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Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais

Introdução à Ciência
Docente: João Timotheo
Discente: Ane Ferrari Ramos Cajado

DIAS, Maria Berenice. “Paternidade homoparental” in Direito de Família e Psicanálise:


rumo a uma nova epistemologia. Rio de Janeiro: editora,2003, p. 269-2751.

CONTEXTO SOCIAL

Mudanças no modelo tradicional de sociedade não acabaram com a família.

Conseqüências:

 Permitiram às pessoas buscarem plena felicidade;


 Essa busca mudou os arranjos familiares tradicionais;
 Surgiram famílias homoparentais.

Uniões homossexuais passaram a requerer reconhecimento de direitos. A


Jurisprudência por medo de comprometer o casamento, nomeou essas uniões como
sociedade de fato, quando deveriam ser qualificadas como sociedade de afeto.

LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA

Visão estreita da jurisprudência em relação às uniões extra-matrimoniai, que via essas


uni~~oes como sociedades comerciais

“Exclusivamente para impedir o enriquecimento ilícito, as relações matrimoniais eram


tratadas como sociedades comerciais, determinando-se a repartição dos lucros, isto é,
a divisão dos bens adquiridos no período de convívio. Em vez de invocarem o Direito
de Família, socorriam-se os juízes de Direito das Obrigações, chamando de sócios
quem se uniu por amor em busca de uma comunhão de vidas.” (pp.271).

Textos legais que proíbem a guarda, tutela ou adoção compartilhada por casais
homoafetivos:

 Projeto Código Civil de 1916


 Lei da Parceria Civil Registrada n° 1.151/1995
 Pacto de Solidariedade n° 5.252/2002

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Esse texto pode ser encontrado no site www.mariaberenice.com.br
A Constituição de 1988 avançou nesse tema em relação à legislação anterior quando
deixou de assegurar proteção somente ao casamento e passa a proteger a família.
Apesar do avanço inegável, muitos arranjos familiares não foram contemplados, quais
sejam

 filhos que não têm a presença dos pais;


 os avós ou tios que criam os netos e os sobrinhos;
 crianças criadas por homossexuais. Família
A definição biológica ou consangüínea que era o pano de
fundo dos textos legais que versavam sobre o tema não
serve como critério para identificar a família atualmente.
O vínculo afetivo é o identificador da entidade familiar. “O
prestígio à afetividade fez surgir uma nova figura jurídica,
a filiação socioafetiva que acabou se sobrepondo à
realidade biológica” (pp.272)
Jurisprudência deixou de
se utilizar da definição
biológica ou consangüínea
para decidir sobre a
.
existência ou não de
família ou paternidade
Paternidade
Também a definição de paternidade é modificada. A
paternidade está condicionada à posse do estado de filho,
“(...) reconhecida como a relação afetiva, íntima e
duradoura, em que uma criança é tratada como filho,
quem cumpre todos os deveres inerentes ao poder
familiar: cria, ama, educa e protege” (pp.273)

Como nem a família, nem a paternidade pode ser relacionada a critérios biológicos,
não se pode deixar á margem do direito as famílias homoparentais só por não
possuírem capacidade reprodutiva. Atualmente as saídas encontradas pelos casais que
vivem numa união homoafetiva para terem filhos são várias, citaremos algumas:

 O casal pode ter um filho que seja filho biológico de um dos parceiros em
uma relação heterossexual anterior;
 O casal pode ter um filho que seja filho biológico de um dos parceiros
através de reprodução assistida;
 O casal pode ter um filho que foi adotado por um dos parceiros.

É fundamental para que se garanta o bem-estar dos menores que o vínculo paterno-
filial seja estabelecido para ambos os genitores, ainda que sejam dois pais ou duas
mães.

ARGUMENTAÇÃO CONTRÁRIA A ACEITAÇÃO DA HOMOPARENTALIDADE


1. São relações promíscuas, não oferecem ambiente saudável para o bom
desenvolvimento da criança;
2. Falta de referências comportamentais acarretando seqüelas psicológicas e
dificuldades de identificação sexual dos filhos.

A autora afirma que pesquisas têm demonstrado que as afirmações são falsas,
mas não explicita essas pesquisas. Ela só faz uma referência a isso cuja transcrição
segue abaixo:

“Também a situação familiar dos pais em nada influencia na definição da


paternidade, pois família, como afirma Lacan, não é um grupo natural, mas um
grupo cultural, e não se constitui apenas por um homem, mulher e filhos, conforme
bem esclarece Rodrigo da Cunha Pereira: a família é uma estruturação psíquica,
onde casa um de seus membros ocupa um lugar, desempenha uma função , sem
estarem necessariamente ligados biologicamente. Assim, nada significa ter um ou
mais pais, serem eles do mesmo ou de sexo diferentes” (pp.274)

CONCLUSÃO

A legislação que veda a guarda, tutela ou adoção de crianças ou adolescentes por


casais homossexuais representa um desserviço à ordem jurídica porque, no
mínimo, são inconstitucionais já que não garantem a isonomia que é um conceito
basilar da democracia.

“Negar a realidade, não reconhecer direitos só tem uma triste seqüela: os filhos são
deixados a mercê da sorte, sem qualquer proteção jurídica. Livrar os pais da
responsabilidade pela guarda,educação e sustento da criança é deixá-la em total
desamparo” (pp.275)

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