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A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a forma de relação

social de produção adotada, de uma forma geral, no Brasil desde o período colonial até o
final do Império. A escravidão no Brasil é marcada principalmente pelo uso de escravos
vindos do continente africano, mas é necessário ressaltar que muitos indígenas foram
vítimas desse processo.

Os escravos foram utilizados principalmente em atividades relacionadas à agricultura –


com destaque para a atividade açucareira – e na mineração, sendo assim essenciais para a
manutenção da economia. Alguns deles desempenhavam também vários tipos de serviços
domésticos e/ou urbanos.

A escravidão só foi oficialmente abolida no Brasil com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de


maio de 1888. No entanto, o trabalho compulsório e o tráfico de pessoas permanecem
existindo no Brasil atual, a chamada escravidão moderna, que difere substancialmente da
anterior.

Índice
[esconder]

• 1 O surgimento da escravidão no Brasil


• 2 O aprisionamento de indígenas e o tráfico negreiro
• 3 O trabalho dos escravos
• 4 Resistência à escravidão
• 5 Abolição da Escravatura
• 6 A herança dos escravos
• 7 Referências
o 7.1 Referências citadas
o 7.2 Referências gerais

• 8 Ligações externas

[editar] O surgimento da escravidão no Brasil


Antes da chegada dos portugueses a escravatura já era largamente praticada no Brasil. Entre
as tribos indígenas, a escravatura era infligida aos prisioneiros capturados nas guerras
tribais. Esta não era a única forma de se obter escravos, os índios reduziam também à
escravatura os fugitivos de outras tribos a quem davam refugio. Entre as tribos que
praticavam a antropofagia os escravos eram frequentemente devorados durante os rituais.
Com a chegada dos portugueses os índios seus aliados passam a vender muitos dos seus
prisioneiros em troca de mercadorias. Este comercio era chamado de resgates. No entanto,
só podiam ser resgatados os índios de corda, aqueles que eram prisioneiros ou escravos
capturados nas guerras tribais e que iriam ser devorados; e os índios capturados nas guerras
justas, operações militares organizadas pelos colonos ou pela coroa. A lei de 1610 decreta
que o índio assim resgatado só poderia ficar escravizado por 10 anos. Esta lei foi alterada
em 1626 para que os índios pudessem ser escravizados por toda a vida. Em 1655 uma nova
lei proibia fazer guerra contra os índios sem ordem do rei e impedia qualquer tipo de
violência contra eles. Os índios convertidos ao cristianismo não poderiam servir os colonos
mais tempo do que o regulamentado pela lei, deveriam viver livres dirigidos pelos seus
chefes e padres da companhia. Estas regulamentações desagradaram os colonos que em
1661 repetidamente se motinaram em protesto.

Durante o período pré-colonial (1500 – 1530), os portugueses desenvolveram a atividade de


exploração do pau-brasil, árvore abundante na Mata Atlântica naquele período. A
exploração dessa matéria-prima foi possibilitada não só pela sua localização, já que as
florestas estavam próximas ao litoral, mas também pela colaboração dos índios, com os
quais os portugueses desenvolveram um tipo de comércio primitivo baseado na troca – o
escambo. Em troca de mercadorias européias baratas e desconhecidas, os índios extraíam e
transportavam o pau-brasil para os portugueses até o litoral.

A partir do momento em que os colonizadores passam a conhecer mais de perto o modo de


vida indígena, com elementos desconhecidos ou condenados pelos europeus, a exemplo da
antropofagia, os colonos passam então a alimentar uma certa desconfiança em relação aos
índios. A colaboração em torno da atividade do pau-brasil já não era mais possível e os
colonos tentam submetê-los à sua dominação, impondo sua cultura, sua religião – função
esta que coube aos jesuítas, através da catequese – e forçando-os ao trabalho compulsório
nas lavouras, já que não dispunham de mão-de-obra.

A escravidão no Brasil segue assim paralelamente ao processo de desterriorização sofrido


por estes. Diante dessa situação, os nativos só tinham dois caminhos a seguir: reagir à
escravização ou aceitá-la.

Houve reações em alguns os grupos indígenas, muitos lutando contra os colonizadores até a
morte ou fugindo para regiões mais remotas. Essa reação indígena contra a dominação
portuguesa ocorreu pelo fato de que as sociedades indígenas sul-americanas desconheciam
a hierarquia e, conseqüentemente, não aceitavam o trabalho compulsório.[carece de fontes?] Antes
dos estudos etnográficos mais profundos (fins do século XIX e, principalmente, século
XX), pensava-se que os índios eram simplesmente "inaptos" ao trabalho, tese que não se
sustenta depois de pesquisas antropológicas em suas sociedades sem o impacto
desestabilizador do domínio forçado.

Os índios assimilados, por sua vez, eram superexplorados e morriam, não só em


decorrência dos maus-tratos recebidos dos colonos, mas também em decorrência de
doenças que lhes eram desconhecidas e que foram trazidas pelos colonos europeus, como as
doenças venéreas e a varíola e mais tarde pelos escravos africanos.

Diante das dificuldades encontradas na escravização dos indígenas, a solução encontrada


pelos colonizadores foi buscar a mão-de-obra em outro lugar: no continente africano. Essa
busca por escravos na África foram incentivados por diversos motivos. Os portugueses,
reinois e colonos, tinham interesse em encontrar um meio de obtenção de altos lucros com a
nova colônia, e a resposta estava na atividade açucareira, uma vez que o açúcar tinha
grande aceitação no mercado europeu. A produção dessa matéria-prima, por sua vez, exigia
numerosa mão-de-obra na colônia e o lucrativo negócio do tráfico de escravos africanos foi
a alternativa descoberta, iniciando-se assim a inserção destes no então Brasil colônia.
Convém ressaltar que a escravidão dos índios perdura até meados do século XVIII.

[editar] O aprisionamento de indígenas e o tráfico


negreiro
Ver artigo principal: Tráfico de escravos para o Brasil

"Família de um chefe camacã se prepara para uma festa", de Jean Baptiste Debret - Os
índios foram os primeiros escravos no Brasil.

Recibo de compra e venda de escravos. Rio de Janeiro, 1851.

O aprisionamento era a principal forma de obtenção de escravos indígenas. Ao serem


capturados os índios eram forçados a executar o trabalho nas lavouras, onde eram
superexplorados e sofriam maus-tratos. Os índios capturados nas guerras tribais também
começaram a ser vendidos aos colonos em vez de permanecerem escravos na aldeia do seu
captor.

Em decorrência dessa situação e do fato de não estarem adaptados à escravidão , muitos


indígenas morriam. Além disso, o aprisionamento era uma atividade que gerava lucros
internos, ou seja, a metrópole portuguesa não se beneficiava com ela. Esses fatores
contribuíram para que a mão-de-obra africana fosse inserida nas lavouras brasileiras, sendo
obtida através do tráfico de escravos vindos principalmente das colônias portuguesas na
África.

Tráfico negreiro, além de ser uma grande fonte de mão-de-obra caracterizava-se por ser
também uma forma de ganhar altos lucros, sendo assim de interesse da metrópole, já que
além dos traficantes, e dos colonos lucravam também a Coroa portuguesa e até a Igreja
Católica, que ganhava uma certa porcentagem sobre cada escravo que entrava no Brasil.

A atividade do tráfico negreiro inicia-se oficialmente em 1559, quando a metrópole


portuguesa decide permitir o ingresso de escravos vindos da África no Brasil. Antes disso,
porém, transações envolvendo escravos africanos já ocorriam no Brasil, sendo a escassez de
mão-de-obra um dos principais argumentos dos colonos.

Capturados nas mais diversas situações, como nas guerras tribais e na escravização por
dívidas não pagas, os escravos africanos provinham de lugares como Angola e Guiné. Eram
negociados com os traficantes Africanos (negros, também) em troca de produtos como
fumo, armas e aguardentes e transportados nos chamados navios negreiros. Esses navios
tinham destinos como as cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Luís, e delas
eram transportados para regiões mais distantes. Durante as viagens, muitos escravos
morriam em decorrência das péssimas condições sanitárias existentes nas embarcações, que
vinham superlotadas. Quando desembarcavam em solo brasileiro, os escravos africanos
eram vendidos em praça pública. Os mais fortes e saudáveis eram os mais valorizados.

A aquisição de mão de obra escrava tornou-se imperativa para o sucesso da colonização


holandesa. Os holandeses passaram a importar escravos para trabalhar nas plantações. A
Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais começou a traficar escravos da África para o
Brasil.[1]

Havia protestos, embora por vezes distantes, sem continuidade e sem medidas coercitivas,
contra os maus tratos. Em 1º de março de 1700 por exemplo, o Rei de Portugal D. Pedro II
escreveu uma carta indignada ao governador-geral D. João de Lencastre sobre os maus
tratos dados aos escravos no Brasil: «... Não lhe dando fardas e outros nem ainda farinha»,
e comentando dos «cruéis castigos, por dias e semanas inteiras, havendo alguns que por
anos se acham metidos em correntes, sendo mais cruéis as senhoras em alguns casos para
com as escravas, apontando-se alguns que obram tanto os senhores como as senhoras com
tal crueldade como são pingar de lacre e marcar com ferro ardente nos peitos e na cara,
executando neles a mutilação de membros. De Francisco Pereira de Araujo se diz que
cortou as orelhas a um, e pingou com lacre; outro veio do sertão, a quem o senhor cortou as
partes pudendas, entendeu com uma sua negra; de outro, que se curou no hospital, se diz
que foi tão cruelmente açoitado do seu senhor que lhe provocara especialmente o rigor da
Justiça Divina, pelo que é de razão». Diz ainda de castigos que se fazem por suspensão de
cordas em árvores, para que os mosquitos os estejam picando e desesperando, sobre os
açoitarem e pingarem com a mesma crueldade que fazem os demais...»

Houve muito alvoroço com a necessidade de mão-de-obra nas Minas Gerais. Datado de 26
de março de 1700, um Bando do Governador do Rio Artur de Sá e Menezes proibiu que
fossem transportados para as Minas escravos de cana e mandioca, enquanto ao mesmo
tempo a Câmara se dirigia ao Conselho Ultramarino e pedia providências para facilitar
entrada de africanos. Conseguiu duas medidas: a instituição de um tributo de 4$500 por
cada escravo tirado de engenhos e despachado para as Minas, (e desde Carta Real de 10 de
junho de 1699 havia direitos de entrada de 3$500 por cada negro vindo da África para o
Rio de Janeiro) e a liberdade de comércio de negros e do tráfico. A própria Coroa traficava:
e desde a Carta Régia de 16 de novembro de 1697 o preço de cada negro vendido era
160$000; em 1718 o preço tinha subido a 300$000, embora custo fosse de apenas 94$000.

A atividade do tráfico negreiro foi extremamente lucrativa e perdurou até 1850, sendo
oficialmente extinguida nesse ano com a Lei Eusébio de Queirós.L

[editar] O trabalho dos escravos

O Tronco, de Jean Baptiste Debret - Escravos sendo castigados no tronco.

Os índios que foram assimilados e escravizados pelos colonos portugueses mostraram-se


mais eficientes na execução de tarefas a que já estavam adaptados no seu modo de vida,
como a extração e o transporte de madeira, do que nas actividades agrícolas. Esses
trabalhadores eram superexplorados e muitos morriam em decorrência dos castigos físicos
aplicados pelos seus senhores. O uso de indígenas como escravos perdurou até o século
XVIII. Refira-se que os escravos, de orígem africana, alforriados e libertos frequentemente
adquiriam seus próprios escravos passando de escravos a escravagistas.

Diante das dificuldades encontradas no processo de escravização dos indígenas, os colonos


encontram como alternativa a utilização de escravos africanos, obtidos através do tráfico
negreiro. Os escravos africanos poderiam ser designados pelos seus senhores para o
desenvolvimento dos mais diversos tipos de atividades,destacando-se as actividades
agrícolas,lavoura, sendo a extração da cana-de-açúcar a principal, a mineração e os serviços
domésticos.

A actividade açucareira foi durante muito tempo o pilar sobre o qual a economia colonial se
sustentou. Foi desenvolvida principalmente na Zona da Mata, no litoral nordestino, que
oferecia condições naturais favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, produto que obtinha
grande aceitação no mercado europeu e que garantia alta lucratividade. Para o seu cultivo,
adotou-se o sistema de plantation, caracterizado pelo uso de latifúndios monocultores. A
extração da cana necessitava de um grande contingente de mão-de-obra e foi a partir dessa
necessidade que uma grande quantidade de africanos passou a trabalhar nos engenhos -
propriedades destinadas ao cultivo e produção de açúcar.

Na agricultura, muitos escravos foram utilizados também no cultivo de tabaco, algodão e


café, por exemplo.
Já na mineração, actividade que começa a ganhar grande importância na economia colonial
durante o século XVIII, muitos nativos foram utilizados na exploração de metais preciosos,
principalmente o ouro, na região de Minas Gerais. Vale ressaltar que com o
desenvolvimento da mineração foram desenvolvidas várias actividades secundárias e
dependentes dela, como a pecuária, das quais os escravos também participaram.

Os escravos domésticos - como indica o próprio nome - trabalhavam nas casas de seus
senhores, realizando serviços como cozinhar e costurar. Existiram ainda casos de escravos
que prestavam serviços remunerados e deveriam pagar parcela de sua renda ao seu
proprietário, os chamados “escravos ao ganho”, além de escravos que eram alugados pelos
seus senhores para desenvolver algum ofício (pedreiro, carpinteiro, cozinheiro, ama de
leite) a um terceiro, sendo assim “escravos de aluguel”. Estes dois últimos tipos de escravos
desenvolviam suas tarefas geralmente nos espaços urbanos.

Escravo sendo castigado, em pintura de Jean Baptiste Debret

O escravo encontrava-se na posição de propriedade de seu senhor, não possuindo assim


qualquer direito. Era o seu proprietário o responsável por garantir os elementos básicos à
sua sobrevivência, como a alimentação e as suas vestimentas. O cativo estava à disposição
do seu dono, que o superexplorava. Era vigiado pelos chamados capitães-do-mato, que
também capturavam os escravos fugidos e lhes aplicava os mais diversos tipos de castigos,
como o açoitamento, o tronco, peia, entre outras punições, o que contribuía para diminuir o
tempo de vida dessa mão-de-obra. Em síntese, executava o seu trabalho nas mais
desumanas das condições.

Por parte dos senhores, existia uma discriminação com relação ao trabalho, já que o
consideravam como “coisa de negros”. Convém ressaltar que houve casos de alforria, isto
é, de escravos que foram libertados. Essas libertações ocorriam pelos mais variados
motivos, desde vontade do senhor em virtude da obediência e lealdade do escravo até casos
em que o cativo conseguia comprar a sua liberdade. Vale ressaltar também que a escravidão
foi a base de sustentação da economia brasileira até o final do Império.

[editar] Resistência à escravidão


Ver artigo principal: Quilombos
Tanto os índios quanto os africanos promoveram formas de resistência à escravidão, não
sendo assim passivos a ela.

Os índios resistiram desde o momento em que os colonos tentam escravizá-los a força. Os


africanos e seus descendentes, por sua vez promoveram várias formas de resistência à
escravidão. A mais conhecida de todas foi a criação dos quilombos, uma espécie de
"sociedade paralela" formada por escravos que fugiam de seus senhores, sendo o mais
popular o Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas. Existiram, porém, inúmeras
outras formas de se resistir à escravidão, como o suicídio, assassinatos, rebeliões, Aborto e
revoltas organizadas contra os senhores.

Convém ressaltar que essas revoltas são um dos fatores que contribuíram para a abolição da
escravatura. Diga-se que a escravatura também era frequentemente praticada nos
quilombos, por exemplo, no Quilombo dos Palmares os cativos eram mantidos como
escravos e utilizados para o trabalho nas plantações. No entanto, não era abolir a
escravatura que algumas destas revoltas tinham como objetivo. A revolta dos Malês não só
visava a libertação dos escravos africanos como pretendia escravizar os brancos, os mulatos
e os não muçulmanos.

[editar]
O Quilombo dos Palmares localizava-se na serra da Barriga, região hoje pertencente ao
estado brasileiro de Alagoas. Foi o mais emblemático dos quilombos formados no período
colonial, tendo resistido por mais de um século, o seu mito transformando-se em moderno
símbolo da resistência do africano à escravatura, ainda que, paradoxalmente, tenha-se
conhecimento do uso de escravos em muitos quilombos[1].

Índice
[esconder]

• 1 História
o 1.1 Antecedentes
o 1.2 O apogeu
o 1.3 A repressão
 1.3.1 A ação de Domingos Jorge Velho
• 2 Bibliografia
• 3 Filmografia
• 4 Notas
• 5 Ver também

• 6 Ligações externas

[editar] História
[editar] Antecedentes

As primeiras referências a um quilombo na região remontam a 1580, formado por escravos


fugitivos de engenhos das Capitanias de Pernambuco e da Bahia: iniciava-se o período
denominado, no Brasil, como União Ibérica.

No fim do século XVI, o quilombo ocupava uma vasta área coberta de palmeiras, que se
estendia do cabo de Santo Agostinho ao rio São Francisco. Um século mais tarde, esse
território encontrava-se reduzido à região de Una e Serinhaém, em Pernambuco, Porto
Calvo e São Francisco, atual Penedo, em Alagoas.

[editar] O apogeu

À época das invasões holandesas do Brasil (1624-1625 e 1630-1654), com a perturbação


causada nas rotinas dos engenhos de açúcar, registrou-se um crescimento da população em
Palmares, que passou a formar diversos núcleos de povoamento (mocambos). Os principais
foram:

• Macaco - o maior, centro político do quilombo, contando com cerca de 1.500


habitações;
• Subupira - centralizava as atividades militares, contando com cerca de 800
habitações;
• Zumbi
• Tabocas

Embora não se possa precisar o número de habitantes nos Palmares, de vez que a população
flutuava ao sabor das conjunturas, historiadores estimam que, em 1670, alcançou cerca de
vinte mil pessoas.

Busto de Zumbi dos Palmares em Brasília.

Essa população sobrevivia graças à caça, à pesca, à coleta de frutas (manga, jaca, abacate e
outras) e à agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar).
Complementarmente, praticava o artesanato: (cestas, tecidos, cerâmica, metalurgia). Os
excedentes eram comercializados com as populações vizinhas, de tal forma que colonos
chegavam a alugar terras para plantio e a trocar alimentos por munição com os
quilombolas.

Pouco se sabe, também, acerca da organização política do quilombo. Alguns supõem que se
constituiu ali um verdadeiro Estado, nos moldes dos reinos africanos, sendo os diversos
mocambos governados por oligarcas sob a chefia suprema de um líder. Outros apontam
para a possibilidade de uma descentralização do poder entre os diferentes grupos,
pertencentes às diversas etnias que formavam os núcleos de quilombos, que delegavam esse
poder a lideranças militares conforme o seu prestígio. As mais famosas lideranças foram
Ganga Zumba e seu sobrinho, Zumbi. Apesar disso, alguma forma de trabalho compulsório
também foi praticada dentro do quilombo[2].

[editar] A repressão

Com a expulsão dos holandeses do Nordeste do Brasil, acentuou-se a carência de mão-de-


obra para a retomada de produção dos engenhos de açúcar da região. Dado o elevado preço
dos escravos africanos, os ataques a Palmares aumentaram, visando a recaptura de seus
integrantes.

A prosperidade de Palmares, por outro lado, atraía atenção e receio, e o governo colonial
sentiu-se obrigado a tomar providências para afirmar o seu poder sobre a região. Em carta à
Coroa Portuguesa, um Governador-geral reportou que os quilombos eram mais difíceis de
vencer do que os holandeses (neerlandeses).

Foram necessárias, entretanto, cerca de dezoito expedições, organizadas desde o período de


dominação holandesa, para erradicar definitivamente o Quilombo dos Palmares.

No último quartel do século XVII, Fernão Carrilho ofereceu a Ganga Zumba, um líder que
implementou táticas de guerrilha na defesa do território, um tratado de paz (1677). Por seus
termos, era oferecida a liberdade aos nascidos no quilombo, assim como terras inférteis na
região de Cocaú. Grande parte dos quilombolas rejeitou os termos desse acordo,
nitidamente desfavoráveis e, na disputa então surgida, Ganga Zumba foi envenenado,
subindo ao poder o seu irmão, Ganga Zona, aliado dos portugueses. O acordo foi, desse
modo, rompido, tendo os dissidentes se restabelecido em Palmares, sob a liderança de
Zumbi.

No primeiro momento, Zumbi substituiu a estratégia de defesa passiva por um tipo de


estratégia de guerrilha, com a prática de ataques de surpresa a engenhos, libertando
escravos e apoderando-se de armas, munições e suprimentos, empregando-os em novos
ataques.
[editar] A ação de Domingos Jorge Velho

Domingos Jorge Velho


Ver artigo principal: Guerra dos Palmares

Após várias investidas relativamente infrutíferas contra Palmares, o governador e Capitão-


general da capitania de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, contratou o bandeirante
Domingos Jorge Velho e o Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para erradicar de vez a
ameaça dos escravos fugitivos na região.

O quilombo passou a ser atacado pelas forças do bandeirante e, mesmo experientes na


guerra de extermínio, tiveram grandes dificuldades em vencer as táticas dos quilombolas,
mais elaboradas que a dos indígenas com quem haviam tido contato. Adicionalmente,
tiveram problemas para contornar a inimizade surgida com os colonos da região, vítimas de
saques dos bandeirantes em diversas ocasiões.

Em janeiro de 1694, após um ataque frustrado, as forças do bandeirante iniciaram uma


empreitada vitoriosa, com um contingente de seis mil homens, bem armados e municiados,
inclusive com artilharia. Um quilombola, Antônio Soares, foi capturado e, mediante a
promessa de Domingos Jorge Velho de que seria libertado em troca da revelação do
esconderijo do líder, Zumbi foi encurralado e morto em uma emboscada, a 20 de novembro
de 1695.

A cabeça de Zumbi foi cortada e conduzida para Recife, onde foi exposta em praça pública,
no alto de um mastro, para servir de exemplo a outros escravos.

Sem a liderança militar de Zumbi, por volta do ano de 1710, o quilombo desfez-se por
completo. O Quilombo dos Palmares localizava-se na serra da Barriga, região hoje
pertencente ao estado brasileiro de Alagoas. Foi o mais emblemático dos quilombos
formados no período colonial, tendo resistido por mais de um século, o seu mito
transformando-se em moderno símbolo da resistência do africano à escravatura, ainda que,
paradoxalmente, tenha-se conhecimento do uso de escravos em muitos quilombos[1].
Índice
[esconder]

• 1 História
o 1.1 Antecedentes
o 1.2 O apogeu
o 1.3 A repressão
 1.3.1 A ação de Domingos Jorge Velho
• 2 Bibliografia
• 3 Filmografia
• 4 Notas
• 5 Ver também

• 6 Ligações externas

[editar] História
[editar] Antecedentes

As primeiras referências a um quilombo na região remontam a 1580, formado por escravos


fugitivos de engenhos das Capitanias de Pernambuco e da Bahia: iniciava-se o período
denominado, no Brasil, como União Ibérica.

No fim do século XVI, o quilombo ocupava uma vasta área coberta de palmeiras, que se
estendia do cabo de Santo Agostinho ao rio São Francisco. Um século mais tarde, esse
território encontrava-se reduzido à região de Una e Serinhaém, em Pernambuco, Porto
Calvo e São Francisco, atual Penedo, em Alagoas.

[editar] O apogeu

À época das invasões holandesas do Brasil (1624-1625 e 1630-1654), com a perturbação


causada nas rotinas dos engenhos de açúcar, registrou-se um crescimento da população em
Palmares, que passou a formar diversos núcleos de povoamento (mocambos). Os principais
foram:

• Macaco - o maior, centro político do quilombo, contando com cerca de 1.500


habitações;
• Subupira - centralizava as atividades militares, contando com cerca de 800
habitações;
• Zumbi
• Tabocas
Embora não se possa precisar o número de habitantes nos Palmares, de vez que a população
flutuava ao sabor das conjunturas, historiadores estimam que, em 1670, alcançou cerca de
vinte mil pessoas.

Busto de Zumbi dos Palmares em Brasília.

Essa população sobrevivia graças à caça, à pesca, à coleta de frutas (manga, jaca, abacate e
outras) e à agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar).
Complementarmente, praticava o artesanato: (cestas, tecidos, cerâmica, metalurgia). Os
excedentes eram comercializados com as populações vizinhas, de tal forma que colonos
chegavam a alugar terras para plantio e a trocar alimentos por munição com os
quilombolas.

Pouco se sabe, também, acerca da organização política do quilombo. Alguns supõem que se
constituiu ali um verdadeiro Estado, nos moldes dos reinos africanos, sendo os diversos
mocambos governados por oligarcas sob a chefia suprema de um líder. Outros apontam
para a possibilidade de uma descentralização do poder entre os diferentes grupos,
pertencentes às diversas etnias que formavam os núcleos de quilombos, que delegavam esse
poder a lideranças militares conforme o seu prestígio. As mais famosas lideranças foram
Ganga Zumba e seu sobrinho, Zumbi. Apesar disso, alguma forma de trabalho compulsório
também foi praticada dentro do quilombo[2].

[editar] A repressão

Com a expulsão dos holandeses do Nordeste do Brasil, acentuou-se a carência de mão-de-


obra para a retomada de produção dos engenhos de açúcar da região. Dado o elevado preço
dos escravos africanos, os ataques a Palmares aumentaram, visando a recaptura de seus
integrantes.

A prosperidade de Palmares, por outro lado, atraía atenção e receio, e o governo colonial
sentiu-se obrigado a tomar providências para afirmar o seu poder sobre a região. Em carta à
Coroa Portuguesa, um Governador-geral reportou que os quilombos eram mais difíceis de
vencer do que os holandeses (neerlandeses).

Foram necessárias, entretanto, cerca de dezoito expedições, organizadas desde o período de


dominação holandesa, para erradicar definitivamente o Quilombo dos Palmares.
No último quartel do século XVII, Fernão Carrilho ofereceu a Ganga Zumba, um líder que
implementou táticas de guerrilha na defesa do território, um tratado de paz (1677). Por seus
termos, era oferecida a liberdade aos nascidos no quilombo, assim como terras inférteis na
região de Cocaú. Grande parte dos quilombolas rejeitou os termos desse acordo,
nitidamente desfavoráveis e, na disputa então surgida, Ganga Zumba foi envenenado,
subindo ao poder o seu irmão, Ganga Zona, aliado dos portugueses. O acordo foi, desse
modo, rompido, tendo os dissidentes se restabelecido em Palmares, sob a liderança de
Zumbi.

No primeiro momento, Zumbi substituiu a estratégia de defesa passiva por um tipo de


estratégia de guerrilha, com a prática de ataques de surpresa a engenhos, libertando
escravos e apoderando-se de armas, munições e suprimentos, empregando-os em novos
ataques.

[editar] A ação de Domingos Jorge Velho

Domingos Jorge Velho


Ver artigo principal: Guerra dos Palmares

Após várias investidas relativamente infrutíferas contra Palmares, o governador e Capitão-


general da capitania de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, contratou o bandeirante
Domingos Jorge Velho e o Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para erradicar de vez a
ameaça dos escravos fugitivos na região.

O quilombo passou a ser atacado pelas forças do bandeirante e, mesmo experientes na


guerra de extermínio, tiveram grandes dificuldades em vencer as táticas dos quilombolas,
mais elaboradas que a dos indígenas com quem haviam tido contato. Adicionalmente,
tiveram problemas para contornar a inimizade surgida com os colonos da região, vítimas de
saques dos bandeirantes em diversas ocasiões.

Em janeiro de 1694, após um ataque frustrado, as forças do bandeirante iniciaram uma


empreitada vitoriosa, com um contingente de seis mil homens, bem armados e municiados,
inclusive com artilharia. Um quilombola, Antônio Soares, foi capturado e, mediante a
promessa de Domingos Jorge Velho de que seria libertado em troca da revelação do
esconderijo do líder, Zumbi foi encurralado e morto em uma emboscada, a 20 de novembro
de 1695.

A cabeça de Zumbi foi cortada e conduzida para Recife, onde foi exposta em praça pública,
no alto de um mastro, para servir de exemplo a outros escravos.

Sem a liderança militar de Zumbi, por volta do ano de 1710, o quilombo desfez-se por
completo.

Zumbi dos Palmares


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Este artigo ou secção possui passagens que não respeitam
o princípio da imparcialidade.
Tenha algum cuidado ao ler as informações contidas nele. Se
puder, tente tornar o artigo mais imparcial.

Nota: Se procura pelo bairro, consulte Zumbi dos Palmares (bairro de Manaus).

Busto de Zumbi dos Palmares em frente ao Setor de Diversões Sul, em Brasília.

Zumbi (Alagoas, 1655 — Viçosa, 20 de novembro de 1695) foi o último dos líderes do
Quilombo dos Palmares.
A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do africano quimbundo "nzumbi", e significa, grosso
modo, "duende". No Brasil, Zumbi significa fantasma que, segundo a crença popular afro-
brasileira, vagueia pelas casas a altas horas da noite;

Índice
[esconder]

• 1 Histórico
• 2 A polêmica da escravidão pelas mãos de Zumbi
• 3 Cronologia
• 4 Tributo
• 5 Referências
• 6 Referências bibliográficas
• 7 Ver também

• 8 Ligações externas

[editar] Histórico
O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era
uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por
escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele
ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da
Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de
trinta mil pessoas.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a
um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco',
Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na
celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e,
com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua
destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos
vinte e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito


com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma
oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se
submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a
proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a
resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de
Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge
Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a
capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por
Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a
Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos
após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao
governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando
desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu


ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta
praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que
supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa
acabava de todo com os Palmares."

Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de


resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. É
também um dos nomes mais importantes da Capoeira[1].

[editar] A polêmica da escravidão pelas mãos de Zumbi


Alguns autores levantam a possibilidade de que Zumbi não tenha sido o verdadeiro herói de
Palmares e sim Ganga-Zumba:

"Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram
capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a
iniqüidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas
não da escravidão alheia.[...]"[2]

Segundo alguns estudiosos Ganga Zumba teria sido assassinado, e os negros de Palmares
elevaram a categoria de chefe, Zumbi:

"Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-


o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo"[3]

Seu governo também teria sido caracterizado pelo despotismo:

"Se algum escravo fugia dos Palmares, eram enviados negros no seu encalço e, se
capturado, era executado pela ‘severa justiça’ do quilombo"[4]

[editar] Cronologia
• Mais ou menos em 1600: negros fugidos do trabalho escravo nos engenhos de
açúcar, onde hoje são os estados de Pernambuco e Alagoas no Brasil, fundam na
serra da Barriga o Quilombo dos Palmares. Os quilombos, eram povoados de
resistência, seguiam os moldes organizacionais da república e recebiam escravos
fugidos da opressão e tirania. Para muitos era a terra prometida, um lugar para fugir
da escravidão. A população de Palmares em pouco tempo já contava com mais de 3
mil habitantes. As principais funções dos quilombos eram a subsistência e a
proteção dos seus habitantes, e eram constantemente atacados por exércitos e
milícias.

• 1630: Começam as invasões holandesas no nordeste brasileiro. O que desorganiza a


produção açucareira e facilita as fugas dos escravos. Em 1644, houve uma grande
tentativa holandesa de aniquilar com o quilombo de Palmares, que como nas
investidas portuguesas anteriores, foi repelida pelas defesas dos quilombolas.

• 1654: Os portugueses expulsam os holandeses do nordeste brasileiro.

• 1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares, neto da princesa Aqualtune.

• Por volta de 1662 (data não confirmada): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por
soldados portugueses e levado a Porto Calvo, onde é "dado" ao padre jesuíta
António Melo. Este o batizou com o nome de Francisco. Zumbi passou a ajudar nas
missas e estudar português e latim.

• 1670: Zumbi aos quinze anos de idade foge e regressa a Palmares. Neste mesmo
ano de 1670, Ganga Zumba, filho da Princesa Aqualtune, tio de Zumbi, assume a
chefia do quilombo, então com mais de trinta mil habitantes.

• 1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor


Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. Neste ano, a
tropa portuguesa comandada pelo Sargento-mor Manuel Lopes, depois de uma
batalha sangrenta, ocupa um mocambo com mais de mil choupanas. Depois de uma
retirada de cinco meses, os negros contra-atacam, entre eles Zumbi com apenas
vinte anos de idade, e após um combate feroz, Manuel Lopes é obrigado a se retirar
para Recife. Palmares se estendia então da margem esquerda do São Francisco até o
Cabo de Santo Agostinho e tinha mais de duzentos quilômetros de extensão, era
uma república com uma rede de onze mocambos, que se assemelhavam as cidades
muradas medievais da europa, mas no lugar das pedras haviam paliçadas de
madeira. O principal mocambo, o que foi fundado pelo primeiro grupo de escravos
foragidos, ficava na Serra da Barriga e levava o nome de Cerca do Macaco. Duas
ruas espaçosas com umas 1500 choupanas e uns oito mil habitantes. Amaro, outro
mocambo, tem 5 mil. E há outros, como Sucupira, Tabocas, Zumbi, Osenga,
Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche.

• 1678: A Pedro de Almeida, governador da capitania de Pernambuco, mais


interessava a submissão do que a destruição de Palmares, após inúmeros ataques
com a destruição e incêndios de mocambos, eles eram reconstruídos, e passou a ser
economicamente desinteressante, os habitantes dos mocambos faziam esteiras,
vassouras, chapéus, cestos e leques com a palha das palmeiras. E extraiam óleo da
noz de palma, as vestimentas eram feitas das cascas de algumas árvores, produziam
manteiga de coco, plantavam milho, mandioca, legumes, feijão e cana e
comercializavam seus produtos com pequenas povoações vizinhas, de brancos e
mestiços. Sendo assim o governador propôs ao chefe Ganga Zumba a paz e a
alforria para todos os quilombolas de Palmares. Ganga Zumba aceita, mas Zumbi é
contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. Além
do mais eles tinham suas próprias Leis e Crenças e teriam que abrir mão de sua
cultura.

• 1680: Zumbi assume o lugar de Ganga Zumba em Palmares e comanda a resistência


contra as tropas portuguesas. Ganga Zumba morre assassinado com veneno.

• 1694: Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo comandam o ataque final
contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares e onde Zumbi nasceu,
cercada com três paliçadas cada uma defendida por mais de 200 homens armados,
após 94 anos de resistência, sucumbiu ao exército português, e embora ferido,
Zumbi consegue fugir.

• 1695, 20 de Novembro: Zumbi foi traído e denunciado por um antigo companheiro,


ele é localizado, preso e degolado aos 40 anos de idade. Zumbí ou "Eis o Espírito",
virou uma lenda e foi amplamente citado pelos abolicionistas como herói e mártir.

Os Escravos ao ganho eram escravos que, no período colonial e no Império, realizavam


tarefas remuneradas, entregando ao senhor uma quota diária do pagamento recebido. Foi
relativamente comum este tipo de escravo conseguir formar um pecúlio, que empregava na
compra de sua liberdade, pagando ao senhor por sua alforria. Embora conhecida desde o
século XVII nas áreas urbanas, na época do Império a prática foi mais controlada pelo
estado, que concedia licença aos proprietários para o seu uso. As principais atividades a que
se dedicavam eram as de carregadores, doceiras e pequenos consertos, embora alguns
senhores induzissem as escravas à prostituição, o que era proibido por lei.

Escravo da Lida: Eram os chamados escravos da Labuta pesada. Os que mais trabalhavam
no serviço pesado, com poucos direitos a descanso. Geralmente trabalhavam construções de
prédios, calçamento de ruas e levavam barris cheios de excrementos humanos para jogar no
mar.

Escravo de Ganho: Esses recebiam um dia de folga pra trabalharem extra, como barbeiro,
engraxate, cortar cabelos, em troca recebia uma quantidade de dinheiro por isso, mas o
dinheiro que ele arrecadava com seu serviço extra pertencia a seu dono.

Escravo Doméstico: Esses escravos se dedicavam ao serviço doméstico, como limpar a


casa, cozinhar, tratar dos cavalos, trazer água da rua. Geralmente eram mulheres, mas
também existiam homens

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