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TÉCNICA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE
PROF. CARLOS EDUARDO ALMEIDA
FAETEC- E.T.HENRIQUE LAGE
2009
INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO
Definição
A responsabilidade pela Segurança é de cada um, isto significa que ao se zelar por sua
própria segurança, automaticamente se estará zelando pela segurança dos que estão a volta.
Pessoa menos esclarecidas sobre o assunto procuram, em certas circunstâncias, justificar a
ausência de interesse pela segurança; entretanto, nada de positivo existe capaz de justificar tal
omissão.
Realmente o trabalho poderá ser efetuado mesmo que ocorram acidentes, porém,
jamais poderá ser considerado satisfatória a sua realização.
Conceitos Básicos
Perigo:
“Fonte ou situação com potencial de provocar lesões pessoais, problemas de saúde,
danos à propriedade, ao ambiente detrabalho, ou uma combinação desses.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Risco:
“Combinação da probabilidade e das conseqüências de ocorrer um evento perigoso.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
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BREVE HISTÓRICO
A Segurança do Trabalho começou a ser alvo das atenções, com mais ênfase, a partir da
Revolução Industrial, que teve início nos fins do século XVIII, na Inglaterra. Além deste
aspecto, existia também, o fato da mão de obra ser constituída, principalmente, de crianças e
adolescentes egressos de orfanatos. Portanto, era uma mão-de-obra barata, formada de
pessoas abandonadas pela sociedade, e que os empresários não tinham interesse em proteger
As péssimas condições físicas destes trabalhadores, decorrentes da má alimentação, e a falta
de higiene existente nos barracões onde viviam, provocou uma epidemia que se alastrou por
diversas indústrias do país ( Inglaterra).
Este fato abalou tão profundamente a opinião pública que o parlamento inglês viu-se
obrigado a promulgar uma lei que regulamentasse a utilização dessa mão-de-obra. Assim, em
1802 surge na Inglaterra a primeira lei cujo objetivo foi a segurança do homem no trabalho.
A era das máquinas, como pode ser chamada, revolucionou a indústria, com a criação de
maquinários mais velozes, mais possantes, visando aumentar a produtividade. Em
contrapartida ao avanço tecnológico, aumentou também o índice de ocorrências de acidentes,
tendo-se em vista que, na época, tais máquinas não possuíam os dispositivos de segurança que
as de hoje obrigatoriamente possuem, e o fato de o trabalhador nem sempre estar
devidamente treinado quanto à operação correta e segura de tais máquinas, bem como
constantemente estar sob a influência de determinados desajustes físicos ou emocionais ou
condições adversas de trabalho no que se refere a conforto térmico, visual, etc. .
Essa preocupação se torna maior quando em 1943 acontece a publicação do Decreto Lei
n0 5452, que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho, cujo Capítulo V, refere-se à
Segurança e Medicina do Trabalho.
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MÓDULO I
ACIDENTE DO TRABALHO
Perde elemento produtivo na força de trabalho; é levada a aumentar taxas e impostos para
manutenção de acidentados; tem mais dependentes da coletividade, etc.
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• ESTATÍSTICAS
350000
345000
340000
335000
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a) a doença degenerativa;
b) a que não produz incapacidade laborativa;
c) a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela
desenvolva, salvo comparação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos
incisos I e II resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade
para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
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• Conceito Prevencionista
Acidente do trabalho é todo fato inesperado, não planejado, que interrompe ou interfere
num processo normal de trabalho, resultando lesão e/ou danos materiais e/ou perda de tempo.
O Desastre de Bhopal
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Todo acidente quando acontece obedece a uma seqüência rígida. Sendo assim, é muito
importante conhecê-la, pois desta forma é que vamos trabalhar na prevenção do mesmo.
Portanto, cabe-nos agora detectar no trabalho todas as causas possíveis, eliminá-las ou,
caso não seja possível, evitar que as mesmas atuem ou interfiram no trabalho.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
do Ac
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esfera mais ampla. Muitas vezes, o indivíduo considerado “culpado” pelo acidente não recebeu o
treinamento nem o acompanhamento necessários para assumir o posto de trabalho, os
procedimentos internos não eliminaram os riscos das tarefas, um mau relacionamento/integração
no ambiente de trabalho ou boatos de demissões fizeram com que os empregados trabalhassem
sob tensão, etc. .
* Ter como principal objetivo evitar que acidentes similares aconteçam novamente.
Para uma análise correta de um acidente e suas causas, é importante que tenhamos
conhecimento dos seguintes elementos :.
* Tipo de Acidente
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Outros- Ocorre em qualquer situação onde o funcionário está a serviço da empresa, para
benefício dela ou por motivo fortuito em horário de trabalho ( Viagem pela empresa, assalto,
agressão, acidentes climáticos, desabamentos etc..)
Natureza da Lesão:
Identifica a lesão segundo suas características principais. (impacto contra, prensagem
entre, queda do mesmo nível, esforço inadequado, etc.)
Localização da Lesão:
Indica a sede da lesão no organismo humano.
Causas do Acidente
CAUSAS DIRETAS
* Ato Inseguro
Exemplos:
Deixar de tomar precauções;
Trabalhar em rítmo perigoso (muito lento ou muito rápido);
Trabalhar com ferramenta defeituosa ou improvisada;
Receber o equipamento de proteção individual e não usá-lo;
Limpar máquinas em movimento;
Correr nas escadas ou local de trabalho;
Trabalhar em máquinas cujos dispositivos de segurança não funcionem;
Realizar movimentos que acarretem fadiga desnecessária (levantamento de peso
excessivo).
* Condição Insegura
É a condição do meio ambiente que contribui para a ocorrência dos acidentes. Podendo ser
considerado então, como uma falha no local de trabalho que serve de veículo para o acidente.
Exemplos:
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CAUSAS INDIRETAS
• Risco Material
Exemplos
Máquinas com dispositivos de segurança defeituosos;
Máquinas sem dispositivos de segurança;
Máquinas ou ferramentas defeituosas;
Equipamentos de proteção individual inadequados;
• Risco Pessoal
Exemplos
inabilidade para a função;
Desconhecimento dos riscos da atividade;
Negligente;
Desconcentração;
. Falta de Qualificação ou Qualificação Inadequada;
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- Ambos os olhos;
- Um olho e uma das mãos ou, um olho e um pé;
- Ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé;
Mesmo assim , quando não é possível evitar o acidente, temos ações que devem ser
tomadas no sentido de garantir a segurança dos demais funcionários, assim como melhorar os
processo de trabalho e rotinas da segurança.
Ações Temporárias- São aquelas que tem caráter paliativo, visam advertir, combater,
interromper o sinistro e minimizar as conseqüências.
Ações Permanentes- São aquelas que possuem caráter definitivo, visam controlar ou
eliminar as fontes de risco, através de mudanças de processo produtivo e implantação de
programas cíclicos.
Como a Investigação de acidentes não busca culpados e sim as causas, visando identificar
falhas afim de garantir a melhoria dos processos; podemos perceber que antes do ato final do
acidente, possivelmente ocorreram outras falhas de caráter Administrativo, Tais como:
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A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este comunicar
ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi registrada a CAT.
Do Auxílio Acidente
III – Redução da capacidade laborativa que impeça, pôr si só, o desempenho da atividade
que exercia à época do acidente, porém não o de outra, de nível inferior de complexidade, após
reabilitação profissional.
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ART. 118 – O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de
auxílio-acidente.
OBS 2– O pagamento, pela Previdência Social, das prestações pôr acidente do trabalho
não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12
(doze) meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio
- doença acidentário, independente da percepção de auxílio - acidente, (ART.169).
O pagamento pela Previdência Social das prestações por acidente do trabalho não exclui a
responsabilidade civil da empresa ou de outrem, (ART.172).
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Responsabilidade Civil
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL - CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS)
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social, (ART.7º):
Código Civil
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direitos,
ou causar prejuízos a outrem, ficam obrigados a reparar o dano (ART.159).
III. O padrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício
do trabalho que lhes competir, ou por ocasião deles.
Responsabilidade Penal
Matar alguém:
Pena: Reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
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Existem formulários especiais que podem ser utilizados para a confecção dos relatórios. Os
próprios formulários de roteiro para inspeções de segurança favorecem o controle da solução dos
problemas apontados, facilitando ainda a elaboração de estatísticas.
Os relatórios devem apontar, com clareza o tipo de risco a ser corrigido. Às vezes, essa
correção pode ser efetuada durante a própria inspeção. Riscos que podem causar de imediato
certos acidentes devem ter recomendações de solução sem qualquer espera. Nenhum relatório
deve ser arquivado enquanto não tiver sido dada a solução ao problema levantado. Da inspeção
de Segurança pode resultar a necessidade de um estudo mais aprofundado de determinada
operação.
É quando atinge área geograficamente definida na empresa ou toda a empresa, onde são
observados todos os problemas relativos a segurança, higiene e medicina do trabalho. A
periodicidade dessa inspeção fica a critério de cada área responsável.
Inspeção Parcial:
1. Inspeção de rotina: Procura os riscos que se manifestam, com maior freqüência e que
constituem as causas comuns de acidentes, cabe a todo trabalhador, fazê-la de forma rotineira,
em seu ambiente de trabalho.
2. Inspeção Periódica: Pode ser diária, semanal, mensal, anual, etc. de acordo com a
exigência do programa de segurança vigente na empresa.
• Ferramenta da Inspeção:
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MÓDULO II
HIGIENE OCUPACIONAL
A Higiene do Trabalho ou Ocupacional é uma atividade multidisciplinar que visa
antecipar e reconhecer situações potencialmente perigosas e que aplica medidas de controle de
engenharia antes que agressões sérias à saúde do trabalhador sejam observadas.
Pela definição acima já se verifica o caráter preventivo da Higiene, que foi aprimorada
pela American Conference of Governamental Industrial Hygienists (ACGIH) que a define como:
"A ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais e
estresse originados do ou no local de trabalho, que podem causar doença, comprometimento
da saúde e bem-estar ou significativo desconforto e ineficiência entre os trabalhadores, ou
membros de uma comunidade".
A higiene como ciência, visa estudar os ambientes de trabalho de forma a reduzir ou
eliminar os agentes nocivos capazes de acarretar doenças profissionais ou qualquer outro
prejuízo ao bem estar do trabalhaor.
NOCIVIDADE
É uma propriedade dos agentes ambientais, que define o grau de risco que representam
para a saúde do ser humano; incorpora características com toxidade, inflamabilidade,
infectabilidade etc...necessitando ser identificados e avaliados para se estabelecer os critérios
de controle.
CONCEITOS DE DOSAGEM
LIMITES DE TOLERÂNCIA
Há uma relação entre a quantidade de agente nocivo absorvida pelo organismo e seu efeito
biológico. Esta relação permite o estabelecimento de limites de segurança para as exposições
ocupacionais a substâncias tóxicas abaixo dos quais não existiria risco para a saúde dos
trabalhadores e não seria afetado o grau de bem estar necessário para manter a produção e
reduzir os riscos de acidentes.
NÍVEL DE AÇÃO
Valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de monitorização de modo a
minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ultrapassem os limites de exposição:
ANTECIPAÇÃO ( PROJETOS)
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RISCOS AMBIENTAIS
A maioria dos processos pelos quais o homem modifica os materiais extraídos da natureza,
para transforma-los em produtos segundo as necessidades tecnológicas atuais , capazes de
dispensar no ambiente dos locais de trabalho substâncias que, ao entrarem em contato com o
organismo dos trabalhadores, podem acarretar moléstias ou danos a sua saúde. Para facilitar o
estudo dos riscos ambientais, podemos classifica-los em três grupos (para efeito Legal da NR 15/
Insalubridade):
a) riscos físicos;
b) riscos químicos;
c) riscos biológicos
Por sua vez, cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as conseqüências
fisiológicas que podem provocar, quer em função das características físico-químicas dos agentes,
quer segundo sua ação sobre o organismo, etc.
RISCOS FÍSICOS
RUÍDOS
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir
níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazos provocar sérios prejuízos à saúde.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
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Conseqüências
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:
• fadiga nervosa;
• alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
• hipertensão;
• modificação do rítmo cardíaco;
• modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
• modificação do ritmo respiratório;
• perturbações gastrointestinais;
• diminuição da visão noturna;
• dificuldade na percepção de cores.
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda
temporária ou definitiva da audição.
VIBRAÇÕES
RADIAÇÕES
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser
classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes:
Os operadores de raio-x e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação,
que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
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Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele,
etc.
CALOR
FRIO
PRESSÕES ANORMAIS
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com
trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores
expostos a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em
trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões
pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos,
compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar
comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na
construção de pontes e barragens.
Conseqüências:
• ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco;
• liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
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UMIDADE
Conseqüências:
• doenças do aparelho respiratório;
• quedas;
• doenças de pele;
• doenças circulatórias.
RISCOS QUÍMICOS
POEIRAS
São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. As poeiras
são classificadas em:
• Poeiras minerais
Ex: sílica, asbesto, carvão mineral.
Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão
(mineral).
• Poeiras vegetais
Ex: algodão, bagaço de cana-de-açúcar.
Conseqüências: bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar) etc.
• Poeiras alcalinas
Ex: calcário
Conseqüências: doenças pulmonares obstrutivas crônicas, enfizema pulmonar.
• Poeiras incômodas
Conseqüências: interação com outros agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho,
potencializando sua nocividade.
FUMOS
Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex: fumos de óxido de
zinco nas operações de soldagem com ferro.
Conseqüências: doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação específica
de acordo com o metal.
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NÉVOAS
GASES
Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex: GLP,
hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.
VAPORES
São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em
condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta, gasolina, naftalina, etc.
Névoas, gases e vapores podem ser classificados em:
• Irritantes: irritação das vias aéreas superiores.
Ex: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda caústica, cloro, etc.
• Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.
Ex: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono,
etc.
• Anestésicos: (a maioria solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o sistema nervoso,
danos aos diversos órgãos, ao sistema formador de sangue (benzeno), etc.
• Ex: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno, benzeno,
tolueno, álcoois, percloritileno, xileno, etc.
Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser levados em
consideração:
• Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos
manifestar-se-ão no organismo;
• Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a
jornada de trabalho;
• Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo;
• Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo;
• Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
RISCOS BIOLÓGICOS
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Para que essa doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que haja
exposição do funcionário a estes microorganismos.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos
diversos setores de trabalho sejam adequadas.
Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato com
seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano, com relação à ação
dos riscos biológicos:
• Cutânea: ex: a leptospirose é adquirida pelo contato com águas contaminadas pela urina do
rato;
• Digestiva: ex: ingestão de alimentos deteriorados;
• Respiratória: ex: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar contaminado.
RISCOS ERGONÔMICOS
Conseqüências
RISCOS DE ACIDENTES:
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Instalação elétrica imprópria , com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento
elétrico; falta de manutenção.
Incêndio ou explosão
Os riscos ambientais podem afetar a saúde do trabalhador a curto, médio e longo prazos,
provocando lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais e/ou do trabalho, como, por
exemplo as pneumoconioses. Devido à exposição diária e prolongada a certos tipos de poeiras
como a da sílica, a do ferro, a do algodão, o trabalhador sofrerá alterações pulmonares
irreversíveis com repercussão no sistema circulatório ou, ainda, as lesões pulmonares imediatas
tais como: intoxicações agudas, acidentes com máquinas, quedas etc.
TABELA 1
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NORMAS REGULAMENTADORAS
Resumo
NR.04 - SESMT
Nesta norma são definidas as regras básicas de dimensionamento do SESMT das empresas, em
atendimento ao Quadro II anexo à NR, considerado o número de empregados por
estabelecimento e o grau de risco, além dos requisitos para os profissionais que integram o
SESMT.
NR.05 - CIPA
Trata-se da norma mais importante para o membro da CIPA. Nesta norma são definidas as
competências dos membros da Comissão e as regras básicas para composição de acordo com o
Quadro I anexo à NR. São considerados o número de empregados do estabelecimento e o grau
de risco, além das orientações quanto a eleição, apuração e registro da CIPA no MTb.
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NR.08-Edificações:
Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para
garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 170 a 174 da CLT.
- Edificações
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a chuva,
NR.09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, pelo empregador, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, definindo sua estrutura, seu desenvolvimento, medidas
de controle dos riscos, níveis de ação (tolerância), monitoramento da exposição dos
trabalhadores, registro de dados e responsabilidades do empregador e dos empregados.
NR.14 - Fornos
Defini resumidamente as condições de utilização de acordo com os limites de tolerância contidos
na NR.15, além dos critérios para instalação.
NR.17 - Ergonomia
Esta norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.
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NR.19 Explosivos
Esta norma defini substância considerada explosiva, seu manuseio e condições de segurança para
armazenamento e transporte.
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Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e
o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente
nestes espaços, além de ações com relação a procedimentos para avaliação e prevenção de
atividades com deficiência de oxigênio.
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OBJETIVO DO SESMT
DIMENSIONAMENTO DO SESMT
COMPOSIÇÃO DO SESMT
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Exemplo de Dimensionamento
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OBJETIVO DA CIPA
O objetivo principal é a prevenção de doenças e acidentes do trabalho mediante controle
: dos riscos presentes nos ambientes das condições e organização do trabalho, de modo a obter
a permanente compatibilização do trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde
dos trabalhadores.
ORGANIZAÇÃO DA CIPA
Sendo uma imposição legal, as empresas privadas, públicas, sociedades de economia
mista, instituições de beneficência, associações recreativas, etc. Que possuam empregados e
que se enquadram na legislação específica da CIPA, estão obrigadas a organizar e manter em
funcionamento a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
DIMENSIONAMENTO DA CIPA
A CIPA deverá ser organizada por estabelecimento, levando-se em consideração o grau de
risco (especificado na NR 4) e o numero de empregados.
Haverá na CIPA tantos suplentes quantos forem os representantes titulares.
ELEIÇÃO DA CIPA
Anualmente o empregador deverá constituir uma comissão eleitoral e garantir as
condições necessárias para que a comissão cumpra o seu objetivo, desde a sua instalação até a
posse dos membros eleitos.
Para o sucesso do trabalho é necessário que esta comissão se forme no prazo mínimo de
sessenta dias antes do término do mandato anterior e deverá ser constituída por
representantes dos trabalhadores, do empregador e da CIPA em exercício. Portanto essas
pessoas acompanharão todo o processo eleitoral.
A comissão eleitoral deverá convocar através de edital, fixando-o em locais de fácil
acesso e visualização pelos trabalhadores, com antecedência mínima de 45 dias e realizá-la no
prazo máximo de 30 dias antes do término do mandato da CIPA em exercício.
É aconselhável que a CIPA esteja representada pelas áreas de maior risco.
No caso de eleição pelo processo individual, e respeitando-se o dimensionamento
previsto, os eleitos assumirão a CIPA. Os mais votados na condição de titulares e o demais
assumirão como suplentes.
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Para cada eleição deverá haver uma folha de votação que ficará arquivada. A eleição
deverá ser realizada durante o expediente da empresa e com a participação de no mínimo,
metade mais um do número de trabalhadores do estabelecimento ( 50% + 1 empregado ).
É importante a lisura no processo eleitoral, pois a autoridade regional competente do
Ministério do Trabalho poderá anular a eleição, quando constatar qualquer irregularidade.
REGISTRO DA CIPA
Organizada a CIPA, a empresa tem até dez dias, após a posse dos novos cipeiros, de
requerer o registro da CIPA junto ao Ministério do Trabalho.
O registro é feito mediante requerimento acompanhado de cópia das atas de eleição,
posse e instalação, bem como o calendário anual de reuniões ordinárias da CIPA, constando
dia, hora, mês e local de realização.
FUNCIONAMENTO DA CIPA
Os cipeiros deverão realizar, mensalmente, as reuniões ordinárias segundo o calendário
anual de reuniões. Toda vez que for constatada uma situação de risco grave e iminente,
deverão ser realizadas reuniões extraordinárias.
As atas das reuniões deverão ser lavradas em livro próprio, cujas folhas são numeradas,
e deverão conter as assinaturas dos cipeiros presentes. Este livro ficará sob a guarda do
secretário da CIPA.
O membro titular perderá o mandato quando faltar a mais de 4 reuniões ordinárias sem
justificativa, e o seu suplente passará à condição de titular e um outro cipeiro ocupará a vaga
deixada pelo suplente.
Qualquer modificação da composição da CIPA deverá ser registrada em ata de reunião.
Para os cipeiros eleitos fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do
emprego. Quando a demissão for do interesse do empregado, a demissão deverá ser solicitada
de próprio punho e deverá ter anuência do seu sindicato representante ou do Ministério do
Trabalho.
ATRIBUIÇÕES DA CIPA
- Discutir os acidentes ocorridos;
- Sugerir medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias, por iniciativa própria
ou sugestão de outros empregados, encaminhando-as ao Serviço Especializado em Engenharia
de Segurança e Medicina do Trabalho ( SESMT ) e ao empregador;
- Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança e medicina
do trabalho ou de regulamento e instrumentos de serviços, emitidos pelo empregador;
- Despertar o interesse dos empregados pela prevenção de acidentes e de doenças
ocupacionais e estimulá-los permanentemente a adotar comportamento preventivo durante o
trabalho;
- Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
- Participar da campanha permanente de prevenção de acidentes promovida pela
empresa;
- Realizar, quando houver denúncia de risco ou por iniciativa própria e mediante prévio
aviso ao empregador e ao SESMT, inspeção nas dependências da empresa, dando
conhecimento dos riscos encontrados ao responsável pelo setor, ao SESMT e ao empregador;
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COMPETÊNCIAS
- COMPETE AO EMPREGADOR:
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Definição:
O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela da NR. 05
O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
A especificação do agente, que deve ser anotada também dentro do círculo;
A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos diferentes de círculos.
Objetivo:
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O Mapa de Riscos será executado obrigatoriamente pela CIPA, através de seus membros,
após ouvidos os trabalhadores de todos os setores produtivos da Empresa, e com a colaboração
do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT da
empresa (quando houver), devendo o mesmo ser refeito a cada gestão da CIPA.
Tabela I - Anexo IV
Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com a sua Natureza
e a Padronização das Cores Correspondentes.
Gradação de Riscos
A partir de uma planta baixa de cada seção e/ou estabelecimento, serão levantados todos
os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo: PEQUENO, MÉDIO E GRANDE.
Serão agrupados em cinco grupos classificados pelas cores: verde, vermelha, marrom,
amarela, e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de risco: Físico, Químico, Biológico,
Ergonômico e de Acidentes, respectivamente.
Observação: É preciso deixar bem claro que os itens que serão levantados no mapa não
são críticas à empresa ou pessoas, mas uma constatação de que os mesmos prejudicam o bom
andamento da seção e, portanto devem ser identificados, avaliados e controlados.
Ao estabelecer que a intensidade dos riscos, de acordo com a percepção dos trabalhadores,
deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos, a legislação
enfoca o aspecto quantitativo e explicita que programas de redução dos riscos devam ser
realizados.
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São equipamentos instalados nos locais de trabalho para dar proteção a todos que ali
executam suas atividades. Serão implantados sempre que os agentes ambientais oforecerem
riscos sobre a saúde e o bem estar do trabalhador e que de alguma forma venha interferir no
meio ambiente, com a finalidade de diminuir o impacto sofrido pelo trabalhador.
• Sinalização de Segurança;
• Equipamentos de incêndio;
• Exaustores;
• Filtros;
• Chuveiro de Emergência;
• Lava Olhos;
• Cabine de Pintura:
• Barreiras e Sistemas de Isolamento.
São equipamentos de uso pessoal que visa diminuir a lesão do trabalhador em caso
de acidentes, de fabricação nacional ou estrangeira. Serão adotados sempre que as medidas de
proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra
riscos de acidentes do trabalho e/ou doença profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de
proteção coletiva estiverem sendo implantadas e/ou em situações de emergência.
Todo equipamento possui uma vida útil devendo desta forma, ser observada, pois
quando danificados, não protegem de maneira adequada.
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De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se primeiramente eliminar
ou atenuar o risco, mediante a adoção de outras medidas de ordem geral. Devemos lembrar
ainda, que uma medida mecânica de proteção é mais efetiva que uma proteção dependente do
comportamento humano.
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só do equipamento
como também das condições em que o trabalho for executado;
Obrigações do Empregador:
Obrigações do Empregado:
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Classificação do EPI
Em qualquer circunstância, o uso do EPI será tanto mais útil, e trará tantos melhores
resultados, quanto mais correta for a sua indicação. Essa indicação não é difícil, mas requer certo
cuidado nos seguintes aspectos:
Indicação do EPI Apropriado: Escolher, entre vários EPIs, o mais adequado para
solucionar o problema que se tem pela frente, contando para isto, com a assistência dos
fabricantes e com instruções apropriadas e claras.
CLASSIFICAÇÃO DO EPI
Podemos classificar os EPIs agrupando-os segundo a parte do corpo a que se destina
proteger.
Equipamentos:
Capacetes de Segurança
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Equipamentos:
Óculos de Segurança: para soldadores, torneiros, esmerilhadores, durante a realização
de procedimentos em que haja possibilidade de respingos de sangue e outros fluidos
corpóreos, nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional, entre outros;
Protetores Faciais: contra a ação de impacto, calor radiante, durante a realização de
procedimentos em que haja possibilidade de respingos de sangue e outros fluidos corpóreos,
nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional, entre outros;
Máscaras e Escudos Para Soldadores.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA:
Tem por finalidade, impedir que as vias respiratórias sejam veículos de gases ou outras
substâncias nocivas ao organismo.
Riscos: Deficiência de oxigênio, contaminantes tóxicos (gasosos e partículas)
Equipamentos:
PROTEÇÃO AURICULAR:
Tem por finalidade, a proteção contra o ruído na área de trabalho, desde que encontrem-se
em níveis acima dos limites de tolerância estabelecidos.
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Equipamentos:
Protetor Auricular Tipo Inserção;
Protetor Auricular Externo, ou Tipo Concha, ou Abafadores de Ruídos.
PROTEÇÃO DO TRONCO:
Devem ser utilizados durante os procedimentos com possibilidade de contato com material
biológico, inclusive em superfícies contaminadas, entre outros.
Equipamentos:
Aventais de Couro: Para trabalhos de soldagem elétrica, oxi-acetilênica e corte a
quente. Também são indicados para o manuseio de chapas com rebarbas;
Aventais de PVC: Para trabalhos onde haja manuseio de peças úmidas ou risco de
respingos de produtos químicos;
Aventais de Amianto: Para trabalhos onde o calor é excessivo.
Equipamentos:
Luvas Cirúrgicas: Para serviços de contato com sangue, secreções, com mucosas ou
com áreas de pele não íntegra (ferimentos, escaras, feridas cirúrgicas e outros);
Luvas de Couro (vaqueta ou raspa): Para serviços gerais de fundição, cerâmicas,
montagem de motores, manuseio de materiais quentes, carga e descarga de materiais;
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Luvas de Borracha: Para eletricistas e para trabalhos com produtos químicos em geral,
exceto solventes e óleos, serviços de galvanoplastia, serviços úmidos em geral.
Luvas de PVC: Para trabalhos com líquidos ou produtos químicos que exijam melhor
aderência no manuseio, lavagem de peças em corrosivos de ácidos, óleos e graxas
(gorduras), serviços de galvanoplastia.
Riscos: Superfícies cortantes e abrasivas, substâncias químicas, cinzas quentes, frio, gelo,
perigos elétricos, impacto de objetos pesados, superfícies quentes, umidade.
Equipamentos:
Sapatos: Com biqueira de aço, condutores, anti - fagulhas, isolantes, para fundição;
Botas de Borracha (e outros materiais similares);
Perneiras (de raspa, de couro): São usadas pelos soldadores e fundidores. As perneiras
mais longas são mais empregadas em trabalhos com produtos químicos, líquidos ou
corrosivos.
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O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos seguintes exames médicos,
tais como: Admissional; Periódico; De retorno ao trabalho; Mudança de função e Demissional.
Para cada exame médico realizado, o Médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional -
ASO, em duas vias.
A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho e a segunda via será
obrigatoriamente entregue ao trabalhador , mediante recibo da primeira via.
Nas empresas que possuam o SESMT a elaboração e a implementação do PPRA poderão ser
feitas por eles ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes
de desenvolver este programa.
Para efeito deste programa consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos.
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Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos (físicos,
químicos e biológicos) à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição.
a) acima dos limites de tolerância previstos para ruídos, calor, agentes químicos e poeiras
minerais;
b) sob pressões hiperbáricas;
c) com arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros compostos de
carbono, mercúrio, silicatos, substâncias cancerígenas(4 amido difenil, benzidina,
beta-naftilamina, nitrodifenil), cádmio e compostos e manganês e composto;
d) com agentes biológicos;
e) em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva;
f) em locais que exponham os trabalhadores ao frio, às vibrações localizadas ou de corpo
inteiro e as microondas, laser, ultravioleta, sem a proteção adequada.
ADICIONIAL DE INSALUBRIDADE
Observação Importante:
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PeRICULOSIDADE
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NR17- ERGONOMIA
FADIGA FíSICA
Devemos observar que a adaptação em ergonomia sempre ocorre do trabalho para o homem.
Conclui-se que é muito mais difícil adaptar o homem ao trabalho porque a ergonomia é parte do
conhecimento do homem para desenvolver o projeto do trabalho. É fundamental ajustá-lo às
capacidades e limitações. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do
posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
EX. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise
ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento
da perna do trabalhador.
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados
assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores
durante as pausas.
PREVENÇÃO
Para os trabalhadores
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• Estudar a mudança de função ou atividade caso a insatisfação pessoal com seu trabalho
lhe traga sofrimento
Para as empresas
FADIGA EMOCIONAL
O homem é um ser complexo. Sua complexidade não está limitada ao modo como
raciocina, faculdade por si só que já nos fascina e que ainda gera muitas dúvidas, eis que já
sabemos não ter o nosso cérebro toda a sua capacidade ainda aproveitada. Mas é o homem,
além de um ser pensante, um ser que possui sentimentos. Seu lado emocional influi
diretamente em sua vida e a vida do homem é passada em confronto direto com realidade do
dia-a-dia.
As realidades vivenciadas pelo ser humano nem sempre vão de encontro às suas
espectativas e, em tais situações,o lado emocional manifesta-se em desequilíbrio.
FATORES DE RISCO
DE CONTEXTO
Contexto é o meio no qual o indivíduo vive, ou seja, a cidade na qual mora, seu país,
sua casa, seu bairro, a condução que pega para deslocar-se, a sociedade que o cerca e a
família com a qual vive. Todos os problemas vivenciados neste meio são classificados como de
CONTEXTO.
- salário baixo;
- condições sub-humanas de vida (alimentação, vestuário, moradia, etc.)
- transporte deficiente;
- ausência de assistência médico-hospitalar;
- falta de assistência e orientação social;
- mercado de trabalho restrito;
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OCUPACIONAIS
1) Ligações de água, energia elétrica, esgoto e telefone, devendo ser solicitadas, junto às
respectivas Concessionárias, as informações necessárias.
· Sanitários.
· Vestiários.
· Alojamento.
· Local de Refeições.
· Cozinha (quando for previsto o preparo de refeições).
· Lavanderia.
· Área de Lazer.
· Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50
(cinqüenta) ou mais trabalhadores.
· Massa (betoneira).
· Minicentral de concreto, quando houver.
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· Armação de Ferro.
· Serra Circular.
· Armação de forma.
· Pré-montagem de Instalações.
· Soldagem e Corte a Quente.
· Outras.
5) Localização e dimensionamento dos Equipamentos de Transporte de Materiais e Pessoas:
· Grua.
· Elevador de Transporte de Materiais (Prancha).
· Elevador de Passageiros (Gaiola).
Cabos e fios estendidos em locais de passagem devem estar protegidos por calhas de
madeira, canaletas ou eletrodutos.
A-) Chave geral do tipo blindada localizada no quadro principal de distribuição, de acordo com
a aprovação da concessionária ( empresa de eletricidade ) local;
B-) Chave individual para cada circuito de derivação ( circuito secundário de distribuição ).
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ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES
As paredes de uma escavação devem ser escoradas por estruturas firmes, para garantir que
elas não cedam.
O solo ( terra, areia, granito, etc. ) retirado de uma escavação deve ser depositado a uma
distância superior à metade da profundidade prevista no projeto, medida a partir da borda do
buraco.
Quando se abrem tubulações com alargamento na base, a céu aberto, é obrigatório realizar
estudo do solo quando a profundidade for superior a 3.00 m.
A-) Carroceria com guardas altas e cobertura em todo o seu perímetro. A cobertura deve ficar
a uma altura de 2.10 m a partir do piso da carroceria. As guardas e a cobertura devem ser
feitas de material com qualidade e resistência suficientes para evitar o esmagamento e não
permitir que as pessoas sejam atiradas para fora.
B-) Os trabalhadores devem ser transportados com cintos de segurança do tipo de três
pontos.
Muitos cuidados devem ser tomados na utilização e manejo dos elevadores de carga para
evitar acidentes fatais. Os principais são:
A-) O elevador de transporte de materiais deve ser operado por trabalhador qualificado.
B-) O guincho do elevador deve possuir chave de partida e bloqueio da corrente elétrica que
impeça o seu acionamento por pessoa não autorizada.
C-) Todos os acessos à torre do elevador devem ser bloqueados por uma cancela, impedindo
a queda de trabalhadores no poço. Além disso, cada cancela deve Ter um dispositivo de
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segurança que só permita sua abertura quando o elevador estiver no nível do pavimento.
D-) As rampas de acesso ao elevador devem ter: sistema de guarda-corpo e rodapé, piso
contínuo de material resistente e fixação à estrutura do prédio e da torre. Não devem ter
inclinação descendente no sentido da torre.
E-) As torres devem Ter suas faces revestidas com tela de arame galvanizado ou material de
resistência e durabilidade equivalente.
O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área de
segurança do trabalho.
a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-
se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas
preventivas;
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LEGENDA
3. Apara Lixo
–ntermedário- 1.50 m A Cada 03
Pav.metos)
Térreo -2,50 m
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PRODUTOS PERIGOSOS
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