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É vasto o conjunto de equações que podem apresentar-se no domínio da Matemática, bem como na vida
corrente, em que aquela e os seus resultados têm de aplicar-se para resolver problemas concretos ligados a
domínios muito variados, e tanto nos de âmbito mais técnico, como nos ligados às designadas Ciências Sociais,
passando, lá pelo meio, pela Economia e pela Gestão.
2 x + 3 = 0.
Trata-se de uma equação do primeiro grau na incógnita x e com coeficientes em C, embora neste caso
todos reais:
a 0 + ib0 = 2 ∧ a1 + ib1 = 3 .
3
x = − ⋅•
2
EXEMPLO. Seja, agora, a equação:
2 x + 3 − i = 0.
Neste caso, tem-se:
a 0 + ib0 = 2 ∧ a1 + ib1 = 3 − i
tratando-se, igualmente, de uma equação algébrica do primeiro grau na incógnita x , com coeficientes em C,
pelo que o recurso à correspondente fórmula resolvente fornece a solução da equação dada:
3−i 3 1
x=− = − + i. •
2 2 2
EXEMPLO. Seja, desta vez, a equação:
( 2 + i ) x − ( 1 − 3i ) = 0
também algébrica e do primeiro grau em x , com coeficientes em C. Esta equação pode escrever-se na forma
equivalente:
( 2 + i ) x + ( − 1 + 3i ) = 0
sendo, pois:
− 1 + 3i ( − 1 + 3i ) ( 2 − i ) 1 7
x=− =− = − − i. •
2+i ( 2 + i) ( 2 − i) 5 5
x 2 − 3x + 2 = 0.
que é uma equação do segundo grau na incógnita x , com coeficientes em C, embora no presente caso todos
reais:
3 ± ( − 3) − 4 × 1 × 2 3 ± 1
2
x=
2 ×1
=
2
⇔ (x =2 ∨ x = 1)
x 2 − 2 x + 2 = 0.
Trata-se de uma equação do segundo grau na incógnita x , com coeficientes em C, embora no presente
caso todos reais:
pelo que, recorrendo à correspondente fórmula resolvente, virão as duas soluções procuradas:
2 ± ( − 2) − 4 × 1 × 2 2 ± 2i
2
x=
2 ×1
=
2
⇔ ( x = 1+ i ∨ x = 1 − i) .
ambas números imaginários. Dado que os coeficientes desta equação são números reais, embora as duas
soluções sejam imaginárias, elas são conjugadas entre si. •
x 2 − 3x + 3 + i = 0
que é uma equação do segundo grau na incógnita x , com coeficientes em C, um dos quais imaginário, tendo-
se:
3 ± ( − 3) − 4 × 1( 3 + i ) 3 ± − 3 − 4i
2
x=
2 ×1
=
2
⇔ (x = 2−i ∨ x = 1 + i)
− 3 − 4i = 1 − 2i ∨ − 3 − 4i = −1 + 2i.
_______________________________________________________________________ 2
Neste caso, embora a equação dada (do segundo grau) tenha duas raízes imaginárias, elas não são
conjugadas entre si, o que fica a dever-se a não serem reais todos os coeficientes da equação. •
x 3 − 3x 2 + 4 x − 2 = 0
que é uma equação algébrica do terceiro grau na incógnita x , com coeficientes em R, tendo-se:
a 0 = 1 ∧ a1 = −3 ∧ a 2 = 4 ∧ a 3 = −2 .
−3
x= y− = y +1
3
obtendo-se a equação do terceiro grau em y :
( y + 1) 3
− 3( y + 1) + 4( y + 1) − 2 = 0
2
⇔ y3 + y = 0
p = 1 ∧ q = 0.
∆=4>0
pelo que a anterior equação em y terá uma raiz real e duas imaginárias conjugadas. Neste caso, ter-se-á:
3 3
− −
u =33 2
∧ v = −3
3 2
1 1
− −
u1 = 3 2
∧ v1 = −3 . 2
1 1
− −
y1 = 3 2
−3 2
=0
−
1
−1+ i 3 − −1− i 3
1
y2 = 3 2
−3 2
=i
2 2
−
1
−1− i 3 − −1+ i 3
1
y3 = 3 2
−3 2
= −i .
2 2
Logo, as soluções da equação inicialmente dada obtêm-se destas pela transformação inversa, ou seja,
adicionando-lhes a unidade, vindo as três soluções procuradas:
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
x1 = 0 + 1 = 1
x2 = i + 1 = 1 + i
x 3 = −i + 1 = 1 − i .
x 3 − 9 x 2 + 24 x − 16 = 0
algébrica, do terceiro grau na incógnita x , com coeficientes em R, na qual se tem:
a 0 = 1 ∧ a1 = −9 ∧ a 2 = 24 ∧ a 3 = −16 .
Procedendo à transformação:
−9
x= y− = y+3
3
obtém-se a nova equação:
( y + 3) 3
− 9( y + 3) + 24( y + 3) − 16 = 0
2
ou seja:
y 3 − 3y + 2 = 0
onde se tem:
p = −3 ∧ q = 2.
∆=0
o que mostra que a equação inicial apresenta três raízes reais, sendo uma com grau de multiplicidade dois.
y1 = 2u1 = −2
y 2 = y 3 = −( −1) = 1
Logo, as soluções da solução inicialmente dada obtêm-se destas pela transformação inversa da aplicada, ou
seja, adicionando-lhes 3:
x1 = −2 + 3 = 1
x 2 = x 3 = 1 + 3 = 4.
Assim, as soluções da equação inicialmente dada são a raiz real simples 1 e a raiz real 4 , com grau de
multiplicidade dois. •
_______________________________________________________________________ 4
EXEMPLO. Considere-se, agora, a nova equação do terceiro grau na incógnita x , com coeficientes em R:
x 3 − 9 x 2 + 20 x − 12 = 0
para a qual se tem:
a 0 = 1 ∧ a1 = −9 ∧ a 2 = 20 ∧ a 3 = −12 .
Procedendo à transformação:
−9
x= y− = y+3
3
obtém-se a equação:
y3 − 7y − 6 = 0
ou seja:
p = −7 ∧ q = −6.
Ora, de acordo com o que se conhece da fórmula resolvente para esta equação, tem-se:
73 6
ρ= ∧ θ = arccos .
33 2ρ
y1 = 3 ∧ y 2 = −2 ∧ y 3 = −1
vindo para as soluções da equação inicial estes mesmos valores, mas adicionados de 3:
x1 = 6 ∧ x2 = 1 ∧ x3 = 2 . •
EXEMPLO. Considere-se, desta vez, a equação do quarto grau na incógnita x , com coeficientes em R:
x 4 − 10 x 3 + 35x 2 − 50 x + 12 = 0
para a qual se tem:
a 0 = 1 ∧ a1 = −10 ∧ a 2 = 35 ∧ a 3 = −50 ∧ a 4 = 12
e cujas soluções se poderiam obter a partir da correspondente fórmula resolvente, em todo o caso muito
trabalhosa. Ora, tendo presente que o coeficiente do termo de maior grau é unitário, tal significa que, no caso
de existirem raízes inteiras elas terão de ser divisores do termo independente, ou seja, ± 12 , ± 6 , ± 4 , ± 3 ,
± 2 ou ± 1 .
Deitando mão da Regra de Ruffini, e experimentando a raiz 1 , de imediato se constata que ela é raiz da
equação inicialmente dada, acabando por cair-se na nova equação do terceiro grau:
x 3 − 9 x 2 + 26 x − 24 = 0 .
Voltando a deitar mão do critério anterior, percebe-se que 2 é raiz desta equação, pelo que acabará por
sobrar a equação do segundo grau:
x 2 − 7 x + 12 = 0
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
que é já do segundo grau e por cuja fórmula resolvente se encontram as duas anteriores raízes, 3 e 4 . Ou seja,
a equação inicialmente dada apresenta as quatro raízes reais:
x =1 ∨ x=2 ∨ x=3 ∨ x = 4. •
x 4 − 2x 2 − 3 = 0 .
Procedendo à mudança de variável:
y = x2
y2 − 2y − 3 = 0
y = −1 ∨ y = 3.
Tendo presente a mudança de variável inicial, virão as quatro raízes da equação biquadrada inicial, ou seja:
(x = −1 ∨ x = − −1 ) ⇔ (x = 3 ∨ x=− 3 )
ou, finalmente:
x = ±i ∨ x = ± 3. •
2 x 5 − 7 x 4 + 5x 3 + 5x 2 − 7 x + 2 = 0.
Trata-se de uma equação recíproca de grau impar e de primeira classe, pelo que tem a raiz, −1. Utilizando
a Regra de Ruffini, virá a equação:
2 x 4 − 9 x 3 + 14 x 2 − 9 x + 2 = 0
já sem a raiz anterior. Trata-se, claro está, de uma nova equação recíproca, ainda de primeira classe, mas agora
de grau par. Verifica-se, neste caso, que se tem:
P4 (1) = 0 ∧ P4 ( −1) = 36 ≠ 0
pelo que esta equação tem a raiz dupla, 1. É, assim, determinada a nova equação:
2 x 2 − 5x + 2 = 0
que resultou da anterior pela aplicação, duas vezes, da Regra de Ruffini, e que continua a ser recíproca, de grau
par e de primeira classe. Contudo, aqui já se tem:
P2 (1) = −1 ∧ P2 ( −1) = 9
pelo que haveria que proceder à transformação y = x + x −1 . Tratando-se, neste caso, de uma equação do
segundo grau, a mesma pode resolver-se pelo recurso à respectiva fórmula resolvente, encontrando-se as duas
últimas raízes da equação inicialmente dada:
_______________________________________________________________________ 6
1
x=2 ∨ x=
2
que são recíprocas uma da outra. A equação dada tem, pois, as raízes, 1, −1, 2 e 0,5, sendo que a raiz 1 tem
grau de multiplicidade dois. •
3x 4 − 10 x 3 + 10 x − 3 = 0.
Como se vê, trata-se de uma equação recíproca de grau par e de segunda classe. A equação tem, pois, as
raízes 1 e −1. Pela Regra de Ruffini é-se conduzido à equação:
3x 2 − 10 x + 3 = 0
já sem as raízes anteriores, igualmente recíproca e de grau par, mas de primeira classe. Tratando-se de uma
equação do segundo grau, as suas raízes são, 3 e 0,(3), recíprocas uma da outra. •
6 x 7 − 29 x 6 + 21x 5 + 56 x 4 − 56 x 3 − 21x 2 + 29 x − 6 = 0.
Vê-se, facilmente, que se está perante uma equação recíproca de grau impar e de segunda classe. A equação
tem, portanto, a raiz 1. A Regra de Ruffini conduz à nova equação:
6 x 6 − 23x 5 − 2 x 4 + 54 x 3 − 2 x 2 − 23x + 6 = 0
de grau par e de primeira classe, e naturalmente recíproca. Tem-se, neste caso:
P6 ( −1) = 0 ∧ P6 (1) = 16 ≠ 0
pelo que a equação apresenta a raiz, −1. Aplicando duas vezes a Regra de Ruffini, virá:
6 x 4 − 35x 3 + 62 x 2 − 35x + 6 = 0
também de grau par e igualmente de primeira classe. Aqui, porém:
2j =4 ⇒ j = 2,
35 6
6 x 2 − 35x + 62 − + =0
x x2
ou, o que é equivalente:
1 1
6 x 2 + 2 − 35 x + + 62 = 0.
x x
Procedendo à transformação:
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
1
y= x+
x
virá:
1
x2 + = y2 − 2
x2
e, portanto:
6( y 2 − 2) − 35 y + 50 = 0
5 10
e
2 3
e que estão relacionadas com a equação dada pela transformação antes adoptada. Virá, pois:
5 1 5
= x+ ⇔ x2 − x +1= 0 ⇔ 2 x 2 − 5x + 2 = 0
2 x 2
e:
10 1 10
= x+ ⇔ x2 − x +1= 0 ⇔ 3x 2 − 10 x + 3 = 0
3 x 3
cujas soluções são, respectivamente:
1 1
, 2 e , 3
2 3
e que são as soluções da equação recíproca do quarto grau a que se havia chegado. Como se vê, as quatro raízes
que faltavam são recíprocas duas a duas. •
1 1
+ =0
x − 3 5 − 3x
que é uma equação algébrica racional fraccionária, uma vez que a incógnita aparece num, pelo menos, dos
denominadores presentes na equação.
Neste caso, um pouco de atenção permitirá perceber que a soma de duas fracções só pode anular-se se elas
forem simétricas. Dado que os numeradores das duas fracções são iguais, para que as fracções sejam simétricas
é necessário que os denominadores o sejam por igual, ou seja:
x − 3 = −( 5 − 3x ) ⇔ x =1
e que, por não anular nenhum dos dois denominadores, é a solução da equação dada.
É claro que a equação pode ser resolvida de um modo mais formal, tendo-se:
1 1 2 − 2x
+ =0 ⇔ =0
x − 3 5 − 3x ( x − 3) ( 5 − 3x )
o que é formalmente equivalente a:
_______________________________________________________________________ 8
5
2 − 2x = 0 ∧ x ≠ 3 ∧ x ≠ ⇔ x =1
3
1 2
− =0
x−3 4− x
também algébrica racional fraccionária.
1 1
− =0
x−3 4− x
2
o que mostra que a diferença das duas fracções só pode anular-se se os denominadores forem iguais:
4−x 10
x−3= ⇔x=
2 3
que é a única solução procurada. •
1 1
+ = 0.
x − 3 1− x
Trata-se, claro está de uma equação impossível em R, dado que, tendo de ser:
x − 3 = − ( 1 − x ) ⇔ −3 = − 1
obtem-se uma igualdade numérica falsa, o que mostra que o conjunto das soluções da equação dada é vazio, ou
seja, a equação dada é impossível em R. •
x − 1 = 7.
Ter-se-á, então:
x −1 = 7 ⇒ ( x −1 ) 2
= 7 2 ⇔ x − 1 = 49 ⇔ x = 50 .
Para que este valor seja solução da equação inicial é necessário que a satifaça, o que realmente ocorre, dado
ter-se:
50 − 1 = 7 ⇔ 49 = 7 ⇔ 7 = 7. •
EXEMPLO. Seja a nova equação irracional em x :
x2 − 1 = 2 − x .
Tem-se, à semelhança do que se viu no exemplo anterior:
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
( )
2
= ( 2 − x) ⇔ 2 x 2 + 4 x − 5 = 0
2
x2 − 1 = 2 − x ⇒ x2 − 1
− 4 + 16 + 40 − 4 − 16 + 40 − 2 + 14 − 2 − 14
x = ∨ x= ⇔ x = ∨ x= .
4 4 2 2
Substituindo cada um destes valores na equação inicialmente dada, facilmente se verifica que nenhum
deles é solução da equação. Assim, o conjunto das soluções da equação dada é vazio, dado que a equação é
impossível em R. •
x − 3 − 5 − x = 0.
Virá, então:
x − 3 − 5− x = 0 ⇔ x − 3 = 5− x ⇒ ( x−3 ) 2
= ( 5− x ) 2
⇔ 2 x − 8 = 0 ⇔ x = 4.
Substituindo o valor encontrado para a incógnita na equação inicialmente dada, pbtém-se uma igualdade
numérica verdadeira:
4 − 3 − 5− 4 = 0 ⇔ 1− 1 = 0 ⇔ 0 = 0
x − 3 + x + 5 = 0.
Ter-se-á, pois:
x − 3 + x + 5 = 0 ⇔ x − 3 = − x + 5 ⇒ x − 3 = x + 5 ⇔ −3 = 5
que, sendo uma igualdade numérica falsa, mostra que a equação dada é impossível em R. •
1+ 9 + x = x + 3.
Ter-se-á, neste caso:
25
1+ 9 + x = x +3⇔ 9+ x = x +2⇒9+ x = x+4 x +4⇔5= 4 x ⇒ x =
16
valor este que, substituído na equação inicial, a transforma numa igualdade numéria verdadeira, ou seja, é a
solução (única) da equação inicialmente dada. •
x + 2 − x − 1 = 2x − 3 .
Tem-se, no presente caso:
x + 2 − x − 1 = 2x − 3 ⇒ ( x + 2 − x −1 ) 2
= 2x − 3 ⇔ x + 2 − 2 x + 2 x − 1 + x − 1 = 2x − 3
_______________________________________________________________________ 10
ou seja:
2= x + 2 x − 1 ⇒ 4 = x 2 + x − 2 ⇔ x 2 + x − 6 = 0 ⇔ ( x = −3 ∨ x = 2) .
Por substituição directa se pode ver que x = −3 não é solução da equação inicial, mas que x = 2 o é. Ou
seja, esta última é a única solução da equação dada. •
= e 0 ⇔ x 2 − 3x + 2 = 0 ⇔ ( x = 2 ∨ x = 1)
2 2
−3 x +2 −3x +2
ex = 1 ⇔ ex
2
− 3 x +1 1
ex = ⋅
e
Para esta equação tem-se:
1
⇔ e x − 3 x +1 = e −1 ⇔ x 2 − 3x + 1 = −1 ⇔ x 2 − 3x + 2 = 0 ⇔ ( x = 2 ∨ x = 1)
2 2
− 3 x +1
ex =
e
que são as soluções da equação inicialmente considerada. •
ln( x 2 − 3x + 3) = 0.
ln( x 2 − 3x + 2) = 2 ln( x ) .
2
− 3x + 2 = 0 ⇔ x =
3
que é a única solução da equação dada. •
1
sen( x ) = ⋅
2
Neste caso, à equação dada há que dar a forma equivalente:
π
sen( x ) = sen
6
π
x = kπ + ( − 1)
k
6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a nova equação trigonométrica elementar:
3
cos( x ) = ⋅
2
Tem-se, de modo equivalente:
π
cos( x ) = cos
6
π
x = 2 kπ ± ⋅
6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Considere-se, aqui, a equação trigonométrica elementar:
tg ( x ) = 1.
Virá, então:
π
tg ( x ) = 1 ⇔ tg ( x ) = tg
4
π
x = kπ +
4
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Tome-se a equação trigonométrica elementar:
sen(3x ) = 1.
_______________________________________________________________________ 12
π
sen(3x ) = 1 ⇔ sen(3x ) = sen
2
π π k π
3x = kπ + ( − 1) ⇔ x = k + ( − 1)
k
⋅
2 3 6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica elementar:
cos( 3x − 1) = 0.
π
cos( 3x − 1) = 0 ⇔ cos(3x − 1) = cos
2
π π 2 π 1
3x − 1 = 2 kπ ± ⇔ 3x = 2 kπ ± + 1 ⇔ x = kπ ± +
2 2 3 6 3
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja, desta vez, a equação trigonométrica:
1− x 7
tg = cot g ⋅
4 5x − 2
Tem-se, neste caso:
1− x 7 1− x 5x − 2
tg = cot g ⇔ tg = tg
4 5x − 2 4 7
pelo que se terá:
1− x 5x − 2 1 − x 2 − 5x 7 − 7 x + 8 − 20 x
= kπ + ⇔ + = kπ ⇔ = kπ ⇔
4 7 4 7 28
15 − 27 x 15 − 28kπ
= kπ ⇔ 15 − 27 x = 28kπ ⇔ 27 x = 15 − 28kπ ⇔ x = ⋅
28 27
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Veja-se, agora, a equação trigonométrica:
sen 2 ( x ) − 3sen( x ) + 2 = 0.
3± 9 −8 3±1
sen( x ) = =
2 2
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
ou seja:
π
( sen( x) = 2 ∨ sen( x ) = 1) ⇔ sen( x ) = 1 ⇔ sen( x ) = sen
2
π
x = kπ + ( − 1)
k
⋅
2
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:
sen(3x − 1) = cos(2 − 7 x )
π π
sen(3x − 1) = cos( 2 − 7 x ) ⇔ sen(3x − 1) = sen − ( 2 − 7 x ) ⇔ sen(3x − 1) = sen − 2 + 7 x
2 2
pelo que virá:
k π π −4
3x − 1 = kπ + ( − 1) − 2 + 7 x ⇔ 3x − 1 = ( − 1) k + 7 x( − 1) k ⇔
2 2
π −4
1+ ( − 1) k
[ ] π − 4
( 3 − 7( − 1) k ) x = 1 + 2 ( − 1) k ⇔ x = 3 − 27( − 1) k
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:
Tem-se aqui:
1 1
cos ec( x ) − sec( x ) = 0 ⇔ − =0
sen( x ) cos( x )
π
sen( x ) = cos( x ) ⇔ sen( x ) = sen − x
2
ou seja:
k π k π π k π
x = kπ + ( − 1) − x ⇔ x + ( − 1) x = kπ + ( − 1) ⇔ x = k + ( − 1)
k
2 2 2 4
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Veja-se a equação trigonométrica:
_______________________________________________________________________ 14
7 sen( x ) − 1 = 2.
5
7 sen( x ) − 1 = 2 ⇒ 7 sen( x ) − 1 = 4 ⇔ sen( x ) = ⇔ sen( x ) ≈ sen(0,714)
7
pelo que a solução geral da equação dada será, em princípio:
x ≈ kπ + ( − 1)
k
( 0,714)
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Tome-se a equação trigonométrica:
3sen( x ) − 1 − 2 + 5sen( x ) = 0 .
2 sen( x ) = −3
cos ec( 7 x − 1) = 4.
1
cos ec( 7 x − 1) = 4 ⇔ = 4 ⇔ sen( 7 x − 1) = 0,25 ⇔ sen( 7 x − 1) ≈ sen( 0,25268)
sen( 7 x − 1)
pelo que a solução geral da equação dada é:
1 + kπ + 0,25268( − 1)
k
7 x − 1 ≈ kπ + 0,25268( − 1) ⇔ x =
k
7
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Seja a equação trigonométrica:
sec(1 − 4 x ) = −3.
1 1
sec(1 − 4 x ) = −3 ⇔ = −3 ⇔ cos(1 − 4 x ) = − = −0,(3) ⇔ cos(1 − 4 x ) ≈ cos(1,91)
cos(1 − 4 x ) 3
1 − 2 kπ ± 1,91
1 − 4 x ≈ 2 kπ ± 1,91 ⇔ 4 x ≈ 1 − 2 kπ ± 1,91 ⇔ x =
4
com k ∈ Z. •
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
e sen ( x ) − e = 0.
Virá, neste caso:
π
1
1
e sen ( x )
− e =0⇔e sen ( x )
= e ⇔ sen( x ) =
2
⇔ sen( x ) = sen
2 6
π
x = kπ + ( − 1)
k
6
com k ∈ Z. •
EXEMPLO. Considere-se a nova equação:
ln( 3 cos x − 1) − 2 = 0.
e2 + 1
ln( 3 cos x − 1) − 2 = 0 ⇔ ln( 3 cos x − 1) = ln( e 2 ) ⇔ 3 cos x − 1 = e 2 ⇔ cos x =
3
que é, como facilmente se perceberá, uma equação impossível. •
cot g( e x ) = 3.
Ora, tendo em conta que todas as funções circulares de certo ângulo se podem exprimir racionalmente na
tangente de metade desse ângulo, e que se tem:
x x x
2tg 1 − tg 2 2tg
2 2 2
sen( x ) = ∧ cos( x ) = ∧ tg ( x ) =
x x x
1 + tg 2 1 + tg 2 1 − tg 2
2 2 2
_______________________________________________________________________ 16
x x x
2tg + 1 − tg 2 2tg
2 2 2
− = 1,5.
2 x 2 x
1 + tg 1 − tg
2 2
x x x x x x x
2tg + 1 − tg 2 − 2tg 3 − tg 2 + tg 4 − 2tg − 2tg 3
2 2 2 2 2 2 2
= 1,5 ⇔
4 x
1 − tg
2
x x x
2,5tg 4 − 4tg 3 − 2tg 2 − 0,5 = 0
2 2 2
x
que é uma equação do quarto grau em tg , e se pode resolver facilmente através de uma máquina de
2
calcular de boa qualidade. Ainda assim, haveria, ao final, que prestar alguma atenção a certas condições
necessárias à aceitação das soluções encontradas. •
ch( 1 − 4 x ) = 1
sh( 3x ) = 7.
e 3 x − e −3 x 1
sh(3x ) = 7 ⇔ = 7 ⇔ e 3 x − 3 x = 14 ⇔ e 6 x − 14e 3 x − 1 = 0 ⇔
2 e
( e 3x ) 2 − 14e 3x − 1 = 0
que é um equação do segundo grau em e 3 x . Dado que e 3 x não pode ser negativa, a única solução possível é:
e 3 x ≈ 14,071067 ⇔ x ≈ 0,88137. •
tgh( 3x ) = 0,6.
e 3 x − e −3 x e6x − 1
tgh( 3x ) = 0,6 ⇔ = 0.6 ⇔ = 0,6 ⇔ e 6 x = 4
e 3 x + e −3 x e6x + 1
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
e 6 x = 4 ⇔ 6 x = ln(4) ⇔ x ≈ 0,23104. •
d ∂
2
x
∫ 3tdt = [ 3x 2 y + 7] .
dx 3 x ∂y
2 x 3x 2 − 3 × 3x = 3x 2 ⇔ ( 6 x 2 − 3x − 18 = 0 ∧ x ≠ 0) ⇔ ( 2 x 2 − x − 6 = 0 ∧ x ≠ 0)
3
x=2 ∨ x=− ⋅•
2
EXEMPLO. Seja a equação matricial seguinte:
[ AXB − BC] B = I
onde se tem:
1 2 3 1 3 − 1 2 1 3 1 0 0
A = − 1 3 5 B = − 1 1 2 C = 1 2 3 I = 0 1 0
1 − 4 − 2 1 − 3 2 − 1 4 2 0 0 1
X = A −1 [ B −1 + BC ] B −1
que é a solução procurada, desde que existam as matrizes inversas das dadas e que figuram no segundo membro
da última igualdade, o que é o caso. Deixa-se a tarefa de as determinar ao leitor estudioso e interessado. •
[ AXB − ( BC) ] A = A
−1 T
onde se tem:
1 2 3
1 + i 2 3 1 2 3 4 −1
2 − 1
A = −1 3− i 5 B = 2 4 1 3 C=
2 1 − 3
1 − 4 − 2 + i − 1 5 2 1
− 2 − 2 1
[ AXB − ( BC) ] A = A
−1 T
⇔ AXB − ( BC )
−1
= A T A −1 ⇔ AXB = A T A −1 + ( BC )
−1
⇔
_______________________________________________________________________ 18
[
AX = A T A −1 + ( BC )
−1
]B −1
⇔ X = ( A)
−1
[A T
A −1 + ( BC )
−1
]B −1
que é a solução procurada, desde que existam as inversas da matrizes consideradas. A matriz A é a matriz
conjugada da matriz A , sendo A a transposta de A . •
T
y '' − 3 y ' + 2 y = 0
que é uma equação diferencial ordinária, linear, homogénea, de segunda ordem, com coeficientes constantes. A
sua equação característica é:
m 2 − 3m + 2 = 0
cujas soluções são:
m=1 ∨ m=2
y = C1e 1x + C2 e 2 x = C1e x + C2 e 2 x
y '' − 6 y ' + 9 y = 0
m 2 − 6m + 9 = 0
que apresenta a única raiz, m = 3 , com grau de multiplicidade dois. Nestas circunstâncias, a solução geral da
equação dada é:
y = C1e 3 x + C2 xe 3 x
y '' − 3 y ' + 2 y = 7
que é uma equação diferencial ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com coeficientes
constantes.
Como se sabe, a solução geral de uma equação deste tipo, resulta da soma da correspondente à equação
homogénea com uma solução particular da inicial. A equação homogénea da dada é, como se viu atrás:
y '' − 3 y ' + 2 y = 0
y = C1e 1x + C2 e 2 x = C1e x + C2 e 2 x .
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
Dado que o segundo membro da equação dada é 7 , deverá adoptar-se para solução particular da dada uma
solução do tipo:
y=K
y' = 0 ∧ y '' = 0
7
0 − 3 × 0 + 2K = 7 ⇔ K =
2
pelo que a solução geral da equação dada é:
7
y = C1e x + C2 e 2 x + ⋅•
2
EXEMPLO. Seja, agora, a equação:
y '' − 3 y ' + 2 y = 3x
que é, mais uma vez, uma equação diferencial ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com
coeficientes constantes. Já se viu anteriormente que a equação homogénea da dada é:
y '' − 3 y ' + 2 y = 0
y = C1e 1x + C2 e 2 x = C1e x + C2 e 2 x .
Dado que o segundo membro da equação inicial é 3x , adopta-se para solução particular da inicialmente
dada uma função do tipo:
y = Ax + B
y' = A ∧ y '' = 0
0 − 3 A + 2( Ax + B ) = 7
de onde se obtém:
3 9
A= ∧ B=
2 4
pelo que uma solução particular da inicial é:
3 9
y= x+
2 4
sendo a solução geral da equação inicialmente dada:
_______________________________________________________________________ 20
3 9
y = C1e x + C2 e 2 x + x+ ⋅ •
2 4
EXEMPLO. Veja-se, agora, a equação:
y x + 2 − 3 y x +1 + 2 y x = 0
que é uma equação às diferenças, ordinária, linear, homogénea, de segunda ordem, com coeficientes constantes.
A sua equação característica é:
m 2 − 3m + 2 = 0
cujas soluções são:
m=1 ∨ m=2
y x = C1 1x + C2 2 x = C1 + C2 2 x
y x + 2 − 6 y x +1 + 9 y x = 0
que é também uma equação às diferenças, ordinária, linear, homogénea, de segunda ordem, com coeficientes
constantes. A sua equação característica é:
m 2 − 6m + 9 = 0
que apresenta a única raiz, m = 3 , com grau de multiplicidade dois. Nestas circunstâncias, a solução geral da
equação dada é:
y = C1 3 x + C2 x 3 x
y x + 2 − 3 y x +1 + 2 y x = 1
que é uma equação às diferenças, ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com coeficientes
constantes. Já se viu que a solução da equação homogénea correspondente é:
y x = C1 1x + C2 2 x = C1 + C2 2 x .
y x = Ax
pelo que se terá:
y x +1 = A( x + 1) ∧ y x + 2 = A( x + 2)
vindo, pois:
A( x + 2) − 3 A( x + 1) + 2 Ax = 1
Equações às Diferenças_____________________________________________________________________________
de onde se tira:
− A = 1 ⇔ A = −1
ou seja, a solução geral da equação inicialmente dada é:
y x = C1 + C2 2 x − 1. •
y x + 2 − 6 y x +1 + 9 y x = 2 x − 7
que é também uma equação às diferenças, ordinária, linear, não homogénea, de segunda ordem, com
coeficientes constantes. A sua equação característica é:
m 2 − 6m + 9 = 0
que apresenta a única raiz, m = 3 , com grau de multiplicidade dois. Nestas circunstâncias, a solução geral da
equação dada é, como se viu atrás:
y = C1 3 x + C2 x 3 x
onde C1 e C2 são constantes arbitrárias. Para se obter uma solução particular da equação dada, vai adoptar-se
uma função do tipo:
y x = Ax + B
y x +1 = A( x + 1) + B ∧ y x + 2 = A( x + 2) + B
A( x + 2) + B − 6[ A( x + 1) + B ] + 9( Ax + B ) = 2 x − 7
1 7
A= ∧ B=−
2 4
sendo, pois, a solução geral da equação inicial:
1 7
y x = C1 3 x + C2 x 3 x + x− ⋅ •
2 4
Apresentou-se, pois, um conjunto vasto de equações, de dificuldade variada, mas que cobrem um leque
amplo de situações e servem para ilustrar casos diversos que ocorrem, com alguma frequência, na vida corrente.
Espera-se que estes exemplos consigam deixar um lastro de capacidade de modelar situações várias e tenham
despertado um pouco mais o gosto pelas equações.
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