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Para você jovem

Já não causam mais surpresas os freqüentes telefonemas nestes termos: "Amanhã teremos a reunião do
grupo de jovens e eu ainda não sei o que preciso preparar..."; "Alô, é o padre? Você não tem uma dinâmica
que se possa usar domingo no grupo?" Ou então: "Eliane, você vem comigo até a livraria pra ver se tem
dinâmicas legais para o encontro de sábado?" Quantas vezes você já ouviu essas perguntas, ou então, outras
pessoas amigas formulando estas frases.
A presente obra é justamente uma tentativa de ir ao encontro das pessoas que buscam dinâmicas para
animar encontros. Estas dinâmicas nasceram da experiência de quase quinze anos de atuação em grupos de
jovens quando eu, um jovem como você, no início era somente participante de um grupo, depois como
coordenador, assessor e, enfim, como padre que acompanhou e continua ao lado de muitos grupos.
Trata-se de um texto que não nasceu no ambiente frio de um escritório, mas numa atmosfera cheia de vida,
de perguntas, de dúvidas e sonhos que é o mundo dos jovens.
A presente experiência não se limita ao contexto das paróquias tradicionais, missões ou escolas, mas está
ligada também a novas atuações com jovens afastados da Igreja, sem pertença religiosa e até com ateus. Foi
nesse último contexto que percebi a importância da linguagem, da postura e das dinâmicas para os jovens de
hoje. Não é bem verdade que eles estejam indiferentes à proposta cristã. Pelo contrário, muitas vezes esta é
feita em termos incompreensíveis, cansativos e estranhos à realidade deles. Além disso, a falta de entusiasmo
e vitalidade de alguns contribui para o insucesso da proposta cristã no mundo da juventude. Acrescente-se
ainda o fato de que ser cristão, muitas vezes, é acreditar em algumas regras, ou num conjunto de normas
morais... Pelo contrário, ser um jovem cristão é acreditar em primeiro lugar numa pessoa viva e significativa.
A partir dessas experiências, que são como fios de diferentes cores, pensei em tecer este livro, que
também pode ser útil para muitos outros grupos de jovens. Selecionei dinâmicas diferentes: de movimento,
mas também paradas; individuais, em dupla, por equipe; a serem realizadas ao ar livre, como também em
lugares fechados. Tudo isso a fim de contribuir para o amadurecimento das diferentes dimensões do jovem.
Algumas dinâmicas são originais, inventadas, outras adquiridas ao longo dos anos em muitos cursos de
formação ou pesquisando em livros da Pastoral da Juventude.
Surgiu assim este texto que se destina de modo especial aos coordenadores dos grupos ou àqueles que
devem conduzir uma reunião do grupo de jovens: Neste momento em que você o segura nas mãos, lembre-se
de que tudo isso nasceu da experiência de outros jovens como você e com você voltará a se tornar uma
experiência viva no seu grupo.

Padre Paolo Parise


Como usar este subsídio
... respeitando a etapa do grupo
O grupo é semelhante a um ser que se desenvolve... tem momentos específicos. O mesmo ser humano
passa por momentos diferentes e distintos. Muitas vezes esquecemos disso e encaramos o grupo como se
fosse sempre o mesmo.
Existe a fase inicial de um grupo de jovens, a consolidação criando laços sempre mais estreitos entre os
integrantes, o momento da abertura progressiva para a realidade que está ao redor do grupo, desde a
comunidade até a sociedade, o país e o mundo.
Em cada etapa devem ser escolhidas temáticas e dinâmicas certas. Só para dar um exemplo: seria errado
usar uma dinâmica de auto-conhecimento depois que os participantes já caminharam por muito tempo (a não
ser que seja exigida para o momento).

... distinguindo a natureza da dinâmica


Existem muitas dinâmicas, mas com funções diferentes. Não é a mesma coisa usar uma ou outra para o
encontro. Há dinâmicas de entrosamento e de conhecimento; existem outras para introduzir um assunto, para
fazer uma avaliação ou uma celebração etc. Por isso, tentaremos oferecer uma amostra de algumas de cada
tipo, para você se acostumar a distingui-las e usá-las de modo correto.
... evitando preparar as reuniões na última hora
Um dos perigos que os coordenadores devem evitar é deixar a preparação do encontro para a última hora,
existindo também um outro perigo, no caso de jovens que preparam com antecedência o encontro: trata-se do
problema de não ter planejado com o grupo a caminhada do ano. Claro que nem tudo na vida pode ser
planejado, a existência algumas vezes nos surpreende, mas é importante esboçar uma programação, para
não deixar cada encontro por conta da improvisação. Nesse sentido, podemos encontrar jovens que consigam
programar cada encontro com antecedência (por exemplo, uma semana), mas que ao mesmo tempo revelam
a lacuna de não ter sido capazes de programar o ano, parecendo sem rumo, como um navio perdido no
oceano.

... com os pés no chão


Na hora de escolher e programar a dinâmica é importante deixar-se guiar por um profundo senso da
realidade, evitando assim que a elaboração fique muito distante da vida, sem que o grupo considere o
ambiente, de modo que a realização da dinâmica acabe se tornando um verdadeiro fracasso. Explico melhor
com um exemplo. Um grupo de jovens escolheu contar sua história montando um vídeo. A idéia foi muito boa,
nova e cheia de criatividade. Trabalharam quase uma semana inteira fazendo o esboço da história, gravando e
editando as imagens. Até aqui tudo estava perfeito. O problema aconteceu no dia da apresentação ao grupo.
Como os jovens eram muitos, planejaram a projeção num telão. O problema foi que não tinham calculado a
claridade do dia e assim ninguém conseguiu enxergar nada; e o que poderia ser muito bom e atraente se
tornou cansativo e pesado.

... prestando atenção às dicas que as dinâmicas apresentam


As dinâmicas são apresentadas da maneira mais simples possível, acompanhando sempre o mesmo
esquema. Por isso, é útil dar uma olhada em todas as dicas que as dinâmicas apresentam.

... lembrando que as dinâmicas são meios (técnicas)


A dinâmica não é fim em si mesma, mas está a serviço da mensagem ou do encontro a ser realizado.
Estamos num mundo onde a maneira de passar o conteúdo se torna tão importante quanto o próprio
conteúdo. Devemos, portanto, acostumar-nos com isso e conseguir usar as dinâmicas de maneira correta e
não como fim em si mesmas.

... prestando atenção à sua postura como coordenador(a)


Às vezes, o encontro fora planejado de maneira correta, tinha tudo para dar certo, mas faltou a postura do
coordenador. Aquele que dirige a dinâmica deve evitar a atitude de ditador, a atitude paternalista ou ser
permissivo. O ideal é ser democrático. Por isso, é importante o auto-conhecimento para individualizar aquelas
tendências que podem aparecer na hora de coordenar.
Contudo, existem outras posturas erradas! Depois de ter apresentado a dinâmica, o coordenador ou
coordenadora fica namorando (não é que seja proibido, mas não é o momento certo), ou fica brincando (dando
a entender que estão mandando fazer uma tarefa para cumprir um papel, mas que isso não é importante), ou
fica tomando um refrigerante... São todas atitudes que já presenciei.
Quem coordena deve estar presente ao longo da realização das dinâmicas com certa discrição, ou seja,
disponível a esclarecer dúvidas, incentivar, motivar, fazer com que todos dêem o melhor de si.

... apresentando e acompanhando as dinâmicas em equipe


O ideal é ter sempre, ou pelo menos na maioria dos casos, uma equipe que acompanhe a preparação e a
execução da dinâmica. Às vezes, é cansativo e torna-se ridículo ver que é a mesma pessoa que explica,
segura o material, dá uma demonstração e acompanha a dinâmica. Dividir as tarefas é sempre o ideal de cada
atividade para não sobrecarregar uma pessoa e para que tudo corra bem.

... aceitando os possíveis fracassos


Nem sempre tudo acontece como planejamos. Às vezes, acontece o inesperado. Isso porque o ser humano
é livre e porque lidamos com muitas variáveis nem sempre controláveis. Por isso é bom estarmos prevenidos e
contarmos com a possibilidade de derrotas. Com o passar do tempo, iremos amadurecer e adquirir mais
experiência.

... percebendo o objetivo da dinâmica


Algumas dinâmicas devem ser realizadas sem que os participantes conheçam o objetivo, para não
influenciar o processo de descoberta. Isso tornaria a dinâmica ineficaz. A explicação será feita somente no
final. Contudo, existem outras dinâmicas que exigem que o objetivo seja explicado desde o começo.

... como ponto de partida


Aprender a lidar com dinâmicas significa começar a partir de propostas presentes num texto como este,
mas aos poucos saber adquirir certa liberdade e capacidade de inventar outras. Progressivamente, você
começará a ter familiaridade com as propostas, a perceber como funcionam e a inventar algo de novo a partir
da realidade e do grupo em que você vive.
Por isso, a presente obra não tem nenhuma pretensão de ser um manual ou uma pequena enciclopédia de
dinâmicas, mas somente uma sugestão para ajudar a coordenar a caminhada do seu grupo ou uma seta para
novos caminhos.

--- Primeira Parte ---

Dinâmicos para toda hora

Este título meio estranho não foi escolhido por acaso. E, se você prestar atenção, abarca o maior número
de dinâmicas. Por que colocar sugestões de dinâmicas para toda hora, e não com uma função especial? Para
dar espaço à gratuidade, num contexto como o nosso, em que tudo deve ter uma função, uma evidente
utilidade.
O momento lúdico também é importante! Por isso, decidimos começar apresentando dinâmicas que
facilitem o estar juntos, se encontrar, brincar... Dá para perceber que elas, diretamente, parecem não ter
nenhuma finalidade, mas que ao longo da caminhada do grupo, indiretamente, ajudam a criar maior
integração, laços de amizade e união.
Por outro lado, estas dinâmicas podem ser usadas também no contexto de uma gincana ou em outras
oportunidades.

1. DUPLA ANATÓMICA
Local:
Em qualquer lugar (seja ao ar livre ou numa sala).
Material:
Papéis e pincel atômico.
Realização:
Em duplas.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Preparação:
Cortar as folhas de sulfite pela metade. Escrever em cada folha estas frases: testa com testa, nariz no
joelho, mão no pé, joelho com joelho, bumbum com bumbum, mão na orelha, costas com costas, coringa,
nariz com nariz, mão no ombro... É muito importante que a frase não apareça no outro lado da folha, por isso,
se for necessário, é melhor, depois de ter escrito de um lado, colar uma folha no lado branco para impedir a
escolha das frases mais fáceis.
Desenvolvimento da dinâmica:
Formar um círculo com os papéis de, no máximo, dois metros de diâmetro. Os papéis têm de ser colocados
com a escrita em contato com o chão de maneira que não se possa enxergar as frases escritas no outro lado.
Convidam-se duas pessoas por vez a ficar no meio do círculo. A dupla recolhe uma folha por vez, lê o
conteúdo e coloca o papel entre as partes do corpo marcadas. Por exemplo, se recolhe o papel onde está
escrito "mão no ombro", tem de colocar o papel entre o ombro e a mão. Tanto faz se a mão é de uma pessoa
e o ombro de outra, ou se as duas partes do corpo são do mesmo sujeito. A finalidade é recolher o maior
número de papéis. A dupla é eliminada quando um dos papéis cai no chão. Nessa hora, contam-se os papéis
recolhidos. Em seguida, prepara-se novamente a dinâmica: juntam-se os papéis com aqueles que estão no
chão e depois de tê-los misturado e colocado novamente em círculo, entra uma outra dupla para participar.
Quando alguém recolhe um papel, o coringa decide livremente em qual parte do corpo colocá-lo.
A experiência nos diz que...
No decorrer da dinâmica, cuide-se para que as folhas não sejam identificáveis (amassadas, por exemplo),
para não tornar mais fácil a participação da dupla sucessiva que poderia escolher os papéis menos difíceis.

2. NÚMEROS
Local:
Lugar amplo, de preferência numa quadra ao ar livre.
Material:
Papéis coloridos e canetas.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
A dinâmica deve ser preparada a partir do número de participantes, que serão divididos por equipes com o
mesmo número de integrantes. Preparam-se cartões da mesma cor para cada equipe, escrevendo de um lado
um número. Assim, o resultado será conseguir blocos de cartões de cores diferentes, mas com os mesmos
números, pois em cada equipe haverá o mesmo número de participantes. Acrescenta-se um bloco a mais do
que o número das equipes e de tamanho maior (por exemplo, papéis mais ou menos do tamanho de folhas de
sulfite).
Desenvolvimento da dinâmica:
Depois de ter dividido os participantes em equipes com a mesma quantidade de pessoas, separam-se as
equipes. A cada equipe entrega-se um bloco de números de cor diferente. Assim cada participante da mesma
equipe terá um único cartão com um número. A certa distância, num espaço delimitado, espalham-se os
papéis de tamanho maior com o número no verso da folha em contato com o chão, para impossibilitar a
identificação do número. Ao sinal de quem dirige a dinâmica, todas as equipes correm no espaço marcado
para que cada participante encontre o seu número.
Desta forma, no chão, tem só um número 1, 2, 3... Mas aqueles que procuram o seu número são muitos.
Um só encontrará o seu número e os outros ficarão sem. A finalidade é juntar por equipe o maior número de
papéis. Quando a pessoa se depara com um número que não é o seu, tem de deixar o papel no mesmo lugar
em que o encontrou e correr na direção de outro papel. Quando encontrar o seu, a pessoa fica parada no lugar
com o braço levantado e segurando a folha. Quando todos os papéis forem encontrados, contam-se quantos
cada equipe conseguiu juntar.
A dinâmica pode ser repetida o número de vezes estabelecido no começo, e, somando por equipe os
papéis recolhidos a cada vez, ganha a equipe que somar até o final o maior número de papéis.
A experiência nos diz que...
Depois da primeira vez, os jogadores se tornam espertos e começam a não ser corretos, ou segurando o
papel encontrado, apesar de não ser do mesmo número que o seu e entregando-o aos colegas da mesma
equipe, ou gritando para os colegas e apontando onde está. Por isso, é bom colocar alguns juizes espalhados
pelo território de jogo evitando que isso ocorra. Outra forma de controlar é também aquela de proibir a fala.
Quem espalha os papéis no chão tem de ter o cuidado de colocá-los distantes um do outro (por exemplo,
10/15 metros).

3. TÚNEL
Local:
Ar livre, num lugar bastante amplo.
Material:
Bola (nem muito leve, nem pesada demais).
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Não há necessidade de nenhuma preparação.
Desenvolvimento da dinâmica:
Criar um círculo com todos os participantes (no máximo 15/20 pessoas). Cada um deve abrir bem as
pernas e colocar os pés encostados no colega que está ao lado. A finalidade da brincadeira é fazer passar a
bola embaixo das pernas dos outros sem deixar que passe por baixo das próprias pernas. Não se pode:
segurar a bola, tirar os pés do lugar, baixar os joelhos para evitar que a bola passe, fechar muito as pernas. Os
participantes poderão usar as duas mãos ou para se defender ou para atacar, sem segurar a bola e deixando-
a sempre rolar. É considerada válida a jogada depois que a bola tocar no mínimo em três pessoas. Desta
forma, não se pode eliminar uma pessoa com a primeira batida na bola, mas somente depois de ter tocado as
mãos de pelo menos três jogadores diferentes. Quando a bola sobe e não fica no chão, para-se a bola para
fazê-la voltar a correr no chão. Depois que a bola passa duas vezes embaixo da mesma pessoa, esta é
eliminada. A brincadeira termina quando sobram 4 jogadores.
A experiência nos diz que...
Alguns ao longo da dinâmica fecham as pernas, outros usam os joelhos para evitar que a bola passe por
baixo. Por isso, é importante de vez em quando controlar os participantes e, se necessário, exigir que se
coloquem todos na posição certa.

4. CIRCULO DA DISPUTA
Local:
Ar livre, com grama ou areia.
Material:
Apito; um pedaço de cabo de vassoura cortado (mais ou menos 15 cm) para cada dupla participante.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em duplas.
Preparação:
Formar um círculo de duplas, onde a primeira pessoa esteja na frente e a segunda logo atrás, às costas do
colega. Assim serão feitos dois círculos, um interno, onde as pessoas estarão olhando para o centro e com as
pernas bem abertas, para permitir que o colega possa passar debaixo das pernas, e um outro externo, com os
respectivos colegas atrás. No meio do círculo, serão colocados os pedaços de cabos de vassoura, tantos
quantas são as duplas, menos uma. Desta forma uma dupla ficará sem o pedaço de vassoura.
Desenvolvimento da dinâmica:
Ao som do apito as pessoas do círculo externo começarão a correr todas em sentido horário, sem poder
superar o adversário que está na frente. Ao segundo som do apito, as pessoas poderão correr mais rápido,
eventualmente superar os adversários e, passando por baixo das pernas do colega, se jogarem no meio,
alcançando o pedaço de madeira. A última dupla ficará sem o pedaço e será eliminada.
Cada vez que é eliminada uma dupla, tira-se um pedaço de madeira, até que ao sobrar uma dupla na frente
da outra, chegue-se à dupla vencedora.
A experiência nos diz que...
Quem dirige a dinâmica apitando deve ficar de costas para a brincadeira ou com olhos vendados, para não
enxergar e privilegiar alguma dupla. O momento mais delicado é a segunda vez que se apita, ou seja, quando
todos começarão a correr para pegar o pedaço de madeira. Nesse momento deve-se prestar atenção para que
as pessoas que estão correndo não voltem atrás; ou seja, se acabaram de passar por baixo das pernas do
colega, não poderão voltar atrás, mas deverão completar toda a volta. Além disso, não podem empurrar os
adversários ou passar por baixo de outras pessoas, a não ser o próprio colega. Outro detalhe importante é
cuidar para que os pedaços de madeira estejam bem no meio e não favoreçam nenhuma das duplas.
Enfim, o ideal é escolher um lugar ao ar livre com grama ou areia, para que os participantes não se
machuquem na hora de passar por baixo das pernas do colega e jogar-se no meio, onde estão colocados os
pedaços de madeira.
É bom fazer um teste uma ou duas vezes, sem eliminar nenhuma dupla, para ver se todo mundo entendeu.

5. A CORRIDA DAS BOLHAS DE SABÃO


Local:
Em qualquer lugar (num salão ou ao ar livre, se não houver muito vento).
Material:
Gizes coloridos e brinquedos de sopro que as crianças usam para fazer bolhas de sabão.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
Marcar um lugar onde fique parada a pessoa que, soprando, produz as bolhas de sabão. Esta não poderá
sair do lugar.
Desenvolvimento da dinâmica:
Depois de ter apresentado o tempo à disposição por cada equipe (por exemplo, 2/3 minutos), um jovem
começa a soltar no ar as bolhas de sabão, os outros da mesma equipe tentam ajudar soprando, fazendo vento
com as mãos... para levar as bolhas o mais distante possível. Ganha a equipe que conseguir levar a bolha de
sabão mais longe.
A experiência nos diz que...
Enquanto a brincadeira acontece, pelo menos dois juizes devem acompanhar o desenvolvimento para
marcar, cada vez com o giz da cor da equipe, onde chegaram as bolhas.

6. OS FÓSFOROS E Á GARRAFA
Local:
Em qualquer lugar, melhor numa sala onde não haja ar.
Material:
Fósforos e garrafa.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Colocar uma garrafa no meio de um círculo de pessoas. A garrafa pode ser colocada no chão ou, melhor
ainda, em cima de uma mesa. A cada participante entrega-se o mesmo número de fósforos (normalmente
entre 6 e 8 por pessoa), com o cuidado de que quanto menor é o número de participantes, maior tem de ser o
número de fósforos por pessoa.
Desenvolvimento da dinâmica:
Explicar que cada participante deverá colocar um fósforo por vez sobre a boca da garrafa de maneira que
fique em equilíbrio e não caia nem dentro nem fora da garrafa. Desta forma, um por vez coloca um fósforo
sobre a boca da garrafa, em sentido horário ou anti-horário, mas respeitando a mesma seqüência. A finalidade
é conseguir ficar sem fósforos na mão. Quando acontece que colocando o fósforo se derrubem outros, a
pessoa deverá recolher todos os fósforos derrubados e esperar a vez.
A experiência nos diz que...
Se a brincadeira é realizada ao redor de uma mesa, é preciso prestar atenção para que ninguém empurre a
mesa fazendo cair os fósforos na hora em que os adversários estão colocando-os. Em caso de se realizar a
brincadeira ao ar livre, certificar-se de que não haja muito vento, para não dificultar a colocação dos fósforos.

7. ENCHER A GARRAFA
Local:
Melhor ao ar livre.
Material:
Garrafas e baldes de água (ou outros tipos de recipientes como bacias e até piscina) e água.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipe.
Preparação:
No caso de se usar baldes de água, dispor de um balde para cada time. Colocar as garrafas vazias a uma
distância de aproximadamente 20/25 metros. Posicionar cada time ao redor do seu balde.
Desenvolvimento da dinâmica:
Ao sinal do coordenador da brincadeira, cada time usando somente as mãos pegará água e a transportará
até a garrafa colocando-a dentro. Ganha o time que no tempo marcado (por exemplo, 5 minutos) colocar mais
água na garrafa. Os participantes de cada time poderão trabalhar todos ao mesmo tempo e não um por vez.
A experiência nos diz que...
Precisa-se de uma equipe que encha os reservatórios de água ao longo da dinâmica, evitando deixar sem
água um dos times, prejudicando-o. Além disso, deve-se prestar muita atenção, possivelmente com um juiz
por equipe, para que as pessoas não coloquem água na boca, ou não usem bexigas ou pedaços de plástico a
fim de desperdiçar menos água e assim encherem mais a garrafa. Garantir também que as garrafas sejam do
mesmo tamanho para, no final, se poder avaliar corretamente a quantidade de água em cada garrafa.

8. ADIVINHAR OS FILMES...
Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Relógio com cronometro, papéis, máscara que possa cobrir a boca ou lenço para vedar a boca.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
Escrever em cada papel o nome de um filme, que não tenha palavras estrangeiras. Dobrar os papéis e
misturá-los.
Desenvolvimento da dinâmica:
Um participante por vez e por time escolhe um papel, coloca a máscara ou o lenço na boca e, no tempo
máximo de dois minutos, tenta, através de mímica, fazer com que o pessoal do seu time adivinhe o nome
exato do filme. Quando o time adivinha, marca-se o tempo. Ganha o time que acertar o título em menor tempo.
Isso pode ser repetido várias vezes, dando pontos a cada rodada.
A experiência nos diz que...
Para que haja mais participação e para dar oportunidade a todos, é bom que a pessoa que faz a mímica
uma vez, não volte uma segunda, assim deixará espaço para outros. Durante a execução, é importante que a
pessoa que vai fazer a mímica se mantenha a certa distância do seu time para que não sopre o título.
Trabalhar, no máximo, com três times, para manter viva a atenção; com um número maior corre-se o risco de
que os participantes comecem a cansar-se devido à grande demora antes de competir.
Variações da mesma brincadeira:
Em lugar dos filmes, pode-se escrever o nome de músicas...

9. ADIVINHAR A MÚSICA...
Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Gravador, fita, papel e caneta.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipe.
Preparação:
Gravar em seqüência aproximadamente 15 trechos de músicas diferentes. Numa folha escrever o que se
quer saber das músicas. Por exemplo: das primeiras cinco, coloque o nome do autor; das outras cinco, quem
está cantando; das outras, o autor e o cantor.
Desenvolvimento da dinâmica:
Entregar folha e caneta a cada time e fazê-lo ouvir as músicas em seqüência. No final recolhem-se as
folhas e se faz a contagem da classificação.
A experiência nos diz que...
Cada time deve manter certa distância um do outro para não ser ouvido pelos adversários; convida-se
mesmo a falar em voz baixa para que isso não aconteça.
Variações da mesma brincadeira:
Tendo à disposição um vídeo e uma TV, pode-se fazer a mesma brincadeira com pedaços de novela ou de
filmes. Os grupos assistem e marcam no papel os títulos.

10. ESTOURAR Á BEXIGA


Local:
Ao ar livre ou salão bastante amplo.
Material:
Bexigas, barbante, palitos e apito.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipe.
Preparação:
Delimitar um espaço amplo, dentro do qual acontecerá a brincadeira. Encher uma bexiga (nem demais nem
muito pouco): esta servirá como modelo para que cada participante encha a sua. Entregar a cada time bexigas
de cor variada para diferenciar os grupos. Depois de enchê-las, amarrá-las na cintura com o barbante.
Entrega-se um palitinho para cada participante.
Desenvolvimento da dinâmica:
No momento inicial, dividir um pouco as equipes (por exemplo, uma em cada canto do espaço marcado).
Ao ouvir o apito, cada integrante de uma equipe tentará estourar só com o palito as bexigas dos adversários. É
proibido segurar os jogadores. Quando um dos participantes tiver sua bexiga estourada deve sair rapidamente
do espaço de jogo, não podendo mais estourar as bexigas dos adversários. Ganha a equipe que ficar até o
final com alguns integrantes sem bexigas estouradas. A penúltima equipe a ser eliminada fica em segundo
lugar...
A experiência nos diz que...
No espaço onde acontece a brincadeira é importante colocar mais de um juiz para fazer com que tudo
aconteça segundo as regras. De fato, a tentação dos que acabaram sendo eliminados é de permanecer com o
palito estourando ainda as bexigas dos outros. Para perceber a ordem de classificação é bom deixar um
responsável marcando os times eliminados cada vez que um grupo inteiro fica sem bexigas.
Variações da mesma brincadeira:
A mesma dinâmica pode ser feita sem se usarem palitos, simplesmente amarrando a bexiga no pé
esquerdo dos participantes, em vez de na cintura. Nesse caso, são necessários estes cuidados: que todas as
bexigas estejam amarradas bem perto do pé e não com o barbante muito folgado ou acima do tornozelo.

11. A CORRIDA DO CANUDINHO


Local:
De preferência ao ar livre, mas pode ser feita também num salão bem amplo.
Material:
Canudinhos, papel colorido e pratos ou bacias.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
Cortar o papel colorido no mesmo tamanho. Cada time usará uma cor. Os pedacinhos de papel poderão ter
aproximadamente o tamanho de 2x2cm.
Colocar os pedaços de papel em cima de mesas (cada mesa pertence a um time e terá espalhados os
papéis). A uma distância igual para todos os times (entre 15 e 20 metros), coloca-se um prato. Cada equipe,
com o mesmo número de componentes, terá o seu prato de referência e um canudinho por pessoa.
Desenvolvimento da dinâmica:
Ao sinal do coordenador ou coordenadora, as pessoas de cada equipe, mantendo as mãos para trás, vão
pegar, aspirando (como um aspirador de pó) com o canudinho, um pedaço de papel, e mantendo-o pendurado
vão até seu prato e o colocam dentro. Se ao longo do percurso o papel cair no chão, a pessoa deverá voltar
para pegar um novo papel. A brincadeira funciona com um tempo estabelecido (5 ou 7 minutos).
A experiência nos diz que...
Deve-se prestar muita atenção na hora em que os papéis caem no chão para não acontecer de alguns
desrespeitarem as regras.
Variações da mesma brincadeira:
Para controlar melhor a brincadeira pode-se estabelecer desde o começo que de cada grupo sairá uma
pessoa por vez. Desta forma, será mais fácil observar se as regras serão respeitadas. Nesse caso, pode-se
aumentar o tempo, para fazer com que todos possam participar mais vezes.
Uma outra forma de realizar a brincadeira é espalhar num território escolhido a mesma quantidade de
papéis por time, mas jogados no chão. Será divertido ver as pessoas procurando seus pedaços no chão. Não
poderá entrar no território de jogo mais de uma pessoa por time, sempre para permitir o controle das regras.

12. A MAGICA DA CADEIRA


Local:
Dentro de uma sala.
Material:
Três cadeiras e um lenço.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Antes do encontro, possivelmente no dia da preparação do encontro, combina-se com uma pessoa como
funciona a mágica. São necessárias duas pessoas: alguém que possa conduzir a mágica e uma outra que
possa interagir. Colocam-se três cadeiras em seguida uma da outra e combina-se que a partir da esquerda
para a direita cada uma vale um número. Assim a primeira será o número um, a segunda, o dois e a terceira, o
três. Explica-se para o colaborador que ficará fora da sala, enquanto um jovem sentará numa das cadeiras. De
volta à sala, o colaborador deverá adivinhar em qual cadeira a pessoa ficou sentada. O segredo está em
contar o número de palavras que o animador da mágica vai falar na hora de chamá-lo. Se usar só uma
palavra, por exemplo "entre" ou "venha"..., significa que o companheiro sentou na primeira cadeira. Se falar
"pode entrar" ou "João, entra", as palavras são duas, então significa que ele sentou na segunda cadeira.
Desenvolvimento da dinâmica:
No dia do encontro, aquele que conduz a mágica pode dizer que nos grupos de jovens nunca se usam
mágicas. Pela primeira vez, se fará uma demonstração do poder da mente, uma demonstração de
parapsicologia... Uma pessoa, ficando fora, adivinha em qual cadeira outros do grupo sentaram. Para que tudo
isso aconteça é indispensável muita concentração, evitando o barulho... É necessário que uma mente possa
se sintonizar com a outra. Depois de ter criado a expectativa, combina-se o afastamento de um jovem que já
conhece a brincadeira, dizendo que fez um curso especial para treinar a mente. A pessoa que conduz convida
um dos jovens a sentar-se numa cadeira e a voltar ao seu lugar. Nessa altura, ele chama o colaborador com
as respectivas palavras, dependendo de onde o jovem sentou. O colaborador entra e, depois de ter feito um
pouco de cena (por exemplo, passando as mãos sobre cada cadeira), adivinha com segurança onde o outro
sentou. Repita-se isso mais 2 ou 3 vezes.
A experiência nos diz que...
Aquele que chama deve ter o cuidado de mudar as palavras a cada vez e de fazer isso com a máxima
naturalidade. Aquele que entra não deve olhar para o que anima a brincadeira, porque a maioria dos jovens
sempre desconfia que haja um sinal combinado para apontar a cadeira escolhida.
Na segunda vez, em muitas ocasiões, os jovens pediram que alguém controlasse a pessoa que saiu. Não
há nenhum problema nisso e pode deixar que alguém saia com ele. O importante é ficar na proximidade da
porta para ouvir as palavras na hora de ser chamado.
Variações da mesma brincadeira:
Na terceira vez, para confirmar o poder da mente, pode-se amarrar um lenço nos olhos do colaborador.
Isso cria ainda mais expectativa, e a mágica funcionará, pois, apesar de não enxergar, é suficiente se
posicionar, tocar com as mãos as cadeiras na ordem estabelecida e, depois de ter contado, adivinhar onde o
voluntário sentou.

13.0 JORNAL
Local:
Um local onde as pessoas possam estar sentadas em círculo.
Material:
Um jornal.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
A única exigência para realizar essa dinâmica é colocar os participantes em círculo, sentados em cadeiras
ou bancos.
Desenvolvimento da dinâmica:
O coordenador ou coordenadora começa a brincadeira com o jornal na mão. Explica que essa dinâmica
tem uma lógica que tem de ser descoberta para poder continuar corretamente. Avisa-se também que aquele
que acertar não pode falar, mas deve continuar de maneira correta, para que os outros possam descobrir
sozinhos. Em voz alta, quem coordena diz uma das seguintes frases: "Recebi este jornal fechado" ou "Recebi
este jornal aberto" e, ao entregá-lo à pessoa ao lado, continua dizendo "... e o entrego fechado" ou "... e o
entrego aberto". As duas frases devem ser pronunciadas de maneira normal, sem interrupção. Fazendo isso,
entrega-se o jornal para que seja passado de mão em mão, e a cada vez repetindo-se as frases na tentativa
de acertar a lógica. O segredo, na realidade, está em algo que num primeiro momento os jovens não
conseguem perceber, ou seja, não está na coerência entre as frases ditas e a posição do jornal, mas entre as
frases e a posição das pernas. Dessa forma, se o coordenador ou coordenadora disser: "Recebi este jornal
fechado e o entrego aberto", tem de estar com as pernas fechadas quando o recebe e abri-las quando o
entrega para a pessoa ao lado. Na outra possibilidade: "Recebi esse jornal aberto e o entrego aberto", as
pernas devem estar abertas nas duas partes da frase, enquanto a posição do jornal não tem a mínima
importância (por exemplo, pode estar fechado ou em outras posições). Os jovens tentarão as soluções mais
impensáveis na tentativa de descobrir a lógica. A brincadeira deve continuar até que um certo número de
jovens perceba como funciona.
A experiência nos diz que...
O coordenador ou coordenadora deve prestar muita atenção e dizer a cada pessoa se acertou ou errou.
Em caso de erro, não pode repetir, e o jornal passa para o seguinte. Na hora de começar, ou todas as vezes
que o jornal passa nas mãos daquele que coordena, é necessário que ele realize sua parte na dinâmica com
muita naturalidade para não dar nenhum tipo de dica. Também na hora de verificar se os jovens estão
acertando, o olhar não pode ficar fixo nas pernas dos participantes, mas deve ser disfarçado, parecendo
controlar o jornal.

14. PINGUE-PONGUE SOPRANDO


Local:
Salão.
Material:
Uma mesa de pingue-pongue sem rede (ou um piso liso), bolinhas de pingue-pongue e giz.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
No caso de ter à disposição uma mesa de pingue-pongue, não precisa preparar nada. No caso de realizar a
dinâmica no piso, deve-se marcar com giz um retângulo de aproximadamente 2 por 3 metros.
Desenvolvimento da dinâmica:
O ideal é ter à disposição uma mesa de pingue-pongue. Nesse caso, pode-se dispor as duas equipes que
vão se enfrentar ao redor da mesa. Ficam dois lados para cada time, sendo que as pessoas do mesmo time
devem estar uma ao lado da outra. Dessa forma, os adversários ficarão de frente um do outro. As pessoas
devem estar ajoelhadas e com as mãos para trás. Ao sinal do coordenador ou coordenadora a bolinha de
pingue-pongue é colocada no meio, e todos começam a soprar tentando fazê-la cair no lado do outro time.
Quando a bola cai, a pessoa que está daquele lado é eliminada. Ganha o grupo que conseguir eliminar o
outro. Quando um grupo fica em inferioridade numérica, seus componentes podem se deslocar do jeito que
quiserem no pedaço que devem defender.
No caso de não se dispor de uma mesa de pingue-pongue, pode-se realizar a mesma dinâmica no piso, só
que os participantes vão ter de estar deitados de barriga no chão para soprar, sem usar as mãos.
A experiência nos diz que...
Deve-se prestar atenção aos participantes, que não podem se defender com o ombro ou com a boca. Por
isso a boca deve estar sempre fora do campo ou da linha na hora de soprar.

15. ESTRANHO FUTEBOL


Local:
Salão bastante amplo, ou ao ar livre, por exemplo, numa quadra.
Material:
Bola bastante leve e sacos de estopa.
Objetivo:
Estar juntos, brincar.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
Defina-se um campo semelhante àquele de futebol de salão, mas com estas modificações: o tamanho deve
ser menor e as traves também.
Desenvolvimento da dinâmica:
Dividem-se os dois times como num jogo normal de futebol. Cada participante entra num saco de estopa e,
com as mãos, segura o saco. O jogo tem as regras do futebol só que os participantes devem jogar pulando e
sempre segurando o saco de estopa. Também o goleiro não pode usar as mãos.
A experiência nos diz que...
A brincadeira é bem divertida e, ao contrário do futebol, não apresenta agressividade, e se torna muito
engraçada. Quem conduz deve ficar atento para que os participantes não usem as mãos.

--- Segunda Parte ---

Dinâmicas funcionais
Estas são dinâmicas que desenvolvem um papel específico dentro da reunião ou da caminhada do grupo de
jovens. Algumas são úteis para introduzir um assunto, recolhendo as opiniões dos jovens a respeito de uma
temática. Outras têm a função de facilitar a integração entre os membros do grupo de jovens, ajudando a se
conhecerem (são técnicas muito importantes na fase inicial de um grupo, quando é necessário ajudar os
jovens a se conhecerem mais). Outras ainda, são usadas para facilitar a avaliação; nesse sentido, podem ser
usadas depois de uma atividade marcante que o grupo realizou, ou também no final do ano para avaliar a
caminhada.

1. POR QUE VOCÊ SE IDENTIFICOU COM...


Local:
Em qualquer local.
Material:
Nada.
Objetivo:
Trata-se de uma dinâmica de conhecimento. Em relação a outras dinâmicas de conhecimento, apresenta a
vantagem de ser usada entre pessoas que já se conhecem um pouco ou até bastante. Por isso, é bom usá-la
depois de um certo tempo de caminhada. Isso não impede de realizá-la na fase inicial de formação do grupo,
tendo porém resultados muito mais limitados.
Realização:
Em pequenos grupos.
Preparação:
Dividir os jovens em pequenos grupos (8/10 pessoas). Se o grupo for pequeno, pode ficar como está.
Convidam-se os jovens a se identificarem com um animal ou objeto... Tem de ser algo que possa representar
muito bem a própria personalidade.
Desenvolvimento da dinâmica:
Uma pessoa por vez vai dizer o que escolheu para se identificar. Os outros tentarão adivinhar o porquê. Por
isso, aquele que colocou o objeto de identificação não pode dar nenhuma dica e só depois de um certo tempo
poderá dizer quem chegou mais perto ou quem acertou. Um exemplo pode ajudar: uma jovem escolheu uma
gata. Aí a turma começou a tentar adivinhar, com as seguintes afirmações:
a) porque você se acha bonita;
b) porque você é muito preguiçosa;
c) porque você é muito tranqüila, meiga, mas de vez em quando as unhas escondidas são puxadas para fora e
você se torna agressiva;
d) porque você gosta de carinho, precisa de que os outros lhe dêem atenção... No final, a moça explicou que a
interpretação mais certa era a "c", e a completou com novos detalhes.
A experiência nos diz que...
A tendência é de se escolher algo superficial, por isso, é bom explicar desde o começo que não interessa
nesse momento o time de futebol ou o cantor preferido... mas interessa conhecer um pouco mais a
personalidade da pessoa.

2. VOCÊ PARECE COM...


Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Nada.
Objetivo:
Esta dinâmica é parecida, mas ao mesmo tempo pode complementar a anterior. Se aquela que acabamos
de apresentar tinha como finalidade que os outros conhecessem mais a pessoa que se identificou com o
objeto ou animal, esta dinâmica tem o objetivo de conhecer um pouco mais a opinião dos outros a respeito de
cada um. São os outros que vão dizer com o que você parece.
Realização:
Em grupo (no máximo de 10 pessoas).
Preparação:
Na preparação existe só uma exigência: que os jovens estejam sentados em círculo.
Desenvolvimento da dinâmica:
No começo da primeira rodada, estabelece-se que todos deverão usar o nome de animais. Um jovem de
cada vez é identificado com um animal pela pessoa que está sentada ao seu lado direito e esquerdo. Neste
primeiro momento, fala-se só o animal. Na segunda rodada, a pessoa que se sentiu identificada com os dois
animais tenta adivinhar o porquê dessas escolhas. Na última rodada, são os dois que estavam ao lado que
explicam o porquê.
A experiência nos diz que...
Na introdução e explicação da dinâmica, é útil insistir que não interessa a aparência física; a identificação
deve atingir a personalidade, o caráter, o jeito das pessoas.
Variações da mesma dinâmica:
A mesma dinâmica pode ser feita com frutas ou verduras. Se repetida no mesmo dia, é bom trocar as
pessoas para que cada uma tenha outras duas pessoas diferentes de referência.

3. TRÊS OBJETOS
Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Três objetos por pessoa à escolha.
Objetivo:
Ajudar as pessoas a se conhecerem melhor. Por isso, a dinâmica é útil na fase inicial da história do grupo,
quando os jovens ainda estão se conhecendo.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Avisar no encontro anterior que cada pessoa traga de casa três objetos que são muito significativos e que
estão ligados à sua história.
Desenvolvimento da dinâmica:
No dia do encontro, convidam-se os jovens de forma espontânea a apresentar os objetos e explicar o que
representam para eles.
A experiência nos diz que...
Na hora de convidar os jovens a trazerem os três objetos, vale a pena sublinhar que escolham algo de
importante, de profundo, para que não tragam a camiseta do time preferido ou algo parecido. Não é que isso
não seja importante, mas diz muito pouco a respeito da pessoa.
Variações da mesma dinâmica:
A mesma dinâmica pode ser usada num passeio do grupo (retiro, excursão...), quando os jovens levam de
casa suas sacolas... Nesse caso é interessante não avisar com antecedência sobre a dinâmica, mas deixar à
espontaneidade e à improvisação. Pode-se convidá-los, a partir do que eles levaram, a escolher até no
máximo três objetos significativos para eles.

4. A CADEIRA TEM NOME


Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Cadeiras.
Objetivo:
Conhecer o nome dos participantes. Essa dinâmica pode ser realizada nos primeiros encontros para ajudar as
pessoas a gravarem o nome dos colegas de maneira muito interativa. Ao mesmo tempo faz perceber quem já
se conhece e ajuda a quebrar os grupinhos de amigos.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
Formar um círculo, com cada jovem sentado em sua cadeira.
Desenvolvimento da dinâmica:
Aquele ou aquela que coordena levanta de sua cadeira (que permanece vazia) e se coloca no meio do
círculo em pé e explica a dinâmica. A pessoa que está ao lado esquerdo da cadeira que permaneceu vazia
bate com a mão direita na cadeira e fala um nome dos jovens presentes. Logo que for falado o nome, a
pessoa chamada tem de deixar a sua cadeira e correr para a cadeira ao lado daquele que a chamou. A
pessoa que estava no meio deve ser rápida e correr na direção da cadeira da pessoa que foi chamada e que
ficou vazia. Enquanto tenta fazer isso, o jovem que ficou à esquerda da cadeira vazia deve bater com sua mão
direita na cadeira vazia e chamar outra pessoa, que por sua vez vai se levantar e correr na sua direção. Se
aquele que está no meio conseguir sentar antes de a pessoa bater com a mão e chamar outro jovem, aquele
que demorou fica no meio.
A experiência nos diz que...
No começo a dinâmica parece meio complicada, mas logo que os jovens conseguem aprender, torna-se
muito divertida e rápida. É indispensável que o coordenador explique bem como funciona. Nas primeiras
vezes, um erro comum é que aquele que está no meio corre para se sentar na cadeira onde se bateu com a
mão. Isso não pode acontecer. Ele só pode correr para a cadeira que ficou vazia porque a pessoa foi
chamada, e se o que chama for rápido, o que está no meio deve continuar se deslocando para as cadeiras das
pessoas chamadas. Um outro erro é chamar uma pessoa que não está presente, ou gritar o nome daquele
que está no meio. Em todos esses casos, quem erra vai para o meio.

5. O TRIBUNAL
Local:
Dentro de uma sala.
Material:
Nenhum.
Objetivo:
Esta dinâmica é muito boa para introduzir e abrir a discussão a respeito de um assunto. Ajuda a expressar
dúvidas e perguntas sobre uma determinada temática, sem que a pessoa se exponha, graças ao clima de
brincadeira.
Realização:
Em dois grupos.
Preparação:
Depois de ter escolhido o assunto do encontro, dividir o grupo em duas partes. Explica-se que uma parte
será a defesa e a outra o ataque. Aquele ou aquela que coordena a dinâmica será o juiz. Deixar alguns
minutos para que ambas as partes possam se organizar encontrando argumentos para questionar ou defender
o assunto. Deve ficar claro desde o começo que as colocações ou ataques não serão algo de pessoal, mas
que se trata de uma simples brincadeira (para evitar que algumas pessoas, cujo relacionamento não é dos
melhores, aproveitem da dinâmica para se agredir).
Desenvolvimento da dinâmica:
Começa o grupo do ataque, que terá um tempo determinado para argumentar algo contra o assunto em
questão. Por exemplo, se o tema é a Igreja, encontrará algumas críticas para afirmar que a Igreja não presta,
para fazer perceber que é hipócrita... Depois dessa colocação, será a vez da defesa, que deverá encontrar
razões para defender o tema respondendo às acusações.
A experiência nos diz que...
A tendência é que algumas pessoas que têm mais facilidade em falar tomem conta da dinâmica. Nesse
caso, o coordenador deve prestar atenção para que isso não aconteça e, se for necessário, imponha a regra
de que a mesma pessoa não pode fazer mais de uma ou duas intervenções.
Se se quiser tirar o máximo de proveito da dinâmica, pode-se encarregar uma pessoa de anotar as críticas
principais, como também as respostas. Isso é útil para depois retomá-las na hora da exposição do tema.
Eis algumas sugestões temáticas:
Igreja, Bíblia, Jesus Cristo, grupo de jovens, relações pré-matrimoniais...

6. LAUDO MÉDICO
Local:
Melhor dentro de uma sala.
Material:
Papel e canetas.
Objetivo:
Esta dinâmica é muito boa para introduzir o tema escolhido de ma- neira criativa e atraente, fazendo com
que os jovens desenvolvam sua potencialidade imaginativa e de reflexão.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Depois de se terem dividido os jovens em grupos (6/8 pessoas), entregam-se papel e caneta. Explicar que
na dinâmica eles serão uma equipe de médicos que vão ter de fazer uma avaliação médica de uma pessoa
para ver como está seu estado de saúde. Aquele que for o tema do encontro se torna o paciente (por exemplo,
a Igreja, o grupo de jovens, a família...).
Desenvolvimento da dinâmica:
O trabalho dos grupos será fazer e apresentar este laudo médico brincando com a terminologia médica e
usando-a para indicar algo em relação ao tema escolhido. Por exemplo, um dia, com um grupo, trabalhamos a
temática "comunidade cristã". Na hora de fazer o laudo, um grupo comparou a pressão sangüínea com a
vitalidade da comunidade, detectou a presença de um alto grau de miopia, devido ao fato de não enxergar as
necessidades das pessoas... Depois de ter feito este trabalho em grupos acontece a hora do plenário.
A experiência nos diz que...
Os jovens têm muita criatividade para desenvolver o tema.
Variações da mesma brincadeira:
Pode-se pedir que se façam gráficos ou encenações de uma equipe médica ao lado do doente...

7. AS PERGUNTAS INDISCRETAS
Local:
Dentro de uma sala.
Material:
Cartões postais, canetas e dados (papel se necessário).
Objetivo:
É uma dinâmica que facilita o conhecimento recíproco e pode ser usada num momento de aprofundar a
convivência.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
O coordenador compra alguns cartões postais novos ou, se não puder, usa cartões velhos colando papel
branco no verso. Escreve na parte branca algumas perguntas que se referem aos jovens ou à vida dos jovens:
vida, família, escola, religião, acontecimentos, amigos...
Para um grupo de 10 jovens são suficientes 20/30 cartões.
Desenvolvimento da dinâmica:
Misturam-se os cartões como acontece no jogo das cartas e se faz um só maço. Cada jovem lança o dado,
conta o número de cartões correspondentes, vira o último e responde à pergunta.
Os outros jovens, se quiserem, podem completar a resposta.

8. OS PRATOS PARA CELEBRAR


Local:
Dentro de uma sala.
Material:
Pratos, pincéis atômicos e fita crepe.
Objetivo:
Formular perguntas normalmente escondidas nos jovens e também recolher as reações do grupo a respeito
de uma atividade ou experiência vivida.
Realização:
Em local fechado.
Preparação:
Entregar um prato e uma caneta ou pincel atômico com ponta fina para cada participante.
Desenvolvimento da dinâmica:
No começo da dinâmica, explica-se que muitas vezes temos perguntas, dúvidas que não conseguimos
expressar e que sempre ficam escondidas em nós. Por isso, convida-se a escrever na parte interna do prato
uma pergunta que parece ser importante a respeito de uma atividade desenvolvida pelo grupo.
Depois de se ter escrito nos pratos, eles devem rodar... quando pararem (ao sinal do coordenador ou
coordenadora), cada jovem responde à pergunta escrita no prato. A resposta será escrita na parte [externa do
prato. Depois, o prato deve rodar mais duas vezes acrescentando-se nele outras respostas.
Depois que dois ou três responderem às perguntas, acontece a leitura de todos os pratos. No final, os
pratos serão pendurados na parede.
A experiência nos diz que...
Alguns são tentados a responder de maneira parecida com os outros, por isso, antes da segunda resposta,
é importante lembrar que cada um pense na sua resposta antes de virar o prato para não se deixar influenciar
pelas respostas dos outros.

9. A DINÂMICA DA FAMÍLIA
Local:
Dentro de uma sala, ao redor de uma mesa.
Material:
Cartas.
Objetivo:
Falar, refletir a respeito da família. Esta técnica permite aos jovens observar e expressar o que acontece
em família. O jovem percebe o seu próprio lugar em casa. Ao mesmo tempo, a dinâmica ajuda o coordenador
ou coordenadora a perceber o que os jovens esperam da família.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
O coordenador prepara dois maços iguais de cartas. No primeiro maço, desenham-se os rostos dos
diferentes personagens da família (pai, mãe, avô, avó, irmão, irmã, tio, vizinha, amigo, amiga, coringa...). Nas
cartas do outro maço, escrevem-se frases típicas de cada personagem ("No meu tempo...","Baixa o volume do
teu som...", "Quem lava os pratos hoje?", "Mano, posso vir com você?", "A ela posso confiar tudo...").
Cada participante recebe duas cartas em branco, nas quais é convidado a escrever frases ouvidas em casa
(observações, chamadas de atenção, elogios...).
Desenvolvimento da dinâmica:
O coordenador recolhe as cartas com as frases, mistura-as e as coloca no meio da mesa. Este é o maço do
qual todos vão pegar.
Depois distribui-se para cada participante 2/3 das cartas-personagens, para começar a dinâmica. O
primeiro jogador pega a primeira carta do maço e a junta com as suas, reflete um pouco e depois pode baixar
uma dupla de cartas enquanto as lê, ou seja, coloca na mesa uma carta-personagem e uma carta com a frase
(por exemplo: "o avô" e "no meu tempo..."). E explica porque juntou as duas cartas. Se a carta-frase não
corresponde aos seus personagens, ele a recoloca na mesa onde se juntarão as cartas não utilizadas. Aí será
a vez de outro jogador.
O coringa substitui todas as personagens ou alguém da família que não tinha sido representado na carta.
A dinâmica termina quando todas as cartas-personagens foram colocadas e as duplas foram formadas na
mesa. Pode-se terminar o jogo colando as cartas numa cartolina e provocando uma reflexão a respeito das
duplas que apareceram. É esta a realidade? Por quê?
A experiência nos diz que...
Se participam mais de 8/10 jogadores toma-se difícil partilhar e expressar as próprias ideias. Nesse caso é
melhor fazer um outro grupo.
Variações da mesma brincadeira:
Pode ser escolhido outro tema, como escola, trabalho...

10. A RECEITA DA "MAMMA"


Local:
Dentro de uma sala.
Material:
Papel e canetas.
Objetivo:
Expressar a opinião ou ideal sobre um assunto, usando uma linguagem diferente e divertida que deixa grande
espaço à criatividade dos jovens.
Realização:
Em equipes.
Preparação:
Na hora do encontro, o coordenador pode começar explicando que ensinará a receita para fazer um tipo de
comida. Pode até ler, como brincadeira, uma receita verdadeira. Depois disso, explica que irão fazer a mesma
coisa em grupos de 8/10 pessoas com o tema escolhido para o encontro.
Desenvolvimento da dinâmica:
Os grupos trabalham a temática, usando linguagem de cozinha... Depois de ter feito isso, convida-se no
plenário grupo por grupo a apresentar a receita. Todas as receitas poderão ser penduradas num lugar
comum, à vista de todos.
A experiência nos diz que...
A título de exemplo, trabalhamos no mês missionário a realidade "jovem missionário". Surpreendeu-nos a
criatividade e a profundidade na preparação da receita. Muitos grupos dividiram a apresentação em dois
momentos: a exposição dos ingredientes e a apresentação do modo de proceder, fazendo perceber que não é
suficiente ter os ingredientes, mas a maneira de usá-los é muito importante. Cada grupo foi original, não foi
cansativo. Além disso, todos apresentaram muitas dicas para reflexão posterior.

11. BEXIGAS
Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Bexigas, papel e caneta.
Objetivo:
Provocar uma resposta e reflexão sobre um tema escolhido a partir de perguntas já direcionadas na
preparação do encontro.
Realização:
Em duplas.
Preparação:
Escolher algumas perguntas que tenham a ver com o tema que será trabalhado no grupo. Escrevê-las em
pequenos pedaços de papel e colocar cada pergunta dentro de uma bexiga, possivelmente de cor diferente.
Desenvolvimento da dinâmica:
No começo ou depois de ter introduzido o tema, convidam-se algumas duplas de voluntários para que
escolham uma bexiga e, depois de tê-la estourado, respondam à pergunta.
A experiência nos diz que...
A dinâmica poderia ser feita também individualmente, mas o fato de responder em dupla ajuda os mais
tímidos a se exporem com mais facilidade.
Variações da mesma brincadeira:
Algumas perguntas podem exigir como resposta uma pequena encenação espontânea entre as duas
pessoas convidadas a responder (por exemplo, trabalhando a parábola do pai misericordioso, a dupla teve de
encenar o final da história decidindo o que aconteceria com o filho mais velho, cf. Lc 15,11-32).

12. VINTE E QUATRO HORAS


Local:
Qualquer lugar.
Material:
Folha de papel e canetas.
Objetivo:
Tomar consciência de como se está vivendo.
Realização:
Individualmente, mas com possibilidade de partilha.
Preparação:
Não requer uma preparação especial.
Desenvolvimento da dinâmica:
Cada jovem recebe uma folha branca. O coordenador ou coordenadora pede para cada um escrever o
horário de um dia qualquer da semana. Deve ser esclarecido que não pode ser um dia especial. Não se trata
de fazer comentários, mas de colocar sucessivamente aquilo que acontece, tentando lembrar os detalhes e o
tempo dedicado a cada atividade.
Quando todos terminarem de escrever, pode-se pendurar as folhas na parede ou, se a posição das
cadeiras for circular, colocar no chão à frente de cada participante. Este é o momento de cada um comparar a
sua vida com a dos outros. Podem ser tiradas algumas conclusões semelhantes. Além disso, se o tempo o
permitir, faça-se um gráfico demonstrando o tempo dedicado a cada dimensão (corpo, comer, beber, dormir;
inteligência, estudo, escola; relacionamentos interpessoais, tempo dedicado aos amigos; espiritualidade,
oração...).
A experiência nos diz que...
Existem algumas constantes que igualam os jovens, por isso, quem coordena deve prestar atenção a isso
para aprofundar a dinâmica. A partir do gráfico, pode-se perceber se a etapa de vida dos jovens está sendo
vivida de maneira harmoniosa ou se existe desproporção.

13. AVALIÇÃO VISUAL


Local:
Em qualquer lugar.
Material:
Gravador, fita ou CD com fundo musical, pano, objetos que representam a caminhada ou evento que será
avaliado.
Objetivo:
Fazer a avaliação de um evento organizado pelo grupo, ou experiência, ou caminhada do ano.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Colocar no centro da sala, ou ao ar livre sobre um pano, os objetos que lembram a caminhada. É
importante que sejam significativos e que as pessoas se identifiquem imediatamente com eles.
Desenvolvimento da dinâmica:
Depois de ter explicado que aqueles objetos colocados no centro representam o objetivo da caminhada ou
do evento, convidam-se os jovens a posicionar-se da forma que quiserem e na distância que acharem melhor
em relação ao objetivo. Eles mesmos avaliam a sua caminhada individual e decidem se colocar perto ou
longe, de frente ou de costas, conforme seu trabalho, atuação, participação na atividade ou caminhada.
Enquanto acontece a dinâmica é recomendável colocar um fundo musical.
Depois que todos os jovens se posicionaram, deixar um tempo aberto para eles expressarem com palavras
o que quiseram representar.
A experiência nos diz que...
Alguns têm dificuldade em se avaliar e são levados a avaliar os outros ou o grupo por inteiro. Por isso, no
começo, é importante afirmar que a avaliação é pessoal e individual. Além deste detalhe, cada participante
lembre-se de ser realista, evitando colocar o que teria gostado de fazer e evitando formas extremas de
pessimismo ou otimismo exagerado.

14. AVALIAÇÃO CRIATIVA


Local:
Melhor numa sala.
Material:
Folha de papel ou de jornal.
Objetivo:
Avaliar como a pessoa se sente no grupo ou avaliar outra realidade ou fato.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Entrega-se um papel por pessoa e coloca-se a pergunta de avaliação, que deve ser curta e clara. Por
exemplo, "como você se sente neste tempo no grupo?" ou "como você se sente depois deste ano de
caminhada no grupo de jovens?"
Desenvolvimento da dinâmica:
Depois de ter formulado a pergunta, diz-se para os jovens que não verbalizem nem escrevam a resposta,
mas respondam usando a folha. Poderão fazer com a folha o que quiserem: cortá-la, dobrá-la..., dando a
forma que eles acharem melhor. Quando cada um terminar sua obra poderá deixá-la no chão diante de si.
No momento em que todos completarem a obra, convida-se a dar uma olhada e ver o que os outros fizeram.
Depois disso, deixa-se o espaço aberto para que os jovens expliquem o que representaram.
A experiência nos diz que...
A tentação é olhar os colegas que estão ao lado... por isso, é bom dizer desde o começo que cada um
trabalhe sem olhar o trabalho dos outros.
Outra tendência muito freqüente é de não responder em termos pessoais, mas gerais (o grupo... nós...).
Lembrar, desde o início, que é o indivíduo que tem de olhar dentro de si, auto-avaliar-se e expressar-se.
Variações da mesma dinâmica:
No lugar do papel pode ser entregue uma folha de jornal, ou massa colorida, ou, se estiver perto da praia,
usar areia como material.

--- Terceira Parte ---


Dinâmicas "celebrativas"
Existem dinâmicas que podem ser usadas dentro de uma celebração, para facilitar, por exemplo, a partilha
dos jovens. Em si, elas não são oração, mas algo que ajuda a oração. Por isso, elas não têm sentido isoladas,
mas devem ser realizadas dentro de um contexto mais amplo em que haja os elementos de uma celebração
(liturgia da Palavra, cantos e/ou fundos musicais, símbolos...).

1. AS PEGADAS NA AREIA
Local:
Numa sala ou na igreja.
Material:
Lona, areia, rodo ou vassoura.
Objetivo:
Dentro de uma celebração de final de ano, de aniversário do grupo de jovens ou depois de uma experiência
forte que o grupo viveu, esta dinâmica ajuda a partilhar o que cada um sentiu.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Colocar as cadeiras em círculo (melhor ainda seria sentar-se no chão) e no meio a lona com areia
espalhada de maneira a formar um caminho. Para espalhar melhor a areia sem deixar marcas, pode-se usar
uma vassoura ou um rodo.
Desenvolvimento da dinâmica:
Introduzir a dinâmica lembrando que a caminhada percorrida (por exemplo, de um ano) pode ser
comparada com a estrada feita de areia.
Pode-se acrescentar que ao longo desse tempo muitos acontecimentos e experiências marcaram a
caminhada do grupo. Por isso, é bom fazer memória, celebrar essa caminhada. Quem quiser, de maneira
espontânea, pode levantar-se e deixar sua pegada na areia. Segurando o pé na areia, pode partilhar algo que
lhe foi significativo no tempo vivido e que deixou uma marca na sua vida. Logo depois que a primeira pessoa
expressou o que queria comunicar, enquanto ela volta para o seu lugar e se espera que um outro levante, é
bom cantar um refrão adaptado ao momento (por exemplo, um canto que fale de pés ou de caminhada). O
segundo jovem coloca o pé onde o primeiro colocou e acrescenta sua pegada. E assim continua um após o
outro, cada um pisando na pegada do companheiro anterior e acrescentando a sua.
A experiência nos diz que...
No final é muito importante concluir observando as pegadas. Muitas reflexões nascem naquela hora: as
pegadas de um se fundem nas de outro; todos estão caminhando juntos; cada um tem a sua característica
própria como cada um tem o pé diferente...
Variações da mesma brincadeira:
A mesma dinâmica pode ser realizada com pés descalços, para dar mais destaque ao contato com a areia.

2. CORAÇÃO FERIDO
Local:
Numa sala ou na igreja.
Material:
Um grande coração feito de isopor, flores, facas (sem ponta, para não serem perigosas), artigos de jornal em
que apareçam os títulos de fatos de violência em âmbito mundial, nacional e local.
Objetivo:
Dentro de uma celebração penitenciai, esta dinâmica pode ser usada para ajudar a expressar alguns dos
nossos erros.
Realização:
Individualmente.
Preparação:
Colocar o coração no meio da sala ou da igreja, com as cadeiras ao redor.
Desenvolvimento da dinâmica:
O coordenador ou coordenadora, quando dá início à parte penitenciai, começa a ler os títulos dos jornais
relativos à violência e um jovem coloca as facas no coração. É importante acompanhar, se possível, a ordem
do geral para o particular (ou seja, do mundo até a realidade local). Depois desse primeiro momento,
convidam-se os jovens a acrescentar outras facas pensando mais na vida do próprio grupo. Quem quiser pode
acrescentar outras facas no coração.
O momento de tomada de consciência e de pedido de perdão deixa lugar à ação positiva, construtiva. É
agora que se convidam os jovens a tirar uma faca de cada vez do coração, colocando no seu lugar uma flor.
Fazendo este gesto, o jovem pode expressar o compromisso em favor de um mundo de acordo com os ideais
de Cristo.
A experiência nos diz que...
A tendência é sempre de pedir perdão por algo vago (por exemplo, egoísmo...), por essa razão, quem
coordena deve estimular os jovens a serem mais concretos e menos genéricos.
Variações da mesma brincadeira:
Pode-se usar pedras em lugar das facas. As pedras podem estar desde o começo sobre o coração. No
lugar dos títulos de jornais que falem de violência ou de realidades negativas, pode-se ler o trecho de Ezequiel
que fala do coração de pedra (Ez 11,19-20). Nesse esquema, cada jovem é convidado a tirar uma pedra,
identificando-a com alguma realidade negativa, e a colocar no lugar dela uma flor.

3. PARTILHA DA PALAVRA
Local:
Numa sala ou dentro da igreja.
Material:
Bíblia.
Objetivo:
Tornar mais fácil a partilha a partir da Palavra de Deus, ajudando de modo especial os indecisos, ou seja,
aqueles que gostariam de falar, mas que por algum motivo ficam inibidos. Com essa técnica, recebem de
forma discreta o empurrão que faltava para falar e se expor.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
Como em todas as celebrações a partir da Palavra, é importante não só uma boa proclamação da mesma,
mas também uma explicação. De fato, muitas vezes, o texto parece difícil e complicado. Não adianta perguntar
aos jovens, de cara: "o que vocês entenderam?" ou: "o que vocês acham?" É indispensável que alguém
apresente o texto e explique seu contexto para que todos possam entendê-lo. Depois da apresentação e
introdução, pode-se proceder com a dinâmica.
Desenvolvimento da dinâmica:
Depois de ter sido proclamada a leitura, aquele que leu passa a Bíblia para o jovem que vai explicar o texto.
Este segura nas mãos o Livro Sagrado enquanto fala.
Após a apresentação do texto, explica-se que a Bíblia será passada de mão em mão. Ao chegar nas mãos
de cada jovem, ele poderá fazer sua reflexão ou ficar alguns instantes em silêncio. E assim passa-se a Bíblia
nas mãos de cada um até voltar ao primeiro.
Antes de entregar a Bíblia nas mãos do primeiro, pode-se fazer afirmações deste tipo: cada um de nós
ajuda a entender a Palavra; o fato de passar de mão em mão lembra que cada um de nós recebe este Livro
Sagrado de alguém e é chamado a anunciá-lo aos outros, entregando a outros a Palavra.
A experiência nos diz que...
A dinâmica não pode ser feita logo no começo do encontro, como já vi acontecer em muitos grupos. O ser
humano precisa de um tempo para se colocar à vontade. Por isso, é bom fazer uma boa acolhida, se
necessário uma dinâmica de relaxamento, um canto de invocação do Espírito Santo. Tudo isso ajuda a entrar
aos poucos no clima de oração e de escuta da Palavra.

4. AS NOSSAS MÃOS
Local:
Numa sala ou dentro da igreja.
Material:
Pano, tinturas de tecido em cores variadas, pratos plásticos, alguns baldes de água e panos ou papel para
enxugar as mãos.
Objetivo:
Ajudar a realizar uma celebração em que possamos refletir sobre as nossas atitudes, lembrando que cada um
de nós é único e irrepetível.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
No centro da sala ou da igreja, coloca-se um pano no chão. As pessoas sentam ao redor, formando um
círculo. Em volta do pano são colocados pratos contendo tinturas de cores diferentes já diluídas com água e
prontas para serem usadas. Num canto ficam os baldes com água e panos ou papel para enxugar as mãos
logo depois da dinâmica.
Desenvolvimento da dinâmica:
O ideal é realizar esta dinâmica num encontro de oração em que tudo gire em torno das mãos: cantos,
orações, textos bíblicos (o Novo Testamento faz muitas referências às mãos, aproximadamente 100 vezes: Mt
5,30; 8,3; 8,15; 9,25; 12,13; 14,31; 26,23; Jo 20,25; At 3,7; 4,30; 9,41; 11,21). Antes da dinâmica, de repente,
de maneira inesperada, entra um jovem falando em voz alta com as mãos vermelhas, parecendo com sangue,
e num monólogo faz uma série de pedidos de perdão a partir das mãos (mãos fechadas diante dos que pedem
ajuda, mãos usadas para machucar, mãos que apontam julgando...). Depois disso, canta-se um canto pedindo
perdão. Em seguida, convidam-se os jovens a escolher a cor e deixar as marcas de suas mãos no pano.
Quem quiser, ao fazer isso, pode expressar uma situação positiva, na qual suas mãos atuaram para realizar
algo de bom, ou na qual foi objeto de ajuda por parte das mãos de outras pessoas. Podem ser experiências,
testemunhos...
A experiência nos diz que...
O momento mais delicado acontece na hora de mergulhar a mão na cor escolhida para depois colocá-la no
pano, deixando as marcas. O perigo é de sujar as roupas com as tinturas de tecido. Por isso, é bom que se
convide a prestar atenção e a cuidar para que a realização da dinâmica aconteça com calma. Se não houver
interesse em guardar o pano como lembrança do encontro, é melhor usar tinturas laváveis.

5. ESPELHO COM PEDRO


Local:
Na igreja ou numa sala.
Material:
Bíblia, canetas e folhas de sulfite.
Objetivo:
Comparar a vida do apóstolo Pedro com a nossa, ajudando a motivar e incentivar a caminhada dos jovens.
Realização:
Num primeiro momento, individualmente e, num segundo, em grupo.
Preparação:
É de fundamental importância que o coordenador da celebração tenha lido com antecedência os textos
bíblicos e possivelmente algumas explicações para poder situar o texto na hora de apresentá-lo ao grupo.
Pode ser preparada uma xerox com as citações dos textos que serão lidos, colocados em coluna, deixando o
espaço ao lado para poder escrever uma nota de zero a dez. Eis, na ordem, os textos que podem ser usados:
Mt 4,18-20; Lc 8,43-48; Mt 14,23-31; Mc 8,27-30; Mc 8,31-33; Mt 18,21-22; Jo 13,4-14; Mt 26,31-35; At 2,22-
24. Na outra metade da folha pode ser feito um gráfico que será completado ao longo da dinâmica. Na linha
vertical, colocam-se as notas de zero a dez e, na linha horizontal, as citações dos textos.
Desenvolvimento da dinâmica:
A dinâmica pode ser introduzida como uma avaliação da vida de Pedro, considerando que nem sempre é
fácil fazer isso. É indispensável esclarecer que cada um deve fazer seu próprio trabalho sem olhar para o
colega ao lado e copiar o trabalho dele. Cada um deve trabalhar sozinho. Por isso, são distribuídas as folhas já
preparadas. Uma pessoa encarregada lê o primeiro texto, depois de ouvi-lo todos colocam a nota de zero a
dez a partir da atitude de Pedro. E assim será feito com todos os textos.
Terminada a leitura, convida-se a colocar isso no gráfico, ou seja, a marcar um ponto com a caneta que
corresponda ao texto e à nota do texto. Marcados todos os pontos, começando da esquerda para a direita,
procede-se fazendo a ligação de todos os pontos. O resultado será muito parecido com um eletrocardiograma,
uma linha que sobe e que desce.
Completado o gráfico, convidam-se os jovens a dar um olhada em todas as folhas dos outros colegas.
Voltando cada um para o seu lugar, começa a reflexão partilhando impressões, descobertas, comparações,
conclusões. Será interessante perceber que a vida de Pedro é muito parecida com a nossa.
A experiência nos diz que...
Alguns têm dificuldade na realização do gráfico, por isso é necessária uma especial atenção por parte do
coordenador ou coordenadora da dinâmica. Além disso, quem lê o texto não pode influenciar a avaliação com
comentários pessoais, mas, se precisar, deve limitar-se a explicar algo do texto que não ficou claro.

6. A ROSA
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Algumas rosas com espinhos e um vaso,
Objetivo:
Celebrar a vida do grupo, pedindo perdão e agradecendo a Deus e aos amigos.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
Colocar as cadeiras em círculo e no meio um vaso com algumas rosas.
Desenvolvimento da dinâmica:
Aquele que coordena a dinâmica pode comparar a vida do grupo de jovens com as rosas. Elas têm
espinhos, mas também são perfumadas e belas. Convida-se um jovem de cada vez a ir ao centro de maneira
espontânea e tirar um espinho da rosa comentando o que gostaria de arrancar do grupo para que ninguém
seja machucado. A cada vez que se repete esse gesto pode ser cantado o refrão de uma canto, possivelmente
de pedido de perdão.
Num segundo momento, convidam-se os jovens a tirar algumas pétalas, cheirá-las e, jogando-as no meio
do círculo, comentar algo de bom que ocorreu no grupo de jovens. Também, nesse momento, pode ser usado
o refrão de um canto de agradecimento depois de cada participação.
A experiência nos diz que...
Os refrões dos cantos devem ser curtos para não cansar o grupo.

7. AS NOSSAS CEGUEIRAS
Local:
Qualquer lugar. Se houver possibilidade, melhor seria perto de um rio ou de uma fonte.
Material:
Terra, pratos e água.
Objetivo:
Entrar no personagem e assumir nossas cegueiras para nos deixarmos curar por Deus.
Realização:
Em grupo.
Preparação:
Recolher um pouco de terra limpa, sem sujeiras. Misturar a terra com água e formar um pouco de barro.
Colocar o barro nos pratos. Se a dinâmica for realizada perto de um córrego ou de uma fonte, não precisa de
baldes; em caso contrário, arrumem-se alguns baldes de água com toalhas ou papel para enxugar o rosto.
Desenvolvimento da dinâmica:
Fazer os jovens se sentarem e pedir que fechem bem os olhos para que o barro que lhes será colocado
nos olhos não os machuque. Aqueles que coordenam a dinâmica, pegam os pratos e colocam um pouco de
barro nos olhos dos participantes. Não precisa colocar muito. O medo é tão grande que eles vão ficar com os
olhos bem fechados.
Quando todos estiverem com o barro nos olhos, o coordenador ou coordenadora proclama o texto do
evangelho do cego de nascença: Jo 9,1-3.6-12. É importante pedir aos jovens que se identifiquem com o cego
e ouçam esse milagre como se ele estivesse acontecendo naquele instante. Depois dessa introdução, faz-se a
proclamação do evangelho. Depois da leitura, deixa-se algum instante para que cada um, em silêncio, possa
pedir a Deus que o cure de suas cegueiras. Do profundo do coração, os jovens digam a Deus quais são suas
cegueiras, para serem curados.
A dinâmica continua com cada um segurando o companheiro pela mão e conduzindo-o ao reservatório de
água para que ele lave seus olhos: aquele que volta a enxergar acompanha os amigos a se lavarem. O
sentido é muito claro: cada um de nós pode ser curado e se tornar alguém que ajuda os outros a enxergar.
A experiência nos diz que...
Para não banalizar a dinâmica, deve-se criar um clima favorável entre os participantes.

--Quarta Parte--

Dinâmicas bíblico-religiosas
Há momentos em que nos grupos de jovens surge a vontade de brincar a partir do contexto bíblico ou
religioso em geral. Por isso, apresentamos essas dinâmicas que, de um lado, ajudam a perceber em que nível
estão os conhecimentos nesse campo e, do outro, contribuem para aprender ainda mais. E tudo isso
brincando!
Essas dinâmicas podem ser usadas separadamente ou juntas numa gincana. Às vezes podem ser
adaptadas à temática que será trabalhada no encontro.

1. MÍMICA BÍBLICA
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Papel e caneta.
Objetivo:
Adivinhar qual trecho bíblico está sendo encenado.
Realização:
Em pequenos grupos.
Preparação:
Antes do encontro aqueles que coordenam a dinâmica reúnem-se, escolhem os trechos bíblicos e fazem
alguns ensaios para apresentá-los só com gestos, sem nenhuma palavra.
No dia do encontro, dividir o grupo em alguns subgrupos e dispô-los de maneira que todos possam
enxergar as apresentações mímicas. Entregar a cada grupo uma folha e uma caneta para escrever o título da
mímica.
Desenvolvimento da dinâmica:
Exibindo uma mímica de cada vez, o grupo responsável pela dinâmica apresenta os textos, deixa alguns
segundos para que os grupos possam escrever e, logo depois, continua com outra mímica.
A experiência nos diz que...
Os grupos devem ficar um pouco distantes uns dos outros para não se ouvirem as respostas. De fato, na
hora da empolgação, a tendência é de gritar os nomes dos textos, favorecendo as outras equipes.

2. MEMÓRIA MUSICAL
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Nenhum.
Objetivo:
Lembrar trechos de músicas religiosas e cantá-las.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Escolher algumas palavras que apareçam nos cantos religiosos. Por exemplo a palavra "paz", "Pai"... O
importante é não escolher termos muito raros e difíceis.
Desenvolvimento da dinâmica:
Dividir o grupo em 2 ou 3 subgrupos. Depois de se ter falado a palavra escolhida, o primeiro grupo deve
cantar o trecho de uma música religiosa que contenha aquela palavra. Depois que o primeiro grupo cantou é a
vez do segundo, que já não poderá mais usar aquela mesma música. Assim, um de cada vez, continua o
rodízio até que os grupos não consigam mais encontrar cantos com aquela palavra.
Deve-se estabelecer um tempo de 20 segundos, como limite máximo para encontrar a música e começar a
cantar. No começo é bastante fácil mas com o passar do tempo a dificuldade aumenta.
A experiência nos diz que...
A certa altura, às vezes, não dá mais para se lembrar de uma determinada música cujo trecho já foi
utilizado por um grupo. Por isso, é interessante ter alguém que continue anotando as frases que foram
cantadas, para esclarecer eventuais dúvidas.

3. QUEBRA-CABEÇA BÍBLICO
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Envelopes e papel.
Objetivo:
Reconstruir a frase bíblica de maneira correta.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Escolher algumas frases que apresentam dificuldade média na Bíblia. Recortar as palavras e colocar tudo
dentro de um envelope. Por exemplo, Mt 5,14 "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade
situada sobre um monte". Cada palavra será recortada e misturada no envelope. Para cada frase, fazer tantos
envelopes quantos forem os grupos que participarão da dinâmica.
Desenvolvimento da dinâmica:
Cada grupo recebe um envelope por vez; ao sinal dado pela coordenação, o grupo abre o envelope e, num
tempo fixado, tenta reconstruir de maneira correta a frase. Logo depois, verifica-se quem acertou e passa-se
para a frase sucessiva.
A experiência nos diz que...
As palavras contidas nos envelopes devem ser suficientemente grandes, para oferecer a todos a
possibilidade de participar. Se forem pequenas demais, só alguns participam da dinâmica.

4. O QUE ESTÁ FALTANDO


Local:
Qualquer lugar.
Material:
Folhas xerocadas e canetas.
Objetivo:
Perceber o que está faltando num texto bíblico, para ajudar a prestar atenção nos detalhes.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Digitar numa folha o relato de um milagre, parábola ou cena, mas cortando algumas frases. A frase ou as
frases que são tiradas devem ser marcantes, para não se tomar uma dinâmica detalhista demais. Deixe
espaço entre uma dinâmica e outra para que os grupos possam fazer suas anotações. Por exemplo, da
parábola do pai misericordioso (Lc 15,11-32), pode-se tirar os versículos 14b-19. Dessa forma, logo depois
que se diz que o filho "gastou tudo", o texto continua assim: "Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai".
Desenvolvimento da dinâmica:
Cada grupo recebe uma folha e, tentando perceber o que está faltando, faz suas observações.
A experiência nos diz que...
Os grupos não podem ser demasiadamente grandes, para facilitar a participação de todos.
Variações da mesma brincadeira:
Em vez de tirar frases, a dinâmica pode ser feita também desta forma: acrescentam-se frases tiradas de
outros trechos da Bíblia e os jovens devem perceber o que não está se encaixando.

5. NO LIVRO CERTO
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Folhas xerocadas e canetas.
Objetivo:
Familiarizar-se com os livros da Bíblia e os textos comumente mais conhecidos.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Numa folha elencam-se, de um lado, fatos ou personagens da Bíblia e, do outro, os livros bíblicos
correspondentes. O importante é que nas duas colunas não correspondam na mesma linha o fato ou
personagem e o livro.
Desenvolvimento da dinâmica:
Os jovens, num tempo estabelecido, deverão com uma linha ligar o fato ou personagem ao correspondente
livro da Bíblia (exemplos: Adão e Eva -> Gênesis; Lava-pés -> João; Bezerro de ouro -> Êxodo...).
A experiência nos diz que...
Os grupos não podem ser demasiadamente grandes, para facilitar a participação de todos.

6. COMPLETE O TEXTO
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Folhas xerocadas e canetas.
Objetivo:
Completar textos bíblicos bastante conhecidos, para ajudar a ter familiaridade com a Palavra de Deus.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Escolher alguns textos bíblicos e xerocá-los até certa altura, deixando indeterminado o final. Por exemplo,
da parábola do bom samaritano pode-se usar o texto Lc 10,25-30, e a outra parte deverá ser acrescentada
pelo grupo.
Desenvolvimento da dinâmica:
Cada grupo recebe a mesma folha, com 2 ou 3 textos e, num tempo estabelecido, deve completar os
textos.
A experiência nos diz que...
Sugere-se fazer juntos a correção, assim os grupos percebem os detalhes esquecidos ou lembrados e a
riqueza da Palavra divina.

7. CONTINUE CANTANDO
Local:
Qualquer lugar.
Material:
Cartazes com um número escrito por parte de cada grupo. Um grupo que com instrumentos musicais possa
tocar as músicas escolhidas.
Objetivo:
Cantar trechos de cantos.
Realização:
Em grupos.
Preparação:
Escolher alguns cantos com alguém que toque instrumentos. Preparar tantos cartazes quantos forem os
grupos que participarão da dinâmica e escrever um número em cada cartaz.
Desenvolvimento da dinâmica:
Depois de se terem dividido os grupos e se ter dado um número a cada equipe, o grupo musical começa
um canto e, ao levantar o cartaz com o número marcado, só o grupo determinado continua cantando. Ao
baixar o cartaz, o grupo musical volta a cantar. Podem ser apresentados vários trechos de cantos.
A experiência nos diz que...
Não é bom apresentar um canto por inteiro, mas fazer uma coletânea de trechos. Isso dá mais
dinamicidade à brincadeira.

Paolo Parise, missionário escalabriniano, nasceu na Itália e há vários anos desenvolve atividades de
assessoria a grupos de jovens. Atualmente coordena esse trabalho em São Paulo. Lecionou na PUC de Roma
e hoje é professor de Teologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP), na área de Cristologia

Paolo Parise - A arte de criar. São Paulo: Paulinas, 2001 – (Coleção Espaço Jovem. Série Dinâmicas)
Digitalizado de 3ª Edição, 2003
ISBN 85-356-0115-5

Edição impressa da Editora Paulinas a venda em:


www.paulinas.org.br

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