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Introdução
Um desses problemas é a poluição atmosférica, geradora do chamado efeito estufa, responsável pelo
aquecimento global, causado principalmente pela emissão dos gases, produtos da queima de combustíveis,
mormente fósseis, e da decomposição dos resíduos sólidos orgânicos tanto urbanos, quanto rurais ou seja, o
lixo.
Dentre os gases referidos, podemos citar o biogás, objeto desse sucinto trabalho, que tem entre seus
componentes o metano (CH4), que é cerca de 21 vezes mais nocivo que o dióxido de carbono (CO2) no
processo do efeito estufa. (F. ABREU et al 2006)
O que é biogás?
Trata-se de uma mistura de gases proveniente da decomposição anaeróbia, pela ação de bactérias, de
material orgânico disponível em lixo, dejetos animais, restos de vegetais, lodo de esgoto e efluentes
industriais como vinhoto, restos de matadouros, fábricas de alimentos (GIACAGLIA; SILVA DIAS 1993)
apud S.COELHO et al (2006), composta basicamente de metano (CH4), carbônico (CO2) e pequena
quantidade de outros como nitrogênio (N2), hidrogênio (H2), vapor d’água e o sulfídrico (H2S), este,
venenoso e de cheiro nauseabundo, responsável pela poluição atmosférica.
O biogás para ser produzido necessita além da matéria orgânica, de condições ideais de
temperatura, umidade e PH, combinadas com a ausência de oxigênio (O2), somente conseguidas em aterros
sanitários ou câmaras especiais chamadas biodigestores.
Aterros sanitários:
São depósitos onde são descartados resíduos sólidos (lixo) provenientes de residências,
indústrias, restaurantes e construções. Grande parte deste lixo é formada por materiais não orgânicos e não
recicláveis.
Como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum a ocorrência de plásticos,
vidros, metais e papéis. Esses aterros são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes das cidades,
em função do mau cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Existem
atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle
da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.
Utilidade
Pelo poder calorífico entre 5000 a 7000 Kcal/metro cúbico (AMBIENTE BRASIL, 2009),
dependendo da concentração de CH4, o único inflamável da mistura, pode ser usado como combustível: em
lampiões, aquecimento de fogões, motores de combustão interna, geladeiras, chocadeiras, secadores de grãos
ou secadores diversos e para a geração de energia elétrica.
Numa comparação com outros combustíveis, l m3 de biogás com 65% de CH4 equivale a
0,6 m3 de gás natural;
0,882 litro de propano;
0,789 litro de butano;
0,628 litro de gasolina;
0,575 litro de óleo combustível;
0,455 kg de carvão betuminoso;
1,602 kg de lenha seca.
Por outro lado, a utilização do gás para algumas aplicações necessita de um processo de
beneficiamento, uma vez que a presença de vapor d’água, CO2 e gases corrosivos no biogás in natura,
constitui-se o principal problema na viabilização de seu armazenamento e na produção de energia.
A remoção de água, CO2, H2S e outros elementos através de filtros e dispositivos de resfriamento,
condensação e lavagem é imprescindível para a confiabilidade e emprego do biogás.
CRÉDITOS DE CARBONO
Outra empresa que está lucrando com esse novo mercado é a Sansuy, de Embu (SP). Há 20 anos a
companhia, que fabrica plástico para cobertura de grandes superfícies. Nos últimos cinco anos, a
demanda explodiu, segundo Luiz Hiroma, gerente de biodigestores da Sansuy. “A possibilidade de produzir
energia elétrica a partir dos resíduos e de vender créditos de carbono fez a procura crescer muito”, diz.
Atualmente, a empresa tem 1.070 biodigestores instalados em todo o País - 300 deles só este ano. “Além do
biogás, o processo de fermentação da matéria orgânica no biodigestor resulta em um efluente que, quando
seco, é um ótimo adubo. É um retorno à adubação às antigas”, diz.
A gigante Sadia espera começar a produzir energia nas propriedades dos seus produtores integrados a
partir de 2009. A empresa criou em 2005 um programa para reduzir o impacto ambiental da criação de
porcos de 1.104 fornecedores em quatro Estados. Foram instalados biodigestores nas granjas, com o objetivo
futuro de produzir energia elétrica com o biogás e negociar créditos de carbono no mercado internacional.
A AmBev - Companhia de Bebidas da Américas, está dando continuidade ao seu processo de alinhamento
ao protocolo de Kyoto. A Companhia, que adotou há alguns meses a utilização de biogás na sua fábrica de
Jaguariúna, decidiu expandir o processo para mais três de suas unidades produtivas, em Jacareí e Agudos
(interior de São Paulo) e Juatuba (Minas Gerais). O projeto faz parte de um investimento total de R$ 160
milhões destinados à política e controle ambiental programados pela empresa e que vêm sendo
investidos nos últimos três anos.
A unidade de Jaguariúna produz 240 metros cúbicos por hora de biogás para a utilização como fonte de
energia na geração de vapor. A medida permitiu a redução de cerca de 7% do uso de gás natural e diminuiu a
emissão de gás carbônico na atmosfera.
A fábrica de Jacareí tem a produção semelhante, de 220 m³/h. Agudos e Juatuba produzem, cada uma,
170m³/h.
O projeto da Ambev também atende às exigências do protocolo de Kyoto, o que representa vantagens para a
própria companhia, já que a quantidade de carbono que deixa de ser queimada pode ser transformada em
créditos negociáveis com empresas do mundo todo.
A empresa é atualmente dona do maior portfólio do País no setor de bebidas.