 'do que causais. Não
aprendemos a prevenir. E quando nos vemos forçados a remediar, podamos só os efeitos
terminais, possibilitando um maior crescimento da doença, e maiores estragos futuros.
A presente série de publicações aborda o papel de nossa comida como importante meio
de prevenir e curar doenças. Se nossos males são em grande parte provocados pela boca,
é simples intuir que poderão também ser amenizados pela boca.

Embora apresentemos aqui soluções práticas, simples, e às vezes até empíricas, de


tratamentos com frutas e hortaliças, nosso objetivo principal é levar os leitores a revisar
seus hábitos, e cultivar um estilo de vida sadio. Os remédios caseiros de frutas e
hortaliças constituem resultado de exaustiva pesquisa dos recursos da medicina natural e
popular, e serão de inegável utilidade em muitas situações.
Não só para o povo comum, que busca incansavelmente melhores alternativas para sua
saúde, mas especialmente para o pesquisador médico, as curiosas indicações aqui
alinhadas serão de incalculável valor para o estudo e o aprimoramento de novas
possibilidades terapêuticas.
É preciso, entretanto, repudiar todo preconceito. A singeleza de uma fruta ou hortaliça
parece não encerrar qualquer princípio suficientemente forte para curar. Alguns não
acreditam simplesmente porque nunca experimentaram, ou se o fizeram, não foram
perseverantes e criteriosos.
Não tencionamos desprezar os recursos médicos convencionais.
Pelo contrário, sempre temos o cuidado de recomendar os meios mais prudentes. Mas
sentimo-nos no dever de divulgar novas possibilidades, que possam fortalecer as
esperanças de um futuro melhor para nossa saúde e a de nossa posteridade.

OS AUTORES

Prof. Alfons Balbach


Alemão de nascimento e naturalizado norte-americano, é autor de mais de dez obras,
publicadas em português, inglês, alemão, espanhol e outras línguas. Com mais de dois
milhões de exemplares vendidos, o prof. Balbach inclui-se entre os mais conhecidos
pesquisadores internacionais de nutrição e plantas medicinais. Notável conhecedor de
línguas, viaja pelo mundo realizando conferências e acumulando vastaexperiência. No
Brasil dedicou vários anos a uma exaustiva coleção bibliográfica de dados sobre hábitos
alimentares e remédios populares, além de relacionar informações obtidas diretamente
de suas pesquisas de campo.

Dr. Daniel S. F. Boarim


Brasileiro, jovem, especializou-se em Nutrição na Universidade Federal do Rio de
Janeiro, onde também cursou Matemática. É autor de vários livros: "Nutrição, Saúde,
Naturismo" - "lVossa Comida Assassina" - "A Dieta Que Evita o Câncer" - com
milhares de exemplares vendidos. Atuou como professor de Nutrição e Metabolismo
Aplicados à Educação Física na Escola de Educação Física da Polícia Militar de São
Paulo até 1990.
Atualmente é gerente de redação das Edições Vida Plena, e freqüentemente realiza
conferências no Brasil e no Exterior.

Incentivos, críticas 'e sugestões:


Queira escrever para Edições Vida Plena - Caixa Postal 135 - CEP
08570-970 - Itaquaquecetuba, SP.

AGRADEGIMENTOS

Agradecemos a Deus por nos conceder tão fértil oportunidade de sermos úteis à
humanidade sofredora.
Jamais teriamos a consciência tranqüila se não nos esforçássemos para disseminar
conhecimentos que se têm demonstrado tão benéficos para tantas pessoas. Sabemos que
a saúde do mundo sofre amargas conseqiiências de vícios e hábitos arraigados. Reina a
desinformação. É imperioso, portanto, semear boas sementes, fazer o que for possível
para esclarecer e orientar.
Agradecemos a Deus por acalentar em nós a boa intenção de compartilhar o melhor de
nossa experiência.

Os autores.

A DIETA QUE PRODUZ SAUDE

A maioria das doenças que suportamos como inevitáveis tem duas causas: não ter o
que comer e não saber comer. Em outras palavras, desnutrição e má nutrição, fome e
desequih'brio alimentar, deficiência nutricional e excesso de comida. Enquanto bilhões
de pessoas morrem à míngua, mendigando o pão de cada dia, outro numeroso
contingente de habitantes do planeta sofre as conseqüências de sua indisciplina
alimentar.
A fome é um problema universalmente reconhecido. As doenças que dizimam os
famintoS estão relativamente bem conf'iguradas. Mas o problema oposto, o dos abusos
alimentares, não é bem compreendido.
Embora as pesquisas médicas apontem nossa comida como culpada por inúmeras
doenças, não é fácil convencer alguém a mudar seus hábitos alimentares.

Hábitos modernos que produzem doenças

Um exemplo flagrante é o câncer. Há várias causas dietéticas para este terrível flagelo.
Os agrotóxicos e os aditivos quimicos, por exemplo, usados com alarmante freqiiência
na alimentação moderna, podem desencadear tumores malignos. Outro fator de risco é o
consumo
I2 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

excessivo de gordura, hoje tão comum em todos os cardápios. Ingerir muita gordura é
perigoso também para a saúde das artérias, podendo causar aterosclerose, doenças
cardíacas e acidentes vasculares. O sal é um criminoso branco, se considerarmos sua
cumplicidade no desenvolvimento da hipertensão arterial. Um regime com pouca f'ibra
está associado à prisão de ventre, à apendicite, à diverticulose a ao câncer do cólon e
reto, entre outros distúrbios digestivos, e, infelizmente, este é o regime da maioria das
pessoas.

Campo minado

São muitos os exemplos da associação alimentação-doença. Nossa comida certamente


prejudicará nossa saúde se não tivermos certos cuidados.
Poderíamos alinhar aqui dezenas de pesquisas sobre o assunto.
Nunca a nutrição chamou tanto a atençáo dos cientistas da saúde como hoje.
É entretanto necessário esclarecer que cada pesquisa deve cruzar um campo minado. O
assunto da alimentação das massas constitui ponto de convergência para interesses
numerosos e conflitantes. Como se trata de mercadoria de consumo obrigatório, o
alimento é viga mestra não só da saúde, mas também da economia mundial. E não é
fácil casar as filosofias destes dois setores. A economia lida com cifras, com
faturamento e perdas, com perspectivas e valores numéricos. A saúde tem, em muitos
aspectos, implicações diametralmente desiguais. A filosofta de mercado é um dos
campos de litígio. O que representa lucro estratosférico para uma determinada empresa,
cujo produto é introduzido pela boca, pode corresponder a enorme prejuízo para a saúde
pública. É o caso, com reconhecimento consagrado, das bebidas alcoólicas e do cigarro.

Produtos de alto consumo agressivos à satide

Poderíamos apresentar aqui uma interminável lista de produtos, devorados diariamente


por milhões de consumidores, que lhes estão estragando a saúde. Tais produtos gozam
as mordomias de um sistema que os coloca como carro-chefe da lucratividade. Não lhes
faltam incentivos publicitários. As pesquisas, feitas sob encomenda, superenfatizam,
naturalmente, só os benefícios, desprezando o peso pesado dos malefícios. O alto
consumo garante rica arrecadação tributária, e a simpatia dos órgãos governamentais.

Nadar contra a correnteza dos interesses dominantes. O pesquisador da nutrição fica,


então, numa situação melindrosa.
Tem de nadar contra a correnteza de interesses das empresas e do governo, e opor-se até
ao gosto popular. É por isso que o resultado de muitas pesquisas sobre alimentação toma
o destino do arquivamento por tempo indeterminado. Pudemos constatar este fato
lamentável ao fazer um exaustivo levantamento bibliográfico sobre nutrição e saúde.
Muitas pesquisas, realizadas com a maior seriedade, algumas com vinte, trinta, quarenta
anos ou mais, jazem em completo esquecimento, mumificadas sob as teias de aranha
dos recessos mais escuros das bibliotecas. Descobrimos nestes trabalhos coisas sui-
preendentes, desconhecidas da maior parte dos proflssionais de saúde modernos, e que
poderiam causar profundo impacto no mundo çientífico.
A in,fluência da midia

Esporadicamente, entretanto, nestes dias sem censura, vêm à tona informes


estarrecedores. Na maioria das vezes mais sensacionalistas que esclarecedores.
"Alimentos contaminados", "uso abusivo de aditivos químicos", "carne saturada de
hormônios", e coisas do gênero são espasmodicamente divulgadas pela mídia.
O povo continua desinformado quanto ao risco oculto de seu prato de comida, dos seus
lanches ligeiros.
A maré de desinformação veio subindo na proporção em que se intensificava a
tempestade publicitária de pseudo-alimentos. As propagandas exercem influência
considerável na consolidação de hábitos de consumo. Os jovens, especialmente, são
muito suscetíveis. No embalo de uma chamada comercial, as cores, os aromas e os
sabores de qualquer tranqueira chamada alimentícia faz a boca encher d'água.
Conquistar o consumidor significa meramente agradar-lhe a vista, o paladar e o bolso.
Não se fala em valor alimentício do ponto de vista da saúde e da nutrição. Ou quando se
fala, são evidentes as distorções. O que encontramos nas prateleiras do mercado está ali
principalmente por razões comerciais, muitas vezes sem a mínima atenção à saúde do
consumidor. Não basta levar em conta a data de validade, os cuidados higiênicos
ordinários, as tabelas de vitaminas, as exigências legais, etc. É também preciso
considerar, em sentido mais amplo, o que um determinado alimento representa para a
nossa saúde. Se fizermos um trabalho apurado neste sentido, das dezenas de milhares de
especialidades alimentícias ofertadas pelo mercado, sobrarão talvez poucas centenas.
Mas podemos até arriscar o palpite, com poucas chances de erro, de que estas poucas
centenas de alimentos seriam suficientes para satisfazer as necessidades nutricionais das
massas, proporcionando condições de saúde incomparavelmente melhores para o
mundo. A incalculável soma de dinheiro que se pouparia de investimentos em
produtos alimentícios inúteis e prejudiciais, poderia ser investida em projetos
humanitários, sendo, sem exagero, suficiente mesmo para sanar o problema da fome.
Isto sem computar a representativa economia de gastos médicos. É difícil dar uma
noção exata dos benefícios. Tão difícil como dar uma idéia dos gastos desnecessários e
prejuízos impostos à saúde humana pela maioria dos alimentos modernos.

Números trágicos

As doenças crônicas e degenerativas matam mais do que todas as outras causas


associadas. No Brasil, doenças como o câncer, as cardiovasculopatias e o diabete
respondem por cerca de 60% das causas de morte. Os números são alarmantes. Há sete
milhões de diabéticos em nosso País. Cada ano surgem 90 mil novos casos de câncer só
no Estado de São Paulo, e perto de meio milhão de novos doentes do coração oneram a
saúde pública brasileira.

Doenças do coração

Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma em cada quatro mortes registradas no


mundo, em 1991, resultou de doença cardíaca.
Nos países industrializados, os males do coração chegam a provocar metade dos
óbitos, enquanto nos países subdesenvolvidos são culpados por 16% dos óbitos.
Quase 40% dos americanos têm algum problema cardíaco. O infarto do miocárdio,
sozinho, provoca uma tragédia de meio milhão de mortes anuais. Os que sobrevivem a
um ataque cardíaco, engrossam as numerosas fileiras dos que portam defeitos
circulatórios. Muitos se (...)-nam inválidos cardíacos. Anualmente se processam
1.600.000 cirurgias e intervenções cardiovasculares, onde se contabilizam 177.000
implantes de marcapassos,159.000 hy pass de coronárias e 414.000 cateterismos
cardíacos. Os custos médicos são astronômicos. Somados às perdas de horas de
trabalho, despesas com seguros e aposentadorias por invalidez, os problemas crônicos
de saúde transformam-se em causa primária de inflação. Esta relação, notória no
Primeiro Mundo, é calamitosa no Terceiro Mundo. A má qualidade da saúde pública
ajuda a manter nossa economia na UTI.

Doenças raras no passado, comuns hoje

Se regressássemos algumas décadas no tempo, encontraríamos um panorama bem


diferente. Em 1920 a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares nos Estados
Unidos era de 11%. Em 1940já atingia 45%. Hoje metade das pessoas morre de
distúrbios cardiovasculares. Na Inglaterra e País de Gales as doenças do coração
aumentaram 800% entre 1931 e 1971. As estatísticas mostram uma realidade cada vez
mais cruel.
Num grupo de três pessoas, uma será alvejada por doença cardiovascular grave entre
seus 40 e 50 anos, e outra será surpreendida pelo câncer. O infarto do miocárdio,
inimigo número 1 da saúde pública moderna, era considerado uma "rara condição" no
fim do século passado, segundo descrição de revistas médicas da época.

Causas do aumento da freqüência das doenças modernas

O que teria provocado tamanho agigantamento das doenças crônico-degenerativas? As


pesquisas médicas mostram que o estilo de vida moderno é o grande vilão da história. A
correria, a agressividade e o nervosismo dos tempos atuais se incorporaram
indelevelmente a nossos hábitos. Exemplo palpável no âmbito sagrado da alimentação é
o irreverente fast food, ou lanche ligeiro, que até traduz a falta de tempo para comer, e
que predomina inconteste. Somados à nossa sofrível indisciplina alimentar, o estresse, a
vida sedentária e os vícios do tabagismo e alcoolismo, detonam os cataclísmicos índices
de morbimortalidade por processos crônicos. O papel da alimentação, que mudou
profundamente ao longo de cem anos, é considerado decisivo e saliente entre os outros
fatores causais. Em relação a 1910, o consumo de cereais caiu cerca de 50%, o de carne
bovina aumentou 72%, e o de queijo cresceu 322%. A ingestão de fibra, que ajuda a
prevenir o câncer e outras doenças, caiu vertiginosamente, pois a industrialização
atrelou-se à mania perniciosa de produzir alimentos refinados. Investimentos
incalculáveis em publicidade ajudaram a consolidar o hábito de consumir coisas doces,
coloridas, macias, aromáticas, práticas; sem cascas, asperezas e componentes grosseiros.
Deste modo a ingestão de açúcar, aditivos químicos e gorduras subiu descomunalmente.

Saúde - questão de hábito.

É até elementar admitir que somos constituídos daquilo que comemos, e que a má
qualidade de nosso alimento, multiplicada pela indisciplina de nossos hábitos
alimentares, produz um organismo debilitado, sujeito a várias doenças.
O cidadão moderno que fuma, alimenta-se mal, não faz exercícios físicos e vive
estressado, é um candidato seguro à maior parte das enfermidades consumptivas do
século. Quem não fuma diminui suas chances, mas não deixa de arcar com elevadíssimo
risco se, por exemplo, não cuida de sua dieta e apresenta suscetibilidade hereditária.
Desfrutar boa saúde é, portanto, como uma equação de duas variáveis: cultivar hábitos
sadios e abandonar hábitos nocivos. Enfim, saúde é, primordialmente, questão de
hábito.

Saúde é, fundamentalmente, questão de hábito.

ABACATE

(Persea americana, Mill


Persea gratissima; Laurus persea)

O abacateiro é originário do México e aclimatado no Brasil. Pertence à famlia das


Lauráceas, em que se incluem também a canela, o louro, o sassafrás etc. É uma árvore
copada e alta, alcançando vinte metros ou mais de altura.
Na Argentina o abacate é conhecido por aguacate, ou palta; no México chamam-no de
ahuaca ou ahuacaco; nos Estados Unidos avocado; na Inglatena butter pear; na França
persêe ou avocat.
O abacateiro está sendo largamente cultivado em virtude da boa apreciação votada ao
seu fruto.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de abacates (comum) contém:
Calorias 176,00g
Água 73,35g
Carboidratos 6,14g 6,14g
Proteínas 1,92g
Lipídios 17,10g
Fibras 2, g
Cinzas 0,80g
Vitamina A (Retinol equivalente) 20 RE
Vitamina B (Tiamina) 70,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 146,67 mcg
Niacina 1,60 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 10,08 mg

Os sais do abacate, em 100 gramas, oferecem as seguintes proporções:

Fósforo 46,50 mg
Ferro 0,74 mg
Cálcio 18,67 mg
USO MEDICINAL

O abacate é um alimento digno de mérito, pois sacia a fome, nutre todo o organismo e
pode auxiliar na cura de algumas enfermidades. É uma fruta que proporciona nutrição e
saúde ao corpo. Ajuda a combater os males produzidos pelo uso de carne, perturbações
digestivas, constipação, flatulências, desordens gástricas, reumatismo, gota, afecções
do fígado, da pele etc. É também um bom cosmético: conserva a beleza da pele e do
cabelo.
Do abacate obtém-se um azeite muito bom para combater o reumatismo e a gota.
Friccionam-se as partes afetadas e doloridas.
O mesmo azeite se emprega contra a formação de caspas e a queda de cabelo. Fazem-
se fricções no couro cabeludo. Estas aplicações segundo conceito empírico, fazem
crescer o cabelo.
As folhas e os brotos do abacateiro são usados, empiricamente, em chás, como
diuréticos (para provocar a urinação), como carminativos (para combater os gases do
estômago e intestinos), como emenagogos (para provocar ou restabelecer a
menstruação).
Mastigam-se folhas frescas para curar as afecções da boca, as stomatites, as
supurações, e para fortificar as gengivas e os dentes.
Para aliviar nevralgias e dores de cabeça, aplicam-se compressas quentes corn o chá
das folhas à cabeça.
O chá das folhas se emprega com bons resultados nos seguintes casos: afecções da
garganta, bronquite, catarros, cansaço, debilidade do estômago, diarréia, disenteria,
dispepsia atônica, doenças dos rins, indisposição para o trabalho, rouquidão,
supurações, tosse etc.
As flores são emenagogas.
A casca esmiuçada é indicada para combater vermes intestinais. O caroço tostado e
moído bem fmo combate a diarréia e a disenteria.
Tomam-se duas colherinhas do pó dissolvido em uma xícara de água morna.
Com cataplasmas de caroço tostado e moído favorece-se a cura das inflamações dos
dedos.

ABACATE (Persea gratissima; Laurus persea)

O chá do cozimento dos caroços é usado para combater os eczemas do couro cabeludo.

VALOR ALIMENTÍCIO

O abacate, pelo seu alto valor calórico e custo relativamente baixo, poderia figurar
vantajosamente numa refeição econômica. E por falar em "refeição econômica", não se
pode esquecer, na atual abordagem da nutrição, deste aspecto socialmente saliente, além
do aspecto nutricional. Incluir o abacate regularmente na dieta pode ajudar tanto a
aumentar o valor calórico como a diminuir o custo da alimentação.

Fruta versátil

Há várias maneiras deliciosas de usar este fruto polpudo e amanteigado, tanto em


pratos salgados como doces. Na América espanhola não é incomum usá-lo juntamente
com saladas. Misturado com alho, cheiro-verde e sal, e batido, dá uma "manteiga" que
muitos apreciam passada no pão, e outros como creme para diversas preparações
salgadas.

Calorias e gorduras

Devido ao menor teor de água, o abacate apresenta maior concentração de nutrientes


que a maioria das outras frutas. Contém, aproximadamente, quase o dobro de calorias
da banana, quatro vezes o teor calórico da laranja e duas vezes o da manga. Seu
abundante conteúdo de lipídios, ao contrário do que sucede com as gorduras animais,
não oferece risco, pois na sua maior parte não é saturado. Cerca de 85olo das calorias
provêm das gorduras, assim subdivididos: 20olo de componentes saturados, 45% de
componentes mono-insaturados e 35alo de componentes polinsaturados. O abacate
comum, aqui considerado, é um dos mais gordurosos, e o abacate roxo, com 9a% de
lipídios, é um dos menos gordurosos.
O abacate cultivado em regiões baixas exibe menor valor calórico, pois contém mais
água e menor quantidade de gordura e carboidratos. Porém apresenta maior conteúdo de
ferro, riboflavina e ácido ascórbico. Este é o abacate brasileiro. O abacate de terras altas
é mais "pesado", contendo proporção mais elevada de gorduras, o que condiz com a
necessidade-nutricional de organismos que vivem em climas mais frios.

O abacate é uma das frutas que podem figurar com freqüência nas nossas refeições. Os
obesos, contudo, devem evitá-lo. As crianças podem usá-lo depois de um ano de idade.
Nos Estados Unidos, o abacate, de fruta exótica que dif'icilmente aparecia nos
mercados, custando preços exorbitantes, tornou-se hoje menos caro e mais fácil de
encontrar em qualquer época, pois os da Califórnia amadurecem no inverno e na
primavera, e os da Flórida no verão e no outono.
Nunca se deve premer o fruto com os dedos para verificar o grau de maturação, porque
a mais ligeira pressão pode originar o apodrecimento.
O abacate deve ser colhido à mão ou recorrendo a aparelhos próprios, com muito
cuidado e um por um, procurando não sacudir os ramos para não magoar os pedúnculos.

Alimentação dos animais

Em caso de superabundância na produção de abacates, podem ser dados aos animais.


Nas Antilhas, as cascas dos frutos, cozidas, são dadas ao gado.
Os frutos e as respectivas cascas tornam-se mais apetitosos e nutritivos quando se lhes
junta um pouco de farelo e água, formando uma mistura pastosa.
Havendo, pois, superprodução ou sendo escassa a procura, podem-se aproveitar os
abacates na alimentação dos animais em vez de deixá-los apodrecer no pomar. Pode-se
igualmente fabricar uma farinha desse fruto.

Emprego na indústria

O extrato gorduroso do abacate, além da possível utilização culinária, o que carece de


mais decididos investimentos, é empregável na indústria com bom rendimento, na
forma de matéria prima, para a obtenção de furfural (furano-2-
carboxialdeído),juntamente com outros elementos residuais provenientes da casca de
aveia e sabugo de milho.
O furfural entra na fabricação de nylon-66, certos solventes, desinfetantes etc.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Afta; Mastigar folhas tenras de abacateiro. Bem lavadas.

Amigdalite: Gargarejo com o chá das folhas do abacateiro. Combinar com chá de
tanchagem para maximizar o efeito.

Arrotos: Ver eructações.

Boca, doenças da: Mastigar as folhas tenras do abacateiro, bem lavadas. Acredita-se
que o hábito de mastigar esporadicamente estas folhas ajude a fortalecer as gengivas e
os dentes.

Bronquite: Chá morno das folhas do abacateiro. O efeito é melhor quando se toma esse
chá às colheradas misturado com própolis e chá de guaco. Duas a quatro xícaras por dia.

Cabelo, queda de: Fricções do azeite de abacate. Infelizmente, este azeite não é fácil
de obter no comércio. É, entretanto, viável extraí-lo industrialmente e empregá-lo com
múltiplas finalidades.

Cabeludo, eczemas do couro: Picar o caroço e cozê-lo bem. Aplicar compressas locais
deste chá.

Cansaço: Afirma-se que a folha do abacateiro contém propriedades revitalizantes.


Usar esporadicamente o chá juntamente com limão e mel.

Caspa: O mesmo método indicado em cabelo.

Catarro (secreções catarrais em geral): Chá das folhas do abacateiro.

Dedos, inflamações dos: Cataplasmas do caroço tostado e moído. Mistura-se o pó


assim obtido com água ou suco de confrei. Aplica-se com gaze. O suco de confrei
(como o de qualquer outra planta) é obtido facilmente: bater as folhas bem frescas,
lavadas, no liquidificador, com água, e coar.

Diarréia: Caroço tostado e moído bem fino. Dissolver duas colherinhas deste pó em
uma xícara de água moma. O efeito é mais potente se, em lugar de água, for utilizado o
decocto dos brotos da goiabeira.

Digestâo, distúrbios da: Recomenda-se o chá das folhas do abacateiro para a dispepsia
atônica.

Disenteria: O mesmo método indicado em diarréia.

Dismenorréia: Ver Menstruaçâo, distúrbios da.


Dispepsia: Ver Digestâo, distúrbios da.

Dor-de-cabeça: Compressas mornas com o chá das folhas à cabeça. Convém também
tomar este chá.

Eczema do couro cabeludo: Lavar o cabelo com o chá forte do cozimento dos caroços.

Estômago, doenças do: Chádas folhas do abacateiro. Duas a quatro xícaras diárias.

Estomatite: Mastigar folhas tenras do abacateiro, bem lavadas.

Estresse: Ver cansaço.

Figado, doenças do. Recomenda-se, aos que já sofreram do fígado, incluir pequenas
quantidades de abacate na dieta, em lugar de outros alimentos gordurosos.

Flatulência: Acredita-se que o chá das folhas do abacateiro seja carminativo, isto é,
ajude a combater os gases intestinais e as eructações (arrotos). Tomar morno, aos goles,
meia hora após às refeições.

Gases: Ver flatulência.

Gota: Proceder como indicado em reumatismo.

Indisposição: Ver cansaço.

Menstruação escassa: Para regularizar a menstruação indica-se o chá das flores do


abacateiro.

Nevralgias: Aplicar localmente o chá das folhas do abacateiro na forma de cataplasma,

Pele, para a beleza da: Há vários produtos cosméticos, disponíveis no mercado de


produtos naturais, preparados à base de abacate: xampu, emulsão hidratante e protetora,
cremes, sabonetes, etc.

Reumatismo: Friccionar o azeite de abacate no local dolorido. Infelizmente este azeite


não é fácil de encontrár no comércio.

Rins: O chá das folhas do abacateiro é diurético, estimulando a função renal.

Rouquidão: Chá das folhas do abacateiro: Tomar duas a quatro vezes por dia e
gargarejar diversas vezes. Se misturado ao chá de casca de cebola, o efeito é melhor.

Tosse: Chá das folhas do abacateiro, morno, com mel, tomado aos goles.
Verminoses: Lavar e moer bem a casca do abacate, e misturar em partes iguais com
casca de limão ralado; acrescentar mel e tomar em jejum uma colher de sopa.

Eructações: Proceder como indicado em Flatulência.

ABACAXI

(Ananas sativus; Ananas comosus L. Meril)

Segundo a opinião de Meira Pena, depois da banana e da laranja, é o abacaxi a melhor


fruta nacional, concorrendo em certa época do ano para a alimentação do povo. É uma
fruta muito agradável, refrescante, de aroma assaz delicioso. Para o botânico Richard, é
a melhor fruta conhecida.
Origina-se da América Tropical, sendo também cultivado em outros países de clima
tropical e subtropical. Pertence à mesma família botânica do gravatá e da samambaia
conhecida como barba-de-velho, da família das bromeliáceas.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de abacaxi (comum) contém: (Calorias)
Polpa 44,33 kcal
Suco 54,00 kcal
Água (gr)
Polpa 93,00 g
Suco 86,20 g

perda de memório
prisão de venhe
inflamações do
tubo digestivo
febres
intestinais
enfermidades da bexigo
cálculos renais
nefrite
cálculos vesicais
bronquite
afecções da qarganto
orteriosclerose
artritismo
neurastenia
melancolia/tristeza

Carboidratos
Polpa
Suco

Proteínas
Polpa
Suco

Gorduras
Polpa
Suco

Fibras
Cinzas

Vitamina A (Retinol equivalente)


Vitamina BI (Tiamina)
Vitamina B2 (Riboflavina)
Niacina
Vitamina C (Ácido ascórbico)

9,75 g
13 ,00 g
0,36 g
0,30 g
0,30 g
0,02 g

0,40 g
0,30 g

5 RE
80,00 mcg
84,00 mcg
0,60 mg
67,14 mg

Os sais do abacaxi, em 100 gramas, oferecem as seguintes proporções :

Potássio 321,00 mg
Sódio 16,00 mg
Fósforo 6,30 mg
Cálcio 17,34 mg
Ferro 0,40 mg
Bromelina - a enzima digestiva do abacaxi

O abacaxi é bom para digestão? Seu alto conteúdo ácido faz com que
muitos considerem o abacaxi como indigesto, prejudicial ao estômago
ou acidiflcante. Muitos o utilizam incorretamente, e reclamam de azia
ou queimação e mesmo aftas associadas à ingestão de abacaxi. Para
certas pessoas essa fruta demonstra-se inconveniente em razão de certos
distúrbios pré-existentes, sendo, nestes casos, recomendável evitá-ia.

ABACAXI 29

O estudo da composição química do abacaxi levou à descoberta de


uma potente enzima, a bromelina (assim chamada pelo fato de o abacaxi
pertencer à fami ia das bromeliáceas). Antigamente usava-se o suco de
abacaxi para "amolecer" cames, e até hoje este suco presta-se ao
amolecimento de gelatinas. Esta propriedade deve-se exatamente à
bromelina, enzima capaz de desdobrar proteínas em substâncias mais
simples como proteoses e peptonas. Sugerem-sepelo menos dois efeitos
medicinais atribuíveis à bromelina:
1. Ação favorecedora da digestão. Pacientes com insuflciência
gástrica (com baixa produção de suco gástrico ou hipocloridria) pode-
riam beneficiar-se com o uso de suco diluído do abacaxi sem açúcar.
Pode-se tomar uns 80 ml deste suco fresco, diluído a 1/2 (metade de
água), às colheradas, meia hora a dez minutos antes das refeições. É,
importante, porém, que este tratamento seja adequadamente aplicado.
Não se recomenda abacaxi a pacientes com hipercloridria, úlcera
gastroduodenal, pirose etc.
2. Doenças respiratórias produtivas (em que há produção de
catarro): bronquites, gripes, pneumonias e outras patalogias respirató-
rias acompanhadas de tosse e abundante secreção de muco podem sex
tratadas com bromelina, que favorece a expectoração, pois desdobra as
mucoproteínas do catarro. Há no mercado xaropes à base de bromelina.

USO MEDICINAL

O abacaxi tem várias aplicações na medicina caseira, como sejam:


Bronquite - Day informa que é um dos melhores remédios contra
a bronquite. Cortar em fatias, pô-las numa panela, acrescentar mel,
tampar bem e cozinhar. Depois de esfriar, retirar o suco e colocar em um
vidro. Tampar bem. Tomar três a quatro colheres, das de sopa, ao dia.
Afecções da garganta - O abacaxi é também muito útil no
tratamento das afecções da garganta, e mesmo na difteria. Come-se a
fruta, ao nàtural, ou toma-se o suco, ou fazem-se gargarejos eom o suco.
É importante não misturar o abacaxi com outros alimentos na mesma
refeição, e não se lhe deve adicionar açúcar.
Outras indicações - O abacaxi tem, outrossim, virtudes medici-
nais como diurético e vermífugo; combate a prisão de ventre: é
desobstruente do figado; favorece a digestão; combate todas as
inflamações do tubo digestivo e auxilia na cura das febres intestinais; ê
conveniente no tratamento dietético da arteriosclerose e anemia; é bom
contra as enfermidades da bexiga, da próstata e da uretra; é muito útil
em caso de cálculos renais e vesicais, e em caso de amenorréia; é bom
<012>

3D AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

remédio contra o reumatismo, como também contra o artritismo;


emprega-se com bons resultados na hidropisia e na icterícia; é muito útil
no combate à nefrite; é depurativo do sangue.

VALOR ALIMENTÍCIO

O abacaxi é uma dádiva ao paladar, à saúde e à nutrição dos que vivem


em países tropicais. Contém aproximadamente o mesmo valor calórico
da laranja, porém encerra teor mais alto de carboidratos, dos quais
destaca-se, em proporção, a sacarose. É rico em potássio, fornecendo
também fósforo, cálcio e magnésio, entre outros minerais. Contém
diversas vitaminas como a riboflavina, a tiamina, o ácido pantotênico
e a niacina. Fomece um pouco de vitamina C. Apresenta em sua
composição vários ácidos de fruta, como o cítrico e o málico, que no
metabolismo exercem ação alcalinizante.
O abacaxi pode ser usado de diversas maneiras : ao natural, em sucos,
em saladas (em mistura com frutas), em compotas, em geléias etc.
Graças ao delicioso sabor e ao pelfil nutritivo e medicinal que o
caracterizam, o abacaxi é um complemento muito útil à nossa dieta.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Amenorréia: (suspensão do fluxo menstrual): Ver menstruação.

Amigdalite: Gargarejos com o suco. Fazer refeições exclusivas de


abacaxi.

Anemia: A acidez do abacaxi favorece, na digestão, a absorção de ferro.


O anêmico pode, no intervalo das refeições, usar um pouco de suco de abacaxi
diluído em água e adoçado com melado de cana.

Aterosclerose: Sugere-se que o uso metódico de abacaxi pode ajudar a


prevenir e atenuar a aterosclerose. Passar alguns dias cada mês com dieta exclusiva
de abacaxi, sem açúcar, se não houver sensibilidade excessiva à esta fruta.
Artrite reumatóide: O mesmo método indicado em aterosclerose. Quanto
mais avançada a doença, maior a freqüência da dieta de abacaxi, se não houver
contra-indicação ou hipersensibilidade digestiva.

Bexiga: Passar alguns dias com suco de abacaxi diluído em água sem
açúcar, ou substituir refeições por este suco.

ABACAXI

Cálculos renais: Ver nefrolitiase.

Cálculos da bexiga: O mesmo método indicado em nefrolitiase.

de.

Cérebro, parafortalecer o: Proceder como indicado em Memória, perda

Constipaçâo intestinal: Fazer várias refeições exclusivas de abacaxi.


Mastigar cuidadosamente e não pôr açúcar. Pode-se usá-lo em jejum, exclusiva-
mente.

Depurativo do sangue: Ver Sangue, depurativo do.

Difteria: Fazer gargarejos com o suco de abacaxi. Usar esta fruta ao


natural, sem misturar com qualquer outro alimento. Seguir cuidadosamente as
prescrições médicas.

Digestão: Pessoas com deficiência de ácido clorídrico (hipocloridia)


poderão auferir benefícios do uso adequado do suco de abacaxi. Ler tópico
Bromelina - a enzima digestiva do abacaxi, à pág. 28.

Dismenorréia: Ver Menstruação, distúrbios da.

Diurese: O suco de abacaxi é excelente diurético.

Febre intestinal: Em caso de febre intestinal procede-se a uma dieta de


maçã e mamão (às refeições, sem misturar com outros alimentos). Como variação,
pode-se tomar um pouco de suco de abacaxi diluído em água sem açúcar, às
colheradas.

Figado, desordens do : Proceder como indicado em constipaçâo intestinal.


Garganta, afecções da: Ver amigdalite.

Hidropisia: Mesmo procedimento indicado em constipação intestinal.

Ictericia: Recomenda-se usar, longe das refeições, o suco de abacaxi.


Nunca adoçar com açúcar.

Inapetência: O suco de abacaxi, sem açúcar, tomado em pequena


quantidade uma ou duas horas antes da refeição, ajuda a abrir o apetite.

Memória, perda de: Recomenda-se empiricamente o abacaxi contra a


perda de memória. Proceder como descrito em aterosclerose.

Menstruaçâo escassa: Ver Menstruação, distúrbios da.


Bronquite: Ver receita à página 29. Menstruação,distúrbiosda:
Indicadoespecialmentecontraaamenorréia.
<012>

32 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Fazer refeições exclusivas desta fruta ao natural, sem açúcar.

Nefrolitiase: Para auxiliar na eliminação de cálculos, há tratamentos


naturais específicos. O suco de abacaxi pode participar juntamente com outros
sucos e chás. Pode-se passar alguns dias com dieta exclusiva de abacaxi, e tomar
chás como o de quebra-pedra, folha de abacate, cana-do-brejo e cavalinha.
Convém, entretanto, seguir orientação médica para cada caso.

Prisão-de-ventre: Ver constipação intestinal.

Próstata, doenças da: Procedercomo indicado em constipação intestinal.


Pacientes sensíveis a esta fruta podem, entretanto, não se sentir bem com esta dieta.

Reumatismo: Ver artrite reumatóide.

Rins, doenÇas dos: Nalgumas doenças renais em que se busca estimular


a diurese, o suco de abacaxi, usado entre as refeições, demonstra-se útil. Alguns
pacientes sensíveis a esta fruta podem, entretanto, não se sentir bem com esta dieta.

Sangue, depuratii,o do: Alguns dias de dieta exclusiva de abacaxi


apresentam este efeito. Pacientes com hiperacidez gástrica ou sensíveis a esta fruta
podem não se sentir bem com esta dieta

Uretra, doenças da: Proceder como indicado em bexiga.


ABIU.

(Lucuma caimito; Ponteria caimito, Roem.)

O abiu é fruto do abieiro, uma árvore da farrulia das Sapotáceas, a


mesmafami ia doquixaxá, tutiribá, saptietc. Originária do Perti, acfia-
s perfeitamente aclimatada Šm nóssó país.

COMPOSIÇ,40 gUÍ MICA


Em 100 gramas de abiu encontram-se:
Calorias r 47,2Q kcal
Água 88,00g
Carboidratos g,90g
Proteínas 1,7s g
Lipídios 0,20g
Vitamina B 1(Tiamina) 22,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 196,00 mcg
Niacina 0,50 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 13,20 mg

Os sais do abiu, em 100 gramas, oferecem as seguinces proporções:

Cálcio 13 ,00 mg
Fósforo 12,00 mg
Ferro 0,40 mg

- 1s Frucas óa Mcdicina Natural


<012>

S FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Aslu 35

USO MEDICINAL
afecç8es pu I mona res

otite

otalçia
1

O abiu tem forma e tamanho comparáveis aos de um ovo. Sua


superfície é lisa, amarela, brilhante. Sua polpa é gelatinosa e
esbranquiçada, às vezes doce, às vezes insípida. O látex característico
desta fruta, que cola os lábios, torna o seu consumo desagradável para
muitos. O látex da árvore é suscetível de emprego como sucedâneo da
guta-percha.
Este fiuto açucarado e gomoso traz bons resultados no tratamento das
afecções pulmonares.
O azeite extraído das sementes é usado como emolience nas afecões
inflamatórias. Aplicado em gotas, é bom contra as otites e otalgias.

VALOR ALIMENTÍCIO

Comido ao natural, o abiu é uma fruta saudável para os desnutridos,


os convalescentes. É rico em carboidratos, e é fonte razoável de niacina
e riboflavina.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Emoliente: Proceder como indicado em Inflamações.

Inflamações: Aplicar localmente cataplasma do azeite extraído das


sementes.

Otalgia (dor de oui,ido): Ver olile.

Otite: Pingar algumas gotas do azeite do caroço do abiu, morno. Infeliz-


mente este azeite não é fácil achar no mercado.

Pele, doenças inflamatórias da: O azeite extraído das sementes, aplicado


localmente, tem efeito emoliente. Este azeite, infelizmente, não é de fácil obtenção.
Pneumonia: Proceder como indicado em pulmões, doenças crônicas dos.

Pulmões, doenças crônicas dos: Fazer refeições com a polpa do abiu


cozida em água e sal. Utilizar morno, inclusive o caldo, ao qual se pode adicionar
mel. Este caldo com mel pode ser tomado ao longo do dia, às colheradas.

ABIU (Lucuma caimito)


<012>

ABRICO-DO-PARA
(Mammea americana L:)

O abricó-do-pará, também chamado abricó, abricó-de-são-domin-


gos e abricó-selvagem, é produto de uma árvore da farzulia das
Gutíferas, a que também pertencem o bacuri, o bacoparé etc. O fruto,
do tamanho de uma laranja, apresenta uma massa cor de abóbora, doce
e aromática, aderente à casca. É gerahnente muito apreciado.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de abricó-do-pará contêm:
Calorias 22,10 kcal
Água
Carboidratos 3,92 g
Proteínas 0,49 g
Lipídios 0,50 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 32 RE
Vitamina B (Tiamina) 37,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 185,00 m
Niacina 0,40 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 7,60 mg

USO MEDICINAL

Graças à sua ação eliminadora, depurativa e dissolvente, o abricó-do-


pará é útil contra os cálculos, o ácido úrico, a gota, a arteriosclerose, e

arteriosderose
tumores

endurecimentos
::

goto

roquitismo

ABRICÓ-DO-PARÁ (Mammea americana)

asxcó-o-Pnx, 3 7

' 5,
l'
escorbúto

afecções
cut8neas

queaa do
wbelo

36
<012>

jS AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

toda classe de tumores e formações duras. Produz bons resultados,


também, nos casos de hipertensão arterial, catarros, piorréia, raquitis-
mo, beribéri, afecções cutâneas. Combate igualmente a tuberculose no
seu primeiro estágio.
As sementes encerram propriedades vermífugas.
O azeite que se extrai das sementes tem emprego contra a queda do
cabelo. Fricciona-se, diariamente, o couro cabeludo.
Extrai-se da árvore uma resina muito boa para combater parasitas da
pele.

VALOR ALIMENTÍClO
O abricó-do-pará é um alimento saudável e saboroso. Come-se ao
natural ou preparado em doces ou compotas naturistas. Contém teores
razoáveis de provitamina A, vitaminas B I, B2 e C. É rico em carboidratos
(12,1%).

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

r Ácido úrico (hiperuricemia): Usar abundantemente o abricó, fazendo


refeições exclusivas desta fruta.

r Artrite gotosa: Proceder como indicado em ácido úrico.

r Aterosclerose: O consumo liberal de abricós assume, segundo afirmação


popular, efeito preventivo da arteriosclerose.

r Bicho-de-pé: Ver pele.

r Beribéri: O abricó é fonte razoável de vitamina B1, podendo ser incluído


na alimentação juntamente com levedura de celveja e cereais integrais.

r Catarro: Para as eliminações catarrais em geral recomenda-se fazer


refeições compostas principalmente de abricó-do-pará; mas não convém usá-lo em
cxcesso.

r Desnutriçâo: Considerar comentários feitos em raquitismo.

r Febre: Chá das folhas, não muito forte. Morno, às colheradas.

r Gota: Ver artrite gotosa.

ABRICÓ-DO-PARÁ 39

r Pele, doenças da: Proceder como indicado em catarro. A resina extraída


da árvore combate os parasitos cutâneos, especialmente o conhecido "bicho-de-
pé". Aplicar no local, com algodão.

r Piorréia: Proceder como indicado em catarro.


r Raquitismo: O abricó-do-pará pode figurar vantajosamene no tratamento
alimentar de várias doenças primárias da nutrição, dado seu valor nutritivo,
contribuindo direta ou indiretamente para o restabelecimento. Recomenda-se o
abricó empiricamente contra o raquitismo.

Tumores em geral: Proceder como indicado em catarro.

r Tuberculose: Recomenda-se incluir o abricó, se possível, na dieta dos


tuberculosos.

Verminoses: Moer as sementes. Misturar com mel e tomar uma colher de


sobremesa em jejum.

r Hiperten.sâo arterial: Parece adequada a inclusão do abricó-do-pará na


ilimentação dos hipertensos.
<012>

AMEIXA

Carboidratos
Ameixa-amarela
Ameixa-branca
Ameixa-vermelha
Ameixa-preta

20,10 g
15 ,00 g
13,00 g
10,10 g

Proteínas
AMI Ameixa-amarela 1,00 g
Ameixa-branca 0,70 g
, Ameixa-preta 0,40 g
(Prunus domestica L.)
-' Lipídios
Ameixa-amarela 0,50 g
A ameixa é produzida por uma árvore da famlia das Rosáceas, a pexa-branca
0,10 g
ameixeira, que é originária da Pérsia, do Cáucaso e da Ásia Menor. peixa-preta
0,10 g
Actimatada nos Estados do Sul, apresenta grande númro de variedads.
Várias outra frutas pertencem também à família das rosáceas: ar ヘ zn- Vitamina A
(Retinol equivalente)
doa-amarela, nêspera, morango; maçã, darriasco, cereja, pêssego, pêra,
30 RE
&amboesà etc. Ameixa-amarela
Ameixa-vennelha 20 RE
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
. Vitamina B1(Tiamina)
Cem gramas de ameixa fresca contêm: Ameixa-amarela
60 mcg
Ameixa-vemzelha 120
mcg
Calorias
Ameixa-amarela 89 kcal Vitamina Bz (Ribotlavinaj
Ameixa-branca 63 kcal Ameixa-amarela
50 mcg
Ameixa-vermelha 54 kcal Ameixa-vermelha
150 mcg
Ameixa-preta 43 kcal
Niacina
Água Ameixa-amarela 0,45
mg
Ameixa-amarela 77,90 g Ameixa-vermelha
0,37 mg
Ameixa-branca 83,00 g
Ameixa-vermelha 85,50 g Vitamina C (Ácido ascórbico)
Ameixa-preta 88,50 g Ameixa-amarela
6,10 mg
40 Ameixa-vermelha 6,80
mg

41
<012>

Z AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL ( AMEIXA

Os sais da ameixa fresca, em 100 gramas, oferecem as seguintes


proporções:
Potássio 203,00 mg
Fósforo 32,00 mg
Cálcio 20,00 mg
Sódio 19,00 mg
Magnésio 6,00 mg
Silício 6,00 mg
Ferro 0,70 mg

USO MEDICINAL
Graças ao seu conteúdo em fibra (especialmente pectina),
carboidratos, magnésio, sódio e potássio, a ameixa é laxativa, recomen-
dando-se contra a prisão de ventre obstinada. Pem-se umas 15 ameixas
secas de molho à noite, e, de manhã, comem-se as ameixas e bebe-se o
caldo. Esse mesmo caldo, misturado com suco de limão, encerraria
propriedades anafrodisíacas, segundo conceito popular.
"A ameixa fresca", diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa, "é um magnífico
agente terapêutico contra as enfermidades causadas pelos ácidos e
associadas às hiperlipidemias, principalmente pelo ácido úrico, tais
como o reumatismo, a artrite, a gota; a arteriosclerose, a nefrite etc;
ácidos e/ou gorduras originados por uma alimentação excessiva, à base
de proteínas, gorduras saturadas e colesterol". O Dr. Ochoa, outrossim,
recomenda a ameixa como remédio contra a pelagra. O Dr. Henrique
Roxo diz que a ameixa é um anti-nevrálgico ciliar. Para se fazer uma
"cura de ameixa", segundo o Dr. Indiveri Colucci, procede-se da
seguinte maneira:
Obter uma porção de ameixas selecionadas, necessária para 24
horas. Escaldá-las duas ou três vezes, com água fervendo. Pô-las numa
tigela, cobri-las com água e deixá-las de molho por I 2 a 24 horas. No
primeiro dia, emjejum, comer 8 ameixas frias ou aquecidas em banho-
maria; no segundo dia,10. Aumentar a quantidade, acrescentando duas
por dia, até alcançar o desejado efeito laxante, e então continuar
tomando a última quantidade sem novo acréscimo.
A ameixa fresca é indicada contra as hemorróidas e a hipocondria.
Diurética como é, recomenda-se contra as afecções, de caráter
inflamatório, das vias urinárias.

depurotivo
do sangue
,l! ,l s

ofecções
das vias
respiratórios

desintoxiwnte do apareho digestivo

pI VIE (Prunus domestica)


<012>

' AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

É, ainda, "desobstruente" do fígado, "depurativa" do sangue e


"desintoxicante" do aparelho digestivo, pelo que se emprega comêxito
nas afecções febris do estômago e do intestino.
No tratamento das afecções das vias respiratórias (anginas, catarros
etc.), a ameixa é naito Iítil. - .
Caso não apareça logo o efeito esperado, aumentar a ebse diária, de
duas em duas, até aproximadamente 25. Se o intestino ainda continuar
preso, comer umas 10 ou 15 ame ヘ xas pequenas antes de deitar-se, além
das que devem ser comidas de manhã, em jejum.

Var.oR Ar.aNriElo

A ameixa, consumida ao natural, fresca, seca ou demolhada, é um


alimento saboroso e saudável. É também muito apreciadaemcompotas,
geléias, sopas, purês, ou em mistura com flgos secos, passas de uvas ou
nozes raladas. Por suas propriedades laxativas, cor ヘ vém aos intestinos
preguiçosos. Mesmo crianças pequenas podem beneflciar-sŠ da "água
da ameixa" em caso de p-isão de ventre.
A ameixa, conforme a variedade, apresenta algumas diferenças de
valor nutricional. Por exemplo, a ameixa-vermelha é rica em provita-
mina A, ao passo que as outras variedades são relativamente pobres. A
ameixa-amarela é, por sua vez, mais doce e energética, além de conter
um pouco mais de proteína. A ameixa-preta apresenta elevada atividade
aquosa, sendo a mais apropriada para o tratamento das afecções
uriliárias.
Ir ao sul do Brasil e deixar de experimentar us cativàntes sabores das
variedades de ameixa lá cultivadas, conzo a atnarela e a preta, é uma
inestimável perda de oportunidade gastronômica.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Ácido úrico (hiperuricemia): Fazer refeições exclusivas de ameixa e/ou


incluí-la expressivamente na alimentação.

Anafrodisiaco: Deixar.de motho 15 ameixas sgcas dulantea noite. Pela


manhã, em. jejum, toinar este caldo com limãóe e•met s. ameixás. Receita.
empirisx. '

Anemia: Á ameixa séca é rica em feo (3,Ó rrig poi lOQ g)e portanto
coném à dieta contá a anemia ferTopriva(causáda por carênciá defeno). `

AMEIXt1 4S

Artrite: Proceder como indicado em ácido úrico.

Ateroscerose: Incluir copiesamente a ameixa fresca na alimentação.


Ajuda a prevenir e a amenizar o processo.
Bronquite: Deve-se usar abundantemente a ameixa fresça e a ameixa
cozida. Misturar mel e própolis ao caldo do cozimento dá ameixa e tomar uma
colher de sopa de hora em hora.

Catarro: Fazer refeições exclusivas de ameixa fresca.

Cérebro, debilidade do: Os naturopatas práticos acreditam que a ameixa


deve ser incluída na dieta de pacientes que se queixam de perda de memória e
"debilidade do cérebro". '

Cérebro, parafortalecer o: Proceder como indicado em cérebro, debili-


dade do. '

Constipação intestinal: Tomar a "água de ameixas": deixar de moltso,


durante a noite, algumas ameixas e de manhã tomr água e comer as ameixas.

Debilidade: Verfraqueza.

Digestão: Verfebre intestinal.


Diurese: Utilizar liberalmente a ameixa fresca e/ou seu suco.
Febre intestinal: Podem-se fazer refeições exclusivas de ameixa fresca.

Figado: Ensina-se popularrnente que o consumo liberal de ameixas


frescas age como "desobstruente do figado". No ensino popular laá um cerne de
verdade, sempre enfatizamos.

Fraqueza geral: Incluir regularmente na alimentação a ameixa seca e a


fresca.

Gota: Ver ácido úrico. Proceder como ali indicado.

Hemorróidas: Incluir a ameix a expressivamente na alimentação, fazendo,


esporadicamente, refeições exclusivas desta fruta.

Hipocondria (preocupação mórb ヘ da com doenças): Por inusitado que


pareça, recentes pesquisas têm relacicnado distúrbios ruentais ct1 alixnentação.
Recomnda-se, aiad,a empSritanente, que a dee ser incluída na dieta dos
hipoconáríacos.

Intestinos: Verfebre intestinal.


<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Memória, perda de: Ver cérebro.


Nefrite (inflamação dos rins): Proceder como indicado em ácido úrico.

Pelagra: Pelo seu razoável conteúdo de vitaminas B, B2 e niacina.


recomenda-se a ameixa, seca e fresca, aos pelagrosos.

Perda de memória: Ver cérebro

Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.

Resfi-iado: Descaroçar algumas ameixas secas e assar no forno. Quando


estiverem bem duras, moê-las finamente. Acrescer uma colher de sopa deste pó a
uma xícara de água quente. Pingar algumas gotas de suco de limão e adoçar com
um pouco de mel. Tomar quente.

Respiratórias, doenças das vias: Proceder como indicado em bronquite.

Reumatismo: Proceder como indicado em ácido úrico.

Rins: Ver nefrite.

Sangue, depurativo do: Os naturopatas práticos recomendam a ameixa


como "fruta depurativa". Proceder como em: urinárias, doenças das vias.

Tônico: Ver fraqueza.

Tosse: Tomar a mesma preparação indicada em res Jriado, aos goles.

Urinárias, doenças das vias: Fazer refeições de ameixa fresca, exclusiva-


mente. Sugere-se passar três ou quatro dias por semana só com ameixas frescas.
Lavar bem, para diminuir o risco de contaminantes agroquímicos.

AMENDOA

(Prunus amygdalus, var. Dulcis, Stok; Amygda-


lus communis, L.)

A amendoeira, árvore da famlia das Rosáceas, é originária da Ásia,


provavelmente da China. Alguns supem que se tenha originado da
Síria. No Brasil é comercialmente mais disponível próximo às festas de
fim de ano. A amêndoa classifica-se. do ponto de vista nutricional, entre
as oleaginosas.

COMPOSIÇÃO QUMICA
Cem gramas de amêndoas contêm:

Calorias 640 kcal


Água 4,50g
Carboidratos 19,60g
Proteínas I 8,60g
Lipídios 54,10g
Cinzas 3,20g
Vitamina A (Retinol equivalente) 58 mcg
Vitamina B 1(Tiamina) 150,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 500,00 mcg
Niacina 4,60 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 3,60 mg

47
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Alguns sais, contidos em 100 gramas de amêndoas:


Potássio 457,00 mg
Cálcio 254,00 mg
Enxofre 160,00 mg
Cloro 37,00 mg
Sódio 23,00 mg
Magnésio I 8 ,00 mg
Ferro 4,40 mg

"Leite" ou orchata de amêndoa

Em primeiro lugar, apregoamos o valor do "leite" de amêndoa (um


tipo de refresco ou orchata). Essa orchata é muito benéfica contra a
acidez ou úlcera gástrica, caso em que se toma pura, adoçada com um
pouco de mel, ou em mistura com suco de couve, de repolho, ou de
algumas outras hortaliças. Por ser muito desinflamante, é que a orclata
de amêndoa se recomenda nas afecções gastrintestinais de caráter
inflamatório.
É também indicada nas diarréias das crianças, na bronquite, na
pneumonia, nas inflamações das vias urinárias, nos cálculos renais e
vesicais, nas tosses. Usa-se de igual modo como refrescante, diurético
e antiespasmódico.
Para preparar uma orchata de amêndoa, procede-se assim: Tomar
uns 50 ou 60 gramas de amêndoas e pôr em água fria durante várias
horas, ou escaldar com água fervente, para que se possa remover mais
facilmente a película. Uma vez despeladas as amêndoas, triturar com um
pilão. À pasta que daí resulta acrescentar água aos poucos, enquanto se
continua amassando. Deixar repousar umas três horas e passar por uma
peneira fina. As partículas maiores, que ficam na peneira, triturar
novamente, até que se tenha aproveitado praticamente toda a porção de
amêndoas. Conforme o gosto, pode-se aromatizar o refresco com casca
de limão e adoçar com mel. Uma vez pronto o ` `leite" de amêndoa, deve-
se tomá-lo sem mais demora,

Calmantes e anti-helminticas

ite

A M Ê N Doa 49

hemorróidas

inchaçbes dolorosos
dores reumãticos

Gicero góstrica

afecç8es flastrfli ntest ヘ nais


ordor do estômoqo

bronquite

tosse

cafarro
das vlos espi ratórias
ヘ: osma
'ヘ s:::;'
i nflamoG
das vias
" urln8rlas

Diz o Dr. Domingos D'Ambrósio que, "em virtude do seu conteúdo


em sais, particularmente fósforo, as amêndoas são um bom tônico do AMÊNDOAS
(Prunus amygdalus)
s i stema nervoso' '.
<012>
J AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

"As amêndoas são também calmantes e antelmínticas", afnma o Dr.


Teóf'llo Luna Ochoa. "Umas 10 amêndoas, comidas emjejum, ajudam
a expulsar os vermes intestinais".

OUTRAS UTILIDADES MEDICINAIS

Extemamente, se aplica a amêndoa moída em cataplasmas: na região


da cintura, nos casos de dores nos rins; sobre o peito, para acalmar dores
e palpitações do coração; sobre a parte dolorida, no rosto, para combater
a nevralgia facial.
Para tirarmanchas do rosto, moem-se e misturam-se parces iguais de
amêndoas e milho branco. Com a pasta que assim se forma, fricciona-
se diariamente a face.
A pasta de amêndoa triturada dá também bons resultados contra o
eczema e as irntações cutâneas de modo geral.
O azeite extraído das amêndoas encerra propriedades lactígenas,
esurinas, refrescantes, tônicas, laxantes, emolientes.
Usa-se nos casos de inflamações gastrintestinais, ardordo estômago,
bronquite, tosse, catarro das vias respiratórias, asma, inflamações das
vias urinárias.
Externamente o azeite de amêndoa é bom, em aplicações tópicas,
contra: hemorróidas (aplica-se quente), inchações dolorosas, dores
reumáticas, dores de ouvido (tapa-se com um pouco de algodão),
frieiras, gretaduras, manchas do rosto etc.

VALOR ALIMENTÍCIO

A amêndoa é muito nutritiva, sendo consideravelmente rica em


gorduras e proteínas. Suas proteínas, de bom valor biológico, ajudam
a substituir a proteína da carne.
Deve ser muito bem mastigada para facilitar sua digestão e assimi-
lação. Os que, possuidores de uma dentadura deflciente, não podem
triturá-la convenientemente, devem usá-la moída. Nesta condição, pode
ser adicionada às saladas, às sopas, aos purês.
Sendo um alimento energético por excelência (contém 640 kcal por
cem gramas!), a amêndoa convém aos trabalhadores braçais. Todavia,
por ser rica em vitaminas e sais, particularmente em fósforo, aproveita
também aos estudantes e às pessoas que exercem atividades intelectuais.
Sua riqueza em ferro a toma especialmente recomendável para as
gestantes e para os anêmicos.

AMÊNDOA
A amêndoa amarga não é própria para o consumo humano, pois
contém em grande quantidade certo princípio tóxico, a amigdalina, que
é o glicóside da mandelonitrila e gentiobiose. No organismo sofre
hidrólise e transforma-se em glicose, benzaldeído e ácido cianídrico.
O óleo de amêndoa, relativamente difícil de encontrar no mercado,
é utilizado em indústria farmacêutica como veículo para vários medi-
camentos.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia: Por sua riqueza em ferro, a amêndoa pode ser vancajosamence


incluída na alimentação dos anêmicos.

Aperiente: Ver inapetência.

Asma: O mesmo método indicado em hronquite.

Azia: Ver pirose.

Bronquite: Usar a orchata de amêndoa morna. Ver modo de preparar à pág.


-18.

Calmante: Ver sistema nervoso.

Cardialgia: Ver Coração, dores e palpitações na região do.

Catarro em nivel de vias respiratórias: Tomar algumas vezes ao dia o


azeite de amêndoa na quantidade de uma colher de chá por vez.

Cálculos renais: Ver nefrolitiase.

Cálculos vesicais (na hexiga) : O mesmo método indicado em nefrolitiase.

Cérehro, parafortalecer o: Acrescentar duas ou três amêndoas em cada


refeição.

Constipação intestinal: O azeite de amêndoas é laxante. Tomar uma


colher de sopa em jejum. Lamentavelmente, é raro encontrá-lo à venda.

Convulsão: Proceder como indicado em sistema nervoso.

Coração, doenças do: Ver coração, dores e palpitações na região do.

Coração, dores epalpitações na região do: Aplicar no local a cataplasma


de amêndoa. Ver modo de preparar em rins.

Diahete melito: Moer três ameixas e misturá-las ao suco de um limão.


Tomar em jejum.
<012>

l Z AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Diarréia: U sar a orchata de amêndoa às coliteradas. Ver modo de preparar


à pág. 48.

Diurese: A orchata de amêndoa tem efeito levemente diurético. Ver modo


de preparar à pág. 48.

Eczemas: Aplicar localmente a pasta dc amêndoá, conforme indicado em


pele, manchas da.

Emoliente (atenua inflamaçôes) : Massagear levemente o local com azeite


ou óleo de amêndoa.

Enterite: Ver gastrenterite.

Frieira: Apficar no Iocal azeite ou óleo de amêndoa.

Gastreruerite: Reçpmendse incluir na dieta um pouco de orchata de


amêndoas. Ver modo de prcparar à pág. 48.

Gastrite: Proceder como indicadoemúkera gastroduoderral.


Gretaduras: Proceder como indicado emfrieira.

Hemorróidas: Apficar localmente o azeite ou óleo de amêndoa morno.

Inapetência: O azeite ou óleo de amêndoa comestível misturado em


pequena quantidade à comida, ajuda a aumentar o apetite.

Inchações dolorosas: Aplicar localmente o azeite ou óleo de amêndoa


moo.

L. eucorréia: Moer dez amêndoas e dissolvê-las em água fervente. Adici-


onar uma colher de sopa de bálsamo de copaíba e suco de um limão. Mexer bem
e tomar, em jejum "dia sim, dia não''.

Nefrolitiase (cálculos renais): Os paciehtes de cálculas renais podem


eventualmente substituir o leite de vaca pelo "leite" de amêndoa. Ver modo de
preparar à pág. 48-

Newoso, sistema: VeF Sistenea newoso.

Nevralgiafacial: Aplicar localmente a cataplasma de amêndoa. Ver modo


de preparar em rins.

Osvido, dores che: Tapar o ouvido com algodão embebido ers azeite ou
óleo de alsíêndoa mofna-
. .

Pele,pará a belera dq"ou manchas da: Mtér e tusar, em partes iguais, .


amêndoa e milho anco. Massaeãr dfariamente a pele do rosto caru esta.P-
Depois lavar com água e sabonete neutro e friccionar suaemente com toalha: .

AMÊNDOA S3

Pele, irritação da: Proceder como indicado empele, para a beleza da, ou
manchas da-

Iirose: Usar a orchata de ãmêndoa. Ver modo de preparar à pág. 48.

Pneumonia: A orchata de auêndoa pode ser inctuídana alimentação. Ver


modo de preparar à pág. 48.

Respiratórias, doehças das vias: Moer quatro amêndoas e misturá-las ao


suco de uma laranja. Tomar em jejum. No caso de processos agudos, tomar morno,
aos goles, com própolis e mel.

Reumáticas, dores: Proceder como indicado em inchações dolorosas.

Rins, dores na região dos: Cataplasma de amêndoa no local. Modo de


prgparar: moer as amêndoas e misturar com água quente. Colocar sobre um pano
limpo e aplicar localmente.

`Sistema nen,oso: Para "fortalecer" o sistema nervoso, recomenda-se


incluir mais regularmente a amêndoa na dieta. Trata-se de uma nleaginosa rica em
vitaminas do complexo B, necessário à higidez do sistema nenoso.

Tônico: Acrescentar amêndoas à dieta. Usar um poucn de azeite de


amêndoas juntamente com as refeições. Encontra-se em boas casas de produtos
naturais.

Tosse: Tomar morna, aos goles, a orchata de amêndoa. Ver modo de


preparar àpág. 48.

Ãlcera gastroduodenal: Utiiizar moderadamente a orChata de amêndoa


na alimentaão. Ver modo de preparar à pág. 48.

Urinárias, inflamações das vias: Substituir eventualmenté o óleo ou


azeite de oliva pelo azeite de amêndoa na dieta. Proceder como indicado em rins,
se houver dor.

Verminoses: Tomar, emjejum, uma colher de sopa de amêndoa ralada, um


pouco de casca de limão ralada e mel. Certificar-se de que a casca do limão está
limpa elivre de resíduos ágroquímicos.
<012>

(Morus nigra, L; Morus alba, L. )

São duas as espécies principais: a preta (Morus nigra) e a branca


(Morus alba). Ambas são medicinais e alimentícias. A amoreira-branca
é cultivada quase que exclusivamente para a criação do Bombyx mori
ou bicho-da-seda, muito comum no Oriente. Este inseto alimenta-se das
folhas da amoreira-branca.
A amora pertence à família das moráceas, em que se incluem também
a jaca, o figo, a fruta-pão, a umbaúba etc.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de amora contêm:
Calorias 61,00 kcal
Água g5, g
Carboidratos 12,40 g
Proteínas 1,95 g
Gorduras 0,97 g
Cinzas 0,70 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 2 RE
Vitamina B 1(Tiamina) 30,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina ) 50,00 mcg
Niacina 0,43 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 22,10 mg
54

, ....r . .
\
febre

rr

afecç8es das
vios urinârias

febres pal úd i cos


prisóo de
ventre

lMORA SS
diorréio e
diienteria

afecçóes da gorganta

AMORA BRANCA (Morus alba)


<012>

SÓ AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Os sais da amora, em 100 gramas, oferecem as seguintes proporções :


Potássio 169,00 mg
Fósforo 48,00 mg
Cálcio 34,00 mg
Sódio 7,00 mg
Ferro 2,64 mg

USO MEDICINAL

O fruto da amoreira é depurativo do sangue, antisséptico, vermífugo,


digestivo, calmante, diurético, purgante, refrescante, adstringente, etc.
É muito recomendável aos que têm o organismo saturado de ácidos,
como os que sofrem de reumatismo, gota, artrite, etc.
O Dr. J. M. Arroyo afirma:
"As folhas da amoreira-preta constituem um remédio popular. São
empregadas contra o diabete melito pelos habitantes da Península
Balcânica. Recentes investigações. . . tendem a provar que sua reputação
como medicamento hipoglicemiante se justifica".

Rica em taninos
As folhas da amoreira contêm substâncias do grupo dos taninos,
caracterizados por propriedades bioquímicas como a de precipitar o
colágeno e produzir compostos de cor escura a partir de reações com os
sais férricos; e propriedades medicinais adstringentes, sendo destarte
úteis no tratamento de diarréias e certas inflamações. Estas folhas
contêm, além de taninos, ácido lático, pectina, resinas e elementos de
pigmentação.
Para combater a prisão de ventre, come-se um prato de amoras, em
jejum, de manhã, e toma-se suco de amora diluído em água moma.
O suco de amora, quente, adoçado com mel, toma-se com bons
resultados em casos de afecções da garganta, amigdalite, rouquidão,
inflamação das cordas vocais, afecções das gengivas, afecção da língua,
aftas etc.
O suco de amora-preta dá um xarope magnífico para a diarréia e a
dísenteria; é muito bom para combater a tosse. Tratando-se de lactentes,
pode-se com esse xarope adoçar-lhe a mamadeira, em caso de tosse.
Esse mesmo xarope tem ação enérgica como desinflamante, empre-
gando-se, com bons efeitos, em gargarejos, contra as afecções da
argánta.

AMoRa 57

Em casos de febre, usa-se o suco de amora, diluído em água, como


refrescante.
As flores frescas são diuréticas e muito úteis nas afecções das vias
urinárias. Prepara-se, por infusão, um chá adoçado com mel.
As folhas são boas para combater as febres palúdicas. Prepara-se, por
infusão, um chá, do qual se tomam várias xícaras por dia.
A casca do tronco, em infusão, dá um chá que se tnma em casq de
dores dos ossos em ligação com inflamações.
Esse mesmo chá dá bons resultados no tratame;to do diábete melito
e seu efeito é maior se misturado ao suco de alho e cebola.
A casca da raiz é empregada para expulsar vermes intestinais,
inclusive a"solitária". Usa-se também para combater as afecções
bronquiais, especiahnente a tosse, as afecções hepáticas, a pleurisi c3s
tumores. É, outrossim, durético e purgante. Prepara-se um chá por
infusão.

.V AIpR AllMENTÍClO

O fruto dá amoreira, árvore tão comum, mormente ,onde se pratica


a criaço do bicho-da-seda, pode ser usado na confecção de deliciosos
sucos engarrafados, doces, compotas, geléias, bolos naturistas rechea-
dos etc.
A atnoxa é aceitavelmente rica em ferro (cerca de 1,5 mg por cm
gramas). Fomece várias vitaminas do complexo B, em pequenos teores.
E ricaem carboidratos (quase 83% das calorias provêm de carboidratos).
Em relação às frutas, contém quantidade representativa de proteínas
(cerca de 1,5 g por cem gramas).

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Afta: Bochechar com suco de amora-preta, quente, adoçado com mel.

Amigdalite: Suco de amora-pre2a, quente, adoçado com mel; tomar aos


goles. Pode-se também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até
engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope, ou tomá-loàs colheradas,
deixando descer suavemente pela garganta.

Anti-séptico: Proceder como indicado emferidas.

Bronquite: Infuso da casca da raiz, momo, para combater a tosse. Tomar


morno,às colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar água
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

tervente sobre as cascas das raízes bem picadas, tapar o recipiente, e deixar esfriar.
Cahelo, queda de: Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas
da amoreira.

Catarro: Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomen-


da-se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.

Constipação intestinal: Comer, em jejum, um prato de amora. Entre as


refeições tomar suco de amora diluído em água moma.

Cordas vocais, doenças das: Suco de amora-preta, quente, adoçado com


mel. Tomar vagarosamente.

Diabete melito: Chá das folhas da amoreira-preta (por infusão). A casca


do tronco também se presta, em infusão, para o mesmo fim. Há referências
científicas quanto à utilidade medicinal da amoreira contra a hiperglicemia do
diabete melito.

Diarréia: Usar o xarope de amora, conforme explicado em amigdalite.


Tomar não mais que duas colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos de duas
horas.

Disenteria: Ver diarréia.


Diurese: Chá das flores e folhas da amoreira (por infusão).

Fehi-e: Suco de amora diluído em água. Atua como "refrescante".

Feridas: Lavar externamente com suco das folhas. Bater as folhas frescas,
bem limpas, no liquidificador. com água. e coar. Antes, porém, fazer assepsia
(limpeza) da ferida.

Figado, doenças do: Ver hepáticas, afecções.


Gastrenterite: Infuso das folhas da amoreira.
Gengivite: Proceder como indicado em afia.
Gota: Proceder como indicado em reumatismo.

Hemorróidas: Infuso das folhas da amoreira. Tomar duas ou três xícaras


ao dia. Uso interno e aplicações locais.

Hepáticas, doenças: Infuso da casca da raiz. Em excesso é purgativo.

Hipertensâo arterial: Infuso das folhas. Duas a quatro xícaras por dia.

AMORA

Lingua, doenças da: Proceder como indicado em afta.

Malária: Infuso das folhas; tomar várias vezes ao dia para combater a
tcbre.

Ossos, inflamações dos: Tomar o infuso da casca do tronco da amoreira.


Pleurisia: Infuso da casca da raiz. Em excesso é purgativo.
Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.

Purgativo: Infusão da casca da raiz.

Reumatismo: Convém fazer várias refeições exclusivas de amoras.

Rouquidão: Tomar vagarosamente o suco de amora quente adoçado com


mel.

Tosse: Tomar, às colheradas, o xarope de amora-preta, conforme indicado


em amigdalite. No caso de crianças pequenas, pode-se adoçar a mamadeira com
este xarope.

Tumores: Tomar o infuso da casca da raiz. Proceder também como


indicado emferidas.

Urinárias doenças das vcas: Infuso das flores frescas. Tomar o chá várias
vezes ao dia.

Verminoses: Infuso da casca da raiz da amoreira. Em excesso tem efeito


purgativo.

Impaludismo: Ver malária


<012>

BANANA

(Musa sapientum, L. ; Musa sinensis, Sweet; Musa


paradisiaca, Kuntze; Musa cavendishii, Lam.; etc.)

A banana - originária da Ásia meridional, de onde se difundiu para


a África e a América - é uma fruta deliciosa, nutritiva, medicinal. É
ligeiramente diurética e laxativa. É um fator terapêutico em certas
enterites, sendo também aconselhável aos convalescentes em geral.
Entre todas as frutas, nenhuma se compara à banana em vários
aspectos. Nenhuma outra é tão apreciada pelo homem e, principalmen-
te, pela criança. Os petizes preferem bananas a qualquer outra fruta.
É uma fruta para todas as idades, para todas as mesas, para todas as
classes sociais. Crianças e velhos, sãos e enfermos, ricos e pobres, todos
podem usufiuir aparadisiaca. É a fruta das frutas.
O título de "rainha das frutas" cabe, legitimamente, à banana. Musa
paradisiaca chamam-na os homens da ciência. Se ela provém ou não do
paraíso, é coisa difícil de resolver, mas, dada a excelência dessa fruta,
é bem provável que no Éden houvesse uma variedade de bananeiras
produtoras de saborosíssimas bananas.
Crua, assada, cozida, seca ao sol ou passada no melado, em doces,
caldos ou compotas, a banana é um alimento de primeira grandeza.
Deve-se, porém, preferi-la sempre crua. Transformada em farinha, dá
um alimento especial, muito nutritivo, recomendado, em mingaus, às
crianças pequenas e debilitadas.
A banana é objeto de grande comércio internacional, sendo os
Estados Unidos o seu principal consumidor, e a América Tropical o seu
principal produtor. Ela é própria dos climas quentes e úmidos, preferin-
do as planícies próximas ao mar e resguardadas dos ventos.

60

BANANA
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de banana contêm:
Calorias
B anana d ' água 95,00 kcal
Banana ouro 162,00 kcal
Água
Banana d'água 76,00 g
Banana ouro 60,10 g
Carboidratos
Banana d'água 22,00 g
Banana ouro 36,80 g
Proteínas
Banana d'água 1,30 g
Banana ouro 2,39 g
Lipídios 0,20 g
Cinzas 0,50 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 24 RE
Vitamina B1(Tiamina) 57,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 80,00 mcg
Niacina 1,18 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 8,00 mg

Alguns sais da banana, em 100 gramas:

Potássio 40 I ,00 mg
Sódio 34,00 mg
Fósforo 26,00 mg
Cálcio 20,00 mg
Ferro 1,06 mg

Sugestões e experiências médicas

61

Diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa:


"A banana madura... encerra uma substância oleosa, que muito
suaviza as membranas mucosas irritadas em casos de colite e enfermi-
<012>

62 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

dade do reto. Contém igualmente um fermento digestivo não bem


conhecido, porém de alto valor, que, em determinada enfermidade
intestinal, a torna (a banana) a única fonte de carboidrato tolerada pela
vítima, que (doutra maneira) morre de fome...
"Essa fruta é muito recomendável também contra as enfermidades
renais, nefrite, hidropisia, gota, obesidade, afecções do fígado, cálculos
biliários, tuberculose, escrofulose, paralisia. enfermidades do estôma-
go, etc...
"Contra a prisão de ventre comem-se algumas bananas do tipo
"d'água" ou "nanica" ou "caturra" de manhã, em jejum...

"A banana ligeiramente assada, exalando seu aroma, come-se


quente para combater as pneumonias.
"Contra as diarréias, toma-se o caldo do cozimento da banana-maçã
verde... Também, contra as diarréias e disenterias, se utiliza a farinha de
banana verde, como alimento, a qual se obtém submetendo à pressão a
fruta descascada e cortada em pedaços, que logo se deixa secar, ejá está
pronta (a farinha) para o uso".
A banana é bom remédio para enfermidades dos intestinos.
Metchnikoff, há muitos anos, observou que as substâncias tóxicas
resultantes da putrefação dos resíduos alimentares no intestino grosso,
enquanto esperavam a suaeliminação, causavam processos degenerativos
no organismo, especialmente nos vasos sangüíneos e, pelas suas
observações, foi levado a chamar o coli-bacilo de "germe da velhice".
Metchnikoff procedeu a várias experiências alimentares com ani-
mais de diferentes espécies e, em alguns casos, obteve resultados
altamente apreciáveis. Observou, porexemplo, que as fezes do morcego
sul-americano, comedor de frutas, quando alimentado exclusivamente
com bananas maduras, tinham o cheiro característico dessa fruta e
estavam inteiramente livres de indício de putrefação.
Um estudo feito pelos Drs. Weinstein e Bogin, da Escola de Medicina
da Universidade de Yale, revelou que, durante a alimentação com
bananas, o bacilo acidófilo, microorganismo antiputrefativo, predomi-
nou em poucas semanas. Num caso por eles observado, a influência
deste bacilo continuou mesmo depois de cessada a alimentação com
bananas.
A dieta de bananas maduras também deu resultados dos mais
benéficos em todos os casos de prisão de ventre, dentro de uma ou duas
semanas. Seus efeitos, na maior parte das vezes, duraram algum tempo
depois que a ingestão da fruta cessou.

BANANA G3

Um doente, portador de uma antiga colite ulcerativa, obteve ótimo


resultado com a mesma alimentação.
O Dr. Lourenço Granato diz que a banana "é muito indicada nos
casos da mais rigorosa prescrição da higiene alimentar dos organismos
depauperados de velhos e crianças".
Blanche Whitney Walker, em The Boston Herald, refere o caso de
uma criança salva da morte graças à alimentação à base de bananas.
"Tristeza e desolação", diz o autor, "envolviam o pequeno lar do Sr.
e Sra. Archibald J. Chislom, que residiam à Av. Monroe 3, em Malboro.
A sua única filha, a pequena Bárbara Ann, estava muitíssimo doente e
os médicosjá não lhe davam mais esperanças. Os pais, desolados, vam
a criança definhar dia a dia. A pequena, depois de um ano, era a sombra
da criança risonha que antes alegrava o seu lar.
"Uma desordem digestiva tinha-se desenvolvido em Bárbara Ann:
ela não podia assimilar alimento de espécie alguma. As tentativas do
médico local e de vários especialistas foram inúteis. Os remédios mais
conhecidos não lhe trouxeram resultado eficaz.
"A mãe aflita curvava-se sobre o berço, os vizinhos vinham e iam
com palavras de ânimo, sem lograr aplacar o desespero dos pais. À
última hora, um especialista apresentou uma sugestão. A pequena foi
levada para um hospital em Boston, onde foi feita uma tentativa no
sentido de encontrar uma dieta que restaurasse a saúde da criança. Dias
se passavam nessa busca desesperada, até que, enfim, lhe deram como
alimento ` bananas maduras '.
"Uma pequena porção de bananas maduras foi dada à criança, e,
maravilha das maravilhas, ela se deu bem com esse alimento. Bananas
bem maduras foram empregadas. A porção foi sendo aumentada pouco
apouco. Para que o receio da mãe não crescesse, deixaram-na por algum
tempo na ignorância de que sua filhinha só conseguia reter bananas no
estômago. A criança mudava de aparência e melhorava dia a dia. A
intuição da mãe notava o melhoramento e ansiosamente desejava saber
o acontecido, receosa de que fossem melhoras passageiras. Mui cuida-
dosamente se tratou do resto da dieta, sendo eliminado todo o açúcar,
amido e gorduras. A banana, porém, continuava a fazer parte da sua dieta
principal. Depois de seis meses de permanência no hospital, a criança
foi levada para a casa em estado visível de completo restabelecimento.
Ela tinha então dois anos e meio e pesava 19 libras (8,5 quilos);
iumentou cinco libras nos seis meses de hospital.
"Bárbara Ann nasceu no hospital de Malboro.. . Era considerada uma
criança normal, em perfeito estado de saúde, até aos 16 meses de idade.
<012>

(4 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL ) BANANA ÓS

Pesava nessa ocasião 25 libras. Começou então a não se dar bem com
os alimentos e perdia peso com alarmante rapidez. Após diversas
consultas com vários médicos, f'Icou num hospital para observação, e
depois de todas as tentativas terem falhado, foi levada para a casa
novamente, pesando então 14 libras. Durante alguns meses permaneceu
no berço, enfraquecendo diariamente, até que veio a feliz lembrança do
especialista que Ihe salvou a vida. .
"Essa `criança dó milagre', como é chamada pelos especialistas,
dobrou o seu peso, vivendo mais de um ano com uma dieta de bananas.
Agora, com três anos e meio, Bárbara Ann pesa 40 libras. É uma criança
risonha, robusta e sadia. Eia come, diariamente, três bananas amassadas
e bem maduras, assim como dois ovos duros, cozidos duranté 20
minutos. Bárbara Ann também recebe bolinhos feitos de farinha de
proteína.:. e leite segundouma fórmula especial.
"Os especialistas estão seguindo este caso com verdadeiro interesse
,

"`Doença celíaca' foi, o diagnbshco Lelto pelo mçtlco sot5re essa


indisposição que é muiraramente encontrada em crianças. Trata-se de
uma indigestão intestinal". .
"A cura de banana", diz o Dr. Luna Ochoa, "é recomençiada contra
a prisão de ventFe crôniéa, os transtorros do estômago (como hiper-
acidez gástrica), as énfermidades do sistema nervoso, a paralisia, a
poliomielite (casos ém que, é óbvio, não se dispensam os necessáros
cuicados médicos), a insônia, as persistentes dores de cabeça, a obesi-
dade...
"Na polpa da banana", acrescenta o ilustrefacultativo, "foi descober-
ta a única cura existente para as perigosas enfermidades celíacas, que
tantas vidas vêm custando às crianças. É que a banana contém aquela
maravilhosa enzima digestiva que já mencionamos".
Fazendo-se três refeições ao dia, pode-se realizar da seguinte
maneira a cura de banana:
Primeiro dia 2 bananas em cada refeição
Segundo dia 3 bananas em cada refeição
Terceiro dia 4 bananas em cada refeição
Quarto dia 5 bananas em cada refeição
Durante mais 15 dias consecutivos 5 bananas em cada refeição
Vigésimo dia 4 bananas em cada refeição
Vigésimo primeiro dia 3 bananas em cada refeição
Vigésimo segundo dia 2 bananas em cada refeição

ú Iceras ofe5 icteríc ヘ a


do tígado
esfobduras
hidropisia queimaduras
osma
tuberculose gtn feridas
pul mona r
enTermidades intestinais
/=

netrite

%
onerr

doer celínco

enfermidodes do estmogo

enfermidodes renois

parolisio

escrofulose

f3ANANA

' s Fn:,s n a 'vledicina Natunl

pris8o

d iorré ヘ a

hemorr8idos
<012>

66 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL


A seiva da bananeira também encerra ricas propriedades medicinais.
Ensina o Dr. Leo Manfred:
"Para a cura da asma, emprega-se em Cuba a muda da bananeira-
maçã, quando não tem mais de um pé (30 cm) de altura. Assa-se com
raiz e tudo. Emprega-se o suco, adoça-se com mel de abelhas, e toma-
se diariamente um cálice...
"Para combater a icterícia, emprega-se, também em Cuba, a seiva
tirada do tronco da bananeira-maçã. A altura de uns três pés
(aproximadamene 1 metro), faz-se um corte e abre-se uma cavidade
capaz de conter um frasco, que ali se introduz para se recolher cheio no
dia seguinte. Deste líquido, assim obtido, o doente de icterícia deve
tomar, no fim do dia, uns três goles, durante três dias. Afirma-se que é
um santo remédio. . . A seiva da bananeira é freqüentemente usada como
detergente na cura de úlceras de mau aspecto. Aplica-se topicamente
com estopa (limpa) ou algodão (hidrófilo) bem embebido no mesmo".
A seiva do tronco da bananeira tem sido preconizada para prevenir
tuberculose.
"Esta seiva", diz o Dr. Luna Ochoa "toma-se na quantidade de uma
colherada, três vezes ao dia, com um pouco de leite... ou qualquer chá
de erva peitoral, preparado por infusão aromática e adoçado com mel
de abelhas, contra a tuberculose pulmonar".
No México, um médico apregoa com as seguintes palavras o valor
medicinal da bananeira:
"Uma das maravilhas de nossa flora foi chamada para operar uma
revolução no mundo da Medicina, em vista do descobrimento das
propriedades curativas contidas no tronco da bananeira. Trata-se nada
menos que de um antídoto contra a `peste branca', a tuberculose
pulmonar, que no passado dizimou e ainda dizima a humanidade...
"Algumas experiências realizadas pelo Dr. Monteiro da Silva, do
Brasil,... nos revelam os resultados admiráveis colhidos junto a um
regular número de tuberculosos... Refere o ilustre facultativo que as
curas radicais alcançadas na tuberculose de segundo grau atingem uma
média significativa.
"Da minha parte, entusiasmado com os muitos bons resultados
obtidos dos meus estudos sobre o assunto,... não tenho medido esforços
em continuar com as minhas experiências, que, até hoje, tenho visto
coroados dos mais lisonjeiros êxitos...

O Dr. Monteiro conta-nos o método aplicado em uma paciente,


extensivo a vários casos por ele tratados:

SANANA

" .. Por compressão, obtive de um pedaço de tronco certa quantidade


de líquido que iltrei e dei à enferma na dose de um cálice, cinco vezes
ao dia.
"Pois bem. Com esse último tratamento, a exemplo de muitos outros
enfermos tratados pelo mesmo processo, ela se curou radicalmente...
"De vez que esse meio é tão simples, barato e nada perigoso, creio
que tanto os infelizes atacados de tuberculose como os próprios médicos
deveriam fazer estudos e experiências, como eu os f Iz, e chegariam à
convicção de que o suco da bananeirapossui qualidades promissoras.. ."
Este método natural de tratamento da tuberculose é, no mínimo,
sugestivo, mas carece ainda de estudos comprobatórios. Pode, entretan-
to, igurar vantajosamente como recurso adjuvante da terapia desta
moléstia. Em todos os casos se deve observar a prescrição médica.
A própria casca da banana tem aplicação em caso de machucaduras.
"Recentemente, quando de férias", diz o Dr. Eric. F. W. Powell
"
escorreguei nas pedras e esfolei seriamente a pema e a munheca. Por
acaso eu tinha uma banana comigo, e coloquei a parte interna da casca,
atando-a, diretamente em contato com as feridas, e continuei andando.
Quando cheguei ao hotel, algumas horas depois, notei que as partes
machucadas estavam limpas e sadias. Não houve inflarnação e o
processo de cura foi o mais rápido que já experimentei. Posso, com
confiança, falar da banana como tendo aplicação externa nos casos de
inflamações, queimaduras, escaldaduras, inchações, feridas simples,
chagas e neuralgias. Bastausara casca fresca, sadia, e aplicar a superfície
interna à parte afetada. Ata-se na posição devida, mas não se aperta, e
renova-se cada duas ou três horas". A seiva da bananeira também tem
virtudes medicinais semelhantes.
A seiva da bananeira, graças aos seus efeitos adstringentes, ajuda a
curar a diarréia. Essa mesma seiva, diluída em água, traz magníf Icos
resultados contra a nefrite. Em compressas, a seiva é topicamente
aplicada para combater as hemorróidas.

VALOR ALIMENTÍCIO

Conhecem-se no Brasil mais de 30 variedades de bananas, as mais


q ,P ç, , g,
comuns das uais são: nanica rata, ouro, ma ã d água, são-tomé, i o
da-terra, cacau, abóbora, chocolate, manteiga etc.
O valor alimentício da banana reside principalmente no seu teor em
hidratos de carbono, que vai de 20,80% na banana são-tomé a 36,80%
<012>

,S FRUTAS NA IEDICINA NATURAL

na banana-ouro. Entre os sais minerais contidos na banana destacam-se


o potássio, o fósforo, o cloro, o magnésio, o enxofre, o silício e o ferro.

A banana contém as vitaminas A, B l, B2, PP (Niacina) e C. É fonte


razoavelmente boa de vitmina C; a banana-figo e a banana-são-
domingos são mais ricas nesta vitamina. A vitamina A se encontra na
proporção de 20 a 30 RE por 100 g, nas diversas variedades. A taxa das
vitaminas B 1, B2 e niacina é pequena. É bem variado o teor em vitamina
C, de um tipo de banana para outro. Assim, em 100 gramas, a d'água
possui 8 mg; a maçã,13 mg; a figo, 28 mg; a prata, l4 mg; a ouro, 8 mg.
"Ahistóriadaalimentação," diz Nicolau Ciancio, "assinalaverdadei-
ras catástrofes, toda vez que na alimentação vieram a faltar as vitaminas.
Na Idade Média, durante o inverno, na Alemanha, o escorbuto fazia
muitas vítimas, por falta de vitamina C, e milhões de pessoas morreram
de beribéri no Oriente, sobretudo no Japão, graças à carência de
vitamina B. O consumo liberal de banana ajudaria a evitar estes
quadros."
Grande é, no Exterior, o conceito alcançado pela banana. É sobreme-
sa fina e obrigatória nos melhores hotéis. Dão-lhe muita importância e
consideram-na superior à maçã. A banana é não raro vendida por
unidade, ao passo que em nosso país a compramos por dúzia e kg, a
preços mais ou menos acessíveis.
Nosso povo precisa conhecer o valor dos nossos mais ricos alimen-
tos, entre os quais figura a banana, para que possa comer o melhor e o
mais barato, não desperdiçando o que é tão adequado para a nossa saúde
e economia.
A banana deve ser comida ao natural ou misturada, em saladas, com
outras frutas. Podemos usar, também, com vantagem, os doces de
banana, que devem ser preparados sem açúcar, pois a própria frutajá é
consideravelmente doce, as bananas dessecadas e a farinha de banana,
que são alimentos principalmente energéticos.

A banana-prata madura pode ser incluída na dieta infantil desde os


6 meses de idade. Nos Estados Unidos ela é ministrada mais cedo às
crianças. Passada no liquidificador, é incluída na mamadeira com leite,
sem açúcar. O próprio adocicado da banana é suficiente para adoçar.

No Exterior, como já dissemos, se dá à banana um valor alimentar


considerável, e já é tempo de compreendermos os benefícios que
oderiam auferir dessa fruta os brasileiros, se dela fizessem uso mais
ácional e abundante."Se as autoridades escolares", diz um ilustre
médico brasileiro, "distribuíssem a banana, na forma de merenda ou

BANANA G9

complementação alimentar, fundadas no seu valor nutritivo e na interior


ação das vitaminas, poriam temio aos preconceitos absurdos, generali-
zando a pobres e ricos a merenda nacional.
"Grande parte então dos alunos traria de casa as frutas, que conside-
rariam verdadeira guloseima..."
As frutas, saudáveis, devem substituir as nocivas guloseimas, devo-
radas avidamente pelas crianças. A banana ao natural é exemplo de
excelente substituto para qualquer guloseima.
RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anem ヘ a: A banana não é, relativamente, muito rica em ferro, mas tendo


em vista sua boa aceitação. que facilita um consumo liberal, tres a cinco unidades
podem contribuir aproximadamente com 20 a 30% da quantidade de ferro requerida
para um dia.

Asma: Assar a muda pequena da bananeira-maçã, com raiz e tudo, cortada


emrodelas. Depo ヘ s espremerpara obter o caldo, misturar com mel de abelhae tomar
diariamente um cálice.

Chagas: Verferidas.

Colite: "Cura da banana" (pág. 64) ou tãzer algumas refeições de banana-


prata madura, sem misturar com outro alimento. Pode-se, eventualmente, usar
banana com iogurte natural, em refeição exclusiva.

Constipação intestinal: Recomenda-se a banana-nanica (ou banana-


d'água ou banana-caturra). Fazer, emjejum, uma refeição com esta banana, crua,
sem misturar com outro alimento. Pode-se fazer a "cura de banana".

Contusões: Proceder como indicado em inflamações em geral.

Desnutrição: A banana pode ser incluída no programa alimentar de


convalescentes de desnutrição, haja vista que é alimento rico em calorias e
vitaminas. Seria vantajoso incluí-la na merenda escolar.

Diarréias: Tomar o caldo do cozimento da banana-maçã verde. Pode-se


também usar a banana-prata quase madura amassada, sem misturar com outro
alimento. Algumas colheres de chá, da seiva da bananeira (uso interno), são também
indicadas.

Disenterias: Ver diarréias.

Doença celiaca: L,er caso relatado à pág. 63.

Enterite: Proceder como indicado em colite.


<012>

S FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Estômago, doenças do: Recomenda-se a banana-prata cozida, utilizada


esporadicamente na alimentação, como refeição, sem misturar com outro alimento.

Feridas agudas: Ler experiência relatada à pág. 67. Aplicar nódoa da


bananeira diretamente sobre a ferida, que deve estar limpa. Observar os cuidados
de assepsia.

FiRado, doenças do: Proceder como indicado em gota.

Gota : Fazer freqüentemente refeições exclusivas de banana, sem misturar


om outro alimento.

Hemorróidas: Aplicar compressas locais com a seiva da bananeira.

Hidropisia: O mesmo método indicado em rins, desordens dos. Pode-se


também proceder a uma "cura de bananas", conforme explicado à pág. 64

Ictericia: Fazer um corte no caule da bananeira-maçã, a mais ou menos


um metro, e abrir uma cavidade capaz de conter um frasco, que ali se introduz para
se recolher cheio no dia seguinte. Tomar à noite três goles durante três dias.

Inflamações em geral: Aplicar localmente a casca da banana (fresca, parte


intema) em compressas. Renovar a cada duas horas.

Insônia: Pode-se experimentar a "cura de bananas", conforme explicado


à pág. 64.

Machucaduras: Verferidas agudas.

Nefrite: Ver rins, desordens dos. Diluir a seiva da bananeira em água (três
colheres de sopa da seiva para cada 100 ml de água); tomar duas ou três xícaras por
dia.

Neuralgia: Fazer compressas locais com a casca da banana (parte de


dentro). Renovar a cada três horas.

Obesidade: Os obesos não devem abusar da banana. É preciso usá-la com


regra. Algumas refeições esporádicas exclusivas de banana-prata (uma ou duas
unidades pequenas) são indicáveis.

Paralisia: As doenças neurológicas que levam a paralisias são às vezes


tratáveis com vitaminas do complexo B. A banana, como fonte dessas vitaminas,
é adequada nesses casos como elemento dietético.

Pneumonia: Comer a banana ligeiramente assada, exalando seu aroma


(qualquer espécie de banana).
BANANA %I

Poliomielite: Além do tratamento médico, indispensável, pode-se proce-


der a uma "cura de banana", como indicado à pág. 64, que deve ser profissional-
mente indicada. Pode-se acrescentar banana à dieta.

Queimadura: Proceder como indicado em inf7amações em geral.

Retite: Ver colite.

Rins, doenças dos: Fazer esporadicamente, algumas refeições exclusivas


de banana.

Tuherculose: Ver experiência relatada à pág. 67.

Ãlceras: Aplica-se, com algodão. a seiva da bananeira localmente.


Observar cuidados de assepsia.
<012>

CAJU
(Anacardium occidentale, L.)

O caju é uma fiuta que merece nossa melhor acolhida à mesa.


Pertence à família das anacardiáceas, em que se incluem também a
manga, a aroeira, o imbu, a ciriguela e o cajá-manga.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA*

Cem gramas de caju contêm:

Calorias

Pedúnculo

Suco
Castanha torrada

Água
Pedúnculo comestível
Suco
Castanha torrada

Carboidratos

Pedúnculo comestível
Suco
Castanha torrada
*Considerações sobre vitaminas em "Valor alimentício".

72

36,50 kcal
52,20 kcal
609,00 kcal
86,60 g
86,00 g
5,30 g
8,40 g
10,00 g
26,40 g

CAJU

Proteínas
Pedúnculo comestível 2,80 g
Suco 2,80 g
Castanha torrada 19,60 g
Lipídios
Pedúnculo comestível 0,30 g
St.lco
Castantla torrada 47,20 g
Cinzas
Pedúnculo comestível 1,20 g
Castanha torrada 1,50 g
Alguns sais do caju, em 100 gramas:
Fósforo
Pedúnculo comestível 500,00 mg
Castanha torrada 575,00 mg
Cálcio
Pedúnculo comestível 50,00 mg
Castanha torrada 165,00 mg
Ferro
Pedúnculo comestível 0,40 mg

USO MEDICINAL

"O caju", diz o Dr. Alberto Seabra, "presta-se mais e melhor que
qualquer outra fruta às chamadas curas de frutas. A Europa nos manda
o seu ensino da cura de morango, da cereja, da uva etc. Um dia virão até
nós viajantes de além-mar, a freqüentar as praias de Sergipe, para fazer
acura do caju. Eczematosos, reumáticos, sifilíticos,já os divisamos, nos
longes do futuro, a chuparem pela manhã, na própria árvore, o seu
líquido refrigerante, tônico e depurativo".
No Sul, infelizmente, é uma fruta cara. Ninguém a planta e os
cajueiros são raros.
A casca da castanha de caju encerra um óleo de cheiro forte, acre e
cáustico, conhecido como cardol ou resina de caju, da qual se extrai o
ácido aracárdico.
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

O óleo de caju, segundo o Dr. E. Magalhães, tem servido para


cauterizar excrecências, avivar dartos, modificar úlceras, acalmar a dor
de dente e, no tratamento da lepra, foi usado como cáustico para os
lepromas.
Afirma F. C. Hoehne, Diretor do Instituto de Botânica:
"O verdadeiro fnzto do caju é a mencionada castanha que encima o
pedúnculo inflado e suculento que se destina a promover a dispersão da
planta, pelas aves e animais mamíferos, que apanham e devoram os
cajus. As sementes são altamente nutritivas, estimulantes, porque
encerram, além de 9,7% de substâncias azotadas e 5,9% de amido,
47,13% de óleo amarelo fmíssimo e doce, cuja densidade é de 0,916 e
de natureza quase idêntica àquela do óleo das amêndoas doces: O óleo
contido na casca é ... mui corrosivo; contém: cardol, ácido anacárdico,
e volatiliza-se, porque tem a densidade de 1,014. Suas propriedades
antissépticas, vermicidas e vesicantes tornam-no útil na terapêutica. Em
contato com o fogo, inflama-se bruscamente. Preconizam-no contra a
lepra e as moléstias cutâneas, tais como eczema vesicante e corrosivo,
que o torna antisséptico e cauterizante.
"Uma vez que as feridas estejam perfeitamente livres das carnes
esponjosas, pus e coágulos sangüíneos, aplicam-lhes o decocto das
folhas novas do cajueiro que, graças à sua propriedade levemente
adstringente e vulnerária, promovem a cicatrização.
"O sumo das amêndoas frescas, aplicado sobre os calos e verrugas,
promove a sua extirpação em poucos dias de tratamento continuado.
Empregam-no ainda no combate às oftalmias de origem escrofulosa.
Assim, não duvidamos de que possa ter utilidade como inseticida,
porque os antigos já costumavam esfregar seus móveis com ele para
matarem ou evitarem o canzncho".

VALOR ALIMENTÍCIO

A Divisão Técnica do antigo SAPS, após minuciosos estudos sobre


o caju, constatou que essa fruta é, depois da acerola, no Brasil, a maior
fonte de vitamina C: possui mais do dobro de ácido ascórbico (vitamina
C) que qualquer outra fruta, deixando atrás o limão e a laranja, que são
as fontes mais conhecidas.
O caju amarelo é o mais rico de todos; contém mais alto teor de
vitamina C (220 miligramas) do que o vermelho (212 miligramas).
Pouco maduro, contém menor teor; mas excessivamente maduro,
também perde parte do seu conteúdo em vitamina C.
lepra
feridas

CAJU (Anacardium occidentale)

CAJU
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

A polpa do caju contém carboidratos, um pouco de proteínas,


gorduras e água.
Apenas 30 a 40 g de caju, por dia, fornecem toda a quota diária de
vitamina necessária ao homem adulto.
No preparo de doces de caju, perde-se mais da metade do seu teor
vitamínico, mas, ainda assim, resta boa porção, monnente se os doces
são feitos em casa. Segundo pesquisas realizadas pela Divisão Técnica
do antigo SAPS, as preparações domésticas apresentam maior propor-
ção do que as industriais.
A castanha do caju é um alimento em que, ao requintado sabor, se
acham aliadas altas qualidades nutritivas. Deve ser usada torrada. É rica
em vitaminas do complexo B, como tiamina, riboflavina e niacina.
Salienta-se o teor de riboflavina ou vitamina B2 (500 mcg%), mais
elevado que no próprio leite (190 mcg%).

É, como se vê, um alimento que deve ser incluído em nossa dieta, se


bem que moderadamente, sobretudo pelo seu elevado teor protéico.
Fruta de sabor agradabilíssimo, o caju merece a melhor acolhida às
nossas mesas, não só como refresco, mas principalmente na qualidade
de fruta.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Afta: Aplicar no local o suco dos brotos do cajueiro.

Anti-séptico: Proceder como indicado emferidas.

Calo: Aplicar topicamente, na forma de cataplasma, o suco das castanhas


frescas, várias vezes ao dia.

Catarros crônicos: Indca-se a "cura de caju", conforme explicado em


eczema.
Dor de dente: Aplicar no local "óleo de caju". L,er observação feita em
úlceras em geral.

Eczema: Recomenda-se a"curade caju": Permanecerdois ou três dias por


semana em completo repouso, alimentando-se exclusivamente de cajus maduros.
Para evitar o fastio, podem-se fazer refeições de maçãs e laranjas, mas usar uma
fruta em cada refeição; jamais misturá-las durante as "curas de frutas".

Escorbuto: Devido à sua riqueza em vitamina C, o consumo de caju é


poderoso antídoto contra esta desordem carencial.

CAJU %%

cataplasmas do decocto das folhas novas do cajueiro, que promovem a cicatrização.

Gripe: tomar suco de caju.

Ictericia: Indica-se a "cura de caju", conforme explicado em eczema.

Lepra: Mesmo método indicado em úlceras em geral. O "óleo de caju" age


como cáustico dos lepromas. Sua utilização deve ser acompanhada porespecialista.

Psoriase: Ler observações feitas em úlceras em geral. Pode-se proceder


à "cura de caju", conforme explicado em eczema.

Reumatismo: Proceder à "cura de caju", como indicado em eczema.

Sifilis: Proceder à "cura de caju", como indicado em eczema.

Ãlceras emgeral: Recomenda-se, como modificadorde úlceras, "óleode


caju". Infelizmente não é fácil de encontrar à venda. Este óleo é extraído da casca
da castanha de caju, e contém o ácido anacárdico. Sua utilização requer acompa-
nhamento de terapeuta experimentado.

Verrugas: O mesmo procedimento orientado em calo.

Feridas: Não havendo supuração ou coágulos sangüíneos, pode-se aplicar


<012>

CAQUI
CAQUI

(Diospyros kaki, L. F.)

O caquizeiro, árvore da famlia das Ebenáceas, é originário da China,


da Coréia e do Japão. Por alusão à cor do fruto, "caqui", em japonês
,
significa "amarelo escuro".

COMPOSlÇÃO UÍMICA
Cem gramas de caqui contêm:
Calorias 250 kcal
Água 65,80 g
Carboidratos 31,60 g
Proteínas 0,70 g
Lipídios 1,20 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 250 mcg
Vitamina B 1(Tiamina) 50,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 45,00 mcg
Niacina 0,10 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 17,10 mg

USO MEDICINAL

enfermidades dos vios respiratórias

dores
do estmago

O caqui é muito recomendado contra as afecções do fígado (come-


se com moderação), os transtornos intestinais, os "catarros" da bexiga, CAQUI
(Diospyros kaki)
as enfermidades das vias respiratórias.
78

*ra nstornos i ntesti na is


<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL


O caqui convém aos tuberculosos, desnutridos, anêmicos. Ao passo
que o caqui imaturo é adstringente, o maduro é laxativo.

No seu trabalho intitulado "A dieta de caqui, novo regime


antidispéptico", o Dr. J. M. Laffón informa:
"Baseados em observações empíricas e alguns fatos da observação,
iniciamos algumas experiências que consistiram em tratar as dispepsias
agudas mono-sintomáticas, infantis, com polpa de caqui como único
alimento e único medicamento...
"Em todos os casos, a rápida remitência de toda a sintomatologia em
poucas horas, nos fez passar para um regime de transição, 24 horas
depois de iniciada a dieta de caqui no começo das experiências, e
passamos para a alimentação normal, diretamente, mais adiante, quan-
do adquirirmos confiança no nosso regime.

"Observamos nos nossos pequeninos doentes um notável aumento


de apetite depois de submetidos a um regime de caqui..."
Diz o Dr. Leo Maclfred que "os que sofrem do estômago, sendo
afligidos por acidez, dores, câimbras etc., saram comendo dois ou três
caquis por dia". Obs. : Não pode ser comido com pão ou misturado com
outro alimento.
O Dr. Teófilo Luna Ochoa diz que o caqui, por ser essencialmente
alcalinizante, se recomenda aos que sofrem de acidose.

VALOR ALIMENTÍCIO

O caqui só deve ser comido quando completamente maduro, porque,


verde, é adstringente. Maduro, é saudável e rico, tanto pelo seu conteúdo
em sais e vitaminas, como pela sua taxa de carboidratos. Convém
especialmente às crianças, e é muito indicado aos convalescentes. Seu
cativante sabor age como estimulante do apetite, e pode ajudar a
introduzir o hábito de comer frutas no caso das crianças.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidez gástrica: Ver pirose.

Acidose: Proceder como indicado em pirose.

Anemia: Proceder como indicado em cãibras.

CAQUI 81

Cãibras: Recomenda-se, empiricamente, comer dois ou três caquis por dia.


Constipação intestinal: Fazer algumas refeições exclusivas de caqui.
Pode substituir o jantar. Não comer em excesso.

Digestão, distúrbios da: Ver dispepsia.

Digestivas, desordens: Ver dispepsia.

Dispepsia: Recomenda-se, especialmente em dispepsias infantis, o uso do


caqui. Fazer algumas refeições exclusivas desta fruta, madura e sem casca. Mas
comer moderadamente. Não usar açúcar.

Figado, doenças do: Recomenda-se fazer, esporadicamente, algumas


refeições exclusivas de caqui. Mas comer com moderação.

Pirose: Fazer algumas refeições exclusivas de caqui, mas não usá-lo em


excesso.

Respiratórias, vias, doenças das: Recomenda-se cozinhar a polpa do


caqui com água em um pouco de mel. Mexer bem e tomar meia xícara deste líquido
xaroposo, momo, várias vezes ao dia.

Tuberculose: O caqui pode ser vantajosamente incluído na dieta dos


tísicos, juntamente com outras frutas.

Bexiga, doenças da: Fazer algumas refeições exclusivas de caqui, ou de


uco de caqui com um pouco de água, sem açúcar.
<012>

CARAMBOLA ó3

CARAMBOLA

(Averrhoa carambola, L.)

A caramboleira, pequena árvore da famlia das Oxalidáceas, é


originária da Índia, tendo sido aclimatada no Brasil. O fruto, quando
maduro, tanto da branca como da amarela (Averrhoa bilimbi), é muito
apreciado. As flores são usadas em saladas, e as folhas, bem como as
raízes, são preconizadas pela farmocopéia indiana.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de carambola contêm:
Calorias 23,30 kcal
Água 94, g
Carboidratos 3,40 g
Proteínas 0,72 g
Lipídios 0,75 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 0,50 mcg
Vitamina B 1(Tiamina) 45,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 45,00 mcg
Niacina 0,34 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 23,60 mg

A carambola é uma fruta rica em fósforo e ácido oxálico.

::

CARAMBOLA (Averrhoa carambola)

82
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

USO MEDICINAL

O suco da fruta é um febn'bugo excelente. Usa-se contra toda classe


de febres, As folhas amassadas têm aplicação extema contra picadas
venenosas, embora não substituam os antídotos convencionais.

VALOR ALIMENTÍCIO

Esta fruta, que é uma baga carnosa, oblonga, dotada de cinco gomos
largamente separados uns dos outros, fomece, quando madura, um suco
agridoce, muito saudável. Quando bem madura é saborosa ao natural;
quando verde, porém, é azeda, e só se come preparada na forma de doce
ou compota. Cinco ou seis carambolas cortadas transversalmente, em

"estrelas" de um centímetro de espessura (carocinhos extraídos), com


três xícaras de açúcar mascavo e uma de água, dão uma boa compota.

Outras utilidades

O suco da carambola contém uma substância aquosa que auxilia na


remoção de manchas das roupas, especialmente mancha de tinta de
caneta.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Diurese: O suco da carambola age como bom diurético, auxiliando na


"limpeza" dos rins.

Eczema: Convém ingenr diariamente um copo de suco fresco de caram-


bola.

Febre: Em períodos de febre convém tomar de hosa em hora um pouco


de suco de carambola (cerca de 1/3 de copo duplo por vez).

Picadas venenosas: Embora não substitua os antídotos convencionais a


aplicação externa das folhas bem amassadas da carambola ajuda a evitar compli-
cações, segundo conceito popular.

CASTANHA-DaI-PARA
(Berthalletia excelsa L.)

A castanha-do-pará é produzida por uma árvore da famlia das


Lecitidáceas, também chamada castanha-do-maranhão, castanha-do-
rio-negro, castanha-do-brasil, tocari, tururi, cari, juviá, tucá, nhã.
amendoeira-da-américa.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de castanha-do-pará encerram:
Calorias 729,00 kcal
Água 5, g
Carboidratos 7,00
g
Proteínas 17,00 g
Lipídios 67,00 g
Cinzas 3,60 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 20,00 mcg
Vitamina B 1('Tiamina) 1094,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 118,00 mcg
Niacina 7,71 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 10,30 mg
Em 100 gramas de castanha-do-pará há sais como os seguintes:
Fósforo 746,00 mg
Cálcio 172,00 mg
Ferro 5,00 mg

85
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

USO MEDICINAL

A castanha-do-pará é um bom alimento para os desnutridos, os


desmineralizados, os anêmicos, os débeis, os tuberculosos.

É, outrossim, recomendada como alimento apropriado à alimenta-


ão das crianças, dás gestantes e das lactantes.
ç "A castanha-do-pará, na taxa de 20%, evitou nova crise de beribéri"
,
diz Garcia Paula.

VALOR ALIMENTÍClO

A castanha-do-pará é um rico reservatório vegetal de energia e


proteína. Em calorias, nada perde para a noz e leva vantagem em relação
à amêndoa. Em proteínas, praticamente se equipara a essas duas frutas
européias. A excelsina, que é a proteína da castanha-do-pará, é de bom
valor biológico.
As proteínas completas são as que contêm todos os aminoácidos, em
proporções adequadas à manutenção da vida e ao crescimento. Desta
categoria são as proteínas do leite (a lactalbumina e a caseína), as do ovo
(a ovalbumina e a ovovitelina). A da soja (a glicinina) e a da castanha-
do-pará (a excelsina) aproximam-se desta categoria.

Para termos uma idéia mais exata do valor protéico da castanha-do-


pará, basta lembrarmos que um renomado nutrólogo a chamou de

"carne vegetal". O índice de crescimento resultante do uso desta


castanha muito se assemelha ao do leite.

Ela tem merecido estudos da parte de eminentes nutrólogos, tanto no


Brasil como no exterior, e alcançou elevado prestígio em outros países.

Riquíssima como ela é em gorduras, recomenda-se ao trabalhador


braçal, e, graças ao seu elevado teor de fósforo, é também conveniente
a quem exerce atividades intelectuais.
Já foi preconizado o uso da farinha desta castanha, parcialmente
desengordurada, com a seguinte composição: água 7,6%; carboidratos,
13,6%; proteínas 33,5%; gorduras, 38,5%.
Por não ser de digestão muito fácil, aconselha-se mastigar muito bem
a castanha-do-pará.
Temos, pois, nesta castanha, um alimento genuinamente brasileiro,
cujo altíssimo valor nutritivo Ihe assegura um lugar de destaque entre
os mais ricos produtos que podem fazer parte da nossa mesa. Infeliz-
mente, o elevado preço desta castanha torna-o proibitivo a não poucos

alimentoçóo das gestantes


e lactnntes

C.

/
desnutriçóo
n

anemia debilidode

beribri

''.

,C. ....:
. Y

CASTANHA-DO-PARÁ (Bertholletia excelsa)

CASTANHA-DO-PARÁ

orçamentos.

olimentaço das crianças


tuberculose
<012>

8ci AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Entretanto, pode figurar esporadicamente no cardápio, com saldo


expressivamente positivo para a nutrição. Convém, ademais, certificar-
se de que as castanhas não estão passadas ou tratadas com excesso de
agroquímicos. Rejeite as que apresentarem cheiro ou gosto de "mofo".

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia: Incluir castanha-do-pará na alimentação. Podem-se usar 3 ou 4


unidades por refeição.

Beribéri : Incluir boa quantidade de castanha-do-pará na ração. Podem-se


usar a farinha de castanha-do-pará.

Cérebr, para fortalecer o: acrescentar 4 ou 5 castanhas-do-pará à


alimentação.

Crianças, para enriquecer a alimentação das: Proceder como indicado


em anemia. Só não recomendável a bebês em fase de amamentação.

Debilidade: Proceder como indicado em anemia.

Desmineralização: Proceder como indicado em anemia.

Desnutrição: Proceder como indicado em anemia.


Gestação, dieta na: Proceder como indicado em anemia.
Lactação, dieta rux: Proceder como indicado em anemia.
Tônico: Proceder como indicado em debilidade.

Tuberculose: Acrescentar algumas unidades de castanha-do-pará à dieta.

CASTANIA-PORTUGUESA

(Castanea vesca, Gaert )


O castanheiro, árvore da familia das Fagáceas, é originário da região
do Mediterrâneo. No Brasil, a castanha-portuguesa é mais facilmente
encontrada no fim do ano, sendo seu uso tradicional nas festividades
desta época, quando é importada da Europa.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de castanha (européia) contêm:
Calorias 191,00 kcal
Água 52,00 g
Carboidratos 4 I ,00 g
Proteínas 2,80 g
Lipídios 1,50 g
Cinzas 2,00
g
Vitamina A (Retinol equivalente) 17,00 mcg
Vitamina B1(Tiamina) 175,00 mcg

Em 100 gramas de castanha há sais como os seguintes:


Fósforo 93,00 mg
Potássio 92,00 mg
Sódio 85,00 mg
Cálcio 34,00 mg
Ferro 4,00 mg
89
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

aécçóes das vias


respiratórios

ASTANHA (Castanea vesca)

CASTANHA-PORTUGUESA

USO MEDICINAL

O Dr. Demétrio Laguna Alfranca ensina que a castanha é lactígena,


o que signiflca que aumenta a secreção do leite nas lactantes.
A castanha tem sido recomendada contra a gota, e de há muito tempo
se sabe que, em purês, ela é bem tolerada pelos que sofrem de transtornos
digestivos.
"As folhas da castanheira", diz o Dr. Teófllo Luna Ochoa, "gozam
de propriedades peitorais, pelo que se recomendam contra as afecções
das vias respiratórias e, particularmente, contra a coqueluche das
crianças, caso em que se administra o infuso adoçado com mel de
abelha".
O Dr. Raul D'Oliveira Feijão ensina que "o povo usa por vezes a
casca da árvore como adstringente (diarréias, enterites etc.)." Emprega-
se em decocção.

VALOR AGIMENTÍClO

A castanha é um alimento energético por excelência. Na Itália é


muito comum o uso de polentas ou angus de castanha, que ali represen-
tam grande parte da ração diária do trabalhador braçal. Os camponeses
que a usam em abundância nas zonas produtoras, onde é muito barato,
costumam dizer que "vivem do pão dos bosques".
Para se preparar um purê, cozinham-se as castanhas em água, pelam-
se e amassam-se com um pilão. Serve-se ao natural ou com leite quente
e um pouco de mel. É um prato muito nutritivo e saboroso.
Para assar as castanhas, efetua-se um corte em cada uma delas e
colocam-se numa assadeira ou numa panela de ferro, que se leva ao
forno. Podem também assar-se diretamente nas brasas. O fogo deve ser
brando e as castanhas devem ser revolvidas freqüentemente, para que

não se queimem.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Coqueluche: Chá das folhas da castanheira, por infusão, adoçado com


mel. Tomar aos goles.

Diarréia: A castanha é alimento adstringente. Pode ser usada cozida com


erva-doce e sem açúcar, em pequena quantidade. Pode-se também tomar o chá da
casca da castanheira.
<012>

AS FRUTAS VA MEDICL'IA NATURAL

Digestão, distúrbios da: Pode-se incluir na dieta um pouco de purê de


castanha-portuguesa.

Enterite: Mesmo método explicado em diarréia.

Figado : Os doentes do fígado podem incluir um pouco de castanha em sua


dieta. Não convém, entretanto, usá-la em excesso nem combiná-la com condimen-
tos, alimentos gordurosos ou frituras.

Gota: Os pacientes de gota podem incluir, esporadicamente, castanha-


portuguesa cozida em sua ração, mas com parcimônia.

Respiratórias, vias, doenças das: C há das folhas da castanheira,por


infusão.

COCO

(Coco nucifera L.)

O coco-da-baía é uma palmeira abundante neste País, principalmen-


te nos Estados da Bahia e de Pernambuco, onde confere à paisagem
litorânea um toque de singular beleza.
A palmeira ocupa lugar preponderante na literatura botânica. Em
folhas de palmeira os fenícios faziam sua escrita. Folhas de palmeira
coroavam as musas outrora representadas pelos escritores e escultores.
Para os astrólogos egípcios, a folha da palmeira era o emblema de sua
ciência. Desde os tempos mais remotos, os triunfos são simbolizados
pelas palmas, as "palmas da vitória". E quem não sabe da triunfal entrada
de Jesus em Jerusalém, quando o povo lhe saiu ao encontro, com ramos
de palmeiras?

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Em 100 gramas de coco encontram-se:

Calorias
Polpa (subst. camuda do coco) 589,80 kcal
Leite de coco maduro 38.60 kcal
Água
Polpa I 4,00 g
Leite 90,80 g
93
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Carboidratos
Polpa
Leite

Proteínas
Polpa
Leite

Lipídios
Polpa
Leite
Cinzas
Polpa
Leite

Vitamina Bl (Tiamina)
Polpa
Leite

Vitamina Bz (Riboflavina)
Polpa
Leite
Niacina
Polpa
Leite
Vitamina C (Ácido ascórbico)
Polpa
Leite

27,80 g
7,00 g

5 ,70 g
0,40 g

50,50 g
1,00 g

2,00 g
0,80 g

173,00 mcg
2,00 mcg

102,00 mcg
4,00 mcg

0,10 mg
0,07 mg
8,20 mg
10,40 mg

Alguns sais minerais contidos em 100 gramas de coco:


Fósforo
Polpa 191,00 mg
Leite 10,00 mg

Cálcio
Polpa 43 ,00 mg
Leite 20,00 mg

hemorrôida
'o '
:;r, .
j :á; ,

alimentaço
poro as
crionças
/

rem<006>d io pa ra
O pele
rugas

úlceros do estómago

í nflamações i ntesMnaís

coco verde

oco 95

ortrite r
,r

( ll
;iifl, ),fliii
ill(lli :

COCO (Coco nucifera)

osma
to sse
afecções
das vias
respi rat3nas

l, , l—

,\)5') i( I I I Ilf
d
, , yr,, ,
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Ferro (polpa) 3,60 mg


Magnésio (polpa) 9 mg
Enxofre (polpa) 13,00 mg
Silício (polpa) 0,50 mg

USO I'iEDICINAL
A água e o leite de coco têm inúmeras aplicações na terapêutica
doméstica.
Bebidos regularmente, contribuem para a saúde da pele. O Dr. Leo
Manfred afirma que as próprias rugas são combatidas.
São, além disso, eficazes como calmantes, oxidantes, mineralizantes,
diuréticos, febrífugos, antiflogísticos, aperientes, depurativos do san-
gue, tenífugos.
A água de coco é boa, também, no tratamento de todas as enfermi-
dades da bexiga.
Contra os ataques asmáticos, recomenda-se tomar duas ou três
colheradas de leite de coco de manhã e de noite. Imediatamente em
seguida, toma-se uma xícara de chá de agrião.

Para combater a disenteria, aconselha-se tomar duas xícaras de leite


de coco natural por dia, sem acúcar.
Experiências feitas nos EUA mostraram que os cocos verdes contêm
propriedades semelhantes às do leite materno. As mães havaianas, aliás,
já antes costumavam alimentar seus bebês, com leite de coco, em
substituição ao leite comum. Ressalve-se, todavia, que o leite materno
é, sem dúvida alguma, o melhor alimento na primeira fase da vida.

Para expulsarvermes intestinais de toda classe, toma-se cada manhã,


em jejum, uma colherada de coco ralado, fresco. O coco ralado, seco,
é inútil para fins curativos.
"O coco, muito reputado pelas aplicações terapêuticas de sua água,
na úlcera do estômago, no enjôo do mar, com os seus glícero-fosfatos
e lecitinas, é também bebida refrigerante e anti-artritica pelos seus
ácidos", diz o Dr. Alberto Seabra.
As pessoas que sofrem de inflamações intestinais devem comer a
massa gelatinosa do coco verde.
Um xarope muito bom para combater as tosses mais rebeldes,
prepara-se da seguinte maneira: Faz-se um orifício num coco verde,
introduz-se mel ou melado, tapa-se, e submete-se a fogo lento, até que
a polpa se dissolva. Toma-se uma colherada de três em três horas.
A polpa do coco verde age como adstringente nas hemorróidas e o
azeite que se extrai do coco é muito bom para aliviar as dores
hemorroidais.

coco 97

As flores do coqueiro gozam de propriedades peitorais. Usam-se, por


isso, com mel, em infusão, nas afecções das vias respiratórias.

VALOR ALIMENTÍCIO

O coco é um alimento muito nutritivo. Ajuda a substituir a came, o


"p
ovo, o queijo, o leite; aliás, é, em vários as ectos su rior a todos
estes", diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa.
O coco-da-baía, bem como sua água, são notadamente ricos em
potássio. Em situações como o diabete melito descompensado, queima-
duras, tratamentos medicamentosos da hipertensão arterial (através de
diuréticos), distúrbios gastrintestinais, jejum etc. em que há perda de
potássio, a água do coco-da-baía, utilizada regradamente, ajuda a repor
este mineral.
Esse valioso fruto presta-se à confecção de uma infinidade de pratos
nutritivos e saborosos.
"Os preparados de milho e tapioca", diz o Dr. Alberto Seabra
"
harmonizam-se na mais deliciosa associação culinária com o leite de
coco, como sejam os incomparáveis pratinhos nacionais: a canjica, o
coco, o manoê, o cuscus, os beijus de tapioca..."
A gordura de coco, porém, é a "ovelha negra" das gorduras vegetais.
Contém muita gordura do tipo saturada, que contruibui para o desenvol-
vimento da aterosclerose.
Entre os euriosos fatos e ao mesmo tempo dramáticos que marcaram
a Segunda Guerra Mundial, noticiou-se que um grupo de soldados
japoneses, perdidos e isolados numa ilha do Pacífico Sul desde a década
de 40, foi recentemente encontrado e repatriado. Completamente
separados da civilização por décadas, imaginavam que a guerra ainda
não houvesse terminado. Prontos para lutar, receberam seus salvadores
com fuzil em punho, até que puderam ser convencidos de que a Segunda
Guerra já é fato do passado. Durante todos esses anos viveram em
condições naturais, alimentando-se quase exclusivamente de cocos, o
único produto alimentício abundante na ilha. Exames médicos revela-
ram notável saúde em todos os soldados resgatados.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Antiflogistico: Ver in,jlamações

Apetite,falta de: Tomar água de coco algumas horas antes da refeição.


Não usar outros alimentos nos intervalos da alimentação.

\, . ..
Irina Kaual
<012>

AS FRLlTAS NA MEDICINA NATURA1-

Artrite: Os araíticos devem beber regularmente água de coco.


Asma: Tomar de manhâ e à noite duas ou três colheres de sopa do leite de
coco aquecido. Em seguida, tomar uma xícarade chá de agrião (decocto). Usar leite
de coco natural, caseiro, não adoçado. Nâo usar o industrializado.

Bexiga, doenças da: Tomar regularmente água de coco.


Calmante: Tomar água de coco em abundância.
Cárie dentária, para prevenir: Comer freqüentemente coco, mastigando
bem. Não usar açúcar.

Depurativo: Adotar dieta crudista por alguns dias, tomando nos intervalos
a água de coco.
Disenteria: Tomar duas xícaras de leite de coco natural por dia, sem
açúcar.

Diurese: A água de coco, tomada liberalmente, é excelente diurética.


Enjôo: Tomar água de coco aos goles. Recomenda-se especialmente em
viagens marítimas. Aconselha-se levar alguns cocos verdes.

Enterite: Comer emjejum a massa gelatinosa do coco verde. Duas ou três


colheres das de sopa, sem misturar com outro alimento.

Estômago: Ver úlcera.


Febre: Durante a febre pode-se tomar água fresca de coco. Não convém
tomar gelada.

Inflamações: Tomar copiosamente a água de coco. Age como "desinto-


xicante", favorecendo, segundo conceito naturista, a cura de processos inflamató-
rios.

Intestino, inflamaçâo do: Comer, em lugar de uma das refeiçôes, a massa


)
gelatinosa do coco verde (um pouco.

Náusea: Ver enjôo.

Pele, doenças da: Ver pele, para a beleza da.


Pele, para a beleza da: Indica-se tomar a água e o leite de coco, frescos
e naturais, regularmente, e adotar um regime alixnentar natural e saudável.

Respiratórias, vias, doenças das: Tomar o infuso das ilores do coqueiro


com mel.

coco 99

Tenifugo: Admite-se que a água de coco, batidajuntamente com a polpa


de coco verde, tomada pela manhã, em jejum (meia xícara) ajudaria a expulsar
solitárias. Depois de tomado este "leite", mastigar um pouco de coco ralado, fresco.

Tosse: Fazer um orifício num coco verde, introduzir mel ou melado, tapar
e aquecer o coco em fogo lento até que a polpa se dissolva. Tomar este xarope de
três em três horas, na dose de uma colher de sopa.

Ãlcera gastroduodenal: O paciente de úlcera pode esporadicamente


tomar água de coco.
Verminoses: Mastigar bem e deglutir em jejum, pela manhã, uma colher
de sopa de coco ralado, fresco.
<012>

cco 101

FIGO

Ficus carica, L.)

A figueira é uma árvore frutífera da fami ia das Moráceas. Origina-


se da Ásia Menor, tendo daí se expandido para aregião do Mediterrâneo.
Hoje acha-se aclimada no Brasil, para onde foi trazida no século XVI.
O figo, do ponto de vista botânico, não é o fruto, mas a polpa das
infrutescências da figueira.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de figo fresco encontram-se:
68,20 kcal
Calorias
81,70 g
Água 15,55 g
Carboidratos
1,35 g
Proteínas
Lipídios 0,70 g
0,60 g
Cinzas ) 10,00 mcg
Vitamina A (Retinol equivalente
Vitamina BI (Tiamina) 50,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 50,00 mcg
0,44 mg
Niacina 7,30 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)
100

Alguns sais do figo, em 100 gramas:


Potássio 384,00 mg
Cálcio 50,00 mg
Fósforo 35,00 mg
Sódio 27,00 mg
Ferro 0,70 mg
USO MEDICINAL

O figo é laxante, diurético, peitoral, digestivo, bom para o figado,


depurativo do sangue.
O decocto de figo, em gargarejos, é bom para curar irritações da
garganta.
Um figo partido, que tenha sido previamente cozido em leite, é bom
remédio para combater as inflamações da boca, os abscessos das
gengivas etc.
O figo seco, cozido com água ou leite, é béquico e expectorante.
Aos que sofrem de cálculos renais ou biliários, recomenda-se comer
figos frescos. Não convêm, todavia, aos que sofrem de inflamação do
baço, nem aos diabéticos.
Comer diariamente alguns figos com um pouco de gengibre, diz
famoso médico, é bom remédio contra a hidropisia.
Diz o Dr. W. F. Friedmann:
"O cozimento de figos em água (5 ou 6 figos grandes e bem maduros,
cortados aos bocados, e outras tantas passas, para um litro de água), são
muito úteis para as enfermidades inflamatórias, catarros, bronquites,
escarlatina, ardores de micção etc."
O Dr. Femie afinna que o figo é "corretivo das enfermidades
escrofulosas". O Dr. Luna Ochoa recomenda o figo como vemiífugo
especial para as crianças, e aconselha-o "nas enfermidades dos rins, do
fígado e da vesícula biliar."
O macerado de figo seco, sal e limão, em lavangens do couro
cabeludo, é eficaz contra a caspa.
A água da maceração de figos, em lavagens do rosto, favorece o
desaparecimento das manchas da face. Pe-se de molho um figo em
vinagre e esfregam-se as verrugas, cada manhã, para favorecer seu
desaparecimento.
O látex (suco leitoso) das folhas e dos ramos tem aplicação tópica
como cáustico de verrugas e calos.
<012>

l 02 AS FRU'I'AS NA MEDICINA NATURAL

Diz o Dr. Luís G. Cabrera:


"O uso do suco, tomado em jejum, durante vários dias, favorece a
expulsao dos
vermes mtestmais...

"Na febre tfóide e nas paratifóides, nas enterocolites, origmadas


pelo colibacilo e nas intoxicações causadas pelos bacilos da putrefação,
também se recomenda o uso do suco.
"Em aplicações tópicas, o uso do suco é recomendado nas anginas,
quando já há secreção purulenta, pois sua ação antisséptica dificulta o
desenvolvimento dos micróbios. Nas feridas infectadas se obtém a
mesma ação benéfica.
"Para obter-se o suco, trituram-se uns 10 ou 20 gramas de folhas e
talos e espremem-se em seguida através de um pano flno. Pode-se bater
em liquidificador com um pouco de água e coar. Aplicar compressas
molhadas deste líquido à garganta e sobre as feridas. Nos casos em que
tenha que ser ingerido acrescenta-se igual quantidade de água e tomam-
se três ou uatro colheradas por dia, de preferência após as refeições.
Toma-se m jejum só quando se vão expulsar vermes".

O látex é também eficaz contra a dor de dente. Aplica-se em gotas,


com algodão, nas cáries.
O infuso da folhas é uma excelente bebida diaforética e peitoral.
As ramas, em decocção (20:1000), trazem bons resultados contra a
hidropisia.

Para combaterhemorragias uterinas, diarréias e disenterias, prepara-


se um infuso com algumas folhas de figueira e uma porção duas ou três
vezes maior de folhas de tanchagem. Tomam-se várias xícaras por dia.

VALOR ALIMENTÍClO
Graças ao seu elevado conteúdo em glicose, açúcar de fácil assimi-
lação, o figo é um alimento de primeira ordem. Nutre e engorda.

Os atletas gregos o consideravam como o alimento mais próprio para


o desenvolvimento de suas forças. Em algunsportos turcos, osestivadores,
usando o figo como importante alimento, estão capacitados para um
grande desprendimento de energia física. Também muitos camponeses
gregos usam o figo como elemento básico da sua alimentação.

Os árabes passam muitos dias seguidos comendo figo, e se conser-


vam sãos, robustos e resistentes, executando pesados trabalhos nas
estradas, no campo etc.
A par das suas vitaminas (A, B I, B2), o flgo nos oferece importantes
sais minerais: cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio, potássio e cloro.

cálculos biliários

i rritoço da garganto

FIGO (Ficus carica)

FIGO 103
cotarro

'
bronquite

vermes

i ntestinois
<012>

104 AS FRl1'TAS NA MEDICINA NATUR-

Pelo seu sabor agradável e pela variedade das preparações a que se


presta, o figo é largamente usado como sobremesa. Seu rico valor
nutritivo, porém, recomenda sua inclusão no nosso cardápio, como
alimento regular.
Para que traga ao organismo todos os benefícios que tem para
oferecer, o figo deve, como todos os demais frutos, ser comido quando
bem maduro. A menos que tenha sido sulfatado, convém comê-lo com
a casca inteira, apenas raspada superf'lcialmente ou muito bem lavada.
O uso de biocidas, aliás hoje muito freqüente, força-nos a recomendar
que é preferível descascar o figo antes de usá-lo.

Deve-se preferivelmente comer figo emjejum. Quem tiver intestino


preguiçoso, estando, porém, com o estômago em ordem, deve comer
pelo menos meia dúzia cada manhã

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS


Anginas: Aplicar localmente o suco das folhas de figo. No caso de angina
da garganta procede-se ao gargarejo com este suco. Ler à pág. 103 o modo de
preparar.

Boca, doenças da: Comer o figo cozido em leite. Descascá-lo e picá-lo


antes de cozer.

Bronquite: Proceder como indicado em expectoração ou inflamações. O


infuso das folhas é também indicado.

Cálculos em geral: Proceder como indicado em diurese.

Calos: Aplicar localmente o suco leitoso das folhas e ramos da figueira.


Cárie dentária, dorproveniente da: Aplicar localmente o liquido leitoso
extraível das folhas da figueira.

Caspa: Macerar figo secojuntamente com sal e limão. Massagear o couro


cabeludo com este preparado.

Catarro: Ver expectoração

Constipaçâo intestinal: Recomenda-se substituir o desjejum por uma


refeição exclusiva de f'igos frescos.

Depurativo: O figo age como depurativo. Substituir, ao longo de semanas,


pelo menos uma refeição diária por figos.

Diarréia: Proceder como indicado em metrorragia.

FIGO

Diaforese: Tomar infuso das folhas de figueira.


Digestão, distúrbios da: Proceder como indicado em diurese.
Disenteria: Proceder como indicado em metrorragia.
Dispepsia: Ver digestão.

Diurese: Passar um dia a f'igos (refeições exclusivas de figos frescos)


favorece a diurese e é recomendável no tratamento de várias desordens renais.

Edema: Ver hidropisia.


Enterocolites: Proceder como indicado em febre tifóide.
Escarlatina: Proceder como indicado em inflamações.
Escrofulose: Proceder como indicado em depurativo.
Escrofuloderma: Proceder como indicado em depurativo.
Estomatite: Proceder como indicado em boca, afecções da

Expectoração: Cozinhar o igo, descascado e picado, em leite e um pouco


de mel. Compor uma refeição com este preparado. Usar quente. O infuso das folhas
de f'igueira é também recomendado.

Febre tifóide: Tomar em jejum o suco de figo fresco.

Feridas: Aplicar localmente o suco de folhas de figo ou a pasta de figo.

Figado, desordens do: Proceder como indicado em depurativo.

Garganta, doenças da: Cozinhar o figo descascado. Com a água deste


decocto gargarejar.

Gengiva, abscessos da: Proceder como indicado em boca, afecções da.


Hemorragia uterina: Ver metroragia.

Hidropisia: Comer diariamente figos com um pouco de gengibre. As


ramas em decoeção são também indicadas.

Inflamaçôes em geral: Cozinhar o figo, descascado e picado, em ágia.


Fazer refeições exclusivas deste preparado.

Metrorragia: Juntar folhas de figueira com uma quantidade duas ou três


vezes maior de folhas de tanchagem. Tomar o chá, preparado por infusão, várias
vezes ao dia.
<012>

106 AS FRU'TAS NA MEDICINA NATURAL

Micção, ardor à: Proceder como indicado em diurese ou infZamações.


Nefrolitiase: Proceder como indicado em diurese.

Pele, para a beleza da, ou manchas na (especialmente no rosto): Lavar


diariamente o rosto com a água da maceração de figos.

Picaduras de insetos: Aplicar o látex das folhas na parte afetada.


Respiratórias, afecçôes das vias: Recomenda-se cozer alguns figos em
úgua e mel e comê-los, exclusivamente, numa refeição, quentes.
Rins, desordens dos: Proceder como indicado em diurese.
Rosto, manchas no: Ver pele.

Sudorifico: Ver suor.


Suor,para estimular aprodução de : Tomar o infuso das folhas da tigueira
Tifo: Ver Febre tifóide.

Tosse: Proceder como indicado em expectoração.

Verrugas: Pôr de molho um figo em vinagre e esfregar as verrugas cada


manhã. O látex (suco leitoso) das folhas e ramos pode também ser aplicado
topicamente sobre as verrugas.

Verminoses: Proceder como indicado em constipação intestinal. Pode-se


também tomar em jejum o suco de folhas de figo (ler pág 103)

Vesicula biliar, doenças da: Proceder como indicado em depurativo.

FRUTA-DE-CONDE
(Annona squamosa, L.)
A fruta-de-conde é produzida por uma árvore chamada ateira, da
fami'lia das Anonáceas. Pertencem a esta familia a graviola e o araticum.
É originária das Antilhas, tendo sido aclimatada no Brasil. A fruta é
também conhecida pelos nomes de ata, pinha e condessa.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de fruta-de-conde contêm:
Calorias 69,00 kcal
Água 82,00 g
Carboidratos 14,23 g
Proteínas 2,80 g
Vitamina B (Tiamina) 63,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 167,00 mcg
Niacina 1,28 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 28,10 mg
Alguns dos mais importantes sais contidos na fruta-de-conde, em
100 gramas:
Cálcio 10,00 mg
ósforo 10,00 mg
t~erro I 0,00 mg

107
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

,
onem ia

desnutrição

col ite crníco

..

cospo ;tinte
do estmogo e do intestino
FRUTA-DE-CONDE (Annona squamosa)

FRUTA-DE-CONDE IO9

USO MEDICINAL

A fruta verde, as folhas e a casca da árvore encerram propriedades


adstringentes.
Usa-se em decocção. Tomam-se várias xícaras pordiaparacombater
a colite crônica e fortificar o estômago e o intestino.
A fruta madura é muito recomendada às pessoas débeis, anêmicas e
desnutridas.
As folhas, em infusão, servem para acalmar espasmos e cãibras.
As sementes são emetocatárticas: produzem vômitos e soltam o
intestino.
O macerado das sementes pulverizadas, em álcool, é bom para
combater a caspa.

VALOR ALIMENTÍCIO

A fruta-de-conde, também chamada pinha, é aparentada com o


araticum. É uma fruta deliciosa, comida ao natural ou usada em
preparados, como refrescos, geléias, marmeladas, etc.
O melhor é comê-la fresca, no desejejum, ou combinada com outras
frutas.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia: Embora não seja muito rica em ferro, a fruta-de-conde pode ser
vantajosamente incluída na dieta de anêmicos juntamente com outros alimentos
ricos em ferro, dada sua riqueza em vitamina C.

Caspa: Aplicar no couro cabeludo o macerado das sementes misturado


com álcool.

Cãibras: Chá das folhas, em infusão. Uso intemo.

Catártico: As sementes moídas e misturadas com um pouco de suco de


limão têm efeito purgativo. Podem também provocar vômitos.

Colite: Proceder como indicado em diarréia.


Convulsões: Ver espasmos.

Debilidade geral: Recomenda-se a inclusão da fruta-de-conde na dieta em


caso de debilidade geral.
<012>

1 IO AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Desnutrição: Ver debilidade.

Diarréia: Decocto das folhas, fruta verde e casca da árvore. Tomar várias
xícaras por dia.

Emético: Ver catártico.

Espasmos: Proceder como indicado em câibras.

Estômago,parafortalec er o: Tomar várias xícaras ao dia do chá das folhas


da fruta-de-conde.

Intestino, parafortalecer o: Proceder como indicado em estômago.


Tônicos: Proceder como indicado em debilidade.

Vômitos, para provocar: Ver catártico.

~
FRUTA-PAa
(Artocarpus incisa L.)

A fruta-pão é produzida por uma árvore da famlia das Moráceas. É


um fruto grande, de massa espessa, tenaz, algo seca, doce, muito
saborosa.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de fruta-pão encontram-se:
Calorias 114,40 kcal
Água 72,60 g
Carboidratos 26,00 g
Proteínas 1,00 g
Lipídios 0,40 g
Vitamina B 1(Tiamina) 120,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 50,00 mcg
Niacina 2,50 mg
Alguns dos mais importantes sais contidos em 100 gramas de fruta-
pão:

Cálcio 84,00 mg
Fósforo 68,00 mg
Ferro 2,00 mg

lll
<012>

I12 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

USO MEDICINAL

p fruta-pão goza de propriedades laxantes.

Aplica-se também, em fatias quentes, sobre furúnculos.


Com as amêndoas preparam-se emulsões proveitosas nos corrimen-
tos do aparelho gênito-urinário.

"As sementes são muito valiosas, pois que se extrai delas uma fécula,
e podem ser comidas tostadas ou cozidas. Possuem um sabor parecido
com o das castanhas, e constituem um tônico para o estômago e os rins".

- Dr. Teófilo Luna Ochoa.


"As folhas de fruta-pão são usadas na medicina para a preparação de
banhos próprios para o tratamento das dores reumáticas." Dr. Lourenço
Granato.
O látex da árvore é indicado contra as hémias das crianças. Aplica-
se com um bragueiro (cinta ou funda para hérnias).

%ALOR ALIMENTÍClO
A fruta, assada ou cozida, pode ser usada como pão. Tem bom sabor.
É alimento nutritivo por excelência. É razoavelmente rica em vitamina
B, especialmente niacina. Pode-se também misturar essa fruta com
farinha de trigo, no preparo de pão caseiro.

Em muitas mesas do sertão nordestino, onde o trigo é caro e escasso,


a- ão é de fato usada em lugar do pão, na refeição matinal. É um
a frut p
recurso providencial no Nordeste, pois, como fruto nativo, é abundante
e barato.
Em alguns lugares costuma-se torrar fatias ou rodelas da fruta-pão
sobre pedras quentes. Ao paladar assemelha-se à batata-doce. Toma-se
mais deliciosa quando usada com mel ou melado.
RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Antraz: Verfurúnculos.

Constipação intestinal: Recomenda-se comer regularmente a fruta-pão.


Pode-se misturar um pouco de farelo de higo às preparações.

Corrimentos (do sisterna gênito-urinário): Além do tratamento médico,


recomenda-se popularmente a seguinte receita: pulverizar as amêndoas da fruta-
pão, misturar com um pouco de azeite virgem e tomar uma colher de sopa emjejum.

.c
\

r..: :.

FRUTA-PÃO (Artocarpus incisa)

tônico poro o estómaçro

FRUTA-PÃO 113

furúnculos

tónico
poro os
FinS
<012>

II4 AS FRU'I,AS NA MEDICINA NATURAL

Estômago, tônico para o: Comer as sementes da fruta-pão tostadas ou


ozidas.

Furúnculos: Aplicar fatias quentes de fruta-pão sobre os furúnculos.

Hérnias das crianças: Indica-se popularmente aplicar o látex da árvore no


local, com auxlio de uma cinta ou funda.

Leucorréia: Liquidificar as sementes em água, filtrar, ferver e fazer


irrigações vaginais.

Prisão de ventre: Ver constipaçâo intestinal.

Reumáticas, dores: Banho de imersão em chá de folhas de fruta-pão. Ou


banhar a região dolorida com este decocto.

Rins, tônico para os: Proceder como indicado em estômago.

GOIABA
(Psidium guajava, L.)

Entre as muitas frutas brasileiras, a goiaba é uma das mais comuns.


É uma fruta de grande valor nutritivo. Possui quantidade razoável de sais
minerais, como cálcio e fósforo. É rica em vitaminas. Encerra vitaminas
A, B 1 (Tiamina) e Bz (Riboflavina), e, possivelmente, também propor-
ção razoável de vitamina B6 (Piridoxina). Em matéria de vitamina C,
tem poucos rivais. Algumas variedades nacionais acusam em média um
teor de ácido ascórbico de 80 miligramas por 100 gramas. A goiaba
branca e a amarela são mais ricas que a vermelha. O limão contém cerca
de 40 mg por 100 g, que corresponde à metade da concentração da
goiaba branca.
O conteúdo de vitamina C vai decrescendo de fora para dentro do
fruto. Nessas condições, a casca é mais rica do que a polpa externa e esta
mais do que a polpa interior. Não obstante, devido ao uso de inseticidas,
convém descascar as goiabas.
Graças à descoberta do elevado teor de vitamina C na goiaba, esta
fruta foi, durante a última guerra mundial, utilizada como suplemento
na alimentação dos soldados aliados nas regiões frias. Desidratada e
reduzida a pó, tinha por fim aumentar a resistência orgânica contra as
afecções do aparelho respiratório.
Elevadíssima é a concentração de vitamina C na goiaba desidrátada:
1.800 gramas de pó são suficientes, afirma-se, para proteger um
explorador ártico contra o escorbuto, durante cerca de 90 dias.

115
<012>

116 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Goldberg e Levy também descobriram que o fruto da goiabeira é


riquíssimo em vitamina C (ácido ascórbico) : encontraram 300 e até 400
mili ramas em cada 100 gramas de fruta seca.
g
Os resultados por eles obtidos confirmam que o conteúdo de
vitamina C aumenta do interior para a periferia da fruta. No tocante ao

""
grau de maturação, acharam que o fruto de vez e o maduro firme
contêm mais ácido ascórbico do que o maduro mole. O teor de vitamina
C, em outras palavras, diminui na flrdem: verde, maduro firme, "de vez"
e maduro mole, sendo estes dois últimos estatisticamente iguais.

O Prof. Moura Campos, pesquisando na goiaba vermelha alguns


fatores vitamínicos do complexo B, verificou que ela encerra a vitamina
B1 (tiamina) e a vitamina B2 (riboflavina), e possivelmente também a
vitamina B6 (pirodoxina).

No Havaí, o suco de goiaba substitui o suco de laranja e tomate na


alimentação das crianças.

As análises efetuadas naquelas ilhas do Pacífico revelaram que a


goiaba contém boa quantidade de ferro e regular proporção de cálcio e
fósforo. Mas 80% do ferro está nas sementes, que não são aproveitadas.

COMPOSIÇÂO QUÍMICA

Cem gramas de goiaba contêm:

Calorias
Água
Carboidratos
Proteínas
Lipídios
Cinzas

39,60 kcal
90,11 g
7,98 g
0,75 g
0,50 g
0,66 g

Em 100 gramas de goiaba segundo tabela do SAPS, há:


Vitamina A (Retinol equivalente)
Goiaba branca 33 mcg
Goiaba vermelha 24 mcg
Vitamina B1(Tiamina)
Goiaba amarela
Goiaba vermelha 190,00 mcg
Vitamina B2(Ribotlavina)
Goiaba amarela 183,00 mcg

J
1

incontin<006>ncio do urino

cdlera infantil

oiasa Il 7

GOIABA (Psidium guayava)

gastsnterife

inchoçdo dos pernos e p&s

indigestões
<012>

118 AS FRllTAS NA MEDICINA NATURAL

Goiaba branca 156,00 mcg


Goiaba vetznelha 154,00 mcg
Niacina
Goiaba amarela 0,77 mg
Goiaba vermelha 1,20 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)
Goiaba amarela 80,20 mg
Goiaba branca 80,10 mg
Goiaba vermelha 45,60 mg

Alguns dos mais importantes sais da goiaba, em 100 gramas:


Cálcio 14,00 mg
Fósforo 30,00 mg
Ferro 0,50 mg

USO MEDICINAL

A goiaba e a goiabeira encerram ricas virtudes medicinais.


"A goiabá', diz o Dr. Teófilo L. Ochoa, "atalha a tuberculose
incipiente, promove o metabolismo das proteínas, e ajuda a prevenir a
acidez e a fermentação dos carboidratos durante a digestão.
As folhas da goiabeira, em decocção, empregam-se contra as
hemorragias uterinas, a incontinência da urina, a inchação das pernas e
pés, acólera infantil, a gastrenterite. Usam-se 30 g de folhas para um litro
de água."
A casca da raiz, ainda segundo o Dr. Ochoa, tem as mesmas
aplicações.
"A goiaba, uma das frutas mais populares do Brasil, sob a forma de
goiabada ou de geléia, é muito digna de estima pela adstringência das
folhas da goiabeira, em que o tanino vivo aproveita às diarréias, mais
e melhor do que muita droga receitada", assevera o Dr. Alberto Seabra.
Af'irma o erudito Dr. Eduardo Magalhães que "é de prática caseira
recorrer, na diarréia, ao cozimento de grelos ou folhas tenras de goiaba,
muitas vezes com satisfatório resultado".
O ilustre clínico conhece alguns fatos que abonam essa prática e, de
um, guarda ele "particular lembrança por ser o de um tísico, no qual,
falhando todos os meios comumente empregados contra a diarréia, o
mal veio afinal a ceder com esse remédio".

GOIABA 119

A goiaba é muito adstringente, sendo aconselhada por alguns para


curar as diarréias mais rebeldes. Essa propriedade do fruto se observa
também no seu doce natural ou goiabada caseira.
Com os grelos ou folhas tenras de. seus ramos, especialmente quando
misturados com grelos e folhas de laranjeira azeda, prepara-se um chá
medicinal de pronto efeito no tratamento das ingestões.
A goiaba verde bem pisada, cozida, em água, sendo coado o
respectivo cozimento, dá um caldo que, tomado em clisteres,juntamen-
te com banhos de cozimento de sus folhas, combate de modo eficaz as
diarréias renitentes.
VALOR ALlllENTÍClO

A goiaba, deliciosa fiutabrasileira, de uso pouco difundido entre nós,


é verdadeiramente útil à nossa alimentação pelos elementos nutritivos
que oferece. Contém, como já mencionamos, cálcio, fósforo e ferro.
Possui também as vitaminas A, B, B, e alto teor de vitamina C, cuja
proporção é diferente em cada variedade de goiaba. A amarela contém
80,2 miligramas, a branca 80 miligramas e a vermelha 45 miligramas
por 100 gramas de fruta.
A goiaba, de uso freqüente entre nós, poderá conservar boa parte
desse teor vitamínico se na sua preparação forem observadas certas
normas indispensáveis. O mesmo não se dá com outros doces de goiaba
(geléia, goiaba em c da), que são pobres em vitamina C. A goiaba
cristalizada perd ase toda a vitamina C. As preparações domésticas
da goiaba apresentam maior proporção de ácido ascórbico que as
industriais.
A nossa preferência deve recair sobre a goiaba ao natural. Mas já
fizemos ver que essa fruta, ao natural, tem, lamentavelmente, emprego
mui restrito no Brasil. É largamente utilizada na confecção de goiaba-
das, doces em calda e geléias. Nos Estados Unidos, sua utilização é bem
maior. Usam-se em goiabadas, rocamboles, tortas, pós, refrescos,
sucos, saladas, e também a consomem "in natura".

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Cólera infantil. Recomenda-se tomar o chá da folha da goiabeira.

Diarréia: Tomar o chá das folhas tenras da goiabeira. Ou macerar bem a


goiaba verde, cozer, filtrar e aplicar clisteres com este líquido.
<012>

120 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Digestâo, distúrbios da: Recomenda-se fazer refeições exclusivas de


goiaba fresca. Pode-se também preparar um chá com os brotos da goiabeira e as
folhas da laranjeira azeda.

Disenteria: Proceder como indicado em diarréia.

Dispepsia: Ver digestão, distúrbios da.

Enterite: Proceder como indicado em gastrenterite.

Escorbuto: Incluir goiaba na alimentação.


Fermentaçôes gastrintestinais: Proceder como indicado em digestão,
distúrbios da.
Gastrenterite: Recomenda-se tomar o chá da folha tenra da goiabeira.
Hemorragia uterina: Ver metrorragia.

Incontinência da urina: Tomar o chá da folha tenra da goiabeira. É


indicado especialmente para crianças. Mas não tomar próximo à hora de dormir.
Se a criança for nervosa, acrescentar a este chá um pouco de valeriana ou camomila.

Inchação das pernas e pés: Tomar o chá da folha da goiabeira. Para


produzir melhor resultado, acrescentar cavalinha (erva) a este chá.

Metrorragia: Tomar o chá forte da folha tenra da goiabeira.


Pés, inchação dos: Tomar o chá da folha tenra da goiabeira.
Tuberculose: Recomenda-se a inclusão da goiaba na dieta.

b
f

jf <028>

, ' :.. ....:........ .. ... . ..


As frutas são alimentos e medicamentos, nutritivos e
saborosos
<012>

JACA 123

JACA
(Artocarpus integrifolia, Forst; Artocarpus heterophylla
Lam.)

:
tosse

bel i da
s;,:x

oiecções dos olhos

Ajaqueira é uma árvore da famlia das Moráceas. Originária da Índia


e de outros países da Ásia, foi aclimada no Brasil, onde medra em
abundância. Há diversos tipos de jaca, destacando-se popularmente a
"mole" e a "dura". Esta última é a de maior tamanho, enquanto a
primeira costuma ser mais doce.

COMPOSIÇÃO jUÍMdCA
Em 100 gramas de jaca encontram-se:
Calorias
Polpa 52,00 kcal
Sementes 136,00 kcal
Água
Polpa 87,50 g
Sementes 66,20 g
Carboidratos
Polpa 10,00 g
Sementes 30,00 g
Proteínas
Polpa 2,20 g
Sementes 3,50 g
122

dermotoses

emboraços dos intestinos


I .1CA (Artocarpus integrifolia)
<012>

IZ4 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Lipídios
Polpa 0,30 g
Sementes 0,30 g

Algumas vitaminas presentes najaca, em 100 g

Vitamina B 0,03 mg
0,40 mg
Niacina 16,10 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)

Alguns dos mais importantes sais contidos em 100 gramas de jaca:

Cálcio
Polpa
Sementes
Fósforo

Polpa
Sementes
Ferro
Polpa
Sementes

30,00 mg
50,00 mg

20,00 mg
80,00 mg

2,00 mg
8 ,00 mg

USO MEDlCINAL
."
No seu "Dicionário de Botânlca Brasileira, Almeida Pinto diz que
a jaca encerra uma excelente propriedade, que é a de combater a tosse
de qualquer natureza.
O Dr. Eduardo de Magalhães, no seu interessante tratado de higiene
alimentar, afirma que, "se não fosse nossa proverbial indiferença ou
desleixo, a jaca teria freqüente emprego em xarope, tomado simples-
mente às colheradas, ou como adoçante das porções expectorantes.

Afirma-se que os caroços combatem os embaraços dos intestinos. À


raiz atribuem-se propriedades antiasmáticas.
Nas Filipinas há uma jaqueira pouco diferente da nossa. É a
Artocarpus heterophylla. Usam-na em gargarejos e clisteres, como
adstringente. É também preconizada como bom remédio para as
dennatoses.
O leite da fruta é empregado contra a belida e outras afecções dos
olhos.

JACA

VALOR ALIMENTÍCIO

Ajaca é uma fruta energética por excelência, rica em carboidratos e,


comparada às demais frutas, em proteínas. Sua riqueza em ferro a torna
especialmente recomendável aos anêmicos e às gestantes.
O caroço da jaca é particularmente concentrado em ferro, e deveria
ser incluído mais freqüentemente na alimentação. Bem cozido em chá
de erva-doce e adoçado com mel, tem sabor semelhante à castanha-
porluguesa. Contém, ademais, vitaminas do complexo B, cálcio e
fósforo.
A reputação de "fruta pesada" ou "fruta indigesta" para a jaca não é
própria. Comê-la ao natural, sem misturar com outros alimentos ou
bebidas, em horário colreto, diflcilmente causará algum transtorno
digestivo, exceto no caso de o comensal apresentar algum distúrbio pré-
existente. Experimente usá-la emjejum, só, bem mastigada, sem açúcar.
As sementes, grossas e numerosas, são feculentas. Podem ser
comidas assadas ou cozidas.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia: Dado seu alto teor de ferro, a jaca (especialmente o caroço) é


indicada na anemia ferropriva. Pode-se cozer o caroço como a castanha portuguesa.

Asma: Tomar o decocto da casca da raiz da jaqueira, morno.


Belida: Procede como indicado em olhos, afecções dos.
Constipa o ntestinal: Recomenda-se a jaca em jejum.

Dermatoses: Fazer refeições exclusivas de jaca, preferencialmente da


espécie filipina Artocarpus heterophylla.

Diarréia: Proceder como indicado em asma.

Expectorante: Para expectorar, tomar o xarope indicado em tosse.

Olhos, doenças dos: Recomenda-se empiricamente a aplicação cuidadosa


do leite do fruto diluído em água fervida. Lavar em seguida. Seguir orientação
médica.

Tosse: Descaroçar os frutos, bater no liquidificador, misturar com mel e


cozinhar em fogo brando por uns 40 miriutos, mexendo sempre. Coar. Tomar uma
colher de sopa deste xarope toda vez que a tosse se manifestar.
<012>

JENIPAPO

JEMPAPO

l Genipa americana L.)

Ojenipapo é uma árvore da famlia das Rubiáceas, cujo fruto dá um


suco de que muitos índios brasileiros se servem para enegrecer o rosto
e o corpo, e os nortistas para fazer vinho.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em I 00 gramas de jenipapo encontram-se:
Calorias 67,10 kcal
Água 83,45 g
Carboidratos 15,94 g
Lipídios 0,35 g
Vitamina B 1(Tiamina) 24,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 275,00 mcg
Niacina 0,56 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 6,80 mg
Cálcio 249,00 mg

USO MEDICINAL
No Norte e no Nordeste, afirma-se que, com o suco de jenipapo, é
possível debelar a anemia causada pelo impaludismo ou por verminoses
como a ancilostomíase.
Pesquisas realizadas com ojenipapo acusaram um elevado conteúdo
em ferro nesta fruta

chagos de origem sifilítica

'

enter ヘ te crnica

I ENIPAPO (Genipa americana)

Glceras

t r YYf
wtorolos

onemia

osmo
hidropi sio

l26
<012>

IZS AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

É aconselhável o largo uso desta rubiácea, tanto quanto possível ao


natural ou em refrescos. Também pode fazer-se o que se conhece por
"jenipapada": pica-se a fruta e adiciona-se mel ou melado.
Não faltará a necessária quota de ferro na nossa alimentação, se
f'Izermos constante uso desta fruta, a qual, pelo seu elevado teor desse
mineral, muito se aproxima do feijão e da gema de ovo.
"O jenipapo, tão agradável em estado natural," diz o Dr. Alberto
Seabra, "tem reputação terapêutica, como, aliás, todos os fi'utos aqui
lembrados. Dizem que faz bem aos asmáticos e que cura os vômitos
incoercíveis da gravidez".
O suco do fruto, como diurético, é útil na hidropisia.
Os refrescos preparados com o fruto maduro têm aplicação contra a
enterite crônica.
O fruto verde, moído, em aplicações tópicas, combate rapidamente
as chagas de origem sif'Ilítica.
A raiz, em decocção, é purgativa.
O decocto da casca é útil, em banhos, no tratamento das úlceras.

V AI.l7R ALIMENTÍCIO

A polpa do fruto, suculenta, esponjosa, agridoce, é boa para ser


comida ao natural ou para ser usada em sucos. Setve também para
preparar compotas.
Com 3,6 mg de ferro por 100 g, o jenipapo é uma fruta rica neste
mineral, não obstante o nível de absorção seja razoável. É também fonte
de cálcio e vitamina C. Contém alto teor de carboidratos.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia (por carência deferro): Tomar copiosamente o suco natural de


jenipapo. Trata-se de uma fruta rica em ferro.

Asma: Cozinhar o suco dejenipapo até que fique reduzido mais ou menos
à metade. Tomar morno, às colheradas, de hora em hora.
Diurese: Tomar o suco natural de jenipapo.

Edema: Ver hidropisia.

Enterite crônica: Tomar o refresco do jenipapo adoçado com um pouco


de mel ou sem adoçante, à temperatura ambiente.

Hidropisia: Proceder como indicado em diurese.

JENIPAPO 129

Purgativo: A raiz em decocção tem efeito purgativo.

Sifilis: Para as chagas de origem sifilítica recomenda-se aplicar localmen-


te cataplasmas do fruto verde moído.

Ãlceras: Lavar as úlceras com o chá da casca (decocto).

Vômitos da gravidez: Proceder como indicado em asmci.

\ Ôcucas na Medicina Naturul


<012>

LARANJA I31

LARANJA
(Citrus aurantium, Risso)

A laranja é uma fruta que no Brasil deveria ter decidida preferência


e largo uso, já por sua importância como alimento, já por seu valor
medicinal.
Depois da banana, a fruta mais procurada e apreciada pela espécie
humana é a laranja.
Existem muitas dezenas de espécies de laranja, sendo que as do Brasil

- mormente as da Bahia, de São Paulo e do Rio - ocupam lugar de


destaque nos mercados mundiais.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de suco de laranja contêm:
Calorias 64,00 kcal
84,80 g
Água 13,10 g
Carboidratos
Proteínas 0,60 g
Lipídios 1,00 g
0,43 g
Cinzas 20,00 mcg
Vitamina A (Retinol equivalente
Vitamina B 1(Tiamina) 135,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 150,00 mcg
0,27 mg
Niacina ) 47,50 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico
130

O teor vitamínico aqui indicado é o da laranja-da-baía


Alguns sais da laranja, em 100 gramas:
Potássio 36,00 mg
Cálcio 45,00 mg
Sódio 13,00 mg
Fósforo 21,00 mg
Magnésio g, mg
Enxofre 11,00 mg
Cloro 2,00 mg
Ferro 0,20 mg
Silício 0,44 mg
USO MEDICINAL

A laranja, especialmente seu suco, é um remédio para muitas


enfermidades.
A laranja, e, bem assim, a tangerina, a mexerica e a lima, são
estomáquicas, refrescantes e diuréticas.
Graças aos seus princípios açucarados e ligeiramente ácidos, a
laranja estimula o paladar, abre o apetite, acalma a sede, favorece a
secreção de suco gástrico, de bile e de todos os líquidos do tubo
digestivo.
Os lactentes devem tomar suco de laranja para que lhes sejam
supridas certàinas (principalmente o ácido ascórbico) que a
alimentação artificial, e mesmo a amamentação ao seio da mãe, não
fornecem. Após o sexto mês, ou um pouco antes, as mães podem
administrar suco de laranja ao bebê.
Graças às suas vitaminas, a laranja é não só um alimento, mas
também um remédio contra enfennidades específicas, como, por
exemplo, o escorbuto.
Pelo seu conteúdo em sais alcalinos, o suco desse precioso pomo
influi favoravelmente na eliminação do ácido úrico e impede a acidose,
o terror das pessoas que levam vida sedentária e dos que alcançaram
idade avançada. Os que abusaram da carne na alimentação devem, pois,
chupar muita laranja.
Na retirada da Laguna - episódio da guerra do Paraguai - foi a laranja
que salvou o exército brasileiro que estava sendo dizimado pela cólera.

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL


LARANJA Ij3

Muita gente apenas chupa o suco da laranja e despreza o bagaço.


Muito bom é ingerir tanto o suco como o bagaço, muito bem mastigado,
especialmente se há constipação intestinal.

Nossos intestinos contêm uma flora microbiana abundante e nume-


rosa, os saprófitos, que ajudam os fenômenos digestivos e atacam,
quando aparecem, os micróbrios patogênicos. Os saprófitos vivem à
custa da celulose dos vegetais. Ora, o bagaço da laranja é celulose que
nossos amigos - os microorganismos benfazejos nos nossos intestinos

- requerem. Além disso, nossos intestinos, para se contraírem conve-


nientemente, através dos movimentos peristálticos, precisam de certo
volume que lhesencha o canal, e que deve ser composto de celulose, na
ausência da qual muitos indivíduos, principalmente os adstritos a
alimentos que deixem poucos resíduos, como a carne, o ovo, o pão
branco, o macarrão branco, as guloseimas, o arroz branco, o leite etc.,
sofrem de prisão de ventre. A ingestão de uma ou duas laranjas por dia,
despertará, pois, o peristaltismo intestinal.
A laranja ainda encerra outras viztudes medicinais:

É depurativa do sangue.
É eficiente contra o artritismo.
É bom remédio para a asma e muito benéfica para as vias respirató-
rias.
É um estimulante dos órgãos digestivos. É também laxante.
É calmante do sistema nervoso.

É recomendada em casos de histerismo e neurastenia.


É indicada nas nevralgias.
É, em muitos casos, um remédio para as dores de cabeça.
É especial contra as gripes, os resfriados e as febres.

VALOR ALIMENTÍCIO

Há dois motivos por que comemos: porque gostamos dos alimentos


e porque precisamos deles. Desde a Grécia antiga os filósofos assinala-
ram o antagonismo entre esses dois motivos, cabendo a Sócrates
formular a frase segundo a qual alguns homens vivem para comer
enquanto outros comem para viver.
Ainda hoje muita gente acredita que a alimentação agradável é
incompatível com a nutrição útil. E o ditado - "o homem cava a
sepultura com os dentes" - é apenas um dos meios de expressar o
conceito de que comer de tudo que agrada ao paladar contribui para
destruir a saúde e apressar a hora da morte.

g,
r

ali mentoçdo
pora
lactentes

escorbuto

I-.ARANJA (Citrus aurantium)


<012>

134 AS FRAS NA MEDICINA NATURA1-

Isso é verdade em parte, e ern parte é engano. O alimento pode ser


ao mesmo tempo muito gostoso e muito saudável para o organismo. A

p o nesse sentido. E temos um


própria natureza nos a onta o arninh muito saudável, de que
exemplo típico na laranja, Que é u todos
goStamos, e que possui grande valor nutritivo.

Seus principais elementos são o carboidrato, o ácido cítrico o aroma

e a vitamina C.
O carboidrato ou açúcar, o primeiro desses elementos, conquanto

contribua tanto para o gosto como para a nutrição, não é especialmente


portante sob qualquer desses- aspectos. O ácido cítrico, segundo
elemento, também não tem extraordinário valor nutritivo. Combinado
com o açúcar, dá à laranja um gosto característicodá u a adásós
Reunidos, o ácido cítrico e o açúcar também não , P
grande importância à laranja, se lhe faltasse outro elemento.
Passando ao terceiro elemento encontramos o aroma, que é de algum
proveito na boa alimentação. É para o alimento o que o luar é para um
passeio à noite.
O quarto elemento é a vitamina C, da qual essa fruta contém ande
proporção. Este apresenta importância signif'lcativa, a despeito de o
ácido ascórbico não possuir cheiro ou gosto apreciáveis.

Na laranja, como vemos, o Criador da natureza soube preparar um


alimento perfeito, tão gostoso como saudável, no qual a parte mais
agradável não contribui tanto para a saúde, nem a parte mais saudável
contribui tanto para o gosto.
A laranja contém inúmeros princípios nutritivos, sob forma facil-
mente assimilável: carboidratos em boa quantidade; proteínas e gordu-
pequenas doses; minerais épol sá c do crescunento)
ras em
magnésio etc.) emproporções sensív ,

em menor quantidade, B (antineurítica) em menor quantidade, C


(antiescorbútica) em representativa quantidade. Contém igualmente
um pouco de provitamina D (anti-raquítica).

Nos climas Quentes, a laranja é uma excelente bebida para abrandar


os efeitos orgânicos do calor.

A laranja deve, preferivelmente, ser chupada em jejum ou quanto o


estômago está "descansado", pois, como sobremesa, pode provocar
perLurbações digestivas. " "

É costume dizer-se que a laranja é sobremesa de gente pobre. Por


isso alguns se envergonham de pô-la à mesa, e, assim, perdem seus
benefícios. Ultimamente, seu preço proibitivo no Brasil, infelizmente,
inibe seu consumo liberal pelos pobres.

LARANJA 135

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidose: Proceder como indicado em ácido úrico.

Ácido úrico, distúrhios metahólicos do: Recomenda-se substituir refei-


ções pela laranja, exclusivamente. Pode-se substituir o desjejum ou jantar, durante
vários dias.

Apetite, para abrir o: Cerca de duas horas antes da refeição, recomenda-


se chupar uma laranja do tipo seleta, bahia ou pêra.

Artritismo: Proceder como indicado em ácido úrico ou em depurativo.


Asma: Procedercomo indicado emácido úrico. Nafase agudarecomenda-
se tomar o suco momo, aos goles.

Calmante: Ver sistema nervoso, calmante do.

Cólera: Procurar imediatamente um médico. Recomenda-se incluir a


laranja na alimentação.Tomar suco de laranja, aos goles. sem misturar com outro
alimento na mesma refeição.

Constipação intestinal: Recomenda-se chupar algumas laranjas por dia,


e comer o bagaço, bem mastigado. Pode-se fazer uma refeição exclusiva de laranja,
comendo-se o bagaço.

Depurativo: Para obter-se o efeito depurativo, recomenda-se fazer uma


"cura de laranjas", isto é, proceder a um repouso dietético à base desta fruta, ou
alguns dias só a laranjas.

õestão, estimulanre da: Recomenda-se substituir, esporadicamente,


uma refeição por laranja.

Diurese: Fazer refeições só de laranjas ou de seu suco, apresenta efeito


notadamente diurético.

Dor-de-cabeça: Dores de cabeça precipitadas pela hipoglicemia e pelo


esgotamento podem ser aliviadas chupando-se uma ou duas laranjas. O diabético
só deve fazê-lo com permissão médica.

Escrofulose: Proceder como indicado em depurativo

Estresse: Proceder como indicado em sistema nervoso, calmante do.

Escorbuto: Dada a sua riqueza já tradicionalmente reconhecida em


vitamina C, a laranja é antiescorbútica.
Febre: Tomar laranjada adoçada com mel. Tomar suco puro de laranja.
<012>

136 AS FRl1'f AS NA MEDICINA NATURAL

o Gripe: Recomenda-se tomar suco de laranja entre as refeições, ou,


simplesmente, chupá-la. Podem-se fazer refeições exclusivas de laranja. Ao deitar,
tomas duas a quatro colheres de sopa do suco bem aquecido misturado com própolis.
Para cada colher de sopa podem-se usar 10 gotas de própolis (solução a 30%).

o Histerismo: Pessoas com tendência ao histerismo devem adotar o proce-


dimento indicado em sistema nervoso.

o Luxante, efeito: Ver constipação intestinal.


o Nevralgias: Proceder como indicado em sistema nervoso.
o Neurastenia: Adotar o procedimento indicado em sistema nervoso.
o Pneumonia: Proceder como indicado em respiratórias, afecçôes das vias.
o Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.
o Resfriado: Proceder como indicado em gripe.

o Respiratórias, vias, doenças das: Substituir refeições só por laranja. Na


fase aguda tomar o suco momo, aos goles.

o Sistema nervoso, calmante do: Recomenda-se chupar esporadicamente


laranjas e, de quando em vez, substituir algumas refeições por esta fruta. Recomen-
da-se, outrossim, o chá das folhas da laranjeira, que deve ser tomado momo,
adoçado com mel. O efeito é melhor quando se acrescenta a ecte chá a erva-cidreira-
verdadeira.

LIMA
(Citrrcs limetta, Risso; Citrus auranh;folia (chrishn.) Swin-
gle)

A limeira, árvore da famlia das Rutáceas, é originária da Ásia, tendo


sido aclimatada no Brasil. O suco da fruta, branco, tem sabor doce-
amargo.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de lima encontram-se:
Calorias 53,00 kcal
Água g5, g
C boidratos 12,30 g
Protemas 0,80 g
Lipídios 0,10 g
C 1,40 g
Vitamina B2(Riboflavina) 27,00 mcg
Niacina 0,13 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 28,80 mg

Alguns sais da lima, contidos em 100 gramas:


Potássio 350,00 mg
Sódio 62,00 mg
Cálcio 55,00 mg
Fósforo 36,00 mg
137
<012>

138 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL


LIMA 139

USO MEDICINAL
O suco de lima, tomado em jejum, é um excelente remédio contra a
hipercloridria, a acidez gástrica, as úlceras gástricas não agudizadas, as
afecções renais.
Dado seu elevado conteúdo em vitamina C, traz efeitos magníflcos
no tratamento do escorbuto.
Misturado com água, o suco é indicado, como refresco, para acalmar
as febres. Emprega-se também na febre tifóide.
Para tratar as dermatoses provenientes das "impurezas" sangiüneas
,
recomenda-se usar lima todas as manhãs.

"A lima...", diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa, "é excelente contra as
infecções, a neurite, o raquitismo, a pelagra".
A casca da lima, em infusão, após as refeições, é indicada para
combater as flatulências, as afecções cardíacas e a leucorréia.

As folhas da limeira, aplicadas em cataplasmas, às têmporas,


combatem as enxaquecas persistentes.

VALOR ALIMENTÍCIO

A lima não só se chupa ao natural, mas também usa para fazer um


doce muito delicado, que é o melindre. É boa fonte de vitamina C,
contribuindo também com teor razoável de cálcio para a nutrição.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidez gástrica: Ver hipercloridria.

Azia: Ver hipercloridria.


Cardiacas, doenças: Proceder como indicado emflatulência.
Dermatoses: Proceder como indicado em hipercloridria.

Enxaqueca: Aplicar à têmpora cataplasmas de folhas de limeiramaceradas.


Eructações: Proceder como indicado emflatulência.

Escorbuto: A lima, sendo rica em vitamina C, é indicada contra essa


doença carencial.

Febre: Misturar o suco de lima com água e tomar sem açúcar.

ofecções cardíoco5

LIMA (Citrus limetta)

úlceras gãstricos
Fehre tifóide: Proceder como indicado em febre.
<012>

pS pRUTAS NA MEDICINA NATUIZAI-

Flatulência: Tomar, após as refeições. meio copo duplo do chá da casca


da lima em infusão.

Hipercloridria : Chupar lima emjejum, ou tomar o suco na dose de /z copo


duplo. O desjejum só deve ser tomado uma hora depois, no mínimo.

Infecções em geral: Substituir algumas refeições, esporadicamente, por


lima, exclusivamente.

Leucorréia: Proceder como indicado emflatulência.

Neurite: Chupar lima entre as refeições.

Pelagra: Chupar lima entre as refeições. Usar, ademais, levedura de


cerveja e cereais integrais.

Pele, doenças da: Ver dermatoses.

Raquitismo: Chupar lima entre as refeições, além dos cuidados médicos


necessários.

Renais, afecções: Proceder como indicado em hipercloridria.

Tifo: Verfebre tifóide.

Ãlcera gastroduodenal: Proceder como indicado em hipercloridria.

LIMAO
(Citrus limonum, Osbeck)

O limão - fruta ácida por excelência - é o rei dos temperos e o


campeão dos remédios.
De gosto acre, de aroma agradabilíssimo e de efeito benéfico para o
organismo, tem o limão a mais ampla aplicação na cozinha e na
medicina.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de limão contêm:
Calorias 44,60 kcal
Água 89, g
Garidratos 8,50 g
Proteínas 1, g
Lipídios 0,70 g
0,40 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 2 RE
Vitamina B1(Tiamina) 55,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 60,00 mcg
Niacina 0,31 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 30,20 mg

Alguns sais do limão, em 100 gramas:

Potássio 127,00 mg
l41
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Cálcio 107,00 mg
Fósforo 21,00 mg
Sódio 9, mg
Ferro 0,35 mg

USO MEDICINAL

No Brasil, o limão é comumente empregado para combater a febre.


O Dr. Maglieri, de Roma, obteve, com a decocção de limões, curas
notáveis em casos de febres refratárias ao sulfato de quinino. O remédio
que ele mandava preparar consistia num limão cortado em rodelas e
fervido em três xícaras de água, até reduzir o conteúdo a um terço.

Em seguida transcrevemos a opinião de alguns médicos sobre o


emprego do limão para fins terapêuticos:
"Nenhuma fruta", diz o Dr. Alberto Seabra, "tem valor medicinal
igual ao do limão. É digno de uma monografia. Um médico brasileiro,
o pr. Eduardo Magalhães, encarou-o na multiplicidade de seu uso
culinário. A cura do limão tem vencido diáteses artríticas mais e melhor
do que qualquer outra fruta, apresentando resultados onde havia falhado
a uva. Um professor alemão, o Dr. SchomolŠ, não hesita em proclamar
que, tomado regularmente de manhã e à noite, o suco de limão é o
verdadeiro elixir da longa vida. Com indicações e emprego no impalu-
dismo, na asma, na dispepsia gotosa, na enxaqueca, na litíase biliar e
renal, e capaz de numerosas aplicações externas em moléstias diversas,
o limão não é tido na devida conta pelos clínicos contemporâneos. Mais
geralmente procurado pelo vulgo que segue tradições e ensino oral que
de longe vêm, o limão aguarda, tranqüilo e sereno, o julgamento da
posteridade, e espera confiante por uma humanidade melhor, mais
capaz de desprender-se do fanatismo físico-químico do nosso tempo, e
de procurar no seio das forças naturais e vivas a terapêutica e o
tratamento salutar, que cura sem fazer mal, sem esfalfar os órgãos
internos, que cura os doentes sem os arnscar a morrer da própria cura".

Afirma o Dr. Luiz G. Cabrera:


"O suco de limão tem sido recomendado para combater numerosos
estados patológicos, pois foi comprovado que é diurético e pode ser
usado na nefrite, com êxito, especialmente nas formas que produzem
um estado de hidropisia. Nas enfermidades infecciosas, o suco, em
forma de limonada, é refrescante e favorece a ação dos medicamentos
antitérmicos... Nas gastrenterites diminui a inflamação da mucosa e
atenua as náuseas. Nas enfermidades do fígado também produz bons

i.iMão 143

resultados. No reumatismo atenua as dores... Pasteur recomendava o


uso do suco de limão como hemostático... O suco de limão traz
resultados notáveis no escorbuto, enfermidade que, como se sabe,
provém da carência de vitamina C... O suco de limão tem iguahnente
propriedades estimulantes sobre a pele, suavizando-a e fazendo desapa-
recer as manchas cutâneas.
O Dr. José Castro ensina:
"O processo catabólico .. . é responsável pelas distintas enfeimidades
. . . que constituem toda a enorme quantidade de manifestações da grande
árvore a que se resolveu chamar aráitismo ou acidemia. O homem
moderno abarca a grande maioria das enfermidades orgânicas ou
funcionais. E o organismo necessita estar bem saturado de bases e sais
para poder transformar por completo os restos ou resíduos do metabo-
lismo em geral, especialmente dos prótides e para poder finalmente
expeli-los. Quando isso não acontece, permanecem resíduos no organis-
mo que ocasionam milhares de agravos patológicos, pelos quais têm que
pagar caro os seres humanos chamados civilizados.
"O limão, com seus ácidos, facilmente transforniados em elementos
alcalinizantes, e com suas bases, fermentos e vitaminas, contribui
poderosamente para oxidar esses resíduos, morniente os protéicos, que
são, como agora sabemos, os responsáveis diretos pelo imperante
artritismo com todas as suas manifestações".
O Dr. Sebastião M. Barroso informa:
"Tanto o limão como a laranja... contêm numerosos princípios
alientícios, todos sob fornias facilmente assimiláveis...
"Os navegadores de longo curso eram antigamente flagelados pelo
escorbuto; com provisão suficiente de limões e laranjas, esse mal, é hoje
evitado.
"As crianças que só bebem leite fervido, devem tomar todos os dias
algumas colherinhas de suco de limão ou de laranja.
"O largo uso do limão (uns dez por dia) é hoje o melhor tratamento
para os artríticos e os gotosos..."
O Dr. Demétrio Laguna Alfranca assevera:
"Surpreendente a não poucas pessoas ... o fato de que, sendo ácido
o suco de limão, determina reação alcalina. Em outras palavras, o limão,
ao terminar seu metabolismo, se porta, não como ácido, mas, sim, como
alcalino...
"Utiliza-se o suco de limão, com êxito, no tratamento de indivíduos
atacados de escorbuto, reumatismo de origem gotosa, hipertensão
<012>

l44 AS FRU'f A5 NA MEDICINA NATURAL


i.Ir,o 145

(sobretudo de forma pletórica), litíase hepática e renal, diabete melito,


asma de assinalado fundo artritico, diarréia, disenteria e anginas.
. Tem a ão inibidora sobre a
"É eficaz nas febres eruptivas e tificas ç

acidez gástrica. Na cirrose hepática, com ascite, Bisete e Tanret fizeram


várias observações clínicas, depois publicadas, nas quais assinalam os
bons resultados alcançados com as curas de limão".

O Dr. Deodato de Morais alega:

"O suco de limão com água e mel dá a saborosa limonada, refrescante

oderoso, tão apetecido nos climas quentes.

p "As limonadas não só abrandam o calor, acalmam a sede, refrescam


o organismo, como estimulam os rins, limpam os intestinos e fazem um
bem extraordinário ao fígado. São recomendáveis às pessoas gotosas e
biliosas.

"Uma bexiga irritável fica também aliviada depois de algumas


limonadas não adoçadas...
"Outras propriedades medicinais apresenta esta fruta. É ela aplicada
em úlceras e feridas, anginas, difteria e contra a chamada `podridão de
hospital'.

"Cheirar limão ainda é muito aconselhado entre nós por ocasião dos
enjôos e ânsias de vômito...

"Riquíssimo em ácido cítrico, o limão é anti-séptico seguro e natural


contra a fezmentação do estômago e intestinos. Destrói microorganismos
criando um ambiente inconveniente aos germes.

"Antigamente na Europa e presentemente entre os brasileiros eram


e são muito comuns os presentes de limões.

"Não nos esqueçamos de que esta fruta alcançou, no Rio de Janeiro,


durante a chamada gripe espanhola (epidemia gripal de 1918), preço
fabuloso, chegando a ser comprada de dez a vinte mil réis cada uma. É
que o seu emprego foi reconhecido utilíssimo para suavizar a terrível
moléstia.
"

O Dr. Domingos D'Ambrósio expe:

"O limão, pelo seu elevado conteúdo em ácido cítrico (6-7%) não é
uma fruta que se possa usar sempre como tal. Em troca, o seu suco e a
sua polpa prestam-se para numerosas composições de refrescos e para
eficazes terapias.
"Seus componentes principais são:

Ácido cítrico, que é discretamente anti-séptico e antídoto nas


intoxicações de soda e de potassa.

"Vitamina C, necessária ao metabolismo do cálcio. É particularmen-


te importante no período de gravidez, para as crianças que mam e

J ll.

CITRUS (Citrus limonum)


<012>

l46 AS FRU'rAS NA MEDICINA NATURAL

para os adolescentes. É eficaz contra o escorbuto, e auxilia na cura de


muitas estomatites e piorréia.
"Fósforo, que é ótimo para os nervos, o cérebro e os olhos.

"Oxigênio, vivificador e puriflcador do organismo.

"Magnésio, tônico das articulações e dos músculos, inclusive do


músculo cardíaco e bom princípio laxante.
"Manganês, que é hematoglobinopoiético.
"Potássio, que é diurético, cardiocinético, antiflogístico. Os sais de
potássio tomam parte. com sua alcalinidade, na composição dos
eritrócitos.
"Sódio, cujos sais são muito ativos contra os desarranjos dos órgãos
internos e o artritismo, e também nas elaborações do metabolismo.

"O limão é muito útil nos casos de artritismo, linfatismo, reumatis-


mo, escorbuto, hipertensão arterial, colelitíase, nefrolitíase, e nas
flogoses de qualquer natureza.
"Na tuberculose é preciso proporcioná-lo em pequena dose...

"Possui propriedades antidiarréicas, antifebris e antissépticas.

"Com uma sábia orientação terapêutica, mediante o sumo de limões


chega-se a amenizar doenças reputadas incuráveis".

O limão é um dos melhores meios terapêuticos para curar e prevenir


a gripe.
A gripe comum, que se pode complicar facilmente e assumir formas
graves, encontra na alimentação sadia uma das melhores resistencias.
Não há dificuldades em estabelecer uma dieta antigripal, em que se evite
o açúcar e predominem, pelo seu alto teor vitamínico, as frutas e as
hortaliças. Sucos de frutas, notadamente de laranja e de limão, são
altamente recomendados e de fácil digestão. Adotando-se uma alimen-
tação sadia, de que deve fazer parte o limão, ter-se-á um regime ideal
de cura, que será ainda útil na prevenção de outras doenças, pelo
fortalecimento adequado das defesas naturais do organismo.

VALOR ALIMENTÍCIO
O limão é uma fruta de muitos préstimos também na arte culinária.
É o rei dos condimentos, como lhe chama o Dr. Eduardo Magalhães.
Para temperar a salada deve usar-se o limão, que só pode ser benéfico,
em lugar do vinagre, que não é saudável.

j, ,
Quando se dese a tomar uma bebida refrescantea adável saudá-
vel, nos dias de calor, prepare-se uma boa limonada. Vale mais do que
qualquer refrigerante que se compra no bar. É recomendável usar mel
em lugar do açúcar.

LrM.o 147

Nos dias frios, um chá quentinho, de erva-cidreira, alfavaca, hortelã


etc. , com suco de limão, é algo realmente delicioso e só faz bem; ao passo
que o costume de "tomar pinga para esquentar o corpo" é tragicamente
nocivo e enganoso.
A casca do limão, ralada, é um condimento que muitas donas de casa
sabem preferir no preparo de bolos, tortas, doces, cremes, etc.
Diremos, em conclusão, que o fruto do limoeiro, por ser muito
medicinal, deve, sempre que possível, duma ou doutra forma, entrar na
alimentação.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidez gástrica: Proceder como indicado em gastrenlerite.

Acne: Evitar alimentos gordurosos e doces. Usar suco de limão com água,
sem açúcar, várias vezes ao dia.

Amigdalite: Gargarejar várias vezes ao dia com água moma, suco de limão
e um pouco de sal.

Anti-sépticos: Proceder como indicado emferidas.

Artrite: Recomenda-se a "cura de limão". Tomar, no primeiro dia, um


limão, no segundo dia, dois limões, e assim sucessivamente até dez limões. Depois
ir regredindo até um limão.

Ascite: Proceder à "cura de limão", como indicado em artrite.

Asma: Tostar no fomo um limão. Espremer e misturar o suco com mel.


Tomàr de hora em hora uma colher de chá.

Aterosclerose: Proceder à cura de limão, como indicado em artrite.


Azia: Proceder como indicado em gastrenterite.
Bexiga, doenças da: Proceder como indicado em nefrolitiase.
Cirrose: Proceder a "cura de limão", como indicado em artrite.

Câncer: fazer a "cura de limão", conforme indicado em artrite. Observar,


:ntretanto, prescrição médica.

Colelitiase: Proceder como indicado em nefrolitiase.

Coraçâo, doenças do: Especialmente para as enfermidades ateroscleró-


ticas, indica-se o uso regular do limão. Pode-se fazer a cura do limão, como indicado
em artrite.
<012>

148 AS FRUZ'AS NA MEDICINA NATURAI-

Diabete melito: Proceder como indicado em nefrolitiase.


Diarréia: Proceder como indicado emfebre, ou em gastrenterite.
Difteria: Proceder como indicado em nefrolitiase. Fazer gargat'ejos com
suco de limão. Os cuidados médicos são indispensáveis.

Disenteria: Próceder como indicado emfebre, ou em gastrenterite.


Dispepsia gotosa : Uma hora antes das refeições tomar meio limão diluído
em água.

Enjôo: Cheúar limão.

Envenenamento (soda e potassa): tomar suco de vários limões.

Enxaqueca: Proceder como indicado em dispepsia gotosa. Experimentar


a "cura de limão", como explicado em artrite.

Escorbuto: Tomar regularmente o suco de limão diluído em metade de


água.

Estomatite : Bochechar com água e limão. Tomar duas ou três vezes ao dia
um copo de água com meio limão.
Faringite: Proceder como indicado em amigdalite.
Febre: Cortar três limões médios em fatia5 flnas. Pôr em 500 ml de água
e levar ao fogo. Deixar ferver até que a água fique reduzida a um terço. Tomar lfi
xícara de chá de hora em hora até que a febre baixe.
Febre tifica: Verfebre.
Feridas: Aplicar no loca1 suco de limão com sal.
Fermentação gastrintestinal: Proceder como indicado em nefrolitiase.
Fígado, doenças do: Proceder como indicado em gastrenterite.
Gastrenterite: Tomar o limão bem diluído em água, sem açúcar, duas ou
três vezes por dia, longe da5 refeições.
Gota: Ver artrite. Pode-se tomar cinco a dez limões diariamente, acom-
panhados de uma dieta pobre em ácido úrico e proteínas. Evitar feijões, grão-de-
bico, ervilha, lentilha, pães frescos. Cortar miolo, fígado, vísceras e carnes.
Gripe: Proceder como indicado em asma. Ou, tomar suco puro de limão
três vezes por dia.

Lln.ino 149

Hidropisia: Proceder como indicado em nefrolitiase.

Hipertensão arterial: Proceder como indicado em nefrolitiase.

Impaludismo: Verfebre. Tomardiariamente um ou dois limões, longe das


refeições.

Infecçôes em geral. Proceder como indicado em nefrolitiase.


Inflamações em geral: Proceder como indicado em nefrolitiase

Linfatismo: Proceder como indicado em nefrolitiase ou fazer a cura de


limão.

Náuseas: Tomar limão em água. Cheirar limão.


Nefrite: Proceder como indicado em nefrolitiase.

Nefrolitiase: Tomar água com límão, sem açúcar. várias vezes ao dia,
inclusive de manhã em jejum.

Nevralgia: Friccionar a parte dolorida com uma banda de limão.

Pele, para a beleza da, ou manchas na: Proceder como indicado em


nefrolitiase.

Piorréia: Proceder como indicado em estomatite.

Pirose: Ver acidez gástrica.

i Resfriado: Proceder como indicado em gripe.

Reumatismo: Proceder como indicado em nefrolitiase.

Rins, pedras nos: Ver nefrolitiase.


Soluço: Deglutir o conteúdo de uma colher de sopa com suco de limão.
Tifo: Proceder como indicado emfebre.

Tuberculose: Além do tratamento médico necessário, proceder como


indicado em asma; tomar, porém, uma colher de sopa de quatro em quatro horas.

Ãlceras em geral: Aplicar no local suco de limão com algodão.

Vesicula, pedras na: Ver colelitiase.


<012>

MAÇÃ 151

MAA

(Pirus malus; Malus sylvestris, Mill.)

A maçã é um produto de uma árvore de porte mediano, da famlia das


Rosáceas, originária da Ásia Central e das regiões do Cáucaso. Da
Europa, foi trazida ao Brasil, e se aclimatou aos Estados do Sul. Há, em
todo o mundo, milhares de variedades de maçã. A maçã caracteristica-
mente brasileira é saborosíssima, sendo suavemente ácida e relativa-
mente doce.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de maçã contêm:
Calorias 63,20 kcal
Água 84,40 g
Carboidratos 14,20 g
Proteínas 0,40 g
Lipídios 0,50 g
Cinzas 0,42 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 4
Vitamina B1(Tiamina) 45,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 100,00 mcg
Niacina 0,50 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 8,00 mg
I50

Alguns sais da maçã, contidos em 100 gramas:


Potássio 127,00 mg
Fósforo 12,00 mg
Sódio 11,00 mg
Magnésio 8,00 mg
Enxofre 7,00 mg
Cálcio 7,00 mg
Silício 4,00 mg
Ferro 1,00 mg

USO MEDICINAL

A maçã é um depurativo do sangue. Em virtude do seu conteúdo em


ácido málico, elimina os detritos provenientes do metabolismo.
As curas de maçã combatem a gota e o reumatismo. Leclerc afirma
que uma dieta de 100 gramas de maçã, como parte da primeira refeição,
produz apreciáveis efeitos antiartríticos.
A maçã é digestiva. Em todos os lugares se diz que ` `a maçã é boa para
o estômago". Madura, favorece a cura da hipercloridria. É um alimento
de mérito nas dispepsias infantis.
A maçã, crua ou assada, é peitoral. Na tuberculose, na bronquite e na
asma, dá resultados especiais. O caldo de maçã ajuda a curar os catarros
pulmonares. De modo geral, a maçã é boa para as afecções das vias
respiratórias.
As afecções da garganta em geral se combatem com uma dieta de
açã acompanhada de gargarejos de suco de maçã. Quentes, curam a
rouquidão.
O suco de maçã também combate a difteria, as febres, os cálculos da
vesícula e dos rins, as inflamações da bexiga e do aparelho urinário, os
catarros intestinais, os transtornos da gravidez.
O purê de maçã é indicado em caso de palpitações do coração.
Para favorecera curadas inflamações dos olhos, lavam-se duas vezes
por dia com uma mecha de algodão em suco de maçã ácida.
"Em alguns distritos do país, (Grã-Bretanha)", ensina o Dr. Eric F.
"ç,p
W. Powell, usam-se ma ãs bem maduras em forma de cata lasma,
para a inflamação dos olhos. A polpa, aplicada diretamente aos olhos
(fechados) com auxlio de uma atadura, permanecendo durante uma ou
duas horas.
"A maçã cozida em forma de geléia é bom ungüento para as dores
reumáticas. Friccionar as partes afetadas, livremente, a qualquer mo-
mento.
<012>

ISZ AS FRUTAS NA MEDICÍNA NATURAL MAÇÃ IS3

"Tenho em meu poder", escreve ainda o Dr. Powell, "o relatório de


um menino cujo pé foi esmagado num acidente. Aplicaram maçã ralada
ao membro muito machucado e a cura foi completa". Apesar de
interessante, este episódio não deve levar alguém a negligenciar os
rimeiros socorros e as providências médicas usuais.

p "A maçã...", diz o Dr. Deodato de Morais, "é um excelente alimento


para a atividade do cérebro porque contém muito ácido fosfórico numa
forma facilmente digerivel; excita a ação do fígado, provoca o sono
tranqüilo, desinfeta a boca, ajuda as secreções renais, dificulta a
formação dos cálculos, evita as indigestões e é um dos melhores
preventivos contra as afecções da garganta".

Daremos agora a palavra ao Dr. Demétrio Laguna Alfranca:

"Na uerra de 1914 observou-se que alguns soldados padeciam de


g
colite e disenteria. Orientados pelo instinto, comiam frutas e melhora-
vam. Estes fatos, submetidos a rigoroso controle médico, em observa-
ções reiteradas, convenceram a classe acerca das propriedades
adstringentes contidas em diversas frutas, entre as quais se incluía a
maçã. Aqui vemos como o instinto, a menos que seja adulterado, ainda
que à primeira vista possa parecer arbitrário e paradoxal (comer frutas
em caso de diarréia!) é mais razoável que os cálculos dos médicos. O
como e o porquê da cura, veio depois, como acontece sempre. Surgem
os fatos primeiramente, e vêm depois as interpretações patogênicas e
causais... A ef'icácia da maçã nas diarréias deve-se a vários fatores. As
vitaminas, o ácido málico, os fennentos, o tanino e a pectina qúe esta
"
fruta contém, cooperam para isso.
A maçã, comida sem casca, é muito boa para combater diversos
déf'icits nutricionais. É excelente na debilidade cerebral.

O Dr. A. M. Liebstein diz:

"A maçã é uma excelente fruta alcalina e terapeuticamente útil em


todas as condições de acidose, gota, reumatismo, ictericia e em todos os
transtornos do fígado e da vesícula, bem como nas enfermidades dos
nervos e da pele, causados por um fígado preguiçoso, pela hiperacidez

"
e por estados de auto-intoxica ão. "
O Dr. Teófilo Luna Ochoa recomenda a maçã contra o esgotamento
nervoso e cerebral" e contra muitos outros casos. Eis algumas das suas
indicações:
"Em forma de cataplasmas, (a maçã) é ef'icaz contra as tosses fortes.

"Uma dieta composta principalmente de maçã verificou-se ser


excelente para curar o alcoolismo e o tabagismo...
Tub.erculose
bronquite

tosse
asma

catarros pulmonores

otecções das vias


res pi ratóri a s

rouquiddo

hemor rói d os

onemia cerebral

palpitações do coração

debi I ida de cordToco 4ota mento nervoso

a rterioscl erose reumat ismo


acidose

1
gôta ,
machucoduros
t. ,

.
y irrflamaão dos olhos

MAÇÃ (Pyrus malus)

inflamações do oparelho urinãrio


<012>

IJ AS FRUTAS NA htEDICINA NATURAL

"A maçã assada ... é excelente para fortalecer o cérebro, bem como
para combater a pneumonia, a bronquite, as tosses rebeldes etc., casos
em que se come maçãs todas as manhãs, emjejum. Contra a rouquidão
e os resfriados, recheia-se a maçã com mel de abelhas.
"O xarope de maçã é magnífico para tratar a demência, a debilidade
cardíaca, a hipocondria, para fortalecer o estômago e para fazer baixar
a febre. . .
"Finalmente para combater as hemorróidas, não há nada melhor que
comer maçã...
"A cura de maçã... produz magníficos resultados nas seguintes
enfermidades: obesidade, reumatismo, gota, atrite, arteriosclerose,
diabete, sífilis, cálculos, albuminúria, dermatoses crônicas, enfermida-
des do sistema nervoso, sudações profusas etc. Aos enfermos do
estômago recomenda-se fazer uma cura mista, de maçã com coalhada
ou leite cru".
Para realizar uma cura de maçã, pode-se proceder da seguinte
maneira: No primeiro dia come-se um quilo repartido em várias
refeições. Nos dias seguintes aumenta-se sucessivamente a quantidade
até dois quilos ou mais. Se a maçã não foi quimicamente tratada, pode-
se comê-la com casca, desde que seja ralada ou muito bem mastigada.
A duração da cura pode ser de alguns dias ou mesmo de duas ou três
semanas. A quantidade, a forma de preparação, etc., é conforme a
enfermidade a ser combatida. Se, durante ó tratamento, houver alguma
crise ou algum transtorno de certa importância, suspender-se-á a cura
temporariamente. Em muitos casos convém passar vários dias só com
ma ãs, ou substituir refeições comuns pelo uso exclusivo desta fruta.
A cura de maçã", diz o Dr. Indiveri Colucci, "é capaz de vencer
todos os desarranjos do aparelho digestivo, desde a mortal diarréia
infantil, . . . até a anormalidade dos intestinos adultos mais rebeldes e dos
estômagos mais enfermos. A maçã purifica o organismo, desinfeta e
cura sem prejudicar; é o mais apropriado fruto para doentes dos órgãos
digestivos, normalizador por excelência e eupéptico de valor incontes-
tável...
"A cura de maçã é muito depurativa e está indicada como útil nas
doenças crônicas do sistema nervoso dos adultos, em especial na
debilidade nervosa, no artritismo em geral, nas doenças crônicas da pele,
na sífilis, na obesidade, bem como em qualquer doença orgânica e, em
especial, para regular o organismo nas suas funções digestivas".

"As flores da macieira usam-se como peitorais e antiespasmódicas,


em infusão, a 30:1000". - Dr. Raul D'Oliveira Feijão.

hiaçã 155

A casca da raiz da macieira, em decocção, é útil para debelar os


acessos de febre.

VALOR ALIMENTÍCIO

"A maçã é a rainha das frutas", afirma-se em muitos lugares. Possui


valiosas qualidades nutritivas, como indicamos no começo deste capí-
tulo.
Os médicos antigos aconselhavam comer uma maçã antes de ir para
a cama.
Leão XIll, ao cear, comia diariamente quatro maçãs para restaurar
o equilíbrio do seu organismo cansado.
Os ingleses dizem: "One apple a day keeps the doctor away" (uma
maçã por dia mantém o médico distante).
Dado seu conteúdo em vitaminas (A, B1, Bz, C) e em sais, especial-
mente de potássio, fósforo, sódio, ferro, etc. , é um alimento especial para
as crianças, para as pessoas que exercem atividades mentais, para as
mães que amamentam e para os convalescentes. Comendo maçãs cruas,
bem maduras, sentir-se-ão mais dispostos e saudáveis.
Maçã é muito bom especialmente para os indivíduos que sofrem de
transtornos vários em virtude de terem durante muito tempo abusado
dos alimentos cárneos, dos pescados, etc.
Sempre que higienicamente possível, deve-se comê-la com a casca
e com as sementes, para aproveitar todos os seus sais e vitaminas. Os
doentes do estômago devem comê-la descascada.Em caso de úlcera e
gastrite agudizadas, convém usá-la bem cozida, sem a casca, e aprovei-
tar o caldo.
A maçã pode ser consumida crua, assada, cozida, em marmeladas,
geléias, doces diversos, tortas, rocamboles naturais, sucos, etc.
Tudo que aqui dissemos não signif'ica que a maçã seja superior aos
produtos das árvores nacionais. É, sem dúvida, alimentícia e medicinal
e, como tal, devemos usá-la como complemento, mas nunca como
substituto das frutas brasileiras. Além disso, em certos lugares onde a
maçã é muito cara, é preferível que empreguemos nosso dinheiro na
compra de frutas bem brasileiras - como o abacaxi, o abacate, a banana,
a goiaba, a laranja, a manga, etc. - que não são menos nutritivas e
terapêuticas.
O elevado teor de pectina na maçã, um glicídio não digerivel, torna
esta fruta especialmente indicada nos distúrbios gastrintestinais, como
diarréia, colite, etc. Esta f'ibra age como colóide hidróf'lo, retendo
<012>

15 6 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

elementos em trânsito como água e sais minerais e favorecendo,


destarte, a função intestinal. Os que sofrem de prisão de ventre devem
preferi-la crua, com a casca (bem lavada),e comê-la com as sementes.
É ainda mais recomendável usar maçãs juntamente com mamão, em
caso de intestino "preguiçoso".

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Alhuminúria: Proceder como indicado em diabete melito.

Anti-séptico: Proceder como indicado em feridas.

Artrite: Substituir uma refeição do dia por maçãs, exclusivamente, de


preferência o desjejum, durante um ou dois meses.

Asma: Proceder como indicado em respiratórias, doenças.


Aterosclerose: O uso abundante de maçã previne esta desordem.

Bexiga, doenças da: Proceder como indicado em nefrolitiase.


Bronquite: Proceder como indicado em respiratórias, doenças.
Calmante: Tomar o chá de maçã seca com mel.

Cardiaca, debilidade: Indica-se o xarope de maçã. Ver modo de fazer em


demêricia.

Cárie dentária, para prevenir a: Comer maçã abundantemente. Substi-


tuir, de vez em quando, algumas refeições por maçã, exclusivamente

Catarro pulmonar: Cozinhar a maçã, bem picada, em um pouco de água


e mel. Filtrar. Tomar o caldo quente às colheradas, várias vezes ao dia. Substituir
algumas refeições por maçãs cruas, exclusivamente.

Cérebro, indicação para a atividade do: Comer maçã freqüentemente.


Colite: Ver intestino.

Cólera: Proceder como indicado em diarréia.

Conjuntivite: Proceder como indicado em olhos.

Constipação inteslinal: Comer maçãs cruas com casca, bem lavadas,


juntamente com mamão, mel de abelha e pão integral torrado. Mastigar bem. Comer
também as sementes da maçã.

Contusões: Proceder como indicado em feridas.

MAçã 157

Convulsôes: Proceder como indicado em depurativo. Sguir orientação


médica.

Coração, debilidade do: Ver cardiaca, debilidade.

Coração, palpitações do: Comer purê de maçã com um pouco de mel em


substituição de algumas refeições. Esmagar com garfo a polpa da maçã cozida e
acrescentar mel puro.

Demência: Recomenda-se o xarope de maçã. Cozinhar o suco de maçã


bem misturado com mel de abelha durante uns 40 minutos.

Depurativo: Recomenda-se passar um ou dois dias por semana, durante


um período de meses, com dieta exclusiva de maçãs.

Dermatoses: Ver pele.

Diabete melito: Passar um ou dois dias por sernana só com maçãs.


Substituir refeições por maçã, exclusivamente. Preferir a maçã ácida. Buscar
orientação profissional.

Diarréia: Cozinhar maçãs e tomar o caldo. Fazerrefeições de maçã cozida


com torrada. Comer também maçãs cruas.

Difteria: Tomar abundantemente o suco de maçã. Os cuidados médicos


são indispensáveis.

Digestão, distúrbios da: Proceder como indicado em estômago.

Disenteria: Proceder como indicado em diarréia. Comer também maçãs


cruas.

Dispepsia: Ver digestão.


Esgotamento nervoso: Ver estresse.

Estômago, doenças do: Fazer refeições de maçã cozida com torrada.


Tomar suco de maçã, em lugar dojantar, diversas vezes, e substituir o desjejum por
maçãs cruas, esporadicamente.

Estresse: Usar maçã liberalmente. Fazer refeições só de maçã.

Faringite: Recomenda-se usar maçãs frescas raladas ou suco de maçã


durante a fase aguda.

Febre: Proceder como indicado em difteria. O xarope de maçã também


é indicado (ver demência). O decocto da casca da raiz da macieira é, ademais, útil
em caso defebre.
<012>

15Ó AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Feridas: Aplicar maçã ralada no local. Trocar freqüentemente. As frutas


usadas devem ser sadias e firmes, sem o menor vestígio de deterioração.

Figado, doenças do: Comer maçã em abundância. Proceder como


indicado em depurativo.

Flatulência: Proceder à cura de maçã. Página 154

Garganta, doenças da: Passar um dia com maçãs, e fazer gargarejo com
ico morno de maçã.

Gota: Proceder como indicado em artrite.


Gravidez, transtornos da: Tomar copiosamente suco de maçã.
Hemorróidas: Fazer refeições exclusivas de maçã.
Hipercloridria: Proceder como indicado em estômago, doenças do.
Hipocondria: Proceder como indicado em demência.

Ictericia: Proceder como indicado em artrite.

Intestino, infZamações do: Tomar suco de maçã abundancemente. Seguir


orientação prescrita em depurativo.

Nefrolitiase: Tomar abundantemente o suco de maçã fresco.

Nervos, doenças dos: Proceder como indicado em depurativo.

Obesidade: Passar vários dias só a maçãs, ou substituir refeições normais


por maçã.
Olhos, inflamações dos: Lavar os olhos duas vezes por dia com algodão
embebido em suco de maçã ácida. Pode-se fazer cataplasmas com maçã madura
ralada.

Pele,doenças da: Proceder como indicado em artrite.

Pneumonia: Proceder como indicado em respiratórias, doenças.

Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.

Resfriado: Proceder como indicado em respiratórias, doenças. Comer


maçã crua recheada com mel.

MAçã 159

picada em pouca água, com mel; tomar este caldo várias vezes por dia. Indica-se
também o infuso das flores da macieira tomado morno.
Reumáticas, dores: Cozinhar a maçã em forma de geléia e friccionar as
partes afetadas com esta pasta.

Reumatismo: Proceder como indicado em artrite.

Rins, cálculos dos: Ver nefrolitiase.

Rins, doenças dos: Proceder como indicado em nefrolitiase.

Rouquidão: Comer maçãs aquecidas em água. Ou, comê-las cruas


echeadas com mel.

Sifilis: Proceder como indicado em depurativo.

Sinusite: Adotar dieta exclusiva de maçã por alguns dias. Posteriormente,


substituir refeições por maçãs, exclusivamente.

Sudaçâo profusa: Proceder como indicado em depurativo.

Tosse: Aplicar cataplasmas mornas de maçã ralada ao pescoço e ao peito.


Comer a maçã assada. Tomar, às colheradas, o caldo de maçã (modo de preparar
explicado em respiratórias, afecções).

Urinário, doenças do aparelho : Tomar suco fresco de maçã em abundân-


cia.

Vesicula, cálculos da: Proceder como indicado em nefrolitiase.


Respiratórias, doenças : Assar a maçã. Fazer uma refeição de maçâ assada,
yuente, com torradas; e outra refeição de maçã crua, por alguns dias. Cozer a maçã
<012>

MAMÀO
IÓI
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de mamão contêm:
Calorias 68,00
kcal
Água 83,80 g
Carboidratos 14,50
g
Proteínas 0,20 g
Lipídios 1
Cinzas g
,
0,50 g
Vitamina A (Retinol equivalente)
37
Vitamina B1(Tiamina)
24,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina)
65,00 mcg
Niacina 0,24
mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)
57,00 mg
MAMAO Alguns sais do mamão, em 100
gramas:
(Carica papaya L.) Fósforo
26,00 mg
Cálcio 21,00
mg
Ferro 0,80
mg
A história do mamão no continente americano remonta a Ponce de
Leon, que, depois de ter desembarcado nas praias da Flórida, escreveu USO
MEDICINAL
ao rei da Espanha, contando suajornada em busca de juventude. Disse, Observado
aomicroscópio, omamãorevelapossuirgrandesglóbulos
na sua carta, o seguinte: de gordura.
"Os índios preparam a carne para cozinhar, envolvendo-a, muitas 0 exame
microscópico mostra também que o mamão encerra um
horas antes de levá-la ao fogo, com folhas de uma árvore que produz um fermento
solúvel, a papaína, mais abundante no fruto verde do que no
delicioso `melão', o qual se come cru, tendo sabor delicioso. E esse maduro. Daí a
prática, aliás muito comum, de riscar o fiuto longitudi-
processo torna a came tão tenra que suas f'ibras se separam facilmente nalmente, para
apressar-lhe a maturação, pois as incisões eliminam
com os dedos". grande porção do látex nele
contido.
0 mamão é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor Referindo-se
à papaína, diz o Dr. L. Beille:
nutritivo, como pelo seu poder medicinal. Um dos seus mais importan- "Esta
diástase ataca energicamente a ibrina, dissolvendo-a como a
tes princípios é a papaína, uma enzima reconhecida como superior à
pepsina, mas ela se ditingue desta última
pelo fato de que sua ação pode
realizar-se não somente num meio
ligeiramente ácido, mas também
pepsina e muito usada para prestar alívio nos casos de indigestão aguda. num
Também tem efeitos benéf'icos sobre os tecidos vivos. meio neutro ou
alcalino.
Deitando-se um mamão maduro n'água,
de modo a desfazer-se, se
0 leite de mamão está tendo tantas e tão variadas aplicações nos g
obtém uma solu ão mucila inosa a qual,
filtradareci ita uma
Estados Unidos, que já existe nesse país uma florescente indústria substância que
produz uma goma amarela, sem gosto e sem cheiro
destinada a colhê-lo, manipulá-lo e comercializá-lo. especial e que, em
presença dos ácidos diluídos, se transforma em
I60 gl:cose.

' - s H rucs na Mcdicina Namnl


<012>

162 AS FRU'f AS NA MEDICINA NATURAI-

Frcito

O mamão maduro é digestivo, diurético, emoliente, laxante, refres-


cante, etc. "
O Dr. Domingos D'Ambrósio afirma que o mamão é diurético,

laxante e oxidante, particulannente quando se come com as sementes,


ue contêm a papaína fac-símile da pepsina".
q'""
"O mamão é muito alimentício, diz o Dr. Deodato de Morais sendo
receitado los médicos nas doenças do estômago e dos intestinos".

O Dr. ohn Harvey Kellog proclamou o mamão "o mais poderoso


digestivo que se conhece", recomendando entusiasticamente seu uso a
todos os que sofriam de dificuldades digestivas, pois o estômago
sensível, que não pode tolerar comida, encontra nessa fruta um alimento
delicioso e calmante, capaz de dar ao referido órgão o descanso
necessário ao processo curativo.
O Bureau of Plant Industry, do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos, publicou: "O mamão possui peculiares e valiosas
propriedaddes digestivas que o tomam de grande valor na dieta". E a
experiência prova que a papaína, fermento solúvel fornecido pelo
mamão, é capaz de digerir rapidamente duzentas vezes seu próprio peso
em proteínas.
"O mamão, alimentício, abundante de substância mucilaginosa e de
fermentos digestivos, é muito recomendável para os dispépticos"

O Dr. Raul Heneaux afirma:

"Para todas as enfermidades do estômago e intestinos, o mamão é


sem rival. Graças ao seu conteúdo em papaína, um fermento mui ativo,
que, na minha opinião, é muito superior à pepsina animal, é (o mamão)
uma grande dádiva da Natureza à humanidade... Em casos severos de
indigestão e gastrite, onde a assimilação de alimentos causa grande

varlo5 uias v

paciente... Também contra a prisão de ventre crônica, achei que o


mamão é o remédio mais eficaz".
O Dr. Teófilo L. Ochoa ensina:
"O mamão comido emjejum, de manhã, é indicado contra o diabete,
(em caso de diabete, convém usá-lo com maçãs e torradas de pão
integral), a asma e a icterícia. É também bom depurativo do sangue e
estomacal proveitoso...

reu moti smo

vermes

indigestão
ú.4
.

' .

I `jI%! J
If

:
,

icterícia

. 4!i

'
:

).

,
.

enfermidades do peito

MAMÃO (Carica papaya)

MAnzão 163
J1
doenças dó
estomogo
gostrite
/
priso de vnhe
i
diabete
angina osma

. _ ,5
. ..-
<012>

l 64 AS FRl1'f AS NA MEDICINA NATURAI-

"A papaína (fermento do mamão) tem sido aclamada como uma


valiosa ajuda nos casos crônicos dos males do estômago, putrefação
intestinal, prisão de ventre, flatulência...

` `Na China. . . a polpa é secada e empregada para reduzir inchações e


inflamaçs dos pés e também p'a combater o reumatismo, caso em
que a tomam em cozimento.

"Nas Antilhas prepara-se um xarope do suco da fruta madura, cozida


ao forno com bastante açúcar. Esse xarope é muito indicado contra a
tosse dos tuberculosos do último grau, e, em geral, também contra as
enfermidades do peito. Tomam-se várias colheradas por dia.

"O mamão maduro, esfregado sobre a pele, ajuda a eliminar as


manchas, suaviza a cútis áspera e evita as rugas produzidas pela idade.
As mulheres nativas consideravam o suco de mamão como seu melhor
cosmético.
"O mamão miúdo e ácido emprega-se aberto, em forma de cataplas-
"
mas, nas angiiias.

Látex

O "leite" que se obtém ao cortar o mamão, é tido como excelente


antelmíntico (combate vermes), tendo também ouhas aplicações.

Prescreve o Dr. Teófllo L. Ochoa:


"O suco leitoso do fnito tem sido utilizado para combater as falsas
membranas da gargta em casos de difteria. Desse efeito do látex, faz
muitos anos,já se havia convencido o Dr. Manyaii, de Palm Beach. Tem
sido usado igualmente contra os calos e as verrugas.

"Esse suco também se emprega como vermífugo, ministrando-se


meia onça (uns 15 gramas) de suco diluído em meia xícara de água
adoçada com mel. (Essa dose é para criança de 2 a 7 anos). Meia hora
depois, dá-se um purgante, preferivelmente de óleo de ricino com um
pouco de suco de limão. Para crianças maiores, aumenta-se a dose do
suco leitoso e, segundo o caso, pode-se também ministrar, no mesmo
dia, esse suco simplesmente diluído em água quente, em forma de
enema.
"

anão 165

punhado de flores, com um pouco de mel, numa panela ou vasilha


resistente à água fervente. Deita-se por cima um copo de água a ferver.
Tapa-se bem. Deixa-se esfriar. Toma-se às colheradas, de hora em hora.
"A infusão das flores do mamoeiro macho, assim preparada, cons-
titui, com mel, um bom xarope para ser usado nos casos de tosse e
influenza", diz o Dr. Lourenço Granato.
O Dr. Monteiro da Silva ensina Que esse mesmo xarope é um remédio
para as indisposições gástricas oriundas dos resfriados e afirma que pode
ser usado contra a bronquite das crianças.

Sementes

Muitos sabem que a semente do mamão é um bom vermífugo, mas


ignoram que ela tem igualmente outras aplicações na medicina domés-
tica.
"Afirma-se", diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa, "que as sementes
comidas em certa quantidade são recomendadas contra o câncer e
proveitosas contra a tuberculose.
"Umas 10 ou 15 sementes frescas, bem mastigadas, favorecem
ef'icazmente a excreção da bile, atuam contra as enfermidades do fígado
e `limpam' o estômago.
"As sementes secas e moídas, em cozimento, constituem um bom
carminativo..., um magníf'ico emenagogo e um vermífugo de primeira
ordem.
"Contra os vermes intestinais emprega-se, de uma só vez, uma
colherinha ou mais, de sementes pulverizadas, misturadas com mel de
abelha. Repete-se a dose duas ou três vezes ao dia."

Raizes
As raízes do mamoeiro, em decocção, são um tônico para os nervos
e um remédio para as hemorragias renais.
Também possui propriedades antelmínticas. Cozinha-se um punha-
do em uma ou duas xícaras de água, adoça-se com mel, e toma-se
durante o dia.

Folhas

Flores do mamoeiro macho As folhas do mamoeiro têm aplicação no preparo de um chá


As flores têm grande aplicação como remédio para combater a
digestivo,quepodeserdadolivrementeàscrianças,vistoserinofensivo,

rouquidão, a tosse, a bronquite, a traqueíte, a laringite. Coloca-se um não contendo teína


ou mateína, como o chá-da-ribeira ou chá-mate.
<012>

166 AS FRAS NA MEDICINA NATURAL

Nos Estados Unidos, as folhas verdes do mamoeiro costumam ser


secadas e reduzidas a pó, e empregadas na confecção de remédios
digestivos.
Na Venezuela, as folhas são usadas, em decocção, com ótimos
resultados, contra os vermes intestinais.

O suco leitoso extraído das folhas encerra excelentes propriedades


vermífugas e, segundo o Dr. Vinson, é o antelmíntico mais enérgico que
se conhece. Usa-se diluído em água.

Esse mesmo suco leitoso das folhas tem também utilidades terapêu-
ticas como digestivo e vulnerário. Em diversos lugares, os nativos o
usam para tratar eczemas, verrugas, úlceras, chagas.

VALOR ALIMENTÍCIO
O mamão, quando maduro, é uma fruta saborosa e nutritiva.
O fruto maduro, se é algo amargo, isto é, se contém doses apreciáveis
de papaínas, possui boas qualidades digestivas.

O mamão é um alimento aperiente e ideal para o desjejum, pois


contribui para satisfazer as exigências nutrimentais do organismo, de
manhã, e "limpa" o aparelho digestivo. Auxilia, além disso, na manu-
tenção do equilirio ácido-alcalino do corpo e, nesta sua função,
sobrepuja o próprio melão, que é considerado um dos melhores álcali-
formadores.
O mamão presta-se para admiráveis combinações com outras frutas

- figos, ameixas, uvas - frescas ou secas, podendo ser comido ao


natural, ou com mel.
Quando o mamão não é muito doce, ou mesmo, quando é pronun-
ciadamente amargo, não é necessário desprezá-lo; pode-se aproveitá-lo
p,
para o liquidificador, em mistura com outras frutas e um ouco de mel
no preparo de uma saudável vitamina.

O mamão não deve faltar na alimentação diária das crianças, pois que
lhes é muito benéflco para a saúde e lhes favorece o crescimento.

Na confecção de doces, geléias, compotas, xaropes, ou outras


guloseimas, o mamão perde grande parte dos seus sais, das suas
vitaminas, e das suas propriedades, pelo que se deve comê-lo, sempre
que possível, cru.
O mamão verde dá um doce que toda dona de casa, sem dúvida, já
experimentou fazer, mas o que nem todas sabem é que em diversos
lugares o mamão verde é usado cozido, com sal, azeite etc. como
abóbora.

MAMÃO

O centro meduloso do tronco do mamoeiro, raspado e secado, é uma


guloseima semelhante ao coco ralado. Encerra boas propriedades
nutritivas. Em alguns lugares é aproveitado no preparo de rapaduras.
O mamão é rico em vitaminas e minerais, fornecendo quota generosa
de vitamina A (pró-vitamina), vitaminas do complexo B e rico teor de
vitamina C. Para aumentar o aproveitamento do ferro numa refeição,
pode-se comer o pão preto (integral de gergelim) com boa quantidade
de mamão.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidose: Fazer refeições só de mamão. Mastigar algumas sementes.


Anginas: Cataplasma local com a polpa do mamão miúdo e ácido.
Arrotos: Verflatulência.

Asma: Proceder como indicado em diurese.

Bronquite: Proceder como indicado em rouquidâo ou em gripe.


Calos: Aplicar no local o "leite" do mamão, de preferência o "leite" das
folhas.

Câncer: Comer em jejum, mastigando, cerca de 15 sementes de mamão.


Após as refeições comer cerca de 10 sementes. Além deste, são necessários outros
cuidados específicos.

Chagas: Proceder como indicado emferidas.


Constipação intestinal: Ver laxante.

Diabete melito : Com a devida orientação, pode-se incluir mamão na dieta.

Difteria: Além dos cuidados médicos indispensáveis, pingar na garganta,


freqüentemente, gotas do látex diluído em um pouco de água; gargarejar com este
líquido.

Digestão, distúrbios da: Proceder como indicado em estômago.

Dispepsia: Proceder como indicado em estômago.

Diurese: Recomenda-se fazer refeições exclusivas de mamão ou de suco


cl.e mamão. Comer, juntamente, algumas sementes.

Eczemas: Proceder como indicado emferidas.


<012>

pg F'RUTAS NA MEDICINA NATUR-

Eructaçôes: Verflatulência.

Estresse: Proceder como indicado em newos, tônico para os.


Estômago, doenças do : Recomenda-se usar mamão maduro em abundân-
cia, e fazer, esporadicamente, refeições exclusivas desta fruta. Mastigar umas 10
ou 15 sementes de mamão por dia.

Feridas: Aplicar no local o "leite" extraído das folhas.

Figado, doenças do: Mastigar umas 10 ou 15 sementes de mamão após


o almoço.

Flatulência: Proceder como indicado em estômago. Depois de secas,


moer as sementes. Preparar um decocto com o pó, filtrar, e tomar momo meia xícara
após as refeições.

Gastrite: Ver estômago.


Gripe: Infusão das flores do mamoeiro-macho com um pouco de mel.
Tomar 2 a 3 xícaras por dia, momas.

Ictericia: Proceder como indicado em diurese.

Inchações dos pés: Ver pés.

o Influenza: Ver gripe.

Intestino, desordens do: Proceder como indicado em estômago.


Laringite: Proceder como indicado em rouquidão.
Laxante: Fazer refeições exclusivas de mamão, de preferência no desje-
jum. Comer, jutamente, algumas sementes.

Nervos, tônicopara os: Picar a raiz do mamoell'o e preparar um decocto.


Tomar duas ou três vezes ao dia.

Pele, para a beleza da, ou manchas e rugas da: Massagear diariamente


a pele com mamão maduro.

Pés, inchaçôes e inflamaçôes dos: Secar a polpa em um desidratador ou


fomo. Aplicar, pulverizado e misturado em um pouco de água e sal, na forma de
cataplasma, sobre o local.

Prisâo de ventre: Proceder como ndicado em laxante.


Respiratórias, doenças: Proceder como indicado em tosse.

MAMÃO I Ã9

Reumatismo: Secar a polpa em um desidratador ou fomo. Pulverizar e


preparar um decocto com este pó. Filtrar e tolnar 3 a 4 vezes por dia.

Rins, hemorragias dos: Proceder como indicado em newos.

Rouquidão: Infuso das flores com um pouco de mel. Tomar uma colher
de sopa de hora em hora.

Tosse: Picar bem o mamão, misturar com um pouco de mel, e levar ao


fomo. Tomar o xarope que se forma cada vez que a tosse se manifestar. Proceder
também como indicado em rouquidão ou em gripe.

Traqueíte: Proceder como indicado em rouquidão.

Tuberculose: Proceder como indicado em tosse. Comer regularmente


após o almoço umas dez sementes de mamão.

Ãlceras: Proceder como indicado emferidas.

Verminoses: Dissolver 15 gramas (ou uma e meia colher de sopa do suco


leitoso do mamão (látex ou "leite") em meia xícara de água adoçada com mel. O
"leite" extraído das folhas é melhor. Meia hora depois, tomar purgante de óleo de
rícino com suco de limão. Ou, moer as sementes secas, preparar um chá com este
pó e tomar meia xícara em jejum. Ou, misturar as sementes pulverizadas com mel
de abelhas e tomar três colheres de sopa ao dia. Ou, preparar um decocto das raízes
do mamoeiro, adoçar com mel e tomar três xícaras por dia. Ou, tomar o chá das
folhas do mamoeiro. Pode-se experimentar cada um desses procedimentos altema-
damente.

Verrugas: Proceder como indicado em calos.

Vulnerário: Verferidas.
<012>

Nz.nrA 171

l IANGA

(Mangifera indica, L.)

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Cem gramas de manga contêm:

Calorias 66,60 kcal


Água 83,80 g
Carboidratos 15 ,00 g
Proteínas 0,40 g
Lipídios 0,30 g
Cinzas 0,50 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 220 RE
Vitamina B (Tiamina) 51,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 56,00 mcg
IIiacina 0,50 rng
Vitamina C (Ácido ascórbico) 43,00 mg

Alguns sais da manga-espada, em 100 gramas:

A manga - fruto da mangueira, árvore frondosa da fami ia das


Anacardiáceas, originária do Sul da Ásia, hoje cultivada em todos os
países tropicais e subtropicais - apresenta uma polpa carnosa, algumas
vezes flbrosa, amai'ela em diversos tons, rica em terebintina, um óleo-
resina, e de agradável paladar ao natural ou sob forma de compotas,
marmeladas, geléias e refrescos.
As mais conhecidas variedades, que apresentam diferenças no
tamanho, na forma, no colorido e no sabor, são as seguintes:

Manga-espada- Alongada. Achatada dos lados. Permanece verdo-


lenga mesmo após a maturação.
Manga-rosa - Arredondada. Lindo colorido amarelo, matizado de
I-osa. Tamanlio variável segundo a região produtora.
Manga-bourbon - Mais ou menos esférica. Verde-amarelada.

Manga-famlia - Mais ou menos esférica. Verde-amarelada.


Manga-favo-de-mel-Alongada. Intensacoloração amarela. Muito
doce.
Manga-carlotina - Pequena. Arredondada. Amarelo-esverdeada,
com pintinhas esc.zras. Alto teor de vitamina C.

Manga-coração-de-boi - Como o nome indica, apresenta-se sob a


forma de um coração. ,
A manga é uma fruta saborosa e nutritiva, hoje nativa em certas
regiões do Brasil.
170

Fósforo 21,00 mg
Cálcio 2,00 mg
Ferro 0,30 mg

O principal valor dessa deliciosa fruta está na sua riqueza em


vitaminas A e C.
Seu conteúdo em vitamina C varia segundo o tipo de manga. A
manga-rosa é a que possui mais alta quota (56 miligramas por 100 g).
Seguem-na a manga-carlotina com 54 miligramas, e a espada com 35
miligramas por 100 gramas de fruta. Esse teor, como acontece com
outras frutas, varia com a época, sendo mais alto em janeiro, quando
justamente há abundância de mangas.
Uma interessante pesquisa sobre a manga revelou que, quanto menos
amadurecido é o fruto, maior é seu teor de vitamina C.
A manga é, pois, tanto por seu agradável sabor como por seu valor
nutritivo, uma fruta que se recomenda a todos, quer ao natural, quer em
refrescos.

USO MEDICINAL

A manga é tida em grande conta na medicina doméstica.


Combate as bronquites mais rebeldes, tem propriedades
antiescorbúticas, é depurativa do sangue e favorece a diurese.
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Como expectorante, a manga, segundo o Dr. Mello Moraes, é


indicada contra as enfermidades das vias respiratórias, como catarros,
tosse, bronquite etc. Nestes casos usa-se preferivelmente em forma de
xarope, com mel de abelhas.
O Dr. Eduardo Magalhães, do Rio de Janeiro, recomendava a manga
aos debilitados, anêmicos, dispépticos e aos que sofrem de bronquite.
"Para combater a acidez e outras enfermidades do estômago", diz o
Dr. Teófilo L. Ochoa, "é bom comer manga de manhã em jejum". As
crianças atacadas de tosse comprida (coqueluche) devem comer ou
beber o suco desta fruta com mel de abelhas. Na Venezuela a manga é
reputada na cura das afecções gastrintestinais, pois que a consideram
como grande digestivo".
Com o "uso e abuso" da manga, podem apontar-se casos em que se
favorece a cura da tuberculose.
A resina que se forma sobre os galhos também exerce ação depura-
tiva.
O suco que exsuda dos ramos é usado como antidiarréico.
As folhas novas são tidas como antiasmáticas. Em decocção, dão um
excelente peitoral, que se usa contra a bronquite. Bebe-se com mel de
abelhas.
Para curar a inflamação das gengivas, enxagua-se a boca com o
decocto das folhas.
Com os brotos dos ramos se prepara um bom vermífugo.
Usa-se exteriormente o decocto das folhas, em fomentações ou
fricções, contra qualquer tipo de contusão.
A amêndoa do caroço encerra propriedades vermífugas.

"A amêndoa, adstringente e amarga", diz o Dr. L. Beille, "é


empregada, no Brasil, como antelmíntico. Do tronco da árvore exsuda
uma goma-resina análoga ao bdélio, muito preconizada contra a sarna.

A casca do tronco é usada, em decocção, contra as afecções febris.


Tomam-se duas xícaras por dia.

VALOR ALIMENTÍCIO

A julgar por suas qualidades nutritivas, a manga deveria ocupar um


dos primeiros lugares na ordem de importância entre as numerosas
espécies de frutas que enriquecem esta terra.
É rica em pró-vitamina A: Contém 210 RE por 100 g, sendo quase
seis vezes mais rica que o mamão em relação a este nutriente. Contém
aproximadamente o mesmo teor de vitamina C do limão. Seu teor de

cota r ro

MANGA (Mangifera indica)

MANGA
enfermidodes do estmogo
<012>

AS FRU'IAS NA MEDICINA NATURAL

calorias é semelhante ao da maçã, aproximadamente de 60 kcal por 100


g. É rica em carboidratos.
A farinha obtida a partir do amido dos caroços da manga é empregada
no preparo de rações para animais.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia: A manga pode ser incluída na dieta dos anêmicos, junto com
alimentos que contenham ferro.

Asma: Chá das folhas tenras da mangueira. Tomar momo, com mel.

Bronquite: Proceder como indicado em respiratórias, doenças das vias.

Catarro nas vias respiratórias: Proceder como indicado em respiratórias,


doenças das vias.

Contusôes: Aplicar fomentações locais com o decocto das folhas.


Coqueluche. Ver tosse.

Diarréia: Tomar o chá dos ramos tenros.


Digestâo, distúrbios da: Fazer uma ou mais refeições só de manga.
Dispepsia: Ver digestâo, distúrbios da.
Diurese: Comer mangas ou tomar o suco.
Escorhuto: Recomenda-se comer mangas.

Estômago, doenças do : Comer manga de manhã, como primeira refeição,


sem misturar com outros alimentos.

Expectorante: Ver catarro nas vias respiratórias.


Febre: Tomar duas xícaras ao dia do decocto da casca do tronco.
Gastrintestinais, doenças: Proceder como indicado em estômago.
Gengivite: Bochechar com o decocto das folhas tenras de mangueira.

Respiratórias, doenças das vias: Xarope de manga: cozinhar o suco


i;tural de manga com mel, até ficar reduzido à metade. Tomar uma colher de sopa
Ir hora em hora.

MANGA I %S
Sarna: Cataplasrnas com a goma-resina que se extrai do tronco.

Tosse: Proceder como indicado em respiratórias, doenças das vias.


Tomar suco morno de manga adoçado com mel.

Tuherculose: A manga, bem como seu suco, podem ser vantajosamente


incluídos na dieta de tuberculosos.

Verminoses: i'reparar um decocto dos brotos dos ramos e da amêndoa das


sementes, bem triturados, e tomar, em jejum. na dose de uma xícara de chá,
juntamente com suco de limão.

MARACUJÁ I 77

MARACUJA

(Passi,flora macrocarpa; Passiflora alata, Ait.)

O maracujazeiro é uma planta trepadeira da famlia das Passiflorá-


ceas, de que há diversas espécies.

COMPQSIÇÃO QLTll'CA
Em 100 gramas de maracujá encontram-se:
Calorias 54,60 kcal
Água 88,50 g
Carboidratos 9,60 g
Lipídios 1,80 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 10 RE
Vitamina B1(Tiamina) 150,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 100,00 mcg
Niacina 1,51 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 15,60 mg

Alguns sais do maracujá, contidos em 100 gramas:


Fósforo 71,00 mg
Cálcio 53,00 mg
Ferro 1,27 mg
I 76

diorria
vermes

:/,

hemorróidas

( Possiflora macrocorpa 1

MARACUJÁ (Passiflora macrocarpa)

Moracujâ - redondo
( Possitloro edulis )
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

USO MEDICINAL

No Brasil são conhecidas muitas espécies de maracujá, com diferen-


tes usos na medicina doméstica, a saber:

Maracujá-da-bahia (Passiflora bahiensis) - As folhas, em banhos


quentes, têm indicação contra a gota. As sementes são vermífugas.

Maracujá-branco (Passiflora capsularis) - A raiz encerra proprie-


dades emenagogas. (Comum no Rio).
llaracujá-mirim ou maracujá-de-garapa (Passiflora edulis) - O
decocto das folhas, em fomentações, é desobstruente e diurético.
Trituradas, aplicam-se as folhas sobre tumores hemorroidários. (Co-
mum no Rio).

Maracujá-fedorento (Passiflora foetida) - Aplica-se, em banhos e


cataplasmas, na erisipela e nas inflamações cutâneas de modo geral.
Maracujá-do-piauí (Passiflora gardneri) - A raiz contém virtudes
emenagogas.

Maracujá-com-folhas-de-louro (Passiflora laurifolia) - As folhas


são emenagogas e adstringentes. (Comum no Amazonas).

Maracujá-pintado (Passiflora mucronata) - As sementes são ver-


mífugas. (Encontram-se nos Estados de S. Paulo, Minas e Rio).

Maracujá-peroba (Passiflora picroderma) - O decocto das folhas,


em clisteres, alivia as hemonóidas. (Vegeta nos Estados do Norte).

Maracujá-cheiroso (Passiflora sicyoides) - As folhas, em banhos


quentes, são aplicadas contra a gota.
Murucuiá (Passiflora murucuia) - Tem propriedades sudoríflcas,
anti-histéricas e vermífugas.
Sunzruca (Passiflora setácea) - Usa-se, em decocção, para comba-
ter a diarréia crônica.
De modo geral, os maracujás são soníferos.

VALOR ALIMENTÍCIO

Diversos maracujás podem ser saboreados ao tiatural, principalmen-


te pela sua polpa deliciosa: o maracujá-da-serra, o maracujá-mi, o
maracujá-marmelo, o maracujá-norbo, o maracujá-cobra, o maracujá-
melão, o maracujá-peroba. Para refrescos são muito bons os seguintes:
maracujá-guaçu (existem, com este nome, diversas espécies que podem
ser usadas), maracujá-pedra, maracujá-de-capoeira, maracujá-mirim,
iiaracujá-de-folha-de-louro.

MARACUJÁ I 79

O maracujá-mirim pode ser usado em forma de compotas, pudins,


doces cristalizados.
O maracujá-melão dá uma boa compota.
O maracujá é apreciável fonte alimentar de glicídios, vitaminas A,
B2, Niacina, e Vitamina C. O maracujá-melão é uma das espécies mais
ricas em ferro (5,2 mg por l00g), e o maracujá-vermelho é particular-
mente abundante em glicídios.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Adstringente: Decocto das folhas do maracujá-com-folhas-de-louro.


Calmante: Proceder como indicado em insônia.

Diarréia: Chá das folhas de sururuca.

Dismenorréia: Ver emenagogo.

Emenagogo: Decocto da raiz do maracujá-branco ou do maracujá-do-


piauí. Decocto das folhas do maracujá-com-folhas-de-louro.
Erisipela: Cataplasmas com a polpa do maracujá-fedorento. Lavar o local
com o suco diluído do mesmo maracujá.

Estresse: Proceder como indicado em calmante.

Gota: Tomar banhos quentec com o decocto das folhas do maracujá-da-


bahia ou maracujá-cheiroso.

Hemorróidas: Aplicar cataplasmas locais com as folhas trituradas do


maracujá-mirim. Clisteres com o decocto das folhas do maracujá-peroba.

Histeria: Tomar várias vezes ao dia o refresco de maracujá, adoçado com


mel.

r Insônia: Tomar o suco do maracujá ao natural, adoçado com mel. Bater


a polpa do maracujá (sem retirar as sementes) com água e mel, e coar.

Menstruação, para restaurar ofluxo da: Ver emenagogo.

Suor, para estimular a produção de: Infuso das folhas de maracujá.

Verminoses: Triturar as sementes do maracujá-da-bahia ou do maracujá-


pintado, misturar com mel, e tomar uma colher de sopa em jejum.
<012>

MELANCIA ISI

MELANCIA

(Citrullus vulgaris, Sohrad; Cucurbita citrullus;


Citrullus lanatus, [Thunb.] Mansf.)

A melanciaé produzida por umaplantadafamliadas Cucurbitáceas,


a que pertencem também o melão, o maxixe, o pepino, a abóbora, a
bucha e o chuchu. É oriunda da Índia e aclimatada no Brasil, sendo
cultivada em todos os Estados do país. Outros nomes botânicos para a
melancia são Citrullus vulgaris e Citrullus lanatus (Thunb.) Mansf.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em cada 100 gramas de melancia encontram-se:
Calorias 31,00 kcal
Água 92,00 g
Carboidratos 6,90 g
Proteínas 0,50 g
Lipídios 0,20 g
Cinzas 0,30 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 23 RE
Vitamina B (Tiamina) 25,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 35,00 mcg
Niacina 0,20 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 9,00 mg
180

.,:r
,

reumotismo
I

enfermidodes d a5
vias urinários

acidez estomacal

MELANCIA (Cucurbita citrullus)

go5es i ntestinois otonio intesti noi


<012>

182 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Os mais importantes sais contidos em l0fl gramas de melancia são


formados por:
Fósforo 12,00 mg
Cálcio ' mg
Ferro 0,23 mg

USO MEDICINAL

A melancia, diz o Dr. Domingos D'Ambrósio, "é levemente laxante


,

porém muito diurética. Por isso é indicada no reumatismo, nas ascites


e nas obstruções renais".
"Vale mais ara um renal ou para um gotoso", ensina o Dr. W. F.
Friedmann, "uma talhada de melancia do que o melhor dos diuréticos."

"Experiências várias provaram que a água contida na melancia


provoca grandes descargas de ácido úrico, limpando, na sua passagem,
os filtros renais...
"A melancia... lava o estômago e os intestinos, dando à ração um
volume total que provoca as contrações peristálticas das paredes do
aparelho digestivo, evitando a atonia intestinal, que é a causa das
constipações ou prisões de ventre e conseqüentes estados de melancolia,
neurastenia etc., tão próprias das gerações modernas".
O Dr. Demétrio Laguna Alfranca afirma que a "melancia é especi-
almente indicada para os que padecem de enfermidades da vias
urinárias. As pessoas que precisam fazer uma cura desta fruta, devem
servir-se do suco da mesma, que não é indigesto nem pesado... O suco
é indicado para combater as febres".

Com o uso da melancia em abundância, curam-se ou combatem-se


as enfermidades da pele.
O Dr. Leo Manfred aconselha a melancia aos que sofrem de dores
e gases intestinais, bem como aos que padecem de afecções das vias
respiratórias, como hronquites crônicas, catarros pulmonares etc.
O Dr. Teófilo Luna Ochoa diz que muitos dietistas encontram na
melancia "um remédio contra o reumatismo, a artrite, as enfermidades
dos rins e da bexiga, ... a blenorragia, a acidez estomacal, a dispepsia,
a obesidade e a hipertensão arterial, . . . e também para aliviar as afecções
da garganta, as chagas da boca, e o veemente desejo de tomar bebidas
alcoólicas".

Exteriormente, usa-se amelancia no tratamento daerisipela. Aplica-


se triturada, polpa e casca, em cataplasmas, ou o suco em pinceladas.

MEi.ANcA 183

Para combater as febres, toma-se suco de melancia e aplicam-se


fatias de melancia diretamente sobre o abdome.
As sementes oleaginosas de melancia, trituradas, são úteis para o
preparo de uma emulsão emoliente, que tem grande utilidade nas
inflamações das vias urinárias.
As orchatas (refrescos) preparadas com as sementes trituradas
acalmam as dores produzidas por ferimentos. Os efeitos são notáveis.
Em virtude do seu conteúdo em cucurbocitrina, as sementes têm o
poder de dilatar os vasos capilares, reduzindo a pressão arterial.

ALOR ALIMENTÍCIO

A melancia é dotada de extraordinário poder diurético e refrescante.


Num dia de calor, nada tão bom como sentar-se à sombra de uma árvore
e comer uma melancia bem madura.
É uma fruta que deve ser comida bem fresca e madura; do contrário
produz cólicas e disenterias perigosas.
Devemos "usar mas não abusar". Os que abusam desta cucurbitácea,
principalmente quando se trata de criança, muitas vezes são vítimas de
diarréia.
A melancia é uma fruta que dificilmente combina com outros
alimentos sólidos ou líquidos. Devemos, pois, comê-la isoladamente,
evitando misturas. Os que a consideram "fruta pesada" geralmente têm
o hábito de usá-la em horário imgróprio e em misturas inconvenientes.
Na verdade, não se trata de "fruta indigesta".

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidose: Proceder como itidicado em reumatismo.

Ácido úrico, distúrbios no metabolismo do: Proceder como indicado em


-eumatismo.

Alcoolismo: Proceder como indicado em reumatismo.


Artrite: Proceder como indicado em reumatismo.
Ascite: Proceder como indicado em reumatismo.

Azia: Ver estômago.

Bexiga, doeriças da: Proceder como indicado em reumatismo.


<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Blenorragia: Proceder como indicado em reumatismo.

Boca, chagas da: Bochechar com suco de melancia e proceder como


indicado em reumatismo.

Bronquite crônica: Proceder como indicado em respiratórias, doenças.


Catarros pulmonares: Proceder como indicado em respiratórias, doen-
ças.

Cistite: Ver bexiga, doenças da.

Constipação instestinal: Proceder como indicado em reumatismo.


Digestão, distúrbios da: Proceder como indicado em reumatismo.

Dispepsia: Proceder como indicado em reumatismo.

Emoliente (para as vias urinárias) : Proceder como indicado em urinárias,


oenças das vias.

Erisipela: Aplicar cataplasmas locais da polpa e casca trituradas.

Eructações: Ver,flatulência.

Estômago, doenças do: Proceder como indicado em reumatismo.


Febre: Tomar o suco de melancia fresco. Ou, aplicar fatias de melancia
obre o abdome, se houver causa intestinal.

Ferimentos, doresproduzidaspor: Triturar as sementes em água com mel


i liquidificar). Aplicar cataplasmas locais, renovando sempre.

Flatulência: Proceder como indicado em reumatismo.


Garganta, doenças da: Proceder como indicado em reumatismo
Gases intestinais: Proceder como indicado em reumatismo.
Gota: Proceder como indicado em reumatismo.

Hipertensão arterial: Proceder como indicado em reumatismo. Triturar as


;ementes em água no liquidificador, coar, e tomar 3 ou 4 xícaras por dia.

Intestino, doenças do: Proceder como indicado em reumatismo.

Melancolia (relacionada a estados constipativos intestinais) : Ver consti-


pação intestinal.

MELANCIA

Obesidade: Proceder como indicado em reumatismo.


Pele, doenças da: Proceder como indicado em reumatismo.
Prisão de ventre: Proceder como indicado em reumatismo.
Renais, doenças: Proceder como indicado em reumatismo.

Respiratórias, doenças: Comer esporadicamente melancia, substituindc


uma refeição por esta fruta.

Reumatismo: Fazerrefeições só de melancia, esporadicamente. Passarum


ou dois dias por semana, durante algumas semanas, não seguidas, só com melancia
Manter repouso nos dias de dieta com melancia.

Urinárias, doenças das vias: Proceder como indicado em reumatismo.


Triturar as sementes com um pouco de água no liquidificador, coar, e tomar três a
yuatro xícaras por dia.
<012>

MELÃO IS%
~
MELAO
(Cucumis melo, L.)

O melão é produzido por uma planta da famlia das Cucurbitáceas,


originária da Ásia e aclimatada no Brasil. Pertence à mesma famlia da
melancia, considerada no capítulo anterior.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em cada 100 gramas de melão encontram-se:
Calorias 30,20 kcal
Água 92,00 g
Carboidratos 6,35 g
Proteínas 0,84 g
Lipídios 0,13 g
Cinzas 0,60 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 280 RE
Vitamina B 1(Tiamina) 30,00 mcg
Vitamina B2(Riboilavina) 20,00 mcg
Niacina 0,53 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 27,90 mg

Estes dados, referentes às vitaminas, correspondem ao melão ame-


ricano.
186

menstruações ditíceis
ci r rose he póti co
ocidose
hepotite

icterícia coli te

cólculos
biliários

insuticiência
hrico
f1
/
ortritismo

reumatismo
fa Ito de apetite

tebre

disenteria

inflamoçóes
dos vias urin&rios

hemorróidos intemas

MELÃO (Cucumis melo)

l,, ii1
I

tenta
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Os sais minerais contidos em 100 gramas de melão dão as seguintes


proporções:
Potássio 235,00 mg
Sódi 6 I ,00 mg
Cálcio 17,00 mg
Fósforo 16,00 mg
Ferro 0,40 mg

USO MEDICIN.4L

O melão maduro é tido como calmante, refrescante, alcalinizante,


mineralizante, oxidante, diurético, laxante, emoliente.

Recomenda-se contra a gota, o reumatismo, o artritismo, a obesida-


de, a colite, a atonia intestinal, a prisão de ventre, as afecções renais, a
litíase renal, a nefrite, a cistite, a leucorréia, a uretrite, a blenorragia.
O suco de melão é indicado no tratamento da febre tifóide e é útil
contra as mucosidades da garganta, do esôfago e do estômago, e contra
a acidose.
As curas de melão são muito indicadas contra a cinose hepática, a
hepatite, a icterícia, os cálculos biliários, a insuficiência hepática, e
outras afecções do fígado.
O rof. Nicolas Capo recomenda o melão às senhoras que sofrem do
útero e dos ovários; af'Irma que esta fruta ajuda a eliminar "pólipos
,
coágulos de sangue, inflamações, irritações, úlceras e o sangue `tóxico'
que circula pelo útero". "O melão", diz o Prof. Capo, "produz um efeito
`dissolvente e oxidante' sobre o sangue que se acumula nos ovários e
tende a cicatrizar os vasos sangüíneos de uma fonna natural; portanto,
convém... às que sofrem de menstruações difíceis, como também na
idade da menopausa, pois regenera o sangue e normaliza o fluxo
sangüíneo".
As sementes do melão são tenífugas, como as da abóbora. Para
expulsar a tênia, mastiga-se muito bem certa porção de sementes, pela
manhã, em jejum, e, uma hora depois, toma-se um purgante.
Trituradas e preparadas em forma de orchatas, as sementes têm
indicação nas inflamações do estômago, do fígado e do baço, nas
disenterias, nos estados febris, nas inflamações das vias urinárias e na
falta de apetite.

Contra as hemorróidas intemas, indica-se exoticamente a introdução


cuidadosa, no reto, de pedaços de melão cortados em forma cilíndrica.

nl.ão 189

VALOR ALIMENTÍCIO
Como o melão não combina facilmente com qualquer alimento, o
melhor é comê-lo só. Como sobremesa é particularmente indigesto,
podendo ocasionar desarranjos digestivos.
O melão deve ser muito bem mastigado, e não convém que o usem
as pessoas que sofrem de dispepsia, estômago dilatado, cólicas e
diarréias, dada sua concentração de compostos sulfurados.
É fonte de v itamina A ( 116 RE por 100 g) e vitamina C (292 mg por
100 g), entre outros nutrientes.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Acidose: Proceder como indicado em reumatismo.

Apetite,falta de: Ver inapetência.


Artritismo: Proceder como indicado em reumatismo.
Baço, doenças do: Proceder como indicado em estômago.
Bexiga: Proceder como indicado em reumatismo.

Biliários, cálculos: Ver colelitiase.


Blenorragia: Proceder como indicado em reumatismo.
Cálculos dos rins: Ver nefrolitiase.
Cirrose hepática: Proceder como indicado em reumatismo-
Cistite: Proceder como indicado em reumatismo.
Colelitiase: Proceder como indicado em estômago ou reumatismo.
Colite: Proceder como indicado em reumatismo.
Constipação intestinal: Proceder como indicado em reumatismo.
Dismenorréia: Ver menstruaçâo, distúrbios da.

Disenreria: Triturar as sementes em água e um pouco de mel. Coar. Tomar


momo e bem diluído, 3 xícaras por dia.

Emoliente: Proceder como indicado em reumatismo.


<012>

j 9O AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Esôfago: Ver estômago.

Estômago, doenças do: Tomar esporadicamente o suco de melão. Subs-


tituir refeições por este suco. Triturar as sementes em água e mel; coar e tomar
morno e bem diluído, 3 xícaras por dia.

Febre: Proceder como indicado em disenteria, com a diferença de que o


líquido ali indicado deve ser tomado fresco em caso de febre.

Febre tifóide: Indica-se o suco de melão.

Figado, doenças do: Proceder como indicado em reumatismo ou estôma-


go.

Garganta, mucosidades da: Substituir refeições por suco de melão e


gargarejar com o mesmo suco.

Gastrite: Proceder como indicado em estômago, afecções do.

Gota: Proceder como indicado em reumatismo.

Hemorróidas: Indica-se, exoticamente, a introdução cuidadosano reto de


pedaços cilíndricos de melão. Deve-se, não obstante, atender à indicação médica.

Hepática, insuficiência: Proceder como indicado em estômago.

Hepatite: Proceder como indicado em reumatismo.

Ictericia: Proceder como indicado em reumatismo.

Inapetência: Triturar as sementes em água e mel (no liquidificador). Coar


e tomar bem diluído, duas horas e meia antes da refeição.

Intestinal, atonia: Proceder como indicado em reumatismo.


Leucorréia: Proceder como indicado em reumatismo.

Menopausa, distúrbios dafase da: Procedercomo indicado em reumatismo.


Menstruação, distúrbios da: Ver útero.

Nefrite: Proceder como indicado em reumatismo.


Nefrolitiase: Proceder como indicado em reumatismo.
Obesidade: Proceder como indicado em reumatismo.

Ovários, doenças dos: Ver útero.

n.I.ão 191

Pedras nos rins: Proceder como indicado em reumatismo.


Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.
Próstata, doenças da: Proceder como indicado em reumatismo.
Renais, doenças: Proceder como indicado em reumatismo.

Reumatismo: Fazer refeições só de melão, esporadicamente. Passar um ou


dois dias por semana só com melão, quando se deve manter repouso.

Solitária: Ver tênia.

Tênia,para expulsar a: Mastigar emjejum sementes de melão, e uma hora


depois tomar um purgante.

Uretrite: Proceder como indicado em reumatismo.


Urinárias, infiamações das vias: Proceder como indicado em disenteria.

Ãtero, doenças do: Proceder como indicado em reumatismo.


<012>

MORANGO 193

MORANGO

(Fragaria vesca, L.)

Como fruta, raramente há quem não aprecie o morango, seja no seu


estado natural, seja preparado em conserva.
Antes de ser usado, o morango precisa ser cuidadosamente lavado,
o que é indispensável de vários pontos de vista. Os horticultores
combatem as pragas dos morangueiros com auxílio de compostos de
cobre e outros fungicidas e inseticidas venenosos. E pode haver
horticultores não esclarecidos ou inescrupulosos, que reguem suas
plantações com água poluída. Daí o grande perigo de tifo, paratifo e
outras moléstias contagiosas.
Se o morango é de procedência duvidosa, deve ser banhado em sumo
de limão, que minimiza o perigo de que estamos falando.
Quando necessário guardar o morango por um ou dois dias, pode-se
colocá-lo em ligeiras camadas sobre uma peneira e guardá-lo em lugar
suficientemente fresco.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Cem gramas de morango contêm:

Calorias
Água
Carboidratos
Proteínas

39,40 kcal
90,20 g
7,40 g
1,00 g

192

Lipídios 0,60 g
Cinzas 0,80 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 3
Vitamina B1(Tiamina) 30,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 30,00 mcg
Niacina 0,28 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 72,80 mg

Os sais do morango, em 100 gramas contêm elementos químicos nas


seguintes proporções:
Sódio 50,00 mg
Potássio 147,00 mg
Cálcio 22,00 mg
Silício 12,00 mg
Fósforo 22,00 mg
Ferro 0,90 mg
Cloro 1,60 mg
USO MEDICINAL

O morango, e, bem assim, o morangueiro, são proclamados sobera-


nos na arte de curar.
Fruto, folha e raiz são empregados, na medicina doméstica, para
combater várias nfermidades.
A raiz; em cozimento, é prodigiosa para combater a diarréia crônica.
O maior valor medicinal do morangueiro encontra-se no fruto, que
uma dádiva do Céu.
Gessner e Noerhave receitavam o morango para combater os
cálculos.
Gessner e Saquet diziam que o morango tem propriedades antiúricas.
Gelnecke dizia que o morango expulsa os vermes, inclusive a
solitária.
Schulze, Hoffmann e Galibert recomendavam o morango como
remédio para os catarros pulmonares.
Gubler opinou que uma cura de morangos equivale a uma cura de
uvas na diátese úrica e nas afecções hepáticas.
O Dr. Eduardo de Magalhães afirma que o morango é indicado para
os casos de areias vesicais, cálculos biliários, gnta, artritismo e icterícia.
Refere o Dr. Magalhães o caso de um seu amigo que, "sofrendo de
fortíssima contrariedade de que resultou congestionar-se o fígado e

07 - .4s Frutxs na Mcdicina Namcal


<012>

I 9tf AS gRUTAS NA MEDICINA NATURAI-

sobrevir icterícia, tal aversão tinha aos alimentos que, durante alguns
dias, se nutriu exclusivamente de morangos, que só lhe apeteciam. O
resultado desse capricho do seu estômago ou, para melhor dizer, do seu
instinto foi ótimo: os morangos o curaram, a icterícia desapareceu, o
apetite renasceu e a saúde voltou".

No tratamento das pedras da bexiga, o suco de morangos espremidos,


tomado de manhã, na dose de uma colher das de sopa, alivia as dores e
previne a formação de novos cálculos.

Numerosos clínicos apregoam a eficácia do morango no combate à


gota. Lineu, Graves, Pasteur, Saquet e muitos outros comprovaram a
eficiência desse soberano remédio.
Para Lineu, o morango era remédio incomparável no combate à
podagra. Certa vez esse botanista se achava fortemente atacado de gota.
Sua mulher lhe ofereceu morangos. Ele comeu um prato inteiro e
melhorourapidamente da doença. Esse fato levou-o a continuarfazendo
largo uso dessa fruta, até que chegou a sarar do mal que o afligia. Isso
foi em 1750. No ano seguinte, todavia, foi o eminente sábio novamente
incomodado pela moléstia, e seu estado agravou-se de tal maneira que
ele mal podia mover-se. Certa vez, galgando com muita dificuldade a
escadaria do palácio real de Drotningholm, encontrou-se com a rainha.
Esta, imensamente comovida, perguntou-lhe o que poderia fazer por
ele. O cientista apenas manifestou o anelo de conseguir um prato de
morangos, fruta difícil de obter, então. A piedosa rainha, arranjou,
porém não sem dificuldade, boa porção de morangos. Lineu os devorou
avidamente, sarando logo em seguida.

A notícia dessa cura foi divulgada por toda parte, e despertou grande
interesse na classe médica. As Sociedades de Ciência e de Medicina
fzeram novas experiências, confirmando o efeito revelado pelo natu-
ralista sueco, que se livrara da gota que o havia atormentado.

Em conseqizência desse fato, aumentou de tal forma a procura pelo


morango, que seu preço subiu espantosamente: foi para oito vezes mais
do que até então havia custado no mercado.

Muitos médicos, então, se tornaram advogados da cura de morango,


chegando a préscrever aos pacientes até sete ou oito quilos por semana,
o que em alguns casos acarretava diarréia.

"O morango, cuja função antiartrítica foi descoberta por Lineu", diz
o Dr. Alberto Seabra, "mantém a sua velha reputação contra a gota e o
reumatismo. Parece que nele existe, em forte proporção, um salicilato,
e, ao tomar medicamentos, não há como procurá-los em organismos

vermes

MORANGO (Fragaria vesca)


MORANGO
195

ortritis mo

1/
,

çoto

pulmonores
<012>

I 96 AS AS NA lI A NATUA-

lantas ou frutas. Alguns não são dessa opinião e preferem


,p
s bstâncias químicas isoladas no laboratório e destituídas desse quid
,"
vital inimitável e que não passa nas retortas.

O reumatismo sob suas diversas formas, mesmo o reumatismo


articular, encontra, sem dúvida, um bom remédio no morango.

O morango, amassado com mel, é bom remédio para os males dos


rins.
p mesmo havendo febre e maras-
No tratamento do catarro ulmonar, btêm i ualmente,
mo, o morango opera milagres. As pessoas biliosas o , g
bons resultados.
O morango é digestivo, pelo que seu uso se recomenda nos casos de
dispepsia. as folhas é diurético e adstringente.
O cozimento da raiz e d
O morango é razoavelmente rico em feno, pelo que se indica uma
fruta indicada no combate à anemia.

A cura de morango
A cura de morango foi preconizada por Gubler contra a gota, as
afecções hepáticas, as litíases biliares, as afecções vesicais e o reuma-
tismo. O douto clínico indicava em tais casos a ingestão diária de 300
a 500
g dessa fruta. De preferência deve-se fazer uma refeição exclusiva
de moran o, em lugar de na das refeições comuns, sem misturar com

g não se deve usar alimentos que


outra fruta ou alimento.0utrossim,

contenham purinas ou ácido úrico, como feijão, ervilha, grão-de-bico,


so a, lentilha, cames, vísceras e pão fresco. A dieta deve ser predomi-
nantemente crua
, porém não escassa. Recomenda-se ingerir bastante
líquido.

VALOR ALIMENTÍCIO

O morango, só ou em combinações apropriadas, presta-se para uma


refeição saudável e nutritiva.

A adição de coalhada ou creme fresco, diz o Dr. Paul Carton,


favorece a digestão do morango, facilita o metabolismo dos seus ácidos
e é altamente apreciada. Mas não se deve usar açúcar.

O Dr. La una Alfranca recomenda, para uma refeição matinal meia


g go em mistura com meia xícara de iogurte, com um
xícara de moran
pouco de mel ou melado.
No desjejum, em vez de dar café às crianças, não há coisa melhor do
` a" - um suco preparado, instantanea-
que oferecer-lhes uma `vitamin

MORANGO

mente, com fiutas passadas no liquidificador - e para este fim é muito


bom o morango, puro ou misturado com outras frutas, como mamão,
laranja etc.
Sempre que possível, deve-se preferir o morango, como aliás,
qualquer outra fruta, ao natural. O alimento cru, é muitas vezes,
incomparavelmente melhor do que o cozido. Todavia, também na
execução de inúmeras receitas - bolos, tortas, pudins, geléias, cremes,
caldas -- o morango presta bons serviços.
Entre os europeus é muito comum preparar morangos em conserva,
o que também se faz com o pêssego, a ameixa, a pêra etc. O morango
é fonte razoável de cálcio e ferro. Contém apreciável teor de vitamina
C, o que favorece a absorção de seu próprio ferro. Para surpresa de
muitos, o morango é mais abundante em vitamina C que o próprio limão.
Cozido ou processado perde, contudo, grande parte desta vitamina.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Ácido úrico, distúrbios no metabolismo do: Recomenda-se substituir


esporadicamente algumas refeições por morango, exclusivamente. Além disso,
convém passar um ou dois dias por semana, na época desta fruta, só com morangos,
quando é indicado repouso.

Adstringente: Recomenda-se o decocto da raiz.

Artritismo: Proceder como indicado em reumatismo.

Bexiga, cálculos da: Tomar de manhã em jejum uma colher de sopa de


s o de morango puro.

Cálculos biliários: Ver cálculos em geral.

Cálculos em geral: Proceder à cura de morango, pág.196.

Catarros pulmonares: Proceder como indicado em ácido úrico. Tomar o


xarope de morango: cozinhar o suco de morango com mel (metade de cada um) por
aproximadamente uma hora. Tomar uma colher de chá de hora em hora.

Diarréia crônica: Tomar o chá das folhas.


Diátese úrica: Cura de morango pág.196.
Digestão, distúrbios da: Proceder como indicado em reumatismo.
Dispepsia: Ver digestão, distúrbios da.
<012>

198 AS uTA S NA MEDICINA NATURAL

Diurese: O decocto da raiz é diurético.

Febre: Tomar suco de morango.

Figado, doenças do: Proceder como indicado em reumatismo.


Gota: Proceder como indicado em reumatismo.

Ictericia: Proceder como indicado em reumatismo.


Reumatismo: Substituir refeições pelo uso exclusivo de morango. Passar
um ou dois dias por semana só com morango, quando se deve manter repouso

Rins, doenças dos: Procedercomo indicado em ácido úrico. Pode-se fazer


refeições exclusivas de morango amassado com mel.

Solitárias: Ver vermlnoses.

Verminoses: Proceder como indicado em ácido úrico.

NÊSPERA
(Eriobotryajaponica)

Anêspera, também chamada ameixa-amarela ou ameixa-americana


,
é produzida por uma árvore da famlia das Rosáceas, oriunda do Japão
e da China Oriental e aclimatada no Brasil.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Cem gramas de nêspera contêm:
Calorias 104,40 kcal
.;
75,00 g
boidratos 23,79 g
Pro ínas 0,86 g
Lipídios 0,32 g
Niacina 292,00 mg
Sódio 11,00 mg

"As sementes", diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa, "contêm regular


proporção de ácido cianídrico, que é um tóxico violento".

USO MEDICINAL

Os frutos acídulos e agradáveis têm aplicação contra a diarréia e


contra a hemorragia interna.

199
<012>

200

AS FRLlTAS NA MEDICINA NATURAL


h angi na
11
r
d iorréia

hemorrogia
interno

201

A casca da árvore é empregada como adstringente, em uso externo.


Em decocção, a casca dá um gargarejo eflcaz contra as anginas, as
estomatites etc. Empregam-se 20 gramas de casca seca ou 40 gramas de
casca fresca para urn litro de água.

VALOR ALIME'VTÍCIO

A nêspera madura é uma fruta muito saborosa para ser consumida ao


natural. Pode também serusada para fazerumacompota deliciosa: pela-
se uma porção de nêsperas maduras. Extraem-se os caroços. Deitam-se
as nêsperas descascadas em água fria com suco de limão. Prepara-se
uma calda rala de água com mel, na qual se pem os frutos. Quanto mais
espessa a calda, tanto mais durável o doce. Leva-se ao fogo e dá-se o
ponto desejado.
A nêspera é rica em taninos, celulose, e ácidos orgânicos como o
Irlálico e cítrico, pelo que se indica contra eventos diarréicos.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Adstringente: Preparar o decocto da casca da nêspera e aplicar extema-


mente em cataplasmas.

Amigdalite: Proceder como indicado em anginas.

Anginas: Gargarejar com o chá da casca da nêspera. Usar 40 gramas da


casca fresca ou 20 gramas da casca seca para um litro de água.

Diarréia: Recomenda-se fazer uma refeição de nêspera cozida com


torr , a. Pode-se também tomar o caldo do cozimento de nêsperas de hora em hora
na quantidade de 1/4 de xícara.

Diurese: Fazer refeições exclusivas de nêspera.

Estomatite: Proceder como indicado em anginas.


a,i 5 .

NÊSPERA (Eriobotrya japonica)

Hemorragia interna: Recomenda-se prosaicamente a inclusão da nêspera


na dieta dos que apresentam tendência a hemorragias.

odstri nge nte estomatite


<012>

tvoz 203

NOZ

(Juglans regia, L.)

A nogueira é uma árvore alta, esbelta e copada, da famlia das


Juglandáceas, originária da Índia e da Pérsia e aclimatada no Brasil.
COMPOSIÇÃO QUll'llCA

Em 100 gramas de noz encontram-se:

Calorias 727,60 kcal


Água 3 ,60 g
Carboidratos 13 ,00 g
Proteínas 18;40 g
Lipídios 63,40 g
1,60 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 3 RE
Vitamina B 1 (Tiamina) 380,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 575,00 mcg
Niacina 0,77 mg

Entre os sais minerais da noz, contidos em 100 gramas, acham-se:


Fósforo 380,00 mg
Cálcio 89,00 mg
Potássio 30,00 mg
Ferro 2,10 mg
Sódio 2,00 mg
202
tuberculose dos ossos

roquí t ismo

:%

soít&río

cnemio

fí StufQS
escrofulcsas

;. 1 J

hemorrídas

NOZ (Juglans regia)

....ts5.

v.:,r,;..

chogas buco is
úlceras

friei ro:
<012>

204 As rxIrrAS NA MEDICINA NA'I'URAL

USO MEDICINAL
Por seu elevado conteúdo em fósforo e vitaminas do complexo B, a
noz é um tônico excelente para o cérebro e para o sistema nervoso. É um.
dos melhores tônicos para o organismo. Revigora os indivíduos debi-
litados.
A noz tem efeitos laxativos. Quem comer nozes com maçãs e mamão
ou, raladas, em misturas com saladas, terá menos possibilidade de
apresentar prisão de ventre.
A noz é tenífuga. Recomenda-se comer diariamente certa quantidade
de nozes para ajudar a expulsar a solitária. O azeite de nozes (60 a 80
gramas) misturado numa salada de batatas, é, segundo se afirma, um
tenífugo de bom efeito.
A noz é muito indicada na tuberculose dos ossos, especialmente na
da coluna vertebral, e no diabete melito, seguncio o Dr. Teófilo Luna
Ochoa.
Afirina-se que a noz encerra propriedades lactígenas e antiestéreis.
O suco de nozes verdes, misturado com mel e diluído em água, dá
bons resultados, em bochechos, contra as chagas bucais, as úlceras e as
fístulas escrofulosas.
O epicarpo da noz verde (ou seja, a parte externa da casca do fruto
verde) usa-se, desde tempos remotos, como excelente reconstituinte, e
como remédio eficaz contra a anemia, o raquitismo, a escrofulose, a
sífilis. Trituram-se umas 6-8 cascas de nozes verdes, acrescenta-se mel,
e faz-se cozer em meio litro de água durante uns 15 minutos. Coa-se e
tomam-se dois copos pequenos por dia. Por causa do tanino contido na
noz verde, não se devem usar panelas ou recipientes metálicos, porque
se formariam tanatos prejudiciais ao organismo.

O decocto da casca verde (40:1000) também é um remédio muito


bom para o diabete melito.

O extrato da casca verde diluído em água, é vermífugo; em garga-


rejos, é bom contra as anginas.

A casca de noz seca, queimada e bem pulverizada, tomada em


infusão com anis, funcho ou camomila, é excelente para combater as
cólicas e as indigestões, afirma o Dr. Luna Ochoa.

As folhas da nogueira sãa adstringentes. Usam-se, em infusão


(20:1000), internamente, contra as dermatoses, o linfatismo, o artritismo,
a gota, o diabete melito, a sífilis, a tosse e outras afecções das vias
respiratórias (com mel e leite), a anemia, a clorose. Externamente, as

Noz 205

folhas, em decocção ( 100:1000), são empregadas contra as afecções do


útero, a metrite, a leucorréia (casos em que se usa o decocto, em mistura
comtanchagem, emirrigaçõesvaginais), as hemoiróidas, as conjuntivites,
as escrófulas, as frieiras, as feridas, as chagas, as úlceras gangrenosas
(em lavagens), as inflamações da garganta (em gargarejos).
O decocto das folhas, em pedilúvios, é excelente contra a gota. As
folhas frescas em cataplasmas, ou o decocto concentrado das folhas em
compressas dão bons resultados contra a tinha.
Contra a insônia, ensina o povo que é bom pôr folhas de nogueira
debaixo do travesseiro, antes de ir para a cama.
As flores da nogueira, graças às suas propriedades adstringentes, têm
indicação contra as diarréias e as disenterias.
Usam-se também as flores, em infusão (20:1000), contra a icterícia,
como tônico, e, de modo geral, em todos os casos ern que se emprega
a casca verde do fruto.
Exteriormente, usa-se o decocto das flores (50:1000), em injeções
uretrais, contra ablenorragia; em lavagens vaginais, contraaleucorréia;
em compressas ou lavagens, contra as feridas, chagas e úlceras; e, em
forma de colírio, contra as inflamações dos olhos.
A casca dos ramos novos, em decocção, tem efeitos laxativos e
vermífugos.
O "pó" dos ramos novos é usdo para remover verrugas, calos e
demais formações córneas.
A casca da raiz, em decocção, é útil contra a dor de dente, as gengivas
sangrentas, os dentes frouxos. Usa-se em bochechos. É também útil
g
ontra: febres, veimes intestinais, cálculos vesicais, icterícia, irre ula-
dades menstruais.

VALOR ALIMENTÍCIO

A noz é um alimento foizrlador de tecidos, devido à sua opulência em


proteína de boa qualidade. Muito indicado para o tempo do frio. Seu
elevado poder nutritivorequeruma digestão laboriosa, que se tornamais
difícil se a fruta não é bem mastigada ou se a quantidade ingerida é
excessiva. Os dispépticos üão a toleram bem; tampouco se dão bem com
a noz os que sofrem de certas afecções do fígado. Mesmo as pessoas
sadias só devem comer nozes em pequena quantidade.
Trata-se de um alimento rico em calorias, proteína, gordura, ferro,
fósforo, vitamina B1, B2 e Niacina. Contêm 64% de gordura, valor
apreciavelmente alto, que requer comedimento.
<012>

ZOÓ AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Anemia: Triturar de seis a oito cascas de nozes verdes, acrescentar mel e


cozer em meio litro de água durante 15 minutos. Coar e tomar dois copos pequenos
por dia. Não prepararem utenslios metálicos. Usar vidro refratário, barro ou madeira,
devido à presença de taninos em alta concentração. Recomendação prosaica e antiga.
Tomar o infuso das folhas.

Anginas: Gargarejar com o suco da casca das nozes verdes diluído em


água.

Antiestéril: Proceder como indicado em cérebro. Indicação empírica.

Artritismo: Tomar o infuso das folhas.

Blenorragia: Injeções uretrais, devidamcnte aplicadas, do decocto das


flores.

Boca,feridas na: Preparar suco de nozes verdes, misturar com mel e diluir
em água. Bochechar.

Cálculos da vesicula: Indica-se o decocto da casca da raiz.

Calos: Aplicar no local o "pó" dos ramos novos misturado com mel.

Cérebro, tônico para o: Deve-se incluir a noz na alimentação como


complemento nutritivo. Na época, 3 ou 4 unidades de nozes por refeição são
indicadas.

Chagas: Verferidas.
Clorose: Tomar o infuso das folhas.
Cólicas intestinais: Ver indigestão.
Conjuntivite: Lavar a conjuntiva com chá forte de folhas de nogueira.
Constipação instestinal: Comer nozes raladas com maçã e mamão.
Debilidade: Procedercomo indicado em cérebro.
Dentes, doenças dos: Proceder como indicado em dor de dente.
Dermatose: Tomar o infuso das folhas.

Diabere melito : O diabético pode incluir. sob supervisão profissional, nozes


en sua alimentação, o que será inclusive vantajoso para o tratamento. Tomar o
clecocto da casca verde (40:1000). Tomar o infuso das folhas.

Diarréia: Tomar o infuso das folhas ou das flores.

NOZ 2O%

Dispepsia: Ver indigestão.

Dor de dente: Bochechar com chá forte da casca da raiz.

Escrofulose: Proceder como indicado em anemia. Tomar o infuso das


folhas da nogueira. Lavar o local com o decocto forte das folhas.

Estresse: Proceder como indicado em sistema nervoso, tônico para o


Febre: Decocto da casca da raiz.

Feridas: Lavar com o decocto forte das folhas ou flores.

Frieira: Lavar o local com o decocto forte das folhas.


Garganta, inflamaçôes da: Gargarejar com o chá forte das folhas.
Gengivite: Proceder como indicado em dor de dente.
Gota: Tomar o infuso das folhas. Pedilúvio com o decocto forte das folhas.
Hemorróidas: Lavar o local com o decocto forte das folhas.
Ictericia: Infuso das flores. Decocto da casca da raiz.

Indigestão: Queimar a casca da noz seca, e preparar um infusojuntamente


com anis, funcho ou camomila. Filtrar e tomar momo.

Insônia: O povo afirma que é bom pôrfolhas de nogueira sob o travesseiro.

Lactigeno: Proceder como indicado em cérebro.


Laxativo: Decocto da casca dos ramos novos.

Leucorréia: Ver útero. Lavagem com o decocto das flores.


Linfatismo: Tomar o infuso das folhas.
Menstruação, distúrbios da: Indica-se o decocto da casca da raiz.
Metrite: Ver útero.
Olhos, inflamações dos: Aplicar na forma de colírio o decocto das flores.
Pele, doenças da: Ver dermatose.

Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.


Raquitismo: Proceder como indicado em anemia.
<012>
208 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Respiratórias, doenças das vias: Proceder como indicado em tosse.


Sifilis: Proceder como indicado em anemia. Tomar o infuso das folhas.
Sistema nervoso, tônico para o: Proceder como indicado em cérebio.

Solitária: Ver tcnia.

Tênia: Comer nozes diariamente. Emjejum pode-se comer umas seis, e,


dali a uma hora tomar-se purgante. O azeite de nozes com salada de batata é
indicado. Usar 50 g deste azeite. Infelizmente é difícil encontrá-lo no mercado.

Tinha: Cataplasmas locais das ヘ olhas frescas ou do chá concentrado.


Tosse: Tomar o infuso das folhas juntamente com mel e leite.
Tuberculose dos ossos: Proceder como indicado em cérebro.

Tuberculose pulmonar: Tomar o infuso das folhas.

Ãlceras: Verferidas.

Ãtero, doenças do: Decocto concentrado das folhas de nogueira e


tanchagem em irrigações vaginais.

Verminoses: Diluir o extrato da casca verde e tomar em jejum duas


colheres de sopa. Tomar o infuso das folhas. Tomar um pouco do chá da casca dos
ramos novos em jejum. É útil o decocto da casca da raiz.

Verrugas: Ver calos.

n
PERA

(Pyrrcs communis, L.)

A pêra é produto de uma árvore de porte alto, de tronco grosso,


originária da Europa Central, onde se encontra em estado silvestre. A
pereira se aclimatou nos Estados do Sul do País, mas não produz pêras
tão belas e saborosas como as européias.

GOMPOSIÇÃO QUÍMICA

Cem gramas de pêra contêm:


Calorias 63,60 kcal
Água 83,00g
larboidratos 15,10g
teínas 0,60g
Li ídios 0,50g
Cinzas 0,50g
Vitamina B (Tiamina) 40,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 20,00 mcg
Niacina 0,15 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 3,50 mg

Cem gramas de pêra contêm sais minerais, cujos elementos consti-


tuintes entram nas seguintes proporções:

Potássio
Sódio

132,00 mg
I 6,00 mg

209
<012>

210 AS xurAs NA MEDICINA NATURAL

Cálcio 14,00 mg
Fósforo 13 ,00 mg
Enxofre 10,00 mg
Magnésio 5 ,00 mg
Silício 1,50 mg
Ferro 1,00 mg

USO MEDICINAL

A pêra tem importância, em primeiro lugar, por ser muito indicada


na hipertensão aiterial.
O Dr. Alabor Von Halasz fez experiências submetendo pacientes
hipertensos a uma cura de pêra. Em geral, bastavam dez ou quinze dias
para aparecer o esperado efeito. A pressão arterial baixava considera-
velmente.
"A pêra", diz o Dr. Demétrio Laguna Alfranca, desempenha um
papel importante na dieta do hipertenso. Purifica o organismo e exerce
uma ação diurética evidente.
"Em Alexandria há um famoso médico que trata os enfermos
hipertensos fundamentalmente com um regime rico em pêra. Alimenta-
os diariamente, durante certo tempo, com um quilo e meio de pêras...
e alguma outra fruta suculenta, de vez que observem o repouso e a calma.
Alcança ótimos resultados".
A pêra é também recomendada por suas propriedades diuréticas,
mundificantes dos rins, e depurativas do sangue.

É igualmente útil contra a prisão-de-ventre, a inapetência, as enfer-


midades digestivas, as febres intestinais.

Henri Leclerc afirnia que as folhas da árvore exercem efeito benéfico


na inflamação da bexiga e na litíase urinária. São diuréticas e úteis
também contra a pielonefrite. Usam-se em infusão (10:1000).

VALOR ALIMENTÍCIO

Por seu teor de açúcares, sais minerais e vitaminas, a pêra é um


alimento saudável. Deve, sempre que possível, ser consumida ao
natural, mas também se presta para o preparo de doces e manjares.

RESllMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Bexiga, inflamação da: Infuso das folhas (10:1000).

Cistite: Ver bexiga, inflamação da.

PÊRn 2ll

i n fl a moção do bexiqa

PÊRA (Pyrus communis)

prisão de ventre

enfermidades d igestivas
<012>

212 AS FRU'tAS NA MEDICINA NATURAL


Constipação intestinal: Fazerrefeições exclusivas de pêra, de preferência
como desjejum.
Depurativo: A pêra age depurativamente. Proceder como indicado em
hipertensâo arterial.
Digestivos, distúrbios: Proceder como indicado em constipaçâo intesti-
nal.
Diurese: Proceder como indicado em hipertensão arterial. Tomar o
infuso das folhas ( 10:1000).
Fcbre intestinal: Passar o dia com pêras maduras ou suco fresco de pêra.
Hipertensão arterial: Recomenda-se substituir refeições por pêras e PÊ S S E G
O
passar alguns dias só com pêras, regularmente.
Inapetência: Proceder como indicado em constipaçâo intestinal.
(P1'unuSpel'SiCa
Nefrolitíase: Tomar o infuso das folhas. Dez gramas para um litro de água.
Pielonefrite: Proceder como indicado em nefrolitiase. 0 pessegueiro é
uma árvore da familia das Rosáceas, oriunda,
Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.
segundo Candolle, da China
Central, e não da Pérsia, como o nome
Rins, doenças dos: Proceder como indicado em hipertensâo arterial.
equivocadamente indica.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de pêssego há:
Calorias 41,40 kcal
Água 89,30 g
Carboidratos 9,40 g
Proteínas 0,70 g
Lipídios 0,10 g
Cinzas 0,50 g
Vitamina A (Retinol equivalente)
375 RE
Vitamina B1(Tiamina) 40,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 65,00
mcg
Niacina 0,95 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)
26,80 mg
Alguns sais minerais do pêssego em
100 gramas:
Potássio 214,00 mg
213
<012>

214 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Fósforo 24,00 mg
Sódio 22,00 mg
Cálcio 16,00 mg
Ferro 0,30 mg

USO MEDICINAL

Segundo o Dr. Deodato de Morais, o pêssego é uma fruta que se


recomenda aos diabéticos, gotosos e tuberculosos.
É, além disso, muito indicado na debilidade pulmonar, nas enfermi-
dades dos pulmões, nas afecções do fígado, na prisão de ventre, nas
úlceras cancerosas, herpes, dores reumáticas, hipertensão arterial,
anemia.
Tem indicação, também, como colagogo, diurético, depurativo do
sangue, desintoxicante.
O macerado do caroço triturado regulariza o fluxo menstrual. O
caroço moído, misturado com uma gema de ovo, é eficaz para estancar
hemorragias provocadas por ferimentos. Produz bons efeitos, também,
contra a hemofilia, segundo se afirma.
Externamente aplicadas, as folhas amassadas exercem efeitos seda-
tivos.
As flores em infusão, com água ou leite, ou preparadas em forma de
xarope, constituem um bom laxante infantil. O infuso é igualmente
recomendado como diurético, vermífugo e útil contra a coqueluche.
As folhas frescas, amassadas, ou as secas, moídas, têm aplicação
extema nas chagas gangrenosas e em toda espécie de erupções cutâneas.

A goma que exsuda do pessegueiro, durante o verão, dá bons


resultados contra as tosses mais rebeldes. Emprega-se somente meia
colher das de café em uma xícara de lite quelite.

Afirma-se que tanto as folhas do pessegueiro, como a amêndoa


contida no caroço do pêssego, são tóxicas.

VALOR ALIMENTÍCIO

O pêssego só deve ser colhido maduro e consumido logo depois de


apanhado. Comido em excesso ou quando não bem maduro, o pêssego
torna-se indigesto, especialmente para os estômagos delicados.

Devemos evitar comer pêssego como sobremesa, especialmente


após uma refeição em que tenha havido uma mistura de pratos.

Para podermos aproveitar ao máximo as suas qualidades medicinais


e nutritivas, devemos comê-lo ao natural.

PÊSSEGO 2IS

IlBTt Orragi OS

!
/
ofecções
do fíçodo
;: :;5
debilidade erupções Gho4as
pulmonor cutoneos gongrenosas
tuberculose

prisdo de
ventre

úlceras
concerosas

hemofilia

diabete

PÊSSEGO (Prunus persica)

gta
<012>

S FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

O pêssego, não obstante, se presta muito bem para a confecção de


conservas, doces, compotas.
O pêssego é fonte razoável de pró-vitamina A e ferro.

RESÃMO DAS UTILl DADES MEDICINAIS

Anewiia: Embora não seja uma fruta rica em ferro, o é em vitamina C, pelo
que pode ser vantajosamente utilizadajuntamente com boas fontes de ferro, como
pão preto.

Câncer: Ver úlceras cancerosas.


Chagas: Folhas frescas amassadas, cataplasmas locais.
Colagogo: Proceder como indicado em hipertensão arterial.
Constipação intestinal: Fazer, em jejum, uma refeição só de pêssego.
Coqueluche: Infuso das flores.
Debilidade pulmonar: Proceder como indicado em tuberculose.
Depurativo: Proceder como indicado em hipertensão arterial.

Diabete melito: Recomenda-se a inclusão do pêssego na dieta. As


proporções devem ser calculadas por um nutricionista.

Diurético: Proceder como indicado em hipertensão arterial. Infuso das


flores.

Dores em geral.' Aplicar no local cataplasmas das folhas trituradas.

Dores reumáticas: Proceder como indicado em úlceras cancerosas.


Erupções cutâneas em geral: Cataplasmas locais das folhas frescas
amassadas; ou, do decoeto concentrado das folhas secas moídas.

Feridas: Proceder corno indicado em erupções cutâneas em geral.

Figado, doenças do: Recomenda-se incluir o pêssego na dieta.

Gota: Recomenda-se incluir o pêssego na dieta. Podem-se substituir


refeições por esta fruta, exclusivamente.

PÊSSEGO

Hemorragias: Uso tópico do caroço bem moído misturado com umá gem:
de ovo. Remédio popular.

Herpes em geral: Proceder como indicado em úlceras cancerosas.

Hipertensão arterial: Fazer refeições exclusivas de pêssego. Passa


alguns dias só com esta fruta.

I,axante infantil: Infuso das flores.

Menstruação, distúrbios da: Preparar um macerado do caroço triturado


Triturar os caroços e deixá-los de molho durante a noite. Filtrar. Ferver. Irrigaçe
vaginais com este líquido, momo.

Pulmôes, doenças dos: Proceder como indicado em tuberculose.

Reumatismo: Proceder como indicado em gota.


Tosse: Misturar meia colher de café da goma que exsuda do pessegueirc
no verão com uma xícara de leite quente. Tomar aos goles.

Tuberculose: Recomenda-se incluir o pêssego na dieta.

Ãlceras cancerosas: Além dos necessários cuidados médicos, recomen


da-se ingerir pêssegos em abundância. Pode-se fazer refeições exclusivas d<
pêssego. Proceder também como indicado em chagas.

r Verminoses: Infuso das flores em jejum.

Hemofilia: Para auxiliar a estancar hemorragias, proceder como indicado


en hemorragias. Os cuidados médicos, são, não obstante, indispensáveis.
<012>

Ron. 219

ROMA
(Punica granatum, L.)

A romanzeira é um arbusto, ornamental e medicinal, da famlia das


Puniáceas, originário da África setentrional e aclimatado no Brasil.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de romã encontram-se:
Calorias 62,00 kcal
Água 8s,00 g
Carboidratos 11,66 g
Proteínas 1,17 g
Lipídios 1,15 g
Cinzas 1, g
Vitamina B (Tiamina) 25,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 32,00 mcg
Niacina 0,26 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 12,60 mg

Alguns sais minerais da romã, contidos em 100 gramas:


Fósforo 105,00 mg
Potássio 63 ,00 mg
Sódio 85,00 mg
Cálcio 11,00 mg
Ferro 0,78 mg

?18

vermes

I
I

irflamoções
gastru-intestinois

ROMÃ (Punica granatum)

carbúnculo

CÓ I i C Oi
<012>

AS FRU'TAS NA MEDICINA NATURAL

USO MEDICINAL

A romã é uma fnlta oxidante, mineralizante, refrescante.


O suco de romã, em forma de xarope é um remédio para as anginas
e as afecções da garganta em geral. É bom, também, contra a difteria,
as inflamações gastrointestinais, as afecções gênito-urinárias.

O suco, além disso, encerra propriedades adstringentes: é útil contra


as hemorróidas. É também indicado contra as cólicas intestinais, as
febres em geral, a dispepsia.
O decocto dacascatem indicação contra amenorragia, ametrorragia,
a leucorréia, a disenteria (toma-se aos poucos), os vermes intestinais
(toma-se um copo pequeno de 3 em 3 horas), ateníase (toma-se de noite,
antes de dormir).
O mesmo decocto, em bochechos, é bom para limpar as úlceras da
boca e fortalecer as gengivas.
As flores secas e pulverizadas; em decocção, combatem ametrorragia,
a leucorréia, a diarréia, a blenorragia. Usa-se o mesmo decocto, em
gargarejos, contra as afecções da garganta, e, em irngações vaginais,
contra o prolapso do útero.
As folhas se empregam externamente, amassadas, em cataplasmas,
no carbúnculo.
A casca da raiz é um dos melhores remédios caseiros contra a
solitária. Cozinham-se 50 gramas de casca em um litro de água, até que
fique reduzido para á metade. Tomam-se, em jejum, três porções, com
intervalo de meia hora (exemplo: uma xícara às 6 h, outra às 6:30 h e
outra às 7 h). Não se deve interromper a ingestão do chá, ainda que a
princípio provoque náuseas ou vômitos. No dia anterior, deve-se ter
adotado uma dieta exclusiva de leite. Uma ou duas horas após a terceira
xícara, toma-se um purgant. Permanece-se deitado, com os olhos
fechados, porque, com freqüência,ocorrem vertigens. Umas quatro
horas depois, a tênia é expulsa. Se, todavia, não se alcança o resultado
esperado, repete-se o úatamento uns dois meses depois. Este remédio
só deve ser tomado se não houver contra-indicação médica.
Para expulsar vermes intestinais ordinários, basta tomar uma xícara
de leite com uma colher, das de café, da casca da raiz da romã reduzida
a pó.
Como adstringente contra a diarréia, usa-se a referida casca, em
decocção, em um pouco de água.

Ronn 221

VALOR ALIMENTÍCIO

A romã presta-se para o preparo de um bom refresco, de sabor


agridoce. É r ヘ ca em ftbra e glicídios.
Análises químicas da polpa da rolnã verificaram a presença de
taninos, caracterizados por sua propriedade de precipitar colágenos,
produzir compostos de coloração escura com os sais férricos e combater
diarréias. Ademais, a romã contém o ácido gálico, a pelieterina, a
isopelieterina, a grenadina, a manita e a punicina.

RESUMO DAS UTILlDADES MEDICINAIS

Angina da garganta: Xarope do suco de romã. Extrair o suco de romã,


misturar com mel meio a meio e deixar cozer por uma hora. Tomar uma colher de
sopa de três em três horas.

Blenorragia: Decocto das flores secas e pulverizadas.

Boca, úlceras da: Bochechar com o decocto da casca.


Carbúnculo: Cataplasmas com as folhas frescas trituradas. Renovar
freqiientemente.

Cólicas intestinais: Tomar freqüentemente uma colher de sopa contendo


a polpa da romã.

Diarréia: Decocto das flores secas e pulverizadas. Decocto da casca da


raiz, tomado aos poucos (goles de hora em hora).

Difteria: Proceder como indicado em angina da garganta. Não deixar de


at derientação médica.

isenteria: Proceder como indicado em menorragia.

Dispepsia: Proceder como indicado em cólicas intestinais.

Febre: Proceder como indicado em cólicas intestinais.

Garganta, doenças da: Proceder como indicado eriTangna da garganta.


Gargarejo com o decocto das flores secas e pulverizadas. Gargâréo com o suco de
romã.

Gastrintestinais, doenças: Proceder como indicado em angina da gai gan-


ra.

Gengivas, parafortalecer as: Proceder como indicado em boca, úlceras


da.
<012>

222 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Gênito-urinárias, doenças: Proceder como indicado em angina da gar-


ganta.

Hemorróidas: Aplicar localmente cataplasmas da polpa da romã.

Leucorréia: Proceder como indicado em menorragia. Decocto das flores


secas e pulverizadas.

Menorragia (Menstruação excessiva): Tomar o decocto da casca aos


poucos. '/z copo pequeno 4 vezes ao dia.

Menstruação excessiva: Ver menorragia.

Metrorragia: Proceder como indicado em menorragia. Decocto das flores


secas e pulverizadas.
Solitária: Ver teniase.

Teniase: Tomar um copo pequeno do decocto da casca antes de dormir.


Preparar remédio com a raiz conforme ensinado à página 220.

Ãtero, hemorragia do: Ver metrorragia.

Ãtero, prolapso do: Irrigações com o decocto das flores secas e pulveri-
zadas.

Verminoses: Tomar um copo pequeno do decocto da casca da romã de três


em três horas. Misturar uma colher de café da casca da raiz da romã pulverizada com
uma xícara de leite e tomar em jejum.

SAPOTI

(Manilkara zapota,( L.) Van Royeu; Achras zapo-


ta, L.)

O sapoti é o fruto de uma árvore da fami ia das Sapotáceas-


sapotizeiro - natural das Antilhas e bem aclimatado no Brasil. A esta
família pertencem também o abiu o quixaxá, o curiti.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Em 100 gramas de sapoti encontram-se:


Calori 54,10 kcal
Água 86,00 g
Carboidratos 13,25 g
Proteínas 0,47 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 8 RE
Vitamina B 1(Tiamina) 20,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 40,00 mcg
Niacina 0,24 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 6,70 mg
Cálcio 22,00 mg
Fósforo 6,00 mg
Ferro 0,63 mg
223
<012>

RUTAS NA MEDICINA NATURAL


%,1 ,

litíase vesicol

diurético

dstringente

desperto o opetite

febre

SAPOTI (Achras zapota)

saPori 225

USO MEDICINAL

As sementes de sapoti, trituradas, em decocção, são diuréticas e úteis


no tratamento da litíase vesical. São também aperientes.
A casca da árvore, em decocção, é febrífuga e adstringente.

VALOR ALIMENT ÍClO

O sapoti é uma das frutas mais apreciadas no Brasil. É delicada e


deliciosa. Sua polpa é um creme cheio de doçura. Devemos comê-la ao
natural, embora ela também se preste para a confecção de doces.
É riquíssima em carboidratos, sendo, no Brasil, uma das frutas mais
doces. Contém, ademais, apreciável teor de ferro.
RESUMO DAS UTILIDADES MEDICIN AlS

Adstringente: Decocto da casca do sapotizeiro.

Apetite,falta de: Proceder como indicado em colelitíase.

Colelitiase: Triturar as sementes do sapoti e preparar um decocto. Filtrar


e tomar em jejum. Método empírico.

Diurese: Proceder como indicado em colelitiase.

Febre: Tomar o decocto da casca do sapotizeiro.

Inapetência: Ver apetite, falta de.

Pedras na vesicula: Ver colelitíase.


Vesicula, pedras na: Ver pedras na vesicula.
<012>

TAMARINDO

(Tamarindus indica, L.)

O tamarindeiro é uma árvore elevada, da famlia das Leguminosas,


originária da África e aclimatada no Brasil. A esta família pertencem
alimentos como o feijão, a lentilha, o amendoim etc.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de tamarindo há:
231,60 kcal
Água 43,10 g
Carboidratos 53,00 g
Proteínas ' g
300
Lipídios 0,85 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 7 mcg
Vitamina B I (Tiamina) 370,00 mcg
Fósforo
Cálcio 7' mg
Ferro 1,00 mg

USO MEDICINAL

A polpa ácida, agradável, do tamarindo, é laxativa. Pode preparar-


se em infusão, na dose de 50-100 gramas para um litro de água.

As tisanas preparadas com a polpa são indicadas nas doenças febris,


nas irritações intestinais, nas cólicas do fígado, na disenteria.
As folhas do tamarindeiro são vermífugas.

226

c&licas do fígodo

vermes

TAMARINDO (Tamarindus indica)

TAMARINDO
227

i r ritações i ntesti no is

diseritera
<012>

AS FRLTAS NA MEDICINA NATURAL

V,I.OR lLIMENTÍClO

Até não muitos anos atrás, o tamarindo, na sua forma natural, era
pouco conhecido no Sul do país, onde se usava seu xarope para refrescos
e outras bebidas. Agora, todavia, este fruto já se encontra aqui, "in
natura", com relativa facilidade.
A polpa do tamarindo, que se dilui em água, com acréscimo de açúcar
mascavo para melhorar o paladar, é muito rica em substâncias
hidrocarbonadas e em ácidos tartárico e málico, que lhe emprestam seu
sabor característico.
O tamarindo oferece a vantagem de conservar-se muito bem, quando
não lhe é retirada a casca, motivo porque não se deve adquirir a fruta com
o envoltório danificado.
Uma vagem, em geral, oferece polpa suficiente para três ou quaho
refrescos, que devem ser preparados imediatamente antes do consumo,
pois, em regra, a polpa diluída rapidamente fermenta, podendo, em vez
de constituir uma bebida saborosa e saudável, tomar-se agente de
distúrbios intestinais.

RESUMO DAS UTll.lllADES MEDICINAIS

Constipação intestinal: Ver laxativo.

Disenteria: Tomar o chá da polpa do tamarindo.

Febres: Tomar o chá da polpa do tamarindo.


Figado, cólicas do: Tomar o chá da polpa do tamarindo.
Intestinais, irritações: Proceder como indicado emfebres.
Laxativo: Infuso da polpa, na dose 50-100 g para um litro de água.
Prisão de ventre: Proceder como indicado em laxativo.
Verminoses: Chádas folhas do tamarindeiro. Tomar algumas ezes ao dia,
iclusive em jejum.

TANGERINA

(Citrus nobilis, Lourd; Citrus reticulata,


Blanco)

A tangerina é produzida por uma árvore da famlia das Rutáceas.


Originária da China, acha-se aclimatada no Brasil. Chama-se também
mexerica ou bergamota. É geralmente muito apreciada.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de tangerina encontram-se:
alonas 50,00 kcal
A 87,10 g
Carboidratos 10,90 g
Proteínas 0,80 g
Lipídios . 0,60 g
Cinzas 0,60 g
Vitamina A (Retinol equivalente) 12 RE
Vitamina B1(Tiamina) 100,00 mcg
Vitamina C (Acido ascórbico) 46,80 mg
Os sais da tangerina, contidos em 100 gramas, provêm de:
Sódio 216,00 mg
Cálcio 41,00 mg

229
<012>

230 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

\/

escorbuto

TANGERINA 23l

Fósforo 18,00 mg
Enxofre g, mg
Magnésio 5,55 mg
Ferro 0,30 mg

USO MEDICINAL

A tangerina é uma fruta muito útil contra a ateriosclerose, a


debilidade da vistadevido à esclerose, a gota, o reumatismo, os cálculos,
os tumores (adenomas, condromas, fibromas, gliomas, lipomas, mio-
mas, mixomas, neuromas, osteomas), quistos recentes, endurecimentos
cálcicos, cristalizações de ácido úrico, etc. Graças ao seu conteúdo em
fósforo e cálcio, a tangerina favorece o desenvolvimento do esqueleto;
com o seu magnésio ela tonif'ica as articulações e os músculos, e
beneficia os intestinos e o sistema nervoso; com as suas vitaminas ela
se recomenda contra as infecções, a neurite e o escorbuto.

VALOR ALIMENTÞCIO

A tangerina é um valioso alimento se consumida ao natural. Seu suco


é uma bebida muito saudável e nutritiva. Presta-se também para a
confecção de doces.
A casca da tangerina desprende-se facilmente, o que a torna um
lanche natural prático. Em lugar de refrigerantes, doces ou biseoitos, dê
às crianças uma tangerina como merenda.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Ácido úrico: Proceder como indicado em arteriosclerose.


Aterosclerose: Ver arteriosclerose.

Arteriosclerose: Recomenda-se fazer refeições esporádicas e exclusivas


de tangerina.

debi lidode da visto

arterioscleroe

Escorbuto: Proceder como indicado em infecções.

Gota: Proceder como indicado em arteriosclerose.

Infecções em geral. Incluir tangerina na dieta. Fazer refeições exclusivas


desta fruta.

'rANGERINA (Citrus nobilis)

Neurite: Proceder como indicado em infecçôes.

Olhos, debilidade dos: Proceder como indicado em arteriosclerose.


<012>

232 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Quistos: Proceder como indicado em tumores.

Reumatismo: Proceder como indicado em arteriosclerose. Passar alguns


dias só com tangerina.

Tumores: Passar alguns dias só com tangerina. Fazer refeições exclusivas


desta fruta.
JVA

(Vitis vinifera, L.)

Todos os povos, desde as mais remotas civilizações, têm tributado


os mais efusivos louvores à videira.
O homem primitivo, que a viu vicejar, em toda a suapujançaoriginal,
em amplas extensões do globo terrestre, lhe dedicava gratas canções
pelas bênçãos dela recebidas.
A vide é uma planta trepadeira. Abandonada a si mesma, cresce,
evolui, insinua-se e cobre, com sua rica folhagem, tudo que a cerca. É
invasora, mas não é rebelde. Mostra-se, antes, dócil, quando educada
pela mão humana.
"Nenhuma planta é mais doméstica que a vide", disse Mantegazza,
"pois, q e há séculos, vive conosco e perto de nós, entretecendo seus
pâmpanos co o fio de nossa existência, subindo pouco a pouco até o
telhado, para depois sentar-se à nossa mesa e dormir na nossa adega"
,
onde, ao nosso ver, se deve colocar o puro suco da fruta, e nunca o vinho
fermentado.
Escritores, poetas e historiadores se têm ocupado da parreira, ejusto
é que, de seu fruto, agora, se ocupem os médicos, muitos dos quais, aliás,
já sabem proclamar o respectivo valor alimentício e medicinal.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Análises bromatológicas mostram que a uva, em seu estado natural,


encerra elementos nutritivos e medicinais de alto valor.

Cem gramas de uva contêm:


Calorias
78,00 kcal

233
<012>

234 AS FRU'f AS NA MEDICINA NATURAl.

Água 81,80 g
Carboidratos 14,90 g
Proteínas 1,40 g
Lipídios 1,40 g
0,50 mcg
Vitamina B 1 (Tiamina)
60,00 mcg
Vitamina Bz (Riboflavina) 60,00 mcg

0,56 mg
Niacina ) 4,60 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico
Os sais, em 100 gramas, oferecem as seguintes proporções:
Potássio 197 ,00 mg
31,00 mg
Fósforo 24,00 mg
Enxofre 4,00 mg
Magnésio
Cálcio 19' mg
0,70 mg
Ferro 15 ,00 mg
Sódio 3 ,00 mg
Silício 1,50 mg
Cloro

USO MEDICINAL
A uva é uma das frutas mais apreciadas pelo homem, desde a mais
remota antiguidade. Em todos os tempos, ela tem sido um precioso
alimento para o gênero humano, nas várias fases de sua existência,
servindo-o, de diversas formas, desde o berço.

"A uva" af'irma o Dr. Alberto Seabra, "atua sobre o fígado, sobre o
,,
rim e sobre o intestino. A chamada `cura de uva convém aos
intoxicados, aos arteriosclerosados, aos comedores pletóricos. Por sua
água e seus sais de potássio, ela ativa o rim e aumenta a diurese; por suas
substâncias pécticas e seus tartaratos, beneficia o intestino; por seu
açúcar, estimula o fígado. Tais os elementos conhecidos que lhe deram
reputação e emprego universal no regime dos doentes. Como esta,
outras muitas frutas de nossa terra estão em condições de propor curas
ao mundo médico; mas não sabemos lançar a moda terapêutica,
faltando-nos a iniciativa e o hábito de romper com a rotina e a sugestão
dos livros europeus".
"Pelas suas múltiplas virtudes", diz o Dr. Deodato de Moraes, "torna-
se a uva um dos frutos mais medicinais da Terra.

arteriosclerose
perturbações do aporelho urinário

UVA (Vitis vinifera)

uvA 235

perturbaçe5
gostro-intestinais
<012>

Zj6 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

"kemente, ela é peitoral, refrescante, depurativa, diurética, aperi-


tiva, calmante, anti-escorbiítica, tônica e reconstituinte.
"Fluidiflca o sangue, purifica-o, enriquece-o..., regulariza a circu-
lação nas doenças do coração e a respiração nas moléstias pulmonares;
refresca os intestinos; melhora as diarréias e as disenterias; tonifica o
organismo.
"
A uva é muito indicada nas perturbações gastrintestinais. Beneficia
o aparelho digestivo, estimulando-o e "limpando-o". Combate a dispep-
sia, as flatulências, aatonia intestinal e as fermentações dos intestinos.

Graças aos fermentos que ela contém, a uva favorece a mudança da


flora bactPriana do intestino, de vez que a glicose prepara um meio
favorável para a multiplicação dos germes "amigos" e um meio
desfavorável para os germes patogênicos.
Havendo putrefação intestinal, o açúcar da uva impede ou, pelo
menos, diminui a formação de certos produtos, como o indol, o escatol
e o fenol.
A uva é bom remédio para o fígado. Os que sofrem de enfermidades
dessa glândula, podem receber grandes benefícios da cura de uvas.
O Dr. Moreigne afirma que a uva ativa as funções hepáticas
principalmente asecreção de bile. "
O Dr. Lourenço Granato diz que a cura de uvas" é indicada na
hipertrofia do fígado e na icterícia, e apregoa os bons resultados dessa
cura na hipertrofia do fígado dos alcoólatras, e nos distúrbios crônicos
das vias hepáticas.
As experiências de Cavazzani mostram que a cura de uvas em
proporção diminuta, é de magníficos efeitos nas insuficiências hepáti-
cas e na cirrose atrófica.
A cura de uvas é indicada nas bronquites crônicas. O Dr. Granato a
recomenda para combater o catarro crônico dos brônquios.

A uva é bom remédio para os rins, sendo muito indicada a cura de


uvas no tratamento da nefrite.
A cura de uvas traz bons resultados aos que sofrem de catarrro
vesical, e outras perturbações da bexiga e do aparelho urinário.

O prof. Devoto, autoridade em Biologia, afirma que a uva, graças ao


seu importante papel de alimento de poupança, ao seu poder de fixação
das gorduras, e ao seu conteúdo em sais minerais, é indicada no
xratamento das moléstias que provocam desnutrição rápida e intercâm-
bios exagerados como acontece na tuberculose. Deve ser incluída na
alimentação.
A uva ajuda a depurar e enriquecer o sangue, graças às suas soluções
aquosas de sais potássicos, que eliminam do organismo as substâncias
inúteis.

uvA 237

A uva toni ica, remineraliza e renova os tecidos. O ferro contido


nessa fiuta é de assimilação razoavelmente fácil. Pelo seus fermentos
a uva excita as funções do pâncreas e do epitélio intestinal.
O fruto da vide, aliás, ativa as secreções orgânicas em eral.
"Nas diarréias cloróticas (predisposição para a clorose) ', diz o Dr.
Lourenço Granato, "a `cura de uva', por tempo reduzido, é deveras
providencial, porque, sendo o sumo suficientemente rico em sais de
ferro, em estado perfeitamente assimilável, ajuda a substituir os medi-
camentos ferruginosos".
Para as crianças de peito, a partir do quarto ou quinto mês, o suco de
uva, fresco e puro, pode ser ministrado naproporção de trêscolheradas
diárias.
Em muitos países, notadamente em algumas partes da Alemanha, da
Suíça e da França, muitos são os que fazem a "cura de uvas", que traz
grandes benefícios aos enfermos, graças especialmente aos açúcares,
aos fermentos e às soluções aquosas potássicas desta fruta.
A "cura de uva" é um excelente meio terapêutico natural para
combater a dispepsia, a atonia intestinal, as fermentações intestinais, a
nefrite, abronquite crônica, as moléstias do fígado, a síndrome pletórica,
e muitas outras afecções a que o gênero humano está sujeito.
Por mais que se fale e se escreva, nunca se poderá enaltecer
suficientemente o valor da "cura pela uva", como também por outras
frut s, pois que esse recurso da Natureza traz incalculáveis benefícios
aos en e s, como a experiência vem continuamente demonstrando.
Embora faltem certos esclarecimentos de ordem técnica, os bons
resultados deveriam fomentar pesquisas mais esclarecedoras.
Assevera o Dr. Demétrio Laguna Alfranca:
"O consumo adequado da uva, mediante uma cura bem dirigida, é um
meio excelente para evitar a enfermidade.
"A enfermidade - na maioria das vezes, para não dizer quase
sempre - é `intoxicação'. Em virtude dos regimes alimentares impró-
prios, que a maioria das pessoas adota, e em vista de outras transgressões
das leis da vida sadia, o sangue, em grau mais ou menos elevado, se torna
`impuro'. O sangue e os tecidos repletos de toxinas são um terreno
abonado para a infecção. Os micróbios saprófitos, que são inofensivos,
dão lugar aos virulentos, e a enfermidade infecciosa se manifesta.
"A cura de uvas tem magní ico efeito desintoxicante. Exerce ação
laxante e diurética. Drena as vias biliares. Efetua uma verdadeira
`lavagem do sangue', facilitando a eliminação das matérias morbosas
<012>

238 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAI-

ara o exterior. Melhora a capacidade funclonal dos emunctórios. O

ángue e os tecidos, em virtude da cura, se purificam, se vitaminizam,


se remineralizam e se alcalinizam; e, num ambiente assim, com essa
capacidade defensiva, os micróbios virulentos encontrazn ambiente
impróprio para prosperar...
"As enfermidades cardiovasculares crônicas, como também os
tumores malignos, e, bem assim, as enfermidades do aparelho respira-
tório, são responsáveis pela maior parte das causas de morte entre os
velhos. As estatísticas o confirmam. A esclerose das coronárias (artérias
que irrigam o coração) originam a "angina de peito" e o infarto do
miocárdio, afecções essas que mui freqüentemente são causa de morte
entre os idosos e mesmo entre os de meia idade.

` `As curas de frutas bem orientadas têm uma evidente ação profllática
da esclerose, e com respeito ao câncer, diversos autores assinalam o
notável efeito preventivo dessas `curas'.
"A adequada `cura de uvas' ajuda a normalizar a composição do
sangue, a vigorizar as defesas orgânicas; incrementa a vitalidade,
cooperando de modo eflciente para aumentar a duração da vida do
indivíduo...
"Indicação especial tem (a `cura de uvas') para os enfermos de
afecções cardíacas, males dos rins, tuberculose, prisão de ventre,
hemorróidas, litíase, gota, aterosclerose, eczema, etc. Também para os
artríticos em geral, os anêmicos e os hipovitaminizados... Em caso de
febres é bom tomar suco de uva".

Comofazer uma cura de uvas

"A duração da cura", diz o Dr. Laguna, "oscila entre oito, quinze,
vinte ou trinta dias.
"Tomam-se, usualmente, do dourado fruto, três quilos por dia.
Passados os primeiros dias, pode-se, conforme o caso, tomar maior
quantidade.

"Parte da uva pode ingerir-se em forma de suco; o resto pode-se


comer ao natural (em bagos).
"Muitas vezes, para evitar a monotonia do cardápio, se associam
outras frutas suculentas. É boa prática.
"A ensalivação deve ser perfeita...

"A quantidade, a classe de uva, a forma em que deve ser consumida,


a duração da cura, variará segundo particularidades diversas. A idade,
a constituição, a capacidade digestiva, o estado das vísceras, os gostos
etc., são circunstâncias que devem ser tomadas em conta.

UVA 239

"Os que sofrem de prisão de ventre tomarão a uva com a respectiva


casca, pelo efeito laxativo desta.
"Para os enfermos dos rins, dá melhor resultado o suco da fiuta
fresca, que também favorece a eliminação urinária, poupando trabalho
digestivo.
"Os doentes do fígado deverão recusar a uva moscatel que, graças ao
seu elevado conteúdo em açúcar lhes `açoitaria' a glândula hepática.
- ,P
"Não havendo contra-indicações, escolher-se á ara a cura, a classe
de uvas que mais agrade ao indivíduo.
"Durante a cura, deve ser mui reduzida a atividade física. A calma
mental e o repouso sexual são necessários."
Quem não dispe de condições para dedicar-se a uma cura de uvas
por vários dias, em que esta fruta é alimento quase exclusivo, pode
adotar o seguinte programa:
Dois dias por semana com dieta exclusiva de uva, por um ou dois
meses. Manter repouso.
Nos outros dias, substituir esporadicamente uma refeição por
fruta, como maçã, pêra ou mamão (não misturar).
A "cura de uva" só deve ser adotada se não houver contra-indicação
médica.
VALOR ALIMENTÍCIO
A uva é uma das nossas melhores fiutas. Dela convém fazermos uso
abundante no tempo de sua colheita.
Como os viticultores costumam empregar sulfato de cobre e outros
ins ticidas para combater as doenças que acometem as vinhas, é
necess 'o lavar muito bem as uvas em água com limão.
A uva pode entrar também no preparo de doces, compotas, geléias
etc., mas é especialmente no fabrico do famoso suco de uva que ela
desdobra suas excelências. Quando usada ao natural, entretanto, é que
usufruiremos ao máximo suas benfazejas qualidades alimentícias e
medicinais.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Alcoolismo (para combater os efeitos do): Proceder à "cura de uva". Ver


pág. 238.

Anemia: Tomar suco de uva natural e concentrado freqilentemente.

Artrite: Ver gota.

Arterosclerose: Proceder à "cura de uva", como indicado à pág. 23 8. Ação


profilática. Acredita-se que possa melhorar o prognóstico.
<012>

24O AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Bexiga, doenças da: "Cura de uva". Pág. 238.


Bronquite crônica: "Cura de uva". Pág. 238.

Cálculos em geral: "Cura de uvá '. Pág. 238.

Câncer: "Cura de uva". Pág. 238. Ação profilática. Indicadas outras


"curas" de frutas.

Catarro brônquico: Proceder à "curade uva" portempo limitado. Verpág.


238.
Cirrose: Ver alcoolismo.

Constipação intestinal (atônica): Proceder à "cura de uva". Pág. 238.


Depurativo do sangue: Proceder à "cura de uva". Pág. 238.
Diarréia: Pode-se proceder, conforme o caso, a uma refeição com um
pouco de uva, sem misturar com outro alimento, bem mastigada. Desprezar as
cascas.

dos.

Digestâo, distúrbios da: Proceder como indicado em pulmões, doenças

Disenteria: Proceder como indicado em diarréia.


Dispepsia: Ver digestão.
Diurese: Proceder à "cura de uva". Pág. 238.
Eczemas: "Cura de uva". Pág. 238.

Eructaçôes: Verfiatulência.

Febre: Tomar suco de uva fresco e natural.

Fermentação eputrefação intestinal: Proceder à "cura de uva". Pág. 238.


Figado, perturbações do: Proceder à "cura de uva", conforme indicado à
pág. 238

Flatulência: Proceder como indicado em pulmão, moléstias do.


Gases intestinais: Proceder como indicado em pulmões, moléstias do.

Gota: Proceder à "cura de uva". Pág. 238.


Hemorróiáas: "Cura de Uva". Pág. 238.

uva 241

Ictericia: Proceder à "cura de uva". Pág. 238.

Inapetência: Fazer algumas refeiçôes exclusivas de uva.


Intestino, doenças do: Proceder à "cura de uva", conforme indicado à pág.
238.

Insuficiência hepática: Verfigado.

Intoxicação (conforme acepção natural) : Proceder à "cura de uva", como


indicado à pág. 238.
Litiases em geral: "Cura de uva", pág. 238.

Nefrite: Ver rins.

Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.

Pulmões, doenças dos: Substituir, esporadicamente, refeições normais


por uva, exclusivamente. Tomar freqüentemente um pouco de suco de uva; não
tomar gelado.

Reumatismo: "Cura de uva". Pág. 238.

Rins, doenças dos: Procedér à "cura de uva", conforme índicado à pág.


238

Tuberculose: Recomenda-se incluir uvas na dieta.

lrinário, doenças do aparelho: "Cura de uva". Pág. 238.


<012>

n
l

---
<012>

AMENDOIM

(Arachis hypogaea, L.)

Embora o amendoim não seja uma fruta, e, sim, uma leguminosa,


resolvemos incluí-lo aqui, em caráter de apêndice, porque não poderí-
amos omitir um vegetal tão importante do ponto de vista nutricional.

COMPOSIÇÃO QllÍ MICA

Em 100 gramas de amendoim se encontram:


álorias
Am doimcru 587,00 kcal
Amendoim torrado 600,00 kcal
Manteiga de amendoim 593,00 kcal
Água
Amendoim cru 13,20 g
Manteiga de amendoim 7,40 g
Carboidratos
Amendoim cru 14,00 g
Amendoim torrado 23,60 g
Manteiga de amendoim 16,90 g
Proteínas
Amendoim cru 23,70 g
Amendoim torrado 26,90 g
Manteiga de amendoim 27,40 g
245
<012>

Z4Ã AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Lipídios
Amendoim cru 47,80 g
Amendoim torrado 44,20 g
Manteiga de amendoim 46,20 g

Cinzas
Vitamina A (Retinol equivalente) 3 RE
Vitamina B 1(Tiamina) 910,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 235,00 mcg
Niacina 17,60 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 1,00 mg
Cálcio 49,00 mg
Fósforo 409,00 mg
Ferro 3,80 mg

USO MEDICINAL

O Dr. Teófilo Luna Ochoa diz que comer amendoim emjejum, com
algumas passas, é bom para combater a icterícia.
Afirma também que, comido com sementes de melão ou abóbora,
constitui um alimento magnífico para as pessoas que exercem ativida-
des mentais.
Em deternlinados casos de desnutrição, debilidade e tuberculose,
tem-se recomendado a inclusão do amendoim na alimentação.
Com base em uma série de experiências bem sucedidas, aflrma-se
que o amendoim é excelente para combater a pelagra e todos os sintomas
de deficiência de tiamina, riboflavina e piridoxina.
O amendoim é um alimento formador de ácidos, pelo que não
convém aos que sofrem de artrite. Os que têm estômago débil devem
evitá-lo, porque pode resultar-lhes "pesado".
Exteriormente, aplica-se o azeite de amendoim nas hemorróidas.
Nas afecções dos ouvidos, especialmente em casos de otalgia, aplica-
se em gotas. Para remover as manchas do rosto, afirmam alguns, não há
nada melhor do que o azeite de amendoim, que dá bons resultados,
também, contra as gretaduras dos lábios no inverno.
Cuidado com a aflatoxina !

A aflatoxina é uma micotoxina produzida pelo Aspergillusflavus,


fungo encontrado em amendoins e outras leguminosas secas e/ou

limento Poro os que exercem

AMENDOIM 247

:;;.

ofecções do ouvido

gretaduro dos lóbios

AMENDOIM (Arachis hypogaea)


<012>

248 As FRÃTAS NA MEDICINA NATURAL

armazenados inadequadamente. Esta toxina é cancerígena, e o fungo


provoca infecção respiratória, ocular e auditiva. Por esta razão convém
desprezar o amendoim mofado ou velho, bem como feijões e outras
leguminosas que apresentem sinais de mofo.

VALOR ALIMENTÍCIO
O amendoim é um alimento altamente nutritivo. É rico em calorias
por causa do seu elevado teor de gorduras. Além do fósforo, cálcio e
ferro, possui magnésio, potássio, sódio, cloro. Seus derivados são: a
manteiga, e o óleo, muito empregado na alimentação; a farinha, que
possui 10% de água, 32,1% de carboidratos, 51,2% de proteínas e
apenas 5% de gorduras. A proteína do amendoim é de fácil digestão, o
que não acontece com o próprio amendoim, sobretudo quando cru, dado
o seu elevado teor de gorduras. Por esse motivo, aliás, o amendoim é
mais próprio para o inverno.
RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Atividades mentais, recomendado para os que exercem: Comê-lo junta-


mente com as refeições, cru, mas com moderação.

Debilidade: Recomenda-se incluir o amendoim na alimentação.

Desnutriçâo: De fácil cultivo, não exigindo terra fértil, o amendoim


poderia ser mais amplamente empregado no combate à desnutrição.

Hemorróidas: Aplicar topicamente o azeite de amendoim.


Ictericia: Recomenda-se comer, em jejum, um pouco de amendoim com
passas.

Lábios, gretadura dos: Aplicar no local azeite de amendoim.

Manchas do rosto: Aplicar localmente o azeite puro de amendoim.


Otalgia (dor de ouvido): Pingar algumas gotas do azeite de amendoim
nZorno.

Pele, para a beleza da, ou manchas da: Ver manchas do rosto.

Pelagra: Incluir o amendoim na dieta.

Tuherculose: Incluir o amendoim moderadamente na alimentação.

AZEITONA

(Olea europaea; L.)

A oliveira, árvore tipo da famlia das oléaceas, originária da Ásia


Menor, acha-se aclimatada nos Estados do Sul. Há inúmeras variedades
de azeitona, algumas cultivadas com a finalidade de produzir azeite, e
outras para conserva. A azeitona está nutricionalmente classificada
entre as oleaginosas.

POSIÇÃO QUÍMICA
Em cem gramas de azeitonas em conserva há:
Carias
Azeitona verde 139,00 kcal
Azeitona madura 182,00 kcal
Água
Azeitona verde 8, g
Azeitona madura 5, g
Carboidratos
Azeitona verde 2,80 g
Azeitona madura 1,10 g
Proteínas
Azeitona verde 1,50 g
Azeitona madura 1,60 g
249
<012>

250 AS FRLTTAS NA MEDICINA NATURAL

Lipídios
Azeitona verde
Azeitona madura

Sais
Vitamina A (Retinol equivalente)
Azeitona verde
Azeitona madura

Vitamina Bl (Tiamina)

Azeitona verde
Azeitona madura
Vitamina B2 (Ribotlavina)
Azeitona verde
Vitamina C (Ácido ascórbico)
Azeitona verde

13,50 g
9,00 g
3,30 g
25 RE
27 RE
8,00 mcg
10,00 mcg
15 ,00 mcg
5 ,90 mcg

Alguns sais contidos em 100 gramas de azeitona:


Potássio 1528,00 mg
Sódio 128'00 mg
Cálcio 100,00 mg
Fósforo 15 ,00 mg
Silício 6,00 mg
Magnésio 5 ,00 mg
Cloro 4,00 mg
Ferro 1,00 mg
USO MEDICINAL
A azeitona é um alimento excelente para os órgãos internos. Convém
aos tuberculosos e aos que sofrem de outras afecções do tórax. Reco-
menda-se também contra a asma. As pretas são, neste caso, preferíveis
às verdes. É interessante demolhá-las para perderem o sal da conserva:
Trocar a água diariamente.
"Excitante alimentar poderoso", diz o Dr. Deodato de Morais, "a
azeitona faz bem ao fígado. Há médicos que receitam a água da conserva
de azeitonas em determinados casos de envenenamento. Já assistimos
a uma cura prodigiosa dessa natureza em um indivíduo intoxicado pelos
AZEITONA 2SI

. f otire
dOres ; ofonia
musculores
;
inflamoçdes da gorgonto
dores reumticas Otolgio

intlamoc_óes do
boco

congestóo cerebrol

berculose

absce:

AZEITONA (Olea europaea)


queimaduras

raquitismo

hidropisio
renaf
r. feridas
9en9ivite
<012>

252 AS FRL1'rAS NA MEDICINA NATURAL

venenos de uma lata de conservas". Nalguns casos, entretanto, a água


da conserva pode ter efeito oposto, pois contém aditivos químicos e
muito sal. Evitar latarias; preferir vidros.
Não se deve consumir regularmente, entretanto, a água de azeitona,
tendo em vista a alta concentração de sal e, algumas vezes, aditivos
químicos.
Ao passo que a azeitona verde é adstringente, a preta é laxativa.
O Dr. Téofllo Luna Ochoa recomenda a azeitona (não salgada)
contra o raquitismo e a dispepsia. Deve, porém, ser bem mastigada.

A azeitona madura, esmagada, aplicada topicamente, tem efeito


resolutivo nos abscessos.
Nas queimaduras aplica-se, com bons resultados, a polpa da azeitona
amassada. O azeite de oliva também é muito benéfico para as queima-
duras. Batem-se duas colheres de azeite com uma clara de ovo e aplica-
se essa mistura. Renova-se a aplicação periodicamente.

"O azeite", diz o Dr. Raul D'Oliveira Feijão, "pode ser tomado em
jejum (uma a três colheres das de sopa) como laxativo e colagogo
a reciável, ou usado em clisteres evacuadores (30 a 60:1000), batido
com uma gema de ovo para emulsionar".
Em maceração com alho, o azeite de oliva age como "desinfetante"
do aparelho digestivo (uso intemo) e um remédio para as demlatoses
(uso externo).
O Dr. Ochoa aconselha o azeite de oliva para uso intemo e extemo.
Afirma:
"Nos casos de úlcera gástrica, dispepsia, colite mucomembranosa,
intoxicações pelo chumbo,... dá excelentes resultados. Não deve,
porém, usar-se nas intoxicações pelo fósforo e pelo iodo...
"Para expulsar espinhas, ossos ou qualquer outro corpo duro que
fique preso na gargan, toma-se bastante azeite para provocar náuseas
e vômitos.

"Hoje se emprega (o azeite de oliva) como reconstituinte e tônico, em


diversas afecções, particularmente na tuberculose.

"Na cólera dá bons resultados, pois combate as diarréias originadas


por esta enfemlidade.
"Contra a estrangúria e as cólicas nefríticas, dá resultados excelentes
o azeite de oliva com gema de ovo e suco de limão.. . tudo emulsionado.. .

"Como vermífugo usa-se também com bom efeito...


É nocivo consumir o azeite em frituras ou cozimentos, e pior ainda
é quando se emprega em grande quantidade...

AZETTONA 253

"Contra a afonia e as inflamações da garganta, fazem-se gargarejos


com a emulsão de azeite, gema de ovo é suco de limão, bem batidos...
"Contra a hidropisia renal, são eficazes as fricções ou as compressas
com puro azeite de oliva, quente...
"Também dá bons resultados, nas dores reumáticas, a fricção com
azeite quente".
Contra a erisipela não há nada melhor do que a aplicação de
compressas de uma colherada de azeite frio com duas colheradas de
água, tudo bem batido. Neste caso é bom, também, misturar ao azeite
um pouco de amido de batata ou uma clara de ovo.
Quando aparecem dores musculares provocadas por resfriamento,
ou inchações dolorosas, friccionam-se, com azeite, as partes afetadas.
Erupções cutâneas, provenientes de "impurezas sangüíneas", desa-
parecem com a aplicação de azeite quente.
Na otite e na otalgia aplicam-se gotas de azeite morno no ouvido.
O suco fresco das folhas de oliveira é excelente remédio contra a
diarréia, a disenteria e a leucorréia. Dose: uma colherada.
Em caso de ferimento, esse suco age como cicatrizante. Na supura-
ção dos ouvidos, introduzem-se diariamente três gotas.
Contra o reumatismo, a gota e a hipertensão arterial, usa-se o decocto
das folhas. Dose: 30 gramas para um litro de água. Ferve-se até que a
ág seja reduzida para a metade. Toma-se uma ou duas xícaras por dia.
As as verdes, mastigadas de manhã, em jejum, são úteis na
gengivite e nas inflamações da boca em geral.
O infizso das folhas e da casca do tronco tem efeitos febrífugos e
vernlífugos.
As cataplasmas de folhas secas, bem amassadas, em mistura com
melado, combatem a sarna, a erisipela, as chagas, o antraz, e as erupções
cutâneas em geral.
O infuso das folhas e da casca é bom remédio contra as feridas e
chagas.

VALOR ALIMENTÍCIO

Graças ao seu conteúdo em gorduras não saturadas, a azeitona é um


excelente alimento energético, especialmente quando madura, pelo que
deve ser usada principalmente no inverno.
Bem mastigada e usada comedida e corretamente, é um alimento de
fácil digestão. Se bem que nutritiva e saudável, deve ser usda com
<012>

2S4 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

moderação pelas pessoas que sofrem de dispepsia, nefrite, artritismo,


neurastenia, histeria, prisão-de-ventre crônica e graves enfermidades do
fígado.
Deve-se preferir o azeite puro, prensado a frio, e não o azeite
refinado, cujo aspecto é mais claro e o sabor menos acentuado.

Pesquisas recentes, realizadas em certas regiões do Mediterrâneo,


revelaram que os ácidos graxos monoinsaturados auxiliam na preven-
ção dietética das manifestações circulatórias ateroscleróticas, como o
ataque do coração. O azeite de oliva é rico nesta classe de lipídios,
mormente em ácido oléico. A gordura do azeite não é, portanto, gordura
da carne ou da classe da manteiga. Ao contrário de promover o aumento
do colesterol no sangue, o azeite de oliva pode ajudar a diminuí-lo,
quando usado em quantidade moderada.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Abscesso: Esmagar a azeitona madura e aplicar topicamente sobre os


abscessos. Tem efeito resolutivo.

Afonia: Fazer gargarejos com a seguinte mistura: azeite, gema de ovo e


suco de limão, bem batidos.

Antraz: Proceder como indicado em erupções cutâneas.

Asma: A inclusão do azeite puro de oliva e azeitonas na dieta do asmático


é adequada.

Aterosclerose: O azeite virgem de oliva substitui vantajosamente outras


gorduras de adição no preparo da comida, ajudando a prevenir processos ateroscle-
róticos. Não usá-lo em frituras.

Boca, inflamaçôes da: Mastigar, em jejum, algumas folhas frescas de


oliveira.

Chagas: Proceder como indicado em erupções cutâneas.

Chumbo, intoxicação pelo: Usar mais freqüentemente e em maior quan-


tidade o azeite de oliva puro.

Congestâo cerebral: Os práticos recomendam ferver um punhado de


azeitonas em um litro de água e aplicar a água do cozimento em clister.

Coraçâo, doenças do: Enfermidades ateroscleróticas do coração podem


ser prevenidas pelo uso do azeite virgem de oliva em lugar de outras fontes de
gordura. Mas não empregá-lo em frituras.

AZEITONA 2SS

Colagogo (excita a secreção biliar) : Proceder como indicado emfigado.

Cólera: Substituir o óleo pelo azeite de oliva na alimentação. Usar com


moderação. É útil para combater a diarréia que se verifica nesta enfermidade.

Colite mucomembranosa: Tomar em jejum uma colher de sopa de azeite


de oliva puro. Se houver náusea, tomar um pouco antes do almoço.

Constipação intestinal: Tomar em jejum uma a três colheres de sopa de


azeite de oliva puro. Pode-se preparar uma "lavagem intestinal" com três a seis
colheres de sopa de azeite, um litro de água e uma gema de ovo (emulsificante). A
azeitona preta é laxativa.

Corpo estranho na garganta: É preferível buscar auxílio médico. Em


certos casos é útil ingerir azeite de oliva para provocar vômito.

Cutâneas, erupções: Aplicar azeite quente nas erupções, com algodão,


massageando suavemente, ou cataplasma das folhas secas, trituradas, misturadas
com melado.

Diarréia: Uma colher de sopa do suco fresco das folhas da oliveira. A


azeitona verde é adstringente.

Digestivo, infecções do sistema: Tomar em pequena quantidade (aumen-


tar aos poucos) o azeite de oliva em maceração com alho. Em alguns casos,
entretanto, não é indicado este tratamento. Buscar orientação médica.
Dispepsia: Utilizar duas ou tres azeitonas não salgadas no almoço cada
dia. Trocar a água da conserva diariamente até sair o sal.

Dores reumáticas: Ver reumáticas, dores.

Envenenamento pelo chumbo: Ver chumbo, intoxicação pelo.


Erisipela: Aplicar localmente compressas com azeite de oliva frio, duas
colheres de sopa de água e clara de ovo; ou, a cataplasma das folhas secas trituradas
com melado.

Erupções cutâneas: Ver cutâneas, erupções.

Escarlatina: Na fase de convalescença friccionar azeite de oliva nas


regiões com exantema.

Estrangúria (micção dolorosa, saindo a urina gota a gota): Tomar


algumas colheres de sopa ao dia de azeite de oliva misturado com gema de ovo e
suco de limão, bem mexido.

Estomatite: Proceder como indicado em boca, inflamações da.


<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Febre: Preparar um infuso da casca do tronco. Tomar duas a quatro xícaras


por dia.

Feridas: Infuso das folhas e casca. Uso interno e externo.

Ferimento: O suco fresco das folhas de oliveira age como cicatrizante.

Figado, desintoxicação do: A par de outros tratamentos desintoxicantes,


a inclusão dealgumas azeitonas no almoço da dieta normal parece favorecer a
desintoxicação.

Garganta, inflamações da: O mesmo procedimento indicado em afonia.

Gengivite: Proceder como indicado em boca, inflamações da.

Gota: Decocto das folhas de oliveira, 30 gramas para um litro de água.


Ferver até que a água fique reduzida à metade. Uma ou duas xícaras por dia.

Hidropisia renal: Compressas locais com azeite de oliva quente.

Hipertensão arterial: Proceder como indicado em gota. Os hipertensos


não devem usar a azeitona salgada.

Laxativo: Ver constipação intestinal.

Leucorréia: O mesmo procedimento indicado em diarréia.


Musculares, dores: Provocadas porresfriamento: friccionarcom azeite as
partes doloridas. Pode-se aquecer levemente o azeite.

Otalgia: Pingar algumas gotas de azeite momo no ouvido, e/ou fazer


compressa com azeite quente na região do ouvido.

Otite: Proceder como em otalgia. Em caso de supuração, pingar três a


einco gotas do suco das folhas de oliveira.

Pele, para a beleza da, ou manchas da: Aplicar cataplasma de argila


branca com água e azeite por 3 horas.

Prisão de ventre: Ver constipação intestinal.

Queimaduras: Aplicar no local a polpa da azeitona amassada. É também


útil bater duas colheres de azeite com uma clara de ovo e aplicar esta mistura.
Renovar periodicamente.

Raquitismo: Incluir a azeitona na alimentação, além das outras medidas


necessárias.

Reumáticas, dores: Fricção com azeite de oliva quente no local dolorido.

AZ<028>TTONA

Reumatismo: Proceder como indicado em gota.

Rins, cólicas dos: Proceder como indicado em estrangúria.

Sarna: Proceder como indicado em erupções curâneas.

Tônico: Acrescentar azeite virgem de oliva à alimentação e%u azeitor


sem sal.

Tuberculose: Os tuberculosos podem incluir a azeitona em sua dieta, bc


como o azeite de oliva.

Ãlcera gastroduodenal: Convém substituiros óleos comuns por um pou


de azeite de oliva. Em jejum tomar uma colher de chá de azeite virgem de oliv
aumentar a dose até uma colher de sopa. Se houver náusea forte, evitar es
procedimento.

Urina, ardor na: Ver estrangúria.

Verminoses: Proceder como indicado em estrangúria. ou como indicac


emfebre.
09 - As Frutas na Medicina Nacural
<012>

LÊVEDO DE CERVEJA IS9

LÊVEDO DE
CERVEJA

O lêvedo ou levedura de cerveja é uma das substâncias conhecidas

-- ,= -
B, além de 14 sais minerais e 16 aminoácidos.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Calorias 375,00 kcal


Água 15,70 g
Carboidratos 36,60 g
Proteínas 46,10 g
Lipídios 1,60 g
Vitamina B (Tiamina) 14.050,00 mcg
Vitamina B2(Riboflavina) 4.612,00 mcg
Niacina 57,00 mg

Os sais contidos em 100 gramas de lêvedo de cerveja em pó fornecem


as seguintes proporções:

Fósforo 2.943,00 mg
Cálcio g7' mg
258

priso de ventre
obesidade

perturbações
intestinois
pelogro
neurite

orteriosGerose

;:
--
:'-: . . - . .

1
f

LEVEDO DE

gota reumotismo
ortrite

LÊVEDO DE CERVEJA

5
.

ii\
r

furunculose

1
<012>

AS FRj>'t'AS NA MEDICINA NATURAL

USO MEDICINAL
O lêvedo de cerveja é indicado contra algumas perturbações intes-
tinais, a arteriosclerose, a fadiga, a anemia, a obesidade, as neurites, a
furunculose, a pelagra, o beribéri, os transtornos neuro-musculares. É
tônico nervino e tem ação anti-infecciosa e desintoxicante.

Para combater a obesidade, tomar-se-ão diariamente 2 ou 3 compri-


midos uns dez minutos antes do almoço. Mas é indispensável observar
a prescrição dietética somada aos exercícios físicos.

Nos casos de prisão-de-ventre, convém tomar dez a doze comprimi-


dos na refeição matinal.

VALOR ALIMENTÍCIO
Comercialmente o lêvedo de cerveja é encontrado em pó, e a maneira
comum de tomá-lo é em mistura com sopas, sucos de fruta, leite, ou
gordura de coco, à qual se adiciona um pouco de sal e alho socado, e se
faz um preparado saboroso e nutritivo para passar no pão.

Encontra-se o lêvedo de cerveja, também, em comprimidos, que


podem ser engolidos ou mastigados nas refeições.

Devido ao seu notável valor nutritivo, recomenda-se às gestantes,


nutrizes, crianças e indivíduos magros e%u debilitados.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

Amnésia: Proceder como indicado emfurunculose.

Beribéri : A riqueza da levedura de cerveja em vitaminas B, mormente em


vitamina B, a toma eficaz contra o beribéri, doença carencial quejá ceifou milhares

,
de vidas.

Cérebro, parafortalecer o: Proceder como indicado emfurunculose.


Constipaçâo intestinal: Tomar dez a doze comprimidos de levedura de
erveja na refeição matinal.
Demência: Proceder como indicado em constipação intestinal.
Fadiga: Proceder como indicado em constipação intestinal.
Furunculose: Indicam-se quatro a seis comprimidos diários de levedura
de cerveja, além do tratamento adequado das causas.

Intestino, doenças do: Perturbações do intestino ligadas ao estresse


psicofísico e a carências vitamínicas são vantajosamente tratadas com a levedura

LÊVEDO DE CERVETA 2Ó1

de cerveja. Indicam-se 12 corriprimidos por dia: 4 após cada refeição, ou 2 colheres


de chá do pó em cada refeição. Colite, cólon irritável e intolerâncias alimentares
são exemplos de enfermidades intestinais que não devem ser tratadas com lêvedo
de cerveja.

Memória, perda de: Proceder como indicado emfurunculose.

Mentais, doenças: Proceder como indicado em constipação intestinal.

Neur:te: Devido à sua apreciável riqueza em vitamina B, a levedura de


cerveja é eflcaz contra a neurite carencial.

Obesidade: A levedura de cerveja presta-se tanto à engorda como ao


emagrecimento. Em caso de obesidade, além da dieta hipocalórica somada aos
exercícios físicos, pode-se tomar dois ou três comprimidos de levedura de cerveja
antes do almoço.

Paralisia: As doenças neurológicas que causam a paralisia são às vezes


tratáveis com vitaminas do complexo B. A levedura de cerveja, como fonte dessas
vitaminas, é adequada nesses casos como elemento dietético.

Pelagra: Como riquíssimo complemento alimentar, alevedura de cerveja


é indicada contra a pelagra, mormente por sua opulência em vitaminas B.
<012>

MEL

Muito antes de o homem começar a fabricar o pão, um dos principais


alimentos produzidos artificialmente, já milhões de industriosas abe-
lhas fabricavam o mel, empregando as mesmas técnicas que ainda hoje
empregam.
Nos tempos antigos fazia-se abundante consumo de mel como
alimento promovedor de longevidade.

Pitágoras, alimentando-se de mel, viveu noventa anos, como outros


longevos consumidores desse produto.

O vigoroso imperador Augusto afirmava que o segredo de sua boa


saúde residia em usar óleo externamente e mel intemamente.

Os antigos romanos tudo adoçavam com mel, até o próprio vinho.


Eram gulosíssimos por vinho melado.
Com a descoberta e divulgação do processo de fabricar açúcar de
beterraba e cana, o consumo do mel como alimento quotidiano infeliz-
mente caiu em desuso. Essa substituição trouxe um grande prejuízo para
o homem, em propriedades alimentares e terapêuticas, de vez que o mel
é nutricionalmente superior ao açúcar refinado.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em 100 gramas de mel encontram-se:
Calorias 314,00 kcal
Água 21,00g
Carboidratos 78,14g
262

adoçonte da mamadeira
enurese infnntil

( tosse

prisóo de venhe
I

oumento a oapaci-
dade mental
e monuol
abscessos '.
feridos corrtusões

MEL

263

alimentação para otletn

perturbaços
da nutriç8o

\=
,,. ,

ofecções do coroção
<012>

nI. 265

AS FRUTAS NA MEDICINA NATUR-

Vitamina A 2 U. I.*
Vitamina B 1(Riboflavina) 55,00 mcg
0,33 mg
Niacina
Vitamina C (Ácido ascórbico) 4,60 mg

*Teor vestigial
Alguns sais do mel contidos em 100 gramas:
386,00 mg
Potássio 19,00 mg
Fósforo
4,00 mg
Cálcio 1,00 mg
Sódio 0,70 mg
Ferro
Mais de três quartas partes do mel, como se vê, constam de glicídios
nas suas formas elementares, como dextrose (ou glicose) e levulose (ou
frutose). Além dos elementos indicados, o mel ainda contém cobre e
manganês.

USO MEDICINAL

Generalidades

O emprego do mel na Medicina data da mais remota antiguidade.

Celso (Áulio Cornélio Celso), que foi um dos grandes vultos da


Medicina no primeiro século da era cristã, e que se tornou célebre pela
compilação de um livro sobre a arte e ciência de curar, jã afirmava que
o mel age como conglutinante sobre as feridas, e que atua como
detergente e resolutivo sobre a pele.
Autoridades médicas, em tempos recentes, têm reconhecido no mel
a virlude de favorecer a cura de inúmeras enfermidades e de prolongar
a vida.
Sabe-se que o mel é diurético, laxante, calmante, emoliente,
desinflamante, antisséptico, alcalinizante, peitoral, béquico, expecto-
rante, depurativo do sangue, tônico para o cérebro.

Para atenuar os efeitos do calor durante o verão, muitas pessoas


sabem valer-se dos refrescos de água com mel.

O Mons. Sebastião Kneipp, mundialmente famoso pelas suas expe-


riências com métodos terapêuticos naturistas, preconiza o uso do mel
nos males das vias respiratórias, nas afecções do aparelho digestivo, nas
úlceras, na laringite, na faringite etc.

O Dr. Zeiss conseguiu, com o mel, bons resultados no tratamento de


cardiopatias, afecções do fígado, perturbações intestinais, furunculose,
úlceras e feridas, pirexias, debilidade geral, doenças infecciosas.
No caso de gota, convém usar mel para garantir o aporte calórico e
evitar a degradação de proteínas.
"Graças aos seus mui necessários minerais", diz o Dr. L,elord Kordel
,
"o mel exerce importantes funções construtoras do sangue. Com a sua
ação levemente laxativa, o mel ajuda a prevenir a constipação intestinal.
E, sendo sedativo para o corpo, promove um sono sadio e refrescante".
Diz o Dr. D. C. Jarvis:
"Na qualidade de médico, estou naturalmente interessado numa
substância que o estudo e a experiência me convenceram ser um auxiliar
na vida do homem, desde o berço até o túmulo.
"Onde, senão no mel, encontraria eu, à guisa de complemento da
ração diária, um sedativo que, se tomado em cada refeição, acalme o
indivíduo nervoso, irntável, tipo ` cavalo de corrida', e que faça somente
bem e nunca mal ao organismo humano? Onde encontaria eu um
adoçante que faça dormir de noite?
"O mel tem efeito suavizante sobre o estômago, alivia a tosse
importuna, exerce ação laxante branda mas eficaz, e alivia a dor
artrític ...
"Fi o triste quando algumas pessoas me dizem que não usam mel,
porque o el é mais caro do que o açúcar branco... Afinal de contas,
terão que fazer gastos da mesma maneira, ou na mercearia, ou na
farmácia. Ficando doentes, acharão que precisam gastar em drogas... o
dinheiro que economizaram na comida..."
"Estou dedicando todo um capítulo ao uso do mel como alimento"
,
diz o Dr. L,elord Kordel, "porque o consumo de carboidratos refmados
é o maior pecado que se comete hoje contra a saúde... Entre os artigos
aceitos como alimentos, não há nada mais destruidor para o organismo
humano do que o açúcar branco, refinado. É uma das substâncias mais
perigosas e mais mortais quejá se impingiu ao público como alimento".

Abscessos,furúnculos,feridas, contusões, inflacmaçôes etc.

As cataplasmas quentes de mel têm, efeito maturativo sobre os


abscessos, os furúnculos e os tumores. O mel misturado com barro e
cebola ralada, é um remédio eflcaz, talvez sem rival, para os tumores.
Feridas e úlceras serão beneficiadas com a aplicação de cataplasmas
de mel e farinha.
<012>

26Ó AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Voimot recomenda o mel, aplicado diretamente, nas queimaduras,


nas contusões, nas feridas; misturado com farinha de trigo, como
emplastro, nos furúnculos e abscessos; como emoliente, em mistura
com essência de terebintina, nas frieiras e rachaduras; com gema de ovo
e manteiga, como ungiiento de leve efeito vesicatório; com um pouco
de cal viva, aplicada nas pálpebras, duas ou três vezes por dia, contra a
conjuntivite crônica.

Ação bactericida

A ação bactericida do mel flcou constatada como resultado de


experiências levadas a cabo com quinze diferentes tipos de mel,
procedentes de diversos lugares.
A faculdade que o mel tem, de destruir bactérias, parece ser devida
à sua própria composição, em que flguram o ácido fórmico, o ácido
málico, o ácido lático etc. O mel fresco é, nesse sentido, manifestamente
mais eflcaz.
O Dr. D. C. Jarvis informa:
"Encontra-se demonstrado que as bactérias não podem viver na
presença do mel, por ser este uma fonte de potássio, que retira das
bactérias a umidade essencial à sua existência.
"O Dr. W. G. Sackett, bacteriologista, resolveu pôr mel à prova. Ele
francamente não acreditava que o mel destruiria as bactérias produtoras
de enfermidades. Assim, pois, no seu laboratório, ele colocou diversos
germes patogênicos em mel puro e se pôs à espera. Os resultados o
surpreenderam. Dentro de poucas horas, ou, quando muito, em alguns
dias, cada um dos microorganismos patogênicos estava morto. Os
germes de febre tifóide morreram dentro de 48 horas. Outros germes
similares, tifosos A e B, pereceram depois de 24 horas. Um microorga-
nismo encontrado nas fezes e na água, e que se assemelhava ao bacilo
tifóide, morreu em 5 horas. Germes causadores de broncopneumonia
morreram no quarto dia. O mesmo aconteceu com bactérias específlcas,
associadas com certo número de doenças como a peritonite, a pleurisia
e os abscessos supurativos. Germes causadores da disenteria foram
destruídos em 10 horas".
De uma interessante publicação do Ministério da Agricultura trans-
crevemos:
"A ação antibacteriana (do mel) parece não depender de substâncias
secretadas pela abelha, visto serem negativas as provas dos filtrados de

c. 267

órgãos (cabeça, tórax, bolsas melíferas) do inseto, devendo-se, pois,


considerá-la como efeito de um produto extraído das flores, o que é
corroborado pelos diferentes graus de poder antibacteriano das diversas
espécies de mel, conforme as estações da colheita, pois que variam
também as diversas espécies de flores que dão néctar etc. O Mel na
Alimentação, pág. 46.

Afecções do coração e hipertensão arterial

O Dr. E. Koch, famoso cardiologista alemão, recomenda enfatica-


mente o uso do mel para o coração. "O coração", diz o Dr. Koch, "pode,
depois de receber mel, comparar-se a um cavalo depois de ser alimen-
tado com aveia (aqui diríamos milho). Acha-se carregado de força".
Informa o Dr. Koch que os muitos exames e testes por ele feitos em seus
pacientes, lhe mostraram que o mel exerce efeitos semelhantes aos da
digital. Ainda mais. "Ficou comprovado", explica o Dr. Koch, "que em
casos de inflamação dos músculos do coração, nas doenças febris, como
a difteria, a digital não traz nenhum sintoma de alívio, ao passo que o
mel ainda age com eflciência. De modo geral, o mel é um poderoso
suprimento para o coração sadio e dá forças ao coração doente".
O Dr. G. N. W. Thomas, de Edinburgh, capital da Escócia, escreve
em 7 te Lancet, importante publicação médica britânica:
"Na queza do coração, veriflquei que o mel tem efeito notável:
reativa a ação do coração, mantendo a vida dos pacientes. Recomendo
que o mel seja usado na reparação física geral, porém, especialmente,
nas falhas do coração".
"O mel tem ação benéf'Ica, igualmente, em caso de hipertensão
arterial", diz o Dr. Lelord Kordel. Pode-se tomar, em jejum e ao deitar,
uma colher de chá de mel puro.

Afecções gastrintestinais e perturbações da nutrição

O mel é um alimento muito bom para os enfermos das vias digestivas.


Estes devem usar, como adoçante, o mel, que poupa ao estômago um
trabalho evitável. Em caso de dispepsia, em vez de o mel fatigar o
estômago, auxilia a digestão.
Os dispépticos em geral, e os indivíduos fracos, que sofrem de
digestão lenta e laboriosa, lucrarão em fazer, de vez em quando, uma
cura de mel. Pode-se tomar, em jejum e ao deitar, uma colher de sopa
de mel puro.
<012>

AS FRL"TAS NA MEDICINA NATURAL

O mel tem indicação em certos distúrbios do estômago e do intestino,


sendo, por exemplo, bom para as pessoas que sofrem de atonia intestinal.

O Prof. Dr. Camilo Muniagurria, que fez experiência com o mel no


tratamento de perturbações intestinais (enterocolite aguda e enterocolite
úlcero-folicular), distrofia, intoxicação alimentar e dispepsia putrefati-
va, recomenda o mel nas perturbações crônicas da nutrição e nos
distúrbios gastrintestinais com diarréias e fermentações anormais, dos
infantes, e aconselha-o também como bnm complemento alimentar
para os lactentes sadios.
O Dr. Araoz Alfaro recomenda o mel como adoçante das mamadei-
ras ou em mistura ao suco de fiutas ou hortaliças, e acentua que os
médicos prescrevem o mel contra diversas farmas de colite e enteraco-
lite e para aumentar o peso das crianças distróflcas.

Nunagania, em trabalho publicado no Bruxelles Médical, salienta


que o mel exerce ação antipútrida, tem efeito benéfico nos estados
distróficos e combate as enterocolites.

"O mel evita as fermentações gastrintestinais, sendo rapidamente


absorvido", escreve o Dr. Lelord Kordel.
Conforme o Dr. José A. Pereira, o mel é fortificante, laxante,
digestivo. É de fácil digestão para os estômagos débeis.

O Dr. Smiller informa ter alcançado, com o uso do mel, bons


resultados contra as inflamações intestinais.
O Dr. Victor Pauchet explica que o mel facilita a digestão, porque
tem ação sobre as glândulas salivares, que secretam maior quantidade
de saliva.
O Dr. Horácio Forster recomenda o mel contra certas enfermidades
do aparelho digestivo e dos rins.
O mel tem ação benéflca sobre o fígado, favorecendo sua função
antitóxica e metabólica.
D. C. Soranus, que introduziu o mel na alimentação do lactente,
aflrma que o mel dado ao recém nascido previne e abranda e sintoma-
tologia da febre de inanição.

Afecçôes da garganta e da boca

Em casos de dor, irritação ou inflamação da garganta, fazem-se


gargarejos com água contendo mel diluído.

Contra as aftas da boca, é bom fazer gargarejos de solução de mel com


um pocuo de pedra-ume, ou sal de bórax, ou vinagre.

MEL 269

Afecções das vias respiratórias (resfrrados, catarros, nariz entu-


pido, bronquite, asma, rouquidão, laringite).

O Dr. Monardi af'Irma que o mel presta inestimáveis serviços nos


males do aparelho respiratório.
Para os resfriados, catarros, tuberculose e outras afecções das vias
respiratórias indica-se o seguinte remédio: pe-se numa xícara uma
colherada de mel, uma gema de ovo e um pouco de leite quente. Mistura-
se bem. Toma-se pela manhã, emjejum. Além. de ser um bom peitoral,
é ótimo para as pessoas debilitadas e para os convalescentes.
A bronquite, e a asma, a rouquidão etc., encontram no mel um
remédio excelente.
"O favo de mel", diz o Dr. D. C. Jarvis, "é excelente no tratamento
de certas afecções das vias respiratórias. O que se usa é a cera do favo,
do qual se tenha tirado todo o mel. A mastigação do favo tem valor
especialmente para a mucosa das vias respiratórias. Não só se mastiga
o favo, mas também se come mel diariamente como parte do tratamento.
Para esse flm, deve-se preferir o mel diretamente do favo, mas, não se
tendo este à mão, a ingestão de uma colher das de sopa, de mel líquido,
também produz bons resultados".
Dr. D. C. Jarvis fez interessantes experiências com o mel como
me 'camento para nariz entupido.
"U menino de oito anos", diz ele, "foi certa vez trazido por sua mãe
ao meu consultório para exame do nariz. Durante cinco meses ele tivera
um contínuo resfriado e nenhum tratamento lhe havia trazido melhora.
O corrimento pelas narinas era profuso e precisava assoar o nariz com
muita freqüência.
"Aos três anos de idade, tinham-lhe sido removidas as amígdalas e
as vegetações adenóides. O exame do seu nariz revelou um aspecto que
aparece nas febres de feno... O menino respirava pela boca, porque a
respiração normal era impedia pela inchação dos tecidos do nariz.
"Em seguida ao exame geral e ao exame especiai do nariz, dei ao
garoto um bocado de favo para mastigar, a ver o que aconteceria.
Enquanto isso, pus-me a escrever as instruções para o tratamento a ser
feito em casa e comecei a preparar umas gotas que ele devia tomar. Eu
ainda não estava pronto, passados uns cinco minutos, quando o guri, de
repente, disse: `Meu nariz esta aberto! Já posso respirar pelo nariz! ' O
remédio para ser usado em casa entreguei-o à mãe e dei-fhe explicações
sobre as instruções escritas. Então tornei a examinar o nariz do pirraltlo,
para ver o efeito da mastigação do favo.
<012>

27O AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

MEL 271

"O inchaço dos tecidos do nariz tinha diminuído como se eu tivesse


aplicado um adstringente. A mucosa, que antes havia sido pálida, era
agora levemente rosada. Uma semana depois, quando o petiz foi
novamente trazido ao meu consultório, seu nariz continuava aberto e ele
respirava com a boca fechada...
"Experimentei também em outros pacientes, com nariz entupido, a
mastigação de um bocado de favo, e obtive sempre os mesmos
resultados satisfatórios".

Anemia

Graças ao ferro orgânico que contém, o mel é um bom alimento para


os anêmicos. O mel escuro é, neste caso, o mais recomendado.
"O mel", diz o Dr. Lo—reliço Granato, "combinado com uma gema
de ovo fresco, cru, bem batido, constitui um bom alimento concentrado
para os indivíduos enfraquecidos pelo esgotamento e até para os
tuberculosos. É um fortificante de grande valor para todos os organis-
mos.
O Dr. Henri Dorval fez uma experiência com dezessete alunos de 8
a 16 anos, dos mais pálidos e anêmicos. Desses menores,15 passaram
a receber cada dia duas doses de I 5 gramas de mel, uma pela manhã e
outra à tarde, ao passo que 2 ficaram sem mel, para que se pudesse fazer
a comparação. A prova começou a 27 de novembro e terminou no dia
10 de março do ano seguinte. Resultado: Dos 15 que receberam mel
durante todo este tempo,11 experimentaram um aumento na taxa de
hemoglobina de 8,44% a 25%;1 teve a hemoglobina aumentada em
6%; I, que tinha taxa normal de hemoglobina, não teve proveito no
tratamento. Com o uso do mel,13 desses 15 tiveram uma melhora geral
no seu estado de saúde. Passaram a sentir-se mais resistentes, mais fortes
e menos cansados no fim dos brinquedos. Ficaram livres das dores de
cabeça, da constipação crônica, etc. Acusaram notável aumento de peso:
de 2,5 quilos a 6 quilos. Suas olheiras desapareceram. Sua cor mudou:
de pálidos que eram, ficaram corados. Os outros dois menores, que não
haviam recebido mel, icaram com uma taxa anormalmente baixa de
hemoglobina e só alcançaram 750 gramas a um quilo e meio de aumento
de peso.
O Dr. Anton Rohleder, que também estudou a influência do mel
como medicamento infantil, afirma que o mel aumenta a cota de
hemoglobina, concorre para incrementar o peso e contribui para o
desenvolvimento corporal da criança.

O prof. Martagão Gesteira, baseando-se nos trabalhos da Dra. Paula


Emerich, divulgados pelo Prof. E. King, trabalhos esses que salientaram
os excelentes resultados obtidos, em aumento de hemoglobina e
acréscimo de peso, em 200 crianças submetidas a uma dieta de leite cru
com doses crescentes de mel, fez experiências em lactentes normais
,
alimentados com leite-cálcio citratado, e em lactentes hipotró icos
mantidos sob regimes alimentícios vários. Os resultados foram a reci-
áveis, sobretudo com estes últimos, que toleravam bem o mel e
aumentaram sensivehnente de peso com a adição de mel à sua dieta. Nas
crianças normais, a inclusão do mel no leite corrigiu a tendência à risão
de ventre. P
O Swiss Bee Journal, relatando os resultados de uma experiência
realizada na Suíça, com três grupos de petizes, todos em delicado estado
de saúde, informa que o grupo de crianças alimentado com mel
ultrapassou os outros dois grupos em todos os sentidos: na contagem de
glóbulos, no peso, na energia, na vivacidade, na aparência geral.
O Mo Cmpognoli ensina que o mel é excelente contra a
anemia, graças ao seu conteúdo em ferro, cobre, manganês e outros
minerais, em forma francamente assimilável, intervindo por isso na
composição dos glóbulos vermelhos do sangue.
a Revue Internationale, Jacoud informa que, na Alemanha e na
D arca, desde longa data, crianças e moças são enviadas ao campo,
durant o verão, para fazerem exercícios físicos ao ar livre e curas de
mel, como tratamento contra a anemia e a clorose.
O Dr. Santiago Luiz Roman, num trabalho publicado na Revista de
Apicultura da Argentina, sob o título "O mel aumenta a hemoglobina
do sangue", confirma o que acabamos de dizer. O Dr. Roman também
aconselha o uso habitual do mel na alimentação.

Cãibras

As cãibras que ocorrem, durante a noite, nos músculos do corpo,


especialmente nas pernas e nos pés, podem ser combatidas tomando-se
duas colheres de chá, de mel, em cada refeição. As cãibras geralmente
desaparecem dentro de uma semana, mas é bom continuar indefinida-
mente com o uso do mel, pois este previne o retorno do mal.
Cálculos das vias urinárrus (nefrolitíase)
O Dr. Smiles empregou o mel, com êxito, contra a gota e litíase renal.
<012>

Z 7Z AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

O Dr. Smiller informa que, com o uso de mel alcançou bons


resultados no tratamento da litíase renal (cálculos). Suspenso o trata-
mento por algum tempo, as areias tomaram a aparecer, mas, restaurado
o uso do mel, houve alívio dentro de pouco tempo.

Dieta Infantil

Toda boa mãe sabe que o mel é um complemento muito importante


na alimentação da criança.
"Em nossos dias", diz o Dr. Jarvis, "parece que muitas mães não são
capazes de amamentar seus bebês segundo o plano da Natureza. Recai,
pois, sobre o médico o fardo de compor uma dieta adequada às
necessidades individuais do infante. Algumas crianças, sendo delica-
das, requerem um cuidado infinitamente grande. Umas são alérgicas a
certos alimentos ao passo que outras são robustas e aparentemente
podem comerde tudo. As diferenças natolerância alimentar apresentam
problemas às vezes difíceis de resolver.
"A base de toda a dieta infantil, na falta do leite matemo, é o leite de
vaca, modificado e adoçado. No adoçamento do leitejaz freqizentemen-
te a principal dificuldade. Um dos adoçantes mais usados é o xarope de
milho, mas muitos bebês não podem tolerá-lo. Toma-se cada vez mais
evidente que um adoçante natural deve ser preferido a qualquer
adoçante fabricado.
"O adoçante natural que mais se salienta é o mel. A maior parte dos
bebês pode tolerá-lo. E, além de servirde adoçante, ele fornece minerais,
completando os que se encontram no leite; e supre também pequena
quantidade de proteínas. Exerce, outrossim, uma ação anti-séptica e
levemente laxativa. Ademais dessas vantagens, ele tem um sabor
agradável, tomando mais apetitosos os alimentos. O principal fator,
todavia, é que ele provê a criança com o complexo de minerais
necessários ao seu corpo em crescimento.
"Meus estudos sobre o mel em conexão com a alimentação da
criança, foram plenamente corroborados pelos trabalhos dos Drs. M. H.
Haycak e M. C. Tanquary, da Universidade de Minnesota, e dos Drs.
Schultz e Knott do Departamento de Pediatria da Universidade de
Chicago".
Do trabalho dos Drs. F. W. Schultz e C. M. Knott extraímos o
seguinte:
"Estudando o valor comparativo dos vários carboidratos na alimen-
tação da criança, empregamos mel juntamente com outros açúcares.
nL 273

Usamos dois grupos de crianças para determinar o efeito dos vários


açúcares: quatro dos 7 aos 13 anos e nove com 2 a 6 meses de idade.
Demos açúcares diluídos a essas crianças e então Ihes tomamos
amostras de sangue para detemiinar a taxa de açúcar no sangue 15
minutos, 30 minutos, 60 minutos, 90 minutos e 120 minutos após a
refeição. Quando os açúcares são absorvidos no intestino, penetram na
corrente sangüínea e são carregados ao fígado para fonnar glicogênio.
quando se consomem carboidratos numa proporção superior à capaci-
dade que tem o fígado de armazená-los em forma de glicogênio, o
excesso se transfomza em gordura e como tal se armazena nos tecidos.
"Resultados muito interessantes obtivemos com o mel. Durante os
primeiros 15 minutos, o mel foi absorvido mais rapidamente que todos
os outros açúcares usados na prova, com exceção da glicose. O mel,
porém, não inundou a corrente sangüínea comum uma superabundância
de açúcar. Este comportamento do mel deve-se, presumimos, à combi-
nação do dois açúcares de fácil absorção, a dextrose e a levulose. A
absorção do mel é rápida por causa do seu conteúdo em dextrose; a
levulose, porém, sendo absorvida mais vagarosamente, é capaz de
manter o açúcar do sangue.
"O mel tem, sobre outros açúcares mais ricos em dextrose, a
v tagem de não elevar o açúcar do sangue a um nível superior à
ca idade que tem o corpo de usá-lo facilmente.
"Dada a sua fácil e larga disponibilidade, o seu sabor e a sua
digestibilidade, o mel parece ser uma foizria de carboidrato que deveria
ter mais ampla utilização na alimentação da criança".
As muitas vantagens do mel na alimentação da criança são assegu-
radas incluindo-se uma ou duas colheres das de chá, desse adoçante
natural, em 250 gramas de mistura alimentar. Em caso de prisão de
ventre, acrescenta-se mais meia colher das de chá. Se, por outro lado,
o intestino da criança fica muito solto, diminui-se meia colher das de
chá. Essa é a receita do Dr. D. C. Jarvis. Segundo sua observação, "as
crianças alimentadas com mel só raramente sofrem cólicas, pois a rápida
absorção do mel impede a fermentação".
O Dr. Arturo Rossi, num trabalho publicado sob o título "A Abelha
e o Mel na Ciência e na Indústria", recomenda entusiasticamente o uso
do mel na alimentação da criança, pois que se trata de um alimento e
medicamento de primeira ordem, graças à sua riqueza em carboidratos
e à pureza de sua constituição. Diz o Dr. Rossi que se poderiam evitar
muitas enfermidades e desgostos, se os pais dessem aos filhos o puro mel
de abelhas em vez de doces, caramelos etc.
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL


Citamos do livrinho "O Mel na Alimentação Nacional", pág. 49
,

publicado pelo Ministério da Agricultura:


"O mel... encerra em sua composição elementos facilmente assimi-
láveis, de real valor, não só em certos estados mórbidos da infância, mas
também para estabelecer o equill'brio básico de um organismo em estado
de evolução. É, pois, um alimento precioso para as crianças e para os
lactentes, sendo aconselhado no adoçamento das mamadeiras. Como
alimento, deve ser dado puro centrifugado em natureza, nos favos
extraídos da colméia, conservando toda a sua fragrância; ou, misturado
com manteiga, no pão ou com biscoitos; ou para adoçar o leite, os
refrescos etc.; ou em vários doces, bolos, etc.; ou adicionado a certas
frutas, como bananas, morangos, maçãs, mamão; ou misturado com
aveia, farinha de banana, creme, requeijão; ou como corretivo de certos
distúrbios gastrintestinais tão comuns na primeira e segunda infâncias;
ou em substituição ao açúcax de cana, de cuja ingestão resultam graves
inconvenientes para a saúde infantil. O aparelho digestivo da criança,
tão sensível e delicado, assimila facilmente o mel que lhe vai beneficiar
as funções gastrintestinais, quer atuando sobre as mucosas, quer
favorecendo as secreções. O mel, pelo seu conteúdo em vitamina e
substâncias mineralizantes, entre outras, sais de cálcio, ferro, ácido
fosfórico, encontra indicação perfeita em puericultura".

Enurese infantil (incontinência da urina)

"Durante muito tempo", diz o Dr. D. C. Jarvis, "quando aos médicos


se perguntava o que se deviafazerno caso de uma criançamolhar a cama
de noite, eles respondiam que o tempo se encarregaria disso, pois a
criança, à medida que crescesse, venceria esse hábito. Isso indicava que
comumente não se conhecia nenhum remédio específico.

"Os sintomas da enurese infantil são bem definidos. Na maioria dos


caos existe a característica comum da freqizente emissão de urina
durante a dia. Via de regra, essas crianças são muito sensíveis aos
estimulantes e a toda excitação. São crianças `tipo cavalo de cornda.
A maioria das crianças consegue controlar a bexiga de dia, antes de
alcançar os dois anos de idade, e, com mais alguns meses, a maior parte
delas passa a noite sem molhar a cama. O hábito de molhar a cama
geralmente se manifesta cada noite, e pode ter início depois de
estabelecido o controle da bexiga...

"Na hora de ir para a cama, dá-se à criança uma colher das de chá,
de mel. O efeito será duplo. Em primeiro lugar, esse adoçante natural
funcionará como sedativo sobre o sistema nervoso. Em segundo lugar,

275

ele atrairá e manterá o fluido durante a noite, poupando o trabalho dos


rins.
"À medida que você continuar usando o mel para esse fim, aprenderá
por si quando convém usá-lo. Reconhecerá as condições que poderão
acarretar a dificuldade. Se, por exemplo, o pequenino assiste a uma festa
de crianças, em que haja excitação e refrescos, isso deverá sugerir a você
a conveniência de ministrar-lhe uma colher das de chá, de mel, ao deitar-
se. Demais, qualquer aumento na ingestão de líquidos, especialmente
após as cinco horas da tarde, deverá levá-lo a prever a possibilidade de
ocorrer um acidente durante a noite, se não estão protegidos os nervos
e os rins da criança".

Fadiga, estresse, sensação de cansaço, etc.

As pessoas fatigadas tiram bom proveito de um chá de centáurea


adoçado com mel.
As experiências de Schamburg mostram que o mel ajuda os soldados
a vencer a sensação de cansaço nas marchas forçadas.
Os trabalhos de Grandeau e Coulin provam que o mel é um excelente
alimento energético e uma fonte de forças para nosso organismo, pois
faz desaparecer a fadiga.
O Dr. Arturo B. Storace recomenda o mel, como "utilíssimo
al ento muscular", aos que exercem intensa atividade física, aos
operários braçais, aos agricultores, aos atletas, aos artistas, aos intelec-
tuais, já por sua fácil digestibilidade,já por sua capacidade de excitar os
músculos do intestino. Acentua o Dr. Storace que o mel é muito bom
para os debilitados, fatigados, neuróticos, sendo muito útil também aos
que sofrem de afecções do fígado e dos rins, prisão de ventre, inapetên-
cia, clorose.
"O mel", escreve o Dr. Lelord Kordel, "é um valioso agente para
impedir ou protelar o desgaste a que está inevitavelmente sujeita a
máquina viva do moderno homem de negócios, que experimentareceio,
ira, ansiedade, preocupação, aflição e desgosto profundo. Tal excitação
faz com que o coração pulse mais rapidamente e aumenta a pressão do
sangue pela contração dos vasos sangüíneos. Passando alguns dias
nessas condições, e chegando depois à sua casa, ele tem diflculdadc em
descansar e em dormir um sono tranqüilo. Uma ou duas colheradas de
mel, ao deitar-se, pode ajudar muito".
O mel na alimentação dos atletas tem sido e ainda é o segredo do
sucesso de muitos campeões.
<012>

2 76 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

A propósito, Lloyd Percival, do Sports College, Canadá, publicou no


American Bee Journal, um artigo intitulado "Experiências com o Mel
na Alimentação dos Atletas", do qual transcrevemos o seguinte:

"O Sports College, desde os idos de 50, vem mostrando interesse em


deteminar o valor do mel na nutrição dos atletas, na base de provas
organizadas. . .
"Uma das questões em que mais nos interessamos foi esta: Qual é o
alimento energético ideal? Procuramos saber que alimento, ou que
combinação de alimentos supriria, mais rapidamente, a maior quanti-
dade de energia, sem causarperturbações digestivas ou quaisquer outras
reações prejudiciais, secundárias. A fim de que pudéssemos desenvol-
ver informações utilizáveis, organizamos uma série de observações,
estudos e testes.
"Iniciamos também uma campanha a flm de coligir informações
com respeito às experiências de outros no campo do treinamento e
acondicionamento atlético em ligação com alimentos e bebidas energé-
ticos. Em resultado desses testes e dessas investigações, agora classifi-
camos (contagem de pontos: de 1 até 10) os alimentos e bebidas
energéticos populares da seguinte maneira: mel, 9; glicose, 7,5; xarope
de milho, 7; açúcar dmr2linho, 6; açúcar refmado (branco), 4,5...

"A análise das nossas experiências mostra que:


" 1. O mel, tanto quanto se possa medir, supre de maneira ideal todas
as necessidades que o atleta tem, de abastecimento energético, antes de
entrar em atividade, para que seja sustentado seu esforço durante a
atividade e para que suas energias sejam rapidamente recuperadas após
o esforço. "
"2. O mel, com o seu elevado contéudo em calorias, pode levantar
as energias", se bem que seja em menores proporções.

"3. O mel é um dos adoçantes mais populares entre os talentos,


porque apela ao paladar.
"4. O mel pode comumente ser tolerado pelo atleta em maior
quantidade do que quaisquer outros alimentos ou bebidas energéticas
provados.
"5. O mel, graças à sua versatilidade, é muito popular, podendo ser
usado de inúmeras maneiras e em combinação com outros alimentos e
bebidas.
"6. O mel é um alimento puro, obviamente isento de bactérias e
substâncias irritantes.
Por esse motivo, recomendamos o mel:
" 1. Para ser usado antes de o atleta entrar em atividade.

MEL 277

"2. Para ser usado depois da atividade.


"3. Para ser usado como tônico durante o período de repouso.
"4. Para ser usado na dieta diária, especialmente em refeição matinal,
a fim d suprir as necessidades energéticas diárias.
"5. Para ser usado como adoçante geral e para ser passado no pão.
"6. Para ser usado em combinação com certos alimentos, como
saladas de frutas, iogurte, pudins, arroz-doce, etc.
"7. Para ser usado em bolos, biscoitos e em muitos preparados
culinários naturistas.
"8. Para ser usado na fabricação de doces naturais.
"9. Para ser usado em substituição a ouhos adoçantes populares, de
modo geral.
"Os atletas que participaram em testes de resistência revelaram mais
elevados níveis de atuação quando ingeriam duas colheres, das de chá,
de mel, 30 minutos antes do início do teste. Retirando o mel, havia
sempre uma pronunciada diminuição nos níveis de rendimento alcan-
çado. . .
"Quando os atletas ingeriam mel depois de um período de exercício
pesado, recuperavam-se mais depressa e estavam aptos para continuar
suas atividades mais cedo. Porcausa desta reação, temos advogado o uso
do mel pelos atletas que têm de estudar em seguida a exercícios oujogos
pesaossa experiência nos ensinou que o uso do mel capacita o
estudante a assimilar melhor, pois que suas energias são refeitas.
"Os atletas que usavam mel durante os intervalos, nos jogos de
hóquei, basquetebol, futebol, e entre os incidentes na pista e no campo,
afirmavam ter mais energia e sentir menos fadiga durante a última parte
da atividade.
"Os atletas que tinham de tomar parte em dois jogos, em dois dias
consecutivos, diziam que se sentiam melhor no segundo jogo quando
usavam mel para reabastecer suas energias após o primeiro jogo e
também antes do segundo.
"Quando os atletas tinham de treinar ou jogar em seguida à aula ou
ao trabalho sem almoçarem, e ingeriam mel na hora de almoço,
informavam que não sentiam a habitual falta de energia durante a
atividade. Aqueles que relatavam sentir falta de energia antes do
almoço, afirmavam experimentar grande melhora quando ingeriam mel
como parte da refeição matinal.
` `O uso do mel (umas 12 a 16 colheradas das de chá durante o dia, nas
refeições e na hora de dormir) impedia a perda de peso sob um regime
de trabalho pesado ou de atividade contínua. Quando os atletas eram
<012>

2 7S AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

submetidos a uma dieta reduzida, uma colher das de chá de mel, no f'im
de cada refeição, dava-lhes a sensação de estarem satisfeitos, tornava
menos difícil a dieta, e ajudava-os a conservar o vigor.
"O Sports College, em base das suas experiências gerais com o mel
durante um período de quatro anos, não hesita em dizer que o mel é um
combustível ideal para a recuperação da energia e para a neutralização
da fadiga. Recomendamo-lo a todos os que se empenham em atividades
atléticas e a todos os que estão interessados em manter um nível
energeticamente elevado durante o dia".

Febre do feno
O mel é indicado, pelo Dr. D. C. Jarvis contra a chamada "febre do
feno". "Os que sofrem de febre do feno assegurar-lhe-ão que não há
doença mais desagradável conhecida pelo homem", diz o Dr. Jarvis.
O famoso clínico recomenda que, três meses antes do esperado
ataque, apessoa alérgica comece a tomar uma colher das de sopa, de mel,
após cada refeição, como sobremesa. O mel de favo deve ser preferido,
mas o mel líquido (às vezes chamado "mel espremido") também serve.
Toma-se também uma colherada de mel diluído num copo dágua, ao
deitar-se. Se necessário, mastiga-se também uma quantiade de favo de
mel durante o dia, com certa freqüência, para manter o nariz aberto e
seco.

Insônia e calmante do sistema nervoso

Como calmante do sistema nervoso e para conciliar o sono, recomen-


da-se tomar uma colherada de mel diluído num copo de água ao deitar-
se.

O Dr. D. C. Jarvis aconselha o mel como "o melhor de todos os


remédios para conciliar o sono". "Se você notar", diz o famoso clínico
,
"certa dificuldade em pegar no sono de noite, ou se, depois de ter-se
deitado, acordarfacilmente e achardifícil tomaradormir, deve fazeruso
do mel. Se tomar uma colherada de mel no jantar, cada dia, você logo
sentirá uma vontade real de ir para a cama, e terá mesmo dificuldade em
banir o sono se, por razões sociais, tiver que ficar acordado até mais tarde
do que de costume. Na manhã seguinte você notará que deve ter
adormecido assim que sua cabeça tocou no travesseiro". É notável a
propriedade calmante que o mel, adequadamente usado, encerra.

MEi. 279

Prisão de ventre

O mel é levemente laxativo. Os que sofrem de prisão de ventre devem


tomar, de manhã, ao levantarem-se, e de noite, ao deitarem-se, um ou
dois copos de água, preferivelmente morna, adoçada com uma colhe-
rada de mel.
O Dr. Mário Capognoli aconselha o pirão de bananas amassadas com
mel, como alimento e medicamento imprescindível para as crianças,
contra a prisão de ventre comum nos petizes. O melhor laxante é o mel,
que deve ser dado em lugar dos medicamentos irritantes, aos quais
muitos pais mal-avisados recorrem, não resolvendo o mal.
Dedant e Langstroth dizem que é fácil resolver o problema de
crianças de peito que sofram de constipação intestinal. Basta dar-lhes
mel, misturado com pão, que se pem num pano fonnando uma chupeta.
Queimaduras

Como emoliente, o mel é aplicado sobre as inchações e queimaduras.


"O mel", ensina o Dr. D. C. Jarvis, "vem de há muito tempo sendo
usado com êxito no hatamento de queimaduras cutâneas. Alivia as
d reevine a formação de bolhas e cura com rapidez a parte
queimada".

Raquitismo

O Dr. Victor Pauchet ensina que, como medicamento contra o


raquitismo, é muito bom dar à criança mel em mistura com manteiga
(duas partes de manteiga e uma de mel), em substituição ao repugnante
óleo de bacalhau. Bate-se bem esta mistura, até que se forme uma
espécie de pasta, que passada no pão, as crianças comem com muito
prazer.

Sinusite e nariz entupido

O mel é igualmente indicado, pelo Dr. D. C. Jarvis, no tratamento da


sinusite.
"Havendo inflamiçio de um ou mais seios ósseos, desenvolve-se
geralmente uma reação de fundo úrico-alcalino. Quando se mastiga o
favo, a reação urinária altera-se de alcalina para ácida, mostrando quão
rapidamente o favo produz uma mudança na química do corpo. Assim
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

,endo, a pessoa que sofre de sinusite deve evitar os alimentos que


produzem reação úrico-alcalina, até que sare do incômodo.
"A porção de favo que se usa para uma mastigação pode ser regulada
por uma porção ordinária de goma de mascar. Mastiga-se um pedaço de
favo de hora em hora, fazendo-se umas quatro a seis mastigações por dia.
Cada bocado que se toma, de hora em hora, deve ser mastigado durante
uns quinze minutos, cuspindo-se o que sobra após cada
mastigação.Mesmo em caso de ataque agudo, essas quatro a seis
mastigações devem acarretar o desaparecimento dos sintomas de
sinusite ao eabo de um dia. O nariz se abrirá, a dor desaparecerá, os seios
nasais se normalizarão e a energia do corpo se restaurará. É bom
continuar mastigando favo uma vez por dia, durante uma semana, para
prevenir a imediata recidiva do mal. Se você eontinuar usando o favo
de mel dessa maneira, uma vez por dia, ... é improvável que você
experimente outro ataque de sinusite ou que você venha a ser molestado
pela gripe ou pelo resfriado. Meus estudos me levam à eonclusão de que
no favo de mel existe alguma coisa que protege poderosamente as vias
respiratórias contras as enfermidades".
Tônico cerebral

O Dr. Allain Caillas explica que o ácido fosfórico existente no mel


concorre para a formação do esqueleto em desenvolvimento, sendo
também benéfico ao cérebro.
"Os que usam o mel de abelha na sua alimentação diária", diz o Dr.
Josiah Olfield, "podem estar certos de que estão contribuindo ativamen-
te para aumentar sua capacidade de trabalho mental e manual".

Tosse

O Dr. D. C. Jarvis recomenda o uso do mel também contra a tosse.


"Se você se acha incomodado pela tosse", diz o já citado facultativo
,
"use o seguinte medicamento béquico....
"Cozinhe um limão levemente durante 10 minutos. Assim o limão
fica macio e solta mais caldo, e sua casca, igualmente, se abranda. Corte
o limão ao meio e extraia-lhe o suco no espremedor. Ponha o suco num
copo. Acrescente duas colheradas de glicerina ao suco de limão. Encha
então o copo com mel...
"A dose desse xarope béquico pode ser regulada segundo suas
iiecessidades. Se você tem acesso de tosse durante o dia, tome uma

281

colher das de chá. Mas não se esqueça de mexer com uma colher antes
de tomar. Se a tosse o incomoda a ponto de acordá-lo durante a noite,
tome uma colher das de chá ao ir para a cama e outra durante a noite.
Se a toss é muito forte, tome uma colherdas de chá ao levantar-se, outra
no intervalo entre o desjejum e o almoço, outra em seguida ao almoço,
outra entre o almoço e ojantar, e outra ao deitar-se. Melhorando a tosse,
diminua a dose, tomando o xarope menos vezes. Segundo minhas
observações, esse é o melhor xarope béquico que conheço. Não
desarranja o estômago, como fazem muitos remédios para tosse. Pode
ser usado tanto por crianças como por adultos. Alivia a tosse quando
falham todos os outros xaropes béquicos".
Para combater a tosse e os defluxos, pode também preparar-se um
xarope da seguinte maneira: Cozinham-se uns 30 gramas de cevada ou
de raiz de altéia, em aproximadamente meio litro de água, durante meia
hora. Coa-se opí-oduto dessadecocção, ejuntam-se algumas colheradas
de mel ao decocto, ao qual se dá nova fervura, até que se obtenha a
consistência de xarope.
Como expectorante, o mel presta melhor serviço quando adicionado
o çhá quente de cevada com suco de limão.

Ãlceras gastroduódenais
O Pro<028> Glaeser, da Universidade de Viena, empregou o mel, com
sucesso, nas úlceras gastroduodenais.
No tratamento da úlcera gastroduodenal, o Dr. Vander recomenda,
entre outras coisas, tomar, de quando em quando, um pouco de "mel
com água", ou seja, uma colherada de puro mel de abelha diluído em um
copo de água, como bebida natural.

Outras aplicações medicinais

Para combater a dor de dente, fricionam-se as gengivas com mel de


mistura com linhaça ou tintura de açafrão.
Coado, o mel é um colírio excelente nas enfermidades dos olhos. Nas
febres, é aconselhável tomar mel diluído em água com suco de limão.
O mel, graças ao seu conteúdo em vitaminas e minerais, é muito
recomendado nas doenças de carência, nas avitaminoses, nos estados de
descalcificação, nos casos de raquitismo.
<012>

MEc.. 283

pS FRUTAS NA MEDICINA NATUlL

O Dr. Oluf Martenten-Larsen afirma Que o mel é um remédio simples


e eficaz pai'a a cura da ressaca, pois reduz para a metade o tempo que a
essoa levara para recuperar-se da embriaguês. Ele recomenda que se
dê ao bêbedo uns 120 gramas de mel, e, passada meia hora, outros 120
gramas. Para favorecer a cura desse vício que tanto desmoraliza o
homem, ver as indicações que fazemos, sob "Alcoolismo", napartefmal
deste livro.
Segundo Estamer, o mel é absorvente das secreções mucosas e tônico

das fibras elásticas e musculares do pulmão.

O mel traz bons resultados nas moléstias eruptivas. Nos casos de


sampo e varíola, os efeitos têm sido magníficos. Prepara-se um chá
com folhas de laranjeira, adoça-se com mel, e administra-se de três em
três horas.
O mel também poder ser usado contra o prurido proveniente das
secre ões cutâneas em algumas enfermidades da pele.

Os Drs. Viernan e Luchi aconselham o mel contra certas dermatoses,


contras as afecções gástricas e contra a febre tifóide.

O Dr. Stancanelli prescreve o mel para combater os eczemas e os


edemas.
O mel rosado é muito bom para as gretaduras dos lábios. Caso não
seja fácil obter extrato de rosas, pode-se preparar a seguinte mistura: 30
gramas de folhas de rosas para l 'as de água, em infusão. Coa-
se e adicionam-se uns 200 gi'amas de mel.
O . Weyland obteve êxito com uma pasta feita de mel, manteiga
e ema de ovo, no tratamento do reumatismo.

g0 Dr. Juan E. Corbella recomenda o mel como colagogo, laxante,


diurético, balsâmico e como alimento de primeria ordem.Tomar uma
colher de sopa em jejum, com água morna.

Graças à sua ação lubrificante, e à sua especial influência sobre as


mucosas, o mel é muito recomendado aos conferencistas.

Para combater a tuberculose, é muito bom comer nozes, ou casta-


nhas, ou amêndoas moídas, em mistura com mel.

O mel, em mistura com alho, é bom para expulsar vermes intestinais.


Diz o Dr. D. C. Jarvis:

` `Um dos mais importantes fatos estabelecidos a respeito do mel, para


nossa supresa, é que este produto é um excelente meio para a conserva-
ção das vitaminas. O mesmo já não se pode dizer a respeito dos vegetais
e das frutas. O espinafre, por exemplo, perde 50% do seu conteúdo em
vitamina C dentro de 14 horas depois de ser colhido. As frutas perdem
grande parte do seu conteúdo em vitaminas enquanto estão armazena-
das. Como a maioria dos alimentos ricos em açúcar, o mel é pobre ei
tiamina, contendo porém teor razoavelmente bom de riboflavina e ácid
nicotínico. O mel contém, não obstante, todas as vitaminas que c
nutricionistas consideram necessárias à saúde, em menor ou maior teo
"Ao passo que o açúcar de cana e os amidos precisam passar por ui
processo de inversão no trato gastrintestinal, pela ação das enzimas, pa
que sejam convertidos em açúcares simples, levulose e dextrose, pel
que o trato gasxrintestinal humano já não necessita fazer esse trabalh
Assim é que essa pré-digestão do mel pela abelha poupa ao estôma
uma tarefa adicional. O fato de que o mel é um açúcar pré-digerido...
muito importante quando se trata de um indivíduo que tenha urr
digestão fraca ou que careça de duas enzimas, a invertase e amilas
auxiliares rio processo da inversão...
"Vamos enumerar algumas vantagens do mel sobre outros açúcare
" 1. Não irrita a mucosa do tubo digestivo.
"2. É assimilado fácil e rapidamente.
"3. Atende imediatamente a exigência do organismo quando es
pede um produto energético.
"4. Caita os atletas e outras pessoas, que despendem mui
energia, a ecuperar-se rapidamente do esforço feito.
"5. Étie todos os açúcares, o mais bem tolerado pelos rins.
"6. Tem um efeito levemente laxativo.
"7. Tem valor sedativo, acalmando o corpo.

VALOR ALIMENTÍCIO
O mel é o açúcar natural, o açúcar vivo, o açúcar vitaminado.
passo que açúcar de cana ou de beterraba encerra somente pod
calorífero, de combustível, o mel não apenas supre calorias mas també
vitaminas e sais, verdadeiros medicamentos que tonif'icam e vitaliza
o cérebro, os nervos, os músculos e os ossos.
O indevidamente chamado "progresso técnico", que inventou
inútil arte de conservar frutas em vidros, despojando-as da vida útil ;
homem e o mau costume de polir o trigo e o arroz, privando-os das part
mais benéficas ao organismo humano, produziu também o açúc
refmado, branco, muito bonito, mas inferior ao açúcar moreninho e.
mel como alimento. Devemos preferir a colmeia à usina. A abelha n
dá rico e vivo açúcar que a turbina cozinha, refma, depaupera e ma

O açúcar branco deve ser substituído pelo mel. Nenhuma famí


rural, rica ou pobre, de patrões ou empregados, devia prescindir de u
<012>

284 AS xurAs NA MEDICINA NATURAL

colmeal, com abelhas a trabalhar para o seu interesse econômico, para


as suas necessidade alimentares, e para a conservação da saúde.

As abelhas, fabricando o mel, o mais fino material existente, que é


o néctar das flores, destinam-no às suas delicadas larvas e preparam-no
de modo a conservar-se bem pelo menos durante uma estação hibernal.
É um alimento natural, puro, mas tão sensível que nunca deve ser
fervido, senão apenas ligeiramente aquecido, quando muito.

O mel pode ser usado, como alimento, sob diversas formas. Nos mais
variados pratos em que geralmente se usa açúcar, deve-se usar mel. A
substituição só traz vantagens.
Poderá ser dado sem receio às crianças, mesmo de tenra idade.
Há indivíduos que se queixam dizendo que o mel produz ardor na
faringe e no esôfago, ou naúseas, ou embaraços gástricos, ou outros
inconvenientes. Os que não o toleram a princípio, devem acostumar-se
a usá-lo aos poucos. Tomem uma colherinha das de chá pela manhã, e
outra à noite, mesmo a contragosto, e a repugnância inicial logo
desaparecerá.
O operário braçal, que despende muita energia muscular, e, bem
assim, o trabalhador intelectual, que gasta muita energia nervosa,
deverão usar mel, para regularizar suas funções digestivas e para resistir
melhor aos excessos de atividade a que, eventualmente, forem obriga-
dos.
O mel é um valioso alimento para as crianças, mesmo na primeira
infância. Serve para adoçar a mamadeira, as papas, os mingaus, e a
própria chupeta. Mas, o mel dado às crianças deve ser puríssimo, isento
de substâncias estranhas.
Os meninos recebem benefícios se o mel faz parte do seu cardápio,
pois proporciona maior desenvolvimento físico, graças às vitaminas e
aos fosfatos que contém.

As meninas também devem usar mel nas suas refeições, para se


prevenirem eontra os perigos da tuberculose.

Os velhos encontram no mel um alimento soberano: uma colherada


diluída num copo de água, à noite, ao deitarem-se, ajuda-os a conciliar
o sono, a normalizar o funcionamento dos intestinos, e a aliviar a tosse.

GELEIA REAL

A geléia real é uma substância cremosa, acentuadamente ácida,


cheiro e sabor fortes, cor e consistência do leite condensado, produzida,
mediante secreção glandular, por abelhas operárias jovens, de poucos
dias, e destinada exclusivamente à alimentação das larvas e da rainha.
Todas as larvas são alimentadas com geléia real nos dois primeiros dias
de vida; a rainha, porém, a come durante toda a vida. E aí está a razão
da diferença entre as operárias (que pesam 125 mg, medem 12 mm de
comprimento, e vivem no máximo 45 dias) e as rainhas (que pesam 200
mg, medem lnm de comprimento, e vivem até S anos, pondo 2.000
a 3.00 ovopor dia).
A históri da geléia real tem seu começo no século XVlll, quando
o naturalista François Huber notou que as celas ocupadas pelas larvas
das futuras rainhas eram as únicas que recebiam um líquido especial,
graças ao qual essas larvas se desenvolviam em rainhas.
Durante mais de dois séculos, ninguém se preocupou com a desco-
berta de Huber, até que o Dr. Alain Caillas, engenheiro agrônomo de
Orleans, França, levantou a questão: Por que as ciências modernas não
investigam o mistério da geléia real e dos benefícios que ela seria capaz
de proporcionar ao homem? Finalmente, os pesquisadores, curiosos por
saberem porque a rainha tem uma existência muito mais prolongada do
que as operárias, tiveram sua atenção atraída para a geléia real, e
concluíram que é justamente a este "milagroso" produto que se deve o
referido fenôlneno de longevidade.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Em 100 gramas de geléia real encontram-se:

Água

24,15 g

285
<012>
2S6 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

Carboidratos 20,00 g
Proteínas 30,62 g
Gorduras 3, g
Extratos etéreos 15,11 g
2,34
Sais g

Os mais importantes sais minerais contidos na geléia real são os de:


fósforo (0,67g), azoto (0,58 g), enxofre (0,38 g), cálcio, ferro, manga-
nês, potássio, magnésio etc.
A geléia real também encerra vitaminas: tiamina (Vitamina B),
riboflavina (Vitamina B2), ácido pantotênico (Vitamina B3), biotina,
inositol, ácido fólico, ácido ascórbico (Vitamina C).

USO MEDICINAL

Posologia geral: Para os casos abaixo indicados, misturar cuidado-


samente 15 g de geléia real pura em um litro de mel. Tomar uma colher
de café em jejum. Conforme a situação, podem ser necessárias duas ou
três colheres de café por dia. Alguns especialistas recomendam usar
geléia real pura, na dose de 1 a 4 gramas diárias. Neste caso deve-se
guardar a geléia real no congelador.
Experiências primeiramente feita com cães, gatos, ratos, cobaias,
porcos, galináceos, e destinadas adeterminaro índice de prolongamento
da vida, colheram resultados surpreendentes. Surgiu, pois, a idéia de
colocar a geléia real como promovedora, de longevidade, ao serviço do
homem.
Entre muitos médicos e nutricionistas predomina, pois, a convicção
de que a geléia real de fato prolonga a vida do ser humano, embora ainda
não se conheça o mecanismo bioquímico de ação desta substância.
Num hospital de Paris foram aplicadas, em condições apropriadas,
injeções de geléia real em alguns pacientes, na dose de um miligrama,
e os médicos afirmam que houve melhoras instantâneas, sendo que os
efeitos duraram doze dias. Segundo a informação divulgada, os cardí-
acos foram mais beneficiados.
Segundo diversos pesquisadores, a geléia real combate as perturba-
ç,ies nervosas e as afecções vasculares, e bem assim, a doença de
Parkinson.
Experiências levadas a cabo nos Estados Unidos, na Alemanha, na
França e na Itália, revelam que a geléia real tem inúmeros efeitos
medicinais: Traz ótimos resultados no esgotamento nervoso, no cansa-
ço, na insônia, natensão nervosa, namelancolia, nas neuro-psicoses, nas

r1
J

ú Icera duodenoL

resrau ra o
apetite

anemio

leucemio

esgotamento nervoso
consoço mental
mela ncol ヘ o
1rl
longevidade

GELÉIA REAL

GELÉIA REAL ZS%


de Pvrkinson

afecções dos
rios resp ヘ rot&rias

insón ヘ a

- i`
1

icteríclo
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

obsessões (Drs. H. Destrem, L. Telatin, Chauvin); combate infecções


que tenham resistido aos antibióticos (Dr. H. Destrem, P. Prosperi, F.
Ragazzini, L. Francalancia); normaliza a pressão arterial, corrigindo
tanto a hipertensão como a hipotensão (Drs. H. Destrem, G. Jacoli); cura
a úlcera duodenal (Dr. G. Izar) ; é útil contra a icterícia, a anemia crônica
e perniciosa, e a leucemia linfática e mielóide (Dr. A. Gaggioli, G.
Jacoli, P. Prosperi; normaliza o funcionamento das glândulas supra-
renais, da tireóide, do baço, do fígado, dos ovários etc. (Drs. Ardry,
Paggioli, Jacoli); age benef'Icamente sobre a pele (Dr. Decourt); socorre
as mulheres na menopausa (Dr. H. Destrern); restaura o apetite das
crianças, jovens e velhos (Drs. Decourt, Sarrouy, Alger, Prosperi,
Leuteneger, Raffi); contribui para o fortalecimento e desenvolvimento
normais de bebês prematuros, que tenham vindo ao mundo com
debilidade congênita, afecções cardíacas e outras complicações (Drs. C.
Malossi, Francalancia, Ragazzini, Grandi, Prosperi); é útil também em
muitos outros casos, como nas afecções das vias respiratórias (resfria-
dos, tosse, bronquite), nas afecções cardíacas, nas perturbações do
aparelho digestivo, no eczema.
Chaigneard, renomado apicultor da França, louva a geléia real
dizendo:
"Faço uso da geléia e dou-me extraordinariamente bem. Tudo aquilo
que se perde com a idade - vivacidade corporal, liberdade de
movimentos, estado de espírito etc. - logo renasce. A gripe, por
exemplo, não me incomoda mais. E até as hemorróidas, que me fizeram
sofrer durante 30 anos, já desapareceram".
O Dr. Alain Caillas declara:
"Eu e minha familia tomamos geléia real na dose de um miligrama
e meio por dia. Experimentamos logo uma sensação de bem-estar geral
com aumento de capacidade de trabalho intelectual. O apetite também
aumentou".

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS

USO GERAL: É mais recomendável usar a geléia real pura, que apresenta
consistência pastosa e cor ligeiramente amarelada. É necessário conservar em
congelador. A dose indicada é de meia a quatro gramas diários durante o tratamento
intensivo, e alguns miligramas diários como dose de manutenção, após o tratamen-
to, para conservar a saúde e prolongar a vida. Alguns fabricantes fomecem medidas
de grama, que facilitam o uso. Quando, entretanto, não se dispe de tais medidas,
pode-se considerar que meia colherzinha de café contenha mais ou menos um
grama. Coloca-se sob a língua a geléia real e deixa-se absorver lentamente. É
lamentável que haja falsificação no mercado, e que o custo deste produto seja tão

GELÉIA REAL IS9

elevado. O tratamento intensivo pode durar 30, 60 ou 90 dias, conforme o caso,


podendo-se usar meio gram. diário por uma semana e ir aumentando, cada semana,
a dose em meio grama até dois gramas. Em casos mais graves pode ser necessário
aumentar a dose até quatro gramas.

AIDS: Para fortalecer o sistema imunológico, recomenda-se o uso da geléia


real até 4 gramas por dia, ou conforme critério médico. Ver uso geral (pág. 288).

Amnésia: Ver uso geral (pág. 288).


Anemia: Ver uso geral (pág. 288).
Anemia perniciosa: Ver uso geral (pág. 288).
Apetite, para abrir o: Ver uso geral (pág. 288).
Baço, doenças do: Ver uso geral (pág. 288).

Bebês prematuros, promove o desenvolvimento de: Meio grama diário,


diluído no eite, ou conforme orientação médica.

C nsaço, para combater o: Ver uso geral (pág. 288).

Cardiacas, doenças: Ver uso geral (pág. 288).


Coração, doenças do: Ver uso geral (pág. 288).
Digestão, distúrbios da: Ver uso geral (pág. 288).
Eczema: Ver uso geral (pág. 288).
Esgotamento nervoso: Ver uso geral (pág. 288).
Estresse: Ver uso geral (pág. 288).
Ffgado, doenças do: Ver uso geral (pág. 288).
Gripe: Ver uso geral (pág. 288).

Hemorróidas: Ver uso geral (pág. 288).


Hipertensâo arterial: Ver uso geral (pág. 288).
Hipotensão arterial: Ver uso geral (pág. 288).
Ictericia: Ver uso geral (pág. 288).

Inapetência: Ver uso geral (pág. 288).


<012>

-S FRUTAS NA MEDI'INA NATURAL

Infecções em geral: Ver uso geral (pág. 288).

Insônia: Ver uso geral (pág. 288).


Leucemia linfática (ou linfocitica): Ver uso geral (pág. 288).
Longevidade, para promover a: Ver uso geral (pág. 288).
Melancolia: Ver uso geral (pág. 288).

Memória, perda de: Ver uso geral (pág. 288).

Menopausa, para amenizar os incômodos da: Ver uso geral (pág. 288).
Nervosas, doenças: Ver uso geral (pág. 288).

Nervoso, esgotamento: Ver uso geral (pág. 288).

Neuropsicoses: Ver uso geral (pág. 288).

Neuroses: Ver uso geral (pág. 288).

Ovários, doenças dos: Ver uso geral (pág. 288).


Parkinson. doença de (ou mal de): Ver uso geral (pág. 288).
Pele, doenças da: Ver uso geral (pág. 288).
Pressão arterial: Ver uso geral (pág. 288).
Respiratórias, doenças das vias: Ver uso geral (pág. 288).
Supra-renais, doenças das glândulas: Ver uso geral (pág. 288).
Tireóides, doenças das glândulas: Ver uso geral (pág. 288).
Tuberculose: Ver uso geral (pág. 288).

Ãlcera gastroduodenal: Ver uso geral (pág. 288).

Vasculares, doenças: Ver uso geral (pág. 288).


Varizes: Ver uso geral (pág. 288).

Vida, para prolongar a: Ver uso geral (pág. 288).

ME,ADO

Por ignordncia, freqüentemente nos privamos de alimentos ricos em


sais e vitaminas e preferimos outros g
nesses elnlentos s , mais ostosos, porém pobres
. Em tempo passados, por exemplo, o melado era
uma sobremesa apreciada em muitos lugares no interior. R
vitaminas, notadamente as do B ica fonte de
Po , assim como de cálcio, fósforo
ferro e outros minerais, o melado nunca deveria falt à nossa mesa,
como adoçante natural. ,
COMPOSIÇ.ÃO Q7ÍMICA
Em 100 gramas de melado há:
Calorias
Água 348,60 kcal
Carboidratos
13,00 g
Vitamina B (Tiamina) 86,75 g
Vitamina B2(Riboflavina) 8, mcg
Niacina 156,00 mc
0,21 m g
Cálcio g
Fósforo 59 I ,00 m
Ferro 123,00
g
mg
22,32 mg
USO MEDICINAL

Graças ao seu conteúdo em ferro, o melado é um poderoso anti-


.
anêmico, indicado contra as anemias ferroprivas (por carência de
29i
<012>

, ヘ FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

laxonte

i
MELADO

indispensóvel na
a I i mentaç0o
das crionços

i
\

/ CI /

anemio

o 293

ferro). Pode-se tomá-lo como aloçante de refrescos ou puro, entre as


refeições.
Uma ou duas colheradas de melado diluído num copo de água, em
jejum, é bom laxante.
Pela sua riqueza em cálcio e fósforo, o melado se recomenda muito
como elemento indispensável na alimentação dos menores, pois que
Ihes favorece o desenvolvimento do esqueleto.

VALOR ALCIO
Ao falarmos do melado, não podemos passar por alto a popular e
saborosa garapa, que devia substituir os refrescos artificiais, engarrafa-
dos, nacionais e estrangeiros. Um copo pequeno de caldo de cana
tomado em dias alternados, longe das refeições, é um rico e contínuo
abastecimento de vitaminas e sais minerais ao organismo.
A rapadura, outro parente próximo do melado, também encerra alto
valor alimentício, pelo que não devia ser omitida da nossa dieta. Aos
poucos, porém, estamos perdendo o hábito de consumi-la, substituindo=
a com desvantagem, por doces de confeitaria, feitos com açúcar
re inado, e de muito menor valor nutritivo.
Melado, garapa e rapadura são alimentos ótimos e fáceis de encon-
trar, mormente nas localidades do interior, onde são comuns os peque-
nos engenhos e as engenhocas, nos quais são produzidos.
Muitas pessoas se queixam de que são caras as vitaminas arti iciais
,
adquiridas na farmácia. Não deixemos faltar à nossa mesa as vitaminas
que o Criador nos concedeu "in natura", juntamente com os indispen-
sáveis sais minerais, e essa queixa logo se acabará, pois nós e nossos
filhos dispensaremos complementos vitamínicos sintéticos.

RESUMO DAS UTILIDADES MEDICINAIS


Anemia: Tomar duas ou três colheres de sopa de melado puro duas vezes
ao dia, enáe o desjejum e o almoço e entre o almoço e o jantar.
Constipação intestinal: Diluir uma ou duas colheres de sopa de melado em
água e tomar em jejum, pela manhã.

Crianças, alimentação das: Pode-se eventualmente usar o melado como


adoçante na dieta infantil.
<012>

ÍNDICE REMISSIVO 29S

ÍNDICE REMISSIVO
DOENAS E
~
INDICAOES

. ABSCESSO - Indicações: páginas 254 (azeitona), 265 (mel).


. ACIDEZ DO ESTãMAGO - Ver azia e hipercloridria.
. ACIDOSE - Indicações: páginas 80 (caqui), 135 (laranja), 156 (maçã;
proceder como indicado em artrite),167 (mamão),183 (melancia),189 (melão).
. ÁCIDO ÃRICO - Indicações: páginas 38 (abricó-do-pará), 44 (ameixa),135
(laranja),183 (melancia),197 (morango), 21 (taogerina).
. ACNE - Indicação: página 147 (limão). Proceder também como indicado em
depurativos do sangue.
. ADIPOSIIlADE - Ver obesidade.
. ADSTRINGENTES - Indicações: páginas 179 (maracujá),19? (morango),
201 (nêspera), 225 (sapoti). Ver, também, diarréia, hemorragias,feridas, etc.
. AFONIA- Indicação: página 254 (azeitona).
. AFTA - Indicações: páginas 23 (abacate), 57 (amora), 76 (caju), 268 (mel).
. AIDS - Indicação: página 289 (geléia real).
. ALBUMINÃRIA - Indicação: página 156 (maçã).
. ALCOOLISMO - Indicações: páginas 156 (maçã; proceder como indicado
em depurativo),183 (melancia), 239 (uva).
. ALOPECIA - Ver cabelo.
. AMENORRÉIA - Ver menstruação escassa.
. AMÍGDALAS HIPERTROFIADAS - Ver amigdalite.
. AMIGDALITE - Indicações: páginas 23 (abacate), 30 (abacaxi), 57 (amora),
147 (limão), 201 (nêspera).
. AMNÉSIA - Indicações: páginas 260 (lêvedo de cerveja), 289 (geléia real).
. ANAFRODISÍACO - Indicação: página 44 (ameixa).
. ANEMIA - Indicações: páginas 30 (abacaxi), 44 (ameixa) 51 (amêndoa), 69
(banana), 80 (caqui), 88 (castanha-do-pará),109 (fruta-de-conde),125 (jaca),128
(jenipapo), I 74 (manga), 206 (noz), 2 I 6 (pêssego), 239 (uva), 270 (mel), 289 (geléia
real), 293 (melado).
. ANGINA - Indicações: páginas 104 (figo),167 (mamão), 201 (nêspera), 206
(noz), 221 (romã). Podem ser usadas, também, as mesmas frutas indicadas em
amigdalite.

294

. ANGÃSTIA - Proceder como indicado em sistema nervoso.


. ANOREXIA - Ver inapetência.
. ANTELMÍNTICOS - Ver verminoses.
. ANTIESTÉRIL - Indicação: página 206 (noz).
. ANTI-SÉPTICOS - Indicações: páginas 57 (amora), 76 (caju),147 (limão),
156 (maçã), 264 (mel). Verferidas.
. ANTRAZ - Indicações: páginas 112 (fruta-pão), 254 (azeitona). Verfurúncu-
ros.
. ANÃRIA - Ver rins, doenças dos.
. APARELHO DIGESTIVO, DOENÇAS DO - Ver digestão, distúrbios da.
. APERIE 'TE - Ver inapetência.
. APETI , FALTA DE - Indicações: páginas 97 (coco),135 (laranja),189
(melão), 22 (sapoti), 289 (geléia real). Ver inapetência.
. APOPLEXIA - Para prevenir, proceder como indicado em aterosclerose.
. APOSTEMA - Ver abscesso.
. ARROTOS - Ver eructação.
. ARTERIOSCLEROSE - Ver aterosclerose.
. ARTRITE - Indicações: páginas 30 (abacaxi), 38 (abricó-do-pará), 45
(ameixa), 98 (coco),147 (limão),156 (maçã),183 (melancia),197 (morango), 239
(uva).
. ARTRITISMO - Indicações: páginas 135 (laranja), 189 (melão), 197
(morango), 206 (noz). Ver artrite e ácido úrico.
. ASCÁRIDES - Ver verminoses.
. ASCITE - Indicações: páginas 147 (limão),183 (melancia).
. ASMA - Indicações: páginas 51 (amêndoa), 69 (banana), 98 (coco),125 (jaca),
128(jenipapo),135(laranja),147(limão),156(maçã),167(mamão),174(manga),
254 (azeitona).
. ATEROSCLEROSE - Indicações: páginas 30 (abacaxi), 38 (abricó-do-pará),
45 (ameixa),147 (limão),156 (maçã), 231 (tangerina), 239 (uva), 254 (azeitona).
. ATI VlDADE S MENTAIS, RECOMENDAÇÊES PARA OS QUE EXER-
CEM - Indicação: página 248 (amendoim).
. ATONIA GASTRINTESTINAL - Verconstipação intestinal(prisãodeventre).
. ATONIA HEPÁTICA - Ver insuficiência hepática.
. AZIA OU PIROSE - Indicações: páginas 51 (amêndoa), 81 (caqui; pirose)
138 (lima),147 (limão), 183 (melancia).
. BAÇO, DOENÇAS DO - Indicações: páginas 189 (melão), 289 (geléia real).
. BEBÊS PREMATUROS, PARA PROMOVER O DESENVOLVIMEN-
TO DE - Indicação: página 289 (geléia real).
. BELEZA, RECEITAS DE - Verpele,para a beleza da, ou manchas e rugas
da.
. BELIDAS - Indicação: página 125 (jaca).
. BÉQUICOS - Ver tosse.
. BERIBÉRI - Indicações: páginas 38 (abricó-do-pará), 88 (castanha-do-pará),
260 (lêvedo de cerveja).
. BEXIGA, CÁLCULOS DA - Ver cálculos da bexiga.
<012>

29G AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

. BEXIGA, DOENÇAS DA - Indicações: páginas 30 (abacaxi), 80 (caqui), 98


(coco), 148 (limão), 156 (maçã), 183 (melancia), 189 (melão), 210 (pêra), 240
(uva).
. BICHO-DE-PÉ - Indicação: página 3R (abiicó-do-pará).
. BLENORRAGIA - Indicações: páginas 184 (melancia),189 (melão), 206
(noz), 221 (romã).
. BOCA, DOENÇAS DA - Indicações: páginas 24 (abacate),104 (figo),184
(melancia), 206 (noz), 254 (azeitona). Ver afta, estomatite, gengivas frouxas,
gengivite.
. BOCA, ÃLCERAS DA - Indicação: página 221 (romã).
. BRONQUITE - Indicações: páginas 24 (abacate), 30 (abacaxi), 45 (ameixa),
51 (amêndoas),57(amora),104(figo),156(maçã),167(mamão),174(manga),184
(melancia), 240 (uva), 269 (mel).
. CABEÇA, DOR DE - Indicações: páginas 24 (abacate),132 (laranja).
. CABELO, QUEDA DE - Indicações: páginas 24 (abacate), 38 (abricó-do-
pará), 58 (amora).
. CÃIBRAS - Indicações: páginas 81 (caqui),109 (fruta-de-conde), 271 (mel).
. CÁLCULOS BILIÁRIOS (OU CÁLCULOS DA VESÍCULA) - Indica-
ções: páginas 104 (figo), 147 (limão: colelitiase), 159 (maçã: vesicula), 189
(melão),197 (morango), 206 (noz), 225 (sapoti: pedra na vesicula), 240 (uva).
. CÁLCULOS URINÁRIOS - Ver nefrolitiase.
. CÁLCULOS DA BEXIGA - Indicações: páginas 3 I (abacaxi), 51 (améndoa),
104 (figo), 164 (mamão), 197 (morango) 210 (pêra: proceder como em bexiga,
doenças da), 240 (uva), 271 (mel).
. CÁLCULOS RENAIS: Ver nefrolitiase.
. CALMANTES - Ver também sistema nervoso - Indicações: páginas 51
(amêndoa), 98 (coco),135 (laranja),156 (maçã),179 (maracujá), 278 (mel).
. CALOR NOS OLHOS - Ver Olhos, inflamaçâo dfls
. CALO - Indicações: páginas 76 (caju),104 (tigo), 167 (mamão), 206 (noz).
. CALVÍCIE - Ver cabelo, queda de.
. CÂNCER - Indicações: páginas 147 (limão),167 (inamão), 216 (pêssego), 240
(uva).
. CANSAÇO, PARA COMBATER O - Indicação: páginas 24 (abacate), 289
(geléià real). Ver também tônicos.
. CARBÃNCULO - Indicação: página 221 (romã). Verfurúncufo.
. CARDÍACAS, DOENÇAS - Indicação: página 138 (lima).
. CARDÍACA, DEBH.IDADE - Indicações : página I 56 (maçã), 267 (meÞ), 289
(geléia real).
. CARDIALGIA - Ver coraçâo.
. CARDIOTãNICOS - Ver cardiaca, debilidade e coração.
. CÁRIE DENTÁRIA - Indicações: páginas 98 (coco),104 (figo),156 (maçã).
. CARMINATIVOS - Proceder como indicado em ilatulência.
. CASPA - Indicações: páginas 24 (abacate),104 (figo), lÓ9 (fruta-de-conde).
. CATARRO - Indicações: páginas 24 (abacate), 38 (abricó-do-pará), 45
(ameixa), 51 (amêndoa), 58 (amora), 76 (caju), 104 (figo), 156 (maçã), 174

ÍNDICE REMISSIVO 29%

(manga),184 (melancia),197 (morango), 240 (uva), 269 (mel).


. CATÁRTICOS - Indicação: página 109 (fruta-de-conde). Ver: purgativos.
. CEFALALGIA - Ver cabeça, dor de.
. CELÍACA, DOENÇA - Ver doença celiaca.
. CÉREBRO, DEBILIDADE DO - Ver cérebro, par-afoiruleccr- o.
. CÉREBRO, PARA FORTALECER O - Indicações: páginas 3 I (abacaxi),
45 (ameixa), 51 (amêndoa), 88 (castanha-do-pará), 156 (maçã), 206 (noz), 260
(lêvedo de cerveja), 280 (mel).
. CHAGAS - Indicações: páginas 69 (banana), 216 (pêssego), 254 (azeitona).Ver
eridas.
. CHUM O, INTOXICAÇÃO PELO - Indicação: página 254 (azeitona)
. CIÁTI A Proceder como indicado em nevralgia.
. CICATRIZANTES - Verferidas.
. CIRROSE HEPÁTICA - Indicações: páginas 147 (limão),189 (melão),184
(melancia), 240 (uva).
. CISTITE - Indicações: páginas 184 (melancia),189 (melão), 210, (pêra).
. CLOROSE - Indicação: página 206 (noz).
. COLAGOGOS - Indicações: páginas 216 (pêssego), 255 (azeitona), 282 (mel).
. COLELITÍASE - Indicações: pginas 147 (limão), 189 (melão), 225
(sapoti).Ver cálculo biliar.
. CÓLERA - Indicações: páginas 119 (goiaba),135 (laranja),156 (maçã), 255
(azeitona).
. CÓLICAS INTESTINAIS - Indicações: páginas 206 (noz), 221 (romã).
. CÓLICAS HEPÁTICAS - Verfigado, doenças do.
. CÓLICAS NEFRÍTICAS - Ver nefrolitiase e rins, doenças dos.
. COLITE - Indicações: páginas 69 (banana),105 (figo: enterocolites),109
(fruta-de-conde),156 (maçã),189 (melão), 255 (azeitona).
. CONGESTÃO CEREBRAL - Indicação: página 254 (azeitona).
. CONGESTÃO HEPÁTICA - Indicações: páginas 31 (abacaxi:fgado,
doenças do), 45 (ameixa:figado), 58 (amora: hepáticas, doenças),168 (mamão:
figado, doenças do), 240 (uva:figado, doenças do).
. CONJUNTIVITE - Indicações: páginas 156 (maçã), 206 (noz), 266 (mel).
. CONTUSÊES - Indicações: páginas 69 (banana),156 (maçã),174 (manga),
266 (niel).
. CONVULSÊES - Indicações: páginas 51 (amêndoa),109 (fruta-de-conde),
157 (maçã).
. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 45
(ameixa), 51 (amêndoa), 58 (amora), 69 (banana), 81 (caqui),104 (figo),112 (fruta-
pão), 125 (jaca) 135 (laranja), 156 (maçã), 167 (mamão), 184 (melancia), 189
(melão), 206 (noz), 212 (pêra), 216 (pêssego), 228 ((tamarindo), 240 (uva), 255
(azeitona), 260 (lêvedo de cerveja), 268 (mel) 293 (melado).
. COQUELUCHE - Indicações: páginas 91 (castanha-portuguesa),174 (man-
ga), 216 (pêssego), 280 (mel). Ver também tosse.
. CORAÇÃO, DOENÇAS DO - Indicações: páginas 51 (amêndoa),138 (lima),
147 (limão), 153 (maçã), 254 (azeitona), 267 (mel), 289 (geléia real).
<012>

e S AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

. CORAÇÃO, DOENÇAS DO - Indicações: páginas 51 (amêndoa),138 (lima),


147 (limão), 153 (maçã), 254 (azeitona), 267 (mel), 289 (geléia real).
. CORAÇÃO, DEBILIDADE DO - Ver cardiaca. debilidade.
. CORAÇÃO, DORES E PALPITAÇÊES NA REGIÃO DO - Indicações:
páginas 51 (amêndoa), 148 (limão), l57 (maçã).
. CORPO ESTRANHO NA GARGANTA - Indicação: página 255 (azeitona).
. CORDAS VOCAIS, DOENÇAS DAS - Indicação: página 58 (amora).
. CORRIMENTOS DO SIS'fEMA GÊNITO-URINÁRIO - Indicação:
página I 12 (fruta-pão).
. CRIANÇAS, PARA ENRIQUECER A ALIMENTAÇÃO DAS - Indica-
ções - página 88 (castanha-do-pará), 293 (melado).
. CUTÂNEAS, ERUPÇÊES - Indicação: página 255 (azeitona).
. DEBILIDADE - Indicação: páginas 45 (ameixa), 88 (castanha-do pará).
. DEBILIDADE GERAL - Indicações: páginas 109 (fruta-de-conde), 206
(noz), 248 (amendoim). Ver tônicos.
. DEBILIDADE PULMONAR- Ver tuberculose.
. DEMÊNCIA - Indicações: páginas 157 (maçã), 260 (lêvedo de cerveja).
. DENTES, DOENÇAS DOS - Indicação: página 206 [noz).
. DEPURATIVOS DO SANGUE - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 46
(ameixa), 98 (coco), 104 (figo), I35 (laranja), 157 (maçã), 212 (pêra), 216
(pêssego), 240 (uva).
. DERMATITE OU DERMITE - Indicações: páginas 125 (jaca),138 (lima),
206 (noz). Ver pele. doenças da:
. DERMATOSE- Indicações: paginas 125 (jaca), 206 (noz).
. DESNUTRIÇÃO - Indicações: páginas 38 [abricó-do-pará), 69 (banana), 88
(castanha-do-pará),110 (fruta-de-conde),138 (lima), 24R (amendoim).
. DESMINERALIZAÇÃO - Indicação: página 88 (castanha-do-pará).
. DETERGENTES, DETERSIVOS OU DETERSÓRIOS - Limpam a
superfície da pele, feridas, etc. Verferidas.
. DIABETE MELITO - Indicações: páginas 51 (amêndoa), 58 (amora),148
(limão), 157 (maçã),167 (mamão), 206 (noz), 2Í6 [pêssego).
. DIAFORÉTICOS - Ver suor.
. DIARRÉIA - Indicações: página 24 (abacate), 52 (amêndoa), 58 (amora), 69
(banana),91 (castanha-portuguesa),104(figo),110(fruta-de-conde),119(goiaba),
125 (jaca),148 (limão),157 (maçã),174 (manga),179 (maracujá),197 (morango),
201 [nêspera), 207 (noz), 221 (romã), 240 (uvaj, 255 (azeitona).
. DIÁTESE ÃRICA - Indicação: página 197 (morango).
. DIFTERIA - Indicações: páginas 31 (abacaxi),148 (limão),157 (maçã),167
(mamão), 22 Í (romã).
. DIGESTÃO, DISTÃRBIOS DA - Indicações: páginas 24 (abacate), 31
(abacaxi), 45 (ameixa), 81 (caqui), 92 (castanha-portuguesa), 105 (figo), 120
(goiaba),135 (laranja),148 (limão: gastrenterite),157 (maçã),167 (mamão),174
(manga), 184 (melancia), 197 (morango), 212 (pêra), 221 (romã:dispepsia), 240
(uva), 267 (mel), 289 (geléia real).
. DIGESTIVOS - Ver dispepsia.

ÍNDICE REMISSIVO 299

. DISENTERIA - Indicações: páginas 24 (abacate), 58 (amora), 69 (banana), 98


(coco), 105 (figo), 120 (goiaba), 148 (limão), 157 (maçã), 189 (melão), 207 (noz:
diarréia), 221 (romã), 228 (tamarindo), 240 (uva).
. DISMENORRÉIA - Indicaç6es: páginas 25 (abacate: menstruação escassa), 3 I
(abacaxi: mestruação, distúrhios da),179 (maracujá),189 (melo).
. DISPEPSIA - Indicações: páginas 24 (abacate), 81 (caqui), 105 (f"igo), 120
(goiaba),148 (limão),157 (maçã),167 (mamão),174 (manga),184 (melancia),197
(morango), 207 (noz), 221 [romã), 240 (uva), 255 (azeitona). Ver digestão, distúrhios
da.
. DIS RIA - Ver rins. doenças dos, ou hexiga. doenças da.
. DIU ESE - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 45 (ameixa), 52 (amêndoa), 58
(amora), 4 (carambola), 98 (coco), 105 (figo), 128 (jenipapo), 135 (laranja), 167
(mamão),174 (manga),198 (morango), 201 (nêspera), 212 (pêra), 224 (sapoti), 240
(uva).
. DIURÉTICOS - Ver rins, doenças dos. São diuréticos: chá de folha de abacate;
sucos de: abacaxi, caju, laranja, limão, maçã, melancia, melão, morango, pêssego,
tangerina, uva e água de coco.
. DOENÇA CELÍACA - Indicação: 69 (banana).
. DOR DE DENTE - Indicação: página 76 (caju).
. DORES DE CABEÇA - Indicações: páginas 24 (abacate), 135 (laranja).
. DORES EM GERAL - Indicação: página 216 (pêssego).
. DORES REUMÁTICAS - Indicações: páginas 216 (pêssego), 256 (azeitona).
. DUODENO, ÃLCERAS DO - Ver úlcera astr-oduodenal.
. ECZEMA - Indicações: páginas 24 (abacate), 52 (amêndoa), 76 (caju), 84
(carambola),167 (mamão), 240 (uva), 282 (mel), 289 (geléia real).
. EDEMA - Ver inchações.
. EMENAGOGOS - Indicação: página 179 (maracujá). Vermenstruação escassa.
. EMÉTICOS - Indicação: página 110 (fruta-de-conde).
. EMOLIENTES - Indicaçe: páginas 35 (abiu), 52 (amêndoa),184 (melancia),
189 (melão), 266 (mel).
. ENFARTE - Ver Coração. loenças do.
. ENJãO - Indicações: páginas 98 [coco),148 (limão).
. ENTERITE - Indicações: páginas 52 (amêndoa), 69 (hanana), 92 (castanha-
portuguesa), 98 (coco),120 (goiaba),128 (jenipapo), 268 (mel).
. ENTEROCOLITE - Ver colite.
. ENURESE - Indicações: páginas 117 (goiaba), 274 (mel).
. ENURESE INFANTIL - Indicações: páginas 117 (goiaba), 274 (mel).
. ENVENENAMENTO - Indicações: páginas 148 (limão: por soda e potassa), ?55
(azeitona : pelo chumbo).
. ENXAQUECA - Indicações: páginas 138 (lima), 148 (limão). Ver também
caheça, dor de.
. ERISIPELA - Indicações: páginas 179 (maracujá),184 (melancia), <55 (azeito-
na).
. ERUCTAÇÃO - Indicações: páginas 24 (abacate: flatulência), 138 (lima) I 68
(mamão),184 (melancia), 240 (uva).
<012>

300 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

. ERUPÇÊES CUTÂNEAS - Indicações: páginas 34 (abiu), 216 (pêssego), 255


(azeitona); ver tambémfurúnculos.
. ESCARLATINA - Indicações: páginas 105 (figo), 255 (azeitona).
. ESCARRO S ANfJÍNEO - Ver tuberculose.
. ESCORBUTO - Indicações: páginas 76 (caju),120 (goiaba),135 (laranja),138
(lima),14R (limão), I74 (manga); 231 (tangerina).
. ESCROFULOSE - Indicações: páginas 69 (banana),105 (figo),135 (laranja),

2O7 (nOz).
. ESCROFUI.ODERMA - Indicação: página 105 (figo).
. ESFOLADÃRAS - Verferidas.
. ESGOTAMENTO NERVOSO - Indicação: página 289 (geléia real). Ver
estresse.
. ESPASMOS - Ver cãibras e convulsões.
. ESPLENITE - Ver baço, doenças do.
. ESTERILIDADE - Indicação: página 206 (noz: antiestéril)
. ESTIMULANTES - Ver tônicos.
. ESTOMACAIS - Ver eupépticos.
. ESTãMAGO, DOENÇAS DO - Indicações: páginas 25 (abacate), 70 (banana),
157 (maçã),168 (mamão),174 (manga),184 (melancia),190 (melão).
. ESTãMAGO, DORES NO - Ver úlcera gastroduodenal e gastrite.
. ESTãMAGO, PARA FORTALECER O - Indicações: páginas 98 (coco),110
(fruta-de-conde),114 (fruta-pão).
. ESTOMÁQUICOS - Ver dispepsia.
. ESTOMATITE - Indicações: páginas 25 (abacate),105 (figo),148 (limão), 201
(nêspera), 255 (azeitona).
. ESTRANCÃRIA - Indicação: página 255 (azeitona).
. ESTRESSE - Indicações: páginas 25 (abacate), 52 (amêndoa: sistema nervoso),
136 (laranja: sistema nen,oso),157 (maçã),168 (mamão),179 (maracujá), 207 (noz),
275 (mel), 289 (geléia real).
. EUPÉPTICOS - Ver Dispepsia.
. EXANTEMA - Indicações: páginas 105 (figo),122 (jaca),169 (mamão), 282
(mel: doenças eruptivas).
. EXPECTORAÇÃO - Indicações: páginas 105 (figo),125 (jaca),174 (manga).
. FADIGA - Indicações: páginas 260 (lêvedo de cerveja), 275 (mel). Ver também
tônicos.
. FARINGITE - Indicações: páginas 148 (limão),157 (maçã), 264 (mel).
. FEBRE - Indicações: páginas 38 (abricó-do-pará) 58 (amora), 84 (carambola), 98
(coco), ? 3 5 (laranja),138 (lima),148 (limão),157 (maçã),174 (manga),184 (melancia),
190 (melão),198 (morango), 207 (noz), 22l(romã), 224 (sapoti), 228 (tamarindo), 240
(uva), 256 (azeitona).
. FEBRE INTESTINAL - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 45 (ameixa), 212
(pêra).
. FEBRE TIFÓIDE - Indicações: páginas 105 (figo),138 (lima),190 (melão).Ver
tifo.
. FERIDAS - Indicações: páginas 58 (amora), 70 (banana), 76 (caju),105 (figo),

úvDlcE REMlssrvo 30l

148 (limão), I58 (maçã), l68 (mamão), 207 (noz), 216 (pêssego), 256 (azeitona), 265
(mel).
. FERIMENTOS. Indicações: páginas 184 (melancia), 256 (azeitona). Verferidas.
. FERMENTAÇÃO GASTRINTESTINAL - Indicações: páginas 120 (goiaba),148
(limão,240 (uva), 267 (mel).
_. 'ERVOR DO SANGUE - Ver eczema.
.FÍGADO, DOENÇAS DO - Indicações: páginas 25 (abacate), 31 (abacaxi), 45
(ameixa), 5R (amora), 70 (banana), 81 (caqui), 92 (castanha-portuguesa),105 (figo),148
(limão), 158 (maçã), 168 (mamão), 190 (melão), 198 (morango), 216 (pêssego), 228
(tamarindo), 240 (uva), 256 (azeitona), 289 (geléia real). Ver também hepatite e
hepática,
insuficiênc:iú.
. FLATUI.ÊNCIA - Indicações: páginas 25 (abacate),140 (lima),158 (maçã),168
(mamão), 1 H4 (melancia), 240 (uva).
. FLEGMtlO OU FI.EIMÃO - Proceder como indicado em inflamações.
. FLO GOSE - Ver inf7umação.
. FLORES BRANCAS - Ver leucorréia.
. FORTIFICANTES - Ver tônicos.
. FRAQUEZA GERAL - Indicação: página 45 (ameixa).Ver tônicos.
. FRIEIRA - Indicações: páginas 52 (amêndoa), 207 (noz), 266 (mel).
. FURÃNCULO - Indicações: páginas 112 (fruta-pão), 260 (lêvedo de cerveja), 266
(mel).
. GARGANTA, DOENÇAS DA - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 105 (figo),158
(maçã),184 (melancia), 207 (noz), 221 (romã), 256 (azeitona). Ver amigdalite.
. GARGANTA MUCOSIDADES DA - Indicação: página 190 (melão).
. GASES INTESTINAIS - Indicações: páginas 25 (abacate),184 (melancia), 240
(uva). Verflatulência.
. GASTRALGIA - Ver estômago, dor no.
. GASTRENTERITE - Indicações: páginas 52 (amêndoa), 58 (amora),120 (goiaba),
148 (limão),190 (melão). Ver também enterite.
. GASTRINTESTINAIS, DOENÇAS - Indicações : páginas 174 (manga), 221 (romã).
. GASTRITE - Indicações: páginas 52 (amêndoa),168 (mamão),190 (melão).
. GENGIVA ABSCESSOS DA - Indicação: página 105 (figo).
. GENGIVITE - Indicações: páginas 58 (amora),174 (manga), 207 (noz), 221 (romã:
gengivas, parafortalecer as), 256 (azeitona).
. GENITO-URINÁRIAS, DOENÇAS - Indicação: página 222 (romã).
. GESTAÇÃO, DIETA NA - Indicação: página 88 (castanha-do-pará). São também
indicados a amêndoa, a banana e o caqui. Ver anemia.
. GOLPES - Ver contusões.
. GONORRÉIA - Ver blenorragia.
. GOTA - Indicações: páginas 25 (abacate: reumatismo), 38 (abricó-do-pará), 45
(ameixa), 58 (amora), 70 (banana), 92 (castanha-portuguesa),148 (limão) ,158
(maçã),179
(maracujá),184 (melancia),190 (melão),198 (morango), 207 (noz), 216 (pêssego), 231
(tangerina), 240 (uva), 256 (azeitona), 282 (mel: reumatismo).
. GRAVIDEZ, DIETA NA - Ver gestação, dieta na.
. GRAVIDEZ, TRANSTORNOS DA - Indicação: página 158 (maçã).
. GRETADURAS - Indicações: páginas 52 (amêndoa), 248 (amendoim: lábios,
<012>

3OZ AS FRCiTAS No\ MEDICINA NATURAL

,gretaduras dos), 282 (mel).


. GRIPE - Indicações: páginas 77 (caju),136 (laranja), I48 (limão),168 (mamão),
289 (geléia real).
. HELMINTOS - Ver ver-mifugos.
. HEMOFILIA - Indicação: página 216 (pêssego).
. HEMOPTISE - Ver tuherrulose.
. HEMORRAGIA - Indicações: páginas 105 (figo),120 (goiaba), 201 (nêspera),
217 (pêssego).
. HEMORRÓIDAS - Indicações: páginas 45 (ameixa), 52 (amêndoa), 58 (amora),
70(banana),158(maçã),179(maracujáj,190(melão),207(noz),222(romã),240(uva),
248 (amendoim), 279 (mel: proceder como indicado emprisão de ventre) 289 (geléia
real).
. HEMOSTÁTICOS - Ver hemorragia.
. HEPATITE - Indicação: página 190 (melão).
. HEPÁTICAS, DOENÇAS - Indicação: página SR (amora).
. HEPÁTICA, INSUFICIÊNCIA - Indicações: páginas 190 (melão), 241 (uva).
. HÉRNIA - Indicação: página 114 (fruta-pão).
. HERPES - Indicação: página 217 (pêssego).
. HIDROPISIA - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 70 (banana),105 (figo),128
(jenipapo),149 (limão).
. HIDROPISIA RENAL - Indicação: página 31 (abacaxi), 256 (azeitona).
. HIPERCLORIDRIA - Indicações: páginas 140 (lima),158 (maçã).
. HIPERTENSÃO ARTERIAL - Indicações: páginas 38 (abricó-do-pará), 58
(amora),149 (limão),184 (melancia), 212 (pêra), 217 (pêssego), 256 (azeitona), 267
(mel), 289 (geléia real).
. HIPOCONDRIA - Indicações: páginas 45 (ameixa),158 (maçã), 289 (geléia
real).
. HIPOTENSÃO ARTERIAL - Indicação: página 289 (geléia real).
. HISTERIA - Indicações: páginas 136 (laranja),179 (maracujá).
. ICTERÍCIA - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 70 (banana), 77 (caju), 158
(maçã),168 (mamão),190 (melão),198 (morango), 207 (noz), 241 (uva), 248 (amen-
doim), 289 (geléia real).
. IMPALUDISMO - Indicações: páginas 58 (amora),149 (limão). Usartambém o
chá das folhas da pitangueira para a febre.
. IMPUREZAS DO SANGUE - Ver depurativos do sangue.
. INAPETÊNCIA = Indicações: páginas 31 (abacaxi), 52 (amêndoa), 97 (coco:
apetite,falta de), 135 (laranja: apetite, para abrir o), 190 (melão), 212 (pêra), 225
(sapoti), 241 (uva), 289 (geléia real).
. INCHAÇÊES, IN CHAÇOS OU EDEMAS - Indicações: páginas 52 (amêndoa),
105 (figo),120 (goiaba),128 (jenipapo),168 (mamão).
. INCONTINÊNCIA DA URINA - Indicações: páginas 120 (goiaba), 274 (mel:
enur-ese infantil).
. INDIGESTÃO - Indicação: página 207 (noz).
. INFARTO DO MIOCÁRDIO - Ver coração, doenças do.

ÍNDICE REMISSIVO 3U3

. INFECÇÊES EM GERAL - Indicações: páginas 140 (lima),149 (limão), 231


(tangerina) 290 (geléia real).
. INFLAMAÇÊES, PARA COMBATER - Indicações: páginas 24 (abacate), 35
(abiu), 51 (amêndoa), 70 (banana), 98 (coco),105 (figo),149 (limão) 167 (mamão).
. INFLUENZA - Indicação: página 168 (mamão).
. INSãNIA - Indicações: páginas 70 (banana), 179 (maracujá), 207 (noz), 278
(mel), 290 (geléia real).
. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA - Ver cardiaca, dehilidade.
. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA - Indicação: página 241 (uva). Ver hepática,
insuficiência.
. INTESTINAL, ATONIA - Indicação: página 190 (melão).
. INTESTINOS - Verfebre intestinal.
. INTESTINO, INFLAMAÇÃO DO - lndicações: páginas 98 (coco),158 (maçã),
168 (mamão),1R4 (melancia), 22R (tamarindo), 241 (uva), 260 (lêvedo de cerveja).
. INTESTINO, PARA FORTALECER O - Ver estômago.
. INTESTINOS, DOENÇAS DOS - Ver constipação intestinal.
. INTOXICAÇÃO - Indicação: página 241 (uva). Ver depurativos do sangue.
. IRRITAÇÃO CUTÂNEA - Indicação: página 52 (amêndoa: eczema).
. IRRITAÇÃO NERVOSA - Ver estresse.
. LÁBIOS GRETADURA DOS - Indicações: páginas 248 (amendoim), 282 (mel).
. LACTAÇÃO, DIETA NA - Indicação: página 88 (catanha-do-pará).
. LACTÍGENOS - Indicação: página 207 (noz).
. LARINGITE - Indicações: páginas 168 (mamão), 269 (mel). Proceder, também,
como indicado emfaringite.
. LAXANTES - Indicações: páginas l36 (laranja), 168 (mamão), 207 (noz), 217
(pêssego), 228 (tamarindo), 256 (azeitona).Ver constipação instestinal.
. LEITE, PARA ESTIMULAR A PRODUÇÃO DE - Ver lactigenos.
. LEPRA - Indicação: página 77 (caju).
. LEUCEMIA LINFÁTICA - Indicação: página 290 (geléia real).
. LEUCORRÉIA - Indicações: páginas 52 (amêndoa),114 (fruta-pão),140 (lima),
190 (melão), 207 (noz), 22? (romã), ?56 (azeitona).
. LINFADENOPATIA - Ver linfatismo.
. LINFATISMO - Indicações: páginas 149 (limão), 207 (noz).
. LÍNGUA, DOENÇAS DA - Indicação: página 59 (amora). Ver também afta.
. LITÍASE (cálculos em geral) - Indicações: páginas 197 (morango: cálculos
biliários), 241 (uva). Ver também nefi-olitíase (cálculos renais) e cálculo biliar.
. LOMBRIGAS - Ver i,erminose.s.
. LONGEVIDADE, PARA PROMOVER A - Indicação: página 290 (geléia real).
. MACHl TCADURAS - Ver contusões.
. MALÁRIA - Indicação: página 59 (amora). Ver impaludismo.
. MANCHAS NA PELE - Ver pele, para a beleza, ou manchas e rugas da.
<012>

.AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

. MANCHAS DO ROSTO - Indicação: página 248 (amendoim)


. MELANCOLIA - Indicações: páginas 184 (melancia), 290 (geléia real). Ver
também cée-ebro, parafortalecer o.
. MEMÓRIA, PERDA DE - Indicações: páginas 31 (abacaxi), 46 (ameixa), 261
(lêvedo de cerveja), 290 (geléia real).
. MENOPAUSA, DISTÃRBIOS DA FASE DA - Indicações: páginas 190 (melão),
290 (geléia real).
. MENORRAGIA - Indicação: página 222 (romã). Ver menstruaçâo excessiva.
. MENSTRUAÇÃO, DISTÃRBIOS DA - Indicações: página 25 (abacate), 31
(abacaxi),179 (maracujá: menstruação, para restuarar ofluxo da),190 (melão), 207
(noz), 217 (pêssego). Ver também menstruação dolorosa, menstruação, escassa, mens-
truação exc essii,a.
. MENSTRUAÇÃO DOLOROSA - Ver dismercorréia.
. MENSTRUAÇÃO ESCASSA - Indicações: páginas 25 (abacate), 31 (abacaxi:
menstcuação, dislcírhios da),179 (maracujá: encectugogo).
. MENSTRUAÇÃO EXCESSIVA - Indicação: página 222 (romã).
. MENTAIS, DOENÇAS - Indicação: página 261 (lêvedo de cerveja). Ver
demênc ia.
. MENTE - Ver cérebro, parafortalecer o.
. METRITE - Ver útero, doenças do.
. METRORRAGIA - Indicações: páginas 105 (figo),120 (goiaba), 222 (romã).
. MICÇ.O, ARDOR À - Ver cistite e diurese.
. MORDEDURAS VENENOSAS - Verpicadas venenosas.
. MUCO - Ver catai-ro.
. MUCOSIDADES - Ver catarro.
. MUSCULARES, DORES - Indicação: página 256 (azeitona).
. NARIZ ENTUPIDO - Indicação: página 269 (mel).
. NAÃSEAS - Indicações: páginas 98 (coco),149 (limão).
. NEFRITE - Indicações: páginas 31 (abacaxi: rins doenças dos), 46 (ameixa),70
(banana),149 (limão),190 (melão), 212 (pêra: rins, doenças dos), 241 (uva).
. NEFROLITÍASE - Indicações: páginas 32 (abacaxi), 52 (amêndoa),106 (figo),
149 (limão),158 (maçã),190 (melão), 212 (pêra), 271 (mel).
. NERVOS, DEBILIDADE DOS - Indicações: páginas I58 (maçã),168 (mamão).
Ver sistema nervoso.
. NERVOSO, ESGOTAMENTO - Indicação: página 290 (geléia real).
. NERVOSO, SISTEMA - Indicações: páginas 52 (amêndoa), 290 (geléia real). Ver
sistema nérvoso.
. NERVOSISMO - Indicação: página 290 (geléia real). Proceder como indicado em
stresse.
. NEVRALGIAS - Indicações: páginas 25 (abacate), 52 (amêndoa), 70 (banana:
neuralgia),136 (laranja),149 (limão).
. NEURASTENIA - Indicaçãq: página 136 (laranja). Ver também estresse e sistema
nervoso.
. NEURITE - Indicações: páginas 140 (lima), 231 (tangerina), 261 (lêvedo de
cerveja).

ÍNDICE REMISSIVO 3OS

. NEUROPSICOSES - Indicação: página 290 (geléia real).


. NEUROSES - Indicação: página 290 (geléia real).
. OBESIDADE - Indicações: páginas 70 (banana),158 (maçã),185 (melancia),
190 (melão), 261 (lêvedo de cerveja). Refeições exclusivas de frutas frescas são,
em geral, indicadas contra a obesidade.
. OLHOS, INFLAMAÇÊES DOS - Indicações: páginas 125 (jaca), 158
maçã), 207 (noz), 231 (tangerina; olhos, debilidade dos), 281 (mel).
. OOFORITE - Ver ovários, doenças dos.
. OSSOS, INFLAMAÇÊES DOS - Indicação: página 59 (amora).
. OTALGIA - Indicações: páginas 35 (abiu), 52 (amêndoa), 248 (amendoim),
256 (azeitona).
. OTITE - Indicações: páginas 35 (abiu), 256 (azeitona).
. OUVIDO, DORES DO - Ver Otalgia.
. OVÁRIOS, DOENÇAS DOS - Indicações: páginas 190 (melão), 290 (geléia
real).
. PALPITAÇÊES DO CORAÇÃO - Ver coração, dores e palpitações na
região do.
. PALUDISMO - Ver impaludismo.
. PANOS - Verpele, para a beleza da, ou manchas e rugas da.
. PARALISIA - Indicações: páginas 70 (banana), 261 (lêvedo de cerveja).
. PARKINSON, DOENÇA DE (OU MAL DE) - Indicação: página 290 (geléia
real).
. PEDRAS NOS RINS - Ver nefrolitlase.
. PEDRAS NA VESÍCULA - Ver colelitiase.
. PEITORAIS - Ver respiratórias, vias afecçôes das.
. PELAGRA - Indicações: páginas 46 (ameixa),140 (lima), 248 (amendoim),
261 (lêvedo de cerveja).
. PELE, DOENÇAS DA - Indicações: páginas 25 (abacate), 35 (abiu), 39
(abricó-do-pará), 53 (amêndoa; manchas dapele), 98 (coco),106 (figo),140 (lima),
158 (maçã),168 (mamão; manchasdapele),185 (melancia), 207 (noz), 290 (geléia
real).
. PELE, PARA A BELEZA DA, OU MANCHAS E RUGAS DA-
Indicações: páginas 25 (abacate), 52 (amêndoa), 98 (coco),106 (figo),149 (limão),
168 (mamão), 248 (amendoim), 256 (azeitona).
. PERNEIRA - Ver beribéri.
. PÉS, INCHAÇÃO DOS - Indicações: páginas 120 (goiaba),168 (mamão).
. PICADAS VENENOSAS - Indicações: página 84 (carambola).
. PICADURAS DE INSETOS - Indicação: página 106 (figo).
. PIELONEFRITE - Indicação: página 212 (pêra).
. PIORRÉIA - Indicações: páginas 39 (abricó-do-pará),149 (limão).
. PIREXIA - Verfebre.
. PIROSE - Indicações: páginas 53 (amêndoa), 81 (caqui),149 (limão). Ver
azia, acidez gástrica.
. PLETORA - Ver hipertensão arterial.
. PLEURISIA - Indicação: página 59 (amora).
<012>

306 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

. PNEUMONIA - Indicações: págmas 35 (abiu), 53 (amêndoa), 70 (banana),136


(laranja),158 (maçã).
. PODAGRA - Ver gota.
. POLINEURITE - Ver neurite.
. POLIOMIELITE - Indicação: página 70 (banana).
. PRESSÃO ALTA - Ver hipertensão arterial.
. PRESSÃO ARTERIAL - Indicação: página 290 (geléia real).
. PRISÃO DE VENTRF (constipação intestinal) - Indicações: páginas 32
(abacaxi), 46 (ameixa), 50 (amêndoa), 59 (amora), 79 (caqui),104 (figo),114 (fruta-pão),
125 (jaca),136 (laranja),158 (maçã),168 (mamão),185 (melancia),191 (melão), 207
(noz), 212 (pêra), 228 (tamarindo), 241 (uva), 256 (azeitona), 260 (lêvedo de cerveja),
279 (mel).
. PRÓSTATA, DOENÇAS DA - Indicações: páginas 32 (abacaxi),185 (melancia),
191 (melão).
. PSORÍASE - Indicação: página 77 (caju). Ver também pele, doenças da.
. PULMÊES, DOENÇAS DOS - Indicações: páginas 35 (abiu), 217 (pêssego), 241
(uva). Ver também hronquite, catar-r-o, pneumonia e tuherculose.
. PURGATIVOS - Indicações: páginas 59 (amora),129 (jenipapo). Proceder como
mdicado em ionstipaçâo intestinal.
. PÃSTULA - Verfurúnculos.
. PÃSTULA MALIGNA - Ver,furúnculos. Proceder como ali indicado.
. QUEIMADURAS - Indicações: páginas 71 (banana), 256 (azeitona), 279 (mel).
. QUISTO - Ver tumor-es.
. RAQUITISMO -Indicações: páginas 39 (abricó-do-pará),140 (lima), 207 (noz),
256 (azeitona), 279 (mel).
. RECONSTITUINTES - Ver tônicos.
. RESFRIADO - Indicações: páginas 46 (ameixa),136 (laranja),149 (limão),158.
(maçã), 269 (mel).
. RESPIRATÓRIAS, VIAS, DOENÇAS DAS - Indicações: páginas 46 (ameixa),
53 (amêndoa), 81 (caqui), 92 (castanha-portuguesa), 98 (coco),106 (figo),136 (laranja),
158 (maçã), I68 (mamão), 174 (manga), 185 (melancia), 208 (noz), 269 (mel), 290
(geléia real). Ver também asma, hronquite, catarro, pneumonáa, tuberculose, etc.
. RETENÇÃO DA URINA -Ver diuréticos.
. RETITE - Ver colite.
. REUMÁTICAS, DORES - Indicações: páginas 53 (amêndoa),114 (fruta-pão),
159 (maçã), 256 (azeitona).
. REUMATISMO - Indicações: página s 25 (abacate), 32 (abacaxi), 46 (ameixa), 53
(amêndoa), 59 (amora), 77 (cajuj, 114 (fruta-pão), 149 (limão), 159 (maçã), 169
(mamão),185 (melancia),191 (melão),198 (morango), 217 (pêssego), 232 (tangerina),
241(uva), 257 (azeitona).
. RINS, CÓLICAS DOS - Indicação: página 257 (azeitona).
. RINS, DOENÇAS DOS - Indicações: páginas 25 (abacate), 32 (abacaxi), 46
(ameixa), 53 (amêndoaj, 71 (banana), 106 (figo), 114 (fruta-pão), 140 (lima), 149

ÍNDICE REMISSIVO

(limão),159 (maçã),169 (mamão),185 (melancia),191 (melão),198 (morango), 212


(pêra), 241 (uva).
. ROUQUIDÃO - Indicações: páginas 25 (abacate), 59 (amora),159 (maçã),169
(mamão), 269 (mel).
. RUGAS - Verpele, para beleza da, ou manchas e rugas da.
. SANGUE, DEPURATIVOS DO - Indicações: páginas 32 (abacaxi), 46 (ameixa).
. SANGUE, ESCARROS DE - Ver tuherculose.
. SANGUE IMPURO - Ver depurativos do sangue.
. SARAMPO - Proceder como indicado em infecções em geral.
. SARNA - Indicações: páginas 174 (manga), 257 (azeitona).
. SEDATIVOS - Ver calmantes.
. SÍFILIS - Indicações: páginas 77 (caju),129 (jenipapo),159 (maçã), 208 (noz).
. SISTEMA NERVOSO, PARA FORTALECER O - Indicações: páginas 53
(amêndoa),136 (laranja), 208 (noz).
. SINUSITE - Indicações: páginas 159 (maçã), 279 (mel).
. SOLITÁRIA - Ver tenifugos.
. SOLUÇO - Indicação: página 149 (limão).
. SONÍFEROS - Ver Insônia.
. STRESS - Ver Estresse.
. SUDAÇÊES PROFUSAS - Indicação:página 159 (maçã).
. SUDORÍFICOS - Ver suor.
. SUOR, PARA ESTIMULAR A PRODUÇÃO DE. Indicações: páginas 106
(figo),179 (maracujá).
. SUPRARRENAIS, DOENÇAS DAS GLÂNDULAS - Indicação: página 290
(geléia real).
. TENÍFUGOS - Indicações: páginas 99 (coco),191(melão: solitária),198 (moran-
go: solitária), 208 (noz: tênia), 222 (romã: teniase).
. TIFO - Indicações: páginas 106 (figo),140 (lima),149 (limão).
. TINHA - Indicação: página 208 (noz).
. TIREÓIDE, DOENCAS DA GLÂNDULA - Indicação: página 290 (geléia real).
. TÍSICA - Ver tuher-culose.
. TãNICOS - Indicações: páginas 46 (ameixa), 53 (amêndoa), 88 (castanha-do-pará),
110 (fruta-de-conde), 257 (azeitona), 280 (mel).
. TãNICOS CEREBRAIS - Ver cérebro. parafortalecer o.
. TOSSE - Indicações: páginas 25 (abacate), 46 (ameixa), 53 (amêndoa), 59 (amora),
99 (coco),106 (figo),125 (jaca),159 (maçã),169 (mamão),174 (manga), 208 (noz), 217
(pêssego), 280 (mel).
. TOSSE COMPRIDA - Ver coqueluche.
. TRANSPIRAÇÃO - Ver suor.
. TRAQUEÍTE - Indicação: página 169 (mamão).
. TUBERCULOSE - Indicações: páginas 39 (abricó-do-pará), 71 (banana), 81
(caqui), 88 (castanha-do-pará), 120 (goiaba), 149 (limão), 169 (mamão), 175
(manga), 208 (noz), 217 (pêssego), 241 (uva), 248 (amendoim), 257 (azeitona), 269
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

(mel: doenças das vias respiratórias), 290 (geléia real).


. TUBERCULOSE DOS OSSOS = Indicação: página 208 (noz).
. TUMORES - Indicações: páginas 39 (abricó-do-pará), 59 (amora), 232 (tangeri-
na), 265 (mel).
. ULCERAÇÃO - Indicações: páginas 77 (caju),129 (jenipapo),149 (limão), 169
(mamâo), 208 (noz).
. ÃLCERAS CANCEROSAS - Indicação: página 217 (pêssego).
. ÃLCERA DO ESTãMAGO OU DO DUODENO - Ver úlcera gastroduodenal.
. ÃLCERA GASTRODUODENAL - Indicações: páginas 53 (amêndoa), 99 (coco),
140 (lima),169 (mamão), 257 (azeitona), 281 (mel), 290 (geléia real).
. URETRA, DOENÇAS DA - Indicação: página 32 (abacaxi).
. URETRITE - Indicação: página 191 (melão).
. URINÁRIAS, DOENÇAS DAS VIAS - Indicações: páginas 46 (ameixa), 53
(amêndoa), 59 (amora),159 (maçã),185 (melancia),191 (melão), 241 (uva). Vertambém
rins, doenças dos e bexiga, doenças da.
. URINAR, ARDOR AO - Indicação: página 257 (azeitona). Ver bexiga, doenças
da.
. ÃTERO, DOENÇAS DO - Indicações: páginas 191 (melão), 208 (noz).
. ÃTERO, HEMORRAGIA DO - Ver metrorragia.
. ÃTERO, PROLAPSO DO - Indicação: página 222 (romã).
. VARÍOLA - Indicação: página 282 (mel).
. VARIZES - Indicação: página 290 (geléia real).
. VASCULARES, DOENÇAS - Indicação: página 290 (geléia real).
. VERMINOSES OU VERMÍF'UGOS - Indicações: páginas 25 (abacate), 39
(abricó-do-pará), 53 (amêndoa), 59 (amora), 99 (coco),106 (figo),169 (mamão),175
(manga),179 (maracujá),198 (morango), 208 (noz), 217 (pêssego), 222 (romã). 228
(tamarindo), 257 (azeitona).
. VERRUGAS - Indicações: páginas 77 (caju),106 (figo),169 (mamão), 208 (noz).
. VESÍCULA BILIAR, DOENÇAS DA - Indicação: página 106 lfigo).
. VESÍCULA, CÁLCULOS DA - Indicações: páginas 149 (limão),159 (maçã), 290
(geléia real). Ver cálculos biliários.
. VIDA, PARA PROLONGAR A - Indicação: página 290 (geléia real).
. VãMITOS, PARA PROVOCAR - Ver eméticos.
. VãMITOS DE GRAVIDEZ - Indicação página 129 (jenipapo).

Bilbliografia

ALCOVER, Blas Garcia. Medicina herbaria. México, Editorial


Pax - México S. A.
ALFRANCA, Demetrio Laguna. Alimentate y cúrate con la
fruta. Barcelona, Editorial Sintes,1959, 2á Edição.
BERTOTTO, Julio Cesar. Flora medicinal- plantas medicinales
de todas las regiones del mundo. Buenos Aires, Edito Arenarial,
1964, 3á Edição.
BIRCHER-BENNER, Max e Bircher Edwin Max. Alimentos
solares -frutas y verduras crudas. Buenos Aires, Orientación
Integral Humana S. de R. Ltda,1943,12á Edição.
BOMPARD, Pierre. Los grandes remedios vegetales. México,
Editorial Divulgación,1955.
CABRERA, Luis G. Plantas curativas de México. México,
Editorial Ciceron,1958, 5á Edição.
CAPO, Nicolas. Observaciones clinicas sobre el limón el ajo y
ç
la cebolla. Buenos Aires, Editorial Kier,1958,12 Edi ão.
CAPO, Nicolas. Trofologia práctica y trofoterapia. Barcelona,
Librería Sintes,1926.
COINTE, Paul Le. Árvores e plantas úteis.

p,
Rio de Janeiro, Com anhia Editora Nacional 1947 2 Edi ão.
CRUZ, G. L. Dicionário de plantas úteis do Brasil. Rio de
Janeiro, Editora Civilização Brasileira,1982.
D'AMBROSIO, Domingos. Viva 200 anos. São Paulo, Tip.
Linotipo,1948.
<012>

FEIJÃO, Raul D'Oliveira. Medicina pelas plantas. Lisboa,


Livraria Progresso Editora,1957, 4á Edição.
FRANCO, Guilherme. Tabela de composiçâo quimica dos
alimentos. Rio de Janeiro, 2á Edição.
FRANCO, Guilherme. Tabela do teor vitaminico dos alimentos.
Rio de Janeiro, 1956, 2á Edição.
GRANATO, Lourenço. A conquista da saúde pelas frutas e pelo
mel. São Paulo, Sítios e fazendas.
HÉRAUD, A. Noveau dictionnaire des plantes médicinales.
a
Paris, Librairie J. B. Bailliere et Fils,1949, 7- edi ão.
HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias tóxicas e medicinais.
S.Paulo-Rio, Graphicars,1939.
KRAUSE, M.V. e MAHAN, L. K. Alimentos, nutrição e
dietoterapia. São Paulo, Livraria Roca,1985.
LEFÔVRE, Virginia. Comer para viver. São Paulo, Editora
Anchieta S .A. ,1945.
MANFRED, Leo. Siete mil recetas botanicas a base de mil
tr-escientas plantas medicinales. Buenos Aires, Editorial Kier,
1947.
MIRA, M. Ferreira. Vitaminas. Lisboa, Edições Cosmos, 1943.
MITCHELL e cols. Nutrição. Rio de Janeiro, Interamericana,
1978.
MORAES, Deodato de. Alimentação. São Paulo, Edições
Melhoramentos.
OCHOA, Teofilo Luna. Elpoder curativo de lasfrutas. Cuzco,
Editorial H. G. Rozas S.A.1955, lá Edição.
PARKER, Jean. Los grandes remedios naturales. México,
Editorial Divulgación,1954.
PENNA, Meira. Dicionário brasileiro de plantas medicinais.
Rio de Janeiro, Oficinas Graficas de "A Noite",1941.
QUER, Pio Font. Plantas Medicinales. Barcelona, Editorial
Labor, S. A. 1961,1 Edição.
RIBEIRO, FONSECA. Vitaminas. São Paulo, Edições
Melhoramentos,1950, 2á Edição revista e ampliada.
SANCHEZ, Rosarió e Cabal, Fermim. Naturalismo moderno e
integral. Madrid, Cabal,l977.
TEASDALE, G. A natureza cura. São Paulo, E.M.V.P.,1988.
VNDER, Adrián. Vitaminas, salud, energia y vigor por la
alimentución. Barcelona, Ediciones Adrián Van Der Put,1966.

NOSSAS INSTITUIÇÊES NO BRASIL

' aa a c de uca
cda ex cc a atcoega, u uiáa .
icc de
. i Cie

Edições Vida Plena

Ver relação de representantes nas próximas páginas.

Redação e Gráfica - Rua Flor de Cactus 140.


CEP 08570-970 - Itaquaquecetuba, SP.
464-3888 - FAX 464-3922

lospital Naturista

Hospital Oásis Paranaense - Caixa Postal 48


CEP 83503-080 - Botiatuva - Almirante Tamandaré - PR
(041) 757-1309 e 757-1264.

Consultórios médicos (consultas de medicina


natural e nutrição) e atendimento odontológico

Braslia - Av. WS SGAN Q. 914, L. B, Asa Norte, DF.


(061) 272-0848 - FAX 272-0497.
Recife - Av. Norte, 3028.
ee (OS 1 ) 241-2075.
Rio de Janeiro - Rua Barbosa, 230.
e (021 ) 269-6249.
<012>

j1Z AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL

São Paulo - Rua Amaro B. Cavalcanti, 640.


(O11) 294-6794.
- Rua Tobias Barreto, 809.
(O11) 93-6452.

Restaurantes Naturistas

Bras7ia - Restaurante Vegetariano Boa Saúde


SRTN - Edifício Brasília - Rádio Center - Bloco P, Loja 128 - Av.
W3 Norte, 702 - DF.
(061 ) 226-7459.

Recife - O mesmo endereço e telefone do consultório.

São Paulo - Os mesmos endereços e telefones dos consultórios.


Escolas de Primeiro e Segundo Graus (Rede
Isaac Newton)

São Paulo - Rua Major Boaventura,197. (O11) 958-5558.


- Rua Amaro B. Cavalcanti, 640. (Ol 1) 941-5057.

uquiá (SP) - R. Koey Maejo, 372 - Estação.

313

Endereços de nossos representantes

SEDE EM BRASÍLIA, DF - CEP 70790-140 - Asa Norte, DF- Av. W5 SGAN


Q.914 L. B-C.P. 03717 - (061) 272-0848 e 272-0497 (FAX)
SEDE EM SÃO PAlILO, SP - CEP 03176-000 - Belém, São Paulo, SP- Rua
Tobias Batreto, 809- C.P. i8723 - (O11) 93-6452 e 292-0690 (FAX)
Representante na Amazônia Ocidental - CEP 78958-000 - Ji-Paraná, RO- R. São
Luis, 75 N 3 - Bairro Nova Braslia- C.P. 58 - e (069) 421-1836.
Representante na Arnazônia - CEP 66085-310 - Belém, PA - Av Marquês de
Herval, 911- Pedreira - C.P.1014 - (091) 226-6407
Representante para a Bahia e Sergipe - CEP 40330-410 - Salvador, BA- R.
Aníbal Viana Sampaio, 42 (Rua C)- Jardim Eldorado- IAPI - C.P. 333 - (071)
233-3631
Representante para a região Central Brasileira - CEP 74560-350 - Fama-
Goiânia, GO - Rua 7,155 - Setor Marechal Rondon - C.P. 446- e (062) 225-
9108
Representante no Mato-Grosso - CEP 79005-630 Campo Grande, MS - Rua
Santa Dorotéia, 200 - Vila Carvalho - C.P. 488 - (067) 624- 6560
Representante em Minas Gerais - CEP 31015-O50 - Belo Horizonte, MG - R.
Formosa,196 - Santa Tereza - C.P.1288 - e, (031) 467- 5999
Representante para o Nordeste Brasileiro - CEP 52041-080 - Recife, PE - Av.
Norte, 3028, Rosarinho - C.P. 6039 - (089) 241-2075
Representante para o Paraná e Santa Catarina - CEP 80530-070 Curitiba, PR-
R. David Cameiro, 277 - C.P.124 - a, (041) 252-2754
Representante em São Paulo - CEP 03513-O10 - Vila Matilde, São Paulo, SP - R.
Amaro B. Cavalcanti, 632 - C.P. 48.371- (O11) 294-2044 e 295-3988 (FAX).
Representante no Rio de Janeiro - CEP 21350-020 - Rio de Janeiro, RJ - R.
Barbosa, 230 - Cascadura - C.P. 30020 - (021) 269-6249 e 269-6198
Representante no Rio Grande do Sul - CEP 91350-240 Porto Ale-e, RS - R.
Adão Baino, 304 - Cristo Redentor - C.P.12522 - 4I-2118
Representante no Espírito Santo - CEP 29040-300 - Vitória, ES- R. Professor
Arnaud Cabral, 385- airro Nazaré - C.P. 468 - 322-1723
<012>

314 AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL


/
lsensa Vels

Segredos da alimentação saudável


F..;<028>..... ............... . nentação da gestante
nentação do bebê e da criança
Alimentação do atleta
, Combinação entre alimentos
Receitas culinárias naturistas
d'

5,

Tratamentos pela Ieta


Tratamentos pelas plantas
ganhos medicinais
Uso medicinal da argila
Pnmeiros socorros
Doenças e tratamentos em ordem alfabética

Como diminuir o colesterol


Como evitar o câncer
Riscos dos aditivos químicos
Riscos dos agrotóxicos
A gordura alimentar e os problemas
cardíacos
O café e o coração
Camo aumentar a flbra na alimentação
O açúcar e a saúde
Como perder peso sem perder a saúde
Como driblar os riscos da alimentação
moderna

315
.
Indice geral

Esclarecimento. . . . . . . _ 5
Prefácio... .... .... .. ..
... .... ...... .... .. .... ..... .. .... .... .... 7
Agradecimentos ..... .... ...... ... .... .. ... .... ... .... .... . 9
1 A Dieta que Produz Saúde .. ... ...... .... ... ... .... ..... . . 11
2 Abacate........ .... I
.... ..... ..... ... ...... .... ... .. ..... ... ... . 9
3 Abacaxi....... ... ...
.... .... ..... . .. .... .... .... ... ... .... ..... 26
4 Abiu... ..... ... ..
33
5 Abricó... .... ... .... .. ..... ' 36
6 Ameixa ..... .. ..... .. ... .... ....
.. ...... .. .. .... .. .... ... ... ... . ... 40
7 Amêndoa .. .... .... ..
. ....... ..... .... ..... .. .... .. . .. ..... .. 47
8 Amora.... .. ..... ..
.. . .. ..... .... ..... ..... ... ... ... .... ... ... 54
9 Banana....... ..... .... ..
1 0 Caju ..... ..... .... ... . ... .... . .... ..... ... .... ... ........ 72
1 1 Caqui .. .... ..... .... ..... ..... .... ..... .... .... ... ... ... ... .... 78
12 Carambola.... .... ... _ g2
13 Castanha-do-pará... . .... .... ...... .... ... .... .......... ..... 85
14 Castariha-portuguesa.... .... . .. ...... ... .... ... .... ..... .... 89
1 5 Coco ..... .... ... .. 93
1 6 Figo ..... ... ... ...... .... ...... . ..... ..... ... ... ... ............ I 00
1 7 Fruta-de-conde .... ... . .... ... . .. ...... ... ..... ... ............ 1 07
1 8 Fruta-pão...... ..... ..... ..... ... ...... ..... .... .... ............... 1 1 1
1 9 Goiaba ...... .. .. .. . ... ..... .... ...... . .... ....... ............... 1 1 5
20 Jaca ....... ... .... ....... .... ...... ......: ....... ........ .... . ...... 1 2 I
<012>

AS FRUTAS NA MEDICINA NATl.vl.

2 1 Jenipapo .... ...... . ....... ......... . ...... ... ........ ......... .. 1 26


22 Lararija ... . ........ ........ ........ .......... .. . ....... ........ . 1 30
23 Lima .......... ......... ........ ......... ...................... ... ...... 1 37
24 Limão .......... ........ ......... ........ ....................... .. .. . 14 1
25 Maçã .............. ...... . ...... .......... . ................ . . . . ... 1 50
26 Mamão .......... .......... ...... ........... .............. . .. .... ... 1 60
27 Manga .............. ........ ...... . . ....... . ... .. . ................ 1 70
28 Maracujá............ ......... .... . . ......... ........................ 1 76
29 Melancia ..... ....... ......... ......... ................................. 1 80
30 Melão .:......... ....... ........ ......... ................................ 1 86
3 1 Morango ......... ........ ...... ........... . ............... ... .... . 1 92
32 Nêspera ........... ......... ....... ......... . . . .. . ............... 1 99
33 Noz ..........,......... ........ ........... ............ ................... 202
34 Pêra ................ ...... ........ ......... ............................... 209
35 Pês sego ............. ........ ...... . ......... . ......... .. .. . . . . 2 1 3
36 Romã....... .......... ........ ......... .................................. 2 1 8
37 Sapoti ......... ....... ......... ........ ........... ..................... 223
3 8 Tamarindo .... . ..... .. ..... ......... . .............................. 226
39 Tangerina ....... ......... ...... ............ ........ . .. ...... . 229
40 Uva ................ ........... ..... ........... .. . . . . . ............. 233

Apêndice

4 1 Amendoim.... ...... ........ ..... . . ........................ .. ..... 245


42 Azeitona ........ . ....... . .... ........ .................. ... .. . .. . 249
43 Lêvedo de Cerveja ... ..... ........... . ........ . .. .............. 258
44 Mel ....... . .......... ....... ..... ............ ... ....................... 262
4 5 Geléia Real ........... ....... ....... ........................ . ........ 285
46 Melado ............. . . ... .. ........ ... .................. ....... .... 29 1
Índice Remis sivo ... . ... .. .... ........ . ................... ....... . . 294
Bibliografia ............ . . ........ .......... ................ .............. 309
ConheçaNossaslnstituições.......... . ................ .............. 311
Indispensáveis ... .. .............. . .. ..... . .... ........... . .......... 3 1 4

Potrebbero piacerti anche