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Nova função para proteínas do sistema imune

Interferon gama e perforina atuam na regulação e memória da defesa do organismo

O interferon gama e a perforina - duas proteínas


envolvidas na resposta imune contra infecções -, têm
também papel fundamental na regulação do sistema de
defesa sangüíneo e na formação de sua memória, que
garante a imunidade contra infecções combatidas
anteriormente. Isso é o que apontam os resultados de um
estudo coordenado pelo cientista John Harty, da
Universidade de Iowa (Estados Unidos), publicado na
revista Science de 17 de novembro.

As duas proteínas desenvolvem funções específicas no


processo imune. "A perforina sai do citoplasma dos
linfócitos citotóxicos e das células NK e, como o próprio
nome já diz, perfura a membrana de células infectadas ou Linfócitos citotóxicos matam uma célula
tumoral
de invasores, facilitando sua destruição", explica o
imunologista José Hermênio Lima, da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). "Já o interferon gama é
produzido pelos linfócitos T, agindo sobre a produção de anticorpos e a ativação dos macrófagos."

A pesquisa dos norte-americanos elucidou o papel do interferon e da perforina e identificou novas funções
para ambas as proteínas. Usando ratos infectados pela bactéria Listeria monocytogenes (que causa
infecção alimentar em humanos), os cientistas mediram os níveis de linfócitos T em várias etapas da
infecção. Os resultados do experimento mostraram que a perforina controla o número de linfócitos T
inicialmente gerados, enquanto o interferon gama 'desliga' a resposta imune, determinando quais
linfócitos permanecerão vivos para integrar a 'memória' imunológica.

Os resultados do estudo facilitarão o estudo da eficiência de vacinas e do funcionamento das doenças


autoimunes. Hermênio acredita que a nova descoberta traga novos desafios para as pesquisas nessa
área. "Os componentes do organismo quase sempre apresentam múltiplas funções", afirma. "Existem
provavelmente outras substâncias para compensar as ações do interferon gama e da perforina, tornando
muito distante uma solução final para o segredo sistema imune."

Para entender os papéis da perforina e do interferon gama, é preciso antes compreender como funciona o
sistema imunológico. Quando um organismo estranho ou patógeno invade o corpo, é combatido
primeiramente pelos granulócitos e pelos macrófagos. Os macrófagos devoram e destroem os invasores,
mas também passam informações sobre a estrutura
molecular do inimigo para os linfócitos T indutores.

Os linfócitos indutores podem reagir de três formas ao


estímulo. Podem sinalizar aos linfócitos B que, com as
informações sobre o invasor, adquirem novas
características, tornando-se plasmócitos. Os plasmócitos
emitem anticorpos específicos contra os agentes
infecciosos, neutralizando-os ou servindo como
referencial para um ataque mais fulminante dos
macrófagos.

Em infecções que envolvem vírus e agentes Macrófago ataca bactérias


intracelulares, os linfócitos T indutores podem também
ativar os linfócitos T citotóxicos - especialistas na
destruição de células infectadas. Há ainda outras células
com esse papel que agem de forma independente. Elas são chamadas células NK (sigla em inglês para
’matadoras naturais’).

Finalmente, alguns linfócitos T indutores permanecerão vivos como células de memória, guardando
informações sobre o agente infeccioso caso ele apareça novamente no futuro - se isso ocorrer, toda a
resposta do organismo será muito mais imediata, não dando tempo para o estabelecimento da doença.

Pablo Pires Ferreira


Ciência Hoje/RJ
05/12/00

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