Sei sulla pagina 1di 23

RE SO LVER EQ UAÇ ÕES

HÉLIO BERNARDO LOPES

É vasto o conjunto de equações que podem apresentar-se no domínio da Matemática, bem como na vida
corrente, em que aquela e os seus resultados têm de aplicar-se para resolver problemas concretos ligados a
domínios muito variados, e tanto nos de âmbito mais técnico, como nos ligados às designadas Ciências Sociais,
passando, lá pelo meio, pela Economia e pela Gestão.

Apresenta-se, de seguida, um conjunto razoável de equações de tipo diverso, desde as algébricas às


transcendentes, das equações às diferenças e diferenciais às integrais, e das trigonométricas às matriciais, de
molde a deixar no leitor estudioso e interessado um conjunto vasto de exemplos que possam ilustrar muitos dos
tipos de equações que podem surgir na vida corrente, mas também balizar o tema, deixando pistas que
permitam atacar outros tipos de equações mais complexas.

EXEMPLO. Seja a equação:

2 x + 3 = 0.
Trata-se de uma equação do primeiro grau na incógnita x e com coeficientes em C, embora neste caso
todos reais:

a 0 + ib0 = 2 ∧ a1 + ib1 = 3 .

Recorrendo à correspondente fórmula resolvente, virá a solução da equação dada:

3
x = − ⋅•
2
EXEMPLO. Seja, agora, a equação:

2 x + 3 − i = 0.
Neste caso, tem-se:

a 0 + ib0 = 2 ∧ a1 + ib1 = 3 − i

tratando-se, igualmente, de uma equação algébrica do primeiro grau na incógnita x , com coeficientes em C,
pelo que o recurso à correspondente fórmula resolvente fornece a solução da equação dada:

3−i 3 1
x=− = − + i. •
2 2 2
EXEMPLO. Seja, desta vez, a equação:

( 2 + i ) x − ( 1 − 3i ) = 0
também algébrica e do primeiro grau em x , com coeficientes em C. Esta equação pode escrever-se na forma
equivalente:

( 2 + i ) x + ( − 1 + 3i ) = 0
sendo, pois:

a 0 + ib0 = 2 + i ∧ a1 + ib1 = −1 + 3i.


Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
Assim, a solução da equação dada, recorrendo à fórmula resolvente, é:

− 1 + 3i ( − 1 + 3i ) ( 2 − i ) 1 7
x=− =− = − − i. •
2+i ( 2 + i) ( 2 − i) 5 5

EXEMPLO. Seja, desta vez, a equação:

x 2 − 3x + 2 = 0.
que é uma equação do segundo grau na incógnita x , com coeficientes em C, embora no presente caso todos
reais:

a 0 + ib0 = 1 ∧ a1 + ib1 = −3 ∧ a 2 + ib2 = 2 .

Recorrendo à respectiva fórmula resolvente, as duas soluções da equação são:

3 ± ( − 3) − 4 × 1 × 2 3 ± 1
2

x=
2 ×1
=
2
⇔ (x =2 ∨ x = 1)

ambas reais e diferentes. •

EXEMPLO. Seja, neste caso, a equação:

x 2 − 2 x + 2 = 0.
Trata-se de uma equação do segundo grau na incógnita x , com coeficientes em C, embora no presente
caso todos reais:

a 0 + ib0 = 1 ∧ a1 + ib1 = −2 ∧ a 2 + ib2 = 2

pelo que, recorrendo à correspondente fórmula resolvente, virão as duas soluções procuradas:

2 ± ( − 2) − 4 × 1 × 2 2 ± 2i
2

x=
2 ×1
=
2
⇔ ( x = 1+ i ∨ x = 1 − i) .

ambas números imaginários. Dado que os coeficientes desta equação são números reais, embora as duas
soluções sejam imaginárias, elas são conjugadas entre si. •

EXEMPLO. Seja, aqui, a equação:

x 2 − 3x + 3 + i = 0
que é uma equação do segundo grau na incógnita x , com coeficientes em C, um dos quais imaginário, tendo-
se:

a 0 + ib0 = 1 ∧ a1 + ib1 = −3 ∧ a 2 + ib2 = 3 + i.

Aplicando a fórmula resolvente para esta equação, virá:

3 ± ( − 3) − 4 × 1( 3 + i ) 3 ± − 3 − 4i
2

x=
2 ×1
=
2
⇔ (x = 2−i ∨ x = 1 + i)

uma vez que se tem:

− 3 − 4i = 1 − 2i ∨ − 3 − 4i = −1 + 2i.

_______________________________________________________________________ 2
Neste caso, embora a equação dada (do segundo grau) tenha duas raízes imaginárias, elas não são
conjugadas entre si, o que fica a dever-se a não serem reais todos os coeficientes da equação. •

EXEMPLO. Seja, agora, a equação:

x 3 − 3x 2 + 4 x − 2 = 0
que é uma equação algébrica do terceiro grau na incógnita x , com coeficientes em R, tendo-se:

a 0 = 1 ∧ a1 = −3 ∧ a 2 = 4 ∧ a 3 = −2 .

Recorrendo à respectiva fórmula resolvente, há que proceder à transformação:

−3
x= y− = y +1
3
obtendo-se a equação do terceiro grau em y :

( y + 1) 3
− 3( y + 1) + 4( y + 1) − 2 = 0
2
⇔ y3 + y = 0

que já não apresenta o termo de grau dois, e onde se tem:

p = 1 ∧ q = 0.

O discriminante da equação a que se chegou vale:

∆=4>0
pelo que a anterior equação em y terá uma raiz real e duas imaginárias conjugadas. Neste caso, ter-se-á:

3 3
− −
u =33 2
∧ v = −3
3 2

pelo que virá:

1 1
− −
u1 = 3 2
∧ v1 = −3 . 2

Assim, as soluções da equação transformada da dada são:

1 1
− −
y1 = 3 2
−3 2
=0


1
−1+ i 3 − −1− i 3
1
y2 = 3 2
−3 2
=i
2 2


1
−1− i 3 − −1+ i 3
1
y3 = 3 2
−3 2
= −i .
2 2
Logo, as soluções da equação inicialmente dada obtêm-se destas pela transformação inversa, ou seja,
adicionando-lhes a unidade, vindo as três soluções procuradas:
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
x1 = 0 + 1 = 1

x2 = i + 1 = 1 + i

x 3 = −i + 1 = 1 − i .

Assim, as soluções da equação dada são 1 , 1 + i e 1 − i. •


EXEMPLO. Seja, então, a equação:

x 3 − 9 x 2 + 24 x − 16 = 0
algébrica, do terceiro grau na incógnita x , com coeficientes em R, na qual se tem:

a 0 = 1 ∧ a1 = −9 ∧ a 2 = 24 ∧ a 3 = −16 .

Procedendo à transformação:
−9
x= y− = y+3
3
obtém-se a nova equação:

( y + 3) 3
− 9( y + 3) + 24( y + 3) − 16 = 0
2

ou seja:

y 3 − 3y + 2 = 0

onde se tem:

p = −3 ∧ q = 2.

Neste caso o discriminante vale:

∆=0
o que mostra que a equação inicial apresenta três raízes reais, sendo uma com grau de multiplicidade dois.

Recorrendo à correspondente fórmula resolvente, obtêm-se as soluções da equação transformada:

y1 = 2u1 = −2

y 2 = y 3 = −( −1) = 1

Logo, as soluções da solução inicialmente dada obtêm-se destas pela transformação inversa da aplicada, ou
seja, adicionando-lhes 3:

x1 = −2 + 3 = 1

x 2 = x 3 = 1 + 3 = 4.

Assim, as soluções da equação inicialmente dada são a raiz real simples 1 e a raiz real 4 , com grau de
multiplicidade dois. •

_______________________________________________________________________ 4
EXEMPLO. Considere-se, agora, a nova equação do terceiro grau na incógnita x , com coeficientes em R:

x 3 − 9 x 2 + 20 x − 12 = 0
para a qual se tem:

a 0 = 1 ∧ a1 = −9 ∧ a 2 = 20 ∧ a 3 = −12 .

Procedendo à transformação:

−9
x= y− = y+3
3
obtém-se a equação:

y3 − 7y − 6 = 0

ou seja:

p = −7 ∧ q = −6.

Ora, de acordo com o que se conhece da fórmula resolvente para esta equação, tem-se:

73  6
ρ= ∧ θ = arccos  .
33  2ρ 

Recorrendo a uma máquina de calcular, obtêm-se as soluções da equação transformada:

y1 = 3 ∧ y 2 = −2 ∧ y 3 = −1

vindo para as soluções da equação inicial estes mesmos valores, mas adicionados de 3:

x1 = 6 ∧ x2 = 1 ∧ x3 = 2 . •

EXEMPLO. Considere-se, desta vez, a equação do quarto grau na incógnita x , com coeficientes em R:

x 4 − 10 x 3 + 35x 2 − 50 x + 12 = 0
para a qual se tem:

a 0 = 1 ∧ a1 = −10 ∧ a 2 = 35 ∧ a 3 = −50 ∧ a 4 = 12

e cujas soluções se poderiam obter a partir da correspondente fórmula resolvente, em todo o caso muito
trabalhosa. Ora, tendo presente que o coeficiente do termo de maior grau é unitário, tal significa que, no caso
de existirem raízes inteiras elas terão de ser divisores do termo independente, ou seja, ± 12 , ± 6 , ± 4 , ± 3 ,
± 2 ou ± 1 .
Deitando mão da Regra de Ruffini, e experimentando a raiz 1 , de imediato se constata que ela é raiz da
equação inicialmente dada, acabando por cair-se na nova equação do terceiro grau:

x 3 − 9 x 2 + 26 x − 24 = 0 .
Voltando a deitar mão do critério anterior, percebe-se que 2 é raiz desta equação, pelo que acabará por
sobrar a equação do segundo grau:

x 2 − 7 x + 12 = 0
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
que é já do segundo grau e por cuja fórmula resolvente se encontram as duas anteriores raízes, 3 e 4 . Ou seja,
a equação inicialmente dada apresenta as quatro raízes reais:

x =1 ∨ x=2 ∨ x=3 ∨ x = 4. •

EXEMPLO. Seja, agora, a equação biquadrada:

x 4 − 2x 2 − 3 = 0 .
Procedendo à mudança de variável:

y = x2

virá a nova equação do segundo grau em y :

y2 − 2y − 3 = 0

cujas soluções são:

y = −1 ∨ y = 3.

Tendo presente a mudança de variável inicial, virão as quatro raízes da equação biquadrada inicial, ou seja:

(x = −1 ∨ x = − −1 ) ⇔ (x = 3 ∨ x=− 3 )
ou, finalmente:

x = ±i ∨ x = ± 3. •

EXEMPLO. Seja a equação:

2 x 5 − 7 x 4 + 5x 3 + 5x 2 − 7 x + 2 = 0.
Trata-se de uma equação recíproca de grau impar e de primeira classe, pelo que tem a raiz, −1. Utilizando
a Regra de Ruffini, virá a equação:

2 x 4 − 9 x 3 + 14 x 2 − 9 x + 2 = 0
já sem a raiz anterior. Trata-se, claro está, de uma nova equação recíproca, ainda de primeira classe, mas agora
de grau par. Verifica-se, neste caso, que se tem:

P4 (1) = 0 ∧ P4 ( −1) = 36 ≠ 0

pelo que esta equação tem a raiz dupla, 1. É, assim, determinada a nova equação:

2 x 2 − 5x + 2 = 0
que resultou da anterior pela aplicação, duas vezes, da Regra de Ruffini, e que continua a ser recíproca, de grau
par e de primeira classe. Contudo, aqui já se tem:

P2 (1) = −1 ∧ P2 ( −1) = 9

pelo que haveria que proceder à transformação y = x + x −1 . Tratando-se, neste caso, de uma equação do
segundo grau, a mesma pode resolver-se pelo recurso à respectiva fórmula resolvente, encontrando-se as duas
últimas raízes da equação inicialmente dada:

_______________________________________________________________________ 6
1
x=2 ∨ x=
2
que são recíprocas uma da outra. A equação dada tem, pois, as raízes, 1, −1, 2 e 0,5, sendo que a raiz 1 tem
grau de multiplicidade dois. •

EXEMPLO. Tome-se a equação inteira:

3x 4 − 10 x 3 + 10 x − 3 = 0.
Como se vê, trata-se de uma equação recíproca de grau par e de segunda classe. A equação tem, pois, as
raízes 1 e −1. Pela Regra de Ruffini é-se conduzido à equação:

3x 2 − 10 x + 3 = 0
já sem as raízes anteriores, igualmente recíproca e de grau par, mas de primeira classe. Tratando-se de uma
equação do segundo grau, as suas raízes são, 3 e 0,(3), recíprocas uma da outra. •

EXEMPLO. Determinar as soluções da equação:

6 x 7 − 29 x 6 + 21x 5 + 56 x 4 − 56 x 3 − 21x 2 + 29 x − 6 = 0.
Vê-se, facilmente, que se está perante uma equação recíproca de grau impar e de segunda classe. A equação
tem, portanto, a raiz 1. A Regra de Ruffini conduz à nova equação:

6 x 6 − 23x 5 − 2 x 4 + 54 x 3 − 2 x 2 − 23x + 6 = 0
de grau par e de primeira classe, e naturalmente recíproca. Tem-se, neste caso:

P6 ( −1) = 0 ∧ P6 (1) = 16 ≠ 0

pelo que a equação apresenta a raiz, −1. Aplicando duas vezes a Regra de Ruffini, virá:

6 x 4 − 35x 3 + 62 x 2 − 35x + 6 = 0
também de grau par e igualmente de primeira classe. Aqui, porém:

P4 (1) = 4 ≠ 0 ∧ P4 ( −1) = 144 ≠ 0.

Ter-se-á, pois, de recorrer à mudança de variável, y = x + x −1 , e prosseguir a resolução.

Dado que a equação a que se chegou é do quarto grau, ter-se-á:

2j =4 ⇒ j = 2,

pelo que deverá dividir-se a equação anterior por x 2 , ou seja:

35 6
6 x 2 − 35x + 62 − + =0
x x2
ou, o que é equivalente:

 1  1
6 x 2 + 2  − 35 x +  + 62 = 0.
 x   x

Procedendo à transformação:
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
1
y= x+
x
virá:

1
x2 + = y2 − 2
x2
e, portanto:

6( y 2 − 2) − 35 y + 50 = 0

cujas soluções são:

5 10
e
2 3
e que estão relacionadas com a equação dada pela transformação antes adoptada. Virá, pois:

5 1 5
= x+ ⇔ x2 − x +1= 0 ⇔ 2 x 2 − 5x + 2 = 0
2 x 2
e:

10 1 10
= x+ ⇔ x2 − x +1= 0 ⇔ 3x 2 − 10 x + 3 = 0
3 x 3
cujas soluções são, respectivamente:

1 1
, 2 e , 3
2 3
e que são as soluções da equação recíproca do quarto grau a que se havia chegado. Como se vê, as quatro raízes
que faltavam são recíprocas duas a duas. •

EXEMPLO. Seja a equação:

1 1
+ =0
x − 3 5 − 3x
que é uma equação algébrica racional fraccionária, uma vez que a incógnita aparece num, pelo menos, dos
denominadores presentes na equação.

Neste caso, um pouco de atenção permitirá perceber que a soma de duas fracções só pode anular-se se elas
forem simétricas. Dado que os numeradores das duas fracções são iguais, para que as fracções sejam simétricas
é necessário que os denominadores o sejam por igual, ou seja:

x − 3 = −( 5 − 3x ) ⇔ x =1

e que, por não anular nenhum dos dois denominadores, é a solução da equação dada.

É claro que a equação pode ser resolvida de um modo mais formal, tendo-se:

1 1 2 − 2x
+ =0 ⇔ =0
x − 3 5 − 3x ( x − 3) ( 5 − 3x )
o que é formalmente equivalente a:

_______________________________________________________________________ 8
 5
2 − 2x = 0 ∧  x ≠ 3 ∧ x ≠  ⇔ x =1
 3

resultado a que já se havia chegado anteriormente. •

EXEMPLO. Seja a nova equação:

1 2
− =0
x−3 4− x
também algébrica racional fraccionária.

Esta equação pode escrever-se na forma equivalente:

1 1
− =0
x−3 4− x
2
o que mostra que a diferença das duas fracções só pode anular-se se os denominadores forem iguais:

4−x 10
x−3= ⇔x=
2 3
que é a única solução procurada. •

EXEMPLO. Seja, agora, equação:

1 1
+ = 0.
x − 3 1− x
Trata-se, claro está de uma equação impossível em R, dado que, tendo de ser:

x − 3 = − ( 1 − x ) ⇔ −3 = − 1
obtem-se uma igualdade numérica falsa, o que mostra que o conjunto das soluções da equação dada é vazio, ou
seja, a equação dada é impossível em R. •

EXEMPLO. Seja, aqui, equação irracional em x :

x − 1 = 7.
Ter-se-á, então:

x −1 = 7 ⇒ ( x −1 ) 2
= 7 2 ⇔ x − 1 = 49 ⇔ x = 50 .

Para que este valor seja solução da equação inicial é necessário que a satifaça, o que realmente ocorre, dado
ter-se:

50 − 1 = 7 ⇔ 49 = 7 ⇔ 7 = 7. •
EXEMPLO. Seja a nova equação irracional em x :

x2 − 1 = 2 − x .
Tem-se, à semelhança do que se viu no exemplo anterior:
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________

( )
2
= ( 2 − x) ⇔ 2 x 2 + 4 x − 5 = 0
2
x2 − 1 = 2 − x ⇒ x2 − 1

cujas soluções são:

 − 4 + 16 + 40 − 4 − 16 + 40   − 2 + 14 − 2 − 14 
x = ∨ x=  ⇔ x = ∨ x= .
 4 4   2 2 

Substituindo cada um destes valores na equação inicialmente dada, facilmente se verifica que nenhum
deles é solução da equação. Assim, o conjunto das soluções da equação dada é vazio, dado que a equação é
impossível em R. •

EXEMPLO. Tome-se a equação irracional em x :

x − 3 − 5 − x = 0.
Virá, então:

x − 3 − 5− x = 0 ⇔ x − 3 = 5− x ⇒ ( x−3 ) 2
= ( 5− x ) 2
⇔ 2 x − 8 = 0 ⇔ x = 4.

Substituindo o valor encontrado para a incógnita na equação inicialmente dada, pbtém-se uma igualdade
numérica verdadeira:

4 − 3 − 5− 4 = 0 ⇔ 1− 1 = 0 ⇔ 0 = 0

pelo que x = 4 é a única solução da equação irracional em x inicialmente dada. •


EXEMPLO. Considere-se a equação irracional em x :

x − 3 + x + 5 = 0.
Ter-se-á, pois:

x − 3 + x + 5 = 0 ⇔ x − 3 = − x + 5 ⇒ x − 3 = x + 5 ⇔ −3 = 5

que, sendo uma igualdade numérica falsa, mostra que a equação dada é impossível em R. •

EXEMPLO. Seja, agora, equação irracional em x :

1+ 9 + x = x + 3.
Ter-se-á, neste caso:

25
1+ 9 + x = x +3⇔ 9+ x = x +2⇒9+ x = x+4 x +4⇔5= 4 x ⇒ x =
16
valor este que, substituído na equação inicial, a transforma numa igualdade numéria verdadeira, ou seja, é a
solução (única) da equação inicialmente dada. •

EXEMPLO. Seja, neste caso, equação irracional em x :

x + 2 − x − 1 = 2x − 3 .
Tem-se, no presente caso:

x + 2 − x − 1 = 2x − 3 ⇒ ( x + 2 − x −1 ) 2
= 2x − 3 ⇔ x + 2 − 2 x + 2 x − 1 + x − 1 = 2x − 3

_______________________________________________________________________ 10
ou seja:

2= x + 2 x − 1 ⇒ 4 = x 2 + x − 2 ⇔ x 2 + x − 6 = 0 ⇔ ( x = −3 ∨ x = 2) .

Por substituição directa se pode ver que x = −3 não é solução da equação inicial, mas que x = 2 o é. Ou
seja, esta última é a única solução da equação dada. •

EXEMPLO. Tome-se, aqui, a equação em x :


2
−3 x +2
ex = 1.
Para se obterem as soluções desta equação, basta ter em conta que:

= e 0 ⇔ x 2 − 3x + 2 = 0 ⇔ ( x = 2 ∨ x = 1)
2 2
−3 x +2 −3x +2
ex = 1 ⇔ ex

que são as duas soluções da equação dada. •

EXEMPLO. Tome-se, agora, a equação em x :

2
− 3 x +1 1
ex = ⋅
e
Para esta equação tem-se:

1
⇔ e x − 3 x +1 = e −1 ⇔ x 2 − 3x + 1 = −1 ⇔ x 2 − 3x + 2 = 0 ⇔ ( x = 2 ∨ x = 1)
2 2
− 3 x +1
ex =
e
que são as soluções da equação inicialmente considerada. •

EXEMPLO. Veja-se, desta vez, a equação em x :

ln( x 2 − 3x + 3) = 0.

Esta equação pode escrever-se na forma equivalente:

ln( x 2 − 3x + 3) = 0 ⇔ ln( x 2 − 3x + 3) = ln( 1) ⇔ x 2 − 3x + 3 = 1 ⇔ x 2 − 3x + 2 = 0 ⇔ ( x = 2 ∨ x = 1)


pelo que estes dois valores são as duas soluções da equação inicialmente dada. •

EXEMPLO. Seja a equação em x :

ln( x 2 − 3x + 2) = 2 ln( x ) .

Tem-se, neste caso:

ln( x 2 − 3x + 2) = 2 ln( x ) ⇔ ln( x 2 − 3x + 2) = ln( x 2 ) ⇔ x 2 − 3x + 2 = x 2

ou seja, virá a equação equivalente:

2
− 3x + 2 = 0 ⇔ x =
3
que é a única solução da equação dada. •

EXEMPLO. Seja agora a equação trigonométrica elementar:


Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________

1
sen( x ) = ⋅
2
Neste caso, à equação dada há que dar a forma equivalente:

π
sen( x ) = sen 
 6

pelo que a solução geral da equação dada é:

π
x = kπ + ( − 1)
k

6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a nova equação trigonométrica elementar:

3
cos( x ) = ⋅
2
Tem-se, de modo equivalente:

π
cos( x ) = cos 
 6

pelo que a solução geral da equação dada é:

π
x = 2 kπ ± ⋅
6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Considere-se, aqui, a equação trigonométrica elementar:

tg ( x ) = 1.

Virá, então:

π
tg ( x ) = 1 ⇔ tg ( x ) = tg  
 4

sendo a solução geral da equação dada:

π
x = kπ +
4
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Tome-se a equação trigonométrica elementar:

sen(3x ) = 1.

Neste caso, tem-se:

_______________________________________________________________________ 12
π
sen(3x ) = 1 ⇔ sen(3x ) = sen 
 2

pelo que a solução geral da equação dada é:

π π k π
3x = kπ + ( − 1) ⇔ x = k + ( − 1)
k

2 3 6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica elementar:

cos( 3x − 1) = 0.

Esta equação pode tomar a forma equivalente:

π
cos( 3x − 1) = 0 ⇔ cos(3x − 1) = cos 
 2

ou seja, a solução geral da equação dada é:

π π 2 π 1
3x − 1 = 2 kπ ± ⇔ 3x = 2 kπ ± + 1 ⇔ x = kπ ± +
2 2 3 6 3
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja, desta vez, a equação trigonométrica:

1− x 7
tg = cot g ⋅
4 5x − 2
Tem-se, neste caso:

1− x 7 1− x 5x − 2
tg = cot g ⇔ tg = tg
4 5x − 2 4 7
pelo que se terá:

1− x 5x − 2 1 − x 2 − 5x 7 − 7 x + 8 − 20 x
= kπ + ⇔ + = kπ ⇔ = kπ ⇔
4 7 4 7 28

15 − 27 x 15 − 28kπ
= kπ ⇔ 15 − 27 x = 28kπ ⇔ 27 x = 15 − 28kπ ⇔ x = ⋅
28 27
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Veja-se, agora, a equação trigonométrica:

sen 2 ( x ) − 3sen( x ) + 2 = 0.

Trata-se de uma equação do segundo grau em sen( x ) , pelo que virá:

3± 9 −8 3±1
sen( x ) = =
2 2
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
ou seja:

π
( sen( x) = 2 ∨ sen( x ) = 1) ⇔ sen( x ) = 1 ⇔ sen( x ) = sen 
 2

pelo que a solução geral da equação dada é:

π
x = kπ + ( − 1)
k

2
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:

sen(3x − 1) = cos(2 − 7 x )

que pode escrever-se na forma equivalente:

π   π  
sen(3x − 1) = cos( 2 − 7 x ) ⇔ sen(3x − 1) = sen  − ( 2 − 7 x )  ⇔ sen(3x − 1) = sen  − 2 + 7 x 
2   2  
pelo que virá:

k  π   π −4
3x − 1 = kπ + ( − 1)  − 2 + 7 x  ⇔ 3x − 1 = ( − 1) k + 7 x( − 1) k ⇔

 2   2

π −4
1+ ( − 1) k
[ ] π − 4
( 3 − 7( − 1) k ) x = 1 + 2 ( − 1) k ⇔ x = 3 − 27( − 1) k
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:

cos ec( x ) − sec( x ) = 0.

Tem-se aqui:

1 1
cos ec( x ) − sec( x ) = 0 ⇔ − =0
sen( x ) cos( x )

pelo que terá de ser:

π 
sen( x ) = cos( x ) ⇔ sen( x ) = sen − x
2 

ou seja:

k π  k π π k π
x = kπ + ( − 1)  − x ⇔ x + ( − 1) x = kπ + ( − 1) ⇔ x = k + ( − 1)
k
2  2 2 4

com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Veja-se a equação trigonométrica:

_______________________________________________________________________ 14
7 sen( x ) − 1 = 2.

Virá, neste caso:

5
7 sen( x ) − 1 = 2 ⇒ 7 sen( x ) − 1 = 4 ⇔ sen( x ) = ⇔ sen( x ) ≈ sen(0,714)
7
pelo que a solução geral da equação dada será, em princípio:

x ≈ kπ + ( − 1)
k
( 0,714)
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Tome-se a equação trigonométrica:

3sen( x ) − 1 − 2 + 5sen( x ) = 0 .

Ter-se-á, neste caso:

3sen( x ) − 1 − 2 + 5sen( x ) = 0 ⇔ 3sen( x ) − 1 = 2 + 5sen( x ) ⇒ 3sen( x ) − 1 = 2 + 5sen( x ) ⇔

2 sen( x ) = −3

que é, como se sabe, uma equação impossível. •

EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:

cos ec( 7 x − 1) = 4.

Virá, neste caso:

1
cos ec( 7 x − 1) = 4 ⇔ = 4 ⇔ sen( 7 x − 1) = 0,25 ⇔ sen( 7 x − 1) ≈ sen( 0,25268)
sen( 7 x − 1)
pelo que a solução geral da equação dada é:

1 + kπ + 0,25268( − 1)
k

7 x − 1 ≈ kπ + 0,25268( − 1) ⇔ x =
k

7
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:

sec(1 − 4 x ) = −3.

Virá, então, a equação equivalente:

1 1
sec(1 − 4 x ) = −3 ⇔ = −3 ⇔ cos(1 − 4 x ) = − = −0,(3) ⇔ cos(1 − 4 x ) ≈ cos(1,91)
cos(1 − 4 x ) 3

pelo que a solução geral da equação dada é:

1 − 2 kπ ± 1,91
1 − 4 x ≈ 2 kπ ± 1,91 ⇔ 4 x ≈ 1 − 2 kπ ± 1,91 ⇔ x =
4
com k ∈ Z. •
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________

EXEMPLO. Considere-se a equação:

e sen ( x ) − e = 0.
Virá, neste caso:

π
1
1
e sen ( x )
− e =0⇔e sen ( x )
= e ⇔ sen( x ) =
2
⇔ sen( x ) = sen 
2  6

pelo que a solução geral da equação dada é:

π
x = kπ + ( − 1)
k

6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Considere-se a nova equação:

ln( 3 cos x − 1) − 2 = 0.

Esta equação pode escrever-se na forma equivalente:

e2 + 1
ln( 3 cos x − 1) − 2 = 0 ⇔ ln( 3 cos x − 1) = ln( e 2 ) ⇔ 3 cos x − 1 = e 2 ⇔ cos x =
3
que é, como facilmente se perceberá, uma equação impossível. •

EXEMPLO. Considere-se a equação:

cot g( e x ) = 3.

Esta equação pode escrever-se na forma equivalente:

cot g( e x ) = 3 ⇔ cot g( e x ) ≈ cot g( 0,5236)

pelo que a solução geral da equação inicial é:

e x ≈ kπ + 0,5236 ⇔ x ≈ ln( kπ + 0,5236)

com k ∈ Z e kπ + 0,5236 > 0 . •


EXEMPLO. Considere-se a equação:

sen( x ) + cos( x ) − tg ( x ) = 1,5.

Ora, tendo em conta que todas as funções circulares de certo ângulo se podem exprimir racionalmente na
tangente de metade desse ângulo, e que se tem:

 x  x  x
2tg   1 − tg 2   2tg  
 2  2  2
sen( x ) = ∧ cos( x ) = ∧ tg ( x ) =
 x  x  x
1 + tg 2   1 + tg 2   1 − tg 2  
 2  2  2

a equação dada poderá escrever-se na forma:

_______________________________________________________________________ 16
 x  x  x
2tg   + 1 − tg 2   2tg  
 2  2  2
− = 1,5.
2  x 2  x
1 + tg   1 − tg  
 2  2

Reduzindo o primeiro membro da equação anterior, virá a nova equação:

 x  x  x  x  x  x  x
2tg   + 1 − tg 2   − 2tg 3   − tg 2   + tg 4   − 2tg   − 2tg 3  
 2  2  2  2  2  2  2
= 1,5 ⇔
4  x
1 − tg  
 2

 x  x  x
2,5tg 4   − 4tg 3   − 2tg 2   − 0,5 = 0
 2  2  2

 x
que é uma equação do quarto grau em tg   , e se pode resolver facilmente através de uma máquina de
 2
calcular de boa qualidade. Ainda assim, haveria, ao final, que prestar alguma atenção a certas condições
necessárias à aceitação das soluções encontradas. •

EXEMPLO. Seja a nova equação:

ch( 1 − 4 x ) = 1

que pode escrever-se na forma equivalente:

ch( 1 − 4 x ) = 1 ⇔ ch(1 − 4 x ) = ch(0) ⇔ 1 − 4 x = 0 ⇔ x = 0,25

e que é a única solução da equação dada. •

EXEMPLO. Tome-se esta outra equação:

sh( 3x ) = 7.

Esta equação pode escrever-se na forma:

e 3 x − e −3 x 1
sh(3x ) = 7 ⇔ = 7 ⇔ e 3 x − 3 x = 14 ⇔ e 6 x − 14e 3 x − 1 = 0 ⇔
2 e

( e 3x ) 2 − 14e 3x − 1 = 0
que é um equação do segundo grau em e 3 x . Dado que e 3 x não pode ser negativa, a única solução possível é:

e 3 x ≈ 14,071067 ⇔ x ≈ 0,88137. •

EXEMPLO. Tome-se a equação seguinte:

tgh( 3x ) = 0,6.

Esta equação pode escrever-se na forma:

e 3 x − e −3 x e6x − 1
tgh( 3x ) = 0,6 ⇔ = 0.6 ⇔ = 0,6 ⇔ e 6 x = 4
e 3 x + e −3 x e6x + 1
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________

pelo que a solução procurada é:

e 6 x = 4 ⇔ 6 x = ln(4) ⇔ x ≈ 0,23104. •

EXEMPLO. Tome-se a equação seguinte:

d   ∂
2
x

 ∫ 3tdt  = [ 3x 2 y + 7] .
dx 3 x  ∂y

Recorrendo aos conhecimentos oriundos da Análise Matemática, tem-se:

2 x 3x 2 − 3 × 3x = 3x 2 ⇔ ( 6 x 2 − 3x − 18 = 0 ∧ x ≠ 0) ⇔ ( 2 x 2 − x − 6 = 0 ∧ x ≠ 0)

cujas soluções são:

3
x=2 ∨ x=− ⋅•
2
EXEMPLO. Seja a equação matricial seguinte:

[ AXB − BC] B = I
onde se tem:

 1 2 3  1 3 − 1  2 1 3  1 0 0
       
A = − 1 3 5 B = − 1 1 2 C =  1 2 3 I = 0 1 0
 1 − 4 − 2  1 − 3 2 − 1 4 2 0 0 1

Da equação inicial obtém-se:

[ AXB − BC ] B = I ⇔ AXB − BC = IB −1 ⇔ AXB = B −1 + BC ⇔ AX = [ B −1 + BC] B −1 ⇔

X = A −1 [ B −1 + BC ] B −1

que é a solução procurada, desde que existam as matrizes inversas das dadas e que figuram no segundo membro
da última igualdade, o que é o caso. Deixa-se a tarefa de as determinar ao leitor estudioso e interessado. •

EXEMPLO. Considere-se a nova equação matricial:

[ AXB − ( BC) ] A = A
−1 T

onde se tem:

 1 2 3
1 + i 2 3  1 2 3 4 −1
    2 − 1
A =  −1 3− i 5 B =  2 4 1 3 C=  
 2 1 − 3
 1 − 4 − 2 + i  − 1 5 2 1  
− 2 − 2 1

A equação matricial inicial pode escrever-se no modo seguinte:

[ AXB − ( BC) ] A = A
−1 T
⇔ AXB − ( BC )
−1
= A T A −1 ⇔ AXB = A T A −1 + ( BC )
−1

_______________________________________________________________________ 18
[
AX = A T A −1 + ( BC )
−1
]B −1
⇔ X = ( A)
−1
[A T
A −1 + ( BC )
−1
]B −1

que é a solução procurada, desde que existam as inversas da matrizes consideradas. A matriz A é a matriz
conjugada da matriz A , sendo A a transposta de A . •
T

EXEMPLO. Considere-se a equação:

y '' − 3 y ' + 2 y = 0

que é uma equação diferencial ordinária, linear, homogénea, de segunda ordem, com coeficientes constantes. A
sua equação característica é:

m 2 − 3m + 2 = 0
cujas soluções são:

m=1 ∨ m=2

pelo que a solução geral desta equação é:

y = C1e 1x + C2 e 2 x = C1e x + C2 e 2 x

onde C1 e C2 são as constantes de integração. •

EXEMPLO. Considere-se a nova equação:

y '' − 6 y ' + 9 y = 0

do mesmo tipo da anterior. A equação característica é, neste caso:

m 2 − 6m + 9 = 0
que apresenta a única raiz, m = 3 , com grau de multiplicidade dois. Nestas circunstâncias, a solução geral da
equação dada é:

y = C1e 3 x + C2 xe 3 x

onde C1 e C2 são as constantes de integração. •

EXEMPLO. Seja, neste caso, a equação:

y '' − 3 y ' + 2 y = 7

que é uma equação diferencial ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com coeficientes
constantes.

Como se sabe, a solução geral de uma equação deste tipo, resulta da soma da correspondente à equação
homogénea com uma solução particular da inicial. A equação homogénea da dada é, como se viu atrás:

y '' − 3 y ' + 2 y = 0

cuja solução é, como também se encontrou atrás:

y = C1e 1x + C2 e 2 x = C1e x + C2 e 2 x .
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
Dado que o segundo membro da equação dada é 7 , deverá adoptar-se para solução particular da dada uma
solução do tipo:

y=K

onde K é uma constante a determinar. Sendo assim, ter-se-á:

y' = 0 ∧ y '' = 0

pelo que, substituindo a função e as suas derivadas na equação dada, virá:

7
0 − 3 × 0 + 2K = 7 ⇔ K =
2
pelo que a solução geral da equação dada é:

7
y = C1e x + C2 e 2 x + ⋅•
2
EXEMPLO. Seja, agora, a equação:

y '' − 3 y ' + 2 y = 3x

que é, mais uma vez, uma equação diferencial ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com
coeficientes constantes. Já se viu anteriormente que a equação homogénea da dada é:

y '' − 3 y ' + 2 y = 0

sendo a sua solução:

y = C1e 1x + C2 e 2 x = C1e x + C2 e 2 x .

Dado que o segundo membro da equação inicial é 3x , adopta-se para solução particular da inicialmente
dada uma função do tipo:

y = Ax + B

pelo que se tem:

y' = A ∧ y '' = 0

obtendo-se, por substituição na equação inicial:

0 − 3 A + 2( Ax + B ) = 7
de onde se obtém:

3 9
A= ∧ B=
2 4
pelo que uma solução particular da inicial é:

3 9
y= x+
2 4
sendo a solução geral da equação inicialmente dada:

_______________________________________________________________________ 20
3 9
y = C1e x + C2 e 2 x + x+ ⋅ •
2 4
EXEMPLO. Veja-se, agora, a equação:

y x + 2 − 3 y x +1 + 2 y x = 0

que é uma equação às diferenças, ordinária, linear, homogénea, de segunda ordem, com coeficientes constantes.
A sua equação característica é:

m 2 − 3m + 2 = 0
cujas soluções são:

m=1 ∨ m=2

pelo que a solução geral desta equação é:

y x = C1 1x + C2 2 x = C1 + C2 2 x

onde C1 e C2 são constantes arbitrárias. •

EXEMPLO. Veja-se, agora, a nova equação:

y x + 2 − 6 y x +1 + 9 y x = 0

que é também uma equação às diferenças, ordinária, linear, homogénea, de segunda ordem, com coeficientes
constantes. A sua equação característica é:

m 2 − 6m + 9 = 0
que apresenta a única raiz, m = 3 , com grau de multiplicidade dois. Nestas circunstâncias, a solução geral da
equação dada é:

y = C1 3 x + C2 x 3 x

onde C1 e C2 são constantes arbitrárias. •

EXEMPLO. Veja-se, agora, a nova equação:

y x + 2 − 3 y x +1 + 2 y x = 1

que é uma equação às diferenças, ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com coeficientes
constantes. Já se viu que a solução da equação homogénea correspondente é:

y x = C1 1x + C2 2 x = C1 + C2 2 x .

Para solução particular da inicial deverá tomar-se uma função do tipo:

y x = Ax
pelo que se terá:

y x +1 = A( x + 1) ∧ y x + 2 = A( x + 2)

vindo, pois:

A( x + 2) − 3 A( x + 1) + 2 Ax = 1
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
de onde se tira:

− A = 1 ⇔ A = −1
ou seja, a solução geral da equação inicialmente dada é:

y x = C1 + C2 2 x − 1. •

EXEMPLO. Veja-se, agora, a nova equação:

y x + 2 − 6 y x +1 + 9 y x = 2 x − 7

que é também uma equação às diferenças, ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com
coeficientes constantes. A sua equação característica é:

m 2 − 6m + 9 = 0
que apresenta a única raiz, m = 3 , com grau de multiplicidade dois. Nestas circunstâncias, a solução geral da
equação dada é, como se viu atrás:

y = C1 3 x + C2 x 3 x

onde C1 e C2 são constantes arbitrárias. Para se obter uma solução particular da equação dada, vai adoptar-se
uma função do tipo:

y x = Ax + B

pelo que se tem:

y x +1 = A( x + 1) + B ∧ y x + 2 = A( x + 2) + B

e, substituindo na equação incial, virá:

A( x + 2) + B − 6[ A( x + 1) + B ] + 9( Ax + B ) = 2 x − 7

pelo que se obtém:

1 7
A= ∧ B=−
2 4
sendo, pois, a solução geral da equação inicial:

1 7
y x = C1 3 x + C2 x 3 x + x− ⋅ •
2 4
Apresentou-se, pois, um conjunto vasto de equações, de dificuldade variada, mas que cobrem um leque
amplo de situações e servem para ilustrar casos diversos que ocorrem, com alguma frequência, na vida corrente.
Espera-se que estes exemplos consigam deixar um lastro de capacidade de modelar situações várias e tenham
despertado um pouco mais o gosto pelas equações.

_______________________________________________________________________ 22

Potrebbero piacerti anche